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A Célula e o ADN Área: STC 7 Sociedade, Tecnologia e Ciências: DR1 (Contexto privado: o elemento) Professora: Graça Mendonça Trabalho Realizado por: Ana Fonseca nº3 Marta Dinis nº13 Data de Entrega: 02-02-2016

A Célula e o ADN - anafonsecaefa.files.wordpress.com · A formulação da Teoria Celular teve importância para o desenvolvimento da Biologia, porque permitiu reconhecer que seres

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A Célula e o ADN

Área: STC 7 – Sociedade, Tecnologia e Ciências: DR1 (Contexto privado: o elemento)

Professora: Graça Mendonça

Trabalho Realizado por: Ana Fonseca nº3

Marta Dinis nº13

Data de Entrega: 02-02-2016

Curso EFA A Célula e o ADN

1 Ana Fonseca e Marta Dinis

Índice Introdução................................................................................................................................. 2

História e da Descoberta da Célula ............................................................................................ 3

Definição De Célula .................................................................................................................. 4

Tipos de Células ....................................................................................................................... 5

Células Procariontes ........................................................................................................... 5

Células Eucariontes ............................................................................................................. 6

Célula Animal ......................................................................................................................... 7

Estrutura de uma célula animal: ............................................................................................. 8

Célula Vegetal ........................................................................................................................ 11

Estrutura da Célula Vegetal: ................................................................................................ 11

Divisão Celular ....................................................................................................................... 13

Mitose ................................................................................................................................. 13

Meiose ................................................................................................................................ 14

ADN – Ácido desoxirribonucleico - História ........................................................................... 15

Definição ................................................................................................................................ 17

Estrutura e composição do ADN ............................................................................................. 18

Função do ADN ....................................................................................................................... 19

Conclusão ............................................................................................................................... 20

Webgrafia ............................................................................................................................... 21

Curso EFA A Célula e o ADN

2 Ana Fonseca e Marta Dinis

Introdução O tema que decidimos abordar para o DR1 (contexto privado: o elemento) foi “A Célula

e o ADN”. Vamos falar sobre o descobrimento das células, definição de célula, células

procariontes, eucariontes, célula animal e vegetal, a sua estrutura, a divisão celular.

Vamos ainda falar do ADN, o seu descobrimento, as suas características, a sua estrutura

e função.

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3 Ana Fonseca e Marta Dinis

História e da Descoberta da Célula Pensa-se que o microscópio terá sido inventado em por Hans Janssen e seu filho. Porém,

o primeiro a fazer observações microscópicas foi Antonie van Leeuwenhoek. Em 1665,

influenciado por Leeuwenhoek, Robert Hooke construiu um microscópio com duas

lentes ajustadas nas extremidades. Hooke utilizou microscópios compostos, dotados de

uma lente ocular pela qual se olha, e uma lente objetiva, que vai próxima ao objeto

observado. Ao examinar uma lâmina de cortiça, Hooke verificou que ela era constituída

por cavidades poliédricas às quais chamou de células (do latim cella, pequena cavidade

ou cellula (quarto pequeno)). O que na verdade ele observou foram as paredes de

células vegetais mortas. As partes fundamentais de uma célula foram descobertas em

1833, pelo pesquisador inglês Robert Brown que descobriu que a maioria das células

apresentava uma estrutura interna esférica ou ovoide, a que ele chamou de núcleo. Os

cientistas concluíram que tanto as células de plantas quanto as de animais eram

revestidas de uma finíssima película, denominada membrana plasmática. No caso das

células vegetais, há ainda, externamente à membrana plasmática, mais um envoltório,

geralmente espesso e resistente, que recebe o nome de parede celular. No início do

século passado, portanto, já haviam sido descobertas as três partes fundamentais das

células que constituem os seres vivos: membrana plasmática, citoplasma e núcleo.

