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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO JOÃO BATISTA AUAD A CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO PARA A COMPETITIVIDADE DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVO- OPERACIONAIS HOSPITALARES PRESTADOS ÀS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE Belo Horizonte 2017

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

JOÃO BATISTA AUAD

A CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO PARA A

COMPETITIVIDADE DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVO-

OPERACIONAIS HOSPITALARES PRESTADOS ÀS

OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE

Belo Horizonte

2017

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JOÃO BATISTA AUAD

A CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO PARA A

COMPETITIVIDADE DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVO-

OPERACIONAIS HOSPITALARES PRESTADOS ÀS

OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

graduação em Administração do Centro

Universitário UNA, como requisito parcial à

obtenção do título de Mestre.

Área de concentração: Inovação e Dinâmica

Organizacional.

Linha de Pesquisa: Inovação, redes empresariais

e competitividade.

Orientador: Prof. Dr. Rafael Oliveira de Ávila

Belo Horizonte

2017

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Aos meus queridos e saudosos pais, José e

Manira, in memoriam, que me deram uma base

sustentada pelos valores éticos e humanos e os

ensinamentos da vida para que eu pudesse

trilhar meu caminho.

Às minhas queridas filhas Lígia e Laura,

sempre disponíveis e motivadoras.

À minha querida esposa Cristina, pelo

companheirismo, paciência e apoio de sempre.

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AGRADECIMENTOS

A todos da minha família, que sempre me apoiaram nesta caminhada.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Rafael Oliveira de Ávila, pela paciência e assertividade nas

orientações e pelos ensinamentos e colaboração no meu aprendizado sobre inovação.

Aos Profs. Drs. Iris Goulart e Max Cirino, pelos ensinamentos e pela disponibilidade e

colaboração no meu desenvolvimento acadêmico e intelectual.

Aos professores das diversas disciplinas, pelo aprendizado e convivência inspiradora.

Aos meus prezados colegas, sempre comprometidos e atenciosos nas trocas de ideias e na

colaboração técnica e pessoal.

Aos colaboradores da Secretaria do Mestrado, Leandro, Henrique e Thiago, pela

disponibilidade e atenção de sempre.

Aos demais colaboradores, que sempre estiveram prontos, atendendo-me, sempre, com

simpatia e agilidade.

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Conhecimento gera poder, mas só a inovação

gera a competitividade (Waldez Ludwig).

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RESUMO

Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar como as instituições hospitalares utilizam

a inovação dos processos para promover maior competitividade dos serviços administrativo-

operacionais hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde. Para a abordagem deste

estudo optou-se por uma pesquisa qualitativa, com fins descritivos, por meio de estudo de

casos múltiplos, tendo como procedimento técnico a análise de conteúdo. Foram realizadas

entrevistas semiestruturadas em seis hospitais privados da região metropolitana de Belo

Horizonte no período de dezembro/2016-janeiro/2017. Os resultados apresentados revelam

que a utilização da inovação é realizada nos hospitais pesquisados, porém de forma incipiente,

e, ainda, de forma não sistemática e intencional. Os resultados apresentados revelam que as

categorias Sistema de custeio, Sistema de compras, Sistema ou controle de gestão dos leitos,

Processo de faturamento e Processo de atendimento tiveram resultados satisfatórios e ofertam

benefícios para as operadoras de planos de saúde. Porém, os resultados apresentados nas

categorias Sistema de controle de estoques, Fluxo financeiro, Estrutura de redes e de

computadores e Política de recursos humanos não foram satisfatórios, não ofertando

benefícios para as operadoras de planos de saúde.

Palavras-chave: Inovação. Competitividade. Custos. Planos de saúde. Gestão hospitalar.

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ABSTRACT

The present research aimed at assessing how process innovations are used by hospital

institutions to foster greater competitiveness of administrative and operational services

provided by hospitals to health insurance providers. The approach of this study relates to a

qualitative research and is presented in a descriptive way, based on the assessment of multiple

cases, and using content analysis as the technical procedure. Semi-structured interviews were

carried out in six private hospitals within the Belo Horizonte metropolitan area, from

December 2016 through January 2017. The study shows that these hospitals have been using

innovations in a rather incipient way and, therefore, not in a systematic and purposeful way.

The study also shows that the Costing System, Purchase System, Bed Management System or

Control, Billing Process, and Patient Service categories had positive results and generate

benefits for health insurance providers. Nevertheless, the Inventory Control System, Cash

Flow, Computer Network Structure, and Human Resources Policy categories showed non-

satisfactory results as they do not generate benefits for health insurance providers.

Keywords: Innovation. Competitiveness. Costs. Health insurance. Hospital management.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Taxa de cobertura dos planos de assistência médica por Unidades

da Federação (Brasil, setembro/2016) ............................................................... 29

Figura 2 – Passos para a competitividade das empresas ..................................................... 37

Figura 3 – Perspectivas dos processos para competitividade .............................................. 38

Figura 4 – Relação da inovação nos processos com a competitividade .............................. 47

Figura 5 – Relação da inovação com a produtividade e com a competitividade ................. 48

Figura 6 – Códigos analíticos que ofertam e não ofertam benefícios às OPS ..................... 98

Gráfico 1 – Gastos públicos e privados com saúde em relação ao

PIB de cada país, em 2012............................................................................... 21

Gráfico 2 – Gastos de cada país, por pessoa no ano, em 2012 ............................................ 22

Gráfico 3 – Investimento em saúde influencia Índice de Desenvolvimento

Humano, em 2014 ........................................................................................... 23

Gráfico 4 – Gastos públicos com saúde, no Brasil, em 2008, somam 3,6% das

riquezas – Investimentos na área ficaram estacionados ao longo dos

anos no Brasil .................................................................................................. 25

Gráfico 5 – Quantidade de operadoras de planos de saúde em atividade versus

quantidade de beneficiários, em setembro/2016.............................................. 27

Gráfico 6 – Quantidade de operadoras de planos de saúde em atividade versus valor

das contraprestações /ano, em setembro/2016 ................................................. 28

Quadro 1 – Caracterização dos sujeitos da pesquisa, os entrevistados ............................... 52

Quadro 2 – Detalhamento da análise dos dados .................................................................. 55

Quadro 3 – Detalhamento das fases da análise dos dados – Fase 2 .................................... 56

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Quadro 4 – Critérios de avaliação ....................................................................................... 57

Quadro 5 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema de custeio ................................. 74

Quadro 6 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema de compras ............................... 75

Quadro 7 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema de controle de estoques ............ 76

Quadro 8 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema ou controle

de gestão de leitos ........................................................................................... 77

Quadro 9 – Resumo das respostas dicotômicas – Processo de faturamento ....................... 78

Quadro 10 – Resumo das respostas dicotômicas – Fluxo financeiro .................................. 79

Quadro 11 – Resumo das respostas dicotômicas – Estrutura de redes e

de computadores ............................................................................................. 80

Quadro 12 – Resumo das respostas dicotômicas – Política de recursos humanos .............. 83

Quadro 13 – Resumo das respostas dicotômicas – Processo de atendimento ..................... 86

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparação internacional de gastos com saúde, 2002 ......................................... 20

Tabela 2 – Comparação internacional com gastos e resultados em saúde, 2002 ................ 21

Tabela 3 – Tendências demográficas e de saúde, 1980-2004.............................................. 24

Tabela 4 – Hospitais por esfera, 2002 ................................................................................. 25

Tabela 5 – Resumo quantitativo das citações – Sistema de custeio .................................... 59

Tabela 6 – Resumo quantitativo das citações – Sistema de compras .................................. 61

Tabela 7 – Resumo quantitativo das citações – Sistema de controle de estoques ............... 62

Tabela 8 – Resumo quantitativo das citações – Sistema ou controle de gestão de leitos .... 64

Tabela 9 – Resumo quantitativo das citações – Processo de faturamento........................... 65

Tabela 10 – Resumo quantitativo das citações – Fluxo financeiro ..................................... 67

Tabela 11 – Resumo quantitativo das citações – Estrutura de redes e de computadores .... 68

Tabela 12 – Resumo quantitativo das citações – Política de recursos humanos ................. 70

Tabela 13 – Resumo quantitativo das citações – Processo de atendimento ........................ 72

Tabela 14 – Resumo da quantidade – absoluta e relativa - de citações por categoria ......... 97

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRAMGE – Associação Brasileira de Planos de Saúde

AHMG – Associação dos Hospitais de Minas Gerais

ALC – América Latina e Caribe

AMB – Ambulatório

ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CC – Centro Cirúrgico

CDC – Código de Defesa do Consumidor

CEPAL – Comisión Económica para América Latina y el Caribe

CHMG – Central dos Hospitais de Minas Gerais

CTI – Centro de Tratamento Intensivo

DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

MAT/MED – Materiais médico-hospitalares e medicamentos

MS – Ministério da Saúde

OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

OMS – Organização Mundial de Saúde

OPME – Órtese, Prótese e Materiais Especiais

OPAS – Organização Pan-americana da Saúde

OPS – Operadora de Planos de Saúde

PA – Pronto Atendimento

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PIB – Produto Interno Bruto

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPP – Paridade do Poder de Compra

PRM – Países de Renda Média

RMBH – Região Metropolitana de Belo Horizonte

SADT – Serviço de Apoio ao Diagnóstico e Terapêutico

SAOH – Serviços Administrativo-operacionais Hospitalares

SINDHOMG – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Minas Gerais

SUS – Sistema Único de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre Esclarecido

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação

UI – Unidade de Internação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 14

1.1 Apresentação ................................................................................................................. 14

1.2 Problematização............................................................................................................. 15

1.3 Objetivos ........................................................................................................................ 16

1.4 Justificativa .................................................................................................................... 16

1.5 Contexto do setor de saúde no mundo e no Brasil ........................................................ 17

1.6 Caminho metodológico.................................................................................................. 30

1.7 Estrutura ........................................................................................................................ 31

2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 32

2.1 Inovação......................................................................................................................... 32

2.2 Competitividade ............................................................................................................ 37

2.3 Custos e sistemas de custeio .......................................................................................... 41

2.4 A relação entre inovação, competitividade e custos ...................................................... 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................ 49

3.1 Caracterização da pesquisa ............................................................................................ 49

3.2 Unidades de análise e sujeitos da pesquisa .................................................................... 50

3.3 Instrumentos de coleta de dados .................................................................................... 52

3.4 Técnica de análise e interpretação de dados .................................................................. 53

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................... 57

4.1 Análise do primeiro objetivo específico ........................................................................ 58

4.2 Análise do segundo objetivo específico ........................................................................ 73

4.3 Análise do terceiro objetivo específico ......................................................................... 88

5 PRODUTO TÉCNICO .................................................................................................. 99

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 101

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 103

APÊNDICE(S) ................................................................................................................. 109

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

Desde o final da década de 19801, ocorreram no Brasil fundamentais mudanças na área de

saúde e na área econômico-financeira. Principalmente a partir do início da década de 1990,

desenvolveu-se uma extensa regulamentação legal na área econômica e na de prestação de

serviços em saúde e hospitalar2. Em 2000, foi criada pelo governo federal a Agência Nacional

de Saúde Suplementar (ANS) para regular o mercado de prestação de serviços de saúde e

hospitalar pelas operadoras de planos de saúde (OPS).

O grande desafio à época era gerenciar os altos custos de produção apresentados pelos

prestadores de serviços, seja pela aquisição de materiais médico-hospitalares e medicamentos

(MAT/MED), em especial as de órteses, próteses e materiais especiais (OPME), seja pela

obtenção de equipamentos de última geração, incorporando alto custo pela tecnologia

adquirida. Considerando-se, ainda, que o mercado tomador – formado pelas OPS – é

oligopolizado, gerenciando (tabelando) os preços pagos aos hospitais e a outros prestadores de

serviços da rede hospitalar, como os serviços de imagens – raios x, tomografia

computadorizada, ressonância magnética – e os exames de laboratórios – fezes, urina, sangue,

glicemia, hemograma etc. –, com o tabelamento dos preços desses serviços hospitalares

confrontado com os preços não tabelados dos insumos no mercado fornecedor, houve redução

considerável da rentabilidade desses serviços – razão do valor de venda pelo valor da

aquisição. Tem-se, então, um desequilíbrio financeiro – o valor dos custos da produção

hospitalar é maior que o valor pago por essa mesma produção, pelas OPS, refletindo

diretamente no fluxo de caixa – resultado entre entradas das receitas menos os desembolsos

oriundos das produções. Na busca do equilíbrio do fluxo de caixa, os hospitais buscam

financiamento de recursos no mercado financeiro, onerando seu custo – pagam-se juros sobre

o financiamento, porém essa ação se torna necessária para que os serviços hospitalares não

sejam interrompidos com prejuízos para a população.

1Decreto-Lei n. 2.284 de 10 de março de 1986 – Plano Cruzado (BRASIL, 1986); Promulgação da Constituição

da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988 (BRASIL, 1988); Lei n. 7.730, de 31 de janeiro de

1989 – Cruzado Novo (BRASIL, 1989). 2Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990); Lei n. 8.080 de

19 de setembro de 1990 – Princípios e Diretrizes do SUS (BRASIL, 1990); Lei n. 8.697, de 27 de agosto de

1993 – Cruzeiro Real (BRASIL, 1993); Lei n. 9. 069, de 29 de junho de 1994 – Plano Real (BRASIL, 1994);

Lei n. 9.656, de 3 de junho de 1998 – Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde (BRASIL, 1998); Lei

n. 9. 961, de 28 de janeiro de 2000 – Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) (BRASIL, 2000).

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Todos esses fatos refletem na gestão e na estrutura hospitalar, no resultado econômico-

financeiro e, também, na prestação de serviços aos seus stakeholders3, mais especificamente

nos serviços administrativo-operacionais.Neste estudo foram adotados os seguintes serviços:

gestão de custos, aquisições de materiais médico-hospitalares (MAT/MED) e as órteses e

próteses e materiais especiais (OPME), e de outros materiais; controle de estoques, gestão dos

leitos e das salas do bloco cirúrgico, estrutura de redes e de computadores, gestão de recursos

humanos e processo de atendimento, prestados pelos hospitais às operadoras. Muitas vezes,

esses serviços resultam em uma rentabilidade negativa, ou seja, o valor recebido não cobre o

custo dos produtos consumidos ou dos serviços prestados, como por exemplo: medicamentos,

contrastes para exames de imagens, fios cirúrgicos, agulhas; e também os custos dos serviços

de uma diária de apartamento ou enfermaria, de uma taxa de sala – custo da hora do centro

cirúrgico –, e de uma taxa de atendimento no pronto-socorro. Consequentemente, isso

provoca um desequilíbrio financeiro, já comentado, tornando os hospitais insustentáveis ao

longo do tempo. Nesse cenário torna-se importante a implantação da inovação nos hospitais,

que conforme Edersheim (2007), pode acontecer em todas as organizações, ao seu tempo, seja

pela melhoria de processos, ou pela capacitação de pessoas, ou pela aquisição de novos

equipamentos com novas tecnologias ou, até mesmo, a forma de pensar o negócio e de fazer

as coisas acontecerem. Tudo isso vai refletir em maior competitividade dos serviços

administrativo-operacionais hospitalares (SAOH) prestados às operadoras de planos de saúde,

pois para isso, conforme Macedo (2012) e Wanke (2013), as empresas precisam ter eficiência

e produtividade em seus processos.

1.2 Problematização

O principal objetivo desta pesquisa foi encontrar respostas para a seguinte questão “Como a

inovação contribui para a competitividade dos serviços administrativo-operacionais

hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde?”

Para este estudo será adotada a inovação dos processos. Os serviços administrativo-

operacionais hospitalares (SAOH) prestados são contemplados com os seguintes processos: 1)

3O termo stakeholder tem origem na língua inglesa e pode ser traduzido como ‘parte interessada, aqueles que

estão envolvidos em algo’. É um termo usado, sobretudo, na área de Administração de Empresas, Tecnologia

da Informação e Comunicação e, nesse contexto, seu significado designa todos os indivíduos e grupos sociais

que, de uma forma ou de outra, influenciam uma empresa ou são influenciados por ela. Disponível em:

https://www.significadosbr.com.br/stakeholder. Acesso em: 4 mar. 2017.

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gestão de custos; 2) compras de produtos; 3) controle de estoques; 4) gestão de leitos e das

salas do centro cirúrgico; (5) processo de faturamento; 6) fluxo financeiro; 7) estrutura de

redes e de computadores; 8) política de recursos humanos; e 9) processo de atendimento. Os

resultados devem trazer respostas para os objetivos propostos a seguir.

1.3 Objetivos

O objetivo geral desta pesquisa é mapear como as instituições hospitalares utilizam a

inovação dos processos para promover maior competitividade dos SAOH prestados às

operadoras de planos de saúde.

Esta pesquisa foi realizada em seis hospitais privados da região metropolitana de Belo

Horizonte (RMBH), qualificados no capítulo 3, na seção 3.2 – Unidades de análise e sujeitos

da pesquisa –, considerando os seguintes objetivos específicos:

1. identificar as práticas de inovação na gestão dos serviços administrativo-operacionais

hospitalares das instituições analisadas;

2. verificar se a otimização dos custos mediante a inovação dos processos eleva a

competitividade dos serviços administrativo-operacionais hospitalares prestados às

operadoras de planos de saúde;

3. inferir, com base na análise da tríade inovação-competitividade-custos, quais são os

benefícios ofertados às operadoras de planos de saúde.

1.4 Justificativa

Este estudo foi estruturado com a finalidade de contribuir para as organizações de saúde e

hospitalares privadas, mapeando, identificando, verificando e inferindo como a inovação dos

processos coopera para a otimização dos custos e maior competitividade dos serviços

administrativo-operacionais hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde.

Para as instituições acadêmicas, poderá contribuir com a incorporação, em sua grade

curricular, dos métodos e resultados alcançados por essas instituições hospitalares privadas,

em seu processo de ensino consistente na área de saúde e hospitalar, visto que, na revisão da

literatura em pauta, verificou-se ausência de estudos nessa perspectiva.

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Complementarmente, os resultados apresentados neste estudo podem beneficiar o setor

empresarial de saúde, uma vez que as inovações dos processos implantados nos SAOH

prestados podem viabilizar maior competitividade desses serviços prestados às operadoras de

planos de saúde.

Por fim, pode configurar-se em um projeto de importância para os profissionais técnicos e da

docência da área de gestão hospitalar, possibilitando a sedimentação do aprendizado, a

disseminação do conhecimento com aplicabilidade prática, promovendo a discussão para

implantar novos modelos de gestão hospitalar para maior competitividade.

1.5 Contexto da saúde no mundo e no Brasil

Pretende-se com as contextualizações das subseções 1.5.1 – O setor de saúde no mundo – e

1.5.2 – O setor de saúde e hospitalar no Brasil – e 1.5.3 – O setor de operadoras de planos de

saúde, com suas tabelas e gráficos, abaixo – mostrar as relações dos investimentos e dos

resultados do setor de saúde no mundo e no Brasil, oferecendo uma visão abrangente dessa

interação relevante para este estudo. Isso porque os serviços administrativo-operacionais

hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde estão contemplados nesse arcabouço.

1.5.1 O setor de saúde no mundo

Com o contínuo aumento dos custos dos cuidados de saúde em todo o mundo, cada país tem

estudado a eficiência e o valor do seu atual sistema de saúde para promover o bem-estar da

população e atingir melhores resultados nos cuidados de saúde.

Para demonstrar a situação da saúde no mundo, considerando vários aspectos de um bom

sistema de saúde – como qualidade, acessibilidade, eficiência, equidade e pontuação em três

indicadores de estilo de vida saudável –, para promover um sistema de saúde com melhor

acesso, melhor qualidade maior eficiência, particularmente para os mais vulneráveis da

sociedade, incluindo pessoas de baixa renda, não segurados e idosos, a Commonwealth Fund4

4Disponível em: https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-

BR&sl=en&u=http://www.commonwealthfund.org/&prev=search. Acesso em 17jan. 2017.

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fez um relatório5 que inclui um ranking global de dez países que revelam um desempenho

relativamente bom em todas essas vertentes, conforme relatado a seguir:

1. Reino Unido: com 3.405 US $ (2.99 €) gastos de saúde per capita em 2011,

este país lidera o ranking dos países com o melhor sistema de saúde público.

No RU os serviços de saúde não são pagos antecipadamente e as taxas de

consulta no médico de família (GP – general practice no RU), a ambulância

e a maior parte das grandes cirurgias são gratuitas. No entanto, apesar de

todos esses benefícios para a saúde, têm um estilo de vida saudável mais

baixo no ranking destes 10 países.

2. Suíça: qualquer pessoa que fique mais de 3 meses neste país é obrigada a

obter um seguro de saúde que tem o custo de 700 CHF (642.49 EUR) por

ano para adultos e 350 CHF (321.24 EUR) por ano para crianças. A taxa do

médico de família normalmente custa 100 CHF (91.78 EUR).

3. Suécia: contrariamente ao RU a Suécia requer pagamentos antecipados para

cuidados médicos. No entanto, existe um limite por pessoa por ano. Depois

de atingir esse valor todas as despesas são gratuitas. Por exemplo, numa

região em particular na Suécia, uma pessoa só deve pagar por ano um

máximo de 900 Coroas Suecas (96.39 EUR) por despesas médicas e 2200

coroas suecas (235.63 EUR) por medicamentos prescritos.

4. Austrália: este país também requer pagamentos antecipados que incluem a

taxa do médico de família com valores entre os 50 $ (33.27 €) a 80 $ (53.23

€). No entanto, a maioria dos medicamentos são subsidiados pelo regime de

benefícios farmacêuticos, e os tratamentos nos hospitais públicos são

totalmente cobertos pelo seguro de saúde Medicare.

5. Alemanha: tal como no RU os atendimentos em saúde não são pagos

antecipadamente e, desde 2013, os pacientes também já não têm de pagar a

taxa das consultas nos médicos de família. Em contrapartida, cerca de 85%

da população obtém um seguro de saúde sem fins lucrativos do ou dos

"fundos de doença" que o país disponibiliza, e os que recebem um salário

superior a 4.350 € podem optar por adquirir um seguro de empresas

privadas.

6. Países Baixos: em comparação com a Suíça, a Holanda não exige um seguro

de saúde para indivíduos com menos de 18 anos de idade, nem para os

visitantes que vão ficar no país por um período inferior a 1 ano. A obtenção

de um seguro de saúde normalmente tem um custo de 7,75% do salário de

uma pessoa ou 5,65% dos lucros de uma pessoa que trabalha por conta

própria.

7. Nova Zelândia: neste país a taxa referente aos médicos de família geralmente

tem um valor associados de 50 NZD $ (31.77 Eur) entre as 8h00 – 18:00h

que aumenta ao fim de semana e à noite, e as crianças têm isenção desta

taxa. Contudo, se a pessoa for membro da Organização de Saúde Primária só

tem que pagar entre 25 NZD $ (15.89 Eur) – 30 NZD $ (19.06 Eur) pelo

médico de família e 3 NZD $ (1.91 Eur) por cada medicamento prescrito.

8. Noruega: o sistema de saúde na Noruega baseia-se nos princípios de acesso

universal, descentralização e a livre escolha do provedor. As taxas por

consulta nos médicos de família custam 140 NOK (14.99 Eur) durante o dia

5Disponível em: http://alemfronteiras.com/blog/post/363/os-10-paises-com-os-melhores-sistemas-nacionais-de-

saude-do-mundo-surpreenda-se. Acesso em: 17jan. 2017.

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19

e 235 NOK (25.16 Eur) durante a noite. As consultas de especialidade, por

sua vez, têm um custo de 315 NOK (33.72 Eur). Para além disto, as receitas

dos medicamentos prescritos para doenças crônicas são azuis que têm uma

taxa menor.

9. França: este país, atualmente, exige pagamentos antecipados, mas que são

posteriormente reembolsados na totalidade ou parcialmente. No entanto, a

partir de 2017, todos os estes serviços de saúde deixaram de ser pagos por

antecipação. Em França todos os pacientes do serviço nacional de saúde têm

um Carte Vitale que utilizam para pagar as despesas de saúde que serão

reembolsadas para a conta bancária de cada utilizador no prazo de cinco dias

úteis.

10. Canadá: o atual sistema de saúde do Canadá oferece planos de seguro de

saúde que cobrem diferentes necessidades de saúde dos cidadãos, e as

companhias de seguros privados oferecem alguns benefícios que o seguro de

saúde público não disponibiliza como: serviços dentários, optometristas e

medicamentos prescritos, entre outros. A esperança média de vida deste país

é uma das mais elevadas e a taxa de mortalidade infantil das mais baixas.

Com o objetivo de mostrar o desempenho do Brasil nesse cenário da saúde no mundo e

considerando, ainda, a relevância dessas informações para fundamentar a importância da

inovação dos processos, objetivo deste estudo, apresentam-se as seguintes tabelas:

1) Comparação internacional dos gastos com saúde em 2002 – Tabela 1;

2) Comparação internacional com gastos e resultados em saúde em 2002 – Tabela 2;

3) Gastos públicos e privados com saúde em relação ao PIB de cada país, em 2012 –

Gráfico 1;

4) Gastos de cada país, por pessoa no ano, em 2012, Gráfico 2;

5) Investimento em saúde influencia Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em

2014, Gráfico 3.

Conforme a Tabela 1, o Banco Mundial (2005b), a Organização para Cooperação e

Desenvolvimento Econômico6 (OCDE, 2005) e a Organização Mundial de Saúde (OMS,

6A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização internacional

composta por 34 países que promovem os princípios da democracia representativa e da economia de livre

mercado. A organização atua como uma plataforma que pretende comparar políticas econômicas, solucionar

problemas comuns e coordenar políticas domésticas e internacionais. A maioria dos membros da OCDE é

composta por economias com um elevado PIB per capita e Índice de Desenvolvimento Humano e são

considerados países desenvolvidos. A OCDE nasce em 1948 como a Organização para a Cooperação

Econômica (OECE), liderada por Robert Marjolin da França, para ajudar a gerir o Plano Marshall para a

reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. Posteriormente, a sua filiação foi estendida a estados

não-europeus. Em 1961, a Convenção sobre a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

reformou a OECE e deu lugar à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Países que a

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2005) apresentam a comparação internacional dos gastos com saúde, em 2002, entre o Brasil,

a América Latina e Caribe (ALC), os países de renda média (PRM)7, com os países da OCDE

de modo geral e, especificamente, com os de menor renda dessa organização. Nota-se que o

percentual de gastos com saúde em relação ao PIB do Brasil (7,9%) está compatível com

ALC, PRM, OCDE – menor renda, ficando um pouco abaixo da OCDE. A proporção do

gasto público sobre o gasto total em saúde do Brasil (45,9%) é mais baixa do que a dos países

de renda média e alta. Conforme Forgia e Couttolenc (2009), por força constitucional, o SUS

oferece gratuitamente a todos os brasileiros um conjunto amplo de serviços, comparável com

os oferecidos em países de alta renda, mas sua capacidade de financiamento é compatível com

o de países de renda média.

Tabela 1 – Comparação internacional de gastos com saúde, 2002.

Indicador de gastos com saúde Brasil ALC PRM OCDE

Menor renda

OCDE

Porcentagem do PIB 7,9 7,0 6,0 7,2 8,6

Per capita (em US$ correntes) 206 217 109 1.743 2.283

Per capita (PPP em US$) 566 486 569 1.755 2.341

Proporção gasto público no total 45,9 47,8 49,4 69,7 73,3

Fonte: FORGIA; COUTTOLENC, 2009, p. 26.

Complementarmente, na Tabela 2, o Ministério da Saúde/Datasus (MS/DATASUS, 2005) e

Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) apresentam a comparação internacional dos

gastos e resultados em saúde em 2002, representados por meio dos indicadores de Gasto com

saúde per capita (PPP US$) e Gasto com saúde em percentual do PIB. Conforme Forgia e

Couttolenc (2009), os resultados em saúde são determinados pelo indicador da Cobertura de

Imunização em percentual; pelo indicador da Expectativa de vida ao nascer, em anos; pelo

indicador da Mortalidade infantil por mil nascidos; e pelo indicador da Razão entre o gasto

per capita e a expectativa de vida ao nascer, entre o Brasil, a América Latina e Caribe (ALC),

os países de renda média alta (PRMA), e os países de renda média baixa (PRMB).

compõem: Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países

Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça, Turquia, Alemanha, Espanha, Canadá, USA, Japão, Finlândia,

Austrália, Nova Zelândia, México, República Checa, Hungria, Polônia, Coréia do Sul, Eslováquia, Chile,

Eslovênia, Israel, Estônia (MARIA, 2015). 7Atualmente mais da metade dos países do mundo pertencem à categoria de renda média. Esse grupo representa

mais de 70% da população e 26% do produto interno bruto (PIB) mundial. A maioria dos países da América

Latina e do Caribe (ALC) se enquadra nessa categoria de acordo com o critério de renda per capita. Dos 33

países da região, 28 estão inseridos nas categorias de renda média, quatro de renda alta e um de renda baixa.

(TITELMAN, 2012)

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Tabela 2 – Comparação internacional de gastos e resultados em saúde, 2002.

País ou grupo

Gasto com

saúde per

capita

(PPP US$)

(1)

Gasto com

saúde (em %

do PIB)

Cobertura

de

imunização

(%)

Expectativa

de vida ao

nascer (em

anos)

(2)

Mortalidade

infantil /

1.000

Razão

(1)/(2)

Brasil 566 7,9 94,5 69 25 8,4

ALC 486 7,0 89,5 71 28 6,7

Países de renda

média alta 611 6,4 92,0 73 19 8,3

Países de renda

média baixa 307 5,8 81,0 69 32 4,5

Fonte: FORGIA; COUTTOLENC, 2009, p. 27.

