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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ CURSO DE GEOGRAFIA A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA A EXECUÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO EM IPORÁ/GO COM EDUCANDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DANIELE CARLA SOUSA SILVA IPORÁ 2009

A Contribuição Do Ensino de Geografia Para a Execução

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ

CURSO DE GEOGRAFIA

A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA A EXECUÇÃO

DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO EM

IPORÁ/GO COM EDUCANDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

DANIELE CARLA SOUSA SILVA

IPORÁ

2009

DANIELE CARLA SOUSA SILVA

A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA A EXECUÇÃO

DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO EM

IPORÁ/GO COM EDUCANDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Monografia apresentada à Coordenação de Curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás – UnU Iporá, como requisito parcial para a obtenção do tí tulo de Licenciada em Geografia.

Orientadora: Profª. Msc. Jackeline Silva Alves

_____________________________________________

Profª Msc. Jackeline Silva Alves (Orientadora)

____________________________________

Prof. Ms. Michel Rezende da Silveira

_____________________________

Profª. Esp. Viviane de Leão Duarte Specian

Dedico este trabalho a uma pessoa muito especial em minha vida, minha mãe Jeni, pelo apoio dispensado sempre que precisei, sem medir esforços. Minha base e alicerce, sua presença constante me permitiu chegar até aqui.

Mãe é com todo amor e carinho que lhe dedico este trabalho, sem duvida seu apoio e seu carinho, me incentivaram ante as inúmeras dificuldades encontradas ao longo desses quatro anos de curso.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, obrigada Senhor por tê-lo sempre presente em minha

vida.

Agradeço à minha família, pelo apoio em todos os momentos, com o

auxilio de vocês estou vencendo mais uma batalha, dentre outras enfrentadas

na vida.

Aos professores que durante todo o curso comparti lharam conhecimentos

e informações, compartilhando conhecimento e me permitindo crescer

intelectualmente.

À minha orientadora Profª. Jackeline, por ter contribuído bastante com

este trabalho, corrigindo erros, instigando as indagações, mesmo com seus

problemas e l imitações.

Agradeço também às minhas colegas de curso Ligia Bersano, Márcia

Rocha e Luciene Duarte, que me auxiliaram quando precisei de auxílio.

Estamos convencidos de que, qualquer esforço de educação popular, esteja ou não associado à capacitação profissional, seja no campo agrícola, ou no industrial urbano, deve ter, pelas razões até agora analisadas, um objetivo fundamental: através da problematização do homem-mundo ou do homem em suas relações com o mundo e com os homens, possibil itar que estes aprofundem sua tomada de consciência da realidade na qual e com a qual estão.

Paulo Freire

RESUMO

A educação geográfica e a escola conforme proposto pelos Parâmetros

Curriculares Nacionais (2001) – PCNs, elaborados para o ensino (fundamental

e Médio) de Geografia, reforça a importância da educação geográfica na

formação de crianças e jovens, tendo em vistas torná-los leitores crí ticos e

intervenientes na realidade que os circunda. Nesse sentido, este trabalho

buscou diagnosticar qual tem sido a contribuição da Geografia escolar no

ensino fundamental do Colégio de Aplicação em Iporá/Go, tendo como foco a

construção dos conceitos de Meio Ambiente, Sociedade e Natureza mediado

pelo ensino de Geografia. Para o desenvolvimento do trabalho realizamos

levantamento, seleção e revisão de referenciais teóricos sobre o assunto

investigado destacando os trabalhos de: Cavalcanti (2002), Segura (2001),

Leff (2008), Tristão (2004). Observamos os conteúdos curriculares propostos

sobre temáticas relacionadas às questões ambientais, bem como as orientações

propostas pela S.E.E. (Secretaria Estadual de Educação) elaborados para a

Geografia, destacando os procedimentos adotados, os temas abordados, entre

outros aspectos. Entendemos a relevância do tema considerando a importância

da Geografia escolar para a formação do indivíduo, levando em conta que esta

disciplina abarca uma multiplicidade considerável de conhecimentos que

permiti ao indivíduo compreender e intervir no processo de transformação da

natureza, estimulando-os a se tornarem responsáveis por suas ações sobre o

meio. O espaço da escola coloca-se assim como de extrema importância para a

construção de novos conceitos, valores e ati tudes que melhor permitem ao

indivíduo interagir com o meio.

Palavras-chave: 1. Meio Ambiente, 2. Ensino de Geografia, 3. Escola 4.

Educação Ambiental.

SUMÁRIOINTRODUÇÃO 01

1- A EMERGÊNCIA DAS QUESTÕES AMBIENTAIS E A IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA ESCOLAR PARA A COMPREENSÃO DAS MESMAS

06

1. A compreensão das questões ambientais mediadas pela Geografia escolar

09

1.2 Paradoxos existentes relação sociedade e natureza 13

1.3 A contribuição da Geografia Escolar para a construção dos conceitos de Meio Ambiente e Cidadania

18

2- O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL: AVANÇOS E RETROCESSOS

2.1 - Educação ambiental e a sua inserção no ensino formal

21

21

2.1.2- A transversalidade 21

2.2 Se fazemos geografia cotidianamente, fazemos também Educação Ambiental?

22

2.3 Além dos muros da escola o que podemos fazer? 25

2.4 As limitações da realidade escolar para a implementação de praticas transdisciplinares . .

26

3- DIAGNOSTICO DA ESCOLA CAMPO: COLEGIO DE APLICAÇÃO DE IPORÁ-GO. 25

3.1- Projeto sobre a Educação Ambiental desenvolvida no Colégio de Aplicação

25

CONSIDERAÇÕES FINAIS28

REFERÊNCIAS30

LISTA DE SIGLA

Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

Educação Ambiental- E.A

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LBDEN

Organização das Nações Unidas- ONU

Parâmetros Curriculares Nacionais- PCNS

Programa Internacional de Educação Ambiental- PIEA

Projeto Político Pedagógico - PPP

Produto Nacional Bruto- PNB

Programa Nacional de Educação Ambiental -PRONEA

INTRODUÇÃO

A preocupação do ser humano com a natureza adquiriu lugar de destaque

no rol de interesses das mais diferentes organizações sociais da atualidade. A

degradação das condições ambientais e as diversas alterações provocadas pela

ação do ser humano sobre o meio é sentida pela sociedade planetária em suas

mais variadas escalas. O tratamento destas questões pela Geografia (seja esta

enquanto ciência ou mesmo como disciplina escolar) ganhou corpo no

processo de ensino-aprendizagem, valendo-se também da pratica de uma

educação ambiental, que possibilite ao indivíduo modificar valores e atitudes.

