A Cidade Antiga 2

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    SUMRIO

    LIVRO PRIMEIRO

    CRENAS ANTIGASCapitulo ICrenas sobre a alma e sobre a morte......................................................................04Capitulo IIO culto aos mortos.....................................................................................................04Capitulo IIIO fogo sagrado..........................................................................................................05Capitulo IVA religio domstica...................................................................................................05LIVRO SEGUNDOA FAMLIA

    Capitulo IA religio como principal elemento constitutivo da famlia.........................................05Capitulo IIO casamento..............................................................................................................06Capitulo IIIDa continuidade da famlia. O celibato proibido.Divorcio em caso de esterilidade. Desigualdade entre filho e filha............................06Capitulo IVDa adoo e daemancipao.................................................................................... 07Capitulo VDo parentesco. Do que os romanos entendiam por agnao....................................07Capitulo VIO direito propriedade...............................................................................................07Capitulo VIIO direito desucesso................................................................................................. 08a.a - 1 A natureza e a origem do direito entre os antigos.........................................08a.b - 2 O filho herda, no afilha................................................................................ 08

    a.c - 3 A sucesso colateral......................................................................................08

    a.d - 4 Efeitos da emancipao e daadoo............................................................08a.e - 5 Primitivamente o testamento no eraconhecido...........................................08a.f - 6 Antiga indiviso do patrimnio.......................................................................08Capitulo VIIIA autoridade na famlia..............................................................................................09b.a - 1 O poder paternal entre os antigos.................................................................09b.b - 2 Enumerao dos direitos que compunham o poder paternal........................09Capitulo IX

    A antiga moral dafamlia............................................................................................ 09Capitulo X

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    A gens em Roma e naGrcia.................................................................................. 10LIVRO TERCEIROA CIDADE

    Capitulo IA fratria e a cria; a tribo............................................................................................10Capitulo IINovas crenasreligiosas............................................................................................ 11Capitulo IIIForma-se acidade.............................................................................................. .......11Capitulo IVA urbe.........................................................................................................................11Capitulo V

    O culto do fundador; a lenda de Enias.....................................................................12Capitulo VIOs deuses dacidade.................................................................................................. 12Capitulo VIIA religio da cidade....................................................................................................12c.a - 1 Alimentaes pblicas...................................................................................12c.b - 2 As festas e ocalendrio................................................................................. 12c.c - 3 O censo e a lustrao....................................................................................13c.d - 4 A religio na assemblia, no senado, no tribunal e no exrcito; otriunfo......13Capitulo VIIIO ritual e osanais....................................................................................................... 14Capitulo IXDo governo da cidade; o rei.......................................................................................14d.a - 1 Autoridade religiosa do rei.............................................................................14d.b - 2 A autoridade poltica do rei............................................................................14Capitulo XO magistrado..............................................................................................................15

    Capitulo XIAlei ............................................................................................................................15Capitulo XII.O cidado e o estrangeiro..........................................................................................16Capitulo XIIIO patrimnio. Oexlio ................................................................................................16Capitulo XIV.Do esprito municipal..................................................................................................16Capitulo XV

    Relaes entre as cidades; a guerra; a paz; a aliana dos deuses...........................17Capitulo XVIA confederao e as colnias................................................................................... .17

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    Capitulo XVIIO romano e o ateniense.............................................................................................18Capitulo XVIIIDa onipotncia do Estado; os antigos no conheceram a liberdade individual.........18

    LIVRO QUARTOAs revolues.............................................................................................................18Capitulo IPatrcios e clientes.....................................................................................................19Capitulo IIPlebeus....................................................................................................................... 19

    Capitulo IIIPrimeiras revolues..................................................................................................19Capitulo IVA aristocracia

    governa................................................................................................ 20

    Captulos VSegunda revoluo; alteraes na constituio da famlia; desaparece o direito daprimogenitura; a gens desagrega-se.......................................................................... 20Capitulo VILibertam-se osclientes............................................................................................... 21Capitulo VIITerceira revoluo. A plebe participa da cidade........................................................21LIVRO QUINTODESAPARECE O REGIME MUNICIPALCapitulo INovas crenas; a filosofia altera as normas da poltica.............................................22Capitulo IIA conquistaromana.................................................................................................... 23Capitulo IIIO cristianismo altera as

    condies.............................................................................23

    BIBLIOGRAFA........................................................................................................... 25

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    A CIDADE ANTIGA

    LIVRO PRIMEIRO

    Crenas antigas

    Captulo ICrenas sobre a alma e sobre a morte

    Pg. 11 As mais antigas geraes das populaes gregas e italianas, ambasdescendentes da raa indo-europia, tinham um pensamento em comum referente asua prpria natureza, a alma e sobre o mistrio da morte. Acreditavam que aps a

    morte ocorria apenas uma simples mudana de vida, vida essa que no continuarianum plano superior, nem criam na metempsicose (o esprito do falecido sematerializaria em um outro ser vivo ou em um vegetal, reencarnao), mas sim quenessa segunda existncia a alma continuaria associada ao corpo.

    Pg. 12 e 13 Acreditava-se que a alma perpetuaria sua existncia juntamente aocorpo no tumulo, portanto o homem necessitava de uma sepultura para a alma fixarmorada em sua continuao de existncia. A alma que no possusse sepultura eraerrante e vagaria pela terra sob forma de larva ou fantasma atormentando os vivoscom enfermidades, pragas, aparies aterrorizantes para advertir que tanto seucorpo como ela mesma queriam sepultura.

    No ato do sepultamento enterravam tambm objetos que julgavam sernecessrias ao falecido como vestidos, armas, vasos, derramavam vinho sobre asepultura para lhe aplacar a sede e alimentos eram deixados para lhes apaziguar a

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    fome , degolavam-se cavalos e escravos pois acreditava que assim como serviram aseu senhor em vida de igual maneira o serviria aps a morte.

    Capitulo IIO culto aos mortos

    Pg. 16 Segundo as antigas crenas greco-romanas, o morto precisava de alimentoe de bebida, portanto foi convencionado o dever dos vivos de satisfazer-lhe suasnecessidades.