Corroborando as informações apresentadas até aqui, OCDE (2012) apresenta os gastos

públicos e privados com saúde em 2012, à razão percentual em relação ao PIB dos países

dessa organização com sua média. Se o Brasil fizesse parte dessa comunidade de 34 países,

ocuparia a 22ª posição, estando abaixo, inclusive, da média dessa organização, conforme

Gráfico 1:

Gráfico 1 – Gastos públicos e privados com saúde em relação ao PIB de cada país, em 2012.

Fonte: OCDE, 2013. Elaborado pelo autor desta dissertação.

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Ainda, conforme a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE,

2012), os gastos com saúde em 2012, per capita, dos países dessa organização, com a sua

média, comparando com os gastos do Brasil, que se fizesse parte dessa comunidade de trinta e

quatro países, ocuparia a trigésima terceira posição (penúltimo), estando abaixo da média da

organização. Os valores foram divulgados em US$ em respeito ao padrão internacional de

pesquisas, conforme gráfico 2:

Gráfico 2 – Gastos de cada país, por pessoa no ano, em 2012.

Fonte: OCDE, 2013. Elaborado pelo autor desta dissertação.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento8(PNUD, 2014), complementando as

informações sobre saúde no mundo, apresenta o índice de desenvolvimento humano (IDH),

que é influenciado pelos investimentos em saúde no IDH, e é composto por três dimensões

básicas do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável medida pela esperança de

vida à nascença; a capacidade de adquirir conhecimento medida pela média de anos de

escolaridade e anos de escolaridade esperados; a capacidade de atingir um nível de vida digno

medido pelo rendimento nacional bruto per capita. O IDH tem um limite superior de 1,0.

8 O PNUD trabalha em, aproximadamente, 170 países e territórios, contribuindo para a erradicação da pobreza e

a redução de desigualdades e da exclusão social. O PNUD auxilia países a desenvolver políticas, habilidades

em liderança e em parcerias, capacidades institucionais e construção de resiliência de maneira a manter os

resultados no âmbito do desenvolvimento. O PNUD concentra-se em ajudar os países em construir e

compartilhar soluções em três áreas principais: Desenvolvimento sustentável, Governança democrática e

promoção da paz e Resiliência climática e de desastres. Em todas as atividades, o PNUD estimula a proteção

aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres, das minorias e dos mais pobres e vulneráveis.

Disponível em: <http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/operations/about_undp/>. Acesso 16 jan.

2017.

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Numa comparação entre os 188 países listados, o Brasil se coloca no 75º lugar, ficando acima

da média mundial, conforme Gráfico 3:

Gráfico 3 – Investimento em saúde influencia índice de desenvolvimento humano, em 2014.

Fonte: PNUD, 2015, p. 32. Elaborado pelo autor desta dissertação.

Com as demonstrações apresentadas dos investimentos em saúde e seus resultados no mundo

e suas comparações com os investimentos do Brasil e para complementar essas informações,

são apresentadas, a seguir, tabelas e gráficos do setor de saúde e hospitalar no Brasil.

1.5.2 O setor de saúde e hospitalar no Brasil

Os hospitais são o centro do sistema de saúde no Brasil, respondendo por dois terços dos

gastos do setor e boa parte dos serviços produzidos. No país há, aproximadamente, 7.400

unidades (Tabela 4) e cerca de meio milhão de leitos, onde está empregada a maioria dos

médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde. São, também, centro de

treinamento e o principal ambiente de desenvolvimento e adoção de novas tecnologias na área

(FORGIA; COUTTOLENC, 2009).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2004b) e o Ministério da

Saúde//Datasus (MS/DATASUS, 2007) apresentam as tendências demográficas e de saúde no

Brasil, nas três décadas a partir de 1980, com as seguintes características: crescimento

populacional – mostra uma evolução populacional decrescente; taxa de dependência –

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menores de 15 anos, com uma evolução decrescente, e a taxa de dependência – maiores de 65

anos, com uma evolução crescente, que significa o peso dessas populações consideradas

inativas sobre a população potencialmente ativa – entre 15 e 64 anos de idade; taxa de

fertilidade, número médio de filhos que teria uma mulher – entre 15 e 49 anos de idade – ao

final de seu período reprodutivo, mostra-nos uma evolução decrescente; Expectativa de vida

ao nascer (em anos), número médio de anos que um recém-nascido esperaria viver se

estivesse sujeito a uma lei de mortalidade, mostra-nos uma evolução crescente; mortalidade

infantil (por mil nascidos vivos), frequência com que ocorrem os óbitos infantis (inferiores a

um ano) em uma população, em relação ao número de nascidos vivos em determinado ano

civil, consideravelmente decrescente, fruto das campanhas de prevenção às doenças

preveníveis; mortalidade materna (por 100 mil nascidos vivos), mostra-nos um progresso

decrescente mais lento, pois estão diretamente relacionados à qualidade e eficiência da

atenção hospitalar, que ainda precisam melhorar; mortalidade neonatal (é um componente da

mortalidade infantil), é frequência com que ocorrem os óbitos infantis – inferiores a uma

semana – em uma população, em relação ao número de nascidos vivos em determinado ano

civil, mostra-nos uma evolução decrescente, conforme demonstrado na Tabela 3:

Tabela 3 – Tendências demográficas e de saúde, 1980-2004.

Indicador 1980 1990 2004

Crescimento populacional (%) 2,28 1,71 1,43

Taxa de dependência (menores de 15 anos) 66,2 59,5 42,8

Taxa de dependência (maiores de 65 anos) 6,9 7,1 9,1

Taxa de fertilidade 4,06 2,8 2,3

Expectativa de vida ao nascer (em anos) 62,6 66,6 71,6

Mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) 69,1 47,0 26,6

Mortalidade materna (por 100 mil nascidos vivos) 67,0 51,6 53,9

Mortalidade neonatal (por mil nascidos vivos) 26,7 17,8 16,5

Fonte: FORGIA; COUTTOLENC, 2009, p. 25.

Relacionando os dados do Ministério da Saúde (MS, 2008) que nos apresenta no gráfico 4,

abaixo, os percentuais de gastos públicos pelas esferas governamentais da União, Estados e

Municípios com o setor de saúde no Brasil, em relação do Produto Interno Bruto (PIB) que é

de 3,66%, corresponde a aproximadamente 46% do gasto total em saúde, considerando-se 8%

do PIB, conforme demonstrado anteriormente na Tabela 2 (p. 21) e no Gráfico 1 (p. 22).

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Gráfico 4 – Gastos públicos com saúde, no Brasil, em 2008, somam 3,66% das riquezas. Investimentos na área ficaram estacionados ao longo dos anos no Brasil.

Fonte: NEUMAN; NOVAES, 2017.

Complementarmente à contextualização acima, apresenta-se, na Tabela 4, o censo realizado

pelo IBGE (2002), que mostra a distribuição dos hospitais no Brasil por natureza jurídica

pública ou privada: 35% de natureza pública e 65% de natureza privada. Desses hospitais,

45,4% possuem convênio ou contrato com o SUS.

Em termos gerais, o Brasil possuía, no período 2006-2012, 2,3 leitos hospitalares (públicos e

privados) para cada grupo de mil habitantes. A taxa é equivalente à média das Américas, mas

inferior à média mundial (2,7) ou às taxas apuradas, por exemplo, na Argentina (4,7), na

Espanha (3,1) ou na França (6,4). Embora a OMS e a Organização Pan-Americana da Saúde

(OPAS) não recomendem ou estabeleçam taxas ideais de leitos por habitante, é possível

observar que, em relação a outros países com sistemas universais de saúde, o Brasil aparece

com um dos piores indicadores (CFM, 2016).

Tabela 4 - Hospitais por Esfera, 2002

Esfera Número de hospitais % do total

Pública 2.588 35,0

Privada

Financiada pelo SUS 3.357 45,4

Não financiada pelo SUS 1.452 19,6

Subtotal 4.809 65,0

Total 7.397 100,0

Fonte: FORGIA; COUTTOLENC (2009, p. 32)

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Considerando que o setor de saúde envolve uma estrutura médico-industrial com uma cadeia

de suprimentos abrangente, como a indústria química e farmacêutica – muito fortes;que há

diversos profissionais de saúde em suas multiatividades – médicos, enfermeiros,

fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros mais; que a maioria da população que

depende de atenção à saúde, seja na promoção, seja prevenção ou na cura da doença; e que o

investimento em saúde é de 8% do PIB brasileiro, pode-se dizer que:

O setor de saúde é considerado um dos mais dinâmicos em termos da acumulação de

capital, capaz de interferir em toda a economia. Na visão do indivíduo, o consumo

de bens e serviços de saúde altera sua qualidade de vida. Em termos

macroeconômicos, impacta no crescimento econômico, pois afeta a composição do

estoque de capital humano e determina a capacidade produtiva de uma economia

(PEREIRA; CAMPOS; BERSAN, 2013, p. 2)

Conforme Barbosa e Gadelha (2012), o setor de serviços no Brasil – no qual está incluído o

de saúde – alcançou 67,5% do PIB ao final de 2009, bastante à frente da manufatura e da

agricultura, setores tradicionais e expressivos da econômica brasileira.

Comparando o acima com o setor de serviços de alguns países da Europa, como Dinamarca,

França, Alemanha, Reino Unido, Noruega, Suécia e Holanda, nos quais esses serviços

contribuíram entre 60-80% com o PIB desses países, desempenhando papel de destaque no

crescimento e desenvolvimento.

Todo esse arcabouço mostra a relevância dos serviços do setor de saúde, no mundo e no

Brasil, bem como do segmento hospitalar, especificamente no Brasil, para fundamentar sua

importância neste estudo.

1.5.3 O setor de operadoras de planos de saúde no Brasil

No intuito de trazer o cenário mais abrangente e atual do setor privado de saúde no Brasil,

apresenta-se a seguir um relato com base em dados de instituições que controlam as

operadoras de planos privados de saúde, setor da saúde suplementar que movimenta bilhões

de reais por ano.

“O Brasil tem um dos mais complexos e desenvolvidos mercados de planos médicos e

odontológicos do mundo, equiparando-se a países como: Estados Unidos, França, Alemanha,

África do Sul, Canadá, China, Japão, Espanha e Austrália” (ABRAMGE, 2017), e que

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movimentou, até setembro em 2016, o valor aproximado de R$ 118,3 bilhões (ANS, 2016),

conforme demonstrado no gráfico 6, mais à frente.

Esse complexo de saúde suplementar passou a ser regulado pela Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS), que,com a sua criação, em 28 de janeiro de 2000, passou a implantar um

conjunto de medidas e ações normatizadoras, fazendo o controle e a fiscalização de

segmentos de mercado de saúde – explorados por empresas privadas – para assegurar o

interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras de planos de

saúde, inclusive quanto às suas relações com prestadores de serviços,dentre os quais os

hospitais e os consumidores.

Conforme dados dessa agência, nos últimos dez anos, em setembro de 2016 havia 793

operadoras de planos de saúde em atividade – em dezembro de 2006 eram aproximadamente

1200 –, mostrando um encolhimento da quantidade de operadoras, possivelmente reflexo das

ações da regulação de mercado, e 48,3 milhões de beneficiários –ocorreu, nos últimos dois

anos, uma evolução decrescente, dada a situação econômica do país, conforme demonstrado

no Gráfico 5:

Gráfico 5 – Quantidade de operadoras de planos de saúde em atividade versus quantidade de beneficiários, em

setembro/2016.

Fonte: Elaborado pelo autor desta dissertação. Disponível em: http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-

gerais. Acesso em: 16 jan. 2017.

Ainda, conforme dados dessa mesma agência, nos últimos dez anos, em setembro de 2016,

havia 793 operadoras de planos de saúde em atividade, e um receita de contraprestações de

R$ 118,3 bilhões (ANS, 2016).

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Essas contraprestações são as receitas oriundas dos valores das prestações mensais que os

usuários dos planos de saúde – que podem ser pessoas físicas com planos individuais, ou

pessoas jurídicas com planos corporativos – pagam para terem acesso aos serviços médico-

hospitalares – por exemplo, consultas médicas, cirurgias, exames e tratamentos em hospitais e

clínicas, exames de imagens e laboratoriais em clínicas e laboratórios especializados Essa

relação da quantidade de operadoras de planos de saúde com sua receita está demonstrada no

Gráfico 6:

Gráfico 6 – Quantidade de operadoras de planos de saúde em atividade versus valor das contraprestações/ano,

em setembro/2016.

Fonte: Elaborado pelo autor desta dissertação. Disponível em: http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-

gerais. Acesso em: 16 jan. 2017.

Para se ter uma noção da amplitude da cobertura da saúde suplementar e a distribuição

geográfica das operadoras de planos de saúde no Brasil, nota-se que há uma maior

concentração – superior a 30% – nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e

no Distrito Federal; entre mais de 20 até 30%, na região Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do

Sul; entre mais de 10 até 20%, nos estados do Nordeste: Bahia, Sergipe, Alagoas,

Pernambuco, Paraíba, Rio Grande no Norte e Ceará, no Centro-oeste: Goiás e Mato Grosso, e

no Norte: Pará, Amapá, Rondônia e Amazonas; e, até 10%, nos estados do Nordeste:

Tocantins, Maranhão e Piauí, e no Norte: Roraima e Acre, conforme demonstrado na Figura

1, que segue:

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Figura 1 – Taxa de cobertura dos planos de assistência médica por Unidades da

Federação (Brasil – Setembro/2016)

Fonte: ANS, 2016.

Pode-se notar que os desafios para a área da saúde no Brasil são muitos. Conforme os

indicadores apresentados nas tabelas e gráficos acima, elaborou-se um resumo de alguns

pontos de atenção para reflexão – por exemplo: investimentos insuficientes na área de saúde –

em torno de 8% do PIB, 22º lugar comparando-se com 34 países (OCDE) – Gráfico 1; o baixo

investimento em saúde per capita de US$ 970/ano, 33º comparando-se com 34 países

(OCDE) – Gráfico 2; o IDH ainda bem abaixo, índice de 0,755 em 1, 75º em 188 países

(PNUD) – Gráfico 3; o crescimento da taxa de dependência dos maiores de 65 anos, e da

maior expectativa de vida ao nascer, em anos, conforme a Tabela 3; e finalizando, o número

de hospitais e leitos disponíveis abaixo dos indicadores mundiais – Tabela 4 e comentários.

Mais especificamente neste estudo, os hospitais privados brasileiros que prestam SAOH às

operadoras de planos de saúde devem refletir sobre a adoção da inovação nos processos para

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se tornarem mais competitivos e sustentáveis ao longo do tempo. Os hospitais prestam

serviços ao segmento da saúde, mais precisamente às operadoras de planos de saúde, um

segmento que estabelece os preços que serão pagos aos hospitais, tendo estes últimos pouco

poder na negociação de preços. Como esses serviços envolvem a eficiência dos processos dos

diversos setores dos hospitais que serão pesquisados, tais como custos, compras, estoques,

gestão de leitos e salas cirúrgicas, faturamento, fluxo financeiro, estrutura de redes e de

computadores, recursos humanos e atendimento, a inovação dos processos poderá otimizar os

custos e, consequentemente, tornar o hospital mais competitivo nesse mercado. Para que se

tenha essa possibilidade, busca-se fundamentar o estudo no capítulo 2 – Referencial teórico

composto pelas seções 2.1 Inovação; 2.2 Competitividade; 2.3 Custos e sistemas de custeio; e

2.4 A relação entre inovação, competitividade e custos, mais à frente.

1.6 Caminho metodológico

Para realizar este estudo, tomou-se o seguinte caminho metodológico: 1) quanto à abordagem,

a pesquisa foi definida como qualitativa, pois é a mais apropriada para identificar métodos e

teoria, diversidade de participantes, reflexividade do pesquisador e pesquisa, e variedade de

abordagens e métodos; 2) quanto aos fins, é descritiva, pois há descrição do comportamento

dos fenômenos; 3) quanto aos meios, definiu-se pelo estudo de caso múltiplo, para descrever e

estabelecer comparações; 4) quanto às unidades de análise, foram definidos seis hospitais

privados da RMBH; 5) quanto aos sujeitos da pesquisa, foram entrevistados os dirigentes da

alta administração de cada hospital; 6) quanto aos instrumentos de coleta de dados, foram as

entrevistas semiestruturadas, com roteiro contemplando os diversos aspectos a serem

estudados – a) Sistema de custeio, b) Sistema de compras, c) Sistema de controle de estoques,

d) Sistema ou controle de gestão de leitos, e) Processo de faturamento, f) Fluxo financeiro, g)

Estrutura de redes e de computadores,h) Política de recursos humanos, i) Processo de

atendimento; 7) quanto à técnica de análise e interpretação de dados, foi realizada com base

na análise de conteúdo, contemplando a pré-análise, a exploração do material e o tratamento

dos resultados e interpretação.

O detalhamento desse caminho metodológico está contemplado no capítulo 3 e suas seções,

com as devidas referências.

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1.7 Estrutura

Este estudo está estruturado em seis capítulos. No primeiro capítulo consiste nesta introdução.

No segundo capítulo trata-se da fundamentação teórica, trazendo elementos para formar a

base conceitual do tema e responder à pergunta da pesquisa, com o conteúdo dos conceitos de

inovação, competitividade, custos e sistemas de custeio, bem como da relação entre esses

conceitos. No terceiro capítulo, são descritos os procedimentos metodológicos aplicados a

este estudo. No quarto capítulo, são apresentadas a análise e a interpretação dos resultados das

entrevistas realizadas. No quinto capítulo trata-se do Produto técnico – sistema de custeio por

absorção: seus relatórios numéricos e gráficos –, derivado da pesquisa. No sexto e último

capítulo são apresentadas as considerações finais, as limitações da pesquisa e sugestões para

estudos futuros.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Os fundamentos teóricos deste trabalho incluem a abordagem dos seguintes temas: seção 2.1

Inovação; seção 2.2 Competitividade; seção 2.3 Custos e sistemas de custeio; e seção 2.4 A

relação entre inovação, competitividade e custos.

2.1 Inovação

Conforme Porter e Teisberg (2006), a inovação é fundamental para a melhoria do valor, tanto

em novos processos, como em novas tecnologias e novas estruturas organizacionais. Nesse

sentido, sempre visando a atender ou mesmo superar as expectativas dos clientes.

Sobre essas afirmações dos autores mencionados, deve-se considerar que a inovação,

conforme Edersheim (2007), pode acontecer em todas as organizações, ao seu tempo, seja

pela melhoria de processos ou pela capacitação de pessoas ou pela aquisição de novos

equipamentos com novas tecnologias.

Ainda, conforme Pereira, Campos e Bersan (2013), a inovação pode acontecer de diversas

formas: pelos investimentos em processos internos de pesquisa e desenvolvimento, pela

aquisição de tecnologia desenvolvida por outras empresas, por meio de redes de cooperação,

em parceria com universidades e centros de pesquisa ou por meio de interação com usuários,

dentre outras: 1) Inovação de produtos: incremento tecnológico; 2) Inovação de processos:

adequação dos meios de produção; 3) Inovação da gestão: ações de aprimoramento; 4)

Inovação de mercados: identificação de oportunidades.

Numa visão da teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter (1997, p. 76), a

inovação engloba cinco questões, como segue:

1) Introdução de um novo bem – ou seja, um bem com que os consumidores ainda

não estiverem familiarizados – ou de uma nova qualidade de um bem. 2) Introdução

de um novo método de produção, ou seja, um método que ainda não tenha sido

testado pela experiência no ramo próprio da indústria de transformação, que de

modo algum precisa ser baseada numa descoberta cientificamente nova, e pode

consistir também em nova maneira de manejar comercialmente uma mercadoria. 3)

Abertura de um novo mercado, ou seja, de um mercado em que o ramo particular da

indústria de transformação do país em questão não tenha ainda entrado, quer esse

mercado tenha existido antes, quer não. 4) Conquista de uma nova fonte de oferta de

matérias-primas ou de bens semimanufaturados, mais uma vez independentemente

do fato de que essa fonte já existia ou teve que ser criada. 5) Estabelecimento de

uma nova organização de qualquer indústria, como a criação de uma posição de

monopólio (por exemplo, pela trustificação) ou a fragmentação de uma posição de

monopólio.

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33

A inovação traz consigo ainda uma compreensão do negócio. A sua visão convencional,

concentrada exclusivamente no desenvolvimento de produtos ou em extensão de marcas, pode

não ser a melhor opção. A inovação não é o abandono de tudo que fazemos hoje, pois haveria

uma certa anarquia, porém, preservar tudo significaria levar o negócio à falência

(EDERSHEIM, 2007). A inovação, nesse contexto não tem um caráter disruptivo, mas pode

ser considerado uma forma de aprimoramento do processo.

A inovação tecnológica pode acontecer tanto nos processos como nos produtos, podendo ser

1) disruptiva ou radical: novos produtos, processos ou serviços; 2) incremental: otimizar os

produtos, processos ou serviços já existentes; e 3) Modelo de negócio: novas formas de

ofertar valor para o cliente. Atividades inovativas são as tarefas – tecnológicas, científicas e

organizacionais – que resultam em produtos/serviços ou processos, tanto desenvolvidas na

própria empresa como trazidas de outras (PEREIRA; CAMPOS; BERSAN, 2013).

Em uma outra perspectiva acerca da inovação, os autores Christensen, Grossman e Hwang,

(2009, p. 41) apontam ruptura como resultado de um processo inovador “capaz de tornar as

coisas mais simples e disponíveis. E 'Tecnologia' é uma maneira de combinar insumos

(inputs) de materiais, componentes, informação, mão de obra e energia com produtos

(outputs) de maior valor”.

Por outro lado, a substituição de antigos produtos e hábitos de consumo por novos é

caracterizado como o processo de desenvolvimento econômico, denominado como a

“destruição criadora” (SCHUMPETER, 1997).

Conforme Fontenelle (2012), no contexto capitalista contemporâneo, a inovação está num

nível da terceira revolução tecnológica9, que transforma conhecimento na principal força

produtiva, com consequencia imediata da gestão do conhecimento.

A inovação tecnológica tornou-se o bem mais precioso para as organizações que têm como

objetivo atingir um nível alto de competitividade. É, na realidade, um recurso estratégico e

9A primeira onda de inovação (século XVIII): as atividades não vinculadas à produção de alimentos foram o

núcleo dinâmico do processo de industrialização e que proporcionaram, à Inglaterra, o exercício da hegemonia

no cenário internacional. Em grande medida, isso foi possibilitado pela onda de inovação concentrada naquele

país. A segunda onda da inovação (entre 1870 e 1910): pode-se constatar uma radical modificação na divisão

do trabalho, o que coincidiu justamente com a descoberta de novos materiais, como o aço e o petróleo, a

energia elétrica, o motor a combustão, o telégrafo, o telefone entre outros. A terceira onda (a partir das duas

últimas décadas do século XX): o capitalismo passa um novo período de aprofundamento nas descobertas

técnicas e científicas. As inovações no campo da informática, telemática, novos materiais, e biotecnologia

impulsionam a transformação do padrão de organização da produção e do trabalho nas mais diversas atividades

econômicas. (FADEL, MORAES, 2005).

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34

vital para uma empresa se tornar competitiva. A competência tecnológica são os recursos de

necessidade para obter o gerenciamento de melhorias, como produção, produtos,

equipamentos e processos, incorporando-as aos gestores e à organização (SOUZA;

SEGATTO-MENDES, 2008).

Numa visão mais ampla sobre inovação tecnológica, tem-se em Christensen, Grossman e

Hwang (2009, p.75) que:

O termo 'tecnologia' que aqui utilizamos pode ser uma nova peça de maquinário, um

novo processo de produção, uma equação matemática ou o conhecimento

acumulado acerca de um caminho molecular. Entretanto, no centro dessa evolução

operacional estão a conversão de processos complexos e intuitivos em tarefas

simples, baseadas em regras, e a transferência desse trabalho das mãos de experts

caros e altamente qualificados para as de técnicas mais baratas.

Conforme Tidd e Bessant (2015), a inovação pode ser dividida em quatro dimensões: 1)

inovação do produto: melhorias nos produtos ou serviços que a empresa já oferece; 2)

inovação de processo: melhoria na forma como os produtos ou serviços são criados e

entregues; 3) inovação de posição: mudanças no contexto em que os produtos ou serviços são

entregues; e 4) inovação de paradigma: mudança nos modelos mentais subjacentes que

orientam o que a empresa faz.

Segundo Christensen, Grossman e Hwang (2009), setores de produtos e serviços complexos e

caros são aqueles que ainda não foram rompidos pela inovação. No caso específico do setor

de saúde, ainda de acordo com os autores, está repleto de novas tecnologias, porém, a

mudança esperada no seu modus operandi é ainda muito incipiente. Para haver inovação, é

preciso que aconteça a ruptura, moldada em três elementos de capacitação: uma tecnologia,

um modelo de gestão e uma rede de valor de ruptura.

Schumpeter (1997) salienta em sua teoria do desenvolvimento econômico que a inovação é o

resultado de uma invenção que se transforma em uma mercadoria ou em uma nova forma de

produzir mercadoria, desde que seja explorada economicamente; enquanto não forem levadas

a essa prática, as invenções são economicamente irrelevantes.

Existem oportunidades para grandes melhorias na assistência à saúde e em seu gerenciamento,

por meio de novas tecnologias, de novas maneiras de organizar, mensurar e gerenciar a

prestação dos serviços de saúde, tornando-os mais eficientes e eficazes na utilização da

tecnologia, mas, principalmente, na melhoria da gestão (PORTER; TEISBERG, 2006).

Sobre este aspecto, Pereira, Campos e Bersan (2013, p.2), afirmam que:

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35

O setor saúde apresenta relevante caráter sistêmico ligado à geração de inovações,

como a tentativa de reverter a atual tendência de aumento dos custos em saúde, as

necessidades de criar novas formas de organização dos serviços e ainda a crescente

disponibilidade de recursos para pesquisa e desenvolvimento, que unem atores

diversos – universidades, governo, empresas, instituições públicas e privadas – em

torno do processo inovativo.

A fim de reiterar esse processo inovativo apontado pelos autores, vê-se a necessidade de

mudanças nas práticas dos planos de saúde que reduziram o valor percebido pelo cliente, por

exemplo: intensa burocracia, elevados custos administrativos, restrições às escolhas de

médicos e pacientes, limitação de serviços e ingerência na prática médica, trazendo

morosidade e um relacionamento adverso junto com seus clientes, usuários e prestadores de

serviços (PORTER; TEISBERG, 2006). Ainda segundo os autores, além de não adicionar

valor do ponto de vista da saúde, essas práticas também deixaram de alcançar o resultado

desejado, que seria controlar rapidamente a elevação dos custos.

De acordo com Fontenelle (2012), a adesão à inovação trouxe diversas mudanças internas nas

organizações como a reengenharia, downsinzing10, e novos modelos de gestão; numa visão

para fora das organizações, trouxe as relações entre o saber, conhecimento e valor.

Nesse contexto, Cobaito (2012) afirma que, em termos de gestão, as organizações de saúde e

hospitalares, a partir de melhorias nos arranjos organizacionais e práticas de gerenciamento de

processos internos, podem ser convertidas em centros eficazes para oferecer valor a seus

clientes.

Isidro Filho (2013), por sua vez, aponta que as inovações, principalmente na Tecnologia da

Informação e Comunicação (TIC), têm sido comuns nos serviços de saúde e foram

introduzidas tanto para diagnosticar como para tratar de doenças, objetivando tanto uma

melhor qualidade no atendimento a pacientes, quanto melhor resolutividade e formação e

capacitação dos profissionais de saúde. Essa inovação de Informação e Comunicação permite

o acesso a exames completos de pacientes por meio da Internet, por isso, trazendo maior

eficiência e eficácia a todo o processo, seja ele no atendimento com resolutividade para o

paciente, seja na agilidade administrativa, refletindo em mudança de paradigmas entre os

10

O downsizing é a redução temporária ou permanente da força de trabalho por via da extinção de um ou vários

níveis hierárquicos. Na maior parte dos casos, o downsizing é usado como forma de reduzir custos das

empresas que, por esta via, procuram recuperar a sua competitividade e sustentabilidade futuras. Embora

pareça uma decisão para ser tomada em situações extremas, o downsizing é frequentemente a única via para a

viabilidade das empresas. Disponível em: https://www.portal-gestao.com/artigos/6319-o-que-%C3%A9-o-

downsizing.html. Acesso em: 4 mar. 2017.

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36

stakeholders, tais como operadoras de planos de saúde, pacientes e fornecedores, pois os

mesmos deverão, também, se adaptar às mudanças trazidas pela inovação.

A dinâmica da inovação dos serviços é protagonizada pelos hospitais que desempenham

atividades mais complexas, pois seus recursos são mais especializados, modernos e de densas

tecnologias. A despeito dessa importância, os estudos sobre inovação em serviços de saúde,

de maneira geral, e sobre a dinâmica da inovação hospitalar, em particular, ainda são

incipientes, sugerindo que é desafiante a busca persistente por novos conhecimentos

(BARBOSA; GADELHA, 2012).

Nesse cenário, a decisão das empresas de investir em inovação está relacionada à necessidade

de se sustentarem em um mercado tão competitivo, buscando vantagens competitivas com

novos produtos, processos e capacitação das pessoas, alocando recursos em atividades e

oportunidades tecnológicas não exploradas (PEREIRA, CAMPOS, BERSAN, 2013).

Fontenelle (2012) destaca que um dos conceitos da inovação é agregar qualidades imateriais

ao produto ou serviço, mantendo-se o preço, porém, com redução de custos; seria como a

monopolização de uma margem de lucro maior, mediante a antecipação ou exclusividade na

oferta de produtos ou serviços com valor agregado.

