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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Posse do Ministro da Segurança Pública Raul Jungmann. Rio de Janeiro em destaque: Intervenção Militar no Estado do Rio de Janeiro. São Paulo em destaque: Ataques a bancos e caixas eletrônicos. Dica do mês: Garanta sua segurança na internet. Atividade do mês: Visitas a centros de comando e controle. A condenação e a prisão do ex-presidente Lula Governo Federal cria Ministério da Segurança Pública MOVI-News A prisão de Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu no dia 7 de abril de 2018, após o juiz federal Sérgio Moro expedir o manda- do em 5 de abril de 2018, concedendo-lhe o direito de se entregar sem que houvesse a necessidade da Polícia Federal prendê-lo. A prisão é decorrente da condenação por corrupção e lava- gem de dinheiro em segunda instância no âmbito da Operação Lava Jato. O ex-presidente foi levado para Curitiba um dia de- pois do mandado de prisão. O ex-presidente foi preso para cumprir a pena de 12 anos e um mês a que foi condenado. Lula teria lavado a propina rece- bida de uma construtora beneficiada por contratos na Petrobras por meio de reformas em um apartamento triplex que seria do ex-presidente. A defesa também diz que há perseguição política. Além do peso histórico de um ex-presidente da República condenado, os eleitores lidam agora com a corrida eleitoral nes- te ano. Devido à Lei da Ficha Limpa, condenados não podem as- sumir cargos políticos, tornando-se inelegíveis por 8 anos após a prisão. Com Lula fora da disputa e o surgimento de movimentos de renovação política, novos personagens ganharão destaque no pleito à presidência da república. No dia 26 de fevereiro, exatos dez dias após o decreto da in- tervenção federal, o Presidente Michel Temer criou o Ministério da Segurança Pública por medida provisória, a fim de combater o crime organizado e as facções de tráfico de drogas, em trabalho conjunto com os entes federativos. O Ministro Raul Jungmann já fez algumas propostas para o sistema prisional, como dificultar a progressão de pena para presos por crimes hediondos e proibir contatos físicos com visitantes. Além disso, esse cargo vai assumir algumas funções que eram do Ministério da Justiça, como o comando da Polícia Fe- deral, do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), da Se- cretaria Nacional de Segurança Pública (Força Nacional) e da Polícia Rodoviária Federal. A pasta receberá cerca de 75% do orçamento previsto no ano para o Ministério da Justiça, com 11 cargos novos. Por outro lado, o Congresso Nacional tem 120 dias para aprovar, rejeitar ou propor alterações na MP do presidente. Abril de 2018 Raul Jungmann, que era Ministro da Defesa, passou a liderar a nova pasta 2 6 8 8

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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Posse do Ministro da Segurança Pública Raul Jungmann.

Rio de Janeiro em destaque:Intervenção Militar no Estado do Rio de Janeiro.

São Paulo em destaque:Ataques a bancos e caixas eletrônicos.

Dica do mês:Garanta sua segurança na internet.

Atividade do mês:Visitas a centros de comando e controle.

A condenação e a prisão do ex-presidente Lula

Governo Federal cria Ministério da Segurança Pública

MOVI-News

A prisão de Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu no dia 7 de abril de 2018, após o juiz federal Sérgio Moro expedir o manda-do em 5 de abril de 2018, concedendo-lhe o direito de se entregar sem que houvesse a necessidade da Polícia Federal prendê-lo.

A prisão é decorrente da condenação por corrupção e lava-gem de dinheiro em segunda instância no âmbito da Operação Lava Jato. O ex-presidente foi levado para Curitiba um dia de-pois do mandado de prisão.

O ex-presidente foi preso para cumprir a pena de 12 anos e um mês a que foi condenado. Lula teria lavado a propina rece-bida de uma construtora beneficiada por contratos na Petrobras por meio de reformas em um apartamento triplex que seria do ex-presidente. A defesa também diz que há perseguição política.

Além do peso histórico de um ex-presidente da República condenado, os eleitores lidam agora com a corrida eleitoral nes-te ano. Devido à Lei da Ficha Limpa, condenados não podem as-sumir cargos políticos, tornando-se inelegíveis por 8 anos após a prisão. Com Lula fora da disputa e o surgimento de movimentos de renovação política, novos personagens ganharão destaque no pleito à presidência da república.