A Teoria Celular

Em 1838, depois de estudar os trabalhos de diversos pesquisadores, o botânico Mathias

Jakob Schleiden concluiu que todas as plantas eram formadas por células. Um ano

depois, o zoólogo Theodor Schwann chegou a mesma conclusão para os animais: todos

se compunham de células. Fortalecia-se assim a ideia de que a célula era a unidade de

que constituía todos os seres vivos. Essa generalização ficou conhecida como Teoria

Celular. A formulação da Teoria Celular teve importância para o desenvolvimento da

Biologia, porque permitiu reconhecer que seres tão diversos como a ameba e o ser

humano têm grande semelhança no nível microscópio. Ambos são constituídos por

células bastante parecidas, embora a ameba seja unicelular, e uma pessoa seja

pluricelular. Segundo a Teoria Celular, a célula é a unidade morfofisiológica dos seres

vivos. Os vírus são os únicos seres vivos que não apresentam organização celular. Eles

são organismos simples, constituídos por uma molécula de ácido nucleico associada a

proteínas.

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4 Ana Fonseca e Marta Dinis

Definição De Célula Célula é a menor unidade de um organismo. As células são autónomas e comportam-se

como tal. Todos os organismos vivos são formados por células, e geralmente é aceite

que nenhum organismo é um ser vivo se não possuir pelo menos uma célula. Alguns

micro-organismos, como por exemplo, as bactérias, são organismos unicelulares, ou

seja, estão formados por uma única célula.

Organismos mais complexos (com mais de uma célula), como podem ser os animais e

os vegetais que estão formados, numa perfeita estrutura de micro-organismos que

formam os tecidos e órgãos e a célula é a unidade formadora dos mesmos distribuindo-

se em milhões de unidades distintas entre si e cada uma delas com funções diferentes.

Por exemplo os vírus e os extratos acelulares realizam muitas das funções próprias da

célula viva no entanto carecem de vida independente, capacidade de crescimento e de

reprodução próprios das células e, por tanto, não se consideram seres vivos.

A biologia estuda as células em função da sua constituição molecular e a forma em que

colaboram entre si para constituir organismos bastante complexos, como o ser humano.

Para poder compreender como funciona o corpo humano, como se desenvolve e como

envelhece e o que falha no caso de uma doença, é imprescindível conhecer as células

que o constituem.

A célula é a unidade funcional, estrutural, de origem, genética e patológica, de cada um

dos seres vivos que habitam no mundo. A célula é considerada uma unidade funcional

já que cumpre com as funções vitais, como por exemplo, a respiração. É estrutural

porque é a menor porção da vida que forma a estrutura dos seres vivos, além de que dá

origem aos mesmos e a outras células. Outra de suas funções é a de transmitir os genes.

No interior da célula produzem-se uma infinidade de reações químicas, e são elas que

lhes permite crescer, eliminar resíduos e gerar energia e o conjunto de todas essas

reações é conhecido como metabolismo. Cada uma das células que formam o nosso

corpo conta com informação valiosa contida no ADN (ácido desoxirribonucleico) e é

essa informação que se “encarrega” de dirigir as atividades das células e assegurar a

reprodução dos organismos e a passagem das características de um indivíduo para a sua

descendência.

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5 Ana Fonseca e Marta Dinis

Tipos de Células

Células Procariontes

As células procariontes são consideradas pelos cientistas como células mais simples,

contendo esquemas menos complexos e também uma quantidade menor de elementos

no seu interior. Essas células estão presentes em seres vivos unicelulares, ou seja, que

possuem apenas uma célula.

Uma vez que aqui a célula ser o próprio ser vivo, a membrana plasmática neste caso é

muito mais grossa e resistente do que a membrana de uma célula humana por exemplo,

pois deve regular com mais precisão a entrada e saída de substâncias presentes no meio

ambiente. Além disso, esse tipo de célula destaca-se por não conter membrana nuclear,

ou seja, o seu núcleo não é bem definido e encontra-se espalhado pelo citoplasma.