A inovação ainda apresenta, conforme Schumpeter (1997), uma série de novidades que

podem ser introduzidas no sistema econômico e que alteram, substancialmente, a relação

entre produção e consumo, que é o elemento fundamental para o desenvolvimento econômico.

Segundo o autor, é nesse ponto que está a diferenciação econômica, pois o desenvolvimento

econômico é um crescimento espetacular da produção em composição com a mudança

estrutural, com novas tecnologias, novos produtos e novas indústrias.

Para este trabalho, que foca os SAOH prestados às operadoras de planos saúde, serão

adotados os moldes da Inovação dos Processos. Esses serviços prestados estão ligados, não

apenas às demandas administrativo-operacionais das OPS, mas, também, às demandas

técnicas da assistência médica. Podemos citar como exemplo o caso de uma determinada

cirurgia que pode ser faturada em conta aberta, ou seja, aquela em que tudo que é consumido

é faturado e recebido; pode, também, ser faturada em conta fechada, ou seja, aquela que tem

um valor já definido pelas partes – hospital e OPS –, que será faturada e recebida,

independentemente do consumo que tenha ocorrido. Pode-se, por meio de ações de inovação

dos processos, otimizar os fluxos operacionais, diminuir os custos e focar a melhoria da

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37

capacitação das pessoas para executar esses processos, sempre visando a uma maior

competitividade, tema esse que será assunto contextualizado na seção a seguir.

2.2 Competitividade

Para obter competitividade, é necessário que a empresa tenha eficiência e produtividade e,

para tanto, conforme Wanke (2013), é necessário ter uma logística interna de vanguarda que é

constituída por três dimensões: 1) o grau de formalização da organização: composto pelos

setores e seus processos; 2) o uso de tecnologia da informação: para ganhos de eficiência e 3)

o uso de indicadores para monitorar o desempenho das atividades, a fim de medir a

produtividade interna que, de acordo com Macedo (2012, p. 110) é, “Atualmente, sem

produtividade ou sem a eficiência do processo produtivo, dificilmente uma empresa vai ser

bem-sucedida ou até mesmo sobreviver no mercado”.

Conforme Macedo (2012) e Wanke (2013), pode-se verificar na Figura 2 abaixo que a

eficiência dos processos é base para alcançar produtividade – isto é, fazer mais com menos, e

que é o impulso para tornar a empresa competitiva no mercado.

Figura 2 – Passos para a competitividade das empresas

Fonte: Elaborado pelo autor desta dissertação, conforme (MACEDO, 2012;

WANKE, 2013).

A competitividade estabelece relação com a inovação, à medida que, de acordo com

Schumpeter (1997), estas se interrelacionam com a criação de novos mercados e a ação de

empreendedor, via de regra, inicia a mudança econômica e os consumidores são por ele

educados, ou seja, ensinados a desejar novas coisas ou coisas diferentes daquelas que têm o

hábito de consumir.

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38

Contudo, existe sempre a possibilidade de o inovador ser imitado pelos demais concorrentes,

atraídos pela oportunidade de ganhos elevados. Essa imitação desencadeia um ciclo de

investimentos por parte dos outros empresários que leva à difusão da inovação introduzida

pelo pioneiro (SCHUMPETER, 1997).

Conforme abordado a seguir, a competitividade abrange diversas perspectivas como

Desempenho, Criação de Valor, Vantagem Competitiva e Competências Tecnológicas.

Elaborou-se a Figura 3 como exemplo de um fluxo que leva à competitividade, mostrando as

entradas de insumos (inputs) que, ao passar por um processo (eficiência), envolvendo os

elementos competitivos da referida figura, são transformadas em produtos/serviços (outputs)

com eficácia.

Figura 3 – Perspectivas dos processos para competitividade

COMPE

TITIVI

DADE

Desempenho

Criação de valor

Vantagem competitiva

Competências tecnológicas

EN

TR

AD

AS

/ I

NP

UT

S

PR

OD

UT

OS

/ O

UT

PU

TS

PROCESSAMENTO

EFICÁCIAEFICIÊNCIA

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação.

Segundo Brito, R. e Brito, L. (2014), a competitividade pelo desempenho não se define

apenas com base em resultados alcançados ao longo do tempo, pois, é mais do que isso, ou

seja, é a capacidade de criação de valor, na qual o desenvolvimento das capacidades depende

da interação com os parceiros de negócios, com diferentes recursos para a transição

tecnológica, englobando uma gama de resultados de desempenho.

A concepção de produtividade é vista sob outra perspectiva, desta vez, por meio de Macedo

(2012, p. 112), da seguinte forma:

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39

O conceito de produtividade restrito ao processo de produção aparentemente é mais

adequado à avaliação da eficiência de desempenho de empresas que atuam em

“mercados cativos”, ou seja, em mercados de compras e vendas relativamente

fechados à concorrência e com maior grau de controle por parte da empresa.

Ainda, conforme Brito, R. e Brito, L. (2012), esses resultados de desempenho, ou seja, sua

dimensão e suas influências ocorrem na eficácia organizacional e nos resultados da empresa,

envolvendo aspectos socio-ambientais impostos pelos stakeholders, visando à sobrevivência

da empresa.

Falando um pouco mais sobre o aspecto da inovação que aumenta o valor, focada em

resultados, Porter e Teisberg (2006), afirmam que esse tipo de inovação não vai apenas levar

mais pacientes a serem tratados por prestadores excelentes, mas, também, inspira e fomenta

inovações no atendimento à saúde, tais como novos métodos, novas instalações, novas

estruturas organizacionais, novos processos e novas formas de colaboração entre prestadores,

reduzindo os custos do atendimento à saúde muito mais rapidamente do que os atuais esforços

de controle da prática médica. Os autores ainda afirmam que, sem direção e foco, fica difícil,

até mesmo, ser eficiente nas operações.

A competitividade pela criação de valor nas organizações, conforme Christensen, Grossman e

Hwang (2009), acontece com processos que agregam valor – por meio da utilização e

transformação de recursos, tais como pessoas, materiais, energia, equipamentos, informação e

comunicação –, em produtos e/ou serviços de maior valor.

Nessa mesma perspectiva, Brito, R. e Brito, L. (2012) reafirmam que é preciso demonstrar

uma criação de valor do produto, tanto para a organização como para os stakeholders. Os

autores ainda reafirmam que empresas que criam valor acima da média de seus concorrentes

podem explorar essa diferença em três diferentes formas: 1) lucratividade superior e

manutenção da participação no mercado; 2) lucratividade média e crescimento na participação

do mercado; 3) lucratividade superior e crescimento na participação do mercado.

Ratificando o que foi dito pelos autores acima, Macedo (2012, p. 113-114) complementa que:

Produtividade vai além dos aspectos restritos ao processo de produção, pois a

geração de valor também depende fundamentalmente das demais etapas do processo

produtivo: a compra de bens e serviços intermediários e a venda dos bens e serviços

que a empresa produz. Se a estratégia de compras da empresa (quantidade,

qualidade, relação com fornecedores, logística de suprimentos, etc.) é inadequada

e/ou a sua estratégia e resultados de mercado (logística de distribuição, volume de

vendas, mark-up, market share, relação com clientes, etc.) são problemáticos, a

eficiência de seu processo produtivo pode ficar comprometida, apesar da excelência

que possa ter no seu processo de produção.

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Isidro-Filho et al (2013) esclarecem que as competências profissionais são importantes para

facilitar o processo de inovação e das mudanças organizacionais que representam o resultado

combinado de novos padrões comportamentais, atitudes, valores, habilidades e

conhecimentos, o que é contemplado por Porter e Teisberg (2006), quando citam que, para

maior competitividade, estratégias, estruturas e a prestação de serviços devem estar alinhadas

ao valor, ou seja, os processos devem estar otimizados e informatizados e a educação

continuada tem de focar todos os níveis profissionais – administrativos e operacionais.

A competitividade pela vantagem competitiva é atribuída por Porter e Teisberg (2006) às

empresas com desempenho superior, isto é, aquelas com capacidade de criação de valor acima

da média de seus concorrentes.

Numa visão convergente, os autores Brito, R. e Brito, L. (2014, p. 64-85), citam que:

Vantagem competitiva é criação de valor superior; uma parte desse valor superior

seria a rentabilidade para a empresa, e uma outra parte, a do cliente, que promove o

crescimento da empresa; neste caso deveria ser adotada uma medida combinada,

incluindo o crescimento e a rentabilidade necessária para inferir sobre a vantagem

competitiva.

Assim, conforme De Luca (2014), a competitividade está ligada diretamente aos diferentes

desempenhos das organizações – vantagens competitivas – que, no longo prazo, são

responsáveis pela sustentabilidade.

A competitividade pelas competências tecnológicas, conforme citado por Souza, Segatto-

Mendes (2008), depende de recursos inovadores para gerar e gerenciar as mudanças, dentre os

quais, aptidões, conhecimentos, experiências e sistemas operacionais. Além disso, ainda

conforme o autor, são necessárias, também, as habilidades empresariais para promover

melhorias internas em diferentes funções tecnológicas.

No que diz respeito a essas competências tecnológicas, Porter e Teisberg (2006, p. 77),

remetem-nos à seguinte reflexão:

Num mercado competitivo, a difusão da tecnologia e a crescente oferta desses

serviços causariam a queda dos seus preços com o passar do tempo. Contudo, na

assistência à saúde, os preços não foram reduzidos porque os pacientes não eram

sensíveis a preço; os pagamentos pelas seguradoras eram baseados nos preços de

costume, ainda que os custos baixassem; e os resultados dos tratamentos não eram

medidos nem comparados.

Sedimentando as citações anteriores, os autores Isidro-Filho et al. (2013) citam que, como o

serviço hospitalar é complexo e dinâmico, a aprendizagem de novas competências é

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fundamental para a prestação de serviços hospitalares. Porém, destacam que as atividades de

treinamento e desenvolvimento formais podem acarretar uma resposta lenta às necessidades

de desenvolvimento de novas competências, essenciais para o desempenho do trabalho eficaz.

Mais especificamente, Cobaito (2012), cita que o gerenciamento na área de saúde é mais

complexo do que em qualquer outro tipo de organização, pois os objetivos das diversas

empresas internas desse segmento precisam estar adequados à estrutura hospitalar e às suas

finanças. O autor destaca, também, que, normalmente, os processos são interdependentes,

produzidos por uma complexidade de agentes que negociam, a partir de diferentes lugares de

poder, de especialização e de identidade organizacional, tais como corpo clínico, enfermagem

e outros profissionais.

Ainda, para a complementação do raciocínio, Cobaito (2012) afirma que é importante ter a

visão dos serviços e clínicas com o objetivo de priorizar produtos para a estruturação

funcional, possibilitando as devidas medições de desempenho por meio de indicadores.

Para obter competitividade, seja por meio de desempenho, criação de valor, vantagem

competitiva ou por meio de competências tecnológicas, deve-se ter eficiência nos processos

por meio de inovação, refletindo na otimização dos custos que serão abordados na sequência.

2.3 Custos e sistemas de custeio

Conforme Lemos e Da Rocha (2011), os avanços tecnológicos e o surgimento da medicina

científica, entre o século XIX e início do século XX, têm provocado uma verdadeira

revolução na gestão hospitalar. Com isso, veio à tona a necessidade de um gerenciamento

inovador, sistematizado, que investe na gestão de custos, oferecendo ferramentas para a

tomada de decisão. Os autores destacam que não basta apenas a modernização pela

tecnologia; o sucesso da competitividade de um hospital ou de qualquer outra empresa,

depende fundamentalmente da gestão de custos.

Segundo Simonetti, Novaes e Gonçalves (2007), é difícil estabelecer quais são as

necessidades de medicamentos para o paciente admitido na instituição, levando à formação de

estoques de medicamentos. Esclarecem, ainda, que os estoques da farmácia são

dimensionados, não somente pelo seu valor monetário, mas pela essencialidade à prestação

dos serviços oferecidos pelo hospital; logo, nesses estoques, não deve haver excessos de itens

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– o que implica alto custo –, e nem a falta dos mesmos, o que poderia comprometer a

resolutividade do tratamento aos pacientes. Os autores finalizam citando que o ideal é manter

um estoque adequado à demanda, objetivando a redução de custos com estocagem.

Fortalecendo a necessidade de uma integração dos serviços hospitalares, Lemos e Da Rocha

(2011) afirmam que, em uma instituição hospitalar, há grande diversidade de serviços

disponíveis, por exemplo, hotelaria, farmácia, laboratórios de imagens e exames clínicos e de

anatomia patológica, manutenção de equipamentos, esterilização de materiais, nutrição e

dietética, que devem interagir de forma harmônica e precisa, por meio de processos

multiprofissionais e interdisciplinares, para dar sustentação e segurança a todo o processo

assistencial de um hospital.

Numa visão mais ampla sobre os custos, Porter e Teisberg (2006) esclarece que despesas

relativas a seguro contra imperícia médica e indenizações de processos judiciais aumentam

ainda mais os custos dos serviços médico-hospitalares. Os autores realçam que, por isso, os

médicos estão praticando a medicina defensiva – solicitando testes e exames, às vezes,

desnecessários –, excedendo em seus diagnósticos e tratamentos redundantes, aumentando

ainda mais os custos.

2.3.1 Conceitos

Para Martins e Rocha (2010, p. 9), “custo é a expressão monetária do consumo, da utilização

ou da transformação de bens ou serviços no processo de produção de outros bens ou

serviços”.

Complementando, Ching (2001, p.16) afirma que “custo é um gasto relativo a bem ou serviço

utilizado na produção de outros bens ou serviços. A matéria-prima foi um gasto na sua

aquisição, passa a custo na sua utilização para fabricação de um bem.”

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2.3.1.1 Classificação quanto à apropriação dos custos

Segundo Matos (2002), custos diretos são aqueles que correspondem aos custos incorridos

pelo hospital e que são identificados com determinado produto ou departamento, por

exemplo, medicamentos, materiais médico-hospitalares e gases medicinais.

Complementando esse conceito, Martins e Rocha (2010, p.39) apontam que:

Custos diretos são aqueles identificáveis e mensuráveis, em relação a cada entidade

objeto de custeio, de maneira clara, direta, precisa, objetiva e economicamente

viável. Sua associação e apropriação às entidades se processam, portanto, através da

mensuração direta.

Em outra perspectiva, os custos indiretos correspondem aos custos incorridos pelo hospital e

que não são identificados em relação a determinado produto ou departamento e, por isso, sua

apropriação se faz, rateando os custos relacionados a itens como energia elétrica, aluguel,

depreciação e imposto sobre propriedade territorial urbano (MATOS, 2002).

Contribuindo com a citação anterior, Martins e Rocha (2010, p. 39-40), cita que:

Custos indiretos são aqueles alocados a cada entidade objeto de custeio por meio de

estimativas e aproximações. Sua associação e alocação às entidades podem conter

algum grau de subjetividade e o grau de precisão da mensuração é inferior ao dos

custos diretos. A alocação de custos indiretos pode conter subjetividade, mas não

deve ser arbitrária.

2.3.1.2 Classificação quanto ao comportamento dos custos

Custos fixos correspondem aos custos vinculados à infraestrutura do hospital – salários

mensais, depreciação e aluguel (MATOS, 2002) – não são alterados com o volume de

produção, de acordo com a capacidade instalada da instituição. Martins e Rocha (2010)

corroboram essa assertiva e consideram esses custos como aqueles cujo montante não é

afetado pelo volume, em determinado intervalo do nível de atividade.

Conforme Matos (2012), custos variáveis – por exemplo, medicamentos, materiais médico-

hospitalares e energia elétrica consumida pelos procedimentos médicos –, são aqueles que

correspondem aos custos vinculados à produção de serviços hospitalares e se alteram,

proporcionalmente, em função do volume de produção, de acordo com a capacidade instalada

do hospital. Complementando esse conceito, Martins e Rocha (2010) observam que tratam-se

de custos cujo montante é afetado de maneira direta pelo volume, em determinado intervalo

do nível de atividade.

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44

Custos totais correspondem à somatória dos custos fixos e variáveis incorridos na produção,

de acordo com a capacidade instalada (MATOS, 2002).

Para a gestão desses custos, os mesmos são alocados, processados e gerenciados por um

sistema de custeio, cujo conceito é apresentado na seção a seguir.

2.3.2 Sistemas de custeio

Para Cardoso e Martins (2012), é por meio de algum sistema de custeio que o hospital

mensura e realiza a gestão de seus custos hospitalares que são utilizados na produção ou

transformação de outros bens ou serviços, por exemplo, matéria-prima, mão de obra direta,

manutenção, serviços de informática, higienização e lavanderia.

Numa visão mais abrangente, Martins e Rocha (2010, p. 166) esclarece que:

Nenhum método de custeio atende a todas as necessidades informativas dos

gestores, dada a complexidade do processo de administração das organizações;

nenhuma informação de custos, qualquer que seja o método de custeio, substitui o

julgamento e o bom-senso das pessoas que analisam e das que decidem. O melhor

será aquele que melhor ajude a resolver o problema que se apresente em

determinada situação, induzindo os gestores a tomar decisões adequadas em cada

caso.

Conforme Matos (2002), o sistema de custeio por absorção plena é o mais tradicional da

gestão de custos e, diferentemente da contabilidade, sua abordagem se concretiza no

somatório dos produtos e serviços utilizados nos serviços prestados (custos) que é, por sua

vez, somado às despesas ocorridas no hospital, independentemente se utilizadas diretamente

ou não nos serviços prestados, numa caracterização de custeio denominada “absorção plena”,

servindo como base para cálculo dos custos dos setores e dos produtos, bem como para

compor custos por procedimento médico-hospitalar.

Corroborando o conceito acima, Cardoso e Martins (2012) também definem esse sistema

como um dos tradicionais e o mais utilizado, nas últimas décadas, no sistema de gestão

hospitalar, complementando que o centro de custo é o lugar ou seção de uma empresa que

recebe as cargas dos custos, logo, os centros de custos são os agrupamentos de meios

materiais ou humanos agindo com a mesma finalidade, ou seja, há uma apropriação integral

de todos os custos aos serviços, formando um custo total que, além de incluir os custos

diretos, absorve, também, os custos indiretos e as despesas.

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45

Segundo Megliorini (2012), esse método de custeio por absorção apropria todos os custos

incorridos em determinado período, quer fixos ou variáveis, relacionando-os a produtos do

mesmo período.

Esse método de custeio por absorção, citado por Ching (2001), tem a característica vantajosa

de reconhecer todos os custos e despesas nos centros de custos, porém, a desvantagem é que

os critérios de rateio, por mais bem definidos que sejam, são arbitrários e podem distorcer o

resultado de determinado centro de custos.

Complementarmente, Martins e Rocha (2010) destacam que o método de custeio pleno

considera que todos os custos de produção e gastos fixos com administração e vendas devem

ser absorvidos por todos os produtos ou serviços de determinado período.

Outra perspectiva sobre sistema de custeio, conforme Matos (2002), é o sistema de custeio

variável ou direto e consiste em uma abordagem de apoio à tomada de decisão, considerando

que somente os custos variáveis são contemplados nesse sistema. Ainda segundo o autor, sua

metodologia oferece possibilidade de análise do comportamento dos custos em diferentes

níveis de atividade e adequação do portfólio de produtos para composição da produção e da

rentabilidade, considerando que somente os custos variáveis compõem o sistema.

Complementando o conceito acima, Cardoso e Martins (2012) citam que o sistema de custeio

variável ou direto é um método tradicional e que os custos fixos são desconsiderados, uma vez

que podem distorcer os resultados sobre as operações e a rentabilidade dos produtos e

serviços, algo que é corroborado por Megliorini (2012).

Em uma visão mais ponderada de Martins e Rocha (2010), os autores citam:

É incorreto afirmar que um método de custeio é, por definição, sempre melhor que

outros, pois todos eles têm aspectos positivos e negativos no que se refere ao grau de

precisão da mensuração e ao universo de custos contemplado. Eles não são

excludentes, pelo contrário, eles se complementam. O uso de determinada

informação, de cada método, diante de cada situação, depende, acima de tudo, do

modelo de decisão do gestor; das suas preferências pessoais [...] a informação sobre

o custo dos produtos que de fato será útil ao administrador será sempre aquela que o

ajude a satisfazer sua necessidade em face de situações de decisão.

Segundo Lemos e Da Rocha (2011), em termos gerenciais, os hospitais estão entre as

empresas mais complexas. Neles estão reunidos vários serviços e situações simultâneas, isto

é, os hospitais também têm serviços de hotelaria, lavanderia, serviços médicos, limpeza,

vigilância, restaurante, recursos humanos e relacionamento com o consumidor. Nesse

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respeito, para o gestor tomar decisões, é preciso ter um bom sistema de custos que dê

segurança às análises dos resultados estratégicos, táticos e operacionais, além de poder

verificar se os custos atendem aos parâmetros do mercado pagador, inclusive, tomando

decisões sobre otimização e eliminação de desperdício, analisando o custo-benefício de

algumas terceirizações e, finalmente, formando a base consistente para competitividade.

Martins e Rocha (2010, p. 168) corroboram seu conceito de que:

Em suma, a utilização de cada método de custeio deve ser decidida em função das

circunstancias e estas incluem, além de outras variáveis contingenciais e

institucionais inerentes às organizações, os seguintes fatores: (a) as disposições

legais e regulatórias às quais a entidade está sujeita; (b) o objetivo da apuração do

custo, que está relacionado à situação-problema que precisa ser resolvida; (c) o nível

gerencial da decisão (operacional, tático ou estratégico); (d) o modelo de decisão

estabelecido para a solução da situação-problema; (e) a compreensão dos valores de

custo dos produtos pelos gestores; (f) os efeitos comportamentais que se pretende

induzir etc.

Para este trabalho, que contempla os serviços administrativo-operacionais hospitalares

prestados às operadoras de planos saúde, será adotado o Sistema de Custeio por Absorção

Plena, em virtude de que as características desses serviços prestados originam-se dos custos

fixos, caracterizados pelos custos de infraestrutura que dão suporte ao funcionamento da

instituição. Depois de apurados, esses custos são precificados e repassados às operadoras de

planos de saúde por meio de produtos como diárias de acomodação, taxas de equipamentos,

taxas de sala de centro cirúrgico, taxas de registros de consulta e taxas de atendimentos de

urgência/emergência.

2.4 A relação entre inovação, competitividade e custos

A inovação pode acontecer em todas as organizações, ao seu tempo, seja pela melhoria de

processos ou pela capacitação de pessoas ou pela aquisição de novos equipamentos com

novas tecnologias (EDERSHEIM, 2007).

Segundo, e complementarmente, Pereira, Campos e Bersan (2013), a inovação ocorre, seja

inovando produtos por incremento tecnológico, inovando processos por adequação dos meios

de produção, inovando a gestão com ações de aprimoramento e capacitação ou inovando na

identificação de oportunidades.

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Ao destacar a relação entre os conceitos, Macedo (2012, p. 116) cita que:

Nesse contexto conceitual e metodológico, a medição da produtividade ou da

eficiência do processo produtivo - o primeiro procedimento para a gestão da

produtividade – torna-se determinada pela relação entre valor adicionado (output) e

os recursos que a empresa utiliza (inputs) nesse processo. Quando a produção é

customizada e/ou os bens e serviços produzidos pela empresa não são homogêneos,

esse método de medição é também o mais adequado, pois não apresenta problemas

de agregação.

Conforme Macedo (2012) e Pereira, Campos, Bersan (2013), pode-se verificar na Figura 4

que a aplicação da inovação dos processos – a título de exemplo, são as categorias do roteiro

da entrevista desta pesquisa – que, se ajustados de forma eficiente, isto é, com mais

assertividade e menor custo, o resultado poderá se tornar mais eficaz, contribuindo para uma

maior competitividade dos hospitais, numa relação incremental positiva entre a tríade

inovação-custos-competitividade, conforme segue:

Figura 4 – Relação da inovação nos processos com a competitividade.

CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO

Processo de atendimento

Política de recursos humanos

Estrutura de redes e

computadores

Sistema de custeio

Sistema de compras

Sistema de controle de estoques

MAIS EFICIÊNCIA NOS PROCESSOS

Processo de faturamento

Sistema de gestão de leitos

Fluxo financeiro

CUSTOS MAIS BAIXOS

Fonte: Elaborado pelo autor desta dissertação, conforme Macedo (2012); Pereira, Campos, Bersan (2013).

Ainda, conforme Lemos e Da Rocha (2011), os avanços tecnológicos têm provocado uma

verdadeira revolução na forma de gestão hospitalar, levando à necessidade de gerenciamento

inovador e sistematizado, que investe na gestão de custos e oferece ferramentas para a tomada

de decisão. Não basta apenas a modernização pela tecnologia. O sucesso da competitividade

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de um hospital ou de qualquer outra empresa depende, fundamentalmente, da gestão de

custos.

Na mesma convergência, Macedo (2012, p. 112) cita que:

Com base nesse conceito de produtividade, os aspectos mais relevantes para o

desempenho empresarial tornam-se centrados no processo de produção e, portanto, a

eficiência do processo produtivo passa a ser determinada e medida

fundamentalmente pelos seus aspectos operacionais.

Fundamentando-se nas citações de Lemos e Da Rocha (2011); Macedo (2012), elaborou-se a

Figura 5 que mostra a relação da inovação dos processos, ou seja, eficiência, tornando-os mais

produtivos – razão da produção pelos custos incorridos –, podendo-se inferir que haverá

maior competitividade.

Figura 5 – Relação da inovação com a produtividade e com a competitividade.

situação atual

melhoria dos processos = EFICIÊNCIA

resu

lta

do

s a

lca

ad

os

=

EFIC

ÁC

IA

COMPETITIVIDADE

PRODUTIVIDADE

Fonte: Elaborado pelo autor desta dissertação, conforme Lemos e Rocha (2011); Macedo

(2012).

Percebe-se, assim, uma relação direta de causa e efeito entre inovação, custos e

competitividade, realçando a importância da inovação dos processos para maior produtividade

por meio da eficiência dos processos – aumento da produção e diminuição dos custos –, para

se obter maior competitividade dos SAOH que os hospitais privados prestam às operadoras de

planos de saúde.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para atingir os objetivos desta pesquisa, este capítulo apresenta os seguintes caminhos

metodológicos: a caracterização da pesquisa, tipo de abordagem da pesquisa, os fins e os

meios, suas questões orientadoras e as unidades de análise e sujeitos da pesquisa, os

instrumentos de coleta de dados e a técnica de análise e interpretação de dados.

3.1 Caracterização da pesquisa

Para atingir os objetivos propostos de mapear a forma pela qual as instituições hospitalares

utilizam a inovação para promover maior competitividade dos serviços administrativo-

operacionais hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde, foi utilizada a

abordagem de pesquisa qualitativa, por meio de estudo de casos múltiplos, ao passo que, para

analisar e interpretar os dados, foi adotado o método de análise de conteúdo.

3.1.1 Quanto à abordagem

A pesquisa é qualitativa e, conforme Flick (2009), esse tipo de pesquisa tem as seguintes

características: a) apropriabilidade de métodos e teorias – o que se pretende identificar é um

fenômeno que depende da interpretação dos gestores que serão ouvidos: o que eles

consideram inovador na gestão de custos; b) perspectivas dos participantes e sua diversidade –

trabalha com diferentes gestores de diferentes organizações, possibilitando a identificação de

suas citações e pontos de vista; c) reflexividade do pesquisador e da pesquisa – a

subjetividade do pesquisador pode servir de guia para interpretar as respostas, em lugar de

apenas enumerá-las; e d) variedade de abordagens e de métodos de pesquisa qualitativa – não

se baseia num único conceito teórico e metodológico; abre-se espaço para diversas

interpretações dos fenômenos estudados.

Para Dutra (2002), Silva, Gobbi e Simão (2004), uma abordagem de pesquisa qualitativa, com

o método de análise de conteúdo, auxilia na compreensão da experiência humana e representa

uma tarefa de extrema complexidade, já que o ser humano é constituído numa subjetividade

que pensa, sente e tem linguagem própria baseada na sua experiência.

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3.1.2 Quanto aos fins

Esta pesquisa é descritiva. Conforme Collis e Hussey (2005), nesse tipo de pesquisa,

descreve-se o comportamento dos fenômenos, identificam-se e obtêm-se informações sobre as

características do problema apresentado, e ao mesmo tempo, mapeiam-se e descrevem-se as

características das questões pertinentes. Para isso, mapeou-se, por meio de entrevistas

semiestruturadas, em instituições hospitalares privadas da RMBH, como elas utilizam a

inovação para promover maior competitividade dos serviços administrativo-operacionais

hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde.

3.1.3 Quanto aos meios

Para a obtenção de informações fidedignas com maior assertividade, a busca de informações

deu-se por meio de estudo de caso múltiplo em duas ou mais unidades. Conforme Godoy

(1995), essa tem se tornado a estratégia preferida por pesquisadores para responder “como” e

“por que” certos fenômenos ocorrem em um contexto da vida real. Pode-se descrever e

estabelecer comparações, assim como conduzir um estudo que contraste atuação e

desempenho entre as instituições pesquisadas.

Logo, para o alcance do objetivo proposto, realizou-se o estudo em seis instituições

hospitalares privadas da região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), verificando a

convergência ou a divergência de seus pontos de vista sobre a inovação como recurso para

promover e assegurar uma maior competitividade.

3.2 Unidades de análise e sujeitos da pesquisa

Para selecionar a amostra das instituições hospitalares que seriam estudadas, foram contatadas

onze instituições privadas da RMBH, sendo este contato feito por e-mail em dez dos casos e

por telefone num deles. Essa amostra de onze hospitais fundamentou-se na citação a seguir:

A determinação do número de casos não pode ser feita a priori, a não ser quando o

caso é intrínseco. O procedimento mais adequado para esse fim consiste no

adicionamento progressivo de novos casos, até o instante em que se alcança a

‘saturação teórica’, isto é, quando o incremento de novas observações não conduz a

um aumento significativo de informações. Embora não se possa falar em um número

ideal de casos, costuma-se utilizar de quatro a dez casos (GIL, 2002, p. 139-140).