    Os mortos eram tidos como entes sagrados, eram usados os maisrespeitosos qualificativos encontrados em seu vocabulrio, em suas concepes omorto era considerado um deus, sendo este privilegio atribudo a todosindependentemente de sua conduta em vida. Faziam-lhe preces clamando Oh, tu

    que s um deus sob a terra , em seus tmulos tinham escritas sacramentais comoDis Manibusou Manesque Sepulti ,ou seja, o deus viva enterrado em seu tumulo.Este culto era encontrado entre os latinos, helenos, sabinos e etruscos.

    Pg. 18 O morto cujos familiares vivos no lhe prestavam os devidos cultosfnebres tornava-se um ser amaldioado. Consequncia disso seriam os tormentosque esse deus amaldioado causaria aos seus parentes vivos, j aqueles os quaiseram mantidos suas honrarias corretamente eram deuses benvolos e tutelares.

    Capitulo IIIO fogo sagrado

    Pg. 19 Nas casas desses povos antigos existia um altar, nesse altar deveriasempre haver restos de brasas e cinzas, o chefe da casa tinha o dever sagrado demanter o fogo aceso de dia e de noite. Acreditavam que a desgraa cairia sobreaquela famlia a qual o fogo sagrado fosse permitido apagar, esse fogo s deixariade brilhar sobre o altar depois que toda famlia havia morrido.

    Pg. 20 e 21 O fogo do lar era, para esse povo, providencia divina. O culto se davacom carves continuamente acesos sobre o altar e em determinadas horas do diaeram colocadas ervas secas e lenha juntamente com o carvo, desta forma o deus

    se manifestava na forma de um fogo brilhante. A alimentao era ato religioso porexcelncia, era uma partilha entre o homem e o deus, acreditavam que neste atosagrado o deus se faria presente juntamente com eles participando da comida ebebida, era reservado um lugar mesa para que ali a divindade pudesse seassentar.

    Capitulo IVA religio domstica

    Pg. 25 A religio como conhecemos nos dias de hoje no faz acepo de raas, transmitida de maneira acessvel a todos, e nos oferece apenas um deus paraadorarmos, porm a religio do inicio dos tempos no obedecia a nenhum desses

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    quesitos, alm de no oferecer um s deus no aceitavam adorao de todos equaisquer homens devido ao fato de que cada famlia tinha seu prprio deus, este,por sua vez, como j citamos anteriormente, um antepassado falecido que agorase torna uma divindade.

    Pg. 26 Apenas a famlia tinha o direito de realizar a alimentao fnebre, pois omorto queria o culto apenas dos seus. Um estranho se aproximar do tumulo do deusde outra famlia era considerado impiedade grave passvel de purificao.

    LIVRO SEGUNDO

    A famlia

    Capitulo I

    A religio como principal elemento constitutivo da famlia

    Pg. 30-31 A base da famlia no era encontrado no sentimento Fraternal, o queunia os membros da famlia era algo muito mais forte do que um nascimento,sentimento ou fora fsica, esse poderoso lao encontrava-se na religio domiciliar enos antepassados, religio esta que fazia com que a famlia formasse um corponesta e na outra vida.

    Capitulo IIO casamento

    Pg. 33 Com o casamento a moa se desligava por completo de sua famlia econsequentemente do culto domestico de sua antiga famlia, esse desligamento erafeito por meio de um ritual em que o patriarca da famlia da moa invocando o deusdo lar faz um desligamento solene para que ela possa ser integrada a famlia domarido.

    Pg. 34 A esposa apresentada diante do deus do marido e assim os dois espososfazem um sacrifcio pronunciam algumas oraes e comem um bolo de farinha-flor.

    Pg. 35 - No caso de separao, assim como no casamento os noivos soapresentados aos deuses do marido apresentam-nos o bolo de farinha-flor pormno participam do mesmo, pelo contrario devem rejeita-lo, so pronunciadasformulas a qual a mulher rejeita o culto e o deus do marido e assim o casamentodeclarava-se nulo.

    Capitulo III

    Da continuidade da famlia. O celibato proibido.Divorcio em caso de esterilidade. Desigualdade entre filho e filha.

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    Pg. 36-37 Como j vimos anteriormente o homem aps a morte se torna um serfeliz e divino, na condio de que os vivos lhe oferecerem sempre a refeiofnebre. Portanto os mortos tinham a necessidade de que sua descendncia no se

    extinguisse, sendo assim aqueles que aderissem ao celibato cometiam ato deimpiedade grave,pois estaria cessando o culto sagrado ao deus domiciliar.

    Pg. 38 - O casamento portanto era obrigatrio e sagrado, no tinha como objetivo oprazer mas sim a continuidade dos cultos fnebres e esta continuidade se dava porintermdio do nascimento de filhos homens, sendo a mulher estril o homem tinhatotal direito de divorciar-se para que pudesse encontrar outra que pudesse lhe darfilhos.

    Pg. 39 O nascimento de uma filha no satisfazia a finalidade do casamento poisque perpetuaria o culto de seu pai era o filho homem, tanto a famlia quanto a

    religio se perpetuavam atravs do varo.

    Capitulo IVDa adoo e da emancipao

    Pg. 40-41 Em casos de impotncia ou de morte prematura existia a possibilidadeda adoo, adotar era pedir a religio e a lei aquilo que a natureza no pode d-lo,no caso um varo.

    O filho adotado era inserido na famlia por meio de uma cerimnia especialbastante similar a do nascimento do filho. O filho uma vez adotado j no podiatornar a entrar na antiga famlia.

    Para que um filho pudesse ser adotado deveria renunciar o culto da antigafamlia, a consistia o principal efeito da emancipao, o filho emancipado,futuramente, jamais seria considerado membro da famlia tanto religiosamentequanto juridicamente falando.

    Capitulo VDo parentesco. Do que os romanos entendiam por agnao.

    Pg. 42 O principio do parentesco no se baseava no ato material do nascimentomas sim no culto, rompido o vinculo religioso nada mais da respectiva famlia,entretanto dois homens sem nenhum lao consangneo e realizandoseparadamente as alimentaes fnebres, subindo a linha de parentesco podemchegar a um antepassado comum. Sendo assim so considerados parentes.

    Para os antigos jurisconsultos romanos a agnao, assim como a religio, sse transmitia de varo para varo, a agnao era apenas o parentesco tal como nareligio o havia estabelecido.

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    Capitulo VIO direito propriedade

    Pg. 46 O deus da famlia quer ter morada fixa, material , esse deus se instalanessa morada no para um dia, mas para todos os tempos. Assim o lar toma possedessa terra e passa a ser sua propriedade.