No dia 26 de fevereiro, exatos dez dias após o decreto da in-tervenção federal, o Presidente Michel Temer criou o Ministério da Segurança Pública por medida provisória, a fim de combater o crime organizado e as facções de tráfico de drogas, em trabalho conjunto com os entes federativos. O Ministro Raul Jungmann já fez algumas propostas para o sistema prisional, como dificultar a progressão de pena para presos por crimes hediondos e proibir contatos físicos com visitantes.

Além disso, esse cargo vai assumir algumas funções que eram do Ministério da Justiça, como o comando da Polícia Fe-deral, do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), da Se-cretaria Nacional de Segurança Pública (Força Nacional) e da Polícia Rodoviária Federal. A pasta receberá cerca de 75% do orçamento previsto no ano para o Ministério da Justiça, com 11 cargos novos. Por outro lado, o Congresso Nacional tem 120 dias para aprovar, rejeitar ou propor alterações na MP do presidente.

Abril de 2018

Raul Jungmann, que era Ministro da Defesa, passou a liderar a nova pasta

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Intervenção Militar no Estado do Rio de Janeiro

Com o argumento de amenizar a grave situação de in-segurança vivida pelo estado do Rio de Janeiro, o Gover-no Federal decidiu intervir na autonomia do estado, ins-tituindo, através do Decreto n.º 9.288, de 16 de fevereiro de 2018, a intervenção federal no Rio, a qual está prevista para se encerrar em 31 de dezembro de 2018, junto com o término de governo do atual presidente, podendo, porém, ser prorrogada

O decreto de intervenção restringiu seus efeitos à segu-rança pública do estado.

Para comandar as ações relativas à intervenção, foi designado como interventor por Michel Temer – desde o decreto, ele comanda a área de segurança no estado – o General de Exército Walter Souza Braga Netto, oficial no último posto e que já exercia o comando do Comando Militar do Leste - CML, que é o comando de área respon-

sável pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais (ex-ceto Triângulo Mineiro) e Espírito Santo e que tem seu quartel-general localizado na cidade do Rio de Janeiro. O general Braga Netto, oficial experiente, conciliador e carismático, foi um dos responsáveis pela segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Ele responde pelo segmento político da intervenção junto ao governo federal, e permanecerá mantendo ambas as funções du-rante esse período.

A intervenção delega ao interventor o comandamento de todos os órgãos de segurança pública no estado, con-templando a Secretaria de Segurança, a Secretaria de Ad-ministração Penitenciária, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar, além de responder direta-mente ao Presidente da República.

Para gerenciar a parte estratégica da intervenção, foi criado no CICC – Centro Integrado de Comando e Con-trole, o Gabinete de Intervenção Federal, cuja chefia foi entregue ao General de Divisão Mauro Sinott.

O Chefe do Gabinete de Intervenção Federal é o braço direito do interventor. O General Sinott exercia o cargo de Comandante da 1ª Divisão do Exército e foi um dos comandantes da Força de Pacificação do Complexo da Maré, em 2014.

Sinott também chefiou o Comando Conjunto de Pre-venção e Combate ao Terrorismo, em trabalho com o atual interventor do Rio durante os Jogos Rio 2016.

Com perfil estrategista, o general, antes mesmo de as-sumir o gabinete, já vinha conversando e levantando infor-mações com as diferentes áreas da segurança.

General Braga Neto.Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

MOVI-News Rio de Janeiro - pg.2Abril de 2018

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Para o cargo de Secretário de Segurança do estado o General Braga Netto nomeou o General de Divisão Ri-chard Nunes.

Bacharel em direito pela UERJ – Universidade do Es-tado do Rio de Janeiro, e detentor de um MBA pela Funda-ção Getúlio Vargas, o general Richard Nunes tem grande experiência nas áreas de administração e operacional.

O novo secretário da Segurança do Rio é mestre em Ciências Militares e fez um curso de “Política, Estratégia e Alta Administração do Exército” e de “Altos Estudos Es-tratégicos” no Centro Superior de Estudios de la Defensa Nacional em Madri.