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Corroborando ainda, Yin (2010, p. 69) cita que:

A capacidade de conduzir seis ou 10 estudos de caso, efetivamente organizados

dentro de um projeto de casos múltiplos, é análoga à capacidade de conduzir seis ou

10 experimentos sobre tópicos relacionados; poucos casos (dois ou três) seriam

replicações literais, ao passo que outros poucos casos (quatro a seis) podem ser

projetados para buscar padrões diferentes de replicações teóricas [...].

A definição dos hospitais contatados se deu pela relevância dessas instituições hospitalares,

diversificando seus portes entre os pequenos (até 50 leitos), médios (até 150 leitos) e grandes

(acima de 150 leitos), caracterizados, ainda, pela generalização dos serviços e especialidades

que os compõem, nas regiões centro, centro-sul e leste da RMBH e em Nova Lima.

Desses onze hospitais, três foram indicados com a colaboração da Central de Hospitais de

Minas Gerais (CHMG), instituição fundada em 2014 e que se originou da fusão da

Associação dos Hospitais de Minas Gerais (AHMG), fundada em 1956, e do Sindicato dos

Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Minas Gerais (SINDHOMG), além de outros oito por

acessibilidade do autor.

De todos os contatos, seis hospitais se prontificaram a conceder entrevista, que foram

realizadas com os dirigentes da alta administração de cada instituição. Segue um relato sobre

algumas características dessas instituições hospitalares, unidades de análise da pesquisa:

Hospital 1: hospital privado de pequeno porte, com 20 leitos, especializado, situado na

região centro-sul da capital, fundado há mais de vinte anos;

Hospital 2: hospital privado de médio porte com 125 leitos, generalista com diversas

especialidades, situado na região central da capital, fundado há mais de cinquenta e

cinco anos;

Hospital 3: hospital privado de médio porte, com 100 leitos, generalista com diversas

especialidades, situado na região leste da capital, fundado há mais de trinta e cinco

anos;

Hospital 4: hospital privado de grande porte, com 180 leitos, generalista com diversas

especialidades, situado na região sudoeste da capital, fundado há mais de quarenta e

nove anos;

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Hospital 5: hospital privado de grande porte, com 200 leitos, generalista com diversas

especialidades, situado em na região metropolitana da capital, fundado há mais de

dezessete anos;

Hospital 6: hospital privado de grande porte, com 355 leitos, generalista com diversas

especialidades, situado na região centro-sul da capital, fundado há mais de sessenta

anos.

Os sujeitos da pesquisa foram os dirigentes da alta administração de cada instituição, cujas

características são as apresentadas no quadro 1 a seguir:

Quadro 1 – Caracterização dos sujeitos da pesquisa, os entrevistados

Hospital Gênero do

entrevistado

Cargo / função Duração da entrevista

(min)

Entrevistado do hospital 1 Masculino Superintendente 28:37

Entrevistado do hospital 2 Masculino Presidente 24:01

Entrevistado do hospital 3 Masculino Conselheiro 34:51

Entrevistado do hospital 4 Masculino Superintendente 29:58

Entrevistado do hospital 5 Masculino Presidente 32:19

Entrevistado do hospital 6 Masculino Superintendente 20:01

Fonte: Elaborado pelo autor com dados da pesquisa.

3.3 Instrumentos de coleta de dados

Para a realização da coleta de dados, tomou-se como base algumas regras que, conforme

Bardin (2011), são: a regra da representatividade – amostra representativa do universo inicial;

a regra da homogeneidade – obedecer a critérios de escolha; regra da pertinência –

documentos adequados enquanto fonte de informação ao objetivo a ser analisado.

Com base nessas regras, entrevistas semiestruturadas foram elaboradas e realizadas em

unidades de análises e com sujeitos semelhantes, a fim de se obter resultados individuais

comparáveis. Nessas entrevistas semiestruturadas, conforme mostra o Quadro 5, foram

realçados os diversos aspectos a serem estudados, quais sejam: (A) Sistema de custeio, (B)

Sistema de compras, (C) Sistema de controle de estoques, (D) Sistema ou controle de gestão

de leitos, (E) Processo de faturamento, (F) Fluxo financeiro, (G) Estrutura de redes e de

computadores, (H) Política de recursos humanos, (I) Processo de atendimento.

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A realização das entrevistas ocorreu no período de dezembro/2016 a janeiro/2017, de acordo

com o agendamento feito mediante contato por e-mail ou telefone.

O entrevistador foi o próprio autor desta dissertação, que realizou os agendamentos e reuniu-

se com os gestores da alta administração dessas instituições hospitalares privadas. As

entrevistas foram gravadas, transcritas e, posteriormente, submetidas à análise de conteúdo.

Cada entrevista foi precedida das apresentações do entrevistador e do entrevistado, mediante

breve explanação do entrevistador sobre o contexto da inovação e os objetivos da entrevista,

conforme roteiro da entrevista (Apêndice A). Foram enfatizados os aspectos éticos previstos

no Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) que foi assinado pelas partes e cujo

modelo se encontra no Apêndice B.

No decorrer das entrevistas, ou mesmo no início, alguns dirigentes, para compartilhar e

também para responder com fundamentação técnica a algumas perguntas, solicitaram a

participação de alguns gestores da alta e da média administração, dessa forma, propiciando

integração para que as respostas e os resultados fossem mais consistentes. No Hospital 2,

participaram o presidente e a diretora administrativo-financeiro; no Hospital 3, o conselheiro e

a administradora hospitalar; e no Hospital 5, o presidente, os gerentes de compras e do

financeiro, bem como a gerente administrativa e de recursos humanos.

3.4 Técnica de análise e interpretação de dados

Os dados coletados e extraídos foram dispostos com base nos três objetivos específicos desta

pesquisa: 1) identificar as práticas de inovação na gestão dos serviços administrativo-

operacionais hospitalares das instituições; 2) verificar se a otimização dos custos eleva a

competitividade dos serviços administrativo-operacionais hospitalares prestados às operadoras

de planos de saúde; 3) inferir, partindo da análise da tríade inovação-competitividade-custos,

quais são os benefícios ofertados às operadoras de planos de saúde.

A análise e a interpretação de dados foram feitas mediante análise de conteúdo e técnica de

pesquisa que, conforme Gerhardt e Silveira (2009), apresentam determinadas características

metodológicas entre elas: objetividade, sistematização e inferência. As falas, depois de

transcritas, foram lidas, relacionando estruturas semânticas11 (significantes) com estruturas

11Semântica é um ramo da linguística que estuda o significado das palavras, frases e textos de uma língua. O

estudo do significado das palavras pode ser dividido em: a) sinonímias – que possuem significados iguais ou

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sociológicas (significados) dos enunciados e articulando a superfície dos enunciados dos

textos com os fatores que determinam suas características: variáveis psicossociais, contexto

cultural e processos de produção de mensagem.

Existem várias modalidades de análise de conteúdo, dentre as quais se destacam: análise

lexical, análise de expressão, análise de relações, análise temática e análise de enunciação. A

análise temática, por ser mais simples, é considerada apropriada para as investigações

qualitativas. Nela, trabalha-se com a noção de tema, o qual está ligado a uma afirmação a

respeito de determinado assunto; comporta um feixe de relações e pode ser graficamente

representada por meio de uma palavra, frase ou resumo. Operacionalmente, são três as fases

de análise:

1. Pré-análise: composta por três módulos (BARDIN, 2011): 1) a leitura flutuante; 2) a

escolha e a organização do material que vai ser analisado; 3) a formulação das

hipóteses e dos objetivos; e 4) a referenciação dos índices e elaboração dos

indicadores para fundamentar a interpretação final, realizados nos passos 1 e 2 da fase

1, conforme demonstrado no Quadro 2, mais abaixo.

2. Exploração do material: é o momento em que se codifica o material. Primeiro, faz-se

um recorte do texto; segundo, escolhem-se regras de contagem; e, por último,

classificam-se e agregam-se os dados, organizando-os em categorias teóricas ou

empíricas (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

3. Tratamento dos resultados e interpretação: nessa fase, trabalham-se os dados brutos,

permitindo destaque para as informações obtidas, as quais serão interpretadas à luz de

quadro de resultados, diagramas, figuras e modelos que condensam as informações

fornecidas pela análise (BARDIN, 2011), conforme passos 3, 4 e 5 da Fase 2,

apresentados nos quadros 3 e 4, logo à frente:

semelhantes, como: cara/rosto, quarto/dormitório, casa/lar/morada; b) antonímias – que possuem significados

diferentes, como: amor/ódio, dia/noite/calor/frio; c) homonímias – que possuem significados diferentes, porém,

possuem a mesma forma e som, dividindo-se em 1) homófonas – formas diferentes e sons iguais, como:

assento/acento, conserto/concerto, e 2) homógrafas – formas iguais e sons diferentes, como: pode/pode,

olho/olho; d) paronímia – particularidade de duas palavras que apresentam semelhança na grafia e na pronúncia,

mas têm significados diferentes, como: eminente/iminente, absolver/absorver; e) denotação – limita-se ao seu

próprio conceito, trazendo apenas o significado original, como: as estrelas do céu, vesti-me de vermelho, o fogo

do isqueiro; e f) conotação – amplia-se no seu campo semântico, em um contexto, podendo causar várias

interpretações – por exemplo: as estrelas do jardim, o jardim vestiu-se de flores, o fogo da paixão. Fonte:

Disponível em: https://www.significados.com.br/semantica/. (Significado de Semântica). Acesso em: 26 fev.

2017.

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A Fase 1 é composta de dois passos: 1) identificação das citações de cada entrevistado para

cada objetivo específico, por meio da leitura detalhada das entrevistas; 2) organização dessas

citações, ou preparação do material, que foi realizada posteriormente e na qual cada entrevista

passou pelo mesmo processo de alinhamento de enunciados e proposições (BARDIN, 2011),

conforme Quadro 2:

Quadro 2– Detalhamento da análise dos dados.

Fase 1 Fase 2

Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 Passo 5

Identificação de

citações para cada

objetivo específico.

Organização

dessas citações.

Identificação dos

códigos descritivos

Identificação das

categorias

Identificação dos

códigos analíticos

Fonte: SHIGAKI, 2014. Adaptado pelo autor desta dissertação.

Assim, conforme Bardin (2011), foi realizada uma leitura detalhada de todas as entrevistas,

com a intenção de estabelecer um plano de análise, elaborando as codificações ou

categorizações, visando à pertinência aos objetivos específicos desta pesquisa.

As três últimas etapas (SHIGAKI, 2014), caracterizadas pelos passos 3, 4 e 5 da Fase 2, foram

realizadas de forma criteriosa: no passo 3, houve a inclusão de uma palavra-chave ou código

descritivo para cada citação de cada entrevistado, ou seja, todas as palavras do texto podem se

tornar um código descritivo, formando, assim, uma unidade de registro e, consequentemente,

um novo reagrupamento. No passo 4, após a identificação e a análise das diferenças e

similaridades entre os códigos descritivos, houve o ajuste correto das categorias. Aqui, as

citações foram novamente agrupadas. Já no passo 5, esses novos grupos suscitaram os

códigos analíticos ou unidade de contexto. Esse último código foi utilizado para a

compreensão das mensagens e a exata significação da escolha dos códigos descritivos e

categorias. Embora o processo de análise seja formado por etapas, cabe ressaltar que ele não é

praticamente linear, e em várias delas foi necessário retroceder para averiguar os códigos

atribuídos e testar as unidades de análise, conferindo qualidade ao estudo. O detalhamento

dessas fases está demonstrado no Quadro 3, que segue:

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Quadro 3– Detalhamento das fases da análise dos dados – Fase 2.

Passo 3 Passo 4 Passo 5

Código descritivo 1 um controle de contas a pagar e receber que vinha

funcionando de forma adequada

Categoria

A

Código

analítico

X

Código descritivo 2 fluxo de contas a pagar e de contas a receber estão

começando a ficar adequados.

Categoria

A

Código descritivo 3 entendo que eles estão adequados,tem um indicador que é

o ciclo operacional, que a gente percebe que ele está positivo

Categoria

A

Fonte: SHIGAKI, 2014. Adaptado pelo autor desta dissertação.

No capítulo seguinte, tendo como base esse detalhamento das Fases 1 e 2 e de seus

respectivos passos para as análises, inicia-se a análise e a interpretação das entrevistas

realizadas.

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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo são apresentadas três seções com base nos três objetivos específicos e na

ordem desta dissertação. Na primeira identificam-se as práticas de inovação na gestão dos

serviços administrativo-operacionais hospitalares das instituições. Na segunda, verifica-se se a

otimização dos custos eleva a competitividade dos serviços administrativo-operacionais

hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde. Na terceira, infere-se, com base na

análise da tríade inovação-competitividade-custos, quais benefícios são ofertados para as

operadoras de planos de saúde.

Os objetivos com este estudo foram: buscar respostas concretas dos resultados da implantação

e contribuição da inovação de processos nas gestões dos setores de custos, compras, estoques,

leitos e salas cirúrgicas, faturamento, fluxo financeiro, estrutura de redes e computadores,

recursos humanos e atendimento; verificar se ocorreu realmente melhoria da gestão,

diminuição de custos e maior competitividade do hospital; e, finalmente, analisar quais foram

os benefícios ofertados às operadoras de planos de saúde.

Com os critérios de avaliação definidos na metodologia e com base nas entrevistas realizadas,

inicia-se a análise e a interpretação dos resultados, consolidando as categorias desenvolvidas

com os códigos analíticos e contrastando a fundamentação teórica, apresentada no capítulo 2,

com as falas pertinentes das citações das entrevistas, conforme demonstrado no Quadro 4:

Quadro 4 – Critérios de avaliação

Códigos analíticos

(A) Sistema de custeio Inovação Sistema Custo fixo Custo variávelApuração de

resultados- -

(B) Sistema de

comprasInovação Sistema Aquisições

Apuração de

fornecedores- - -

(C) Sistema de

controle de estoquesInovação Sistema Rastreabilidade

Estoque máximo

e mínimo, ponto

de pedido

Perdas e

obsolescênciaInventário -

(D) Sistema ou

controle de gestão de

leitos

Inovação SistemaLeitos e salas

cirúrgicas- - - -

(E) Processo de

faturamentoInovação Sistema

Produção e

faturamentoAuditoria

Controle de

glosas- -

(F) Fluxo financeiro Inovação SistemaContas a pagar e

a receberFluxo de caixa - - -

(G) Estrutura de redes

e de computadoresInovação

Estrutura de

redesGestão hospitalar

Gestão

Financeira

Folha de

pagamento- -

(H) Política de

recursos humanosInovação

Plano de cargos

e salários

Descrição de

cargos

Avaliação de

desempenho

Recrutamento e

seleçãoCapacitação

Retenção de

talentos

(I) Processo de

atendimentoInovação Fila de espera

Recepção

(check in / out)

Protocolo de

segurançaInstalações - -

Categorias

Fonte: SHIGAKI, 2014. Adaptado pelo autor desta dissertação.

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58

Para melhor análise, todas as citações das entrevistas (códigos descritivos) foram alocadas em

suas respectivas categorias e códigos analíticos correspondentes, como se pode verificar no

Apêndice C, em planilhas eletrônicas, portanto, sem a utilização de nenhum software de

análise de dados qualitativos. Seguindo, temos a análise do primeiro objetivo.

4.1 Análise do primeiro objetivo específico: identificar as práticas de inovação na gestão

dos serviços administrativo-operacionais hospitalares das instituições

Nesta análise, as categorias citadas pelos entrevistados foram acumuladas numericamente e

demonstradas nas nove tabelas “Resumo quantitativo das citações” desta seção. Pode-se dar

como exemplo: se seis hospitais citaram a categoria “Apuração de resultados”,

independentemente do seu conteúdo, foram anotadas seis citações; se um entrevistado, porém,

citou de forma contrária à resposta esperada, ou seja, que não se apura resultado, a citação

será anotada como uma restrição. Mostra-se, assim, a quantidade de citações dessa categoria,

de todos os entrevistados, com a respectiva quantidade de restrições. Destaca-se que as

citações e/ou restrições não foram levadas a nenhum juízo de valor.

4.1.1 Sistema de custeio

O sistema de custeio por absorção, adotado neste estudo, conforme Matos (2002), refere-se à

apropriação e ao processamento de todos os custos fixos e variáveis do hospital, resultando

em relatórios com informações sobre os custos totais de cada setor e o custo unitário dos seus

produtos, num determinado período (adotou-se o período mensal). Citam-se como exemplos:

a) o custo total (sem MAT/MED) da unidade de internação (UI), dividido pelo número de

diárias (leitos à disposição no período) resultará no custo de uma diária da UI – que pode ser

de apartamento ou de enfermaria;b)se considerarmos o custo total (sem MAT/MED) da

unidade de terapia intensiva (CTI) dividido pelo número de diárias (leitos à disposição no

período), resultará no custo de uma diária do CTI; c) o custo total (sem MAT/MED e OPME)

do centro cirúrgico (CC) dividido pelo número de horas disponíveis resultará no custo de uma

hora de sala no CC – conhecida como taxa de sala; d) custo total do ambulatório (AMB)

dividido pelo número de consultas resultará no custo de uma consulta – conhecida como taxa

de registro de AMB; e)o custo total (sem MAT/MED) do pronto atendimento (PA) dividido

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59

pelo número de atendimentos resultará no custo de um atendimento – conhecido como “taxa

de atendimento do PA”.

O código analítico sistema de custeio possui cinco categorias: (1) inovação: práticas

inovadoras nos processos; (2) sistema: sistema de custeio informatizado para processamento e

apuração de custos por setor e por produtos; (3) custo fixo: são os custos de infraestrutura,

aqueles incorridos para que o hospital se mantenha funcionando, independentemente do

volume de produção – quantidade de atendimentos e de cirurgias, por exemplo; (4) custo

variável: são os custos dos materiais médico-hospitalares e medicamentos (MAT/MED) e

órteses e próteses e materiais especiais (OPME), consumidos na produção; e (5) apuração de

resultados: análise de dados e tomada de decisão pelos resultados dos custos apurados num

determinado período – geralmente mensal – dos setores e dos produtos.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

A categoria (1) inovação, foi citada por três hospitais, sendo que apenas dois foram mais

enfáticos sobre o tema. A categoria (2), sistema, foi citada por quatro hospitais, demonstrando

que, na maioria deles, há um sistema de apuração de custos. A categoria (3), custo fixo, foi

citada por três hospitais, tais como diárias e taxas. A categoria (4), custo variável, foi citada

apenas por um hospital. A categoria (5), apuração de resultados, foi citada por todos os

entrevistados.

Para melhor visualização e leitura, elaborou-se a Tabela 5, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico Sistema de custeio, com a quantidade de citações – código

descritivo – e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 5 – Resumo quantitativo das citações – Sistema de custeio

Inovação Sistema Custo fixo Custo

variável

Apuração

resultados

Citações 3 4 3 1 6

Restrições - - - - 1

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

A seguir, algumas citações – códigos descritivos – desta categoria. As citações grifadas pelo

autor são as consideradas restritivas:

[...] essa foi uma inovação recente, a gente há um ano e pouco começou a

trabalhar com esse sistema de custeio e facilitou muito pra gente pra ter uma

análise real de quanto a estrutura gasta em cada área, em cada setor

(HOSPITAL 1).

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60

Então, o que nós estamos fazendo em termos de inovação: nós estamos

trabalhando em termos de capacidade nominal. Isso vai dar um custo-padrão,

teoricamente, do nosso custo fixo [...] (HOSPITAL 4).

[...] E, dentro desse custo, a gente consegue apurar o resultado do... dum

paciente, dum setor, duma equipe médica. Então, nosso sistema de custo, ele

vai por setor, por paciente, por médico, por unidade produtiva, por operadora

[...] (HOSPITAL 6).

[...] O hospital já tem um sistema de custo que funciona por absorção que já

funciona... mas, não funcionava de forma satisfatória em termos de

resultado e em termos de gestão. Hoje, o que nós estamos fazendo é

adequando esse... essa filosofia de custo [...] (HOSPITAL 4, grifos nossos).

Constata-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois três (50%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, estão implantando inovações em seus

processos; quatro (67%) têm um sistema de custeio para apuração dos seus custos e análise

dos seus resultados; e todos eles falaram sobre apuração de resultados, porém, cinco hospitais

(87%) apuram realmente seus resultados; e apenas o Hospital 4 (17%) citou que, apesar de já

ter um sistema de custeio implantando, não realiza plenamente essa apuração de resultado, por

isso o grifos nossos e a anotação de uma restrição.

4.1.2 Sistema de compras

O código analítico sistema de compras possui quatro categorias: 1) inovação: práticas

inovadoras nos processos; 2) sistema: sistema informatizado para coleta de preços no mercado

fornecedor dos itens a comprar, análise do menor preço por item e por fornecedor; 3)

aquisições: compras dos itens analisados pelo melhor preço – habilitação legal conforme

normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)12, menor prazo de entrega,

maior prazo de pagamento sem majoração de preços e menor preço; e 4) apuração de

fornecedores: se a escolha do fornecedor é baseada nos critérios do item anterior.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

12

“Criada pela Lei n. 9.782, de 26 de janeiro 1999 (BRASIL, 1999), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa) é uma autarquia sob regime especial,que tem sede e foro no Distrito Federal, e está presente em todo

o território nacional por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados. Tem

por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário

da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos

processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos,

fronteiras e recintos alfandegados” [AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA).

Institucional. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/institucional>. Acesso em: 22 fev. 2017].

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Sobre a categoria (1), inovação, apenas dois hospitais a citaram. A categoria (2), sistema, foi

citada por cinco hospitais, tendo quatro deles um sistema informatizado e outro, não. A

categoria (3), aquisições, foi a única citada por todos os entrevistados. A categoria (4)

apuração de fornecedores, foi citada por três hospitais, inclusive na categoria (3).

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 6, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico Sistema de compras, com a quantidade de citações – código

descritivo – e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 6 – Resumo quantitativo das citações – Sistema de compras

Inovação Sistema Aquisições Apuração

fornecedores

Citações 2 5 6 3

Restrições - - - -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem algumas citações – códigos descritivos – desta categoria. As citações grifadas pelo

autor são as consideradas restritivas:

[...] Na hora do comprador analisar, ele que vai avaliar de acordo com as

marcas padronizadas pelo grupo de farmacêuticos. Se há uma divergência

grande de uma marca que não está aprovada, ele para o processo e devolve

para os farmacêuticos para eles aprovarem ou negarem aquela marca [...]

(HOSPITAL 6).

[...] Passamos a fazer as aquisições de material e medicamento através

contratos que avaliavam preço, prazo, qualidade [...] (HOSPITAL 1)

[...] Dentro da padronização que nós temos, o critério, ele é balizado no

menor custo, então, se eu tenho no mínimo três cotações, a melhor tomada

de decisão é aquela que, no caso, a que me traz melhor retorno financeiro

(HOSPITAL 5).

Verifica-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois um (17%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, está implantando inovações em seus

processos; cinco (87%) utilizam sistemas informatizados de compras; e seis (100%) fazem a

análise do “melhor preço” para suas aquisições; três (50%) definem, por esse critério, os

fornecedores vencedores.

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4.1.3 Sistema de controle de estoques

O código analítico sistema de controle de estoques possui cinco categorias: (1) inovação:

práticas inovadoras nos processos; (2) sistema: sistema informatizado para controle de entrada

e saída de produtos, devolução de medicamentos dispensados para os postos de enfermagem e

de outros itens que seguem; (3) rastreabilidade: produto cadastrado por código de barras no

qual constam informações sobre o fabricante, a identificação do princípio ativo, o número do

lote – datas de fabricação e de validade, dispensado por meio de prescrição eletrônica, e

também a devolução – MAT/MED – não utilizados nos pacientes; (4) estoque máximo e

mínimo e o ponto de pedido: são as limitações superior e inferior para quantidade de estoque,

que pode ser por quantidade de itens de cada produto ou pelo seu valor financeiro, e em qual

ponto – quantidade de itens de determinado produto – será enviado o pedido ao setor de

compras para aquisição; (5) perdas e obsolescência: são os produtos que tiveram sua validade

vencida, ou foram quebrados, ou foram desviados intencionalmente, ou, ainda, ficaram

obsoletos mediante novos produtos; e (6) inventário: contagem de todos os itens do estoque,

em periodicidade determinada pela administração, nunca inferior a uma vez ao ano, de

preferência no mês de dezembro, antes do encerramento do ano contábil.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

A categoria (1), inovação, foi citada apenas por um hospital. A categoria (2), sistema, foi

citada por cinco hospitais. Sobre a categoria (3), rastreabilidade, apenas dois hospitais a

citaram. A categoria (4), estoque máximo e mínimo e o ponto de pedido, foi citada por cinco

hospitais. A categoria (5), perdas e obsolescência, foi citada por dois hospitais. A categoria

(6), inventário, foi citada apenas por um hospital.

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 7, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico Sistema de controle de estoques, com a quantidade de citações

– código descritivo –,e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 7 – Resumo quantitativo das citações – Sistema de controle de estoques.

Inovação Sistema Rastreabi-

lidade

Estoque

máx/mín.

pt. Pedido

Perdas e

obsoles-

cência

Inventário

Citações 1 5 2 5 2 1

Restrições - - - 1 - -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

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Seguem algumas citações – códigos descritivos – desta categoria. As citações grifadas pelo

autor são as consideradas restritivas:

É... essa é uma fragilidade nossa, né?...A gente tava nos mês passado, por

exemplo, há.... foi visto que tinha na farmácia central, foi visto que tinha

na... na... lá no estoque, lá em cima e, não se viu se tinha nas

minifarmácias... [...] então, se comprou numa única semana, produtos que

tavam disponíveis e subutilizados nas satélites [...] (HOSPITAL 2, grifos

nossos).

Eu já respondi isso pra você, dizendo, inclusive, que nós não tínhamos isso.

Nós tínhamos um sistema muito superior e não era utilizado. Você não tinha

controle de suprimento, de obsolescência, nada. Nós estamos fazendo isso

agora [...] (HOSPITAL 4).

[...] Ele é composto de estoque máximo e mínimo, classificação ABC e

XYZ, produto crítico. Claro que a ferramenta de estoque, ela é um

facilitador, mas ela não é um fator decisivo final. Porque dentro do sistema

existem as sazonalidades. Eu tenho picos de consumo por alguma patologia

específica. Então, tem sempre análise... pessoa no processo [...] (HOSPITAL

6).

Nota-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois um (17%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, está implantando inovações em seus

processos; cinco (87%) utilizam sistemas informatizados de controle de estoques; dois (33%)

executam a rastreabilidade; cinco hospitais (87%) comentaram sobre o controle de estoque

mínimo/máximo e ponto do pedido, porém, desses, quatro praticam esse controle e um não

pratica, portanto, gerando uma restrição; dois (33%) controlam as perdas e obsolescência e

apenas um (17%) comentou sobre a realização do inventário.

4.1.4 Sistema ou controle de gestão de leitos

O código analítico sistema ou controle de gestão de leitos possui três categorias: (1) inovação:

práticas inovadoras nos processos; (2) sistema: sistema informatizado para controle e

informação dos leitos e das salas cirúrgicas ocupados, dos vagos, dos que estão próximos de

ficar vagos; (3) leitos e salas cirúrgicas: se há efetivação do controle da ocupação dos leitos e

das salas cirúrgicas.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

A categoria (1), inovação, foi citada por três hospitais, sendo uma delas de fragilidade.

Quanto à categoria (2), sistemas, cinco hospitais têm um sistema de controle, dois, inclusive,

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em planilhas eletrônicas. A única categoria citada por todos os entrevistados foi a (3), leitos e

salas de cirurgias.

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 8, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico Sistema ou controle de gestão de leitos, com a quantidade de

citações – código descritivo –, e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição.

Tabela 8 – Resumo quantitativo das citações – Sistema ou controle de gestão de leitos.

Inovação Sistema Leitos e salas

cirúrgicas

Citações 3 5 6

Restrições 1 - 2

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem algumas citações – códigos descritivos– desta categoria. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

[...] não teve nenhuma prática nova [...] (HOSPITAL 1, grifos nossos)

[...] Na gestão de leitos, é um processo que a gente sabe que tem que

melhorar um pouco mais, talvez até em virtude do hospital ter poucos leitos

[...] (HOSPITAL 3, grifos nossos).

É, na realidade, esse aí ainda continua sendo o sistema antigo né... nós

estamos começando a trabalhar nisso [...] (HOSPITAL 4, grifos nossos).

[...] tem sim e a gente tem uma prática na instituição que se chama ‘bate-

mapa’, que é onde a gente gerencia os leitos e a ocupação dos leitos no

hospital [...] (HOSPITAL 5).

[...] o hospital já acompanha, tem esse controle gerencial em cima do

número de horas que trabalha no nosso bloco cirúrgico e o número de leitos

[...] (HOSPITAL 1).

O nosso sistema de gestão de leitos e blocos cirúrgicos [...] nos aponta

disponibilidade de leito, média de permanência e pacientes de longa

permanência também. O mais inovador que nós fizemos aí é um grupo que

chama gestão de leito [...] (HOSPITAL 6).

Percebe-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois três (50%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, citaram a inovação, porém somente dois a

implantaram em seus processos, havendo, portanto, uma restrição anotada; cinco (87%)

utilizam sistemas informatizados de controle; todos os seis hospitais (100%) citaram que

controlam os leitos e salas cirúrgicas, porém dois hospitais disseram que não têm o controle

efetivo, cabendo, portanto, anotação de duas restrições.

