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1 IPU 2011 - Introdução ao Planejamento Urbano Profa. MS. Vanessa Gayego Bello Figueiredo Prof. Fernando Guedes AULA. O que é Cidade? Raquel Rolnik. Ed. Brasiliense. São Paulo:1988. Parte 2. A CIDADE DO CAPITAL Passagem de Economia Subsistência Mercantil Sem excedente Com excedente - comercialização Rural Urbano Feudos Cidades (Burgos medievais) FEUDOS Domínio de um nobre sobre terras senhoriais, florestas e terras comunais (ocupadas por servos arrendamento). Produção para necessidades básicas da comunidade. Autonomia econômica e política BURGOS MEDIEVAIS Burgo medieval da cidade de Braga(Portugal) Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Historria_de_Braga Também autônomos (política e economicamente) . Muitas vezes constituída apenas pela extensão territorial do feudo. Estruturada em torno da Igreja e suas instituições. Não havia traçado regular, nem demarcação de lotes. Inicialmente a terra era Comunal: simplesmente ocupada organicamente. Cidade adaptada ao sítio. Terras altas: defesa e símbolos (religiosos e políticos). Rios: desenho estratégico - defesa, fertilidade e estruturação das ocupações. Tecido urbano: Sinuosidade, descontinuidade, Surpresa, organicidade

A Cidade Do Capital (ROLNIK, Raquel)

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IPU 2011 - Introdução ao Planejamento Urbano Profa. MS. Vanessa Gayego Bello Figueiredo Prof. Fernando Guedes AULA. O que é Cidade? Raquel Rolnik. Ed. Brasiliense. São Paulo:1988. Parte 2. A CIDADE DO CAPITAL Passagem de Economia

Subsistência Mercantil

Sem excedente Com excedente - comercialização

Rural Urbano

Feudos Cidades (Burgos medievais)

FEUDOS

Domínio de um nobre sobre terras senhoriais, florestas e terras comunais (ocupadas por servos – arrendamento). Produção para necessidades básicas da comunidade. Autonomia econômica e política BURGOS MEDIEVAIS

Burgo medieval da cidade de Braga(Portugal) Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Historria_de_Braga

Também autônomos (política e economicamente) . Muitas vezes constituída apenas pela extensão territorial do feudo. Estruturada em torno da Igreja e suas instituições. Não havia traçado regular, nem demarcação de lotes. Inicialmente a terra era Comunal: simplesmente ocupada organicamente. Cidade adaptada ao sítio. Terras altas: defesa e símbolos (religiosos e políticos). Rios: desenho estratégico - defesa, fertilidade e estruturação das ocupações. Tecido urbano: Sinuosidade, descontinuidade, Surpresa, organicidade

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_________________________________________________________________________ A prosperidade da economia MERCANTIL Impulsionada pelo comércio de longa distância (rotas que ligavam a Europa ao Oriente. Ex. Rota da Seda e que levaram à ocupação da América e África- período das Navegações 1494), intensifica o êxodo rural resultando no aparecimento de uma rede articulada de cidades. As cidades da TROCA – MERCADO cresciam Em suas ruas tortuosas se produzia algum artesanato Corporações de ofício: mestres-artesãos Nas praças – pequenos mercados e feiras periódicas O sistema feudal já enfraquecido pelas pestes e falta de terras, com a prosperidade comercial, entra em crise. ÊXODO CAMPO-CIDADE (por causa co crescimento comercial, as cidades passaram a ficar mais importantes e atrair mais pessoas). Uso do Solo Não há separação urbana entre usos Não há separação urbana entre classes sociais As separações eram feitas na própria edificação – pela arquitetura das casas Burgo ou Cidadela Medieval Cidade Colonial Brasileira

A edificação abrigava ao mesmo tempo: Uso: Essa separação acontecia na própria edificação sendo no térreo geralmente o comércio; nos fundos a produção (artesanal); no meio áreas comuns (cozinha e outros) e moradia no andar superior. Classes: Casa dos senhores (Aristocratas) ou mestres artesãos em cima, casa dos aprendizes ou escravos em baixo.

Troyes-França

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Burgo Medieval e Cidade colonial Brasileira: Semelhanças: terras comunais e o espaço urbano estruturado em torno da Igreja e suas instituições. Não havia traçado urbano regular, nem demarcação de lotes, desenho adaptado ao sítio. Terras altas: defesa e símbolos, religiosos e políticos. Rios: desenho estratégico - defesa, fertilidade e estruturação das ocupações. Tecido urbano: Sinuosidade, descontinuidade, surpresa, organicidade. Diferença: No Brasil a mão-de-obra era escrava. O escravo é uma mercadoria (pode ser vendido e comprado). Diferente do servo ou do aprendiz de artesão, cuja mão-de-obra é livre.