O núcleo espalhado pelo citoplasma também permite que o material genético da célula

esteja espalhado pela célula. As procariontes não possuem os organelos presentes nas

outras células animais, como o retículo plasmático, complexo de Golgi, mitocôndrias, e

etc., apenas tem a presença dos ribossomas que fazem a síntese proteica e tão

espalhados pelo citoplasma. Acredita-se pela simplicidade em relação as outras células e

por outras evidências que afirmam a idade desses seres, que tenham sido os primeiros

seres vivos a habitarem nosso planeta. Os seres procariontes são classificados em sua

grande maioria sendo bactérias e cianobactérias (algas azuis).

Fig. 1 Célula Procarionte

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Células Eucariontes

As células eucariontes são mais complexas que as procariontes. Possuem membrana

nuclear individualizada e vários tipos de organelos. Todos os animais e plantas são

dotados deste tipo de células. É altamente provável que estas células tenham surgido por

um processo de aperfeiçoamento contínuo das células procariontes, o que se chama de

Endossimbiose.

Não é possível avaliar com precisão quanto tempo a célula "primitiva" levou para sofrer

aperfeiçoamentos na sua estrutura até originar o modelo que hoje se repete na imensa

maioria das células, mas é provável que tenha demorado muitos milhões de anos.

Acredita-se que a célula "primitiva" tivesse sido bem pequena e para que sua fisiologia

estivesse melhor adequada à relação tamanho × funcionamento era necessário que

crescesse.

Acredita-se ainda que a membrana da célula "primitiva" tenha emitido internamente

prolongamentos ou invaginações da sua superfície, os quais se multiplicaram,

adquiriram complexidade progressiva, conglomeraram-se ao redor do bloco inicial até o

ponto de formarem a intrincada malha do retículo endoplasmático. Dali ela teria sofrido

outros processos de dobramentos e originou outras estruturas intracelulares como o

complexo de Golgi, vacúolos, lisossomas e entre outras.

Quanto aos cloroplastos (e outros plasmídeos) e mitocôndrias, atualmente há uma

corrente de cientistas que acreditam que a melhor teoria que explica a existência destes

organelos é a Teoria da Endossimbiose, segundo a qual um ser com uma célula maior

possuía dentro de si uma célula menor mas com melhores características, fornecendo

um refúgio à menor e esta a capacidade de fotossintetizar ou de sintetizar proteínas com

interesse para a outra.

As células eucariontes dividem-se na célula vegetal e célula animal.

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Célula Animal

Seja qual for o tipo de ser vivo que apresenta células como a dos animais, essas células

têm uma série de características que as distinguem das plantas. Por exemplo, são

desprovidas de parede celular e de cloroplastos, mas apresentam centríolos, estruturas

ausentes nas plantas mais complexas.

Em praticamente todas as células podemos distinguir três partes: a membrana

plasmática, o citoplasma e o núcleo. A membrana celular ou plasmática é uma estrutura

que delimita a célula e a separa do meio onde se encontra, mas não isola completamente

a célula, pois permite o intercâmbio de substâncias do interior ao exterior e vice-versa.

O citoplasma ocupa o espaço situado entre a membrana e o núcleo. Esse espaço está

preenchido de um fluido, o hialoplasma (ou citosol), no qual se encontram os organelos

celulares ou citoplasmáticos e o citoesqueleto (uma série de microfilamentos e

microtúbulos que dão forma à célula).

O núcleo é uma estrutura mais ou menos esférica que se encontra no interior da célula,

delimitado por uma estrutura membranosa (o envoltório nuclear). Assim como a

membrana celular, o envoltório nuclear permite o intercâmbio de determinadas

substâncias entre o núcleo e o citoplasma.

Cada uma das partes tem sua função. A célula é uma unidade biológica de

funcionamento: realiza as três funções vitais (nutrição, relação e reprodução). Caso uma

célula pertença a um ser pluricelular, ela pode ser especializada no desempenho de uma

determinada função.

