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“A avaliação para aprendizagem como intervenção de uma ONG”
Sessão temática: "Avaliação na perspectiva de diferentes tipos de organização do setor sem fins lucrativos"
Martina Rillo OteroMadelene Barbosa
Campinas, Setembro de 2013
Avaliação
• Transdisciplina:– Serve a outras diversas disciplinas
– Se caracteriza como uma disciplina específica
• Definição abrangente. “Avaliação é o processo de determinação do mérito, valor e relevância e o produto desse processo”
• Muitas abordagens.
• Linguagem, conceitos diversos e não unificados.
Como escolher uma abordagem? Como se situar no “todo”?
Objetivos
A melhor abordagem é aquela que responde às necessidades do contexto!
Apresentar a abordagem de avaliação do Instituto Fonte
• Evidenciando suas relações com as necessidades que busca responder
• Com a expectativa que um caso específico possa contribuir de estímulo para que cada um perceba, compreenda e possa rever a sua própria prática e visão de avaliação.
MissãoSomos uma organização da sociedade civil brasileira que facilita processos de desenvolvimento social, ajuda indivíduos a compreenderem e aprofundarem sua atuação e apoia a sustentabilidade de comunidades, grupos e iniciativas sociais.
Desenvolvimento organizacional Avaliação Sistematização
Planejamento estratégico Coaching de lideranças
Governança institucional Mediação de conflito
Gestão de iniciativas sociais
3) Publicações
1) Programas e projetos
2) Consultoria de processos
PúblicoIndivíduos, grupos e organizações que atuam com desenvolvimento social
Meios
E o que é necessário no campo social?
• Fortalecer a gestão
– Construir iniciativas claras em relação às suas intenções, estratégias...
– ... Que consigam enxergar com clareza suas consequências, resultados, impactos no mundo.
• Apropriação
– Se uma pessoa trabalha com desenvolvimento social, ela mesma deve ser capaz de se perceber “em desenvolvimento” e atuar sobre ele.
Como responder a essas necessidades através de uma prática avaliativa?
Processo avaliação
ContextualizaçãoContextualização
Construção do foco
da avaliação
Construção do foco
da avaliação
InvestigaçãoInvestigação
Análise e discussão
das informações
Análise e discussão
das informações
Exemplo: Avaliação de um projeto
• Instituto Sou da Paz– Políticas públicas de segurança e prevenção da violência.
Mobilização da sociedade e do Estado. Implementação e difusão
de práticas inovadoras.
• Plano de Controle de Armas da Cidade de São Paulo– melhorar a gestão do controle de armas e munições no
município de São Paulo
– qualidade e da transparência das informações sobre o controle de armas e munições
– redução de estoques de armas de fogo e munições.
Para contribuir com a redução das armas em circulação e da taxa de homicídios em São Paulo
Plano de Controle de Armas da Cidade de São Paulo
• Comitê de Controle de Armas e Desarmamento” e o “grupo de sensibilização
– Representantes de diferentes órgãos e instituições, do setor público e 3º setor
– Troca de informações e ações conjuntas para melhorar o controle de armas, etc.
• Grupo de sensibilização
– Ações de comunicação e sensibilização em territórios específicos
Projeto inovador: instauração de diálogo interinstitucional e intersetorial em prol da segurança pública.
ISDP: mobilizador, secretaria executiva
Contextualização da avaliação• Contexto
– Final de um ciclo de financiamento da participação do ISDP
– Troca de gestão municipal
• Propósitos (acordados entre as partes)– Identificar resultados alcançados no controle de armas e
munições e em novos processos na gestão pública.
– Identificar aprendizagens e recomendações dos envolvidos.
• Desafios– Não referências para comparação – alinhamento expectativas
– Necessidade de escuta aprofundada dos participantes para captar suas percepções e suas aprendizagens
• Construção da “linha do tempo” do projeto com a equipe e membros que participaram da sua idealização.
Construção do foco da avaliação
• Construção com a equipe das perguntas de avaliação– Qual foi o impacto da experiência do Plano para os indivíduos que participaram e as
instituições e órgãos envolvidos?
– Quais as lições aprendidas sobre mobilização?
– Qual a percepção dos participantes sobre o papel desempenhado pelo ISDP e da Secretaria de Segurança Urbana?
– Que resultados conseguimos observar no controle de armas no Município de São Paulo?
– Que condições são necessárias para que o Plano se mantenha existindo? O que pode mantê-lo na agenda das instituições?
• Definição de critérios também com a equipe
• Partilha de responsabilidades (contatos, dados secundários)
• Acordo sobre os métodos de investigação com a equipe
Investigação
• Entrevistas em profundidade
– percepção de resultados no controle de armas e desarmamento
– mudanças em procedimentos dos órgãos envolvidos
– leituras sobre o papel e o funcionamento do grupo
• Participação das instituições e órgãos
• Análise de dados secundários
– Armas e munições entregues, armas e munições apreendidas, armas e munições destruídas.