Pensamos que o ensino de Geografia na análise da prática da Educação

ambiental nas escolas seja importante à medida que busca desvendar a

natureza do trabalho educativo e como este contribui no processo de

construção de uma sociedade capacitada para enfrentar desafios e romper

laços de dominação e degradação que envolvem as relações humanas e as

relações tecidas entre a sociedade e o meio que os circunda.

A Geografia permite ao individuo conhecer e compreender diversas

práticas que ampliam a formação desde, ampliando a sua visão de mundo. A

E.A. por excelência possibilita ao indivíduo perceber-se enquanto parte do

meio, e também tomar consciência sobre atitudes e habilidades, que o

indivíduo pode adotar, melhorando não só a sua qualidade de vida, mas

também a de toda a sociedade, e melhoria do equilíbrio do ambiente

Segundo Segura (2001, p.43):

A palavra “educação” sugere que se t rata de uma t roca de saberes , de uma relação do indivíduo com o mundo que o cerca e com outros

indivíduos. O adjet ivo “ambiental” tempera essa relação inserindo a percepção sobre a natureza e a forma como os humanos interagem entre s i e com ela. Em outras palavras , a E. A. busca a formação de sujei tos a part i r do intercambio com o mundo e com outros sujei tos .

Através do conhecimento geográfico o individuo, a partir de suas

experiências acumuladas ao longo do tempo, pôde compreender melhor o

mundo, despertando-os para uma maior percepção sobre os problemas sócio-

ambientais.

À medida que o ser humano foi se desenvolvendo, passou a intervir de

forma mais expressiva sobre os recursos naturais. Tão logo, começaram a ser

percebidas as alterações nocivas ao meio, e que afetavam diretamente à sua

qualidade de vida, tornou-se necessário estabelecer regras civil izadas de

convivência.

É, contudo, recente o interesse da sociedade em repensar a sua forma de

interferência sobre os elementos disponíveis pela natureza, e isto passou a ser

amplamente reconhecido a partir do momento em que os seres humanos

começam a ver ameaçadas a suas possibilidades de sobrevivência.

A Geografia escolar cumpre papel fundamental no processo de ensino-

aprendizagem, bem para socialização do individuo, contribuindo de tal modo

para uma melhor integração entre a sociedade e natureza.

Sendo assim, a Geografia Escolar prepara o indivíduo para situações

cotidianas, preparando-o para indagar sobre a realidade que os cerca, de modo

a construir seu próprio conhecimento, ao mesmo tempo, seu próprio caráter

nas relações sociais.

A Educação Geográfica tem que ser construída como se fosse uma casa,

um passo de cada vez, pois o tratamento da temática ambiental é, por assim

dizer, bastante complexo do ponto de vista da práxis.

Procedendo desta forma, cada indivíduo se insere na abrangência da

temática ambiental, contribuindo mutuamente para uma melhor qualidade e

equilíbrio, que carece para que as condições de vida de processem da melhor

forma.

É preciso que tenhamos mais pessoas envolvidas neste desafio, em prol

de uma sociedade mais responsável, de forma a preparar melhor os cidadãos,

para se tornarem capazes de construir um mundo melhor.

Cabe então fazermos algumas indagações: o que a escola tem feito em

prol da temática? Será que a Escola tem motivado seus educandos para a

preservação do meio em que vive? Os educadores de outras disciplinas

interagem sobre a temática ambiental, sabendo que eles também modificam o

ciclo natural? A E.A. tem sido cumprida na geografia escolar, levando o aluno

aos problemas e alternativas de recuperação de áreas já degradadas?

Diante disso, consiste como objetivo desta proposta investigar o processo

de ensino-aprendizagem dobre a temática ambiental, destacando como esta

têm sido tratada pela disciplina Geografia no ensino fundamental do Colégio

Estadual de Aplicação em Iporá.

Então, entendendo que a escola seja, o lugar central desta análise,

instiga-me entender como estas questões vem sendo apresentadas, se estas têm

sido impostas apenas à comunicação, bem como para a prática docente ou se

têm tentado descobrir caminhos coletivos para a mudança da qualidade de

vida, dos hábitos e dos comportamentos, compreendendo que o homem é o

principal responsável pela degradação do meio que o cerca.

• Diagnosticar o processo de ensino-aprendizagem, elaboradas para o ensino

da Geografia, se esta disciplina tem orientado o educando a ser cidadãos

crí ticos na sua ligação com o Meio Ambiente, proporcionando ao aluno novos

hábitos e comportamentos.

Então serão enfocadas as Unidades Temáticas tratadas; Propostas de

estudo escolar e os meios para o conhecimento da práxis de EA.

• Fazer com que os alunos despertem o sentido da preservação ambiental

por meio da reflexão sobre a realidade, buscando mostrar que a natureza não é

infinita ou ilimitada, possibilitando assim uma valorização de todas as formas

de vida, num equilíbrio natural da natureza;

• Indicar através da busca de procedimentos didáticos, ações que

estimulem a responsabilidade e o espírito coletivo, a fim de proporcionar a

participação dos alunos tanto na escola e fora dela para o exercício da

natureza;

• Analisar como os professores se posicionam perante a necessidade de

formar cidadãos conscientes da degradação socioambiental e pró-ativos na

mudança deste quadro;

• Saber se na disciplina de Geografia, o conteúdo teórico tem sido

suficiente para o resgate de valores de si mesmos, assim como outras partes

integrantes que o rodeia;

• Identificar se o ensino de geografia relacionado às questões ambientais

no espaço da escola tem trazido alguma mudança nos alunos e nos demais

membros da escola-campo.

O presente projeto será desenvolvido ancorado no seguinte

encaminhamento metodológico: Levantamento, leitura e seleção de fontes

bibliográficas para embasamento da construção do referencial teórico, que

sustentará as constatações, destacando a contribuição dos trabalhos realizados

por: Cavalcanti (2002), Segura (2001), Leff (2008), Tristão (2004);

Levantamento e diagnostico dos conteúdos curriculares propostos sobre a

temática relacionada as questões ambientais, dando ênfase aos programas de

Educação escolar. Sendo feito uma análise dos procedimentos didáticos

desenvolvidos junto a escola-campo para o processo de ensino-aprendizagem,

na orientação do educando a ser cidadãos crít icos na sua ligação com o mundo

que o cerca. Os instrumentos que irá subsidiar a interpretação da natureza do

trabalho com a temática ambiental será uma construção de roteiros de

entrevistas com alunos e professores, buscando captar o que sabem a respeito,

o que querem como processam esses quereres e como analisam os resultados.