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Fig. 2 Célula Animal

Estrutura de uma célula animal:

Membrana celular ou Plasmática- É formada por uma camada dupla de fosfolipídios,

com colesterol e proteínas. É uma capa dinâmica e flexível, na qual podem ser formadas

vesículas para englobar substâncias. Essas vesículas podem-se unir a outras no interior

da célula. As substâncias podem atravessar a membrana celular por simples difusão

(como o gás oxigênio) ou mediante transporte ativo, com consumo de energia.

Fig. 3 Membrana Celular

Citoplasma- constituído por um material semifluido, gelatinoso chamado hialoplasma.

No hialoplasma ficam os organelos celulares, estruturas que desempenham funções

vitais diversas, como digestão, respiração, excreção e circulação. A substância mais

abundante no hialoplasma é a água.

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Fig. 6 Mitocôndria

Núcleo - Delimitado por um envoltório nuclear, no interior do núcleo há o nucléolo e os

filamentos de material genético (ADN).

Retículo endoplasmático - Conjunto de membranas que formam sáculos e tubos

conectados entre si com a membrana celular e o envoltório nuclear. Há dois tipos: o RE

rugoso, que tem ribossomas, e o RE liso, sem eles. Transporta, armazena e modifica

proteínas e lipídios pela célula.

Mitocôndrias - são organelos membranosos (envolvidos por membrana) e que têm a

forma de bastão. Elas são responsáveis pela respiração celular, fenómeno que permite à

célula obter a energia química contida nos alimentos absorvidos. A energia assim obtida

poderá então ser empregada no desempenho de atividades celulares diversas.

Glicose + gás oxigênio ---> gás carbônico + água + energia

Fig. 4 Núcleo

Fig. 5 Retículo Endoplasmático

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Complexo de Golgi - Conjunto de cinco a dez sáculos achatados. Realiza a secreção

celular.

Centríolos - Presentes em células animais e ausentes em plantas mais complexas, são

formados por tubos de proteínas; estão relacionados à organização do citoesqueleto e

aos movimentos (cílios e flagelos).

Vesículas - Estruturas membranosas pequenas que transportam substâncias, podem se

unir à membrana e eliminar seu conteúdo para fora da célula.

Ribossomas – Pequenos organelos não membranosos, responsáveis pela produção

(síntese) de proteínas nas células.

Citoesqueleto - Filamentos proteicos que constituem uma rede, dão forma à célula e

participam do transporte de substâncias.

Fig. 7 Centríolos

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Célula Vegetal

A célula vegetal é bastante semelhante à célula animal, porém contém algumas

diferenças, como a parede celular e os cloroplastos. Na maturidade, tais células podem

diferir muito uma das outras quanto às estruturas.

A célula vegetal tipicamente consiste em uma parede celular rígida, e um protoplasto

que é composto pelo citoplasma e núcleo. O citoplasma que é limitado externamente

pela membrana plasmática, contém organelos, sistemas de membranas e estruturas não

membranosas, como por exemplo, ribossomas. O restante do citoplasma, onde vários

sistemas de membranas e corpos estão imersos, é conhecido como matriz citoplasmática

ou citosol.

Na célula vegetal viva, o citoplasma está frequentemente em movimento.

Estrutura da Célula Vegetal:

Fig. 8 Célula Vegetal

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Parede celular - confere a distensão do protoplasto configurando à célula, adulta,

tamanho e formas fixos, oferecendo também proteção aos componentes do protoplasto.

Vacúolo - É delimitado por uma membrana chamada tonoplasto preenchido por um

fluido aquoso. Possui diversas funções como, armazenamento de substâncias, atua

também no processo lisossómico e nos processos metabólicos.