– GCM, Exército Brasileiro, MJ, SSP, Coordenadoria de Análise e Planejamento-SSP
Análise e discussão dos dados
• Análise preliminar sob responsabilidade do IF– Análise qualitativa: temas centrais e conteúdos emergentes
relacionados às perguntas de avaliação. Pontos de consenso e dissenso
– Análise dados secundários: exploratória e descritiva.
– Relação entre as informações (por exemplo: o grande envolvimento da Guarda Civil metropolitana, reconhecido por diversos entrevistados e evidenciado também pelo aumento no número de armas recolhidas em campanhas pela Guarda)
• Apresentação e aprofundamento equipe
• Apresentação e aprofundamento Comitê + nova gestão
Recontextualização...
• Construção de recomendações pelo grupo para o fortalecimento da iniciativa
• Identificação de pontos a serem melhorados
• O Comitê de Controle de Armas e Desarmamento foi assumido pela nova gestão municipal.
• Encerramento de uma etapa de apoio para a participação protagônica do ISDP, mas não saída do Comitê
Princípios de atuação
• Primeiro princípio. O exercício de avaliar acontece em espaços outros além da avaliação propriamente dita e faz parte da prática de qualquer organização.– Uma nova empreitada será melhor sucedida se
dialogar com essa cultura pré-existente.
• Segundo princípio. Processos de tomada de decisão institucional acontecem a partir de outras fontes que não apenas a avaliação.
– Para serem relevantes, avaliações devem ter espaços de interlocução com esses espaços “políticos”, de influência.
ContextualizaçãoContextualização
Construção do foco da
avaliação
Construção do foco da
avaliação
Investigação
Investigação
Análise e discussão
das
informaçõe
s
Análise e discussão
das
informaçõe
s
Princípios de atuação
• Terceiro princípio. Toda avaliação é uma demanda, um pedido. Esta é a oportunidade de desenvolvimento. Essa demanda ou pedido podem ser expressos em perguntas de avaliação sobre processo ou resultados.
– A importância das perguntas está em reconhecerem e expressarem os interesses da avaliação, além dos acordos em relação ao seu direcionamento (“pra onde vamos olhar” e “para onde” não vamos).
ContextualizaçãoContextualização
Construção do foco
da avaliação
Construção do foco
da avaliação
InvestigaçãoInvestigação
Análise e discussão das
informações
Análise e discussão das
informações
Princípios de atuação
• Quarto princípio. Durante a etapa de investigação, supomos que a realidade é complexa e multideterminada, de forma que os métodos escolhidos devem lidar e expressar essa complexidade. – Escolha de desenhos investigativos que permitam
uma diversidade de olhares e compreensões e a construção de diferentes tipos de narrativas sobre o objeto que está sendo investigado.
ContextualizaçãoContextualização
Construção do foco da
avaliação
Construção do foco da
avaliação
InvestigaçãoInvestigação
Análise e discussão
das
informações
Análise e discussão
das
informações
Princípios de atuação
• Quinto princípio. Resultados “acontecem” durante todo o percurso da avaliação e não apenas na sua finalização, ou na entrega do relatório. Resultado da avaliação é toda consequência do processo.
– Como todo o percurso é uma oportunidade de desenvolvimento, acreditamos em processos participativos.
ContextualizaçãoContextualização
Construção do foco da
avaliação
Construção do foco da
avaliação
InvestigaçãoInvestigação
Análise e discussão
das informações
Análise e discussão
das informações
Princípios de atuação
• Sexto princípio. A promoção mudanças e aprendizagens na organização e nos indivíduos envolvidos é o objetivo central da avaliação. Avaliação é para apoiar desenvolvimento.
– “Avaliação é menos uma ciência social aplicada e mais uma pedagogia a partir da qual o avaliador ajuda a equipe do projeto (practitioners) a entender os tipos de decisões avaliativas que eles enfrentam e a aperfeiçoar sua habilidade de decidir de forma adequada” (Schwandt, 2005).
– Avaliação serve para desenvovler o olhar e o pensar avaliativo…
– uma avaliação, além de determinar o mérito e valor de algo, também deve buscar contribuir para a transformação das condições sociais na prática (Mertens 2013).
ContextualizaçãoContextualização
Construção do
foco da avaliação
Construção do
foco da avaliação
InvestigaçãoInvestigação
Análise e discussão
das informações
Análise e discussão
das informações
Obrigada!
www.institutofonte.org.br
www.institutofonte.org.br/projeto-avaliacao