A CIDADE E SEUS DRAMAS: DIAGNÓSTICO

Pré-candidata a PREFEITA – PSDB - 45

A CIDADE E SEUS DRAMAS: DIAGNÓSTICO


Dramas: como chegamos a eles?

• Visitas aos bairros

• Pesquisas qualitativas

• Análise de indicadores socioeconômicos


Re-visitando a nossa Cidade


Bairros (17): Santa Cruz, Rocinha, Brás de Pina, Penha, Penha Circular, Copacabana, Leme, Anil, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Jacarepaguá, Pechincha, Cidade de Deus, Botafogo, Humaitá e Urca

População: 947 mil habitantes – 16 % da população (5.857 mil)

Re-visitando a nossa Cidade


Dramas vividos pelos cariocas em seu cotidiano

• Insegurança– Medo – Cerceamento da liberdade de ir e de vir

• Pobreza indigna• Baixa qualidade dos serviços públicos, em particular da educação e da

saúde• Sujeira da cidade

– Falta de urbanidade• Desordem nos transportes

– Custo alto– Tempo– Metrô tem rede pequena– Ausência de sistema

• Dificuldade de encontrar trabalho • Precariedade da moradia• Perda de valores e de confiança• Juventude desesperançada


Cumprimento das posturas municipaisCumprimento das posturas municipais

Estratégias de médio-longo prazoEstratégias de médio-longo prazo


Determinantes estruturais dos dramas cariocas

• A desigualdade

• A desordem

• O desperdício


Desigualdade


Desenvolvimento Humano• Da África sub-Equatorial à Escandinávia: 5 continentes

num só município

• Mais de um século de diferença entre o pior e o melhor bairro

• Oito décadas entre bairros contíguos (Gávea - Rocinha). Cruzando a rua:– Ganha-se ou perde-se mais de 13 anos de diferença na

esperança de vida ao nascer– A taxa de analfabetismo é dividida ou multiplicada por 9– O número médio de anos de estudo completos dos adultos é

multiplicado ou dividido por 3– A renda domiciliar per capita é multiplicada ou dividida por 11– Mortalidade infantil na Gávea é de 3/1000; na Rocinha de

31/1000


O Rio na contramão

• A desigualdade de renda cai de forma continuada no Brasil, desde 1997

• Mas ela quase não cai no Rio de Janeiro

• Cariocas não têm como perceber, em seu dia a dia, que a sociedade brasileira está se tornando, pouco a pouco, menos injusta

• As conseqüências desta desigualdade, em compensação, estão todas presentes no cotidiano do carioca


A desigualdade cai 5 vezes mais devagar que no conjunto do país

Queda da desigualdade de renda entre 1995 e 2006

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

RMRJ Brasil

(%)


E a proporção de pobres, portanto, também diminui mais devagar

Queda da proporção de pobres entre 1995 e 2006

-9

-8

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

RMRJ Brasil

Po

nto

s d

e p

orc

en

tag

em


Desordem


Um fenômeno multifacetado• Proliferação de construções irregulares - áreas de risco

e/ou proteção ambiental

• Trânsito e transporte ilegal• Ocupação do espaço público (ruas, praças e calçadas)

pelo comércio e pela população de rua

• Confusão entre público e privado

• Informalidade generalizada: – Micro e pequenas empresas sem CNPJ → precário acesso a

serviços

– Emprego sem carteira de trabalho assinada

– Serviços de utilidade pública

– Direitos de propriedade


Desperdício


Está em toda parte

• Belezas naturais

• Talento e criatividade dos jovens

• Nossas vocações

• Potencial econômico

• Vidas

• Meios que estão à nossa disposição para melhorar a qualidade de vida na cidade


Belezas naturais

• Favelização crescente das encostas

• Poluição da Baía da Guanabara

• Praias impróprias para banho

• Incapacidade de explorar o ecoturismo


Criatividade e talento dos jovens• Baixa cobertura e baixa qualidade do sistema educacional:

– Ensino Fundamental: avanços mais tímidos que no resto do país

– Mais da metade dos adolescentes cariocas estão fora do Ensino Médio

– Baixa qualidade do ensino (SAEB, ENEM)

• Número relativamente elevado de universitários, mas conexão entre as universidades e as empresas ainda é incipiente

• Ambiente nocivo ao empreendedorismo

• Baixo incentivo à criatividade

• Quem tem espírito empreendedor se muda: São Paulo, Florianópolis, interior ou EUA

• Quem não pode sair: – Informalidade– Funcionalismo público sem vocação pública (indústria de concursos)


Nossas vocações• Receitas do turismo aquém das que

seriam possíveis

• Baixa capacidade de atrair investimentos em serviços de alto valor adicionado

• Incapacidade de transformar projetos inovadores da sociedade civil em processos transformadores (políticas públicas)


Potencial econômico• Economia estagnada desde a fusão (!)

• Perda de identidades: capital, Guanabara, indústria, setor financeiro, privatização...