Plastos - São formadas por duas membranas unitárias, contendo o estroma, onde se

situa um sistema de membranas chamadas, chamados de tilacoides. Os plastos são

divididos em três grandes grupos: cloroplastos (organelo fotossintetizador), cromoplasto

(responsável pela pigmentação de certos frutos) e os leucoplastos (armazenam

substâncias)

Cloroplastos – Os cloroplastos são um tipo de cromoplasto que contém pigmento

chamado clorofila, que são capazes de absorver a energia eletromagnética da luz solar e

a convertem em energia química por um processo chamado fotossíntese.

Fig. 9 Cloroplasto

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13 Ana Fonseca e Marta Dinis

Divisão Celular

Mitose

Eventualmente as células necessitam de se duplicar para dar origem a novas células.

Esta divisão celular ocorre de duas formas: através da mitose e da meiose. Na mitose a

célula duplica-se para dar origem a duas novas células. Estas são conhecidas como

células filhas (formadas a partir da divisão celular) e são idênticas entre si, uma vez que

foram formadas a partir de uma única célula.

As fases da Mitose:

Prófase - Nesta fase, as células começam a preparar-se para a divisão. É neste momento

que ocorrer a duplicação do ADN e centríolos. Com o ADN condensado e os centríolos

em movimento, inicia-se o processo da divisão mitótica.

Metáfase - Aqui começa o alinhamento entre os pares formados na fase anterior. Nesta

etapa, o DNA alinha-se no eixo central enquanto os centríolos iniciam sua conexão com

ele. Dois fios do cromossomo se ligam na parte central do centrômero.

Anáfase - A divisão começa com os cromossomos migrando para lados opostos da

célula, metade vai para um lado e a outra metade vai para o outro.

Telófase - Esta é a última fase da mitose. Nesta etapa a membrana celular se divide em

duas partes, formando, assim, duas novas células. Cada uma delas ficará com metade do

ADN original.

Interfase - Este é o estado “normal” da célula, ou seja, aqui ela não se encontra em

divisão. Nesta fase, ela mantém o equilíbrio de todas as suas funções através da

absorção dos nutrientes necessários à sua manutenção. Ela permanecerá neste estágio

até estar preparada para uma nova divisão, que ocorrerá a partir da duplicação dos

ácidos nucleicos. A partir de então, o ciclo recomeça.

Fig. 10 Fases da Mitose

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14 Ana Fonseca e Marta Dinis

Meiose

Antes que a meiose ocorra, para a formação de gâmetas, é necessário que haja o

processo de mitose. Isso porque, se a célula logo originasse as células com metade do

número de cromossomos, logo acabariam as células que poderiam originar mais

gâmetas e o indivíduo tornar-se-ia estéril. Então, depois da mitose, uma das células

filhas segue para o processo de meiose. No caso da meiose, chamamos as primeiras 5

etapas de prófase I, metáfase I, anáfase I, telófase I e citocinese I. Isso ocorre porque

depois essas etapas ocorrerão novamente, mas de forma um pouco diferente. Para que

não haja confusão, as 5 etapas seguintes serão chamadas de prófase II, metáfase II,

anáfase II, telófase II e citocinese II.

Na prófase I, há a o parelhamento dos cromossomos homólogos e é nessa fase que pode

ocorrer o crossing-over, que permite maior variabilidade genética. O crossing-over é

uma “troca de pernas” entre os cromossomos, que permite que haja diferentes tipos de

combinações. Na metáfase I, os cromatídeos irmãos vão para o equador, mas

posicionam-se de forma diferente à da meiose. Elas ficam em pé e, com isso, quando

ocorre a anáfase, não há a separação dos cromatídeos irmãos. Cada par de cromatídeo

irmão vai para a nova célula a ser formada. Na anáfase I, há a separação dos

cromossomos homólogos. A telófase I e citocinese I terminam essa primeira etapa da

meiose, onde as novas células formadas não estão mais com os cromossomos

homólogos juntos. Depois, acontecem as 5 etapas seguintes: na prófase II a carioteca

começa a desintegrar-se. Na metáfase II os cromatídeos irmãos vão para o equador e

ficam de forma deitada, o que possibilita que, durante a anáfase II, haja finalmente a

separação delas pelo fuso acromático. Ao final, depois da telófase II e citocinese II, que

são iguais em todos os processos, há a formação de 4 células geneticamente diferentes,

com metade do número de cromossomos.

