A AUTO-HIPNOSE COMO NECESSIDADE SOCIALÍ*)

D R . A L B E R T Y A N S (**)

"O homem, ao t r o c a r os c o n h e c i m e n t o s do mundo, t r o c a o mundo que c o n h e c e , e t r o ­cando o mundo que c o n h e c e , o homem mesmo s e t r o c a . "

( D o b z h a n s k y )

DUBOS o p i n o u que "quando s e c h e g a a i d e n t i f i c a r o H o m o - S a p i e n s p e l a primej_ r a v e z na s a l a a r q u e o l ó g i c a , j ã s e acha em g r u p o s s o c i a i s m u i t o a m p l o s . 0 homem e um a n i m a l s o c i a l , que d e p e n d e m o s o u t r o s s e r e s humanos p a r a s u a s n e c e s s i d a d e s f i ­s i o l ó g i c a s e p a r a as s a t i s f a ç õ e s de s u a s e m o ç õ e s . "

MONTAGU r e f e r e : "o i n d i v í d u o na s o c i e d a d e s e s e n t e p o r momentos m u i t o dis_ t a n t e dos d e m a i s s e r e s humanos, porem sempre s e m a n t é m o m a i s f o r t e de t o d o s os de s e j o s , que é o de e s t a r v i n c u l a d o com o p r ó x i m o . "

Uma das c o n d i ç õ e s e s s e n c i a i s p a r a que os homens s e o r g a n i z e m em s o c i e d a d e s c o m u n i t á r i a s é a s u p r e s s ã o da v i o l ê n c i a e da h o s t i l i d a d e . Se t o d o s os homens da te_r r a compartem as mesmas s u b s t â n c i a s c o n s t i t u t i v a s , os e l e m e n t o s - , as m o l é c u l a s e os á t o m o s , é b á s i c o que s e unam ao c o n h e c i m e n t o de m é t o d o s p a r a c o m p a r t i l h a r uma v i d a menos t e n s a e m a i s l i v r e de a n s i e d a d e s , j ã que "tudo o que v i v e é como n ó s . "

O R G A N I Z A Ç Ã O S O C I A L :

A o r g a n i z a ç ã o é "o t e c i d o s o c i a l . " A a s c e n ç ã o do homem na e s c a l a do p r o c e s s o h u m a n í s t i c o , depende e s t r i t a m e n t e de que e x i s t a uma r e l a ç ã o i n t e r - h u m a n a p o s i t T v a . 0 s e n t i d o de o r g a n i z a ç ã o c o n t é m a ç a o e e f e i t o , t o d o o q u a l é uma d i s p o s i ç ã o , u m a r r a n j o e uma ordem que surgem da i n t e r a ç ã o de d i a a p ó s d i a em c o o p e r a ç ã o e em s o ­l u ç ã o de p r o b l e m a s e c o n f l i t o s .

AUTO-HIPNOSE:

•Entende-se p o r h i p n o s e um t e r c e i r o e s t a d o da m e n t e . Na a u t o - h i p n o s e , o ope r a d o r e o s u j e i t o s ã o a mesma p e s s o a , que tem c o n t r o l e das i d e i a s d i r e t r i z e s , p o ­r é m sem a t e n s ã o normal das f a c u l d a d e s c r í t i c o - i n t e l e c t u a i s .

0 h i p n ó l o g o c o n f i r m a em c a d a e x p e r i ê n c i a que " t o d a h i p n o s e é uma a u t o - h i p ­n o s e " , como a f i r m a FRANK CAPRIO. D i f u n d i d a a n í v e l s o c i a l , a a u t o - h i p n o s e pode ' a l i v i a r a t e n s ã o g e r a d a p e l a s t r o c a s dos c o s t u m e s e da t r a d i ç ã o , t r o c a que s ã o a t ó n i c a d e s t a é p o c a . As i n o v a ç õ e s como o c r e s c i m e n t o e o a p e r f e i ç o a m e n t o da t e c n o l o g i a nas f á b r i c a s , a r e f i n a d a c o m p e t i ç ã o m e r c a n t i l i s t a , e c o n ó m i c a e n u c l e a r , t r a z e m c o n s i g o uma t r a n s f o r m a ç ã o nas metas e nas m a n e i r a s de v e r as c o i s a s , com um a l t o g r a u de a t i v i d a d e e m o c i o n a l nos i n d i v í d u o s .

A s e r e n i d a d e é a lguma das m á x i m a s d i s c i p l i n a s do s e r humano. 0 homem tem que a p r e n d e r a s e r s e r e n o , q u e r d i z e r , mais humano. A a u t o - h i p n o s e é um dos m e l h o ­r e s m é t o d o s p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o da s e r e n i d a d e .

0 r e l a x a m e n t o a u t o - h i p n õ t i c o é uma f u n ç ã o e s s e n c i a l e b a s i c a m e n t e n e c e s s á ­r i a p a r a o homem d e s t e t e m p o , dado o t i p o de v i d a que e n f r e n t a . 0 r e l a x a m e n t o a u -

(*) Trabalho apresentado no IV9 Congresso Panamericano de Hipnologia e Medicina Psicossomática. Rio de Janeiro, agosto de 1973.