    Pg. 48 O carter de propriedade se manifesta da seguinte forma, os mortos sodeuses nica e exclusivamente de suas respectivas famlias e s essas famliapoderiam adorar seu deus sendo assim tendo o morto sido enterrado em umdeterminado local e tornado ali morada fixa apropriou-se a famlia deste solomorando ali para sempre.

    Pg. 51 Eram usados como marcos divisores pedras grandes, troncos ou apenasestreitas valetas (esses divisores eram chamados de Termos ), ali faziam sacrifciose oraes ao deus da cerca. Aquele que invadisse a propriedade vizinha cometiasacrilgio terrvel e as penas eram severas, assim dizia a antiga lei romana: Setocou o Termo com a relha do seu arado tanto o homem quanto os seus bois sejamvotados aos deuses infernais

    Capitulo VIIO direito de sucesso

    1 A natureza e a origem do direito entre os antigos

    Pg. 53 O culto domestico jamais deve cessar-se, sua continuidade se da por meioda hereditariedade sendo o filho o continuador deste culto. O filho no tem afaculdade de aceitar ou no prosseguir com os rituais da famlia tamanha suaimportncia.

    2 O filho herda, no a filha

    Pg. 54 A regra aplicada a hereditariedade do culto era a de que seria transmitidode varo para varo, para que ocorra essa herana necessrio estar em

    conformidade com o culto.A filha no se considera apta para a continuidade do culto pois se casa, e casando-se quebrado toda a ligao que um dia existiu entre ela e a sua antiga famlia.

    3 A sucesso colateral

    Pg. 58 - O parentesco era admitido no por meio dos laos de sangue mas sim porterem o mesmo culto e o mesmo lar originrio. A religio domestica transmitia-se,pelo sangue, de varo para varo. Os filhos de duas irms ou de uma irm e umirmo no tinham entre si lao algum, no pertenciam a mesma religio e nem amesma famlia.

    Quando no havia descendentes o herdeiro era o irmo e no a irm, o filhodo irmo e no o da irm, em casos de no existncia de irmo ou de sobrinhos

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    remontava-se a srie de ascendentes do falecido, sempre seguindo a linhamasculina, at se encontrar um homem ainda vivo, esse era o herdeiro.

    4 Efeitos da emancipao e da adoo

    Pg. 59 Era contrario a religio que um mesmo homem tivesse dois cultosdomsticos. Assim o filho adotivo no poderia receber herana de duas famlia,sendo ele includo religiosamente nesta famlia nada mais das sua famlia natural,logo,desta, nada mais poder herdar.

    5 Primitivamente o testamento no era conhecido

    Pg. 61 A possibilidade de testar, nos tempos antigos, era completamente nula pelofato de que no era o homem quem escolhia aquele que herdaria sua propriedade eculto domestico ou qualquer outra autoridade, mas j era algo pr-estabelecido pela

    prpria religio o herdeiro do culto domestico ser o filho varo ou o homem de suamesma linha de ancestrais mais prximo

    6 Antiga indiviso do patrimnio

    Pg. 61 Segundo esta religio antiga o filho primognito nascia para cumprir seuchamado de continuar o culto domestico, aps a morte do pai a me irm e irmosegundognito ( segundo filho) ficavam sob responsabilidade do herdeiro. Destemodo o patrimnio no era dividido entre esposa e filhos do falecido, ele permaneciasolido e indivisvel.

    Capitulo VIIIA autoridade na famlia

    1 O poder paternal entre os antigos

    Pg. 64 O pai o primeiro junto ao lar, o seu pontfice. Em todos os atosreligiosos desempenha a mais elevada funo, degola a vitima, pronuncia asoraes. A famlia e o culto se perpetuam pela descendncia do pai, quando a morte

    chegar o pai ser um ser divino que todos os seus descendentes invocaro.2 Enumerao dos direitos que compunham o poder paternal

    Pg. 67-68 I. O pai o chefe supremo da religio domestica, ningum da famlia lhenega esta supremacia.

    II. Sendo a propriedade algo indivisvel e sagrado jamais poderia serparcelada, havendo um nico usufruturio, o pai.

    Pg. 69 III. Sendo o todo poderoso da famlia, era concedida ao pai a faculdade decondenar todos aqueles que esto sob seu domnio, (...) O marido - diz Cato, o

    Antigo -. o juiz da mulher, seu poder no pode sofrer limitaes, ele pode fazer oque quiser. Se a mulher cometer qualquer falta, ele pune-a, se bebeu vinho,condena-a, se tiver relaes com outro homem mata-a(...).

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    Capitulo IXA antiga moral da famlia

    Pg. 70 Assim como a religio, a moral era exclusivamente domestica. Um estranhono poderia participar dos atos religiosos de outrem, nem mesmo se aproximar dotumulo que no seja o de seu antepassado, pois conhece outros deuses.

    Pg. 71 Um homem nunca orava em favor de outros homens, invocavam asdivindades apenas para si e os seus.

    Aquele homem que se sentisse culpado no podia nem mesmo se aproximarde seu prprio lar por causa de seu prprio deus o repelir.

    Pg. 72 A pureza da famlia era aquilo que a religio mais preservava. A seus olhoso adultrio era a falta mais grave que uma pessoa poderia cometer contra a famliapois perturba a natureza do nascimento, assim dizia o hindu: O filho adulterinoaniquila nesta vida e na outra as oferendas dignas aos manes ( manes = almas dosentes queridos falecidos).

    Capitulo XA gens em Roma e na Grcia.

    Pg. 76 Cada gens tinha seu culto especial. Na Grcia eram conhecidos comomembros da mesma gens todos aqueles que faziam sacrifcios em comum desdeuma poca muito distante. Em Roma tambm, cada gens tinha seus atos religiososa cumprir, sendo o dia, o lugar e os ritos fixados pela sua religio particular.

    Pg. 78 A gens seria a associao de muitas famlias originariamente estranhasumas s outras e falta de lao consangneo, a cidade teria estabelecido entreelas uma unio fictcia e um parentesco de conveno.