Fig. 11 Fases da Meiose

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15 Ana Fonseca e Marta Dinis

ADN – Ácido desoxirribonucleico - História A descoberta do ADN ocorreu em 1869 e foi feita pelo bioquímico alemão Johann

Friedrich Miescher (1844 – 895). Miescher buscava determinar os componentes

químicos do núcleo celular e usava os glóbulos brancos contidos no pus para suas

pesquisas. Os glóbulos brancos eram um bom material pois são células que apresentam

núcleos grandes e fáceis de serem isolados do citoplasma. Além disso, o pus era muito

fácil de se conseguir na época em ataduras usadas em ferimentos.

Analisando os núcleos, Miescher descobriu a presença de um composto de natureza

ácida que era desconhecido até o momento. Esse composto era rico em fósforo e em

nitrogênio, era desprovido de enxofre e resistente à ação da pepsina (enzima

proteolítica). Esse composto, que aparentemente era constituído de moléculas grandes,

foi denominado, por Miescher, nucleína. Essa substância foi isolada também

da cicatrícula da gema do ovo de galinha e de espermatozoides de salmão.

Em 1880, um outro pesquisador alemão, Albrecht Kossel (1883 – 1927), demonstrou

que a nucleína continha bases nitrogenadas na sua estrutura, explicando o fato da

nucleína ser rica em nitrogênio. Nove anos depois, Richard Altmann (1852 – 1900), que

era aluno de Miescher, obteve a nucleína com alto grau de pureza, comprovando sua

natureza ácida e dando-lhe, então, o nome de ácido nucleico.

Fig. 12 Johann Friedrich Miescher

Fig. 14 Albrecht Kossel Fig. 13 Richard Altmann

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16 Ana Fonseca e Marta Dinis

A partir daí, o material mais utilizado para estudo e obtenção do ácido nucleico passou a

ser o timo de bezerro, cujo tecido apresenta células com núcleos grandes. Foi

descoberto que a degradação do ácido nucleico do timo, chamado de ácido timo

nucleico, liberava quatro tipos de bases nitrogenadas:

– Dois tipos de bases púricas: adenina e guanina

– Dois tipos de bases pirimídicas: citosina e timina

Foi demonstrado também que um outro produto da degradação do ácido nucleico era

um glícido com 5 átomos de carbono, uma pentose, no caso uma desoxirribose. O

fósforo estava presente na forma de um derivado do ácido fosfórico, fosfato. Tinha-se

até o momento que o ácido nucleico era composto de bases nitrogenadas (púricas e

pirimídicas), de um glícido (pentose) e de fosfato.

Em 1890, foi descoberto em levedura (fermento) um outro tipo de ácido

nucleico, que possuía uracilo em vez de timina e ribose em vez da desoxirribose. Dessa

maneira, foram caracterizados dois tipos de ácidos nucleicos, de acordo com o glícido

que possuíam:

– Ácido ribonucleico (RNA)

– Ácido desoxirribonucleico (DNA)

Em 1912, Phoebus Levine (1869 – 1940) e Walter Jacobs (1883 – 1967)

concluíram que o componente básico dos ácidos nucleicos era uma estrutura composta

por uma unidade que se constituía numa base nitrogenada ligada a uma pentose, e esta

por sua vez, ligada a um fosfato. Esta unidade foi denominada de nucleótido.

Um ácido nucleico seria então uma molécula composta por vários nucleótidos

unidos entre si por ligações fosfodiéster.

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17 Ana Fonseca e Marta Dinis

Definição

O ácido desoxirribonucleico, ou ADN, é uma molécula que contém as instruções que

um organismo necessita para se desenvolver, viver e reproduzir-se.