Instigando-os a mudanças de comportamento, desenvolvendo assim, uma

transformação da realidade em relação às questões ambientais, no sentido de

que o homem tem papel fundamental na natureza, garantindo vida e o bem –

estar da humanidade.

1- A EMERGÊNCIA DAS QUESTÕES AMBIENTAIS E A

IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA ESCOLAR PARA A

COMPREENSÃO DAS MESMAS

O conhecimento científico e tecnológico, produzido pelo ser humano,

notadamente após o advento da Revolução Industrial, (final do Século XIII

na Inglaterra), sendo esta posteriormente disseminada pelo mundo,

influenciou de forma considerável o modo de vida das pessoas.

Associadas, ciência e tecnologia permitiram que novos equipamentos e

produtos fossem desenvolvidos para melhorar a qualidade de vida das

pessoas, imprimindo um modelo de consumo altamente exploratório sobre os

recursos naturais, provocando desequilíbrios ambientais, e também

alterações substanciais nos padrões de consumo da sociedade planetária,

atenuando ainda mais as disparidades sociais.

Mudanças de valores e também sobre o modo de vida das pessoas

passaram a ser uma realidade. As cidades se multiplicaram, a

industrialização em determinadas regiões e países tomaram proporções

vertiginosas, enquanto outros continuaram à margem deste processo, em

função de questões sócio-políticas e econômicas.

Paralelamente, viu-se aumentar em proporções talvez nunca vistas em

toda a história humana o consumo e util ização desregrada dos recursos

naturais existentes, inclusive comprometendo a capacidade de reposição dos

mesmos, gerando de forma exponencial a geração de resíduos, colocando em

risco o equilíbrio ambiental, logo ameaçando a qualidade de vida humana.

Diante disso foram feitas denúncias sobre o uso abusivo dos recursos

naturais pela sociedade passaram a ser feitas, e isto ocorreu tendo em vista

que os problemas relacionados à integridade do ambiente e a qualidade de

vida humana.

Vários seguimentos da sociedade, principalmente nos países da América

do Norte e da Europa passaram a denunciar os problemas ambientais

oriundos, do uso desregrado dos recursos, da poluição gerada pelo processo

de industrialização, sinalizando a necessidade de posturas alternativas na

forma de lidar com o meio. Contudo, várias motivações podem ser colocadas

para o entendimento dos interesses que permeavam a preocupação com os

problemas ambientais em curso, salientando aqueles de caráter polí tico e

econômico. A preocupação com a qualidade de vida humana parecia estar

sempre em segundo plano.

A preocupação dos vários segmentos da sociedade quanto à necessidade

de repensar, analisar e propor medidas que pudessem minimizar os impactos

ambientais negativos gerados sobre o sistema são ainda bastante recentes,

datando de meados do Século XX aos dias atuais.

A sociedade planetária ao conceber os recursos naturais existentes como

recursos a serem apropriados e uti lizados, sem a observação de critérios,

para a uti lização racionada dos recursos, acabou gerando desequilíbrios

ambientais que ameaçam não só a capacidade de reposição do meio, como

também a manutenção da vida humana, ao consideramos as necessidade de

todo nós seres humanos, em relação aos recursos da natureza com qualidade

e em quantidade, a fim de garantir nossa sobrevivência.

Consequências nefastas em relação à utilização desregrada dos recursos

ambientais nesta primeira década do Século XXI são fortemente sentidas

pela sociedade planetária. Apenas para exemplificar podemos destacar o

escasseamento e poluição dos recursos hídricos, perda de solos agricultáveis,

perda de biodiversidade, entre outros. Isto deixa claro, os sinais da crise

instalada na relação entre Sociedade e Natureza.

Segundo Leff (2008,p.223):

A crise ambiental gera novos saberes at ravés de es t ratégias concei tuais guiadas para a const rução de uma nova racional idade social , or ientada por princípios de democracia, sustentabi l idade ecológica, divers idade cul tural e equidade social .

Com base no exposto, a educação (formal e não formal) têm sido

propostas como valorosos instrumentos no sentido de despertar a coletividade

para a necessidade de pensar os problemas sócio-ambientais. De tal modo, a

E.A. se consti tui como importante instrumento de sensibil ização para que tais

questões sejam conhecidas, e minimamente equacionadas.

Para Leff (2008), a E.A. busca art icular de modo subjetivo o

conhecimento do educando com a produção de conhecimentos, vinculando-os

aos sentidos do saber. Isto implica fomentar o pensamento crí tico e reflexivo

face às condutas automatizadas, próprias da sociedade atual. Assim, a E.A.

adquire um sentido estratégico na condução do processo de transição para

uma sociedade mais justa e igualitária.

Conforme posto em documentos oficiais que norteiam os rumos da

educação brasileira, ressaltando aqui as orientações gerais propostas pelos

Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s(1998, p.461), tem-se que:

A proposta para es tudo das questões ambientais favorece uma visão clara dos problemas de ordem local , regional e global , a judando a sua compreensão e expl icação, fornecendo elementos para a tomada de decisões e permit indo intervenções necessárias .

A Geografia escolar, desempenha papel fundamental para a construção

destes novos saberes, dada a abrangência dos temas que são por esta tratados.

Um dos objetivos que cumpre à Geografia escolar é formar um cidadão

crí tico, reflexivo e interveniente em sua realidade. Contudo, para que se

cumpra tal objetivo, a compreensão e complementaridade das demais

disciplinas escolares são de suma importância.

Enquanto disciplina escolar institucionalizada a Geografia possibilita ao

educando, compreender a sua posição no conjunto das relações que se

estabelecem entre Sociedade e Natureza, bem como possibili ta refletir como

e por que ações, individuais/coletivas, podem desencadear problemas não só

para o equilíbrio do ambiente, bem como a qualidade de vida dos seres

humanos, em escala local, regional e planetária.

A Geografia escolar mostra ao educando que ser cidadão é ter sentimento

de pertencimento à realidade, na qual se encontra inserido, evidenciando que

as relações que a Sociedade estabelece com a Natureza constituem parte de

uma totalidade em constante transformação, da qual é parte pertencente.

É preciso que se conheça para saber cuidar, estar afetivamente ligado, se

sentir co-responsável e comprometido com os cuidados com o meio.

O educando deve ser conduzido à compreensão, de que com o

crescimento populacional, aumentou também a demanda sobre os recursos do

meio, gerando em volumes imensuráveis a geração de resíduos e efluentes e

a emissão de gases poluentes na atmosfera.