Ele comandou, por três meses, a ocupação do Exército no Complexo da Maré, entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015.

Subordinado ao interventor e ao chefe de gabinete da intervenção, o general vai comandar diretamente as polí-cias Civil e Militar.

Braga Netto indicou Richard Nunes para o cargo por causa da experiência que tiveram em 2015 durante a Ope-ração São Francisco, a Força de Pacificação que ocupou o Complexo da Maré, um dos maiores conjuntos de favelas do Rio.

Passados quase três meses do início da intervenção, muito ainda se discute sobre os resultados práticos alcan-çados e sobre a efetividade das ações implementadas.

Fazendo-se um diagnóstico desse período, verifica-se que alguns índices criminais importantes, que, inclusive,

General Mauro Sinott, Chefe do Gabinete de Intervenção Federal. Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

General Richard Nunes, Secretário de Segurança.Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Em março, foram roubados 5.358 veículos, o maior número já

registrado desse tipo de delito no estado do Rio de Janeiro.

são utilizados no programa de metas das polícias estadu-ais, não diminuíram, pelo contrário, aumentaram e muito, fazendo com que atingissem índices nunca antes alcan-çados, desde que o ISP – Instituto de Segurança Pública passou a compilar as estatísticas produzidas pelas Polícias Militar e Civil. Assim, pela segunda vez este ano, um mês teve o maior número de carros roubados desde o início da série histórica, em 2003. Em março, foram 5.358 veículos roubados, o maior número já registrado desse tipo de de-lito no estado do Rio. O índice supera, inclusive, janeiro deste ano, que teve 5.286 casos, marca máxima atingida até então. Para se ter uma ideia do alto número de veículos roubados, somente no primeiro trimestre deste ano foram 15.436 casos, soma que se aproxima do total do ano de 2011, quando 18.773 pessoas foram vítimas desse crime. E, no mesmo trimestre de 2017, foram 13.494 registros.

No mês de março, a área de responsabilidade de poli-ciamento do 41º Batalhão (Irajá) foi a preferida dos crimi-nosos: foram roubados 729 veículos. São Gonçalo, na Re-gião Metropolitana, aparece em segundo lugar, com 632 roubos de carros. As outras três posições são de batalhões da Baixada Fluminense: em Mesquita, 494; Belford Roxo, 371 e Duque de Caxias, 370 respectivamente.

Março possui outros tristes recordes. Foram registrados 11.232 roubos de rua, o maior registro do período desde 2003. O índice significa um aumento de 20% em relação ao mesmo mês de 2017. Situação semelhante ocorre com o roubo de cargas. Desde dezembro de 2017, o registro desse delito vinha caindo, mas, em março voltou a subir, com 917 casos - índice superior a qualquer outro mês de março dos anos anteriores.

Além dos índices estatísticos negativos e recordistas, um outro evento trágico que também coloca em cheque a intervenção foi o assassinato em 14 de março da Vereado-ra Marielle Franco, do PSOL, e de seu motorista Anderson Gomes, crime de comoção e repercussão internacional e que ainda se encontra sem solução.

MOVI-NewsRio de Janeiro - pg.3 Abril de 2018

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Para agravar a desconfiança nos resultados efetivos que serão alcançados pela intervenção no estado do Rio de Janeiro e aumentar os rumores de que ela foi muito mais uma jogada política do que uma solução técnica, o colunista Ancelmo Gois, do Jornal O Globo, colocou lenha na fogueira, ao publicar em sua coluna, que em um evento realizado no plenário do TRF – Tribunal Fe-deral Regional do Rio de Janeiro, no dia 28 de abril, o general Braga Netto teria feito um comentário, diante de militares, procuradores e desembargadores, em que

afirmava que, passados mais de sessentas dias do início da intervenção, o governo não havia liberado nenhum centavo para as ações relativas a ela e que nem mesmo os cargos de confiança para montar a equipe teriam sido criados. O curioso é que o título da coluna de Ancelmo Gois, é “Cadê a grana?”. Acontece que a fonte da notícia, o interventor, disse publicamente ao assumir a missão que o custo para torná-la possível seria, no mínimo, de R$ 6 bilhões e o comandante dele e chefe do aparato estatal todo, o presidente Michel Temer, anunciou que mandaria R$ 3 bilhões para despesas urgentes, como ar-mar os agentes da lei, renovar sua frota, remunerar pes-soal e financiar operações sem as quais tudo não passará do velho hábito de enxugar gelo, em que a polícia prende e a Justiça solta.