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4.1.5 Processo de faturamento

O código analítico processo de faturamento possui cinco categorias: (1) inovação: práticas

inovadoras nos processos; (2) sistema: sistema informatizado para processamento da

produção hospitalar com geração de faturas individualizadas dos pacientes e formação de

lotes para envio às operadoras de planos de saúde; (3) produção e faturamento: o consumo de

insumos e de serviços – médicos, MAT/MED, OPME, SADT – pelos pacientes num

determinado período deve coincidir com os lançamentos no faturamento no mesmo período;

(4) auditoria: serviço de controle de faturamento – contas médicas – visando controlar se o

que foi produzido está faturado e em conformidade com as regras constantes nos contratos

com as operadoras de planos de saúde; e (5) controle de glosas: o consumo inadequado –

MAT/MED não compatível com o tratamento, ou utilizado em excesso, ou não utilizado e

faturado, valores cobrados diferentes dos acordados em contrato etc. – apontados pelas

operadoras, devem ser analisados pela auditoria do hospital para verificar sua pertinência ou

não.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

A categoria (1) inovação foi citada por quatro hospitais. A categoria (2), sistema, foi citada

por dois hospitais. A única categoria citada por todos os entrevistados foi a (3), produção e

faturamento. A categoria (4), auditoria, foi citada por quatro hospitais que têm esse serviço.

Quanto à categoria (5), controle de glosas, cinco hospitais a citaram, porém um hospital

demonstrou fragilidade total.

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 9, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico Processo de faturamento, com a quantidade de citações –

código descritivo –, e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 9 – Resumo quantitativo das citações – Processo de faturamento.

Inovação Sistema Produção e

faturamento

Auditoria Controle de

glosas

Citações 4 2 6 4 5

Restrições - - - - 1

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem algumas citações – códigos descritivos– desta categoria. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

Nossa maior... é... o dia que eu assumi aqui...eu desenhei assim, o mais

importante e o mais urgente... e aqui no fundo... o quadrado mais difícil, eu

coloquei glosas. Eu tenho certeza que eu vou sair da direção sem ter

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resolvido esse problema da glosa, né! Então, a glosa é uma fragilidade total

nossa, né? (HOSPITAL 2, grifos nossos).

O processo de faturamento nosso, ele é assim... considerado excelente

inclusive por outras operadoras. Que a gente já participou de reuniões. É um

dos hospitais que mais apresenta contas na competência [...] (HOSPITAL 3).

[...]Então, tudo que o... é gerado de despesa na... das contas, seja a... as

diárias, as taxas e até mesmo os materiais, caem direto na conta do paciente.

Com isso, a gente consegue ter uma eficiência no faturamento [...]

(HOSPITAL 5).

Depreende-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois quatro (67%)

dos hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, estão implantando a inovação em seus

processos; dois (33%) citaram sistema informatizado; seis (100%) citaram que o que

produzem eles faturam; quatro (67%) disseram que têm serviço de auditoria de contas; e cinco

(87%) citaram o controle de glosas, dos quais cinco têm o controle implantado com

resultados, um hospital ainda está fragilizado, cabendo aqui a anotação de uma restrição.

4.1.6 Fluxo financeiro

O código analítico fluxo financeiro possui quatro categorias: (1) inovação: práticas inovadoras

nos processos; (2) sistema: sistema informatizado para processamento de entradas de notas

fiscais e documentos legais, tanto a crédito (a receber) como a débito (a pagar), gerando os

prazos médios de pagamento e os de recebimento, convergindo para o resultado do fluxo

financeiro – prazo médio de recebimento menos prazo médio de pagamento; (3) contas a

pagar e a receber: verificar se os prazos de pagamento das aquisições confrontado com os

prazos de recebimento do faturamento estão saudáveis para um fluxo de caixa; e (4) fluxo de

caixa: controle das receitas de faturamento recebidas em determinado período, menos os

desembolsos financeiros ocorridos nesse mesmo período, que, somados ao saldo do período

imediatamente anterior, resultará num saldo financeiro ao final desse mesmo período.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

Todas as categorias foram citadas unanimemente, exceto a (1), inovação, que foi citada

apenas por um hospital. Quanto à categoria (2), sistema, é contemplado com integração por

apenas dois hospitais; os outros quatro hospitais trabalham com planilhas eletrônicas. Na

categoria (3), contas a pagar e a receber, três hospitais citaram que estão com fluxo adequado,

um hospital citou que está adequando, outro não citou se está ou não adequado, e um último

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citou que a adequação deixa a desejar. Quanto à categoria (4), fluxo de caixa, todos os

hospitais têm controle no sistema integrado, apenas um tem o controle em planilha eletrônica.

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 10, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico – fluxo financeiro, com a quantidade de citações – código

descritivo –, e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 10 – Resumo quantitativo das citações – Fluxo financeiro.

Inovação Sistema Contas a

pagar e a

receber

Fluxo de caixa

Citações 1 6 6 6

Restrições - 4 3 -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem algumas citações – códigos descritivos – desta categoria. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

[...] E a gente controla isso muito forte pelo meu ciclo financeiro [...] que é

influenciado por prazo médio de pagamento, prazo médio de recebimento,

prazo médio de faturamento e tem o prazo médio de estoque [...]

(HOSPITAL 6).

Esses fluxos financeiros ainda tão ainda.... deixam a desejar, né [...] Tem

um fluxo de caixa implantado [...] (HOSPITAL 2, grifos nossos).

Temos o setor que funciona o contar a pagar e contas a receber [...], tem um

fluxo de caixa [...] e o saldo tem até um... fôlego mesmo, assim, de ter até

uma reserva financeira em ativo mesmo [...] (HOSPITAL 3, grifos nossos).

[...] o período de contas a pagar não pode ser menor do que o contas a

receber, tem que ser igual ou maior. Essa é uma coisa que nós estamos

trabalhando e, tá realmente, começando a ficar adequado [...] (HOSPITAL

4, grifos nossos).

Identifica-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois um (17%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, estão implantando a inovação em seus

processos; seis (100%) citaram o sistema, porém, somente dois hospitais têm sistema

informatizado, os outros quatro elaboram planilhas eletrônicas, cabendo aqui as anotações de

restrição; seis (100%) citaram a adequação dos prazos do fluxo financeiro, porém somente

três estão com os fluxos adequados; seis (100%) disseram que têm um fluxo de caixa

implantado.

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4.1.7 Estrutura de redes e de computadores

O código analítico estrutura de redes e de computadores possui cinco categorias: (1)

inovação: práticas inovadoras nos processos; (2) estrutura de redes e de computadores:

cabeamento estruturado, switches, servidores, estações de trabalho, sistemas operacionais;

estações de trabalho locais – notebooks e desktops –, impressoras, sistemas operacionais

locais e seus programas; (3) gestão hospitalar: sistema específico de gestão hospitalar – front

office; (4) gestão financeira: sistema específico de gestão financeira – back office; e (5) folha

de pagamento: sistema específico de folha de pagamento – back office.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

Todas as categorias foram citadas por unanimidade, exceto a (1), inovação, que foi citada

apenas por um hospital. A categoria (2), estrutura de redes e de computadores, demonstra que

dois hospitais estão totalmente integrados em rede, porém um citou que ainda assim não é

suficientemente atendido; dois hospitais citaram que estão parcialmente integrados com certa

obsolescência; dos outros dois hospitais restantes, um citou que não está integrado e o outro

não soube responder. Quanto à categoria (3), gestão hospitalar, quatro hospitais citaram que

estão integrados, um não integrado, e outro com sérios problemas na integração. Quanto à

categoria (4), gestão financeira, quatro hospitais citaram que estão integrados, um não

integrado, e outro com sérios problemas na integração. Quanto à categoria (5). folha de

pagamento, dos seis hospitais respondentes apenas dois têm a folha de pagamento integrada.

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 11, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico Estrutura de redes e de computadores, com a quantidade de

citações – código descritivo –, e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 11 – Resumo quantitativo das citações – Estrutura de redes e de computadores.

Inovação Estrutura de

redes

Gestão

hospitalar

Gestão

financeira

Folha de

pagamento

Citações 1 6 6 6 6

Restrições - 4 2 2 4

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem algumas citações – códigos descritivos– desta categoria. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

Eu não tenho essa segurança pra tá te informando, porque eu não tenho...

um conhecimento técnico da área (HOSPITAL 3, grifos nossos).

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Bom, nesse sentido, a gente precisa evoluir um pouquinho. O software tá

implantado, é um software de gestão hospitalar que envolve a parte

administrativa financeira (HOSPITAL 5, grifos nossos).

A estrutura minha de informática é uma estrutura robusta, mas ainda não é

uma estrutura suficiente [...] (HOSPITAL 6, grifos nossos).

[...] A estrutura de rede... tá adequada, atende todo o hospital [...] hoje tá

tudo integrado, hoje você entra no sistema você consegue saber qual que é a

sua internação hoje, você consegue saber o faturamento, quer dizer, todas as

informações do setor financeiro, faturamento do hospital por convênio, por

procedimento, por clínica, tá tudo dentro do sistema hoje [...] (HOSPITAL

4).

[...] aí vai ser um novo passo, uma nova inovação [...] vai tá desenvolvendo,

que é exatamente fazer essa integração entre o sistema nosso hospitalar e o

administrativo financeiro. Nós estamos no meio de caminho nisso

(HOSPITAL 1, grifos nossos).

Tem nossa... tá muito obsoleta, né? Que... o nosso...nosso software, ele foi

reprovado por 100% dos...dos hospitais do Brasil, né. Ficando, só a gente

com ele. Então, é cheio de curativos né [...] Os softwares são acoplados pra

fazer tarefas que... a gente subutiliza o que ele oferece (HOSPITAL 2, grifos

nossos).

Constata-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois um (17%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, estão implantando a inovação em seus

processos; seis (100%) citaram a estrutura de redes e de computadores, porém quatro deles

não estão totalmente integrados, anotando-se quatro restrições; seis (100%) disseram que têm

um sistema de gestão hospitalar, no entanto dois não estão totalmente integrados, cabendo

anotar duas restrições; seis (100%) disseram, também, que têm um sistema de gestão

financeira, porém dois não estão totalmente integrados, ressaltando duas restrições; seis

(100%) citaram a folha de pagamento, porém quatro hospitais disseram que não está

integrada, cabendo anotação de quatro restrições.

4.1.8 Política de recursos humanos

O código analítico Política de recursos humanos possui sete categorias: (1) inovação: práticas

inovadoras nos processos; (2) plano de cargos e salários: evolução profissional do funcionário

dentro do hospital, tanto em ascensão funcional como salarial, ao longo do tempo; (3)

descrição de cargos: detalhamento das competências e das responsabilidades técnicas e

comportamentais para determinado cargo; (4) avaliação de desempenho: evolução do

funcionário, num determinado período, quanto às suas ascensões funcionais, laborais e

atingimento de metas; (5) recrutamento e seleção: busca de candidatos no mercado de

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trabalho e seleção para o cargo daquele mais bem classificado conforme as regras do hospital;

(6) capacitação: treinamento via educação continuada para execução dos processos; e (7)

retenção de talentos: oferta de ambiente trabalho, clima organizacional e de benefícios

pertinentes, atraentes e recíprocos para a permanência do funcionário no hospital.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

Todas as categorias foram citadas, porém sem unanimidade. A categoria (1), inovação, foi

citada por três hospitais. Mesmo citada por três hospitais, a categoria (2), plano de cargos e

salários, não está implantada em nenhum deles. A categoria (3), descrição de cargos e

salários, foi citada apenas por um hospital. Quanto à categoria (4), avaliação de desempenho,

quatro hospitais citaram que a possuem, porém, um hospital foi contraditório citando que não

realiza tal avaliação. Na categoria (5), recrutamento e seleção, quatro hospitais citaram que

têm setor específico para o processo. A categoria (6), capacitação, foi citada por cinco

hospitais, porém um citou que não tem implantada a política de treinamento. Quanto à

categoria (7), retenção de talentos apenas três hospitais a citaram, dois deles não adotam essa

política, porém, um deles citou que essa política não está implantada.

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 12, na qual constam as categorias

analisadas do código analítico Política de recursos humanos, com a quantidade de citações –

código descritivo –, e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 12 – Resumo quantitativo das citações – Política de recursos humanos.

Inovação Plano de

cargos

salários

Descrição

de

cargos

Avaliação

de desem-

penho

Recruta-

mento e

seleção

Capaci-

tação

Retenção

talentos

Citações 3 3 1 4 4 5 3

Restrições - 3 - 1 - 1 1

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem algumas citações – códigos descritivos desta categoria. As citações são as

consideradas restritivas:

[...] A gente tem algumas inovações relacionadas ao desenvolvimento das

lideranças. Em relação à operação, como inovação, tem a oficina de

enfermagem, que é uma espécie de laboratório [...] Considerando o que tem

acontecido no mercado, que esses profissionais vêm com uma formação

muito ruim, eles vão passar por uma sala de aula, por um laboratório antes

de ter contato com os nossos pacientes. Isso propicia uma... uma assistência

mais segura [...] (HOSPITAL 5).

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[...] Nós fazemos avaliação por desempenho, se eles tão atingido os prazos

de entrega e tudo que são itens da avaliação de desempenho deles [...]

(HOSPITAL 6).

O que nós não temos ainda implantando e, até por estratégia, por o hospital

não achar que ainda não era o momento, é o plano de cargas e salário

(HOSPITAL 3, grifos nossos).

É, hoje,... isso aí é um problema hoje que nós estamos trabalhando, nós não

temos um plano de carga e salário. É uma coisa que nós estamos

trabalhando [...] (HOSPITAL 4, grifos nossos).

Planos de cargos e salários ainda não é uma realidade no [...] (HOSPITAL

6, grifos nossos).

Evidencia-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois três (50%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, estão implantando a inovação em seus

processos; três (50%) citaram o plano de cargos e salários, porém nenhum deles o tem

implantado, cabendo anotar três restrições; um (17%) comentou que tem descrição de cargos

e salários; quatro (67%) citaram avaliação de desempenho, porém um hospital ainda não

implantou, cabendo anotar uma restrição; quatro (67%) têm recrutamento e seleção

implantados; cinco (87%) citaram capacitação, porém um não capacita, cabendo aqui uma

restrição; e três (50%) citaram retenção de talentos, no entanto, um não aplica essa política,

cabendo mais uma anotação de restrição.

4.1.9 Processo de atendimento

O código analítico processo de atendimento possui cinco categorias: (1) inovação: práticas

inovadoras nos processos; (2) fila de espera: tempo médio entre a chegada do paciente e a

realização do atendimento; (3) recepção (check in/check out): no caso específico, que é a

internação, o check in é o tempo médio entre a solicitação de internação e a efetiva internação

do paciente; contrariamente, o check out é o tempo médio entre a alta do paciente e a

disponibilização do leito para outro paciente; (4) protocolo de segurança: método de

atendimento aos pacientes conforme normas de órgãos regulamentadores; e (5) instalações:

layout físico e parque de equipamentos adequados aos atendimentos dos pacientes.

Após a leitura das respostas das entrevistas, elaborou-se a seguinte estratificação:

Todas as categorias foram citadas, porém sem unanimidade. A categoria (1), inovação, foi

citada por apenas um hospital. A categoria (2), fila de espera, foi citada por cinco hospitais.

Quanto à categoria (3) recepção (check in/check out), foi citada por quatro hospitais, sendo

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que três citaram positivamente e um, que é uma fragilidade. Quanto à categoria (4), protocolo

de segurança, quatro hospitais fizeram citações. Quanto à categoria (5), instalações três

hospitais fizeram citações, um deles relativizou as instalações prediais.

Para melhor visualização e leitura, foi elaborada a Tabela 13, onde constam as categorias

analisadas do código analítico Processo de atendimento, com a quantidade de citações –

código descritivo –, e, dessas, quantas têm algum tipo de restrição:

Tabela 13 – Resumo quantitativo das citações – Processo de atendimento.

Inovação Fila de

espera

Recepção

(check in

/check out)

Protocolo de

segurança

Instalações

Citações 1 5 4 4 3

Restrições - - 1 - 1

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem algumas citações – códigos descritivos desta categoria. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

[...] o paciente chegou no hospital, ele foi atendido, o tempo do médico

depende um pouco do médico. Mas, há esse protocolo de classificação,

então, a gente segue o protocolo de classificação do paciente, que é baseado

no protocolo de Manchester, então, com isso, você classifica o paciente até

que pode esperar mais ou que pode esperar menos, então essa parte, a gente

faz toda essa gestão (HOSPITAL 3).

Nós temos um processo de atendimento ágil. Minhas entradas e saídas dos

pacientes são todas automatizadas. Eu tenho um controle de acesso bem

seguro, bem tranquilo. O que hoje eu deixo a desejar é a alta médica [...]

(HOSPITAL 6).

[...] o que a gente tem de inovação em relação a isso, então a instituição está

envelhecendo, existe uma necessidade grande de investimentos [...] O que a

gente entendeu é que preciso... escutar muita gente pra definir prioridades.

Não há dinheiro sem limites pra investir em tudo que... que todo mundo da

instituição acredita que precisa. Então, a gente criou um plano de

investimentos onde são consultadas as lideranças assistências, médicos e

enfermeiros. [...] Isso quer dizer, que tudo que é... implique em algum risco

pro paciente, aquilo é considerado uma prioridade de investimento pela

diretoria. Então, essa é uma inovação. Trazer o risco assim, assistencial, pro

plano de investimentos [...] (HOSPITAL 5).

Na recepção, realmente, nós temos uma fragilidade que [...] não consegue

ter duas portarias. Nós temos uma só. É por ali que entra e por ali e saí.

Mas, mesmo assim, conseguimos colocar três pessoas lá, [...] pra gente

evitar que haja fila na recepção (HOSPITAL 2, grifos nossos).

[...] Esse é um prédio antigo, velho, né? Então, existe algumas deficiências

ainda que nós estamos trabalhando também nesse aspecto de... predial [...]

(HOSPITAL 4, grifos nossos).

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Identifica-se uma coerência entre a teoria e as citações dos entrevistados, pois um (17%) dos

hospitais entrevistados, mesmo que ao seu tempo, está implantando a inovação em seus

processos; cinco (87%) têm implantado sistema de controle de filas; quatro (67%) citaram

controle de recepção (check in/check out), porém um hospital não tem implantado, restando

anotar uma restrição; quatro (67%) adotam protocolos de segurança; três (50%) citaram

instalações, porém um hospital relatou precariedade de instalações, cabendo anotar uma

restrição.

4.2 Análise do segundo objetivo específico: Verificar se a otimização dos custos eleva a

competitividade dos serviços administrativo-operacionais hospitalares prestados às

operadoras de planos de saúde

Considera-se, nesta análise, a seguinte pergunta balizadora: “Com essas práticas inovadoras

implantadas houve melhoria da gestão, diminuição dos custos e maior competitividade? Você

pode detalhar?” – aplicada para todos os nove códigos analíticos do primeiro objetivo:

Sistema de custeio, Sistema de compras, Sistema de controle de estoques, Sistema ou controle

de gestão leitos, Processo de faturamento, Fluxo financeiro, estrutura de redes e de

computadores, Política de recursos humanos e Processo de atendimento.

As citações das entrevistas foram estratificadas e elaborados quadros com as respostas SIM –

Como?, ou NÃO – Por quê?, para melhor visualização e análise, como se pode verificar nos

quadros do Apêndice D, elaborados pelo autor em planilhas eletrônicas sem a utilização de

nenhum software de análise de dados qualitativos.

Em face das respostas do entrevistado, foi analisada a coerência desta com a do primeiro

objetivo deste estudo. Desse modo, com base em possível contradição ou não conformidade

com a resposta do primeiro objetivo, apresenta-se um comentário de restrição.

Cita-se como exemplo a seguinte análise em relação às respostas do “HOSPITAL 2”: no

código analítico “Processo de Faturamento” do primeiro objetivo, obtendo-se a seguinte

citação sobre categoria “Glosas”:

Nossa maior... é... o dia que eu assumi aqui...eu desenhei assim, o mais

importante e o mais urgente... e aqui no fundo... o quadrado mais difícil, eu

coloquei ‘glosas’. Eu tenho certeza que eu vou sair da direção sem ter

resolvido esse problema da glosa, né! Então, a glosa é uma fragilidade total

nossa, né (HOSPITAL 2, grifos nossos).

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Quando aplicada a pergunta desse segundo objetivo, o mesmo “HOSPITAL 2” cita:

Tem uma melhoria muito grande com auditoria, com o processo de

faturamento implantado, e estamos agora fazendo uma nova modificação,

todo esse processo, todo esse fluxo pra ter um novo patamar aí de melhora

(HOSPITAL 2, grifos nossos).

Percebe-se uma contradição da segunda resposta em relação à primeira, por isso apresenta-se

um comentário com restrição pelo autor.

4.2.1 Sistema de custeio

Para esse código analítico todos os hospitais responderam SIM. “Como” fizeram está nas

citações a seguir:

Quadro 5 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema de custeio.

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x x x x

NÃO - - - - - -

Restrições - - - x - -

Fonte: Elaborado o pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem as respostas ao SIM – Como? e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

Propiciou avaliar melhor o custo e reduzi-lo; mais eficiência e eficácia,

portanto maior competitividade (HOSPITAL 1).

Ver onde que a gente ainda tá falhando, onde que precisa de mexer, a gente

tem esse controle bem apurado (HOSPITAL 2).

Implantação de orçamento (HOSPITAL 3).

O coeficiente de ociosidade da unidade de resultado. Isso a gente começa a

trabalhar isso, já deu um resultado, inclusive, maior competitividade

porque, nós temos que baixar a relação de custo fixo (HOSPITAL 4, grifos

nossos).

Melhoria da gestão com certeza, a informação do custo venha a ajudar, o

importante aqui é conhecer o custo que vem melhorando a cada ano.

Diminuir esse resultado de déficit e melhorar ele a nível de receita

(HOSPITAL 5).

Conseguimos reduzir sensivelmente o custo. Nós temos uma ferramenta que

gerencia material e despesa. Mensalmente cada gestor apresenta sua conta,

ele tem o desvio e ele justifica o motivo desse desvio. Houve uma evolução

bem significativa com implantação dessa ferramenta (HOSPITAL 6).

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Conforme a citação do Hospital 4 do primeiro objetivo a seguir,

[...] O hospital já tem um sistema de custo que funciona por absorção que já

funciona... mas, não funcionava de forma satisfatória em termos de resultado

e em termos de gestão. Hoje, o que nós estamos fazendo é adequando esse...

essa filosofia de custo [...] (HOSPITAL 4).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “O hospital já tem um sistema de

custo que funciona por absorção que já funciona... mas, não funcionava de forma satisfatória

em termos de resultado e em termos de gestão” e contrastando-a com a síntese da citação

deste segundo objetivo: “já deu um resultado, inclusive, maior competitividade porque, nós

temos que baixar a relação de custo fixo”, pode-se verificar uma incoerência entre elas,

mostrando que o efeito – segundo objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo –,

por isso esse comentário com restrição.

4.2.2 Sistema de compras

Para este código analítico, todos os hospitais responderam SIM. “Como” fizeram está nas

citações a seguir:

Quadro 6 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema de compras.

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x x x x

NÃO - - - - - -

Restrições - - - - - -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem as respostas ao SIM – Como? e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas pelo autor são

as consideradas restritivas:

Reduzindo os custos de aquisição dos materiais; facilitando toda essa

logística também de fornecimento e distribuição. Ganhando produtividade e

competitividade sem dúvida nenhuma (HOSPITAL 1).

Nós usamos o mais barato (HOSPITAL 2).

Negociar com alguns fornecedores em contrato por entregas (HOSPITAL 3).

Começou a girar melhor o nosso estoque, estamos adquirindo um sistema

de... nacional de cotação de preços, já conseguimos inclusive o menor preço

(HOSPITAL 4).

Quando implantamos um sistema de compras, reduzimos os custos em torno

9%, mais competitivos (HOSPITAL 5).

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Nós já usamos um sistema de compras pelo menos há dez anos. Quando se

implantou um sistema de compras, na primeira compra houve uma média de

redução de 30% dos nossos custos (HOSPITAL 6).

Analisando-se as citações dos hospitais do primeiro objetivo e comparando-as com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência das primeiras com as segundas, ou

seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro objetivo.

4.2.3 Sistema de controle de estoques

Para este código analítico todos os hospitais responderam SIM. “Como” fizeram está nas

citações a seguir:

Quadro 7 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema de controle de estoques

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x x x x

NÃO - - - - - -

Restrições - - - - - x

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem as respostas ao SIM – Como? e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

Trazendo uma melhoria na redução de custo, sem dúvida nenhuma. Maior

competitividade atrelada a um ganho financeiro em cima dos controles que

você passa a ter (HOSPITAL 1).

A gente brigou demais com o setor de compras né? pra que só comprasse

aquilo que fosse realmente necessário (HOSPITAL 2).

Houve uma diminuição do valor do estoque. Além de reduzir perda como

medicamentos que vencem (HOSPITAL 3).

Maior competitividade, girando o estoque mais vezes, redução de custos,

conscientização dos gestores (HOSPITAL 4).

Há uma geração informações confiáveis, uma interação de velocidade no

processo.Tudo isso gera uma melhoria de gestão, diminuição do custo,

porque ele consegue trabalhar com um estoque mais justo e uma maior

competitividade (HOSPITAL 5).

A dispensação até que ela funciona bem, mas a devolução por parte da

enfermagem ela ainda é precária (HOSPITAL 6, grifos nossos).

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Conforme a citação do Hospital 6 do primeiro objetivo,

[...] ele é composto de estoque máximo e mínimo, classificação ABC e XYZ,

produto crítico. Claro que a ferramenta de estoque, ela é um facilitador, mas

ela não é um fator decisivo final. Porque dentro do sistema existem as

sazonalidades. Eu tenho picos de consumo por alguma patologia específica.

Então, tem sempre análise... pessoa no processo [...] (HOSPITAL 6).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, ”Ele é composto de estoque máximo e

mínimo, classificação ABC e XYZ, produto crítico. Claro que a ferramenta de estoque, ela é

um facilitador...”, e contrastando-a com a síntese da citação deste segundo objetivo, “mas a

devolução por parte da enfermagem ela ainda é precária”, nota-se uma incoerência entre

elas, mostrando que o efeito – segundo objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo

–, por isso esse comentário com restrição.

4.2.4 Sistema ou controle de gestão de leitos

Para este código analítico, cinco hospitais responderam SIM, e um NÃO. “Como” fizeram ou

não fizeram está nas citações a seguir:

Quadro 8 – Resumo das respostas dicotômicas – Sistema ou controle de gestão de leitos.

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x - x x x

NÃO - - x - - -

Restrições - - - - - -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem as respostas ao SIM – Como? e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do objetivo 1. As citações grifadas pelo autor são as

consideradas restritivas:

Tendo uma visão, uma percepção melhor do custo da nossa hotelaria, o custo

do nosso leito. Então, são indicadores, informações que foram agregados à

gestão (HOSPITAL 1).

Está o tempo todo fazendo contato com os médicos, com as enfermeiras e as

operadoras, isso funciona muito bem. Melhorou também a limpeza do leito

com uma maior rapidez (HOSPITAL 2).

O serviço próprio da gestão de leitos, eu não tenho ele separado (HOSPITAL

3).

Há melhoria de custos e competitividade sim, as áreas começaram a

conversar entre si, você começa a diluir melhor o seu custo fixo (HOSPITAL

4).

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A gestão de leitos conseguiu uma boa redução de custo.A melhora da sua

capacidade instalada, a diminuição do tempo de limpeza do leito, propicia o

giro mais rápido do leito, então, a gente teve a gente aumentou a equipe

multidisciplinar desse bate-mapa a ocupação melhora, sim, inclusive a

ocupação do bloco cirúrgico (HOSPITAL 5).

Percebemos uma melhora grande, sim (HOSPITAL 6).

Verificando-se as citações dos hospitais do primeiro objetivo e comparando-as com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência das primeiras com estas segundas

citações, ou seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro

objetivo.

4.2.5 Processo de faturamento

Para esse código analítico, todos os hospitais responderam SIM. O “como” fizeram está nas

citações que se seguem:

Quadro 9 – Resumo das respostas dicotômicas – Processo de faturamento.

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x x x x

NÃO - - - - - -

Restrições - x - - - -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem as respostas ao SIM – Como? e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

Melhorou e muito, todo o processo de controle da gestão, da confiabilidade

do processo da conta, da competitividade também do hospital, porque você

acaba gerando também mais recursos (HOSPITAL 1).

Tem uma melhoria muito grande com auditoria, com o processo de

faturamento implantado, e estamos agora fazendo uma nova modificação,

todo esse processo, todo esse fluxo pra ter um novo patamar aí de melhora”

(HOSPITAL 2, grifos nossos).

O fato de você entregar as contas na data certa, o fato de você cercar as

glosas, você aumenta o seu faturamento (HOSPITAL 3).

Nós temos um indicador, o que eu produzi e o que eu faturei. uma melhoria

muito grande quando você alinha as duas coisas, você não pode deixar

separado (HOSPITAL 4).

Com a questão do pacote, a gente começa a trabalhar mais efetivamente, na

redução do custo. A gente começa a ter uma maior visão pra essa questão de

custo e também conhecer o seu produto (HOSPITAL 5).

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Conta parada é aumento de custo. Se o meu capital ta parado, eu vou

precisar de capital de fora. Então, nosso controle a faturar nos ajuda muito

nisso. Uma melhoria grande é minha média de faturamento na competência é

de 95%, e minha meta é 98%. (HOSPITAL 6).