Diante das considerações postas até aqui, o grande problema que se

coloca na modernidade é pensar alternativas que possibili tem satisfazer as

necessidades humanas, sem, contudo, comprometer a capacidade de

resil iência 1 da natureza.

Problemas ambientais são de ordem planetária e transcendem as

fronteiras geográficas entre países, convicções ideológicas, classes sociais,

dentre outras barreiras, afetando de igual modo a sociedade mundial.

Através do auxílio da Geografia escolar, somada aos conhecimentos

produzidos pelas outras disciplinas escolares é possível formar sujeitos

capazes de compreender o mundo em que vivemos a fim de agir nele de

forma crít ica e consciente.

1.1 - A compreensão das questões ambientais mediadas pela Geografia

escolar

A Geografia como Ciência e também enquanto disciplina escolar passou

por diferentes fases, gerando reflexões dist intas, acerca de seu próprio objeto,

de seus métodos de investigação. Na Geografia escolar devemos considerar

que apesar da efervescência que permeou a sua discussão enquanto disciplina,

1

1

Resiliência é a capacidade concreta de retomar o estado natural.

muitos ranços do tradicionalismo ainda estão presentes no ensino da

Geografia escolar.

A Geografia Tradicional, ainda é uma pratica muito util izada por muitos

professores, sendo esta ancorada na memorização de informações, que não se

transformam em conhecimento.

Isto se explica pelo caráter enciclopédico com que é tratada, não fazendo

diferença no cotidiano do educando, pois estes não percebem a util idade

prática destas informações na sua vida.

Segundo Vlach (1991, p.53):

As principais l imi tações da Geografia Tradicional derivam dessa ausência de ref lexão a respei to do contex to pol í t ico- epis temológico em que af lorou, o que conduziu a uma abordagem dos elementos naturais em si mesmos, como se a local ização e a descrição da natureza não t ivessem um signif icado específ ico para a sociedade moderna [ . . . ] .

Os ranços da Geografia Tradicional ainda estão muito presentes na

escola. Sendo possível constatar também que muitos professores ainda são

bastante tradicionais e apresentam-se resistentes às mudanças.

Segundo Galvão (2007, p.15),

[ . . . ] a inda prevalece no senso comum uma concepção de que o ensino em Geografia é descontex tualizado, dis tante da real idade vivida pelo es tudante, dos avanços da ciência geográfica e das mudanças da sociedade geral .

Contudo precisamos considerar que os educandos, não chegam vazios de

conhecimentos à escola, pois trazem consigo o conhecimento de seu

cotidiano, as experiências vividas, em sua casa, na rua, no bairro, na cidade

onde mora, e também experiências construídas em suas relações sociais.

Assim, estas experiências precisam ser consideradas no processo de

ensino/aprendizagem da Geografia escolar a fim de que possamos cumprir os

objetivos propostos pela disciplina.

Na concepção de Kaercher (2003, p.76):

A geografia t radicional é a que se preocupa em descrever os fenômenos como estát icos e fracionados sem perceber as relações

exis tentes no meio. O termo t radicional é t ido como convencional o que se mantém conservado.

Para a Geografia Tradicional as condições naturais determinam o

comportamento humano; nesta perspectiva a natureza seria apenas fornecedora

de possibil idades para que o homem a modifique, sendo ele então o principal

agente geográfico de integração entre fenômenos heterogêneos que

contribuem para a diferenciação de áreas.

Diante desta idéia, então entendemos que o ser humano é tido como ser

supremo, ao qual cabe uti lizar e transformar o meio que os circunda de acordo

com suas necessidades e desejos, desconsiderando a dinâmica própria da

natureza, e o homem como parte da mesma.

Conforme Kaercher (2003, p.69):

A Geografia Renovada de caráter humanista preocupa-se em denotar os aspectos naturais e sociais de forma inerente. O movimento de renovação da Geografia brasi lei ra já tem quinze anos mais seu sopro renovador ainda es ta dis tante da maioria das salas de aula.

O movimento de renovação da Geografia não surge apenas como

momento de repensar a disciplina ou da ciência em si, mas assume importante

papel transformador sendo a Geografia Crítica a grande expressão de

rompimento com a Geografia Tradicional. Este movimento provoca uma

ruptura de pensamento com o anterior, trazendo diferentes modos de pensar e

de se fazer Geografia.

Cavalcanti (2002, p. 29) argumenta que:

A discussão atual sobre a Geografia escolar e as propostas de reorganização curr icular reascendeu com o aparecimento recente de documentos oficiais como a Lei de Diret r izes e Bases da Educação Nacional (L.D.B.E.N. ) , os Parâmetros Curriculares Nacionais (P.C.Ns), os Programas Curriculares es taduais e municipais , envolvendo diferentes especial idades na área.

Para que se tenha uma melhor compreensão dos problemas ambientais se

faz necessário, compreender a dinâmica de organização do espaço geográfico

que é por excelência o objeto de estudo da Geografia escolar.

Nesta fase a Geografia escolar começa a incorporar conteúdos mais

significativos, para a formação do cidadão, ocorrendo também transformações

teóricas e metodológicas no ensino.

Conforme proposto pelos P.C.N.s (1998, p.225):

O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreender de forma mais ampla a real idade, possibi l i tando que nela interf i ram de maneira mais consciente e proposit iva. Para tanto, é preciso que eles adquiram conhecimentos , dominem categorias , concei tos e procedimentos básicos com os quais es te campo do conhecimento opera e const i tui suas teorias e explicações .

Com base nesta afirmativa, podemos dizer que a Geografia cumpre papel

de grande importância na formação do cidadão. Contudo, para que atinja os

objetivos propostos pelas diretrizes oficiais, a Geografia escolar deve se

tornar compreensível para o educando, possibili tando-o atuar de forma

consciente em sua realidade, racionalizando sobre suas ações e

compreendendo os desdobramentos das mesmas para o ambiente e para a

sociedade.

Tendo em vista a vastidão de temas tratados por esta disciplinar,

entendemos que a mesma possibilita ao educando, compreender as interações

que se estabelecem entre sociedade e natureza, sendo necessário para isto que

o educando desenvolva a sua capacidade crít ica sobre a sua realidade.

Considerar a vivência/cotidiano do aluno torna-se de extrema relevância,

para criar mecanismos que os possibili tem compreender a sua localidade

comparando-a com outros referenciais, de tal modo acreditamos que o mesmo

se perceberá fazendo/praticando constantemente em seu cotidiano a

Geografia.