• Incapacidade de reinventar um futuro econômico em que os cariocas se reconheçam e estejam dispostos a apostar

• Clima hostil ao desenvolvimento do setor privado (sobretudo micro e pequenas empresas)


PIB

100

300

500

700

900

1100

1300

1500

1949 1959 1970 1975 1980 1985 1996 2003

Ano

Índ

ice (

1949 =

100)

Brasil

Estado

RM

Capital

A estagnação do PIB carioca


Vidas• Alta mortalidade infantil

• Alta incidência da gravidez precoce

• Persistência de elevados índices de homicídios para os jovens, sobretudo os negros, de sexo masculino

• Baixa expectativa de vida para aqueles que já chegaram aos 60 anos de idade

• Diagnosticamos, mas não cuidamos!!!• Mais recursos, com piores resultados


Gasta maisUnidade da Federação Gasto_total_per_capita

Acre 496Roraima 474Rio de Janeiro 440Amapá 431Distrito Federal 406Amazonas 406São Paulo 383Tocantins 379Mato Grosso 360Santa Catarina 332Espírito Santo 314Rondônia 314Rio Grande do Sul 309Rio Grande do Norte 304Mato Grosso do Sul 304Sergipe 297Paraná 290Goiás 284Pernambuco 269Alagoas 263Piauí 259Minas Gerais 257Paraíba 249Ceará 246Bahia 244Pará 212Maranhão 206Fonte: Datasus

Gasto per capita com saúde per capita - 2004


Mais médicos

Nº de médicos por mil habitantes - 2005

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5

Distrito Federal

Rio de Janeiro

São Paulo

Rio Grande do Sul

Espírito Santo

Minas Gerais

Paraná

Santa Catarina

Goiás

Mato Grosso do Sul

Pernambuco

Rio Grande do Norte

Paraíba

Alagoas

Sergipe

Mato Grosso

Roraima

Tocantins

Bahia

Amazonas

Ceará

Amapá

Acre

Rondônia

Piauí

Pará

Maranhão


Diagnóstico - Saúde

A cidade do Rio de Janeiro tem o maior número de pessoas diagnosticadas com Diabetes e Hipertensão, mas com a maior incidência de doenças cardíacas. OU SEJA, DIAGNOSTICAMOS MAS NÃO CUIDAMOS!!!

Pessoas com diagnóstico médico de hipertensão em valores absolutos e relativos - Regiões Metropolitanas - 2003

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

6%

8%

10%

12%

14%

16%Absoluto

Relativ o

Absoluto 1 787 885 635 223 523 597 464 970 2 393 737 358 627 360 081 298 050 165 160

Relativ o 15,8% 13,5% 13,3% 13,2% 12,7% 11,9% 11,1% 9,2% 8,6%

Rio de

Janeiro

Belo

Horizonte

Porto

AlegreRecife São Paulo Curitiba Salv ador Fortaleza Belém

Pessoas com diagnóstico médico de diabetes em valores absolutos e relativos - Regiões Metropolitanas - 2003

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

2,00%

2,25%

2,50%

2,75%

3,00%

3,25%

3,50%Absoluto

Relativ o

Absoluto 381 036 579 930 89 954 117 423 92 334 119 823 75 655 41 743 67 337

Relativ o 3,4% 3,1% 3,0% 3,0% 2,6% 2,5% 2,3% 2,2% 2,1%

Rio de

JaneiroSão Paulo Curitiba

Porto

AlegreRecife

Belo

HorizonteFortaleza Belém Salv ador


Diagnóstico - SaúdeA cidade do Rio de Janeiro tem o maior número de pessoas diagnosticadas com Diabetes e Hipertensão, mas com a maior incidência de doenças cardíacas. OU SEJA, DIAGNOSTICAMOS MAS NÃO CUIDAMOS!!!

Pessoas com diagnóstico médico de doença do coração em valores absolutos e relativos -

Regiões Metropolitanas - 2003

0

200.000

400.000

600.000

800.000

2%

3%

4%

5%

6%

Absoluto

Relativ o

Absoluto 220 506 547 823 124 933 725 357 175 671 122 610 60 552 98 067 82 692

Relativ o 5,6% 4,8% 4,2% 3,8% 3,7% 3,5% 3,2% 3,0% 2,6%

Porto

Alegre

Rio de

JaneiroCuritiba São Paulo

Belo

HorizonteRecife Belém Salv ador Fortaleza


Meios• Incapacidade de pensar grande

• Informações existentes não são utilizadas para compartilhar diagnósticos e estratégias

• Inexistência da cultura de avaliação das políticas públicas: incentivo à ineficácia e ao obscurantismo (descontinuidades arbitrárias, clientelismo, desvios de recursos)

• Baixa transparência no uso de recursos públicos – Orçamento enviado para aprovação CMRJ

• Desorganização e desarticulação das ações da Prefeitura

• Baixa articulação com outras instâncias de governo, com a iniciativa privada e com a sociedade civil


Devolver a esperança aos cariocas é também importante

para o futuro do Brasil


Papel do Rio no cenário nacional• Rio particularmente afetado (e negativamente)

pelas reformas dos anos 90

• Incapacidade de propor um novo futuro para o Rio de Janeiro

• Consequência: torna impopular a idéia de aprofundar a agenda de reformas necessárias para o desenvolvimento sustentável do país (programa do PSDB)

• Rio não só deixou de ser vanguarda, mas se tornou um obstáculo para a melhora do país


Devolver a esperança aos cariocas é o grande desafio do PSDB nas eleições de 2008!


Documents

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