MERCANTILIZAÇÃO = intensifica o êxodo campo-cidade Circulação de mercadorias – necessidade de moeda Senhor Feudal: aumenta pressões sobre o servo (excedente e arrendamento de terras) Servo: o crescimento das cidades ampliava oportunidades de trabalho para o servo Camponeses vão para as cidades em busca de: Liberdade, trabalho e comércio Mas despossuído de propriedade e terra para plantar perdiam a subsistência Trabalhador livre + despossuído = vende força de trabalho Grande comércio (intra e inter-urbano) = lucro para acumulação. Consequência: Mercadores enriquecem e passam a ser mais poderosos que as corporações de ofícios (mestres-artesãos) Surge um novo grupo social: O PATRICIADO URBANO (ou mecenato) Território desse grupo: A CIDADE Poder: fortuna acumulada com o comércio, indústria manufatureira e as finanças (bancos, circulação do capital). Florença. Ponte Vecchio. Ponte em madeira destruída pela enchente. (Antiguidade Clássica) 1335. Construção da ponte em pedras e arcos. Havia feiras e comércio de artesanato (ourives). 1565. É construído o "corridoio vasariano” (corredor elevado de cerca de 1km), comunicando o centro politico e aministrativo ao Palazzo Vecchio, para que a familia Medici tivesse acesso privado e direto de seu palácio ao centro de decisão política. (passa dalla Galleria degli Uffizi).

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A Especialização das cidades

Atividade manufatureira crescia e se diversificava Algumas cidades passaram a sediar a administração dos empreendimentos mercantis (serviços urbanos): . financiamento e seguro das viagens . Contabilidade e gestão da economia . Cidades-mundo ou Cidades-Estado (nó de uma rede de cidades articulada por rotas comerciais) Gênova (Itália) séc XVI Cidade-banco: onde se controlava todo comércio do Mediterrâneo

Gravura de Gênova (Século XV-XVI) Hierarquia e Poder: Pináculos das catedrais + Torres dos Castelos do Patriciado

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Resultado da crise do final do feudalismo: Constituição de Reinados Século XVI – grandes cidades-Estado começam a conquistar cidades vizinhas, constituindo reinos – O ESTADO MODERNO Florença: Reino da Toscana Veneza: Reino Terra-Firme Milão: Reino Milanês Barcelona: Reino de Aragão Monarquias (Estados absolutistas e militarizados) 1. Protegem privilégios e propriedades da nobreza (donos do capital e da terra) 2. Unifica política e economicamente grandes regiões para comércio e circulação de moeda Associação: NOBREZA + MONARQUIA + IGREJA Por outro lado, a existência de cidades no comando das principais rotas comerciais contribuía para o fortaleciamento e unificação do Estado Absolutista. Após o séc XVI, as cidades que mais cresceram (em população, área e riqueza) foram as que abrigavam a Corte Real. A igreja entra com o aparato ideológico ou dogmático como estratégia de dominação política (reunindo a comunidade em torno dos interesses da realeza e nobreza. Era também a justiça e a fiscalização, punindo aqueles que pensavam contra o regime, os “hereges”).

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Cidade Capital do Estado Moderno A transformação da Vila medieval em Cidade-capital de um Estado Moderno provocou uma reorganização radical do espaço das cidades: a cidade do capitalismo. Capitalismo: terra privada (lotes, separação entre público e privado) e trabalho assalariado. Mercantilização do Espaço : terra privada. TERRA URBANA – deixa de ser comunal e passa a ser MERCADORIA (com o cercamento das terras comunais dos feudos – divisão entre espaço público e privado). No Brasil isso acontece em 1850, com a promulgação da Lei de Terras. Divisão Social do Espaço - classes sociais Estrutura Social das Cidades-Estado Monárquicas X das Cidadelas medievais

BRASIL: sociedade escravocrata.

1850. Supressão da importação de escravos. 1888. Abolição.

Poder centralizado e despótico (rei)

Trabalhadores Livres/despossuídos

Artesão independentes

Igreja Proprietários de terra, meios de produção, comerciantes Aristocracia

Reis Sacerdotes Guerreiros Escribas

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Compreendendo o Sistema Capitalismo: Capital, Acumulação, Lucro, Trabalho assalariado, Mais-valia, Propriedade privada Capitalismo Modo de produção em que o capital é o principal meio de produção. Capital (dinheiro ou crédito) para comprar a força de trabalho e materiais necessários a produção (maquinaria física ou estoque de bens acabados ou trabalho em processo). A Característica básica do capitalismo: propriedade privada do capital nas mãos de uma classe (dominante), com exclusão do restante da população. Bottomore,1988 (Dicionário do Pensamento Marxista)

“a dominação do trabalho pelo capital é básica para o modo de produção capitalista. Afinal, sem ela a mais-valia não poderia ser extraída e a acumulação desapareceria” (David Harvey,1982).