Para reforçar o acima exposto, nos P.C.Ns (1998, p.39), coloca-se que:

Adquir i r conhecimentos básicos de Geografia é algo importante para a vida em sociedade, em part icular para o desenvolvimento da função de cidadania: cada cidadão, ao conhecer as caracter ís t icas sociais , cul turais e naturais do lugar onde vive, bem como as de outros lugares , pode comparar, expl icar múl t iplas relações que di ferentes sociedades em épocas variadas es tabeleceram e es tabelecem com a natureza na construção de seu espaço geográfico.

Assim, a Geografia possibilita uma maior consciência dos limites e

responsabilidades do indivíduo seja em suas ações individuais ou coletivas em

relação ao seu lugar, ampliando ou reduzindo escalas, evidenciando o que de

fato é essencial para sua formação enquanto cidadão.

Assim acrescentamos que:

Cada indivíduo deve construi r sua própria ident idade com o lugar onde vive, em sentido amplo, com a nação brasi lei ra e até mesmo com o mundo, valorizando os aspectos socioambientais que caracter izam seu patr imônio cul tural e ambiental . (BRASIL, 1998, p .38)

Considerando as interfaces dos temas tratados pela Geografia escolar,

com outras áreas do conhecimento, tais como, a Biologia, Química, História

Matemática, Português, etc., esta cumpre papel importante na construção dos

saberes relacionado à E.A..

Tendo em vista que a E.A. é um tema transversal e que deve ser

abordado através da transdiciplinaridade e interdisciplinaridade, temos que

considerar a importância da proposta pedagógica elaboradas pela escola, os

programas elaborados e desenvolvidos pelas disciplinas, o interesse dos

docentes e discentes em realizá-las, e as reflexões que se estabelecem a partir

das práticas desenvolvidas.

2. - Paradoxos existentes relação sociedade e natureza

Desde o surgimento do ser humano sobre a superfície terrestre, a cada

período, o mesmo adotou formas distintas de se relacionar com os recursos

naturais existentes, e também com os grupos sociais em que estavam

inseridos, assim podemos dizer que desde os tempos mais longínquos os seres

humanos de alguma forma já tinham uma forma de “Educação” ao relacionar-

se com o meio.

Conforme Sato (2002, p. 23):

O desenvolvimento da consciência ambiental , em nível internacional , pode ser t raçado ao longo das décadas de 1970 ao período atual 2, com base em uma série de eventos , como as Conferências de Estocolmo e de Tbi l is i que originaram as primeiras manifes tações dentro da Educação Ambiental . [ . . . ] . Todavia, a Educação Ambiental , ass im como a própria educação, ainda cont inua caminhando lentamente no processo de efet ivar mudanças nas at i tudes e comportamentos humanos em relação ao ambiente.

De acordo com as leituras realizadas, verificamos que apesar da década

de 1970 ser considerada um marco divisor de águas nas discussões mais

pontuadas sobre os problemas ambientais existentes, anteriormente a isto.

Durante o Pós-Guerra, com a supremacia dos Estados Unidos da América, viu-

se configurar de forma significativa a crescente industrialização, surgindo

paralelamente às primeiras preocupações com a qualidade do meio ambiente

global.

Dias (1992, p. 39) argumenta que no ano de 1952, o ar densamente

poluído pelas indústrias em Londres, provocou a formação de uma gigantesca

nuvem sobre a cidade, provocando o efeito smog. Isto provocou a morte de

1.600 pessoas, significando a primeira grande catástrofe, causada pelas ações

desmesuradas do ser humano sobre o meio.

Em 1962 Raquel Carson lança o livro Silent Spring(Primavera

Silenciosa), nesta obra era denunciada os efeitos negativos da industrialização

no campo, onde os pesticidas pareciam vencer o problema das pragas.Carson

afirmou que os produtos químicos matavam insetos e pragas prejudiciais, mas

também os benéficos pois destruíam os solos e envenenavam as pessoas.

Segundo Dias (1992, p.25):

In icialmente a sobrevivência do ser humano, es tava condicionada a sua relação com o meio ambiente, e modo ao interagi r com o mundo. O ser humano primit ivo faz ia educação ambiental , e o mesmo para sobreviver precisava adequar-se as imposições da natureza, tendo em vista que àquele momento, considerando as l imi tações técnicas , a natureza era mais poderosa do que os homens.

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Grifo nosso.

Durante a Conferência em Educação realizada na Universidade de Kele,

na Grã-Bretanha, a expressão E.A. foi ouvida pela primeira vez. A concepção

dos educadores naquele momento sobre a E.A. estava intimamente associada à

idéia de conservação, tendo a Ecologia e a Biologia como veículo.

Com a sedentarização e a evolução da civilização humana passaram a ser

produzidos maiores conhecimentos sobre o ambiente, e de tal modo, maior

exploração dos recursos. O conhecimento a respeito do funcionamento da

natureza e a transmissão desse conhecimento, no entanto, serviu para que o

ambiente fosse cada vez mais dominado e explorado.

Com a institucionalização da escola, enquanto aparelho ideológico

pensou-se que a educação formal, pudesse estabelecer a interl igação entre as

diversas áreas do conhecimento, e que isto permitir ia uma visão completa

sobre o funcionamento do planeta, de forma que o ser humano pudesse nele

interagir de forma mais proveitosa.

De fato, viu-se ampliar em proporções gigantescas a produção de

conhecimento sobre a complexidade das partes que forma o todo (Planeta),

porém, a forma de racionalizar e utilizar os recursos pareceu caminhar em

sentido inverso, dado os interesses que movem a sociedade moderna.

Com o rápido crescimento da população mundial, a poluição do meio

ambiente, das águas, solos e ar, desflorestamento, passaram a desequilibrar

os mecanismos ambientais, rompendo o ciclo da natureza.

Ao alterar esses mecanismos reguladores, o ser humano é o agente direto

de interferência nos ecossistemas, ao mesmo tempo em que se torna vit ima

de sua própria atividade.

Para Dias (1992, p.137), a economia dos países desenvolvidos

caracterizou-se por processos inflacionários, ocasionando desemprego

crescente, induziu à aplicação de medidas macro-econômicos, estas medidas

aumentaram os problemas sócio-ambientais e agravaram o processo de

deterioração dos recursos naturais.

O crescimento populacional impulsionou a produção de bens de consumo,

fazendo com que os seres humanos utilizassem cada vez mais recursos

naturais, sem qualquer cautela pressionando a capacidade de reposição dos

recursos naturais. A ênfase era dada ao desenvolvimento do processo

econômico e produtivo, mantido sob a expansão do sistema capitalista, onde

se prima pelos interesses financeiros de alta proporção.

