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Profª Rose Aparecida da Silva E.E.Prof. Francisco Alves Brizola A Arte e o Tempo Realização Apoio Patrocínio

A arte e o tempo pdf

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projeto desenvolvido dentro da proposta do Instituo Arte na Escola de se trabalhar a Cidade enquanto fruto de produção e fruição artística

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Profª Rose Aparecida da Silva

E.E.Prof. Francisco Alves Brizola

A Arte e o Tempo

Realização Apoio Patrocínio

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Apresentação

• Pretendemos aguçar o olhar curioso, sensível e interativo com a cidade, pois muitas vezes, devido as correria do dia-a-dia não enxergamos os espaços que nos rodeiam; e também oportunizar que pontos históricos e culturais da cidade de Bauru sejam instrumentos de reflexão e estudo da arte.

• Para tanto, propomos uma aprendizagem que provoque o olhar sobre o tempo e a nossa relação com ele na cidade, refletindo como interagimos ou nos comunicamos com as intervenções artísticas no espaço urbano da cidade de Bauru e como essas obras dialogam conosco.

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Justificativa

• As pessoas vivem embriagadas por suas funções e papéis sociais, envoltas em suas microbolhas, focadas em suas preocupações, horários, atribuições; e não têm tempo de olhar, de sentir a cidade em que vivem. Precisamos de tempo para observar para que não nos percamos em meio uma cidade que nos atropela, desequilibra o natural e poda o olhar.

• Com o presente projeto pretendemos voltar nossas atenções para a cidade que moramos, decifrando-a por meio das interações com as manifestações artísticas que nela acontecem em influência mútua com o tempo. Como também desejamos promover uma intervenção, a decidir ação, com os alunos em algum espaço público da cidade.

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Conteúdos

• Patrimônio material e imaterial do aluno a respeito da cidade;

• Arte pública e intervenções urbanas;

• Cultura visual na cidade;

• Diferentes noções do tempo na Arte

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Metodologia

O projeto aconteceu de forma Rizomática na perspectiva de Delleuze, em que a organização dos momentos ou etapas não segue linhas de subordinação hierárquica - com uma base ou raíz dando origem a múltiplos ramos, mas, pelo contrário, qualquer situação pode afetar ou incidir em qualquer outro; embasamos nosso trabalho também na perspectiva do Pensamento Complexo seguindo os princípios de Morin, com múltiplas possibilidades de trânsito entre os saberes e as linguagens da Arte de forma dinâmica não linear do conhecimento; e por fim, temos como referência também a concepção Gestáltica sugerida por Miriam Celeste e Gisa Picosque, como uma estrutura mole que permite infinitos fluxos e trânsitos entre os saberes que permeiam a Arte.

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Não tínhamos como objetivo um produto final, mas a possibilidade de inúmeros produtos que geminariam das constantes discussões e proposições dos alunos. Pretendíamos provocar inquietações, produções e reflexões por meio da compreensão e aquisição do olhar sensível da Arte, quanto aos diálogos ou não-diálogos na cidade por conta da correria do dia-a-dia e o estresse do cotidiano.

Vale ressaltar que o projeto não termina, entra em um momento que denominamos stand by, ou seja um adormecimento, visto que, mesmo desligado os princípios que regem os ideais do projeto, se mantêm energizados a espera de um comando para recolocá-lo em funcionamento.

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Mapa do projeto

Pintura do muro com Referências de espaços da cidade

Levantamento sobre o patrimônio material e imaterial da cidade

Mesa redonda para discussão e análise

Desenho = Construção de uma cidade fictícia. A cidade dos

sonhos

Poetizando o meu trajeto com base em material

educativo da 30º bienal de Artes de SP

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Produção Vídeo-arte diálogos com o trajeto

Fichário em transparência de Rizoma

urbano

Vídeos : Oscar Niemeyer e Praça Rui Barbosa - Memórias

Livro: Dona Lucí -

Memórias

Intervenção urbana -

grafite

Stand by

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6

5

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4

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Materiais • Vídeo Oscar Niemeyer: O Arquiteto do século. Disponível em: Polo Arte na Escola

UNESP Bauru

• Praça Rui Barbosa - Memórias.