Conforme a citação do Hospital 2 do primeiro objetivo,

Nossa maior... é... o dia que eu assumi aqui...Eu desenhei assim, o mais

importante e o mais urgente... e aqui no fundo... o quadrado mais difícil, eu

coloquei ‘glosas’. Eu tenho certeza que eu vou sair da direção sem ter

resolvido esse problema da glosa, né! Então, a glosa é uma fragilidade total

nossa, né? (HOSPITAL 2).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo: “o quadrado mais difícil, eu coloquei

‘glosas’. Eu tenho certeza que eu vou sair da direção sem ter resolvido esse problema da

glosa, né? Então, a glosa é uma fragilidade total nossa, né?”, e contrastando com a síntese da

citação deste segundo objetivo: “Tem uma melhoria muito grande com auditoria”, nota-se

uma incoerência, mesmo que parcial, entre elas, mostrando que o efeito – segundo objetivo –

não é resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse comentário com restrição.

4.2.6 Fluxo financeiro

Para esse código analítico, todos os hospitais responderam SIM. “Como” fizeram está nas

citações a seguir:

Quadro 10 – Resumo das respostas dicotômicas – Fluxo financeiro.

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x x x x

NÃO - - - - - -

Restrições - x - - - -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem as respostas ao SIM – Como?, e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas pelo autor são

as consideradas restritivas:

Novas ferramentas trouxeram grandes benefícios, uma maior previsibilidade

do fluxo financeiro e de fluxo de caixa entre contas a pagar e receber,

aumentou a eficiência gerencial financeira e a gente pôde trabalhar os fluxos

e os prazos (HOSPITAL 1).

Tivemos que fazer um plano de contingenciamento de emergência pra

baixar todos os custos possíveis, do que é variável pra que ele fosse

realmente variável. Lavanderia, energia elétrica, água, comida, limpeza,

isso tudo aí baixou, recursos humanos (HOSPITAL 2, grifos nossos).

Melhoria de gestão e melhoria nos processos e melhoria para os clientes.

Então, o hospital vem ampliando muito, o próprio serviço de raio X que foi

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digitalizado, pela melhoria no resultado financeiro permitiu reinvestimento

(HOSPITAL 3).

Melhoria de gestão sim, A hora que você começa a fazer isso, você começa a

reduzir seu custo. Inclusive custo financeiro. Você começa a ter custo

reduzido e, maior competitividade, né? (HOSPITAL 4).

Nosso ciclo operacional vem sendo controlado desde 2005, com um pouco

de dificuldade no fluxo de caixa: girar mais os estoques, você fica com

menos dinheiro parado de estoque, aumentar o prazo com fornecedor e

diminuir o prazo de recebimento de tal modo que o prazo de pagamento seja

maior do que o prazo médio recebimento, dando uma folga para fluxo de

caixa (HOSPITAL 5).

O ciclo financeiro já revisei a meta duas vezes nesse ano de 2016 que

passou, reduzi ela duas vezes que nós fomos atingindo e ai, eu sempre crio

um desafio novo dentro da meta. Mantém uma meta bem salutar

(HOSPITAL 6).

Conforme a citação do Hospital 2 do primeiro objetivo:

Esses fluxos financeiros ainda tão ainda.... deixam a desejar, né [...] Tem um

fluxo de caixa implantado [...] (HOSPITAL 2).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “Esses fluxos financeiros ainda tão

ainda.... deixam a desejar, né?”,e contrastando-a com a síntese da citação deste segundo

objetivo, “Tivemos que fazer um plano de contingenciamento de emergência pra baixar todos

os custos possíveis”, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando que o efeito – segundo

objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse comentário com

restrição.

4.2.7 Estrutura de redes e de computadores

Para este código analítico todos os hospitais responderam SIM. “Como” fizeram está nas

citações a seguir:

Quadro 11 – Resumo das respostas dicotômicas – Estrutura de redes e de computadores

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x x x x

NÃO - - - - - -

Restrições x x x - x x

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

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Seguem as respostas ao SIM – Como?, e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas pelo autor são

as consideradas restritivas:

Novas ferramentas, desse novo sistema administrativo financeiro trouxe uma

melhoria substancial na gestão. e essa redução do custo operacional. Vamos

trazer eficiência e eficácia pro nosso processo (HOSPITAL 1, grifos

nossos).

Conforme a citação do Hospital 1 do primeiro objetivo,

[...] aí vai ser um novo passo, uma nova inovação [...] vai tá desenvolvendo,

que é exatamente fazer essa integração entre o sistema nosso hospitalar e o

administrativo financeiro. Nós estamos no meio de caminho nisso

(HOSPITAL 1).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “vai tá desenvolvendo, que é

exatamente fazer essa integração entre o sistema nosso hospitalar e o administrativo

financeiro”, e contrastando-a com a síntese da citação deste segundo objetivo, Novas

ferramentas, desse novo sistema administrativo financeiro trouxe uma melhoria substancial

na gestão”, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando-nos que o efeito – segundo

objetivo, não é resultado da causa – primeiro objetivo, por isso esse comentário com

restrição.

Nós percebemos é que os setores ficaram mais competentes no sentido de

saber solicitar TI, melhoria pra eles. Como o programa de uma certa

maneira não faz, os setores ficaram mais competentes em saber exatamente

o que precisam, a gente sentiu que, que já houve um resultado (HOSPITAL

2, grifos nossos).

Conforme a citação do Hospital 2 do primeiro objetivo,

Tem nossa... tá muito obsoleta, né? Que... o nosso...nosso software, ele foi

reprovado por 100% dos...dos hospitais do Brasil, né? Ficando, só a gente

com ele. Então, é cheio de curativos né? [...] Os softwares são acoplados pra

fazer tarefas que... a gente subutiliza o que ele oferece (HOSPITAL 2).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo: “Tem nossa... tá muito obsoleta, né?

Que... o nosso...nosso software, ele foi reprovado por 100% dos...dos hospitais do Brasil,

né?” e contrastando-a com a síntese da citação deste segundo objetivo, “Nós percebemos é

que os setores ficaram mais competentes no sentido de saber solicitar TI, melhoria pra eles”,

nota-se uma incoerência entre elas, mostrando que o efeito – segundo objetivo – não é

resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse comentário com restrição.

O que nós estamos falando aqui é de informática da gestão. É o que é mais

visível em todos esses itens a melhoria da gestão é extraordinária. Dados

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confiáveis e fácil acesso, menor custo e maior competitividade, apesar de

não ter uma estrutura TI forte (HOSPITAL 3, grifos nossos).

Conforme a citação do Hospital 3 do primeiro objetivo,

Eu não tenho essa segurança pra tá te informando porque eu não tenho... um

conhecimento técnico da área (HOSPITAL 3).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “Eu não tenho essa segurança pra tá

te informando”, e contrastando-a com a síntese da citação deste segundo objetivo, “Dados

confiáveis e fácil acesso, menor custo e maior competitividade, apesar de não ter uma

estrutura TI forte”, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando que o efeito – segundo

objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse comentário com

restrição.

Houve melhoria da gestão, diminuição de custo, só de diminuir tempo,

processo, papel, essas coisas todas, eu acho que a TI é base pra tudo.

Melhora de gestão uma redução de custo, você tem um ganho de

competitividade enorme no mercado (HOSPITAL 4).

Analisando-se a citação do hospital 4 do primeiro objetivo e comparando-a com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência da primeira com esta segunda citação,

ou seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro objetivo.

Com a implantação de um sistema (há oito anos), com certeza, aconteceu

todos esses fatores de melhorias de gestão, diminuição de custo e tudo mais.

Hoje, nós estamos é precisando revitalizar isso pra voltar a ter as melhores

práticas de gestão, diminuir os custos e tudo mais. Esse é o nosso desafio”

(HOSPITAL 5, grifos nossos).

Conforme a citação do Hospital 5 do primeiro objetivo,

Bom, nesse sentido, a gente precisa evoluir um pouquinho. O software tá

implantado, é um software de gestão hospitalar que envolve a parte

administrativa financeira (HOSPITAL 5, grifos nossos).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “Bom, nesse sentido, a gente precisa

evoluir um pouquinho”, neste caso é sobre a folha de pagamento, contrastando com a síntese

da citação deste segundo objetivo, “Com a implantação de um sistema (há oito anos), com

certeza, aconteceu todos esses fatores de melhorias de gestão, diminuição de custo e tudo

mais”, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando que o efeito – segundo objetivo – não é

resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse comentário com restrição.

Hoje eu não tenho indisponibilidade de sistema por infraestrutura, ta

disponível 24 horas por dia, mas ainda não me atende em tudo que eu

preciso. Ainda tenho muito, muito a investir e potencializar no meu sistema.

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Ainda nos deixa a desejar e a gente precisa fazer... (HOSPITAL 6, grifos

nossos).

Conforme a citação do Hospital 6 do primeiro objetivo,

A estrutura minha de informática é uma estrutura robusta, mas ainda não é

uma estrutura suficiente [...] (HOSPITAL 6).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “É uma estrutura robusta, mas ainda

não é uma estrutura suficiente”, neste caso é sobre a folha de pagamento, contrastando-a

com a síntese da citação deste segundo objetivo, “Com a implantação de um sistema (há oito

anos), com certeza, aconteceu todos esses fatores de melhorias de gestão, diminuição de

custo e tudo mais”, nota-se uma coerência parcial entre elas, pois a folha de pagamento

ainda não está integrada, mostrando que o efeito – segundo objetivo – não é resultado da

causa – primeiro objetivo –, por isso esse comentário com restrição.

4.2.8 Política de recursos humanos

Para este código analítico, cinco hospitais responderam SIM, e um NÃO. “Como” fizeram ou

não fizeram está nas citações a seguir:

Quadro 12 – Resumo das respostas dicotômicas – Política de recursos humanos

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x - x x

NÃO - - - x - -

Restrições x x x - x x

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Seguem as respostas ao SIM – Como? e ao NÃO – Por quê? em relação às citações – códigos

descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas pelo autor são

as consideradas restritivas:

Reduzindo um turnover como um todo, eu acho que é uma diminuição de

custo aí, porque, um turnover é entrada e saída de um colaborador.

conseguiu reduzir esse absenteísmo, conseguiu gerar uma boa redução de

custo, ganhar competitividade, ganhar em melhoria de processo, em todas

as práticas de inovação possível (HOSPITAL 1, grifos nossos).

Considerando-se que o hospital 1 não citou as categorias (2), plano de cargos e salários, e (7),

retenção de talentos do primeiro objetivo, e contrastando com a síntese da citação deste

segundo objetivo “reduzindo um turnover como um todo”, nota-se uma incoerência entre elas,

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mostrando que o efeito – segundo objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo –,

por isso esse comentário com restrição.

Acho que nós tamo num ponto de... de pelo menos, de humanização e de

satisfação do cliente grande, o fato de não ter estrutura predial é....

adequada as ao padrões de um hospital, isso é... isso é substituído pela

resolutividade, acolhimento e o compromisso (HOSPITAL 2, grifos nossos).

Verificando-se que o hospital 2 não citou as categorias (2), plano de cargos e salários, (3),

descrição de cargos, (4), avaliação de desempenho, (6) capacitação, e (7), retenção de talentos

do primeiro objetivo, e contrastando com a síntese da citação deste segundo objetivo, “Acho

que nós tamo num ponto de... de pelo menos, de humanização e de satisfação do cliente

grande”, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando que o efeito – segundo objetivo – não

é resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse comentário com restrição.

Melhoria do turnover, do absenteísmo, a pesquisa de clima... um resultado

fantástico, e a própria capacitação mesmo dos funcionários, com resultados

muito positivos (HOSPITAL 3, grifos nossos).

Conforme a citação do Hospital 3 do primeiro objetivo,

O que nós não temos ainda implantando e, até por estratégia, por o hospital

não achar que ainda não era o momento, é o plano de cargos e salário

(HOSPITAL 3).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “O que nós não temos ainda

implantando [...] é o plano de cargos e salário”, considerando, ainda, que não houve citação

das categorias (3), descrição de cargos, e (7), retenção de talentos, e contrastando com a

síntese da citação deste segundo objetivo, “Melhoria do turnover, do absenteísmo, a pesquisa

de clima... um resultado fantástico”, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando que o

efeito – segundo objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse

comentário com restrição.

Estamos trabalhando muito agora a questão de processo, acho que falta

especificamente, plano de cargas e salários, e uma avaliação de desempenho

talvez futuramente, amarrar também a questão de participação em algum

resultado (HOSPITAL 4).

Analisando-se as citações do Hospital 4 do primeiro objetivo e comparando-as com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência das primeiras com estas segundas

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citações, ou seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro

objetivo.

Os resultados em gestão de pessoas são, mas a curva dos indicadores tem

uma tendência positiva, acontecendo com o absenteísmo. O recrutamento

com retenção tem resultados positivos. E há adequação do quadro de

pessoal (HOSPITAL 5, grifos nossos).

Verificando-se que o hospital 5 não citou as categorias (2), plano de cargos e salários, (3),

descrição de cargos, (4), avaliação de desempenho, e (6), capacitação do primeiro objetivo, e

contrastando com a síntese da citação deste segundo objetivo, “Os resultados em gestão de

pessoas são, mas a curva dos indicadores têm uma tendência positiva”, nota-se uma

incoerência entre elas, mostrando-nos que o efeito – segundo objetivo, não é resultado da

causa – primeiro objetivo, por isso esse comentário com restrição.

A retenção de talento, hoje o custo de treinar, de capacitar as pessoas,

prepará-las pra dentro do hospital, pra dentro da empresa é caro. E se esse

talento vai embora, eu vou ter um custo novo todo de admissão, pra

trabalhar eles todo, então, isso me agrega muito valor. Tem sido muito

favorável (HOSPITAL 6, grifos nossos).

Conforme a citação do Hospital 6 do primeiro objetivo,

Planos de cargos e salários ainda não é uma realidade no [...] (HOSPITAL

6).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “Planos de cargos e salários ainda

não é uma realidade no [...]”, considerando ainda que não houve citação da categoria (7),

retenção de talentos, e contrastando com a síntese da citação deste segundo objetivo, “E se

esse talento vai embora, eu vou ter um custo novo todo de admissão, pra trabalhar eles todo,

então, isso me agrega muito valor. Tem sido muito favorável”, nota-se uma incoerência entre

elas, mostrando que o efeito – segundo objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo

–, por isso esse comentário com restrição.

4.2.9 Processo de atendimento

Para este código analítico, todos os hospitais responderam SIM. “Como” fizeram está nas

citações a seguir:

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Quadro 13 – Resumo das respostas dicotômicas – Processo de atendimento.

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

SIM x x x x x x

NÃO - - - - - -

Restrições - x - x - -

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados das entrevistas realizadas.

Abaixo seguem as respostas ao SIM – Como? e ao NÃO – Por quê?, em relação às citações –

códigos descritivos – desta mesma categoria do primeiro objetivo. As citações grifadas são as

consideradas restritivas:

Para este código analítico, todos os hospitais responderam SIM. “Como” fizeram está nas

citações a seguir:

Esse indicador meu, que eu te citei do "porta-livre" nos traz uma imensa

competitividade, nossa resolutividade, que a gente monitora a entrada do

cliente até a sua resolução final. Ganhamos em eficiência e eficácia,

produtividade e, acho mais do que isso, uma imagem perante ao nosso

cliente (HOSPITAL 1).

Conforme as citações do hospital 1 do primeiro objetivo e comparando-as com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência das primeiras com estas segundas

citações, ou seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro

objetivo.

Em relação a essa questão da espera, tanto da entrada quanto do

atendimento, na comparação com os hospitais de Belo Horizonte, a gente foi

classificado como um dos mais ágeis (HOSPITAL 2, grifos nossos).

Conforme a citação do Hospital 2 do primeiro objetivo,

Na recepção, realmente, nós temos uma fragilidade que [...] não consegue ter

duas portarias. Nós temos uma só. É por ali que entra e por ali e saí. Mas,

mesmo assim, conseguimos colocar três pessoas lá, [...] pra gente evitar que

haja fila na recepção (HOSPITAL 2).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “Na recepção, realmente, nós temos

uma fragilidade que [...] não consegue ter duas portarias. Nós temos uma só. É por ali que

entra e por ali e saí”, e contrastando com a síntese da citação deste segundo objetivo, “na

comparação com os hospitais de Belo Horizonte, a gente foi classificado com um dos mais

ágeis”, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando-nos que o efeito – segundo objetivo,

não é resultado da causa – primeiro objetivo, por isso esse comentário com restrição.

Melhoria de gestão, com certeza, tem também, os indicadores do painel de

atendimento conseguem em tempo real, olhar como é que ta a demanda de

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atendimento, a gestão melhorou muito com esse sistema. E a produtividade

evidentemente, aumentou (HOSPITAL 3).

Conforme as citações do hospital 3 do primeiro objetivo e comparando-as com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência das primeiras com estas segundas

citações, ou seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro

objetivo.

Houve melhoria de gestão, principalmente dos equipamentos, do sistema

funcionando, de treinamento das pessoas. A diminuição de custo pela agilidade do

processo, resolutividade, fidelização e melhoria da imagem” (HOSPITAL 4).

Conforme a citação do Hospital 4 do primeiro objetivo,

[...] esse é um prédio antigo, velho, né. Então, existe algumas deficiências ainda que

nós estamos trabalhando também nesse aspecto de... predial [...] (HOSPITAL 4).

Analisando-se a síntese da citação do primeiro objetivo, “[...] esse é um prédio antigo, velho,

né. Então, existe algumas deficiências” e contrastando-a com a síntese da citação deste

segundo objetivo, Houve melhoria de gestão, principalmente dos equipamentos, do sistema

funcionando, de treinamento das pessoas, nota-se uma incoerência entre elas, mostrando que

o efeito – segundo objetivo – não é resultado da causa – primeiro objetivo –, por isso esse

comentário com restrição.

Acompanhamento do plano de investimento para manutenção corretiva dos

equipamentos, com controle para análise de quais equipamentos deverão ser

substituídos. Essa estratégia fez com que investisse nos equipamentos certos e

diminuísse os custos da manutenção de equipamentos (HOSPITAL 5).

Conforme as citações do hospital 5 do primeiro objetivo e comparando-as com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência das primeiras com estas segundas

citações, ou seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro

objetivo.

Há sempre um resultado muito favorável. Hoje eu consigo potencializar as

minhas altas até as dez horas. Porque, onze horas, onze e meia, o bloco

começa a abastecer de novo os andares com pacientes, pós-cirúrgico, pós-

recuperação. Então, o tempo de alta é até as dez horas. Uma hora pra limpar

o leito. Eu consigo fazer um giro mais ágil do paciente (HOSPITAL 6).

Conforme as citações do hospital 6 do primeiro objetivo e comparando-as com as deste

segundo objetivo, verifica-se que houve uma coerência das primeiras com estas segundas

citações, ou seja, validando que o efeito – segundo objetivo – é resultado da causa – primeiro

objetivo.

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Finalizada a análise deste segundo objetivo específico, infere-se, com base nesses resultados,

quais são os benefícios ofertados às operadoras de planos de saúde, como se verá na seção

4.3, a seguir.

4.3 Análise do terceiro objetivo específico: Inferir, com base na análise da tríade

inovação-competitividade-custos, quais são os benefícios ofertados às operadoras de

planos de saúde

CONSIDERANDO QUE, conforme Edersheim (2007), a inovação pode acontecer em todas

as organizações, ao seu tempo, seja pela melhoria de processos, seja pela capacitação de

pessoas e pela aquisição de novos equipamentos com novas tecnologias e, até mesmo, pela

forma de pensar o negócio e de fazer as coisas acontecerem;

CONSIDERANDO QUE, conforme Wanke Arkader e Hijjar (2013), para se obter a

competitividade é necessário que a empresa tenha eficiência e produtividade, e, para tanto, é

necessário ter uma logística interna de vanguarda, que é constituída por três dimensões: 1) o

grau de formalização organização, 2) o uso de tecnologia da informação e 3) o uso de

indicadores para monitorar o desempenho das atividades;

CONSIDERANDO, AINDA, QUE conforme Lemos e Da Rocha (2011), que os avanços

tecnológicos e o aparecimento da medicina científica, entre o século XIX e início do século

XX, tem provocado uma verdadeira revolução da forma de gestão hospitalar, fazendo surgir a

necessidade de um gerenciamento inovador, sistematizado, que investe na gestão de custos,

oferecendo ferramentas para a tomada de decisão;

A partir dessa teoria referenciada e analisando-se os excertos das entrevistas e suas aderências

pode-se inferir as seguintes análises, conforme segue abaixo:

4.3.1 Código analítico Sistema de custeio

A Tabela 5 (p. 59), mostra que três (50%) dos hospitais implantaram inovação nos processos;

que quatro (67%) têm sistemas informatizados de gestão de custos; e que cinco (87%) deles

apuram seus resultados – são seis citações, porém, há uma restrição.

Considerando os resultados apresentados no Quadro 5 (p. 74) – com seis respostas SIM e uma

restrição.

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A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se maior conhecimento dos custos fixos de infraestrutura –

funcionamento do hospital e dos custos variáveis – consumo de MAT/MED e OPME.

Na diminuição dos custos: houve inovação dos processos, capacitação das pessoas para

executar esses processos e conscientização de que o custo é saudável, até que não haja

excesso ou desperdício no consumo.

Em maior competitividade: ficaram evidentes os reflexos dos resultados na gestão e nos

custos, podendo ser observados positivamente nos SAOH, resultando em menor custo e em

processos mais eficientes.

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se que os hospitais

estão com gestão e custos adequados e isso reflete em menor pressão e agiliza as negociações

de preços das tabelas de diárias, taxas – por exemplo, de sala de cirurgia, de consulta e de

pronto atendimento – e de MAT/MED e OPME, fortalecendo o relacionamento com as OPS.

4.3.2 Código analítico Sistema de compras

A Tabela 6 (p. 61), demonstra que dois (33%) dos hospitais implantaram inovação dos

processos; que cinco (87%) têm sistemas informatizados de compras; e que seis (100%) deles

fazem suas cotações de preços; que apenas três (50%) apuram a escolha do fornecedor pelo

critério de “melhor preço” – os outros três (50%) apuram, às vezes, só pelo menor preço.

Considerando os resultados apresentados no Quadro 6 (p. 75) – com seis respostas SIM.

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se maior conhecimento e relacionamento com fornecedores

de insumos médico-hospitalares – MAT/MED e OPME –, inclusive de outros produtos para

funcionamento do hospital, opção de escolha da melhor aquisição com segurança para o

hospital.

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Na diminuição dos custos: houve inovação dos processos, capacitação das pessoas para

executar esses processos, análise do preço de aquisição comparado com o da tabela que as

operadoras de planos de saúde pagam, visando a uma maior rentabilidade.

Em maior competitividade: ficaram evidentes os reflexos dos resultados na gestão e nos

custos podem ser observados positivamente nos SAOH, resultando em menor custo de

aquisição dos insumos, de modo geral, (MAT/MED, OPME e outros) e em processos mais

eficientes.

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se que os hospitais

estão com custos de aquisições adequados, possibilitando maior rentabilidade, diminuindo a

pressão e agilizando as negociações de preços das tabelas de diárias, taxas – por exemplo, de

sala de cirurgia, de consulta e de pronto atendimento – de MAT/MED e OPME, melhorando a

segurança do tratamento dos pacientes – usuários das operadoras – fortalecendo, assim, o

relacionamento entre as partes.

4.3.3 - Código analítico Sistema de controle de estoque

A tabela 7 (p. 62) indica que um (17%) dos hospitais implantou inovação dos processos; que

cinco (87%) têm sistemas informatizados de controle de estoque; e que dois (33%) fazem a

rastreabilidade de seus MAT/MED e OPME; que quatro (67%) controlam o estoque máximo

e mínimo, bem como o ponto de pedido – são cinco citações, porém há uma restrição; que

dois (33%) controlam as perdas e obsolescência dos estoques; e que apenas um (17%) adota o

inventário.

Considerando-se os resultados apresentados no Quadro 7 (p. 76) – com seis respostas SIM e

uma restrição.

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se a implantação de sistema de controle de estoque e o

efetivo controle de estoque máximo e mínimo, bem como o ponto do pedido, porém, sem

inovação, sem rastreabilidade, sem controle de perda e obsolescência e, ainda, sem a

realização de inventário, a gestão fica muito fragilizada.

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Na diminuição dos custos: houve, ainda que parcialmente, diminuição do volume de

investimento financeiro em estoque e no custo de armazenagem, porém a falta de realização

de inventário potencializa as perdas e a obsolescência, além de desvios de MAT/MED e

OPME que, no final, aumenta os custos do SAOH.

Em maior competitividade: ficou evidente que a associação dos eventos acima refletirá

negativamente na competitividade, pois os SAOH terão um custo maior em comparação com

o mercado, reflexo da geração de custos irrecuperáveis – são aqueles custos que não se

consegue inserir na formação do preço de venda – e da ineficiência dos processos internos.

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se que o esforço de

diminuição dos custos pelo controle de estoque máximo e mínimo e do ponto de pedido,

poderá ser anulado pela falta de rastreabilidade, pela não realização do inventário que

potencializa perdas, obsolescência e desvios, causando prejuízos irrecuperáveis para os

hospitais, não só anulando qualquer benefício para as operadoras de planos de saúde como,

também, podendo trazer prejuízos para a segurança do tratamento dos pacientes – usuários

das operadoras –, para as negociações comerciais e, dessa forma, enfraquecendo o

relacionamento com as OPS.

4.3.4 Código analítico Sistema ou controle de gestão de leitos

A Tabela 8 (p. 64), indica que dois (33%) dos hospitais implantaram inovação dos processos

– são três citações, porém há uma restrição; que cinco (87%) têm sistemas informatizados de

controle de gestão de leitos e salas cirúrgicas; e que quatro (67%) fazem o efetivo controle

dos leitos e das salas de cirurgia – são seis citações, porém há duas restrições.

Considerando-se os resultados apresentados no Quadro 8 (p. 77) – com seis respostas SIM e

uma NÃO.

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se que a implantação da inovação em alguns processos faz

com que o fluxo operacional das salas cirúrgicas e dos leitos fique mais alinhado e ágil, tendo

boa ocupação das acomodações e, dessa forma, evitando-se fila de espera de pacientes.

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Na diminuição dos custos: houve maior volume de produção, o que reduz o custo unitário das

diárias e taxas, aumentando a produtividade (razão da produção pelos custos).

Em maior competitividade: ficou evidente que a competitividade torna-se mais forte, reflexo

desse aumento da produtividade, podendo atender a mais pacientes das OPS.

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se atendimento mais

qualificado – maior agilidade, menor tempo de fila de espera, menor tempo de internação e

atendimento e mais humanização para o paciente –, resultando em satisfação para os usuários

e minimizando reclamações para as operadoras de planos de saúde.

4.3.5 Código analítico Processo de faturamento

A Tabela 9 (p. 65), mostra que quatro (67%) dos hospitais implantaram inovação dos

processos; que dois (33%) tem sistemas informatizados de faturamento –na realidade, todos

têm o sistema informatizado implantado, pois não seria possível faturar sem o sistema; que

seis (100%) fazem o efetivo faturamento da produção; que quatro (67%) têm auditoria de

contas; e que quatro (67%) fazem o controle das glosas – são cinco citações, porém há uma

restrição.

Considerando os resultados apresentados no Quadro 9 (p. 78) – com seis respostas SIM e uma

restrição, podemos observar que:

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se que a implantação da inovação em alguns processos faz

com que a produção – todo atendimento aos pacientes – seja faturado para a OPS e que a

auditoria de contas ajude no controle de glosas.

Na diminuição dos custos: houve a auditoria de toda a produção e seu consequente

faturamento, garantindo, assim, o recebimento desse faturamento com menor percentual de

glosas, evitando-se, dessa forma, perdas irrecuperáveis.

Em maior competitividade: ficou evidente uma competitividade mais sedimentada pelo

alinhamento da produção com auditoria, faturamento e recebimento financeiro total.

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Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: o faturamento está mais

qualificado, mais assertivo e, consequentemente, ganha credibilidade técnica e ética,

resultando em menor custo de auditoria para a OPS.

4.3.6 Código analítico Fluxo financeiro

A Tabela 10 (p. 67), mostra que um (17%) dos hospitais implantou inovação dos processos;

que dois (33%) já implantaram sistemas informatizados para controle de contas a pagar e a

receber – são seis citações, porém há quatro restrições; que três (50%) fazem a efetiva

adequação do fluxo financeiro – são seis citações, porém há três restrições; que seis (100%)

têm fluxo de caixa implantado.

Considerando os resultados apresentados no Quadro 10 (p. 79) – com seis respostas SIM e

uma restrição, podemos observar que:

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se que o sistema de controle de contas a pagar e a receber e

o fluxo de caixa dá uma visão das folgas e das necessidades de caixa.

Na diminuição dos custos: houve, com os controles citados, a geração de menores custos com

juros, porém, isso está diretamente relacionado à adequação do fluxo financeiro entre o que

tem a receber e a pagar.

Em maior competitividade: ficou evidente que se tornaria mais forte caso houvesse um fluxo

de caixa saudável gerado pela otimização do fluxo financeiro (a receber menos o a pagar).

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se que poderia haver

a possibilidade de aquisição ininterrupta de produtos para o atendimento das necessidades aos

pacientes, o que resultaria em tratamento mais resolutivo, gerando maior satisfação dos

usuários das OPS.