    O conjunto de famlias que se encontravam ligadas politicamente a uma

    autoridade em comum, o Pater Gentis. Usavam um nome em comum por se julgardescendentes de um antepassado comum. A gens tinha seu equivalente na Grciacom o nome genos, que se formava a partir de uma grande famlia consangniacom um antepassado em comum. A gens ou genos a unidade. Vrias gensconstituem uma fratria e vrias fratrias uma tribo.Pg. 82 Os membros da mesma gens usavam o mesmo nome, a unio denascimento e de culto indica-se na comunho de nomes. Cada gens transmitia degerao para gerao o nome de seus antepassados e perpetuavam-no com omesmo cuidado que continuavam o culto.

    Pg. 83 O nome entre os gregos apresentava uma forma adjetivada, do mesmo

    modo que o nome da gens, entre os romanos obrigatriamente terminava em ius importante ressaltar que a histria dos nomes entre os antigos no seguiu omesmo caminho trilhado pelos cristos.

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    http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9ciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Genoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fratriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9ciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Genoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fratriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo
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    LIVRO TERCEIRO

    A CIDADE

    Capitulo IA fratria e a cria; a tribo

    Pg. 88 A religio domstica proibia duas famlias de se misturarem, mas erapossvel que muitas famlias sem sacrificarem coisa alguma da sua religioparticular, se unissem, pelo mesmo para uma celebrao de outro culto que lhesfosse comum. Acontecendo isto a lingua grega deu o nome de fratria e a latina decria.

    Pg. 90 Na fratria, ou cria, assim como na famlia, havia um deus, um culto, umsacerdcio, uma justia e um governo. Era uma pequena sociedade modeladaexatamente sobre a famlia. A juno de muitas crias formam assim uma tribo, atribo assim como a fratria tinha suas assemblias e promulgava decretos a quetodos os seus membros deviam submeter-se. O deus da tribo era ordinariamente erada mesma natureza que o da fratria, ou da famlia, era um homem divinizado, umheri. Derivava-se do nome deste heri o nome da tribo .

    Capitulo IINovas crenas religiosas

    Pg. 90-91 Esta religio antiga, vista at ento, constituiu a famlia e fundamentouas primeiras leis, porm, teve, em todos os seus ramos, outra religio tendo comosuas principais figuras Zeus, Hera, Atena,Juno, do Olimpo helnico e do Capitlioromano.

    Das duas religies a primeira tomou os seus deuses da alma humana, asegunda escolheu-os entre a natureza fsica. Este sentimento de fora viva e deconscincia trouxe a idia do divino, porm , outros, ao observar a grandeza e abeleza de tudo quanto o cercava, teria traado outro curso de sentimento religiosotomando como deuses elementos como sol, gua, o solo, a rvore e a nuvem .

    Pg. 92 Durante muito tempo estes povos tinham como deuses elementos danatureza, alguns buscavam a mesma divindade porm nunca admitiam esse fato.Vejamos a situao hipottica: Dois povos, A e B, tinham um mesmo deus emcomum, o Sol, porm, com nomes diferentes. O povo A denominava a divindadecomo Heracles (o glorioso), j o B Febo (o brilhante), no entanto no queriamcompreender que adoravam o mesmo deus.

    Pg. 93 Como o primeiro aparecimento dessas crenas ocorreu em uma poca emque os homens viviam em um estado de famlia, os novos deuses apresentavam,assim como os demnios, os heris e os lares e cada famlia tinha suas divindades

    exclusivas.Desta lei religiosa derivaram os milhares de cultos locais, entre os quais umaunidade nunca pde ser estabelecida.

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    Capitulo IIIForma-se a cidade

    Pg. 95 A tribo, tanto como a fratria e a famlia, constituiu-se como corpoindependente, as quais realizavam cultos especiais que eliminavam qualquerpossibilidade de participao estranha. Duas tribos de modo algum poderiam fundir-se devido ao fato de sua religio se opor a isso. Porm, assim como as fratriasreuniam-se em uma tribo permitiu-se a associao entre duas tribos na condio deque o culto de cada uma delas fosse respeitado. Nascendo assim esta aliana nascetambm a cidade.

    Capitulo IVA urbe

    Pg. 100 A cidade era a associao, religiosa e poltica, das famlias e das tribos, jaa urbe o lugar de reunio, o domiclio e sobretudo o santurio desta sociedade.

    Urbe o espao fsico em que esta sociedade reside, a criao da urbe eraimediata, porm dependia da formao da cidade.

    Capitulo VO culto do fundador; a lenda de Enias

    Pg. 106 O fundador era o homem que realizava o ato religioso, sem o qual a urbeno poderia estabelecer-se. Era o fundador que assentava o lar onde, para todo osempre, deveria brilhar o fogo sagrado.

    Pg. 108 Enias era um personagem sagrado, o sumo sacerdote, que o povovenerava como um Deus. Isso na concepo de Homero, Jpter preferia a Heitor.

    Em Virginia Enias apareceu como guarda e salvador dos deuses troianos.

    Capitulo VIOs deuses da cidade

    Pg. 110 O culto era o que de mais sagrado havia na cidade, era o vinculo queconstitua toda e qualquer sociedade. Na Grcia essa venerao se enfraqueceumuito mais cedo, porm em Roma permaneceu firme, os romanos demonstravamum imenso respeito pelas vestais, de forma que quando um cnsul passava emfrente a uma vestal fazia com que baixassem suas armas, em contra-partida sealguma delas deixasse o fogo sagrado extinguir-se ou manchasse o culto quebrandoseu voto de castidade, julgando-se ameaada pela perda de seus deuses vingava-

    se da vestal enterrando-a viva.

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    Pg. 111 Acreditava-se que a alma do falecido permanecia junto ao corpo naescurido do tmulo e dali protegiam o pas e tudo que nele h. Os Gnios e osHeris foram, na maior parte das vezes, antepassados do povo, os tebanos durantedez sculos veneravam Etocles e a Polinices, Pirro, filho de Aquiles, era adorado

    em Delfos pelo simples fato de ter nascido, morrido e enterrado nesta terra.

    Capitulo VIIA religio da cidade

    1 Alimentaes pblicas

    Pg. 117 A principal cerimnia do culto da cidade a alimentao de semelhante

    natureza, deviam praticar em comum em honra das divindades protetoras estandopresentes todos os cidados. O uso da alimentao pblica no foi um exceo naGrcia, acreditavam piamente que a salvao da cidade dependia de sua realizao.