• Imagens: imagens da 30ª Bienal de Artes de São Paulo: (Linhareta, semicírculo, três direções,Franz Walter; Contratempos, Runo Lagomarsino; Desejo Eremita , Rodrigo Braga; Foto do Clube Esperia, Waldemar Cordeiro; Ciudad Abierta ; Minha cor favorita, Jiri Kovanda; Atalho 1, Fernando Ortega.)

• Site Sampa Graffite (vídeos)

• Papéis sulfite; Canetas hidrocor ponta grossa; 30 canetas retroprojetora (Marcador CD/DVD Preto); fita adesiva dupla face larga; 30 lápis 4B E 6B; 2 pacotes de Transparência a4 50 folhas; Pincéis para pintura chato nºs 10 e 20; 30 cadernos Espiral Capa Plástica Médio Académie 70fls (Patrocínio Tilibra)

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Etapa 1 - Arte Mural

Objetivos da Etapa: • Deflagrar a atenção para os

espaços significativos da cidade. • Criar uma ruptura no cotidiano das

pessoas, promovendo espaços de apreciação e diálogos sobre a arte

e a cidade. • Promover intervenção urbana na

escola. • Debater sobre as manifestações

artísticas em espaços não-convencionais.

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Alunas: Raissa Raquel Caetano, Paula Larissa, Ketyn Horrana

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Preparação do muro com seladora

Equipe escolar unida para preparar o muro

Professora Wlani de Português/ Inglês passando seladora no muro

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Vamos começar os trabalhos?

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Movimentando toda a escola, precisamos deixar o muro com a cara da cidade que também é a nossa cara

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Começam a surgir algumas formas

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Identificando espaços da cidade representados no muro

Torre Eifel da Praça Nove de Julho Anfiteatro Vitória Régia

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Aluna : Giovana Lacerda Aluna : Raissa Raquel Caetano

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Estação Ferroviária Coreto da Praça rui Barbosa

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Identificando espaços da cidade representados no muro

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Automóvel Clube de Bauru Templo Tenrikyo

Maior templo da América Latina

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Aluna: Ketyn Horrana

Identificando espaços da cidade representados no muro

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Praça Rui Barbosa Igreja Matriz no centro da cidade

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Identificando espaços da cidade representados no muro

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Leão da Avenida Nações Unidas Vista panorâmica do muro

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Alunos: João vítor Oliveira e Karla Yasmim Vista do muro

Identificando espaços da cidade representados no muro

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Ops! Perdemos a noção do tempo

O projeto envolveu de tal forma os alunos que esses começaram a vir em horários invertidos para dar continuidade em seus desenhos , pois se deram conta de que o horário normal de aula não era suficiente. Houve um dia que era reunião de pais no Calendário Escolar e não haveria aula, no entanto, os alunos envolvidos na pintura do muro compareceram às 7h da manhã e foram para casa já próximo das 20h .

Detalhe : só pararam de pintar porque já não conseguiam mais enxergar o desenho, visto que a iluminação do poste da rua não era adequada.

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Postagem em rede social da aluna Paula Larissa sobre o projeto

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Comentários em rede social sobre as fotos da Pintura do muro da escola

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Proposição 2 - Discussões em sala sobre espaços da cidade e a desatenção das pessoas sobre esses espaços

Objetivos da Etapa:

• Promover discussão sobre os pontos da cidade pintados no

muro

• Compreender o que leva as pessoas a não perceberem a

cidade em que vivem

• Refletir sobre a função da Arte Urbana

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Alunos: Gabriel Silva, Gabriel Ribeiro, Pâmela Rafaela, Graziela Beatriz Silva, Jonas Silva, Fernando Campos

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Proposição 3 Desenho : a cidade dos

sonhos

Cada aluno deverá fazer o desenho de como enxerga a cidade.