Na verdade, levando em conta a situação atual do mundo, a preocupação

que dispomos não é inesgotável. No Brasil, por exemplo, a própria ocupação

territorial é marcada por uma devastação sobre florestas, exploração de

recursos minerais, etc.. A partir desses aspectos podemos dizer que cabe aos

cidadãos e ao poder público ter atitudes que propiciem a mudança de

comportamento e atitudes dos seres humanos em relação ao meio ambiente.

Descobertas científicas ajudaram a perceber a emergente globalidade dos

problemas ambientais. Dias (1992, p.33 a 61) elaborou um cronograma que

aponta os eventos realizados e que tratam sobre a E.A. Em 1972 realizou-se, a

Conferência de Estocolmo, que contou com representantes de 113 países.

Nesta conferência foi concebido o Plano de Ação Mundial, e, em particular

foram estabelecidas diretrizes para um Programa Internacional de Educação

Ambiental - PIEA.

Apesar da importância desta conferência como marco referencial para a

discussão das questões ambientais em nível planetário, a mesma, configurou-

se mais como um ponto centralizado para identificar os problemas ambientais,

do que um começo de ação para resolvê-las.

Buscou-se nesta Conferência estabelecer uma visão global e princípios

comuns que servissem de inspiração e orientação à humanidade, para

preservação e melhoria do ambiente humano. Além desta Conferência, chamar

a atenção do mundo para os problemas ambientais, também gerou

controvérsias.

Os representantes brasileiros nesta conferência defenderam o

desenvolvimento econômico a qualquer custo “pediu poluição”, dizendo que

o país não se importaria em pagar o preço da degradação ambiental, desde

que o resultado fosse o aumento do Produto Nacional Bruto- P.N.B –

Enquanto a preocupação com a degradação ambiental era motivo da

Conferência, o Brasil externava abrir suas portas para a poluição,

estimulando a vinda de multinacionais, em troca de um desenvolvimento

econômico predatório e incompatível com a manutenção e elevação da

qualidade de vida.

Depois no ano de 1977 ocorreu a Primeira Conferência Internacional

sobre Educação Ambiental em Tbilisi (Ex- U.R.S.S.). Neste evento chegou-se

à conclusão de que a educação deveria, simultaneamente, preocupar-se com a

conscientização, a transmissão de informação, o desenvolvimento de hábitos,

a promoção de valores, bem como o estabelecer cri térios e orientações para a

resolução de problemas.

Nesta perspectiva foram estabelecidas estratégias internacionais para

ações no campo da educação e formação ambiental. No ano de 1987, realizou-

se o Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativa ao Meio

Ambiente, em Moscou, Rússia de 17 à 21 de agosto. Neste congresso,

ressaltou-se a necessidade em atender, prioritariamente, à formação de

recursos humanos, na área formal e não formal da Educação Ambiental, e na

inclusão da dimensão ambiental nos currículos escolares em todos os níveis

de ensino.

Em 1992 durante a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre

Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio-92 realizada no Rio de Janeiro, a

ênfase desta conferencia esteve centrada na preocupação dos problemas

ambientais globais e no tão falado desenvolvimento sustentável.

Foram lançados desafios fundamentais às polít icas dos governos das

nações para o Século XXI. A elaboração da Agenda 21 foi posta como forma

de incentivar uma educação permanente sobre meio ambiente e

desenvolvimento, centrada nos problemas locais.

Em 1994 através da Proposta do Programa Nacional de Educação

Ambiental – PRONEA, buscou-se capacitar multiplicadores para a E.A.

formal e não-formal, em seus diversos níveis e modalidades.

No ano de 1995 foi criado o Conselho Nacional do Meio Ambiente –

CONAMA determinante para o fortalecimento da Educação Ambiental. Para

finalizar, a Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade:

Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade.

Nas discussões geográficas o meio natural sempre esteve em pauta, mas

tanto a Geografia como outras ciências são influenciadas pelo surgimento de

novos paradigmas e o debate ambiental ressurge com mais força.

Becker e Gomes ressaltam que (1993, p.149),

O tema vem cercado de novas indagações e de um contex to efet ivamente diverso. Afinal , uma das considerações mais atuais se refere exatamente ao papel da ciência e da técnica, na produção de concei to , no uso e gestão do ambiente e na incontrolável polí t ica do problema [ . . . ] . Sem duvida, não é possível contar com muitas certezas , mas pelo menos, a Geografia pode contr ibuir para revelar algumas das múl t iplas dimensões do problema, reconhecendo ass im, a complexidade do tema atualmente.

3. A contribuição da Geografia Escolar para a construção dos

conceitos de Meio Ambiente e Cidadania

A Geografia escolar é uma disciplina de extrema importância na

construção dos conceitos de Meio Ambiente e Cidadania, permitindo ao

educando ampliar valores e atitudes, desenvolver uma convivência harmônica

entre a sociedade e natureza, permitindo através dos conteúdos por ela

tratados, compreender os problemas derivados da ação desordenada do ser

humano no meio que o cerca.

Assim, acreditamos na relevância desta disciplina para que sejam

desenvolvidas práticas educativas que conduzam o educando à construção de

valores sociais voltados à manutenção da integridade do meio ambiente.

Para ser considerado de fato cidadão, desafios se colocam para que

exerça uma cidadania ativa, e tal prática está intimamente associada ao

cumprimento de seus deveres e direitos sociais e também para com a

manutenção do Meio Ambiente, o que requer a compreensão do mesmo.

A Geografia escolar nesse sentido pode contribuir de forma significativa

para a efetivação das proposições estabelecidas para a E.A., pois através de

um trabalho continuado acreditamos ser possível ver acontecer transformações

de valores e ati tudes, desde que sejam lançadas as sementes, que se bem

tratadas darão frutos, os quais serão colhidos por gerações vindouras,

amenizando os problemas ambientais existentes que na atualidade colocam em

risco a qualidade de vida humana e a capacidade de recomposição de muitos

dos recursos existentes no planeta Terra.

Para tanto, pensamos que todo o conhecimento produzido por esta

disciplina, associada às demais se transforme em Ação/Reflexão,

corroborando para que efeitos posit ivos sejam alcançados, sendo a escola uma

importante instituição que colabore para a formação de educandos cidadãos

em sua integralidade.