(**) Diretor Geral do Instituto Guatemalteco de Psicologia e Hipnose Clínica.

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t o - h i p n õ t i c o e n v o l v e uma das n e c e s s i d a d e s v i t a i s : o d e s c a n s o , o q u a l tem uma d e t e £ m i n a n t e i n f l u ê n c i a s o b r e a c o n d u t a humana.

0 d e s c a n s o tem s i d o u s a d o i n c o n s c i e n t e m e n t e ou q u a s e i n c o n s c i e n t e m e n t e , p o r m i l h a r e s de a n o s ; a a u t o - h i p n o s e o c o n v e r t e a g o r a em c o n s c i e n t e , de f a t o e l e v a n d o s u a i n t e n s i d a d e , v a l o r e e f e i t o s b e n é f i c o s .

A a u t o - h i p n o s e , quando é e n s i n a d a a g r u p o s p o r h i p n õ l o g o s p r o f i s s i o n a i s , s e e n c a m i n h a a t é o b t e r um a u t o - c o n t r o l e e uma a u t o - d i s c i p l i n a no c o m p o r t a m e n t o i n d i ­v i d u a l e c o l e t i v o . A t e n s ã o e m o c i o n a l r e d u z o campo da c o n s c i ê n c i a e embota a f u n ­ç ã o t o t a l do o r g a n i s m o , ou s e j a , a t e n s ã o r e p r e s e n t a um dos p r i n c i p a i s o b s t á c u l o s ã v i d a humana.

B E C J E R , c r ê que a a n s i e d a d e e_o p r i m e i r o m ó v e l da c o n d u t a humana. Sem d ú v i ^ da à a u t o - e s t i m a é a p r i n c i p a l p r o t e ç ã o c o n t r a a e x c e s s i v a a n s i e d a d e e medo. P o r meio do r e l a x a m e n t o a u t o - h i p n õ t i c o a t e n s ã o d e s a p a r e c e em poucos m i n u t o s e quando s e d o m i n a a t é c n i c a s u f i c i e n t e m e n t e , em q u e s t ã o de s e g u n d o s . A p e r d a de h a b i l i d a d e c r i t i c a que e m e r g e , como i n s t i n t o de i m i t a ç ã o , nos g r u p o s , t a m b é m p o d e * s e r c o n t r o ­l a d a .

,Em n o s s a I n s t i t u i ç ã o na G u a t e m a l a , r e c e n t e m e n t e t r e i n a m o s v á r i a s p e s s o a s em a u t o - h i p n o s e , gue em s e g u i d a p a r t i r a m p a r a r e s i d i r em M a n ã g u a , N i c a r á g u a . A l i as s u r p r e e n d e u o u l t i m o t e r r e m o t o e nos r e l a t a r a m q u e , n ã o o b s t a n t e a " P s i c o s e C o -l e t i v ã " que s e d e s a t o u na d e s t r u i d a c i d a d e , e l a s m a n t i v e r a m uma s e r e n i d a d e i m p e r t u b á v e l , e puderam e s t a r no m á x i m o de s u a s a t i t u d e s p a r a s a l v a r s u a s v i d a s , e a t e on de f o i p o s s í v e l , s e u s p e r t e n c e s . E s t a h i s t o r i a é uma p r o v a f a s c i n a n t e da e l e v a ç ã o de c a p a c i d a d e s que a d q u i r e uma p e s s o a t r e i n a d a em a u t o - h i p n o s e .

A AUTO-HIPNOSE NA E D U C A Ç Ã O E NA I N S T R U Ç Ã O :

A c r e d i t a m o s que t r e i n a r em a u t o - h i p n o s e os e d u c a n d o s ê uma n e c e s s i d a d e s o ­c i a l . A e s t e r e s p e i t o , o m i t i m o s a " C a r a c t e r o l o g i a da e d u c a ç ã o dos d i v e r s o s t i p o s n a c i o n a i s " de LORENZO, j ã que a f o r m a ç ã o do i n d i v í d u o c o n s i d e r a d a i n t e g r a l m e n t e . v e m a s e r u n i v e r s a l .

A e d u c a ç ã o s e a c h a , t o d a v i a , em p l e n a j u v e n t u d e e s e p r o j e t a mais ao f u t u ­r o que ao p a s s a d o . E i r ó n i c o que a e d u c a ç ã o " g e n u í n a " f o r a p r o p o s t a p o r S Ó C R A T E S c i n c o s é c u l o s a n t e s da E r a C r i s t a . A g o r a bem: a e d u c a ç ã o é o d e s e n v o l v i m e n t o das f a c u l d a d e s de p e n s a r , segundo n o s s o p o n t o de v i s t a . P o r i n s t r u ç ã o , entendemos a a q u i s i ç ã o de i n f o r m e s e d a d o s . Em ambos os c a s o s , t a n t o o que o l h a a v e r d a d e d u r a ­d o u r a a t r a v é s da c o m p r e e n s ã o , como o que depende de v a n t a g e n s e c i r c u n s t â n c i a s v a ­r i a n t e s , podem t e r na a u t o - h i p n o s e um e x c e l e n t e a l i a d o .