Estas instruções são encontradas dentro de cada célula e são passadas de pais para

filhos. O ADN encontra-se no núcleo das células de um organismo, no interior dos

cromossomos, menos nas hemácias (glóbulos vermelhos), que não possuem núcleo.

Os segmentos de ADN que contêm a informação genética são denominados genes, o

resto da sequência tem importância estrutural ou está envolvido na regulação do uso da

informação genética.

Com exceção de gêmeos univitelinos, o ADN de cada indivíduo é exclusivo e único,

cada ser humano possui duas formas de cada gene, uma que recebe da mãe outra que

recebe do pai. Mesmo sendo a maioria dos genes iguais entre as pessoas, algumas

sequências do ADN variam de pessoa para pessoa. Para saber a paternidade de uma

criança, faz-se o teste de ADN, que vai confirmar sua origem genética.

Fig. 15 Ilustração do ADN

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18 Ana Fonseca e Marta Dinis

Estrutura e composição do ADN

Fig. 16 Estrutura do ADN

É possível encontrar o ADN em dois tipos de células: eucarióticas e procarióticas.

Nas eucarióticas, o ADN encontra-se no interior do núcleo, mas também pode ser

encontrado nas mitocôndrias e nos cloroplastos. Como as células procarióticas não tem

núcleo, o ADN encontra-se no citoplasma (nucleoide).

A molécula do ADN tem na sua constituição nucleótidos que por sua vez são compostos

por um grupo fosfato, uma pentose e uma base azotada. Cada nucleótido toma o nome

da sua base azotada que são a adenina, a guanina, a timina e a citosina. As cadeias do

ADN ligam-se através das pontes de hidrogénio entre as bases azotadas complementares

(A-T e C-G). Como a relação entre estas é aproximadamente igual a 1 (A+G/T+C =1)

pode-se afirmar que a adenina liga-se com a timina e que a guanina liga-se com a

citosina. Num nucleótido o grupo fosfato liga-se ao carbono 5’ da pentose

correspondente e a base azotada ao carbono 1’ da mesma. Entre dois nucleótidos o

grupo fosfato de um nucleótido liga-se ao carbono 3’ da pentose do nucleótido anterior,

por ligações denominadas fosfodiéster.

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19 Ana Fonseca e Marta Dinis

O ADN apresenta universalidade pois todos os seres vivos apresentam ADN nas suas

células, mas também apresenta variabilidade porque a sequência de nucleótidos difere

de ser vivo para ser vivo.

No ADN existem pequenos segmentos chamados genes que codificam determinadas

características como a cor do cabelo ou a cor dos olhos. Ao conjunto destes chama-se

genoma.

Função do ADN

Nos organismos celulares o material genético é chamado ácido desoxirribonucleico

(ADN), que transporta a informação que determina a estrutura das proteínas. Porém, o

ADN não pode atuar sozinho, por isso, conta com o ácido ribonucleico (ARN) para

transferir esta informação vital durante a síntese de proteica (produção das proteínas que

a célula necessita para seu metabolismo).

Assim como o ADN, o ARN é formado por uma cadeia de elementos químicos

chamados nucleótidos. Estes compostos se diferenciam quimicamente por duas

características: a molécula de glicose do ARN contém um átomo de oxigênio que falta

no ADN, e o ARN possui a base azotada: uracilo em vez da timina do ADN

Fig. 17 Replicação do ADN

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20 Ana Fonseca e Marta Dinis

Conclusão Na realização deste trabalho relembrámos matéria de biologia que nos será útil na

realização do exame nacional da disciplina de Geologia e Biologia.

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21 Ana Fonseca e Marta Dinis

Webgrafia

https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula (Data de consulta – 25 de Janeiro de 2016)

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_desoxirribonucleico (Data de consulta -25 de

Janeiro de 2016)

http://www.todabiologia.com/citologia/meiose.htm (Data de consulta - 1 de Fevereiro)

http://biogeolearning.com/site/v1/ (Data de consulta – 25 de Janeiro de 2016)