A CARIDADE

- Preparação para o Advento -

I - breve apresentação da atividade

anexo I

II - Dramatização feita pelas crianças alusiva à CARIDADE

anexo II

III - Reflexão final

anexo III

ANEXO I

(...)

ANEXO II

DRAMATIZAÇÂO

(O João entra em silêncio, a expressar emoções de tristeza e abandono e diz a olhar para as

pessoas:)

João: ai que frio! Não sei onde estão os meus pais! Vocês sabem dos meus pais?

(Entra o Miguel e o Luís, cada um a jogar no seu telemóvel, um contra o outro)

Miguel: Ei, que fixe! Este jogo é bué! Vai hoje que te vou ganhar! vou marcar golo

Luís: pega lá! Não me vais ganhar!

(O Miguel comenta depois de ver o João:)

Miguel: Quem é aquele ali?

Luís: Olha só para aquela roupa. Já passou de moda! E as sapatilhas todas estragadas!

Miguel: Está sozinho sem ninguém! Não serve para ser nosso amigo!

(O Miguel e o Luís continuam a disputa nos jogos do telemóvel e saem de cena. Entra a Marina

e a Beatriz a cantarem uma canção! Ao verem o João dizem:)

- Abandono

- Tristeza

- Competição

- Egoísmo

- Vício

- Dúvida

- Maldade

- Desprezo

- Indiferença

- Orgulho

- Rejeição

Marina: Viste aquele menino ali?

Beatriz: Sim! Está sozinho e parece triste!

Marina: Pois parece. Vamos falar com ele.

(Dirigem-se ambas ao pé do João e dizem:)

Beatriz: Olá, eu sou a Bia!

Marina: Olá eu sou a Marina. E tu, como te chamas?

João: Chamo-me João.

(O João treme de frio)

Beatriz: Estás com frio?

Marina: Pega! Vou dar-te o meu casaco.

(A Marina tira o casaco e ajuda o João a vesti-lo)

Marina: queres vir brincar connosco?

João: Pode ser!

(Momento de brincadeira entre os três amigos. Entretanto entra o Ricardo e diz:)

Ricardo: Olá, tudo bem?

Marina: Sim, tudo bem. Olha o nosso novo amigo João.

(O Ricardo e o João cumprimentam-se)

Bia: Queres vir brincar connosco Ricardo?

Marina: Tive uma ideia! E se fossemos para minha casa? Tenho lá umas músicas para vos

mostrar.

Ricardo para o João: Gostas de música?

João: Gostei muito da música que a Marina e a Bia vinham a cantar!

Bia: então podemos cantá-la todos.

Marina: Boa ideia!

(dão os quatro as mãos e em roda cantam a canção do amigo:

http://www.youtube.com/watch?v=ns8zT4TQtfg

- Procura

- Espírito Aberto

- Encontro

- Diálogo

- Comunicação

- Partilha

- Solidariedade

- Amor ao próximo

- Fraternidade

- Amizade

- Entusiasmo

- Alegria

(Enquanto cantavam juntos, o Luís e o Miguel entraram a jogar no telemóvel e ficaram

admirados quando viram as quatro crianças a brincar juntas. Nisto uma das crianças do grupo

chama-os para a brincadeira e eles vão...)

Anexo III

Deus apresenta-nos, todos os anos e nesta altura, a sua obra de Salvação e convida-nos a viver à

semelhança de Maria e José a Sua manifestação na Humanidade. Eis que chega o tempo em que

precisamos estar preparados e vigilantes para que o nosso coração se enriqueça com a certeza de

que Deus vem. Vigiai, o Senhor Vem! (Mc 13,33-37) diz a Sagrada Escritura, convidando-nos a

ter Determinação e Esperança, animados pela vinda do Mestre. Estamos a iniciar um tempo de

compromisso com a construção do Reino. Escutamos mais uma vez o apelo "vigiai" porque o

senhor vem todos os dias e de muitos modos ao nosso encontro. Será que estamos preparados

para O acolher? Onde é que O podemos encontrar?

Estamos convencidos, homens e mulheres do século XXI que somos realmente muito

despertos, mais do que todas as outras gerações, porque conhecemos mais do mundo,

conseguimos ver até aos confins mais distantes do tempo e do espaço mas, apesar de tudo, a

nossa geração, num sentido profundo, dorme. Dorme porque está fechada em si mesmo, no ter,

na aparência, naquilo que as mãos podem agarrar. Os nossos sentimentos, atrofiados pela visão

das coisas materiais, não acedem à verdadeira realidade e é por isso que dormimos, que esta

geração dorme!

Neste tempo de caminhada somos exortados a despertar pela via da CARIDADE. A Caridade

impele-nos a sair do fechamento, do cárcere material, a abrir os corações para começarmos a

sentir a presença de Deus no mundo, a presença de Deus no outro, naquele que todos os dias

rejeito, critico, ignoro, desprezo. Naquele que considero inferior, que considero dispensável. É

nesse que está Deus.

É a CARIDADE que dá verdadeira substância à relação pessoal com o próximo e com Deus.

Para a Igreja a CARIDADE é tudo, porque da CARIDADE de Deus tudo provém, por ela tudo

toma forma, para ela tudo tende. A CARIDADE é o dom maior que Deus concedeu aos seres

humanos, é a sua promessa, nossa esperança (Bento XVI, Caritas in Veritati, 2).

- Perdão

- Felicidade

CARIDADE

Poderemos então entender a CARIDADE como as boas ações que realizamos? Não

concretamente. A caridade não se identifica com as ações que realizamos mas é algo anterior a

elas, é o que as suscita e o que as acompanha. Acautele-se aquele que usa as boas ações com

finalidades banais!

À Igreja e a cada um de nós é feito o convite de vivermos em CARIDADE, com um olhar atento

aos outros e de um modo muito especial às crianças que observam os nossos passos e por vezes

a ausência de discretos atos de amor. Ser criança hoje supõe participar ativamente na vida cristã,

ser escutada , entendida e respeitada. E mais, supõe ser convidada a viver Deus com entusiasmo

e alegria. Dizia Madre Teresa de Calcutá "Quem não dá Deus, dá demasiado pouco". É o

próprio Deus que devemos revelar àqueles que vêm porque é Ele a verdadeira fonte de

CARIDADE. Podemos fazê-lo no sorriso que compreende, nas palavras que tranquilizam, na

atenção aos que nos falam, no acatamento das confidências, no silêncio perante a agressividade.

Neste tempo que iniciamos até ao Natal somos convidados ao despojamento , paradoxalmente às

propagandas consumistas que atraem o materialismo. O essencial é abrimos o espírito ao outro

que está, pois " a caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não

é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se

alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo

suporta" (S.Paulo, 1 Cor 13).

Terminamos alegres em Jesus Cristo que vem, que "de maneira imperfeita conhecemos, de

maneira imperfeita profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito

desaparecerá... No presente nós vemos como um espelho e de maneira confusa; então veremos

face a face. No presente, conheço de maneira imperfeita; então conhecerei como sou conhecido.

Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança, e a caridade, mas a maior de todas é a

CARIDADE (S.Paulo, 1 Cor 13).