    2 As festas e o calendrio

    Pg. 119 Em todas as sociedades os homens queriam honrar seus deuses comfestas e estabeleciam datas apenas o esprito da religiosidade, sem interveno depensamentos ou trabalhos terrenos, reinaria absoluta para sua completa dedicao.

    Todas as cidades fundaram-se segundo aqueles ritos que, no entendimentodos antigos, fixar entre os muros, um deus nacional, que era preciso renovar pormeio de cerimnia sagrada anual. Esta festa era chamada de O dia de natalsendoque todos os cidados deveriam celebra-la.

    Pg. 120 O calendrio era esta sucesso de festas religiosas, por isso eraorganizado sacerdotes. No era regulado pelas fazes da lua ou pelo curso do sol,mas to somente pelas leis da religio, lei misteriosa e conhecida apenas pelossacerdotes.

    3 O censo e a lustrao

    Pg. 121 Havia uma festa na cidade chamada festa da purificao, aconteciaanualmente na Grcia e a cada quatro anos em Roma. Esta festa era realizada pelocensor, anteriormente tinha a direo do cnsul, que por sua vez substituiu o rei.

    Como j diz o nome a festa da purificao tinha o objetivo de purificar apopulao de suas faltas contra o culto sagrado, temendo que a ira dos deusescasse sobre eles. Esta purificao se dava atravs de um ritual sagradodenominado sacrifcio expiatrio, esse ritual era realizado pelo magistrado (censor).Todos os cidados se reuniam na data determinada, fora dos muros da cidade,todos permanecendo em silncio o censor dava trs voltas assemblia levando asua frente trs vitimas: um carneiro, um porco e um touro. Ao fim da procisso osacerdote pronunciava as formulas de adorao e imolava as vitimas. O nmero de

    cidados presentes na cerimnia era pronunciado na formula e documentado emrelatrio redigido pelo censor, era extremamente necessrio que todos se fizessem

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    presentes, aqueles que no haviam se inscrito no censo perdia seu direito decidadania.

    4 A religio na assemblia, no senado, no tribunal e no exrcito; o triunfo.

    Pg. 123 Em Roma antes de ser aberta a cesso era imprescindvel que osaugures os assegurassem de que os deuses lhes fossem propcios. A assembliainiciava-se por meio de uma orao que o augure pronunciava e o cnsul repetia.

    A tribuna era lugar sagrado, o orador s subia-a com uma coroa na cabea ecomeava o discurso com uma invocao aos deuses.

    O templo era lugar de reunio do senado, antes de qualquer deliberao opresidente oferecia o sacrifcio e pronunciava a orao. Havia na sala um altar ondecada senador derramava a libao invocando os deuses.Pg. 124 - Antes de partir para a guerra ou qualquer expedio, reunindo o exrcito, ogeneral pronunciava as oraes e oferecia os sacrifcios.

    Capitulo VIIIO ritual e os anais

    Pg. 126 Cada famlia religiosa tinha um livro em que estavam condensadas asformulas de que os antepassados se serviram e as quais os deuses tinhamrecebido, estas por sua vez no podiam ter nenhuma alterao .

    Pg. 127 Os livros e os cantos redigidos pelos sacerdotes eram guardados comtodorecato, eram restritos at mesmo para os prprios cidados tendo acesso a elesapenas os sacerdotes. Aquele que revelava um rito ou alguma formula a um

    estrangeiro era considerado traidor da religio da sua cidade, segundo elesentregavam seu deus ao inimigo.

    Pg. 129 Anais eram documentos escritos e autnticos, porm havia um tradiooral que se perpetuava entre o povo da cidade, tradio essa que era firme e muitoquerido nas cidades, isso porque fazia parte do culto e era composto por narrativasde cantos repetidos todos os anos pelos homens na festa da religio.

    Pg. 130 Esta tradio era reflexo dos anais pois era rigorosamente de acordo comtais.

    Capitulo IXDo governo da cidade; o rei

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    1 Autoridade religiosa do rei

    Pg. 130 Assim como o lar domestico tinha como sumo sacerdote o pai, o lar da

    cria o curio ou fratriarca o lar da tribo tinha o rei da tribo, a religio da cidadedeveria ter seu pontfice. Este era chamado de rei porm alguns o apilidou dearconte.

    2 A autoridade poltica do rei

    Pg. 132 Assim como na famlia o pai exercia o papel de senhor supremo, juiz,sumo sacerdote, de igual maneira a cidade com seu chefe poltico.

    Pg. 133 Como a religio se envolvia no governo, na justia e na guerra tornou-senecessrio que o sacerdote tenha sido ao mesmo tempo magistrado, juiz e chefe

    militar. Segundo Aristteles haviam trs atribuies para os reis de Esparta: fazeremos sacrifcios, comandar na guerra e ministram a justia.

    Pg. 134 A realeza, meio religiosa, meio poltica, se estabeleceu em todas ascidades desde o seu nascer sem esforo por parte dos reis e sem resistncia porparte dos grupos.

    Pg. 135 Os reis primitivos tinham desempenhado as funes sacerdotais e tomadoo lar a sua autoridade os tiranos, de poca posterior, apenas foram chefes polticoss devendo a autoridade fora ou eleio.

    Capitulo XO magistrado

    Pg. O magistrado substituiu o rei e foi, como este, sacerdote, ao mesmo tempo emque era chefe poltico.

    Algumas vezes o magistrado usou o ttulo sagrado de rei. Alm disso, o nomede prtane, que lhe conservaram, indica sua principal funo. J em outras cidadesprevaleceu o ttulo de arconte. O arconte, durante o exerccio de seu cargo, devia

    sempre trazer uma coroa, como convinha ao sacerdote; a religio o proibia de deixarque crescessem os cabelos e de usar qualquer objeto de ferro sobre o corpo.

    Pg. 136 O carter sacerdotal atribudo ao magistrado mostrava-se maisclaramente na forma em que o nomeava, no bastava apenas a votao do homem,era designado pelo nascimento devido a religio assim ordenar, que o filhosucedesse ao pai.

    Pg. 137 No entanto os atenienses discordavam desta forma de nomeao,utilizavam o sorteio. Diziam que o homem que a sorte designou, este era o maisquerido dos deuses, desta forma a cidade acreditava receber dos deuses os seus

    magistrados.