Objetivo: promover a criação tendo como enfoque a cidade.

Refletir sobre o conceito formação da cidade.

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vídeos

Oscar Niemeyer: O Arquiteto do século

Disponível em: Polo Arte na Escola UNESP Bauru

Praça Rui Barbosa – Memórias

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4vG1tweUJN0&hd=1

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Proposição 3 Poetizando o meu trajeto Objetivo: Instigar no aluno o olhar poético para o trajeto que faz entre a escola e a sua casa

1º momento

2º momento

3º momento

4º momento

5º momento

Desenhar o

seu trajeto de casa para a

escola

Responder a

pergunta: O que acontece

quando você anda?

Relacionar com imagens da 30ª Bienal de Artes de

São Paulo

(Linhareta, semicírculo, três direções,Franz Walter;

Contratempos,Runo Lagomarsino;

Desejo eremita , Rodrigo Braga; Foto do Clube Esperia, Waldemar

Cordeiro; Ciudad Abierta ; Minha cor favorita, Jiri Kovanda; Atalho 1,

Fernando Ortega. Queda Interrompida, Bas Jan Ader)

Decifrar e conectar o

enigma ao trajeto “Duas pessoas caminham pelas ruas e enchem um saco de folhas. Quando o saco está cheio, uma delas fecha os olhos e , guiada pela outra, esvazia o saco folha por folha, até que fique vazio. Trocando os papéis, elas percorrem de volta a trilha de folhas” Allan Kaprow. Fall (1995)

Responder a

pergunta:

O que representa o meu trajeto

para mim?

Esta

pro

po

siçã

o a

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5 m

om

en

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Imagens referenciais para a proposição 4

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1 Minha cor favorita, Jiri Kovanda; 2 Atalho 1, Fernando Ortega; 3 Desejo Eremita , Rodrigo Braga; 4 Ciudad Abierta; 5 Contratempos, Runo Lagomarsino ; 6 Queda Interrompida, Bas Jan Ader; 7 Linhareta, semicírculo, três direções,Franz Walter;

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Produção de vídeo

Como eu dialogo com meu trânsito? Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=pskcZhmJg5k&hd=1

Objetivos e referência poética “Nas cidades a vida é mais pequena que aqui na minha casa no cimo deste outeiro

Na cidades as grandes casas fecham a vista a chave

Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que nossos olhos nos podem dar...

e torna-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver”

Alberto Caeiro

Nessa etapa os alunos foram instigados a olhar para o trajeto de casa para a escola e se possível filmar com o celular , observando coisas que normalmente passariam despercebidas. Num segundo momento esses vídeos forma acelerados de forma a provocar inquietações no espectador, que pretendem olhar o trajeto mas a correria não permite.

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Rizoma Urbano

Conclusões parciais da professora sobre o trajeto

“O trajeto de cada um é que forma a cidade, ele é o caminho que me conduz na cidade que me estabelece e me vincula dentro do espaço urbano. O trajeto direciona o meu olhar. Ele me leva para algum lugar, e faz parte de mim, das minhas narrativas, do meu conhecimento. Eu só conheço verdadeiramente os caminhos pelos quais percorri, ele me pertence de alguma forma. O rizoma urbano nasce da somatória de todos os trajetos, a cidade só existe a partir de todos os nossos caminhos juntos”

Pareceres dos alunos sobre o próprio trajeto na cidade

“O sangue flui, o vento assopra e a cidade acorda” Mike Dornellas 2ºC

“ O fluxo da cidade e o nervosismo= passos demorados” Sarah de Lima

“No Ferradura: A enxurrada levou o meu barraco... Óia os home porra!” Rafael 2ºC

“Na cidade, os sons e os sinais da rua, o coração dispara e a ansiedade aumenta” Paula Larissa

“Do barraco, passo pela Delírios e atravesso o pontilhão, a Febem é pertinho: pimenta no c* dos outros é refresco!” Hudson 2ºC