O que se viu até aqui foi “um pouco mais do mesmo”, repetindo-se a lógica das operações de GLO – Garan-tia da Lei e da Ordem implantadas pelas forças armadas: operações pirotécnicas, caras e com grandes aparatos de meios humanos e materiais, porém, com pouca inteli-gência e resultados pífios. Pelo visto, continua valendo a máxima que surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica: “Está tudo como dantes no quartel d’Abrantes” e já lá se vão mais de duzentos anos.

o interventor, disse publicamente ao assumir a missão que o custo para torná-la possível seria, no mínimo,

de R$ 6 bilhões e o comandante dele e chefe do aparato estatal todo, o

presidente Michel Temer, anunciou que mandaria R$ 3 bilhões para

despesas urgentes.

Veículo blindado usado em operaçao militar no Rio de Janeiro. Fonte: EPA

MOVI-News Rio de Janeiro - pg.4Abril de 2018

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Na noite de 14 de março, a vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros, após mediar o debate “Jovens Negras Movendo Estruturas”, evento promovido pelo Partido So-cialismo e Liberdade (PSOL) com jovens negras, por volta das dezenove horas, na Casa das Pretas, na rua dos Inválidos, bairro da Lapa. Segundo imagens colhidas de câmeras de segurança, os criminosos estavam em um Chevrolet Cobalt, prata, com placa de Nova Iguaçu. As imagens mostram que durante o tempo em que Marielle esteve na Casa das Pretas o Cobalt permaneceu estacionado próximo dali, logo atrás do carro da vereadora. Assim que Marielle, sua assessora e o motorista Anderson Gomes saem do local, são seguidos pelo Cobalt, por cerca de quatro quilômetros, quando por volta das vinte e uma horas e trinta minutos, na rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, o veículo emparelhou com o carro de Marielle e fez treze disparos. Nove acertam a la-taria e quatro acertam o vidro. A vereadora foi atingida por três tiros na cabeça e um no pescoço e Anderson levou ao menos três tiros nas costas. Os disparos causaram a morte instantânea de ambos. A assessora foi ferida por estilhaços, porém sem gravidade. Os executores fugiram do local sem levar quaisquer bens. A notícia se espalhou rápido na noite de quarta-feira, deixando a população perplexa. Mas, afinal, quem foi Marielle e pelo que lutava?

Aos 38 anos, Marielle apresentava um histórico pessoal de mulher, negra, mãe, LGBT e com raízes no Complexo da Maré, favela e bairro na zona norte da capital carioca. Em sua primeira candidatura, em 2016, recebeu mais de 46

mil votos, tornando-se a quinta pessoa mais votada na cida-de. Antes, fora assessora parlamentar do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), promovendo atividades em direi-tos humanos e cidadania.

Como vereadora, presidiu a Comissão de Defesa da Mu-lher e, um mês antes de sua morte, tornou-se relatora de uma comissão sobre a segurança pública do estado, para monitorar a intervenção federal decretada em fevereiro. En-tão, trata-se de crime político? O secretário de segurança do Rio acredita que sim, assim como os investigadores. Mes-mo sem receber ameaças, a vereadora “mexeu com as estru-turas” ao denunciar a violência contra negros e favelados, debatendo assuntos contrários ao interesse de grupos fortes, como os milicianos.

Na semana em que completa-se dois meses da morte da vereadora e do motorista, reportagem exclusiva do Jornal O Globo, publicada na terça-feira, dia 8, afirma que uma tes-temunha teria procurado a Polícia Federal para falar sobre o caso Marielle, ocasião em que teria contado à polícia que o vereador Marcello Siciliano, do PHS, juntamente com o ex-PM Orlando Araújo, que se encontra preso em Bangu 9, seriam os mandantes do crime. Afirmação que foi ime-diatamente rebatida pelo vereador, em entrevista coletiva realizada na manhã do dia 9.