Neste contexto, a E.A. se insere, pois através da mesma é possível

inculcar mudanças de valores e ati tudes do ser humano em relação aos demais

elementos do meio e também valores sociais diferenciados, permitindo que

respostas aos problemas ambientais sejam criadas via processo educativo,

justif icando a razão pela qual a mesma não possa ser considerada atividade

isolada dos demais sistemas de investigação, e informação ambiental.

A qualidade de vida em nosso planeta tem sido rapidamente deteriorada,

comprometendo os aspectos físicos, biológicos, e, por conseguinte as

condições sociais da população. O Meio Ambiente deve ser abordado como

uma dimensão que sustenta todas as outras atividades.

Segundo Coimbra (2002, p.406):

A árvore da educação ambiental deve dar f lores e frutos de cidadania at iva, ideal já esculpido na Const i tuição Federal do Brasi l . Educar-se para a real idade t repidante do dia-a-dia. Sob o ângulo da consciência ecológica, a educação ambiental precisa t raduzir emoções. A mobi l ização da comunidade não é apenas uma das formas de educação ambiental , mas parece com manifes tação dessa cidadania at iva.

Para que os indivíduos possam ser considerados de fato cidadão, é

necessário, que ele seja consciente da sua relação com o Meio Ambiente, da

sua responsabilidade perante o mesmo, e que se necessário, mude sua postura

de ação. Que o meio ambiente deixe de ser visto, como parte, como

mercadoria ou um componente a ser explorado ate a sua total exaustão.

A E.A. pode nos auxiliar a despertar preocupações individuais e

coletivas, para a emergência das questões ambientais, garantindo aceso a

informação em linguagem adequada, contribuindo para um desenvolvimento

de uma consciência crí tica, estimulando o enfrentamento das questões

ambientais e sociais.

Em conformidade com as argumentações elaboradas por Segura (2001, p.

22),

A escola representa um espaço de t rabalho fundamental para i luminar o sent ido da luta ambiental e fortalecer as bases da formação para a cidadania, apesar de car regar consigo o peso de uma est rutura desgastada e pouco aberta às ref lexões relat ivas à dinâmica sócioambiental . Is to não signif ica, porém, que a EA l imita-se ao cotidiano escolar. Pelo contrár io , cada vez mais se expande para os diversos setores sociais envolvidos na luta pela qual idade de vida. E não poderia ser di ferente uma vez que toda a sociedade tem responsabi l idade sobre os impactos ambientais da ação humana no meio ambiente.

Diante do exposto, acreditamos na importância em pensar as práxis sobre

a E.A. que têm sido desenvolvidas nas escolas, compreendendo a natureza do

processo educativo e como este contribui para o processo de construção de

uma sociedade mais equânime, e pronta para o enfrentamento das relações de

dominação, sob as quais se tecem as relações entre sociedade e natureza.

2- O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL:

AVANÇOS E RETROCESSOS

2.1 - Educação ambiental e a sua inserção no ensino formal.

Em nível de legislação, a E.A. aparece na Lei n 6.938/81, que insti tuiu a

“Política Nacional do Meio Ambiente”. Embora esteja inserida nas formas de

educação formal e não formal ela é limitada em seus aspectos ecológicos e de

conservação. A constituição de 1988 assimilou a legislação ordinária e

estabeleceu como incumbência do poder público:” Promover a educação

ambiental em todos os níveis de ensino e conscientização pública para

preservação do meio ambiente” (art. 225, 1 VI).

A Educação Ambiental foi inserida primeiramente na estrutura

administrativa dos órgãos públicos de meio ambiente, em vez de ser objeto de

trabalho do sistema educativo (CNUMAD, 1991). Com a atuação da mídia e a

falta de conhecimento adequado da população seus conceitos e objetivos

gerais estão, ainda hoje, relacionados somente aos estudos de conservação.

Embora a dimensão ecológica seja de extrema importância na disseminação da

Educação Ambiental, fatores socioeconômicos também merecem destaque.

A Educação Ambiental não está inserida no ensino formal, como foi à

proposta no ano de 1994, feita pelo Programa Nacional de Educação

Ambiental (PRONEA). Há inúmeras dificuldades para a inserção nos mais

diversos níveis e modalidades.

2.1.2- A transversalidade

Tratam-se de processos que estão sendo intensamente vividos pela

sociedade, pelas comunidades, famílias, alunos e educadores em seu

cotidiano, sendo debatidos em diferentes espaços sociais, em busca de

soluções e alternativas, confrontando posicionamentos diversos tanto em

relação a intervenção no âmbito social mais ampla quanto a atuação pessoal.

Estes temas envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da

realidade destinando-se também a um intervir na realidade.

Eles não devem constituir uma disciplina, mas permear toda prática

educativa, exigindo um trabalho contínuo, abrangente e integrado no decorrer

de toda educação. A transversalidade não deve constituir uma disciplina a

parte, deve ser trabalhada de modo coordenado e não como um intruso nas

aulas, não aparecerão espontaneamente com facilidade, principalmente no

começo e obter um planejamento adequado cada qual a sua função.

2.2- Se fazemos Geografia cotidianamente, fazemos também Educação

Ambiental?

Não, pois a Educação Ambiental tem que ser uma ação educativa

permanente, continua pela qual a comunidade tem a tomada de consciência de

sua realidade global, do tipo de relação que os seres humanos estabelecem

entre si e com a natureza, dos problemas derivados dessas relações e suas

causas. Desenvolvendo nas pessoas as habilidades e atitudes necessárias para

dita transformação, conduzindo para a melhora da qualidade de vida.

Onde os problemas causados obrigam o mundo a refletir sobre a

necessidade de impulsionar a Educação Ambiental, no qual o cenário é

preocupante e deve ser levado a sério, pois as conseqüências não ou já,

at ingem a muitas pessoas, sem distinção. Não ficamos no nosso cotidiano

fazendo ações que nos eduquem o tempo todo.

2.3- Além dos muros da escola o que podemos fazer?

Preservar as árvores, animais, e a natureza; não poluir as águas; não fazer

queimas; Não jogar lixo em locais inadequados; Reciclar embalagens e

objetos; Combater desflorestamentos; Conservar biodiversidade; Fazer uso

competente de produtos agrotóxicos; Respeitar e manter todas as formas de

vida; Ser solidários, justos e humanos; Consumir com responsabilidade;

Plantar arvores; Não desperdiçar água; Reutil izar a água que lava as roupas;

Promover a recuperação de lugares no meio ambiente destruído; Na época da

chuva aproveitar água para alguns fins domésticos; Cobrar dos governantes do

município ações educativas na própria comunidade.

2.4 - As limitações da realidade escolar para a implementação de práticas

transdisciplinares.