Na e d u c a ç ã o , com a a j u d a da a u t o - h i p n o s e , o a l u n o d e s e n v o l v e s e u p o t e n c i a l n i t i d a m e n t e i n d i v i d u a l , de õ t i m a m a n e i r a , a p r e n d e f u n d a m e n t a l m e n t e p o r m e i o da e x ­p e r i ê n c i a . Na i n s t r u ç ã o , o educando e s t u d a sem f a d i g a , s e c o n c e n t r a sem e s f o r ç o , n ã o tem que r e c o r r e r a r e a t i v a n t e s e f a z s e u s exames com t r a n q u i l i d a d e de e s p í r i t o .

0 D r . FRANCISCO MURILLO, D i r e t o r do D e p a r t a m e n t o P s i c o t é n i c o do C o l é g i o La S a l l e , de G u a t e m a l a , a p r e s e n t o u no I I 1 9 C o n g r e s s o P a n a m e r i c a n o de H i p n o l o g ^ a e Me­d i c i n a P s i c o s s o m á t i c a , um i n t e r e s s a n t e t r a b a l h o s o b r e "A H i p n o s e na E d u c a ç ã o " . E s ­t a p e r s o n a l i d a d e f o i t r e i n a d a em n o s s a I n s t i t u i ç ã o de G u a t e m a l a no manejo das t é c ­n i c a s de a u t o - h i p n o s e e d u c a c i o n a l e os r e s u l t a d o s t ê m s i d o m a r a v i l h o s o s , . t a n t o no p l a n o de e d u c a ç ã o como na l i n h a de i n s t r u ç ã o , que o d i s t i n t o p r o f i s s i o n a l e s t á a p l i _ cando no m e n c i o n a d o C o l é g i o La S a l l e .

A AUTO-HIPNOSE E 0 EDUCADOR:

M u i t o m a i s que m é t o d o s ou m a t e r i a l de e n s i n o , o e d u c a d o r n e c e s s i t a de d e ­t e r m i n a d a s c o n d i ç õ e s de c a r ã t e r p e s s o a l . De o u t r a m a n e i r a , l h e é d i f í c i l ou i m p o s -

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s T v e l t r a n s m i t i r a s e u s a l u n o s , j ã n ã o digamos o c o n h e c i m e n t o em s i , mas a i n f l u ­ê n c i a de uma p e r s o n a l i d a d e c o n s i s t e n t e . De JOSE ORTEGA E GASSET s e tem d i t o que "sua r i c a p e r s o n a l i d a d e e r a c o n s e r v a d a p o r s e u s momentos de e q u a n i m i d a d e e r e l a x a ­mento" .

Se s e deve e m p r e e n d e r uma r e f o r m a e d u c a t i v a , d e v e - s e c o m e ç a r p e l o c a r ã t e r i n d i v i d u a l dos m e s t r e s e , p o r e x t e n s ã o , a t o d o s os a l u n o s , a l g u n s dos q u a i s s e r ã o , sem d ú v i d a , e d u c a d o r e s no f u t u r o .

A AUTO-HIPNOSE E 0 PAI DE FAMTLIA:

T a l v e z a l g u n s dos m a i s b e l o s d e s e j o s dos p a i s de f a m í l i a s e c o n s t i t u a em que s e u s f i l h o s s e t o r n e m a d u l t o s l i v r e s de a n s i e d a d e s . P o r é m , p a r a i s s o , e p r e c i ­s o q u e , como p r i m e i r a p r o v i d ê n c i a , p a r a verem c u m p r i d o s o s s e u s a n s e i o s , os p a i s s e j a m menos a n s i o s o s .

Em l u g a r de p e r m i t i r que o f i l h o s e envenene com f á r m a c o s r e l a x a n t e s , deve. r i a e n s i n a r - l h e t é c n i c a s de a u t o - d o m í n i o e c o n t r o l e da p r ó p r i a m e n t e . 0 f i l h o deve d e s e n v o l v e r - s e em um a m b i e n t e de s ã c o m p e t i ç ã o , p o i s que em s u a v i d a a d u l t a t e r á que c o m p e t i r ^ Nenhum p a i de f a m í l i a a n s i o s o pode d a r a s e u s f i l h o s um a m b i e n t e de c o m p e t i ç ã o s a , e i s t o q u e r d i z e r que e l e deve c o m e ç a r p o r t o r n a r - s e s ã o a s i mesmo. ALLPORT tem o p i n a d o que o c o n c e i t o de c o m p e t i ç ã o é i n d i s p e n s á v e l t a n t o na i n f â n c i a como na i d a d e a d u l t a .