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    Pg. 139 A cidade exigia que o novo magistrado fosse de famlia pura, porm noparecem se preocupar com nem com o carter, nem tampouco com a inteligncia deelegendo, apenas queriam assegurar-se de que o candidato era apto paradesempenhar as funes sacerdotais, no ficando a religio da cidade

    comprometida em suas mos.

    Capitulo XIA lei

    Pg. 140 Entre gregos e romanos a religio surgiu como parte da religio, asnormas de direito de propriedade e o direito de sucesso estavam dispersas entreas regras relativas aos sacrifcios, sepultura e ao culto dos antepassados.

    As mais antigas leis de Roma, as chamadas leis reais, eram aplicadas tanto

    no culto como nas relaes da vida civil.Durante muito tempo os pontfices foram os nicos jurisconsultos. O motivo peloqual os homens eram, ao mesmo tempo, pontfices e jurisconsultos resultante dofato de direito e religio se confundirem se tornando um todo.

    Pg. 141 O homem ao enterrar seu pai em seu campo julgava que o esprito domorto tinha tomado, para sempre, posse desse terreno, reclamando de suaposteridade seu culto perptuo. Assim se tornou, o campo, domnio do morto e lugardos sacrifcios, propriedade inalienvel de certa famlia.

    A lei surgiu deste modo, apresentando-se por si prpria, sem a necessidadedo homem ir ao seu encontro. Brotou como conseqncia direta da necessria dacrena aplicada s relaes dos homens entre si.

    Pg. 143 Escritas ou no escrita, estas leis eram formuladas sempre em brevessentenas, e pela forma, podiam ser comparadas aos versculos do livro de Moissou aos locas do livro de Manu. Aristteles afirma que enquanto as normas noeram escritas o povo as cantava.

    A lei no vale pelo principio moral que encerra, mas pelas palavras includasna sua formula, a sua fora est nas palavras sagradas de que se compe.

    Capitulo XIIO cidado e o estrangeiro

    Pg. 145 O cidado dos tempos antigos era todo homem que seguisse a religio dacidade, que honra os mesmos deuses da cidade, aquele a quem o arconte ouprtane oferece em cada dia o sacrifcio, ele tem direito de se aproximar dos altares .

    O estrangeiro, pelo contrrio, aquele que no tem acesso ao culto, a quemos deuses da cidade no protegem e nem se que possui o direito de invoc-lo.

    Pg. 147 Ningum podia naturalizar-se cidado de uma cidade j sendo de outra. O

    mesmo ocorre quando um homem j sendo membro de uma famlia no pode serincluso em outra, pois no pode ele cultuar a dois deuses diferentes. O estrangeiro,

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    nem em Roma, nem em Atenas, podia ser proprietrio, mesmo que essapropriedade fosse herana de um cidado para ele.

    Capitulo XIIIO patrimnio. O exlio

    PG. 149 A ptria de um homem era a parte do solo que a religio domestica, ou anacional, tenha santificado, a terra onde se encontra as ossadas de seus avs esuas almas ocupadas. Assim explica-se o patrimnio dos antigos, entre eles erauma virtude suprema e a sustentar todas as outras. A ptria prendia o homem comvinculo sagrado.

    Pg. 150 A punio ordinria para os crimes era o exlio. O exlio no era apenas o

    afastamento de suas terras, mas tambm do culto, o que conhecemos hoje comoexcomunho. Portanto o exlio exclua o homem da religio.

    Capitulo XIVDo esprito municipal

    Pg. 151 Cada cidade, por exigncia da religio, devia ser absolutamenteindependente mesmo que muito prxima uma da outra. Era indispensvel que cadacidade tivesse seu prprio cdigo, pois cada uma tinha sua prpria religio e as leisemanavam da religio.

    Pg. 152 No se admitia nada em comum entre as cidades, esta linha dedemarcao era to importante que com muito custo concebiam o casamento entrepessoas de cidades diferentes. Por esta razo os antigos nunca poderiamestabelecer, nem conceber, qualquer outra organizao social alm da cidade. Comas crenas e usos da religio no poderiam autorizar essa confuso de variascidades no mesmo estado.

    Capitulo XVRelaes entre as cidades; a guerra; a paz; a aliana dos deuses

    Pg. 154 A religio tinha grande influencia na vida interior da cidade, mas tambmintervinham com igual autoridade em todas as relaes que as cidades mantinhamentre si. Duas cidades eram duas associaes religiosas que no tinham os mesmosdeuses, quando entravam em guerra no eram apenas os homens queconfrontavam, mas os deuses tomavam igualmente parte na batalha.

    Pg. 156 As guerras no se restringiam apenas aos soldados, esta se dirigia

    igualmente contra toda a populao, tambm no eram feitas apenas aos sereshumanos, faziam-se para os camponeses as colheitas. Queimavam as casas,

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    derrubavam as rvores, a colheita do inimigo era quase sempre dedicada aosdeuses infernais e queimadas.

    Pg. 158 Frequentemente cada uma das partes que pactuavam se comprometia a

    oferecer um culto as divindades da outra parte. Da ento passaram a oferecer umsacrifcio anual aos heris dos aliados, acertaram entre si incluir, cada uma delas onome da outra em suas preces.

    Capitulo XVIA confederao e as colnias

    Pg. 159 Assim como as cidades possuam seus heris, suas divindades, suasfestas, as confederaes possuam seu templo, seu deus, suas cerimnias, seus

    jogos sagrados seus aniversrios.O grupo formado pelas doze colnias jnias, na sia menor, possuam um

    templo comum conhecido como Paninio e o consagravam a Poseidon Helicnio.No existia confederaes sem culto, diziam os antigos: O mesmo esprito

    que presidia a fundamentao das cidades criava igualmente os sacrifcios comunsas muitas cidades e, como a vizinhana e a necessidade mtua as aproximassem.Realizavam em conjunto as festas religiosas e a louvao da alimentao sagrada eda libao praticada em comum, nascia o lao de amizade.

    Pg. 161 A colnia tinha o mesmo culto que a metrpole, podia possuir algunsdeuses particulares, mas dia consumar e honrar as divindades da cidade de ondeviera.

    Capitulo XVIIO romano e o ateniense

    Pg. 162 A casa era, para o romano, o mesmo que o templo para ns hoje, o seular era um deus da mesma foram que a parede, a porta, o seleiro eram deuses.