Origem do Capitalismo: A sociedade capitalista foi gestada em meio à dissolução da ordem feudal, particularmente na Inglaterra e o noroeste europeu mais desenvolvido (nos demais países a dissolução do feudalismo deu lugar a estados absolutistas - ex. França, Itália, Espanha). A eliminação das terras comunais (através dos cercamentos) e sua transformação em propriedade privada e a transição do trabalho servil ao assalariado. (Séculos XVI a XVIII)

A Revolução Industrial (Inglaterra): motor a Vapor de Watt +Carvão+Ferro, impulsionou a transição definitiva para o capitalismo (meados séc XVIII), na medida em que ampliou o trabalho assalariado, o êxodo rural e a acumulação do capital para uma classe dominante (detentora dos bens de produção e de terras).

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A Pirâmide do Sistema Capitalista pode ser percebida no espaço urbano das cidades contemporâneas? SIM :

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SEGREGAÇÃO ESPACIAL URBANA Separação das classes sociais e funções no espaço urbano É como se a cidade fosse demarcada por cercas, fronteiras imaginárias, que define o lugar de cada coisa e cada um. Segregação social urbana - Classes: Pobres e Ricos

Formas de Segregação Espacial Urbana

1. Cidade Formal x Cidade Informal Serviços Públicos Urbanos

ESTADO: reproduz a desigualdade no tratamento entre a cidade formal (dos incluídos) e a informal (dos excluídos). Obs. Juridicamente o Estado não pode prover infra-estrutura em locais irregulares. Deve-se fazer a regularização antes.

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2. Segregação Funcional - Uso do Solo Urbano: Moradia x Trabalho

Intra-urbano : Trabalho longe de moradia = grandes deslocamentos = engarrafamentos Zona Comercial – lotada de dia e vazia a noite Inter-urbano: Região metropolitana - cidades-dormitório e cidades-trabalho

Fotos: Centro de SP e Cidade de Sumaré (cidade-dormitório).

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SEGREGAÇÃO ESPACIAL URBANA : como começou? A segregação espacial foi impulsionada inicialmente pelo: 1. Mercado: Avanço da mercantilização 2. Sociedade: Disseminação do trabalho assalariado dentro do modelo capitalista (divisão em classes sociais) 3. Político: Presença do Estado Moderno Absolutista 4. Urbanismo: Desenho urbano barroco 1664. Palácio de Versalhes França. Sede do Poder Absolutista Construído pelo rei Luís XIV, o "Rei Sol", a partir de 1664, foi por mais de um século modelo de residência real na Europa. Dentro do Modelo Barroco de cidade.

No Brasil: Final século XIX. 1850. Lei de terras (propriedade privada) e supressão da importação de escravos. 1888. Abolição. Fim da escravidão - trabalho assalariado. RIO DE JANEIRO

Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 1. Paço de São Cristóvão: Sede do Poder Imperial e bairro de elite ao seu redor 2. Rua do Ouvidor: Comércio. 1900. 3. Zona Portuária/ Largo do Depósito: Setor Popular. Fonte: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro,

1904. In: História dos Bairros: Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Zona Portuária. Rio de Janeiro: Editora Index, João Fortes Engenharia, 1987.

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SÃO PAULO Bairros de elite: Campos Eliseos, Higienópolis e Av. Paulista (Obras da Burguesia Paulistana enriquecida com o café - grandes avenidas, praças, palacetes, edifícios públicos monumentais) Bairros Proletários: Brás, Barra Funda e Lapa (Indústria e moradias populares)

1. Av. Paulista . Inaugurada em 8/12/1891. Expansão da cidade (espaço das elites) 2. Brás, em 1900.

“A história da segregação espacial se liga a história do confinamento da família da intimidade do lar”.“É a morte do espaço da rua como local de trocas cotidianas, espaço de socialização”. E “as ruas se redefinem como vias de passagem de pedestres e veículos”.“Do ponto de vista político a segregação é produto e produtora do conflito social”. “O Estado produz ou gere a segregação nas cidades”. “A vida social burguesa se retira da rua e se organiza à parte, em um meio homogêneo de famílias iguais a ela”. Raquel Rolnik, 1888.

Casa Burguesa Divisão das funções dentro da casa: áreas íntimas, áreas de serviços e áreas de receber convíveres – surge a sala de visitas.