A AUTO-HIPNOSE E 0 H I P N Ó L O G O :

Todo h i p n ó l o g o d e v e r i a , p a r a s i mesmo, p r a t i c a r a a u t o - h i p n o s e como e x e r c i c i o d i á r i o . Do c o n t r á r i o , é um h i p n ó l o g o t e ó r i c o que r e a g i r á s u r p r e s o a n t e a l g u m a ? e x t e r i o r i z a ç õ e s de s e u s p a c i e n t e s , ou s e n s i v e l m e n t e a c u m u l a r á t e n s õ e s que o o b r i g j j r ã o a um c o m p o r t a m e n t o que o a u s e n t e do v e r d a d e i r o s e n t i d o de uma b o a h i p n o t e r a p i a .

OSTWALD tem e s c r i t o : "Temos m u i t o m a i s que d e s c o b r i r em n ó s , em n o s s a c o n ­d u t a p a r a os d e m a i s , em n o s s a s a t i v i d a d e s g r u p a i s " . RAMON SARRO i n d i c a : "Quando a e q u a n i m i d a d e s e a c h a de menos no p s i c o t e r a p e u t a é que nao e s t a m o s a n t e um p s i c o t e ­r a p e u t a , a i n d a quando o mesmo e a s o c i e d a d e o c o n s i d e r a m como t a l " .

P R O P O S I Ç Ã O DO M É T O D O :

Dada a í n d o l e de s i n t e t i z a ç ã o que e s t e t r a b a l h o deve t e r , é p a r t i c u l a r i z a da a a p l i c a ç ã o da a u t o - h i p n o s e no e d u c a n d o , no e d u c a d o r e no h i p n ó l o g o . P o r é m , d e ­s e j o s u b l i n h a r que o c o n h e c i m e n t o e a p r á t i c a da a u t o - h i p n o s e s i s t e m a t i z a d a é uma n e c e s s i d a d e a n í v e l s o c i a l e e n v o l v e o m e d i c o , o r e l i g i o s o , o homem de n e g ó c i o s , a dona de c a s a , o m i l i t a r , a c r i a n ç a , o a d o l e s c e n t e , o j o v e m , q u e r d i z e r : a t o d o s e r humano que f o r m a n o s s a s s o c i e d a d e s .

P a r a t a l o b j e t i v o venho p r o p o r n e s t e C o n g r e s s o , como uma c o n t r i b u i ç ã o ã s i n v e s t i g a ç õ e s dos homens de c i ê n c i a a q u i p r e s e n t e s , um m é t o d o b a s e a d o em minha o b r a "COMO VIVER MELHOR COM AUTO-HIPNOSE OS SETE DIAS DA SEMANA", a q u a l tem s i d o a p l i ­c a d a com ê x i t o no INSTITUTO GUATEMALTECO DE PSICOLOGIA E HIPNOSE C L I N I C A , nos c a ­s o s de m a i s de duas m i l p e s s o a s , t a n t o na t e r a p i a i n d i v i d u a l como no t r e i n a m e n t o de g r u p o s . D e s t a f o r m a , e s t e m é t o d o tem s i d o a p l i c a d o com m a g n í f i c o s r e s u l t a d o s p e l o s d o u t o r e s GERMAN ARAMBURO, HERBERT ORBAUGH e RICARDO N 0 V A Í . E S em c a s o s e s p e c í f i c o s de p a r t o s o b h i p n o s e . E s t e s d i s t i n t o s p r o f i s s i o n a i s de G u a t e m a l a t ê m c r i a d o uma no va c o r r e n t e h i p n o - p r o f í l ã t i c a que denominam H i p n o - P r o f i l a x i a .

D E S C R I Ç Ã O DO M É T O D O :

PRIMEIRO: e s t í m u l o s e x t e r n o s t r a n q u i l i z a d o r e s :

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S u g e r e - s e ã p e s s o a , q u e a n t e s de a p l i c a r a t é c n i c a de r e l a x a m e n t o a u t o - h i p -n õ t i c o , u t i l i z e um e s t í m u l o que r e p r e s e n t e t r a n q u i l i d a d e p a r a e l a : b a r u l h o de m a r , m ú s i c a , o c a i r da c h u v a , e t c .

SEGUNDO: c r i a ç ã o de um l u g a r i m a g i n á r i o :

0 s u j e i t o c r i a m e n t a l m e n t e um l u g a r i d e a l p a r a onde i r ã no momento de f e ­c h a r os o l h o s : o m a r , o campo, a m o n t a n h a , e t c .

TERCEIRO: p o s i ç ã o e e x e r c í c i o s f í s i c o s :

0 s u j e i t o s e n t a d o ou e n c o s t a d o , comodamente, segundo s u a p r e f e r ê n c i a e a f r o u x a d a s as p e ç a s da s u a v e s t e que causem alguma p r e s s ã o , s e l h e s u g e r e , p r e v i a ­mente ao emprego da t é c n i c a , os s e g u i n t e s e x e r c í c i o s :

E x e r c í c i o n9 1 - movimento da p a r t e s u p e r i o r do c o r p o , como s e e s t i v e s s e d e s p r e n d e n d o .