    Fazia sacrifcios para agradecer os deuses e, em muito mais nmero, faziam

    outros para acalmar-lhes a clera.Os romanos tinham uma festa para as sementeiras, outra para a ceifa eoutras para a poda da vinha. Nunca saia de casa sem antes se certificar de que nocaminho havia alguma ave de mal agouro.

    Pg. 167 O ateniense, assim como o romano, tinha dias nefastos, nesses dias notomava parte de assemblias, no se casava, no comeava nenhum trabalho nemadministrava a justia, quase no comeava uma frase sem antes invocar a boafortuna.

    Capitulo XVIIIDa onipotncia do Estado; os antigos no conheceram a liberdade individual

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    Pg. 169 A vida privada no escapava da onipotncia do Estado, Esparta punia nosomente quem no se casava, mas mesmo quem se casava tardiamente.

    O Estado tinha o direito de no permitir o crescimento de cidados disformes

    ou monstruosos.

    Pg. 170 O homem no tinha escolha de crenas, devia acreditar e submeter-se areligio prpria da cidade.

    Os antigos, por tanto, no conheciam a liberdade de vida privada, nem a deeducao, nem a liberdade religiosa,

    LIVRO QUARTO

    As revolues

    Pg. 172 De maneira genrica no podemos determinar a poca em quecomearam as revolues, muitos dizem no ter sido o mesmo para diferentescidades da Grcia e da Itlia.

    Capitulo IPatrcios e clientes

    Pg. 173 Patrcios eram uma classe inferior dos homens que viviam contra osplebeus.

    Pg. 174 Os cliente estavam abaixo, no apenas do chefe supremo da famlia, mastambm de todos os ramos mais novos, os filhos dos clientes por mais alta queascenda sua genealogia nunca seria mais que um cliente ou escravo.

    Capitulo IIPlebeus

    Pg. 176 Apesar de sua fragilidade inicial plebe ganhou solidez a ponto de destruira velha organizao social. Esta classe, mais que em qualquer outra cidade, eramais numerosa em Roma.

    Os plebeus eram colocados abaixo dos prprios clientes, no quiseram tomarparte nas eleies dos cnsules e, por isso, estes foram eleitos por patrcios e seusclientes

    Pg. 177 Supem-se que esta classe era formada por conquistadas e sub-julgadas.O plebeu no tomava parte alguma no culto, por tanto, a religio o consideravaabsolutamente nada.

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    Pg. 178 Os plebeus no possuam direito a propriedade, pois toda propriedadedeveria estar estabelecida e consagrada por um lar, por um tmulo, pelos deusestermos, isto , por todos os elementos do culto domestico.

    Se o plebeu possui um quinho de terra esta terra no tem carter sagrado, profana e no conhece demarcao.

    Capitulo IIIPrimeiras revolues

    Pg. 180 Tudo quanto havia de soberania do Estado estava nas mos do rei, masos chefes das famlias, os patres, os chefes das frtrias e das tribos formavam, aolado do rei um aristocracia muito forte,logo, o rei no era o nico rei.

    Pg. 181 Ento tornou-se uma grande luta entre a aristocracia e os reis,. A realezaJsaiu vencida, no entanto o rei era sagrado, pois era ele quem atraia os deuses paraa cidade e, com isso, no podiam pensar em dispensar o rei pois ele era necessriopara a salvao da cidade.

    Portanto a realeza conservou-se mas desprovida de seu antigo poder, nosobrou nada mais que o sacerdcio.

    Pg. 188 Apenas a realeza poltica foi suprimida, a realeza religiosa era santa edevia permanecer.

    Capitulo IVA aristocracia governa

    Pg. 189 A mesma revoluo com ligeiros aspectos de diferena ocorreu em Roma,Esparta e Atenas. Por toda parte a revoluo foi obra da aristocracia, teve comoresultado a superao da realeza poltica substituindo-a pela religiosa, j que esta sua origem. Durante muito tempo o governo a aristocracia.

    Segundo as antigas crenas, s podia ser proprietrio de terra aquele que

    tivesse culto domestico e de igual maneira em relao ao sacerdcio, magistrado.Aquele que no possusse culto hereditrio deveria se tornar cliente de outrohomem.

    Durante muitas geraes no ocorreu a injustia dessa desigualdade, no sepensou em constituir uma sociedade humana em harmonia com outras regras.

    Captulos VSegunda revoluo; alteraes na constituio da famlia; desaparece o direito da

    primogenitura; a gens desagrega-se.

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    Na Grcia, no sculo VI, o povo elegeu seus chefes, no podendo cham-losde rei pelo fato de que lhes implicava deveres religiosos, chamou-os de Tiranos.

    Pg. 211 Em algumas cidades a admisso da plebe entre os cidados ainda era

    uma funo dos reis, em outra j era funo dos tiranos populares. Assim a cidadeantiga foi se transformando gradativamente. O resultados foi igual em toda parte: aclasse inferior penetrou na cidade, tomando lugar no corpo poltico da mesmacidade.

    Pg. 212 no principio era a associao de uma centena de chefes de famlia. Maistarde o nmero de cidados aumentou devido aos ramos mais novos obterem aigualdade. Mais tarde, ainda, os clientes libertos, a plebe, todo esse povo de durantesculos ficou fora da associao religiosa e poltica, derrubaram as barreiras quelhes eram impostas, penetraram na cidade, onde imediatamente se apossaram dogoverno.

    Pg. 213 Em Atenas durante dezesseis anos a feroz oposio dos pobres damontanha e a oposio paciente dos ricos da vrzea acenderam uma guerra contraos euptridas. Os homens dos trs partidos decidiram confiar a Slon, um euptrida,a misso de prevenir maiores desgraas. Slon quebrou os grilhes da clientelalibertando a terra da velha dominao que a religio das famlias euptridasexercera.

    Slon possuiu o raro privilegio de pertencer simultaneamente aos euptridaspor nascimento e aos comerciantes pela profisso da mocidade.

    LIVRO QUINTO

    DESAPARECE O REGIME MUNICIPAL

    Capitulo INovas crenas; a filosofia altera as normas da poltica

    Pg. 266 Cada cidade tinha, no somente independncia poltica, mas tambm um

    culto e um cdigo. A religio, o direito, o governo, tudo era municipal. A cidade era anica fora viva; nada lhe era superior ou inferior; nem a unidade nacional, nem aliberdade individual. Resta-nos dizer de que modo esse regime desapareceu, isto ,como, mudando-se o princpio da associao humana, o governo, a religio e odireito se despojaram desse carter municipal que tiveram na antiguidade.