O assassinato da vereadora Marielle Franco, é claro, afetou a sensação de violência no Rio de Janeiro e resul-tou em questionamentos sobre a eficácia da intervenção federal.

Vereadora Marielle Franco. Fonte: istoe.com.br

Assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes

MOVI-NewsRio de Janeiro - pg.5 Abril de 2018

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Em um só dia quadrilhas explodem quatro agências bancárias no interior de São Paulo

Na madrugada do dia 22 de abril, domingo, quadrilhas fortemente armadas e usando explosivos assaltaram quatro agências bancárias em duas cidades do interior de São Pau-lo. As explosões aconteceram em Paraibuna, no Vale do Pa-raíba, onde o bando fez disparos para intimidar moradores, enquanto roubavam as agências dos bancos Santander e do Brasil. Já na cidade de Urupês, na região norte do Estado, as agências atacadas foram do Bradesco e do Santander.

Nas duas cidades interioranas as explosões ocorreram por volta de 3 horas da manhão, destruindo prédios e cau-sando pânico entre os moradores, mas ninguém ficou fe-rido. Em Paraibuna, as agências ficam na região central, distantes cerca de 250 metros uma da outra. Segundo a po-lícia, os bandidos teriam fugido em direção à Rodovia dos Tamoios, sendo que para dificultar perseguições, teriam espalhado “miguelitos” - pregos retorcidos - para furar o pneu das viaturas.

Já na cidade de Urupês, depois de explodirem as agên-cias do Bradesco e do Santander, que ficam no centro da cidade e muito próximas, a quadrilha fugiu atirando para o alto. Ao atender a ocorrência, a Polícia Militar constatou que um dos explosivos utilizados na ação havia ficado in-tacto no interior da agência do Banco Bradesco, razão pela qual acionaram o GATE - Grupo de Ações Táticas Espe-ciais da PM de São Paulo – para desarmar o artefato. Assim como em Paraibuna, os prédios onde as duas agências ban-cárias funcionavam ficaram totalmente destruídos.

Nas duas cidades interioranas as explosões ocorreram por volta de

3 horas da manhã, destruindo prédios e causando pânico entre os

moradores, mas ninguém ficou ferido.

Agência do Banco Santander completamente destruída em Paraibuna.

“Miguelitos” usados para furar pneus.

MOVI-News São Paulo - pg.6Abril de 2018

Fonte: Divulgação/PM

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Em três anos metade das cidades paulistas foi atingida por ataques a

bancos e caixas eletrônicos

Os momentos de terror vividos pelas cidades de Pa-raibuna e Urupês no dia 22 de abril, infelizmente, não re-tratam uma situação isolada. Dados divulgados recente-mente pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostram que, desde o ano de 2015, mais de trezentas cidades paulistas foram alvo de ações violentas perpetra-das por bandos fortemente armados que, quase sempre, tem por alvo caixas eletrônicos ou agências bancárias.

Ataques planejados e executados com sucesso a ban-cos e terminais eletrônicos atingiram, ao longo dos úl-timos três anos, 336 cidades do estado de São Paulo, o que equivale à mais da metade dos 645 municípios pau-listas. Apesar do número de crimes ainda estar abaixo do patamar histórico de 2015, os dados indicam que esse tipo de ação vêm crescendo em 2018. Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, os registros de roubos e furtos, consumados e tentados, a caixas eletrônicos e instituições financeiras foram 10,5% maiores do que no mesmo período de 2017, chegando ao número de 84 registros, sendo que o uso de explosivos, marca dos

A agência do Bradesco atacada em Tapiraí.

ataques, também vem se tornando cada vez mais fre-quente.