E x e r c í c i o n9 2 - f e c h a r e a b r i r os d e d o s das m ã o s , p e n s a n d o q u ê , a o a b r i r , s u a s t e n s õ e s d e s a p a r e c e m .

E x e r c í c i o n9 3 - e n c o l h e r e e s t i r a r r i t m i c a m e n t e os b r a ç o s .

E x e r c í c i o n9 4 - e s t i r a r e e n c o l h e r r i t m i c a m e n t e as p e r n a s .

E x e r c í c i o n9 5 - r o t a ç ã o m a n d i b u l a r . T r ê s r o t a ç õ e s p a r a um l a d o e t r ê s r o ­t a ç õ e s p a r a o o u t r o .

E x e r c í c i o n9 6 - r o t a ç ã o o c u l a r . T r ê s r o t a ç õ e s p a r a um l a d o e t r ê s r o t a ­ç õ e s p a r a o o u t r o .

E x e r c í c i o n9 7 - v i s ã o f i x a p a r a t r á s e a c i m a do n í v e l dos o l h o s .

QUARTO: r e s p i r a ç ã o e r e t i r o d i s s o c i a t i v o :

0 p a c i e n t e r e a l i z a t r ê s r e s p i r a ç õ e s l e n t a s e p r o f u n d a s . D u r a n t e a p r i m e i r a , p e n s a que o c o r p o adormece dos p é s a c i n t u r a . Na s e g u n d a , p e n s a que adormece da c i n t u r a ao p e s c o ç o . D u r a n t e a t e r c e i r a r e s p i r a ç ã o p e n s a que adormece o p e s c o ç o e a c a b e ç a . I m e d i a t a m e n t e d e p o i s , f e c h a os o l h o s e " v a i " a s e u l u g a r i m a g i n á r i o i d e a l .

QUINTO: r e l a x a m e n t o g e r a l :

V e n d o - s e no l u g a r i d e a l , o p a c i e n t e i m a g i n a que "os m ú s c u l o s de s e u s p ê s e s t ã o d u r o s , m u i t o d u r o s . . . e o r d e n a que s e r e l a x e m " . A t o s e g u i n t e " i m a g i n a _ que s e u s p é s e s t ã o f r o u x o s , m u i t o f r o u x o s . . . e que s e n t e um c a l o r t é n u e e a g r a d á v e l ne l e s , p r o v e n i e n t e d a c i r c u l a ç ã o normal do s e u s a n g u e " . A mesma t é c n i c a s e c o n t i n u a p e l a s p e r n a s , j o e l h o s , m ú s c u l o s , a b d ó m e n , p e i t o , c o s t a s , n u c a , p e s c o ç o , o m b r o s , b r a ç o s , m a o s , m a n d í b u l a , r e g i ã o f a c i a l e a c a b e ç a .

SEXTO: a u t o - v i s u a l i z a ç ã o a n a t ó m i c a o r d e n a d a :

T r a t a - s e de uma i n t r o s p e c ç ã o f í s i c a ou a u t i s m o a u t o - d i r i g i d o . 0 s u j e i t o i m a g i n a que s e u c é r e b r o é um p o t e n t e r e f l e t o r que p r o j e t a uma l u z com q u a l i d a d e s t r a n q u i l i z a n t e s . A l u z s e e s p a l h a a t o d o o o r g a n i s m o . Sem e s f o r ç o - a l g u m , o p a c i e n ­t e c o m e ç a a d i s t r i b u i r e s s a l u z s e g u i n d o uma ordem a n a t ó m i c a : c o m e ç a p e l o dedo gran_ de do pe e s q u e r d o , p a s s a n d o s u c e s s i v a m e n t e p e l o s o u t r o s dedos do p é e s q u e r d o , e as_ s i m p o r t o d o o o r g a n i s m o a t é f a z e r o mesmo com os dedos do p é d i r e i t o ( t e r m i n a n d o com o dedo g r a n d e ) . Sempre s e g u i n d o e s t a ordem a n a t ó m i c a , a l u z p e n e t r a em t o d o s os membros do s e u c o r p o e " o b s e r v a " que s e d i f u n d e p e l o s s i s t e m a s d i g e s t i v o , c i r c u l a t ó r i o e r e s p i r a t ó r i o . Aonde a l u z c h e g a , u m e f e i t o r e l a x a n t e s e e x p e r i m e n t a i n s t a n ­t a n e a m e n t e e o p a c i e n t e r e l a x a t o d o s os s e u s m ú s c u l o s e x t e r n o s e i n t e r n o s .

S É T I M O : f l u t u a ç ã o no a r :

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Uma v e z c o n s e g u i d o o r e l a x a m e n t o m u s c u l a r t o t a l , o s u j e i t o s e abandona a t é s e n t i r - s e f l u t u a n d o l i v r e m e n t e .

OITAVO: a u t o - t e r a p i a :

N e s t e momento, o p a c i e n t e a u t o - a p l i c a s u g e s t õ e s d e s e j á v e i s . E x i s t e u m " s e t " de t é c n i c a s e s p e c i a i s p a r a e s t e f i m .