4.3.7 O código analítico Estrutura de redes e de computadores

A Tabela 11 (p. 68) mostra que um (17%) dos hospitais implantou inovação dos processos;

que dois (33%) têm estruturação integrada de redes e computadores – são seis citações, porém

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há quatro restrições; que quatro (67%) têm um sistema de gestão hospitalar integrado – são

seis citações, porém há duas restrições; que quatro (67%) têm um sistema integrado de gestão

financeira – são seis citações, porém há duas restrições; que dois (33%) têm um sistema

integrado de folha de pagamento – são seis citações, porém há quatro restrições.

Considerando os resultados apresentados no Quadro 11 (p. 80) – com seis respostas SIM e

cinco restrições, podemos observar que:

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se que se houvesse a integração dos sistemas de gestão –

hospitalar, financeiro e folha de pagamento –, com uma boa rede estruturada, a eficiência dos

processos poderia ser mais assertiva.

Na diminuição dos custos: poderia haver uma ênfase na eficácia dos resultados pela agilidade

dos processos e minimização de erros, na otimização dos custos e no fluxo de caixa pelo

maior controle.

Em maior competitividade: ficou evidente que poderia se tornar mais forte pela integração dos

processos e otimização dos resultados.

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se que poderia haver

maior eficiência e eficácia dos SAOH, minimizando custos e otimizando os atendimentos aos

pacientes – usuários das OPS.

4.3.8 Código analítico Política de recursos humanos

A Tabela 12 (p. 70), mostra que três (50%) dos hospitais implantaram inovação dos

processos; que nenhum (0%) tem plano de cargos e salários implantado – são três citações,

porém há três restrições; que um (17%) tem a descrição de cargos; que três (50%) têm

avaliação de desempenho - são seis citações, porém há uma restrição; que quatro (67%) têm

um sistema de recrutamento e seleção de pessoas; que quatro (67%) têm processo de

capacitação de funcionários – são cinco citações, porém há uma restrição; que dois (33%) têm

processo de retenção de talentos – são três citações, porém há uma restrição.

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Considerando os resultados apresentados no Quadro 12 (p. 83) – com cinco respostas SIM,

uma NÃO, e cinco restrições, podemos observar que:

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

Na melhoria da gestão: constatou-se que se houvesse a capacitação de pessoas com controle

dos resultados medidos por avaliação de desempenho e que se essa avaliação promovesse o

funcionário com base em um plano de cargos e salários, poderia haver a retenção de talentos,

inclusive promovendo mais inovação dos processos.

Na diminuição dos custos: poderia haver uma ênfase neste quesito, desde que as pessoas

fossem mais qualificadas e capacitadas para executar bem os seus processos, minimizando

custos e aumentando a produtividade.

Em maior competitividade: ficou evidente que seria potencializada com mão de obra

capacitada e motivada a buscar resultados.

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se que haveria maior

eficiência e eficácia dos SAOH, minimizando custos e otimizando atendimentos aos pacientes

– usuários das OPS.

4.3.9 Código analítico Processo de atendimento

A Tabela 13 (p. 72), mostra que um (17%) dos hospitais implantou inovação dos processos;

que cinco (87%) têm controle da fila de espera; que três (50%) têm o controle da recepção

(check in/check out) – são quatro citações, porém há uma restrição; que quatro (67%) têm

protocolo de segurança; e que dois (33%) têm suas instalações adequadas – são três citações,

porém há uma restrição.

Considerando os resultados apresentados no Quadro 13 (p. 86) – com seis respostas SIM e

duas restrições, podemos observar que:

A partir da análise dos resultados acima, infere-se se houve melhoria da gestão, diminuição

dos custos e maior competitividade, bem como se houve benefícios ofertados às operadoras

de planos de saúde, como segue:

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Na melhoria da gestão: constatou-se um controle adequado do tempo de fila de espera nas

recepções, adoção dos protocolos de segurança para o paciente, instalações e equipamentos

adequados e eficiência nos atendimentos.

Na diminuição dos custos: houve maior número de pacientes atendidos, aumentando a

produtividade, reduzindo custos com internação mediante utilização dos protocolos de

segurança.

Em maior competitividade: ficou evidente que se tornou mais forte com a agilidade do check

in/check out, propiciando maior número de atendimentos a pacientes com acolhimento seguro

e humanizado.

Nos benefícios gerados para as operadoras de planos de saúde: verificou-se maior eficiência e

eficácia dos SAOH, minimizando custos e otimizando os atendimentos aos pacientes –

oferecendo satisfação e segurança aos usuários das OPS e minimizando reclamações.

Com base no exposto nos itens 4.3.1 a 4.3.9, infere-se que algumas categorias dos códigos

analíticos (A) sistema de custeio, (B) sistema de compras, (D) sistema ou controle de gestão

de leitos, (E) processo de faturamento e (I) processo de atendimento são contempladas,

mesmo que timidamente, com a inovação dos processos, refletindo melhoria de gestão,

redução de custos, maior competitividade e oferta de benefícios para as operadoras de planos

de saúde.

Infere-se ainda que, no que diz respeito a algumas categorias dos códigos analíticos (C)

sistema de controle de estoques, (F) fluxo financeiro, (G) estrutura de redes e de

computadores, (H) e política de recursos humanos, a implantação da inovação dos processos

ocorre em baixa escala – podendo, até mesmo, anular os ganhos ofertados pelas categorias

acima referendadas –, não refletindo significativamente na melhoria da gestão, na redução dos

custos e em maior competitividade, tampouco, ofertando benefícios para as operadoras de

planos de saúde. Essa análise baseou-se na quantidade numérica – absoluta e relativa –, das

citações dos entrevistados por categoria, conforme pode ser verificado na Tabela 14 e na

Figura 6 como segue:

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Tabela 14 – Resumo da quantidade – absoluta e relativa - de citações por categoria

Fonte: SHIGAKI, 2014. Adaptado pelo autor desta dissertação com dados da pesquisa.

Em termos práticos, os objetivos específicos (1) identificar as práticas de inovação na gestão

dos SAOH; (2) verificar se a otimização dos custos, através da inovação dos processos, eleva

a competitividade dos SAOH prestados às operadoras de planos de saúde; e (3) inferir, a partir

da análise da tríade inovação-competitividade-custos, quais são os benefícios ofertados às

operadoras de planos de saúde, foram respondidos por meio das entrevistas e analisados pelo

autor desta dissertação.

Códigos analíticos

(A) Sistema de custeio Inovação Sistema Custo fixo Custo variável Apuração de resultados - -

Quantidade de citações e seu percentual

3 (50%) 4 (67%) - - 5 (87%)

(B) Sistema de compras

Inovação Sistema Aquisições Apuração de fornecedores - - -

Quantidade de citações e seu percentual

2 (33%) 5 (87%) 6 (100%) 3 (50%) - - -

(C) Sistema de controle de estoques Inovação Sistema Rastreabilidade

Estoque máximo e mínimo, ponto

de pedido

Perdas e obsolescência Inventário -

Quantidade de citações e seu percentual

1 (17%) 5 (87%) 2 (33%) 4 (67%) 2 (33%) - -

(D) Sistema ou controle de gestão de leitos

Inovação Sistema Leitos e salas cirúrgicas - - - -

Quantidade de citações e seu percentual

2 (33%) 5 (87%) 4 (67%) - - - -

(E) Processo de faturamento

Inovação Sistema Produção e faturamento Auditoria Controle de

glosas - -

Quantidade de citações e seu percentual

4 (67%) 2 (33%) 6 (100%) 4 (67%) 4 (67%)

(F) Fluxo financeiro Inovação Sistema Contas a pagar e a receber Fluxo de caixa - - -

Quantidade de citações e seu percentual

1 (17%) 2 (33%) 3 (50%) 6 (100%) - - -

(G) Estrutura de redes e de computadores Inovação Estrutura de

redes Gestão hospitalar Gestão Financeira

Folha de pagamento - -

Quantidade de citações e seu percentual

1 (17%) 2 (33%) 4 (67%) 4 (67%) 2 (33%) - -

(H) Política de recursos humanos

Inovação Plano de cargos e salários

Descrição de cargos

Avaliação de desempenho

Recrutamento e seleção Capacitação Retenção de

talentos Quantidade de citações e seu percentual

3 (50%) 0 (0%) 1 (17%) 3 (50%) 4 (67%) 4 (67%) 2 (33%)

(I) Processo de atendimento

Inovação Fila de espera Recepção (check in / out)

Protocolo de segurança Instalações - -

Quantidade de citações e seu percentual

1 (17%) 5 (87%) 3 (50%) 4 (67%) 2 (33%) - -

Categorias

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Na realidade, todos os entrevistados reconhecem a importância da inovação dos processos

como contribuição para a competitividade dos serviços administrativo-operacionais prestados

às operadoras de planos de saúde. Reconhecem, ainda, que há necessidade de aprimorar e

acelerar essa implantação para se tornarem competitivos.

Figura 6 – Códigos analíticos que ofertam e não ofertam benefícios às OPS.

Sistema de custeio

Sistema de compras

Sistema de gestão de

leitos

Processo de atendimentoProcesso de

faturamento

Sistema de controle de

estoque Fluxo financeiro

Estrutura de redes e de

computadores Política de recursos humanos

DEMONSTRATIVO dos códigos analíticos que ofertam/não ofertam benefícios às OPS

Fonte: Elaborada pelo autor desta dissertação com dados da pesquisa.

Considerando os resultados obtidos neste estudo e visando contemplar a socialização da

pesquisa, desenvolveu-se um produto técnico, em planilhas eletrônicas, denominado “Sistema

de Custeio por Absorção”, conforme contextualizado no capítulo 5, que segue.

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5 PRODUTO TÉCNICO

Esta pesquisa foi desenvolvida como requisito parcial para a obtenção do título de mestre na

modalidade de Mestrado Profissional. Em atendimento ao conteúdo da Portaria Normativa n.

17, de 28 de dezembro de 2009, os pesquisadores, com base nos resultados obtidos na

pesquisa, devem desenvolver um produto técnico visando à socialização da pesquisa

(BRASIL, 2009).

Para cumprimento da norma, foi desenvolvido como produto técnico, um “Sistema de custeio

por absorção”, em planilhas eletrônicas.

Esse produto técnico tem sua aplicabilidade voltada para a área de saúde, mais

especificamente para as entidades hospitalares de pequeno e médio portes – público-alvo

desta pesquisa – necessitadas de buscar resultados por meio da gestão de custos hospitalares e

que não têm capacidade financeira para adquirir sistemas de gestão hospitalar mais robustos.

A funcionalidade operacional do sistema, em fase final de adequações, tem o seguinte mapa

do processo: entrada de dados dos diversos setores do hospital; processamento desses dados

conforme parametrização de rateio e direcionadores anteriormente definida pelo gestor do

hospital; entrega de relatórios numéricos com custos por setor e por custo unitário de cada

produto/serviço realizado pelos setores. Além dos relatórios numéricos, será entregue um

painel de gráficos para um controle visual da evolução de determinado período.

No curto prazo, a perspectiva é desenvolvê-lo em plataforma web, na qual os dados serão

inseridos e ficam armazenados em nuvem, com acesso online pelos hospitais que aderirem ao

projeto de aquisição.

O desenvolvimento desse produto contou com as sugestões dadas por alguns gestores das

áreas de saúde e hospitalar, sem pretensão de já se ter um produto acabado, pelo contrário,

aberto às diversas possibilidades de melhorias, de acordo com as necessidades estruturais e,

até mesmo, superar as expectativas dos hospitais.

Os modelos de relatórios e gráficos gerados pelo sistema desenvolvido são apresentados no

Apêndice E, contemplando os diversos setores do hospital com seus custos diretos, indiretos e

rateios; esses relatórios permitem demonstrar, ainda, a produtividade e os custos

individualizados de produtos, tais como diárias, taxas de equipamentos, taxas de salas

cirúrgicas, etc., por números e por gráficos, formando uma base de indicadores para a real e

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efetiva gestão dos custos hospitalares. Com isso, objetiva-se melhoria da gestão, otimização

dos custos e maior competitividade no mercado no qual está inserido, possibilitando ao gestor

fazer uma análise sistemática das informações geradas pelos relatórios numéricos e em

gráficos, dando-lhe suporte para a tomada de decisões em relação a outras inovações dos

processos dos diversos setores do hospital ou quaisquer outras que forem mais convenientes,

visando a minimizar os custos de um modo geral, aumentando, assim, a competitividade do

hospital.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos deste estudo sobre a “Contribuição da inovação para a competitividade dos

serviços administrativo-operacionais hospitalares prestados às operadoras de planos de

saúde”, foram alcançados de uma forma satisfatória, confirmando a importância da

implantação de práticas inovadoras dos processos nos hospitais privados para a sua

sustentabilidade ao longo tempo, fortalecendo a base para a sua disseminação pelo ensino

acadêmico, especificamente, na área da administração, e norteando os gestores dos hospitais

privados para as suas análises e tomadas de decisão.

Na visão dos entrevistados, a pesquisa indica que a inovação é importante para a melhoria da

gestão, da otimização dos custos e de maior competitividade dos hospitais, porém, de forma

não sistemática e intencional. Em alguns processos, foram obtidos resultados satisfatórios,

porém, ainda precisam ser melhorados, por exemplo, aqueles que foram definidos pelos

códigos analíticos sistema de custeio, sistema de compras, sistema ou controle de gestão de

leitos, processo de faturamento e processo de atendimento.

Ainda nessa visão, a pesquisa mostra que os resultados alcançados pelos códigos analíticos

sistema de controle de estoques, fluxo financeiro, estrutura de redes e de computadores e

política de recursos humanos não foram satisfatórios, pois deixaram de ofertar benefícios para

as operadoras de planos de saúde, podendo, até mesmo, anular os ganhos ofertados pelos

códigos analíticos citados no parágrafo anterior e, em vista disso, precisam de melhorias mais

acentuadas.

Corroborando essa importância da implantação de inovação dos processos nos hospitais,

pode-se citar: “[...] os estudos sobre inovação em serviços de saúde de maneira geral, e sobre

a dinâmica da inovação hospitalar, em particular, ainda se encontram em fase embrionária,

sugerindo que a área apresenta desafios na busca de novos conhecimentos (BARBOSA;

GADELHA, 2012).

Investir em inovação, conforme Pereira, Campos e Bersan (2013), está relacionado à

necessidade de assegurar sutentabilidade em um mercado tão competitivo.

A limitação desta pesquisa foi estudar a contribuição da inovação dos processos nos hospitais

privados da RMBH, tema relativamente novo para a área de saúde que, neste estudo, foca os

serviços administrativo-operacionais hospitalares prestados às operadoras de planos de saúde.

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Toda pesquisa traz consigo métodos que têm suas limitações, mas, também, possibilidades

(VERGARA, 2009).

Existem oportunidades para grandes melhorias da assistência à saúde e do seu gerenciamento,

[...] principalmente, na melhoria da gestão, e a educação continuada tem que ser focada em

todos os níveis profissionais, administrativos e operacionais (PORTER; TEISBERG, 2006).

Dada a importância da inovação dos processos nos hospitais, conforme demonstrado neste

estudo, seria importante a realização de um estudo mais abrangente, que envolvesse os

hospitais privados e da rede pública, de todos os portes e especialidades, para que as

contribuições geradas pela implantação da inovação pudessem, além de dar retorno social do

investimento em saúde, quer pública ou privada, beneficiar, também, toda a sociedade.

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APÊNDICE A

CONTEXTUALIZAÇÃO E ROTEIRO DA ENTREVISTA

A Inovação pode acontecer em todas as organizações, ao seu tempo, seja pela

melhoria de processos, ou pela capacitação de pessoas, ou pela aquisição de novos

equipamentos com novas tecnologias ou, até mesmo, a forma de pensar o negócio e de

fazer as coisas acontecerem (EDERSHEIM, 2007).

A Inovação pode ser dividida em quatro dimensões: (1) inovação do produto:

melhorias nos produtos ou serviços que a empresa já oferece; (2) inovação de

processo: melhoria na forma como os produtos ou serviços são criados e entregues;

(3) inovação de posição: mudanças no contexto em que os produtos ou serviços são

entregues; e, (4) inovação de paradigma: mudança nos modelos mentais subjacentes

que orientam o que a empresa faz (TIDD; BESSANT, 2015).

A Inovação é fundamental para a melhoria do valor, tanto em novos processos, como

em novas tecnologias e novas estruturas organizacionais (PORTER; TEISBERG,

2006), sempre visando atender ou mesmo superar as expectativas dos clientes.

A Inovação contempla o Ciclo Virtuoso de Processos (CVP), que é composto por: (a)

Eficiência e Eficácia, que são a conjugação de fazer certo a coisa certa, utilizando

processos otimizados e alcançando metas estabelecidas. Com isso, busca-se a (b)

Produtividade, que é fazer mais com menos, diminuindo inputs e aumentando outputs.

Dessa forma, aumenta-se a (c) Competitividade, que é fazer o que a concorrência faz,

porém, com maior assertividade, menor custo e com rentabilidade.

Após esta breve contextualização, faz-se necessário levantar alguns questionamentos

para que se possa responder aos objetivos desta pesquisa, conforme listado abaixo:

1. Qual sistema de custeio utilizado pelo hospital? O processo de apuração dos

custos é por setores e por produtos (diárias e taxas)? Quais práticas inovadoras

foram implantadas nesse processo?

1.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

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2. Qual sistema de compras está implantado no hospital? O processo de aquisições é

baseado em qual critério de escolha do fornecedor vencedor? Quais práticas

inovadoras foram implantadas nesse processo?

2.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

3. Qual sistema de controle de estoques, de inventário e de dispensação/devolução

dos materiais e medicamentos está implantado no hospital? O processo de

controle contempla os pontos de ressuprimento, estoque máximo e mínimo,

padronização e obsolescência dos materiais e medicamentos? Quais práticas

inovadoras foram implantadas nesse processo?

3.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

4. Há um sistema ou controle de gestão de leitos e de salas do Centro Cirúrgico

implantado no hospital? O processo de controle contempla a taxa de ocupação,

média de permanência e rotatividade do leito e das salas? Quais práticas

inovadoras foram implantadas?

4.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

5. O processo de faturamento implantado no hospital contempla o controle da

produção e o faturado? Há um serviço de auditoria de contas? Há controle de

glosas? Quais práticas inovadoras foram implantadas?

5.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

6. Os fluxos financeiros das aquisições (contas a pagar) e do faturamento (contas a

receber) estão adequados a um fluxo de caixa saudável? Tem-se um fluxo de caixa

implantado? Quais práticas inovadoras foram implantadas?

6.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

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7. A estrutura de redes e de computadores está adequada às necessidades do

hospital? Os softwares de gestão hospitalar, o administrativo-financeiro (ERP) e a

folha de pagamento estão integrados? Quais práticas inovadoras foram

implantadas?

7.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

8. A política de Recursos Humanos está contemplada com Plano de Cargos e

Salários, com Avaliação de Desempenho e Descrição de Cargos com

Competências? Os processos de recrutamento e seleção, o de desenvolvimento e

treinamento e o de retenção de talentos, também, estão contemplados nessa

política? Quais práticas inovadoras foram implantadas?

8.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

9. O processo de atendimento de recepção (check in) e alta (check out) dos pacientes

é ágil o suficiente para não haver fila de espera? Há aplicação de protocolos de

segurança assistencial para pacientes? As instalações físicas e de equipamentos

estão adequadas para as necessidades dos atendimentos? Quais práticas

inovadoras foram implantadas?

9.1. Com essas práticas inovadoras implantadas houve melhoria da gestão, diminuição

de custos e maior competitividade? Você pode detalhar?

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112

APÊNDICE B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O Sr.(a) está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da entrevista referente à

pesquisa “A contribuição da inovação para a competitividade dos serviços administrativo-

operacionais hospitalares prestados para as operadoras de planos de saúde”, do mestrando

e pesquisador responsável João Batista Auad (contatos: (31) 99954-0798,

[email protected]) e do orientador Prof. Dr. Rafael Oliveira de Ávila (contatos: (31)

99536-3883, [email protected]).

Esse projeto está vinculado ao curso de Mestrado Profissional em Administração do Centro

Universitário UNA.

Nesta pesquisa, pretendemos analisar como a inovação contribui para a competitividade

dos serviços administrativo-operacionais hospitalares prestados para as operadoras de

planos de saúde.

Para responder a essa problematização, adotaremos os seguintes objetivos: Geral, que será

mapear como as instituições hospitalares utilizam a inovação para promover maior

competitividade dos serviços administrativo-operacionais hospitalares prestados para as

operadoras de planos de saúde; Específicos, que são: (1) Identificar as práticas de inovação na

gestão dos serviços administrativo-operacionais hospitalares das instituições, (2) Verificar se

a otimização dos custos eleva a competitividade dos serviços administrativo-operacionais

hospitalares prestados para as operadoras de planos de saúde, (3) Inferir, a partir da análise da

tríade inovação-competitividade-custos, quais são os benefícios ofertados às operadoras de

planos de saúde.

Solicitamos a sua autorização para realizar a gravação desta entrevista, que será

posteriormente transcrita e terá seus dados analisados. As informações coletadas e os

resultados obtidos pela pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada. Ressalta-se que

durante todo o percurso do projeto será mantido o sigilo da identidade do entrevistado e da

instituição.

Mediante o acima exposto e ciente das condições, você (o entrevistado) declara que concorda

em participar desta pesquisa e que recebeu uma via original deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido devidamente assinado pelas partes envolvidas.

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113

___________________________________________________

Nome completo e assinatura do participante

___________________________________________________

João Batista Auad (pesquisador responsável)

Belo Horizonte, ____/____/___

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114

APÊNDICE C – SÍNTESE DAS RESPOSTAS DAS ENTREVISTAS – PRIMEIRO OBJETIVO

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 1 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Sistemasistema desenvolvido através de uma

consultoria

o processo de apuração dos custos

aqui é feita... é por absorção 

hospital já tem um sistema de custo

que funciona por absorção

sistema MV , integrado

Custo fixopor produtos; diárias, a gente já

conseguiu e taxas também

gera as consultas, diárias, as taxas questão de taxas e diárias e custo

Custo variávelvariável na conta, que é material,

medicamentos, OPME

Apuração de resultados

alavancar isso pro procedimento

que, acho que é importante também

os custos também por diária, por

produtos, por procedimentos, por

setores, por médicos

uma apuração de custo de cada setor

e existe os rateios

não funcionava de forma

satisfatória em termos de resultado

e em termos de gestão. Hoje, o que

que nós estamos fazendo é

adequando esse... essa filosofia de

custo

A gente apura o custo de cada um

dos setores e depois faz-se o rateios

dentre as áreas, com cada um com

um critério de rateio pra cada... cada

setor

apurar o resultado do... dum

paciente, dum setor, duma equipe

médica. Então, nosso sistema de

custo, ele vai por setor, por paciente,

por médico, por unidade produtiva,

por operadora.

Inovação

essa foi uma inovação recente, a

gente há um ano e pouco começou a

trabalhar com esse sistema de

custeio, nos deu uma perspectiva pra

uma melhor negociação junto às

operadoras das remunerações.

Orçamento gerenciamento de produtividade, nós

estamos fazendo em termos de

inovação: nós estamos trabalhando

em termos de capacidade nominal.

Isso vai dar um custo padrão,

teoricamente, do nosso custo fixo

né.

CÓDIGO DESCRITIVO

SISTEMA DE CUSTEIO

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CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 2 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Sistema

um sistema de compras através de

contrato de fornecimento.

O sistema é informatizado nós temos hoje um sistema O sistema de compras, ele é balizado

através da plataforma que a gente

utiliza, Bionexo

sistema de cotação eletrônica que

chama Bionexo

Aquisições

de material e medicamento através

contratos que avaliavam preço,

prazo, qualidade

compra de acordo com o consumo.

O que baliza nossa compra.

com base na qualidade, não só o

menor preço.

cotação de fornecedor e avaliar, o

prazo médio de pagamento, quer

dizer, na hora que você vai comprar,

não é só o... o melhor preço.

Dentro da padronização que nós

temos, no menor custo,

no mínimo três cotações, decisão é

aquela que,traz melhor retorno

financeiro.

avaliar de acordo com as marcas

padronizadas pelo grupo de

farmacêuticos.

E toda vez que ele opta por um

segundo custo, ele justifica o motivo

pelo ele ta pegando aqueles

Apuração de fornecedores

uma melhor eficiência e eficácia na

compra, uma melhor qualidade, a

gente ganha em competitividade,

compras e de uma negociação

contratual.... é contratualizada

anualmente. Há cada ano a gente

refaz, [...} negociando esses preços.

Facilitou muito a rotina de processo.

compra também, olhando o menor

custo e com qualidade

essa questão da informática e esse

controle rigoroso é imprescindível

nesse processo de compras.

Inovação

queria inovar, modificar todo o

processo do setor de compras várias

ideias foram trazidas e

implementadas, reduziu muito o

processo no setor de compras e

facilitou esse gerenciamento de

acompanhar o mercado, dando uma

prioridade de compra, se tiver uma

condição melhor no mercado, ele

pode impor isso ao fornecedor

vencedor da licitação anterior.

Em termos de inovação, o sistema é

informatizado, ele facilita essa... essa

busca dos preços, porque isso...

essa área de insumos é uma área que

aumenta muito

SISTEMA DE COMPRAS

CÓDIGO DESCRITIVO

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116

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 3 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

SistemaVitaclin sistema é informatizado WS Sistema informatizado Tasy Sistema informatizado Tasy sistema de estoque também é dentro

do MV

Rastreabilidade

com um controle muito apurado com

uma alta rastreabilidade dos itens pra

conta, a entrada, a saída, retorno.

A dispensação de materiais e

medicamentos é feita toda

informatizada integrando as

farmácias com a prescrição

eletrônica

Estoque máximo, mínimo,

ponto de pedido

com um controle muito apurado com

uma alta rastreabilidade dos itens pra

conta, a entrada, a saída, retorno.

essa é uma fragilidade nossa,

né...a gente tava nos mês passo,

por exemplo, há.... foi visto que

tinha na farmácia central, foi

visto que tinha na... na... lá no

estoque, lá em cima e, não se viu

se tinha nas mini-farmácias

implantando já a questão do ponto

de pedidos, estoque mínimo,

cotação de fornecedor e avaliar,

inclusive, a questão de rotatividade

de estoque

contempla todos os pontos de rede

de suprimentos, estoque máximo e

mínimo, o... ponto de pedido.

estoque máximo e mínimo,

classificação ABC e XYZ, produto

crítico.

Perdas e obsolescência

O índice de perda /obsolescência é

praticamente zero

há um controle dos medicamentos à

vencer. O controle da obsolescência

, vejo que eu recebo às vezes na

farmácia, por exemplo, assim... uma

mudança técnica... quer dizer,

determinado medicamento não se

usa mais, ta substituído por outro

Inventário

contagens semestralmente e os itens

mais críticos e de curva A, a gente

conta mais vezes

Inovação

é uma prática nova que dos

contratos de fornecedores vai trazer

maior competitividade, um maior

ganho...de controle.

CÓDIGO DESCRITIVO

SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUES

Resposta parcial na pergunta 2

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117

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 4 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Sistema controle gerencial - planilha controle gerencial - planilha Sistema Tasy Sistema Tasy Sistema MV

Leitos e salas cirúrgicas

todos os indicadores como a taxa de

ocupação, média de permanência,

rotatividade

a enfermeira...então, elas são muito

integradas e amigas, então, é uma

facilitação... a gente não tinha isso no

bloco, então, entrou a enfermeira, as

coisas estão muitos ajeitadas, ainda

mais que, o hospital não tá cheio,

então isso facilita, profundamente, a

gestão de leitos.

é um processo que a gente sabe

que tem que melhorar um pouco

mais não tem uma gestão

detalhada pros leitos, embora, a

gente faz todo um controle.

praticamente tem 100% de

ocupação.

na realidade, esse ai ainda

continua sendo o sistema antigo

né... nós estamos começando a

trabalhar nisso

prática na instituição que se chama

"bate-mapa", que é onde a gente

gerencia os leitos e a ocupação dos

leitos no hospital.

aponta disponibilidade de leito,

média de permanência e pacientes de

longa permanência também.

Inovação

não teve nenhuma prática nova "bate-mapa" funciona assim: a gente

se encontra... uma equipe

multidisciplinar e, vem aí a inovação,

não é mais só o bloco cirúrgico e a

internação, é uma equipe

multidisciplinar que se reúne pra

discutir a agenda cirúrgica do dia

seguinte

O mais inovador que nós fizemos ai

é um grupo que chama gestão de

leito. Eles trabalham diariamente

pegando todos os pacientes com

mais de quinze dias de internação e

analisando qual o motivo da

permanência desse paciente

SISTEMA OU CONTROLE DE GESTÃO DE LEITOS

CÓDIGO DESCRITIVO

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118

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 5 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Sistema Sistema Tasy Sistema MV

Produção e faturamento

agora nos estamos rastreando esse

prontuário, desde a entrada do

paciente aqui no hospital até seu

efetivo faturamento,

tem o controle da produção, tem do

faturado

considerado excelente inclusive por

outras operadoras. Que a gente já

participou de reuniões. É um dos

hospitais que mais apresenta contas

na competência.

contempla o controle de produção.

E o faturado também.

Então, tudo que o... é gerado de

despesa na... das contas, seja a... as

diárias, as taxas e até mesmo os

materiais, caem direto na conta do

paciente. Com isso, a gente

consegue ter uma eficiência no

faturamento

Que eu analiso diariamente e ali eu to

vendo como é que ta trabalhando a

produção. E dentro disso, o setor de

faturamento ele vai dando pra

semana quais são os cronogramas de

convênio de alta. A gente trabalha

aqui hoje com corte zero que

significa que, alta do dia 31 tem que

ser faturada no dia 31

Auditoriatem auditoria de contas temos auditoria Tem a auditoria de contas, normal. Existe sim, um serviço de auditoria

de contas, ta

Controle de glosas

Nossa maior... é... o dia que eu

assumi aqui...eu desenhei assim,

o mais importante e o mais

urgente... e aqui no fundo... o

quadrado mais difícil, eu coloquei

"glosas". Eu tenho certeza que eu

vou sair da direção sem ter

resolvido esse problema da glosa,

né! Então, a glosa é uma

fragilidade total nossa, né.