O “modus operandi” das quadrilhas invariavelmente é o mesmo: atacar em caminhonetes, com grande número de elementos e com armas longas, tendo por alvo as cida-des do interior que disponham de efetivo policial reduzi-do. Os criminosos costumam agir rapidamente, rompen-do as agências com dinamite, de onde, após recolherem o dinheiro, fogem sem serem localizados. Dados estatís-ticos produzidos pela Secretaria da Segurança Pública do estado mostram que nos últimos três anos os ataques aconteceram em 57% das vezes nas cidades do interior.

Segundo a mesma secretaria, a mancha criminal apon-ta que além da capital e da região metropolitana, os crimes se espalham pelas proximidades de São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto. Uma área que pare-ce mais protegida é a região oeste, próximo de Presidente Prudente. Ainda assim, a capilaridade dessa modalidade de crime se manifesta em diversas partes do mapa, a pon-to de 138 cidades terem, ao menos, um registro.

MOVI-NewsSão Paulo - pg.7 Abril de 2018

Foto: Reprodução - TV TEM

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MOVI-News

Dica do mês - Segurança na internet

Atividades do mês!

FAÇAUSE SENHAS como uma defesa para proteger seus dados. As senhas devem ser fortes e trocadas regularmente. Não as divulgue a ninguém.

PROTEJA seu computador e use e-mail e internet com cuidado.

ANTES DE REGISTRAR seus dados em um site, verifique se a página tem o símbolo de um cadeado no canto superior esquerdo.USE PROGRAMAS DE PROTEÇÃO, se você tem crianças em casa e verifique sempre as conversas. Deixe claro que eles são monitorados e explique os riscos.INFORMAÇÕES CORPORATIVAS dever ser usadas com cuidado especial. Relate qualquer perda, dano, violações ou incidentes a dispositivos corporativos ao Departamento de TI da sua empresa.

CUMPRA as políticas e procedimentos de segurança corporativa.

SUGESTÕES para aprimorar as soluções e políticas de segurança são sempre bem-vindas!

NÃO FAÇA

NÃO exponha sua rotina e hábitos nas redes sociais.

NÃO informe em redes sociais o que você está prestes a fazer. Por exemplo: ”Estou no shopping”. Isso pode significar que sua casa estará vazia nas próximas horas.

NÃO deixe seu perfil aberto para visualização pública em redes sociais.

NÃO deixe suas crianças ou adolescentes desassistidos na internet.

NÃO use redes WI-FI abertas para fazer qualquer transação.

NÃO acesse sua conta bancária de um computador público ou de uma rede de WI-FI aberta.

NÃO clique em links de e-mails suspeitos ou não solicitados. Bancos NÃO pedem para você confirmar dados por e-mail.

NÃO encaminhe e-mails que possam conter informações confidenciais, sigilosas, protegidas, sensíveis ou estratégicas da empresa.

(+55) 21 3197 4219 contato@movisafe-americalatina.comwww.movisafe-americalatina.comMOVISAFE America Latina

Abril de 2018 Dicas e Atividades - pg.8

Visita ao CICC e ao COR-Rio Em 25 de abril a diretoria visitou as instalações do CICC

– Centro Integrado de Comando e Controle, órgão do estado criado com o objetivo de monitorar as demandas cotidianas da cidade e seus grandes eventos. A visita foi acompanhada pelo Coronel Magalhães, Coordenador do Centro Integrado de Ope-rações de Defesa Social. Já no dia 20 de março a diretoria da Movisafe visitou as instalações do COR-Rio – Centro de Ope-rações Rio, órgão da prefeitura responsável pelo monitoramento da cidade. Na ocasião foi recebida pelo senhor Claudio Pena Maciel, Chefe Executivo Adjunto de Gestão e Tecnologia.

Apresentação ao IBP No dia 18 de abril os Diretores Pascal Gras, Alex Rocha e

Lima Castro fizeram a apresentação do portfólio da MOVISAFE no IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo. Na ocasião os gerentes de segurança das principais petrolíferas que atuam do país encontravam-se presentes.

No CICC. O Coronel Freitas, Alex Rocha, Pascal Gras, Olivier Fuzier, Luiz Felipe, Lima Castro e Coronel Magalhães (da esq. p. dir).

No IBP. A equipe MOVISAFE, Lima Castro, Alex Rocha e Pascal Gras (da esq. p. dir).