NONO: p ó s - o r d e n s :

C o n s e g u e - s e um c o n s i d e r á v e l e n c u r t a m e n t o da d u r a ç ã o do m é t o d o m e d i a n t e o r ­dens p õ s - h i p n o t i c a s , que h a b i l i t a r ã o o s u j e i t o no f u t u r o , a e n t r a r em p r o f u n d o e s ­t a d o de r e l a x a m e n t o a u t o - h i p n õ t i c o , b a s t a n d o - l h e r e a l i z a r t r ê s r e s p i r a ç õ e s e p r o ­n u n c i a r a p a l a v r a " c a l m o " .

. DECIMO: a p r o f u n d a m e n t o :

Chamamos a p r o f u n d a m e n t o ao r e - o r d e n a m e n t o c o r t i c a l e a f l o r a m e n t o do_ sub c o n s c i e n t e , que é p r o d u t o de um m á x i m o d e s c a n s o ou uma d i s s o c i a ç ã o da c o n s c i ê n c i a , os q u a i s podem t r a n s f o r m a r - s e sem p e r i g o a l g u m em s o n o f i s i o l ó g i c o r e p a r a d o r e t r a £ q u i l o .

A t é c n i c a s e c o n s t i t u i em c o n t a r l e n t a m e n t e de 100 p a r a t r á s , o m i t i n d o a ordem c o r r e l a t i v a , s e a s s i m f o r . Cada n ú m e r o c o n t a d o ê acompanhado p e l a i n t e r i o r i ­z a ç ã o d a a u t o - i m a g e m da p e r s o n a l i d a d e que o s u j e i t o d e s e j a a d q u i r i r , ou e n t ã o s e acompanha c a d a n ú m e r o c o n t a d o da imagem_do d e s c a n s o de que s e d e s e j a g o z a r , s e e s ­t a f o r a r a z ã o p r i m o r d i a l b u s c a d a . T a m b é m podem c o m b i r i a r - s e ambas as m e t a s .

0 c a s o de Z a i r a :

Tomamos um r e l a t o r e c e n t e de n o s s a c a s u í s t i c a : 2 de a g o s t o de 1 9 7 3 .

Z a i r a é p r o f e s s o r a de e s c o l a p r i m á r i a . Tem 32 anos de i d a d e . N ó s temos um p s i c o d i a g n ó s t i c o p r é v i o , m a i s o u menos p r e c i s o , p o r q u e s e u r e l a t o depende de t e r s e g u i d o p o r s i mesma as i n s t r u ç õ e s da a u t o - h i p n o s e .

Ao f i n a l d a a n á l i s e de s e u r e l a t o , s e c o l o c a uma p e r s o n a l i d a d e de p e r f i l l ã b i l e o b s s e s s i v o .

D i s s e Z a i r a : " . . . E s t i v e em a l t o g r a u de n e u r o s e . Quase v i - m e l o u c a . P a s ­s e i p o r i n f i n i d a d e de m é d i c o s em s u a s d i f e r e n t e s e s p e c i a l i d a d e s . T e r m i n e i s e n d o de c l a r a d a como i n c a p a z p a r a t r a b a l h a r . N ã o chegaram a d e c l a r a r - m e i n v a l i d a , p o r é m eu me s e n t i a a s s i m . Vou c i t a r a lgumas c o i s a s que me o c o r r i a m : eu e r a uma p e s s o a que segundo m i n h a f a m í l i a e os p s i q u i a t r a s , se c l a s s i f i c a v a como " p i r o m a n í a c a " . H a v i a em mim uma i r r e f r e á v e l t e n d ê n c i a de p o r f o g o ã m i n h a r o u p a quando e r a c a s t i g a d a ou quando me a s s u s t a v a , ou s e p e r m i t i a a a l g u é m do s e x o o p o s t o f a z e r - m e c a r í c i a s amo­r o s a s . Tudo l i g a d o ao s e x o me i n s p i r a v a a u t ê n t i c o h o r r o r , i n c l u i n d o a i d e i a do p a r ­t o , ou quando m e n s t r u a v a ( s o f r i a de g r a n d e s a m e n o r r é i a s ) ; c o l o c a v a , e n t ã o , f o g o nas r o u p a s í n t i m a s p o r q u e nao s u p o r t a v a v e r s a n g u e . Ao c o l o c a r f o g o nas p e ç a s í n t i m a s , de i m e d i a t o s u s p e n d i a a m & n s t r u a ç ã o . "

C o n t i n u a Z a i r a : "Nunca me d e t i v e a p e n s a r s o b r e a r a z ã o de t o d a s e s s a s coi_ s a s . ( A q u i s e i n f e r e a i m p o r t â n c i a do r e l a x a m e n t o a u t o - h i p n õ t i c o ) . A d q u i r i a o b r a do D r . ALBERT YANS, "COMO VIVER MELHOR COM AUTO-HIPNOSE OS SETE DIAS DA SEMANA".En t u s i a s m e i - m e e s e g u i as p r á t i c a s com t e n a c i d a d e a t é c h e g a r a g r a u s p r o f u n d o s de r e l a x a m e n t c . M i n h a mente f o i s e d e s v e n d a n d o , e s p o n t a n e a m e n t e , um emaranhado de c o i ­s a s que eu n ã o s a b i a " .