    Pg. 267 A idia da divindade transformou-se pouco a pouco, pelo efeito natural dopoder maior do esprito. Essa dia, que o homem a princpio aplicara fora invisvelque sentia em si prprio, ele a aplicou aos poderes incomparavelmente maiores quevia na natureza, espera de que se elevasse at a concepo de outro ser, queestivesse fora e acima da natureza. Ento os deuses lares e os heris perderam a

    adorao dos seres racionais.

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    Pg. 269 Eles removiam o que at ento era irremovvel. Colocavam a regra dosentimento religioso e da poltica na conscincia humana, e no nos costumes dosantepassados ou na tradio imutvel. Ensinavam aos gregos que para governar umEstado no bastava mais invocar velhos costumes e leis sagradas, mas era

    necessrio persuadir os homens, e agir sobre vontades livres. Substituam oconhecimento dos costumes antigos pela arte de raciocinar e de falar, a dialtica e aretrica. Seus adversrios ligavam-se tradio, enquanto eles se ligavam eloqncia e ao esprito.

    Pg. 270 Assim se transformaram pouco a pouco as crenas; a religio municipal,fundamento da cidade, extinguiu-se. O regime municipal, tal como os antigos oimaginaram, teve tambm de cair. Insensivelmente, os homens se libertavam dasregras rigorosas e das formas acanhadas de governo. Idias mais elevadasconclamavam os homens a formar sociedades maiores. A tendncia ento era aunidade, aspirao geral dos dois sculos que precederam a era crist.

    Pg. 271 O homem, portanto, ainda tem deveres para com a cidade, mas essesdeveres no derivam mais dos mesmos sentimentos de outrora. Ele ainda d osangue e a vida, mas no mais para defender a divindade nacional e o lar de seuspais, mas para defender as instituies de que usufrui, e as vantagens que a cidadeproporciona.

    Comeava-se a sentir a necessidade de abandonar o sistema municipal,e chegar a outra forma de governo, diversa da cidade. Muitos pensaram, pelomenos, em estabelecer acima das cidades uma espcie de poder soberano quevelasse pela manuteno da ordem, e que forasse as pequenas sociedadesturbulentas a viver em paz.

    Pg. 272 As instituies da cidade antiga haviam sido enfraquecidas e como queesgotadas por uma srie de revolues. O domnio de Roma teve como primeiroresultado sua completa destruio, fazendo desaparecer o que ainda subsistia. oque se pode ver observando-se a situao em que caam os povos medida que seforam submetendo a Roma.

    Da cidade nada ficou: em primeiro lugar, a religio, depois o governo, e,enfim, o direito privado; todas as instituies municipais, h muito tempo abaladas,foram enfim desenraizadas e aniquiladas. Mas nenhuma sociedade regular, nenhumsistema de governo substituiu imediatamente o que desaparecia. Houve uma pausa

    entre o momento em que os homens viram o regime municipal dissolver-se, e aqueleem que viram nascer outro modo de sociedade.

    Capitulo IIA conquista romana

    Pg. 273 A conquista romana pode ser dividida em dois perodos. O primeiro quando o velho esprito municipal tinha ainda muita forafoi quando Roma tevemaiores obstculos a ultrapassar, o segundo pertence a poca em que o esprito

    municipal se mostrava enfraquecido, da ento a conquista se tornou tarefa fcil e sedeu rapidamente.

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    Como todas as cidades, Roma tinha sua religio municipal, fonte de seupatriotismo; mas era a nica cidade que usou dessa religio para seuengrandecimento. Enquanto que, pela religio, as outras cidades estavam isoladas,Roma tinha a habilidade ou a boa sorte de us-la para atrair e dominar tudo.

    Em meio s mudanas que surgiam nas instituies, nos costumes, nascrenas, no direito, o prprio patriotismo mudara de natureza, e uma das coisasque mais contriburam para o grande progresso de Roma.

    Capitulo IIIO cristianismo altera as condies

    Pg. 293 Vitria do cristianismo marca o fim da sociedade antiga. Com a nova

    religio acaba essa transformao social que vimos comear seis ou sete sculosantes.

    Pg. 294 O cristianismo acaba com os cultos locais, extingue os pritaneus, destridefinitivamente as divindades poladas. Faz mais ainda: no toma para si o imprioque esses cultos haviam exercido sobre a sociedade civil. Professa, que religio eEstado nada tm em comum; separa o que toda a antiguidade havia confundido.

    Pg. 297 O direito mudou de natureza. Em todas as naes antigas o direito estavasujeito religio, recebendo dela todas as suas regras. Entre os persas e os hindus,entre os judeus, entre os gregos, os italianos e os gauleses, a lei estava contida noslivros sagrados ou na tradio religiosa. Por isso cada religio criara o direito suaimagem. O cristianismo a primeira religio que no pretendeu que o direitoderivasse dela, ocupando-se dos deveres dos homens, e no de suas relaes deinteresse. O cristianismo no regulou nem o direito de propriedade, nem a ordemdas sucesses, nem as obrigaes, nem os processos. Colocou-se fora do direito,como fora de tudo o que fosse puramente terrestre. O direito, portanto, tornou-seindependente; pde procurar suas regras na natureza, na conscincia humana, naidia poderosa de justia que est em ns. Pde desenvolver-se com toda aliberdade, reformar-se, melhorar-se sem nenhum obstculo, seguir o progresso damoral, dobrar-se aos interesses e necessidades sociais de cada gerao.

    Pg. 299 Assim, apenas porque a famlia no possua mais sua religio domstica,sua constituio e seu direito foram modificados, do mesmo modo que, s porque oEstado no tinha mais sua religio oficial, as regras do governo dos homens forammodificadas para sempre.

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    BIBLIOGRAFA

    COULANGES, Fustel de . 1. Ed. A Cidade Antiga; traduo Heloisa da Graa Burati.So Paulo : Rideel, 2005.

    TTULO ORIGINAL:

    La cite antique

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    Fichamento elaborado pelo acadmico Jeann Pablo de Oliveira Landim, acadmicode Direito da Unio de Faculdades Metropolitanas de Maring UNIFAMMA, nadisciplina de Filosofia do Direito, ministrada pelo professor Mestre Marcus GeandrNakano Ramiro.

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