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A celebração do Matrimónio Cristão A perspectiva do Catecismo da Igreja Católica e dos Preliminares do Ritual da Celebração do Matrimónio ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO

A celebração do Matrimónio Cristão A perspectiva do Catecismo da Igreja Católica e dos Preliminares do Ritual da Celebração do Matrimónio ENCONTRO DE FORMAÇÃO

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A celebração do Matrimónio Cristão

A perspectiva do Catecismo da Igreja

Católica e dos

Preliminares do Ritual da Celebração

do Matrimónio

ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA

MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS

DA COMUNHÃO

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CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

II Parte: A celebração do Mistério Cristão

II Secção: Os sete sacramentos

Capítulo III: Os Sacramentos ao serviço da Comunhão

Artigo 7: O Sacramento do Matrimónio

Números 1601-1666

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O MATRIMÓNIO, SACRAMENTO

«Sinal da união de Cristo e da Igreja.

Confere aos esposos a graça

de se amarem com o amor

com que Cristo amou a sua Igreja;

a graça do sacramento aperfeiçoa

assim o amor humano dos esposos,

dá firmeza à sua unidade indissolúvel

e santifica-os no caminho da vida eterna»

1661

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I. O matrimónio no desígnio de Deus

«A S.E. começa pela criação do homem e da mulher, à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26-27), e acaba pela visão das “núpcias do Cordeiro” (Ap 1, 7.9).

Do princípio ao fim, a Escritura fala do matrimónio e do seu «mistério», da sua instituição e do sentido que Deus lhe deu, da sua origem e da sua finalidade, das suas diversas realizações ao longo da história da salvação, das dificuldades nascidas do pecado e da sua renovação “no Senhor”,

na nova Aliança de Cristo e da Igreja».

1602

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O Matrimónio

• Na ordem da criação

• Sob o regime do pecado

• Sob a pedagia da Lei

• No Senhor…

* Jo 2, 1-11

* Mt 19, 3-6 (e Mc 10, 6-9)

* Ef 5, 21-33

• A Virgindade por amor do Reino

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II. A celebração do Matrimónio

Na epiclese deste sacramento,

os esposos recebem o Espírito Santo

como comunhão de amor

de Cristo e da Igreja.

É Ele o selo da aliança de ambos,

a fonte sempre aberta do seu amor,

a força em que se renovará

a sua fidelidade.

1624

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III. O Consentimento matrimonial

• O matrimónio é um acto litúrgico;

• introduz num ordo eclesial, criando direitos e deveres na Igreja entre os esposos e para com os filhos;

• sendo um estado de vida, é necessário que haja certeza acerca dele;

• o carácter público do consentimento protege o «sim» e ajuda a permanecer-lhe fiel.

1631

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RITO DO MATRIMÓNIO

Diálogo antes do consentimento

Sac. Rafael e Maria Luísa, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

Os noivos: É, sim.

Sac. Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?

Os noivos: Estou, sim

Sac. Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?

Os noivos: Estou, sim.

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RITO DO MATRIMÓNIOUnião das mãos e consentimento

Sac. Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.

Noivo: Eu, Rafael, recebo-te por minha esposaa ti Maria Luísa, e prometo ser-te fiel,amar-te e respeitar-te,na alegria e na tristeza,na saúde e na doença,todos os dias da nossa vida.

Noiva: Eu, Maria Luísa, recebo-te por meu esposoa ti Rafael, e prometo ser-te fiel,amar-te e respeitar-te,na alegria e na tristeza,na saúde e na doença,todos os dias da nossa vida.

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ACEITAÇÃO DO CONSENTIMENTO:

P- O Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob, o Deus que uniu os nossos primeiros pais no paraíso, confirme e abençoe (+) em Cristo o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja, para que o homem não separe o que Deus uniu. Bendigamos ao Senhor!

Todos: Graças a Deus

Bênção e Entrega das alianças

Esposo: Maria Luísa, recebe esta aliançacomo sinal do meu amor e da minha fidelidade.Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Esposa: Rafael, recebe esta aliançacomo sinal do meu amor e da minha fidelidade.Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

RITO DO MATRIMÓNIO

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CAUSAS PELA QUAL UM MATRIMÓNIO PODE SER NULO

São incapazes de contrair matrimónio:

- aqueles que não gozam de suficiente uso da razão;

- aqueles que sofrem de grave falta de discernimento para apreciarem os direitos e os deveres essenciais do matrimónio, que os cônjuges devem dar e receber mutuamente;

- aqueles que, por motivos de natureza psíquica, não podem assumir as obrigações essenciais do matrimónio.

A validade do consentimento matrimonial pode ser afectada:

- pela ignorância - pelo erro, - pelo dolo ou engano, - pela exclusão voluntária de um elemento

essencial ou de uma propriedade essencial do matrimónio…

- por uma condição aposta ao consentimento.

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IMPEDIMENTOS QUE INVALIDAM O MATRIMÓNIO

1. A idade2. A impotência 3. O vínculo de um matrimónio

anterior, mesmo não consumado

4. A disparidade de culto: 5. A Ordem sagrada6. Os votos religiosos, 7. O rapto: 8. O conjugicídio ou assassínio

do cônjuge... 9. A consanguinidade ou

parentesco natural, 10. A afinidade ou parentesco 11. A honestidade pública,12. O parentesco legal

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IV. Os efeitos do Sacramento do Matrimónio

- O vínculo matrimonial

O vínculo que resulta do acto humano livre dos

esposos, sendo estabelecido pelo próprio Deus,

é irrevogável e permanente: «dá origem a uma

aliança garantida pela fidelidade de Deus». Sobre

ele a Igreja não tem qualquer poder.

- A graça do Sacramento

Cristo é a fonte da graça do Sacramento. Nas alegrias do seu amor e da sua vida familiar, Ele dá-lhes, já neste mundo, um antegosto do festim das núpcias do Cordeiro.

1638-1642

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V. Os bens e as exigências do amor conjugal

1. Unidade e indissolubilidade

(1644-1645)

2. Fidelidade

(1646-1651)

3. Abertura à fecundidade

(1652-1654)

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VI. A Igreja doméstica

É na família que se exerce de modo privilegiado o sacerdócio baptismal do pai, mãe, filhos… quer na recepção dos sacramentos, na oração e acção de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade efectiva (LG 10)…

É a primeira escola de vida cristã e de enriquecimento humano: «O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé.

É por isso que a casa de família se chama, com razão, “a igreja doméstica”, comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e de caridade cristã»

1655-1658

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Casos particulares: comunhão aos divorciados recasados

“Excomunhão” não é igual a “não comunhão”

São sete os casos de excomunhão prevista na disciplina da Igreja:

1. profanação das espécies sagradas; 2. a violência física contra a pessoa do Sumo Pontífice; 3. a absolvição do cúmplice; 4. a ordenação episcopal sem mandato pontifícia; 5. a violação directa do sigilo sacramental; 6. a apostasia, 7. a heresia, 8. o cisma 9. e o aborto.

O excomungado está proibido de:

- 1º Ter qualquer participação ministerial na celebração do sacrifício eucarístico ou em quaisquer outras cerimónias de culto;

- 2º celebrar sacramentos ou sacramentais e receber sacramentos;

- 3º desempenhar quaisquer ofícios ou ministérios ou cargos eclesiásticos ou exercitar actos de governo;

→ não é este o caso dos divorciados recasados.

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Voto final

«Felizes

os convidados

para o banquete

do Senhor!»

(Ap.19,9)