R e l a t a Z a i r a : "Um d i a , d e p o i s de t e r d o r m i d o com a u t o - h i p n o s e p o r um tempo c o n s i d e r á v e l , comecei a r e c o r d a r , como s e a n t e meus o l h o s s e p a s s a s s e uma f i t a c i ­n e m a t o g r á f i c a , a c o n t e c i m e n t o s de minha i n f â n c i a q u e , r e a l m e n t e , j a m a i s s u s p e i t e i . Sem a n g ú s t i a e sem t e m o r e s , comecei a v e r - m e em uma i d a d e de t r ê s a q u a t r o a n o s . V i como uma m u l h e r f o i v í t i m a de uma v i o l a ç ã o ou e s t r u p o p o r q u a t r o i n d i v í d u o s . R e c o r

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do como e s s a m u l h e r g r i t a v a : "Nao me f a ç a m m a l , eu s o u v i r g e m " . Eu me e n c o n t r a v a em um r i a c h o pegando OLUMINAS ( p e i x e s ) com um c o a d o r . Os g r i t o s da m u l h e r me p a r a -l i z a v a m . T r a t e i de p r o t e g e r - m e a t r á s dos a r b u s t o s e e s p e r e i , a t e r r o r i z a d a e sem s a b e r o que o c o r r i a . P o r f i m , e s s e s i n d i v í d u o s t e r m i n a r a m de d e s p i r a q u e l a m u l h e r e b o t a r a m f o g o ã s s u a s v e s t e s . . . S a í c o r r e n d o a t é minha c a s a e c o n t e i á m i n h a m a e q u e me h a v i a e n c o n t r a d o com uma v i r g e n z i n h a , e l h e p e r g u n t e i se e s s a s s a n t a s se l h e s m a l t r a t a v a m e s e s o f r i a m . M i n h a m ã e n ã o me p r e s t o u a t e n ç ã o : apenas me respondeu que t o d a s as s a n t a s t i n h a m que s e r m á r t i r e s . A p a r t i r d a í , j a m a i s v o l t e i a v i s i t a r uma I g r e j a . N e s t a s e s s ã o t a m b é m r e c o r d e i que um d i a m i n h a i r m ã e s t a v a com um "grandees^ tomago" e s e q u e i x a v a m u i t í s s i m o . Suas q u e i x a s d u r a r a m t r i s d i a s a t é o i n s t a n t e em que l a n ç o u um g r i t o , um g r i t o que me f i c o u g r a v a d o p a r a t o d a a v i d a , e d e p o i s o c h o r o de uma c r i a n ç a " .

E t e r m i n a Z a i r a : "Desde e n t ã o c o m p r e e n d i o p o r q u ê de minha m a n i a p e l o f o g o , m i n h ã s d e s o r d e n s m e n s t r u a i s , a f o b i a a s a n g u e , ã I g r e j a e ao m a t r i m o n i o . E s e g u i n d o com as s e s s õ e s de a u t o - h i p n o s e , eu p o s s o d i z e r que s o u uma p e s s o a n o v a , com v o n t a ­de de v i v e r , de c a s a r - m e , de f o r m a r um l a r e t e r f i l h o s . Todas as m i n h a s d ú v i d a s e s c o n d i d a s e t raumas s o f r i d o s d e s a p a r e c e r a m . Tenho t r ê s meses de v i d a . "

B I B L I O G R A F I A

ALLPORT, G. W . - LA PERSONALIDAD, SU CONFIGURACION Y DESARROLLO. E d . H e r d e r , 2 a . e d i ç ã o , B a r c e l o n a , 1 9 6 7 .

BROOM, L. e S E L Z N I C K , P. - SOCIOLOGIA. E d i t o r i a l C o n t i n e n t a l S . A . , 2 a . e d i ç ã o , M é x j _ c o , 1 9 7 2 .

CAPRIO S . e BERGER J . - COMO VIVIR MEJOR CON AYUDA DEL AUTOHIPNOTlSMO. E d i t o r i a l D i a n a , M é x i c o , 1 9 7 1 .

DOBZHANKY, T. - MANKl ND EVOLVING. New H a v e n , C o n n e c t i c u t , 1 9 6 2 .

DUBOS, R. - MAN ADAPTING. New H a v e n , C o n n e c t i c u t , Y a l e , 1 9 6 5 .

FROMM.E. - PODRA SOBREVIVIR EL HOMBRE? E d i t o r i a l P a i d o s , Buenos A i r e s , 1 9 7 1 .

LORENZO, L. - LA EDUCACION DE NUESTRO TIEMPO. E d i t o r i a l L o s a d a S . A . , 3 a . e d i ç ã o , Bue nos A i r e s , 1 9 6 6 .