O controle de glosa, ele é... funciona

super bem

Há um controle de glosas. Eles também, na parte de auditoria

são responsáveis por realizar esse

controle de glosas

Tem um setor de controle de gestão

de glosas sim

Inovação

processo de rastreabilidade pontuaria temos auditoria que é uma inovação inovadoras, é a própria instalação de

instituto de software

essa tendência de empacotar os

procedimentos é o que a gente pode

chamar de modelo de inovação.

CÓDIGO DESCRITIVO

PROCESSO DE FATURAMENTO

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119

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 6 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Sistema Planilha de excel Planilha de excel Planilha de excel Planilha de excel Sistema Tasy Sistema MV

Contas a pagar e a

receber

um controle de contas a pagar e

receber que vinha funcionando de

uma forma adequada

Esses fluxos financeiros ainda tão

ainda.... deixam a desejar, né E

mudando às vezes a dívida, a

gente muda a dívida cara por

uma dívida barata...

a gente tem um bom controle

tanto do "contas a pagar" quanto

do "contas a receber".

fluxo de contas a pagar e de

contas a receber estão começando

a ficar adequados.

Nós estamos trabalhando o

período de contas a pagar não

pode ser menor do que o contas a

receber, tem que ser igual ou

maior, tá realmente, começando a

ficar adequado

Eu entendo que eles estão

adequados

tem um indicador que é o ciclo

operacional, que a gente percebe que

ele está positivo

temos um indicador que é medido

mensalmente e analisado e que é

influenciado por prazo médio de

pagamento, prazo médio de

recebimento,

Fluxo de caixa

fluxo anual, uma visão de longo

prazo, previsibilidade de pelo

menos, de 12 meses

Tem um fluxo de caixa implantado tem um fluxo de caixa que permite

essa... esse pagamento e o saldo tem

até um... fôlego mesmo, assim, de

ter até uma reserva financeira em

ativo mesmo.

existe um fluxo de caixa, mas existe,

na verdade, em Excel.

vem acompanhando esse fluxo de

caixa e vem percebendo que ele tem

um saldo positivo, ou seja, que ele

está saudável.

todo planejamento de fluxo de caixa

dele

InovaçãoImplantaação do fluxo de caixa anual

FLUXO FINANCEIRO

CÓDIGO DESCRITIVO

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120

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 7 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Estrutura de redes

Sem integração Parcialmente integrada, obsoleta eu não tenho essa segurança pra

ta te informando, porque eu não

tenho... um conhecimento técnico

da área.

Todo integrado Parcialmente integrado. A estrutura robusta, mas ainda não é

suficiente

Gestão hospitalar

Vitaclin, não integrado software, ele foi reprovado por

100% dos...dos hospitais do

Brasil, né. Ficando, só a gente

com ele. Então, é cheio de

curativos né

O sistema WS, funciona super bem,

é tudo integrado,, essa parte dos

softwares funciona muito bem.

O sistema Tasy; é muito bom, ele já

funciona aqui há alguns anos. A

folha está integrada, Hoje ta tudo

integrado.

O software ta implantado, é um

software de gestão hospitalar que

envolve a parte administrativa

financeira.

Embora, eu use um sistema MV, que

é um sistema robusto,

Gestão financeira

Pro-cash, não integrado Parcialmente integrada, obsoleta,

a gente ainda tem que usar

bastante coisa em Excel, vamos

precisar de investir nisso ai.

O sistema WS, funciona super bem,

é tudo integrado,, essa parte dos

softwares funciona muito bem.

O sistema Tasy; é muito bom, ele já

funciona aqui há alguns anos. A

folha está integrada, Hoje ta tudo

integrado.

O software ta implantado, é um

software de gestão hospitalar que

envolve a parte administrativa

financeira.

Embora, eu use um sistema MV, que

é um sistema robusto,

Folha de pagamento

Terceirizada, não integrada Parcialmente integrada, obsoleta O sistema WS, funciona super bem,

é tudo integrado,, essa parte dos

softwares funciona muito bem.

O sistema Tasy; é muito bom, ele já

funciona aqui há alguns anos. A

folha está integrada, Hoje ta tudo

integrado.

Bom, nesse sentido a gente precisa

evoluir um pouquimho. O

software tá implantgdo, é um

software de gestão hospitalar que

envolve a parte administrativa

financeira.

A minha folha de pessoal não é

integrada ao MV.

Inovação

o que eu diria de prática inovadora é

o próprio sistema e a disponibilidade

de software , ta... hoje, a TI ta

disponibilizando pra todo mundo.

CÓDIGO DESCRITIVO

ESTRUTURA DE REDES E DE COMPUTADORES

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121

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 8 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Plano de cargos e salários

O que nós não temos ainda

implantando e, até por estratégia,

por o hospital não achar que

ainda não era o momento, é o

plano de cargas e salário.

isso aí é um problema hoje que

nós estamos trabalhando, nós não

temos um plano de carga e

salário.

Planos de cargos e salários ainda

não é uma realidade

Descrição de cargos

nós temos toda descrição de cargos

por competência bem definidas

Avaliação de desempenho

feito toda uma descrição de cargos

de competências, avaliação e

desempenho individual é feito

anualmente, de todos os setores, de

todos os departamentos

faz a avaliação de desempenho, TBI

que aquela... o desenvolvimento

individual

Essa avaliação de desempenho

também, ela não tem essa... essa...

não existe essa avaliação de

desempenho. é um calcanhar de

Aquiles que nós temos que

arrumar

Nós fazemos avaliação por

desempenho, se eles tão atingido os

prazos de entrega e tudo que são

itens da avaliação de desempenho

deles.

Recrutamento e seleção

existe uma pessoa só por conta do

processo de recrutamento de seleção

e ela é focada nisso baseado na

descrição das competências

O melhor recursos humanos que eu

conheço em BH, ....  é o daqui,

disparado. Tem... os dois

psicólogos... quando eles trazem os

relatórios de admissão é uma coisa

impressionante

Nós fazemos o recrutamento,

seleção,

política desde a seleção de

recrutamento até o desligamento

Capacitação

gente tem a obrigatoriedade e, somos

exigidos desse contínuo treinamento

das equipes

temos uma enfermeira com a

presença em todos os dias só pra

educação continuada

também não temos uma... uma

política de treinamento.

que esses profissionais vêm com

uma formação muito ruim, eles vão

passar por uma sala de aula, por um

laboratório antes de ter contato com

os nossos pacientes. Isso propicia

uma... uma assistência mais segura

liderança estratégica, aonde eles tem

trabalho com coaching . E ai

desenvolve esses líderes, eles que

vai conduzir essa equipe

Retenção de talentos

Não existe uma questão de

retenção de talentos também, ta

a gente mesmo tendo estratégias

internas pra retenção de talentos, às

vezes, essas estratégias tendo uma

política de cargos e salários, ela se

limita pelo fator financeiro

nós temos toda descrição de cargos

por competência bem definidas.

Temos vários programas dentro do

hospital pra potencializar e reter

pessoas, que é o projeto CRIAR, o

projeto AGIR.

Inovação

É, e o coordenador desse serviço,

está sempre procurando coisas

novas e maneiras novas de atuar...

Show de bola.

Então, a grande inovação é de fato,

ter o RH

A gente tem algumas inovações

relacionadas ao desenvolvimento das

lideranças.

inovação, tem a oficina de

enfermagem que é uma espécie de

laboratório.

POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS

CÓDIGO DESCRITIVO

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122

CÓDIGO ANALÍTICO

PERGUNTA 9 HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

CATEGORIA

Fila de espera

Eventualmente, sim, acontecem em

momentos, principalmente, na

urgência e emergência, onde se tem

um fluxo de pessoas que não tem

uma continuidade do processo

três pessoas lá, né, pra evitar, na

hora de pico, pra gente evitar que

haja fila na recepção.

há esse protocolo de classificação,

então, a gente segue o protocolo de

classificação do paciente, que é

baseado no protocolo de

manchester, então, com isso, você

classifica o paciente até que pode

esperar mais ou que pode esperar

menos, então essa parte, a gente faz

toda essa gestão.

Na recepção também não há fila de

espera.

Então, tudo que a gente atende de

forma prevalente aqui é gerenciado

pra gente acompanhar, pra gente

refinar o processo de atendimento ao

cliente e melhorar a linha de cuidado

Recepção

(check in / out)

A gente monitora cada passo desse

paciente aqui dentro.

Na recepção, realmente, nós temos

uma fragilidade

o check-in e o check-out eles são

melhorados quando a gente discute

esses pacientes... a gente planeja a

internação desses pacientes.

Nós temos um processo de

atendimento ágil. Minhas entradas e

saídas dos pacientes são todas

automatizadas. Eu tenho um controle

de acesso bem seguro, bem

tranquilo.

Protocolo de segurança

"porta-livre" entre esse paciente

chegar com uma dor aqui no hospital

e ser medicado em torno de 12 à 15

minutos, que dizer, é todo esse

monitoramento da segurança e da

resolutividade que a gente tem que

entregar pra esse paciente.

Tem os protocolos de segurança

normal, aqueles da legislação normal

que a gente já tem... inclusive que

nós somos nível 2 da ONU  né

eles trabalham com linhas de cuidado

e, eles criam então, protocolos,

criam e gerenciam protocolos, que

são times multidisciplinares pras

patologias de mais prevalência.

Hoje eu tenho todo um protocolo de

segurança do paciente. O Felício

Rocho já foi certificado pela

vigilância como um hospital que ta

com o protocolo bem implantado de

segurança pro paciente.

Instalações

ela é toda adequada e apropriada à

acessibilidade,

esse é um prédio antigo, velho, né.

Então, existe algumas

deficiências ainda que nos

estamos trabalhando também

nesse aspecto de... predial.

Nós temos equipamentos muito

bons, de primeira linha, nós temos

ressonância, temos

termodinâmica, temos um CTI

muito bem montado com vinte e

quatro leitos, quer dizer, que

atende a alta necessidade. O bloco

de seis salas também é muito

bom, em termos de equipamento

também, de carga de anestesia.

Então, esses equipamentos foram

priorizados. Hoje, a gente tem uma

ressonância de alta performance, um

tomógrafo de alta performance e,

então, essas melhorias foram

acrescentadas ai recentemente

Inovação

essa é uma inovação. Trazer o risco

assim, assistencial, pro plano de

investimentos.

PROCESSO DE ATENDIMENTO

CÓDIGO DESCRITIVO

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123

APÊNDICE D – SÍNTESE DAS RESPOSTAS DAS ENTREVISTAS – SEGUNDO OBJETIVO

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

Avaliar melhor o custo e

reduzi-lo; mais

eficiência e eficácia,

portanto maior

competitividade

SIM

ver onde que a gente

ainda tá falhando, onde

que precisa de mexer, a

gente tem esse controle

bem apurado

SIM

Impantação de

orçamento.

SIM

o coeficiente de

ociosidade da unidade

de resultado. Isso a

gente começa a

trabalhar isso, já deu

um resultado,

inclusive, maior

competitividade

porque, nós temos que

baixar a relação de

custo fixo.SIM

Melhoria da gestão, com

certeza. a informação do

custo venha a ajudar, o

importante aqui é

conhecer o custo que

vem melhorando a cada

ano. Diminuir esse

resultado de déficit e

melhorar ele a nível de

receita.SIM

Conseguimos reduzir

sensivelmente o custo.

Nós temos uma

ferramenta GMD, que

gerencia material de

despesa. Mensalmente

cada gestor apresenta sua

conta, ele tem o desvio e

ele justifica o motivo

desse desvio. Houve

uma evolução bem

significativa com

implantação dessa

ferramenta.

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

reduzindo os custos de

aquisição dos materiais;

facilitando toda essa

logística também de

fornecimento e

distribuição. Ganhando

produtividade e

competitividade sem

dúvida nenhuma.

SIM

nós usamos o mais

barato.

SIM

negociar com alguns

fornecedores em

contrato por entregas

SIM

começou a girar melhor

o nosso estoque.

estamos adquirindo um

sistema de... nacional de

cotação de preços, já

conseguimos inclusive o

menor preço.

SIM

Quando implantamos o

Bionexo, reduzimos os

custos em torno 9%,

mais competitivos.

SIM

Nós já usamos o

Bionexo pelo menos há

dez anos. Quando se

implantou o Bionexo, na

primeira compra houve

uma média de redução

de 30% dos nossos

custos.

HOSP. 1 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

PERGUNTA 1.1

HOSP. 2 HOSP. 3HOSP. 1 HOSP. 4

PERGUNTA 2.1

HOSP. 2

HOSP. 5 HOSP. 6

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124

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

trazendo uma melhoria

na redução de custo, sem

dúvida nenhuma. Maior

competitividade atrelada

a um ganho financeiro

em cima dos controles

que você passa a ter.

SIM

A gente brigou demais

com o setor de compras

né, pra que só comprasse

aquilo que fosse

realmente necessário

SIM

Houve uma diminuição

do valor do estoque.

Além de reduzir perda

como medicamentos que

vencem.

SIM

Maior competitividade,

girando o estoque mais

vezes, redução de custos,

conscientização dos

gestores.

SIM

Há uma geração

informações confiáveis,

uma interação de

velocidade no

processo.Tudo isso gera

uma melhoria de gestão,

diminuição do custo,

porque ele consegue

trabalhar com um

estoque mais justo e

uma maior

competitividade.

SIM

/NÃO

A dispensação até que

ela funciona bem,

mas a

devolução

por parte

da

enfermage

m ela

ainda é

precária.

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

Tendo uma visão, uma

percepção melhor do

custo da nossa hotelaria,

o custo do nosso leito.

Então, são indicadores,

informações que foram

agregados à gestão

SIM

está o tempo todo

fazendo contato com os

médicos, com as

enfermeiras e as

operadoras, isso

funciona muito bem.

melhorou também a

limpeza do leito com

uma maior rapidez

NÃO

o serviço

próprio da

gestão de

leitos, eu

não tenho

ele

separado.

SIM

há melhoria de custos e

competitividade sim, as

áreas começaram a

conversar entre si, , você

começa a diluir melhor o

seu custo fixo.

SIM

A gestão de leitos

conseguiu uma boa

redução de custo.A

melhora da sua

capacidade instalada, a

diminuição do tempo de

limpeza do leito,

propicia o giro mais

rápido do leito, então, a

gente teve a gente

aumentou a equipe

multidisciplinar desse

"bate-mapa" a ocupação

melhora sim, inclusive a

ocupação do bloco

cirúrgico.

SIM

Percebemos uma

melhora grande sim.

HOSP. 1

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3

PERGUNTA 3.1

HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

PERGUNTA 4.1

HOSP. 2

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125

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

melhorou e muito, todo

o processo de controle

da gestão, da

confiabilidade do

processo da conta, da

competitividade também

do hospital, porque você

acaba gerando também

mais recursos.

SIM

tem uma melhoria

muito grande com

auditoria, com o

processo de

faturamento

implantado, e estamos

agora fazendo uma

nova modificação, todo

esse processo, todo esse

fluxo pra ter um novo

patamar aí de melhora.SIM

O fato de você entregar

as contas na data certa, o

fato de você cercar as

glosas, você aumenta o

seu faturamento.

SIM

nós temos um indicador,

o que eu produzi e o que

eu faturei. uma melhoria

muito grande quando

você alinha as duas

coisas, você não pode

deixar separado.

SIM

Com a questão do

pacote, a gente começa a

trabalhar mais

efetivamente, na redução

do custo. A gente

começa a ter uma maior

visão pra essa questão de

custo e também

conhecer o seu produto.

SIM

Conta parada é aumento

de custo. Se o meu

capital ta parado, eu vou

precisar de capital de

fora. Então, o OSAF

(Ordem de Serviço A

Faturar) nos ajuda muito

nisso. Uma melhoria

grande é minha média de

faturamento na

competência é de 95%, e

minha meta é 98%.

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

novas ferramentas

trouxeram grandes

benefícios, uma maior

previsibilidade do fluxo

financeiro e de fluxo de

caixa entre contas a

pagar e receber,

aumentou a eficiência

gerencial financeira e a

gente pôde trabalhar os

fluxos e os prazosSIM

tivemos que fazer um

plano de

contingenciamento de

emergência pra baixar

todos os custos

possíveis, do que é

variável pra que ele

fosse realmente

variável. Lavanderia,

energia elétrica, água,

comida, limpeza, isso

tudo aí baixou,

recursos humanos.

SIM

Melhoria de gestão e

melhoria nos processos e

melhoria para os

clientes. Então, o

hospital vem ampliando

muito, o próprio serviço

de raio X que foi

digitalizado, pela

melhoria no resultado

financeiro permitiu re-

investimento.SIM

melhoria de gestão sim,

A hora que você começa

a fazer isso, você

começa a reduzir seu

custo. Inclusive custo

financeiro. Você começa

a ter custo reduzido e,

maior competitividade,

né?

SIM

Nosso ciclo operacional

vem sendo controlado

desde 2005, com um

pouco de dificuldade no

fluxo de caixa: girar

mais os estoques, você

fica com menos dinheiro

parado de estoque,

aumentar o prazo com

fornecedor e diminuir o

prazo de recebimento de

tal modo que, o prazo de

pagamento seja maior do

que o prazo médio

recebimento, dando uma

folga para fluxo de

caixa.

SIM

o ciclo financeiro já a

revisei a meta duas vezes

nesse ano de 2016 que

passou, reduzi ela duas

vezes que nós fomos

atingindo e ai, eu sempre

crio um desafio novo

dentro da meta. Mantém

uma meta bem salutar.

HOSP. 1

HOSP. 1

PERGUNTA 5.1

HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

PERGUNTA 6.1

HOSP. 4

HOSP. 3

HOSP. 5 HOSP. 6

HOSP. 2

HOSP. 2 HOSP. 3

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126

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

novas ferramentas,

desse novo sistema

administrativo

financeiro trouxe uma

melhoria substancial

na gestão. e essa

redução do custo

operacional. Vamos

trazer eficiência e

eficácia pro nosso

processo.SIM

nós percebemos é que

os setores ficaram mais

competentes no sentido

de saber solicitar TI,

melhoria pra eles.

como o programa de

uma certa maneira não

faz, os setores ficaram

mais competentes em

saber exatamente o que

precisam, a gente

sentiu que, que já

houve um resultado.

SIM

o que nós estamos

falando aqui é de

informática da gestão.

é o que é mais visível

em todos esses itensa

melhoria da gestão é

extraordinária. Dados

confiáveis e fácil

acesso, menor custo e

maior competitividade,

apesar de não ter uma

estrutura TI forte.

SIM

Houve melhoria da

gestão Diminuição de

custo, só de diminuir

tempo, processo, papel,

essas coisas todas, eu

acho que a TI é base pra

tudo. Melhora de gestão

uma redução de custo,

você tem um ganho de

competitividade enorme

no mercado.SIM

Com a implantação do

Tasy (há oito anos),

com certeza, aconteceu

todos esses fatores de

melhorias de gestão,

diminuição de custo e

tudo mais. Hoje, nós

estamos é precisando

revitalizar isso pra

voltar a ter as melhores

práticas de gestão,

diminuir os custos e

tudo mais. Esse é o

nosso desafio.

SIM

Hoje eu não tenho

indisponibilidade de

sistema por

infraestrutura, ta

disponível 24 horas por

dia, mas ainda não me

atende em tudo que eu

preciso. Ainda tenho

muito, muito a investir

e potencializar no meu

sistema. Ainda nos

deixa a desejar e a

gente precisa fazer...

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

reduzindo um turnover

como um todo, eu acho

que é uma diminuição

de custo aí, porque, um

turnover é entrada e

saída de um

colaborador. conseguiu

reduzir esse

absenteísmo, conseguiu

gerar uma boa redução

de custo, ganhar

competitividade,

ganhar em melhoria de

processo, em todas as

práticas de inovação

possível.

SIM

acho que nós tamo

num ponto de... de pelo

menos, de

humanização e de

satisfação do cliente

grande. o fato de não

ter estrutura predial

é.... adequada as ao

padrões de um

hospital, isso é... isso é

substituído pela

resolutividade,

acolhimento e o

compromisso.

SIM

Melhoria do turnover,

do absenteísmo, a

pesquisa de clima... um

resultado fantástico, e

a própria capacitação

mesmo dos

funcionários, com

resultados muito

positivos.

NÃO

estamos

trabalhando muito

agora a questão de

processo, acho

que falta

especificamente,

plano de cargas e

salários, e uma

avaliação de

desempenho talvez

futuramente,

amarrar também a

questão de

participação em

algum resultado.

SIM

os resultados em gestão

de pessoas são,mas a

curva dos indicadores

têm uma tendência

positiva, acontecendo

com o absenteísmo. O

recrutamentocom

retenção tem resultados

positivos. E há

adequação do quadro

de pessoal.SIM

A retenção de talento,

hoje o custo de treinar,

de capacitar as

pessoas, prepará-las

pra dentro do hospital,

pra dentro da empresa

é caro. E se esse talento

vai embora, eu vou ter

um custo novo todo de

admissão, pra

trabalhar eles todo,

então, isso me agrega

muito valor. Tem sido

muito favorável.

PERGUNTA 8.1

HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

HOSP. 6HOSP. 3HOSP. 1 HOSP. 2 HOSP. 4 HOSP. 5

PERGUNTA 7.1

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127

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como? Se não, porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

Resposta

dicotômic

a (SIM ou

NÃO)

Se sim, como?Se não,

porquê?

SIM

Esse indicador meu, que

eu te citei do "porta-

livre" nos traz uma

imensa competitividade,

nossa resolutividade,

que a gente monitora a

entrada do cliente até a

sua resolução final.

Ganhamos em eficiência

e eficácia, produtividade

e, acho mais do que isso,

uma imagem perante ao

nosso cliente.

SIM

Em relação a essa

questão da espera,

tanto da entrada

quanto do

atendimento, na

comparação com os

hospitais de Belo

Horizonte, a gente foi

classificado com um

dos mais ágeis. SIM

Melhoria de gestão, com

certeza. tem também, os

indicadores do painel de

atendimento. consegue

em tempo real, olhar

como é que ta a demanda

de atendimento, a gestão

melhorou muito com

esse sistema. E a

produtividade

evidentemente,

aumentou.

SIM

Houve melhoria de

gestão, principalmente

dos equipamentos, do

sistema funcionando,

de treinamento das

pessoas. A diminuição

de custo pela agilidade

do processo,

resolutividade,

fidelização e melhoria

da imagem.SIM

Acompanhamento do

plano de investimento

para manutenção

corretiva dos

equipamento, com

controle para análise de

quais equipamentos

deverão ser substiuídos.

Essa estratégia fez com

que investisse nos

equipamentos certos e

diminuísse os custos da

manutenção de

equipamentos.

SIM

Há sempre um resultado

muito favorável. Hoje

eu consigo potencializar

as minhas altas até as dez

horas. Porque, onze

horas, onze e meia, o

bloco começa a

abastecer de novo os

andares com pacientes,

pós-cirúrgico, pós-

recuperação. Então, o

tempo de alta é até as

dez horas. Uma hora pra

limpar o leito. Eu

consigo fazer um giro

mais ágil do paciente.

HOSP. 1

PERGUNTA 9.1

HOSP. 2 HOSP. 3 HOSP. 4 HOSP. 5 HOSP. 6

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128

APÊNDICE E – PRODUTO TÉCNICO

APURAÇÃO DE CUSTOS

HOSPITALARES

FEVEREIRO / 2017

TOTALCONSULTÓRIO

URGÊNCIA /

EMERGÊNCIA

AMBULATÓRIOPEQUENAS

CIRURGIAS

INTERNAÇÃO

APTºS

INTERNAÇÃO

HD

CENTRO

CIRÚRGICO

SALA

RECUPERAÇÃOSERVIÇO 1 SERVIÇO 2

TOTAL

PRODUTIVOS

CUSTO TOTAL #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

I - CUSTOS DIRETOS #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Pessoal #DIV/0! #DIV/0! 0,00 #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Salários 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Encargos Sociais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Benefícios e outros custos de pessoal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Plano de Saúde 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Estagiários / Menor Aprendiz #DIV/0! #DIV/0! 0,00 #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Consumo de Material #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Medicamentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Materiais médico-cirúrgicos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Gases medicinais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Gêneros Alimentícios 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Higienização e Limpeza 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Lavanderia #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Material de Consumo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Material de Expediente 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Materiais Diversos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Custos e despesas gerais #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Serviços de Terceiros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Engenharia Clínica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Manutenção e Conservação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Depreciação #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

II - CUSTOS INDIRETOS #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Aluguel #DIV/0! 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Energia Elétrica #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Água #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Telefone 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Serviços Gerais #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Higienização e Limpeza #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS#DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Page 131: A CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO PARA A …£o-Batista... · centro universitÁrio una diretoria de educaÇÃo continuada e pesquisa programa de pÓs-graduaÇÃo em administraÇÃo

129

APURAÇÃO DE CUSTOS

HOSPITALARES

FEVEREIRO / 2017

TOTALCONSULTÓRIO

URGÊNCIA /

EMERGÊNCIA

AMBULATÓRIOPEQUENAS

CIRURGIAS

INTERNAÇÃO

APTºS

INTERNAÇÃO

HD

CENTRO

CIRÚRGICO

SALA

RECUPERAÇÃOSERVIÇO 1 SERVIÇO 2

TOTAL

PRODUTIVOS

III - RATEIO DOS CENTROS AUXILIARES E ADMINISTRATIVOS#DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Recepção Central #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Recepção Pequenas Cirurgias #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Recepção do Bloco Cirúrgico #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Recepção Ambulatorial #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Call Center #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Administração Geral #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Coordenação de Atendidmento #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Coordenação de Enfermagem #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Centro Material Esterelizado #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Lavanderia #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Farmácia #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Serviço de Nutrição e Dietética #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Manutenção #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Same #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Higienização e Limpeza - Materiais #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Copa e Lanches #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Qualidade #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Recursos Humanos #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Almoxarifado #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Compras #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Faturamento #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Tesouraria #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

TOTAL CUSTOS DIRETOS, INDIRETOS E RATEIOS#DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

Page 132: A CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO PARA A …£o-Batista... · centro universitÁrio una diretoria de educaÇÃo continuada e pesquisa programa de pÓs-graduaÇÃo em administraÇÃo

130

APURAÇÃO DE CUSTOS

HOSPITALARES

FEVEREIRO / 2017

TOTALCONSULTÓRIO

URGÊNCIA /

EMERGÊNCIA

AMBULATÓRIOPEQUENAS

CIRURGIAS

INTERNAÇÃO

APTºS

INTERNAÇÃO

HD

CENTRO

CIRÚRGICO

SALA

RECUPERAÇÃOSERVIÇO 1 SERVIÇO 2

PRODUÇÃO / CUSTO / PRODUTOS TIPOCONSULTAS

U/ECONSULTAS HORAS DIÁRIAS DIÁRIAS HORAS HORAS

PROCEDIMEN

TOS

PROCEDIMEN

TOS

PRODUÇÃO - OCUPAÇÃO DE 100% QTE 0 0 0 0 0 0 0 0 0

VALOR DO CUSTO UNITÁRIO R$ #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

PRODUÇÃO - OCUPAÇÃO DE 80% QTE 0 0 0 0 0 0 0 0 0

VALOR DO CUSTO UNITÁRIO R$ #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

PRODUÇÃO - OCUPAÇÃO REAL QTE 0 0 0 0 0 0 0 0 0

VALOR DO CUSTO UNITÁRIO R$ #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

OCUPAÇÃO REAL X 100% % #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

R$ #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

% #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

CUSTO MAIOR

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131

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

TOTAL U/E CONSULT PC APT ENF CC SRA SERV. 1 SERV. 2

valo

r R

$ 1

últimos 13 meses

SETORES

custo total

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

TOTAL U/E CONSULT PC APT ENF CC SRA SERV. 1 SERV. 2

valo

res

R$

1

últimos 13 meses

Setoresevolução do custo total

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16

valo

r R

$ 1

últimos 13 meses

CUSTO TOTAL

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132

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

URGÊNCIA / EMERGÊNCIAatendimento

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

CONSULTÓRIOSconsulta

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

450,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

APARTAMENTOdiária

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

900,00

1.000,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

ENFERMARIAdiária

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

CENTRO CIRÚRGICOhora

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

SALA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICAhora

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

SERVIÇO 1procedimento

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

1.400,00

1.600,00

1.800,00

2.000,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

SERVIÇO 2procedimento

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

dez/15 jan/16 fev mar abr mai

ocu

paç

ão

valo

r R

$

últimos 13 meses

PEQUENAS CIRURGIAShora

custo unitário (100%) custo unitário real ocupação real %

Page 135: A CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO PARA A …£o-Batista... · centro universitÁrio una diretoria de educaÇÃo continuada e pesquisa programa de pÓs-graduaÇÃo em administraÇÃo

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URGÊNCIA / EMERGÊNCIAevolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

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últimos 13 meses

CONSULTÓRIOSevolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

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CENTRO CIRÚRGICOevolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

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últimos 13 meses

ENFERMARIAevolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

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APARTAMENTOevolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

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últimos 13 meses

SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICAevolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

SRA ocupação real %

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dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16

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últimos 13 meses

SERVIÇO 1evolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

SERV. 1 ocupação real %

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últimos 13 meses

SERVIÇO 2evolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

SERV. 2 ocupação real %

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últimos 13 meses

PEQUENAS CIRURGIASevolução do custo fixo total e da taxa de ocupação

PC ocupação real %