Estado, Cidade, Cidadania O ESTADO E O CAPITAL: Surge a idéia do Plano “A lógica capitalista passa a ser então um parâmetro essencial na condução de uma política de ocupação da cidade, que se expressa também na intervenção do Estado”. (Rolnik,1888) Estratégia de ação do Estado na cidade: PLANOS Plano: intervenção previamente projetada e calculada Vai acabar desembocando na prática do PLANEJAMENTO URBANO Primeira concepção de Plano: visão de cidade como algo que possa funcionar mecanicamente. Tratadistas da Arquitetura: Campanella, Da Vinci e Vitrúvio As Cidades Ideais dos UTOPISTAS Ilha da Utopia: Thomas Morus Obra “Utopia” (1512). Renascimento. Desenho simétrico e regular Ruas retas e largas que permitem a passagem do ar e do tráfego Zoneamento funcional: residências, produção e áreas verdes Obs. Século XVII – conhecimento racional. Baseado na representação, ordem e medidas

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As primeiras Cidades Planejadas com os princípios da organização capitalista (Modelo da cidade barroca ou urbanismo Barroco) As cidades ideais dos utopistas não viraram realidade, mas expressam claramente o programa de intervenções do Estado, cujos temas principais se repetem até hoje: 1. Organização da circulação de fluxos (pedestres, veiculos, cargas, vento. 2. Ordenação matemática e geométrica: regularidade e repetição (racionalização do espaço para favorecer a ocupacao-rentabilidade) 3. Cidade planejada é uma cidade sem “males” 4. Controle do Estado 1as. Aplicações concretadas dos planos de cidade ideal: Cidades coloniais hispano-americanas. Tabuleiro de Damas ou Xadrez (cuadras - grelha) em torno de uma praça central (Plaza Mayor)

Lima fundada em 1555. Imagem: Plano da Cidade de Lima em 1735. Esquerda. Tenochtitlán: Cidade Asteca. A ilha estava ligada por três calçadas a terra firme e era protegida por um sistema de diques .

Direita. Cidade do México: construída sobre a Cidade Asteca Com a colonização espanhola, as casas típicas desapareceram, secaram as ruas e na velha Praça de Teocalli construiu-se a Praça Maior.

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Século XVII. Demolição de quarteirões medievais para dar lugar a uma rede de avenidas e praças traçadas radialmente. Elementos essenciais: Circulação, linhas retas, alinhamento das casas, desobstrução dos nós, visibilidade do poder (EIXO MONUMENTAL BARROCO).

Figuras 1 e 2: Vista aérea da cidade de Cholula, no México. Plano de Cholula de 1581. Fonte: BENEVOLO: 1981, v.1, 630.

Modelo da Cidade Barroca - O Eixo Monumental Barroco Fonte: FERREIRA, Flávio. http://www.entreculturas.com.br/2010/08/o-deconstrutivismo-e-seus-precedentes/

“O Barroco busca o infinito tanto para cima quanto para os lados”. “O Eixo de Versalhes, de Le Nôtre, o Mall de Washington, de L’Enfant, como também o eixo monumental de Brasília, de Lucio Costa têm dimensões semelhantes e os três têm um pouco menos do que quatro quilômetros”. Ferreira, Flavio. Eixos Monumentais Barrocos de Versalhes, Washington e Brasília

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O ESTADO E O CAPITAL: Investimentos e valorização imobiliária Obras públicas de redesenho da cidade, de infra-estrutura e equipamentos valorizam imobiliariamente as regiões . O Espaço Urbano como Mercadoria O Preço é estabelecido em função dos atributos: 1. Físicos: declividade, possibilidade de alagamentos, qualidade da construção, etc. 2. Locacionais: acessibilidade aos centros de serviços e negócios, proximidade de áreas já valorizadas, etc. 3. Investimentos: públicos e privados ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA Alguns terrenos ou glebas vazias ou até edificações vazias são retidas pelos proprietários, na expectativa de novos investimentos que possam trazer valorização. Gera os chamados VAZIOS URBANOS (terrenos de engorda) Rio de Janeiro. Urbanista Pereira Passos: Remodelação do Antigo centro e Zona portuária com abertura da Av. Central. Substituição de uma área popular pelo comércio e negócios, expulsando a população de baixa renda e agravando o problema da moradia. REVOLTA DA VACINA: uma das maiores revoltas populares urbanas da historia do Brasil.

Abertura da Av. Central do Rio de Janeiro. Início do século XX.

PRINCIPAIS ASPECTOS DA CIDADE DO CAPITAL 1. Privatização da Terra e da Moradia 2. Segregação Social do Espaço Urbano 3. Intervenção Valorizadora do Estado no urbano 4. Especulação Imobiliária 5. Expressa a hierarquia e o poder no território 6. Quadricula: melhor aproveitamento e rentabilidade dos lotes 7. Organização da circulação e fluxos (agilidade na circulação de mercadorias)