“Em casa a chuva caiu e eu entrei no barril” Reinaldo

“Um longo trajeto para o caminho da felicidade” João Vitor Oliveira

“Na loja eu vou estar, dinheiro eu vou gastar, feliz eu vou ficar” Graziela Beatriz

“Na vida passa...nesse lugar eu passei” Mariana Vilela

“No trânsito insuportável, a um caminho sustentável, rumo a uma cidade insustentável” Gabriel Bozza

“A vida passa e nós nem notamos o que tem ao redor” Graziele 2ºA

“Na vida, mesmo impossibilitado...feliz” Islane 1ºA

“Cada dia uma nova oportunidade, um jeito novo e diferente para começar de novo” Bárbara Fernanda

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Fichário rizoma Urbano A partir da somatória dos trajetos dos alunos construímos o que eles enxergam da cidade de Bauru; trata-se de uma narrativa singular de um público específico, com uma realidade muito particular e íntima.

28 Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=v-6gqL0N820&hd=1

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Nesta etapa chegamos a conclusão de que mais importante que o patrimônio arquitetônico e natural das cidades são as pessoas que nela moram, com suas memórias, histórias e imaginários. A cidade por excelência em meio a toda estrutura social atropela o humano, o particular e torna-nos de certa forma homogêneos e invisíveis.

Pretendemos voltar nosso olhar para as pessoas e suas histórias; ouvi-las e reconta-las por meio da sensibilidade artística de cada aluno envolvido no

projeto. Trabalhamos por meio de ações diretas multidisciplinares, somando o potencial artístico de todos os alunos envolvidos, para que possamos construir uma obra comum dedicada a Cidade de Bauru, ressaltando a importância que esta cidade tem para nós bauruenses. Voltamos a Arte a serviço do bem comum, de acesso a todos, construindo a cidadania muitas vezes ignorada, pela vida agitada que não olha para o lado.

Enfatizamos que mesmo neste ritmo alucinado das cidades, com desequilíbrios sociais e realidades antagônicas, também existe vida pulsante, vida que inspira e que se refaz a cada novo traçar de trajeto, de história e de Arte.

Para escolha do nosso personagem tínhamos que identificar uma pessoa que nos fosse comum, todos devíamos conhecê-la para criarmos uma identidade emotiva com o produto final. Para ilustrar, iniciamos tecendo um rizoma dos nossos contatos via rede social, utilizamos o Facebook e descobrimos que a pessoa que está conectada a todos nós é uma senhora muito querida por todos , a doce Dona Lucy, inspetora de alunos, a partir da escolha do personagem iniciamos o trabalho.

Etapa 9: Dona Lucí – memórias

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Aluna : Raissa Raquel Caetano ilustrando página do livro

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Imagens do processo de construção do livro

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Grafite e diálogos na cidade

Nessa etapa Celso Oliveira, aluno da UNESP e tutor do projeto, se ofereceu gentilmente para grafitar no muro da escola e proferir uma conversa sobre Arte e Intervenção urbana, apresentando o grafite como um instrumento de comunicação na cidade.

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Avaliação

Participação, elaboração, execução e conclusão no projeto

Referências

• HERNÁNDEZ. Fernando. Catadores da Cultura Visual – Proposta Para uma Nova Narrativa Educacional. Ed.Mediação. Coleção Educação e Arte. Ed. Mediação. 2007

• DELEUZE, Gilles & Guattari,Félix. “Mil Platôs”. São Paulo. Editora 34, 1997

• MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro / Edgar Morin ; tradução de Catarina Eleonora F . da Silva e Jeanne Sawaya ; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. – 2. ed. – São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, 2000.

• LINCH, Kevin. A Imagem da Cidade. Ed.Martins Fontes. São Paulo.1997

• São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – 2. ed. – São Paulo: SEE. 2011. 260 p

• Material educativo . XXX Bienal de São Paulo. 2013

• enquadro - episósio 1 : Domingas . Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ACyPpmnCLDs&hd=1 http://casadalapa.blogspot.com.br/p/projetos.html

• http://www.sampagraffiti.com

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