MONTAGO, A . - THE HUMANIZATION OF MAN. W o r l d P u b l i s h i n g , C l e v e l a n d , 1 9 6 2 .

MURILLO, F. - La H i p n o s i s en l a e d u c a c i ó n . T r a b a l h o a p r e s e n t a d o no "TERCERO CONGRE SO PANAMERICANO DE HIPNOLOGIA Y MEDICINA P S I C O S Q M Â T I C A " . M é x i c o , 1 9 7 1 .

ORBAUGH, ARAMBURO, NOVALES, DE LEON PORRAS, F . e HERNANDEZ, 0 . - E l P a r t o b a j o h i p ­n o s i s ( H i p n o p r o f i l a x i s ) . T r a b a l h o a p r e s e n t a d o no "TERCERO C0NGRES0 PANAMERICANO DE HIPNOLOGIA Y MEDICINA PSIC0S0MATICA". M é x i c o , 1 9 7 1 .

OSTWALD, P. - SOUNDMAKING.. C h a r l e s C. Thomas, S p r i n g f i e l d , I l l i n o i s , 1 9 6 3 .

SARRO, R. - E S T Ú D I O PRELIMINAR, DEL YO AL N0S0TR0S, F r i t z K U n k e l . E d i t o r i a l L u i s M i r a c l e , B a r c e l o n a , 1 9 6 6 .

YANS, A . - VIVA MEJOR CON AUTOHIPNOSIS LOS SIETE DlAS DE LA SEMANA. I n s t i t u t o G u a ­t e m a l t e c o de P s i c o l o g i a e H i p n o s i s C l í n i c a . 3 a . e d i ç ã o . G u a t e m a l a , 1 9 7 3 .

YANS, A . - CURSO PRACTICO DE H I P N O S I S , CURSOS MODERNOS. B o g o t á , C o l ô m b i a , 1 9 6 7 .

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- R E S U M E -

L ' a u t e u r d i f i n i t ce q u ' e s t 1 ' a u t o - h y p n o s e , d a n s l a q u e l l e l e s u j e t e s t "sans l a t e n s i o n n o r m a l e des f a c u l t e s c r i t i q u e - i n t e l l e c t u e l l e s M l p r é c o n i s e 1 ' a p p l i c a t i o n d e 1 ' a u t o - h y p n o s e ã n i v e a u s o c i a l , comme m e s u r e de d e f e n s e de 1 'homme de nos j o u r s , c o n t r e l e s t e n s i o n s p r o d u i t e s ^ p a r j e s a l t é r a t i o n s des v a l e u r s s o c i o c u l t u r e -l l e s , p a r l e s d i v e r s e s i n n o v a t i o n s d é r i v é e s de l a c r o i s s a n c e e t d u p e r f e c t i o n n e m e n t de l a t e c h n o l o g i e dans l e s f a b r i q u e s , p a r 1 ' a r d u e c o m p é t i t i o n m e r c a n t i l i s t e , ê c o n o mique e t n u c l é a i r e . L ' a u t e u r recommande 1 ' e m p l o i de 1 ' a u t o - h y p n o s e en g r a n d e é c h e l l e , i n c l u s i v e dans 1 ' é d u c a t i o n e t dans 1 ' i n s t r u c t i o n , s u g g é r a n t m ê m e , que l e s p a r e n t s d e v r a i e n t s t i m u l e r l e s e n f a n t s ã l a p r a t i q u e r . II s u g g è r e a u s s i que t o u t h y p n o l o -g i s t e d e v r a i t , en s o n p r o p r e b é n é f i c e , p r a t i q u e r 1 ' a u t o - h y p n o s e t o u s l e s j o u r s .

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- S U M M A R Y -

The a u t h o r d e f i n e s a u t o h y p n o s i s , i n w h i c h t h e p a t i e n t i s " f r e e f r o m t h e normal t e n s i o n o f t h e c r i t i c a i - i n t e l l e c t u a l f a c u l t i e s " . He i s f a v o r a b l e t o s o c i a l w i d e a p p l i c a t i o n o f a u t o - h y p n o s i s as an a i d t o t o d a y ' s i n d i v i d u a i s a g a i n s t t e n s i o n s b r o u g h t a b o u t by changes i n s o e i o c u l t u r a l v a l u e s , by i n n o v a t i o n s r e s u l t i n g f r o m new t e c h n o l o g i e s i n t h e work s i t u a t i o n , by t h e s t r e n u o u s c o m m e r c i a l , e c o n o m i c and n u c l e a r c o m p é t i t i o n . The a u t h o r recommends t h e l a r g e - s c a l e u s e o f a u t o - h y p n o s i s , i n c l u d i n g i n s c h o o l s . He s u g g e s t s t h a t p a r e n t s s h o u l d e n c o u r a g e t h e i r c h i l d r e n t o p r a c t i c e a u t o - h y p n o s i s . He a l s o s u g g e s t s t h a t e v e r y h y p n o l o g i s t s h o u l d p r a c t i c e i t d a i l y .

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