As escolas encontram várias limitações para a implementação de práticas

dentre elas, podem ser observadas tais:

Conforme Sato (2002), se de um lado os objetivos gerais da Educação

Ambiental coincidem com os da Educação, esse fator faz com que ela possa

ser transmitida pelas diversas metodologias e disciplinas existentes. As

limitações são muitas, ocorre a falta de materiais pedagógicos, muitos

docentes de outras áreas não dominam o conteúdo de tal temática, ou até

mesmo não interessam.

Os livros didáticos são usados, mas não são, suficientes podendo ser bons

e ruins. Os livros não apresentam dados atualizados, nem exemplos locais,

sempre apresentam a ideologia da classe dominante, refletindo os modelos do

desenvolvimento capitalista, e de outro lado, são ainda a maior fonte de

informação de lugares sem recursos e, existe a falta de incentivo por parte da

escola e da própria comunidade

Tratam-se de processos que estão sendo intensamente vividos pela

sociedade, pelas comunidades, famílias, alunos e educadores em seu

cotidiano, sendo debatidos em diferentes espaços sociais, em busca de

soluções e alternativas, confrontando posicionamentos diversos tanto em

relação a intervenção no âmbito social mais ampla quanto a atuação pessoal.

Estes temas envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da

realidade destinando-se também a um intervir na realidade

3- DIAGNOSTICO DA ESCOLA CAMPO: COLEGIO DE APLICAÇÃO

DE IPORÁ-GO.

O Colégio Estadual de Aplicação esta situado na Rua Serra Cana Brava,

setor Belo Vista, Iporá-Goiás. Oferece do1° ao 9° ano do ensino fundamental.

Conforme o P.P.P. da escola, o mesmo tem como objetivo principal, em fazer

com que o educando compreenda as noções básicas sobre o tema Meio

Ambiente, perceber as relações que condicionam a vida para posicionar-se de

forma crít ica diante do mundo, dominar métodos de manejo e conservação

ambiental.

Os fundamentos pedagógicos da escola-campo são inspirados nos

princípios da l iberdade dos ideais de solidariedade humana bem como os

princípios legais preconizados na Lei n. 9394/96, tendo por objetivo os

desenvolvimentos do educando, seu preparo para o exercício da cidadania,

para que possa desenvolver um papel construtivo na sociedade, sendo

instrumento de reconstrução social.

Uma vez que, a escola pesquisada tem uma visão de preparar os

educandos a exercer seus direitos e deveres de cidadãos, visando também

capacitar os educandos para se socializarem com o mundo e superar todos os

obstáculos e, como ação existe o projeto da Educação Ambiental que tem

como proposta fazer com que os alunos conheçam o meio ambiente em que

vivem e tudo ao seu redor, e aprender também a preservar o meio.

3.1- Projeto sobre a Educação Ambiental desenvolvida no Colégio de

Aplicação

No que diz respeito, à cerca das questões ambientais, sua importância e

necessidades de buscar medidas de intervenção nos efeitos negativos da ação

humana sobre o meio ambiente, a escola possui um projeto em

desenvolvimento sobre E.A.

O projeto da Educação Ambiental: jardinagem e reflorestamento estão

inseridos nas ações do P.P.P. (Projeto Político Pedagógico) da Unidade

Escolar e embasada nos PCNs.

Este projeto tem por objetivo promover ações que resultem no

conhecimento e apreciação do meio ambiente, de forma que os próprios

educandos sintam necessidade de cuidar do meio em que vivem. Os conteúdos

a serem trabalhados neste projeto são: estudo e definição do meio ambiente; o

ar que respiramos; os impactos ambientais com influencia do ser humano;

reflorestamento; jardinagem etc. Desenvolvendo as atividades com parcerias

com os demais professores e educandos em geral, sabendo que estudar meio

ambiente é estudar saúde, a oficina de E.A. sempre estará ligada com oficina

de Qualidade de Vida. O Projeto acontece somente do 1°ao 5° ano.

Portanto as atividades serão: apresentação do projeto a comunidade

escolar; fazer a jardinagem; estudar as árvores o ar estabelecendo uma relação

entre os educandos com o meio ambiente.

A avaliação dos educandos possui um caráter educativo, e como forma de

avaliação são feitas atividades continuas registradas, observação e

participação na realização das atividades propostas, mas sempre respeitando

as diferenças entre os educandos.

Quanto às dificuldades na execução do projeto, foram detectadas a falta

de materiais didáticos, de apoio e recursos financeiros. Os educandos se

sentem muito motivados nas oficinas de Educação Ambiental, os mesmos

escolhem a oficina que irão ser trabalhadas.

Através deste projeto pôde-se ser constatado que a Geografia escolar

juntamente com a Educação Ambiental, contribuiu para a orientação dos

educandos na execução das oficinas, tendo por finalidade preservar o meio

ambiente, uma vez que, já se encontra bastante degradado.

O projeto que está sendo desenvolvido no Colégio Estadual de

Aplicação – Escola de Tempo Integral tem o objetivo de levar aos educandos o

conhecimento sobre a necessidade de cuidar do nosso habitat, proporcionando

uma melhoria na qualidade de vida em geral.

No decorrer do projeto estão sendo realizadas aulas práticas para

melhor conhecer o meio ambiente, campanhas de preservação à natureza e

seleção do lixo, incluindo a reciclagem e como forma e reparar um pouco do

dano que já foi causado ao meio ambiente, e os educandos estão fazendo um

estudo do plantio de mudas para o reflorestamento.

Os métodos util izados servirão para os educandos aplicarem no dia-a-

dia e ajudarem a diminuir a degradação e, principalmente valorizar e cuidar

do Meio Ambiente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Pretendeu neste trabalho compreender como se desenvolve o ensino de

Geografia no ensino fundamental, no trato das questões ambientais, usando

como mecanismo de intervenção à Educação Ambiental.

Através do tema Meio Ambiente a escola desenvolve projetos que tem

por objetivo promover ações que resultem no conhecimento dos educandos de

forma que, se socializem com o mundo onde vivem.

Pela Geografia escolar o indivíduo adquire conhecimentos que

possibili tam uma maior formação dos limites e responsabilidades em suas

ações, proporcionando a compreensão sobre a interação que se estabelece

entre a Sociedade e a Natureza.

A E.A. passou a ser dentro da escola, uma forma de socialização dos

educandos com o seu habitat e, como princípios os mesmos foram

compreendendo que todos os seres vivos dependem do meio ambiente para

sobreviver, mas, o meio ambiente também necessita dos cuidados dos seres

vivos.

A escola ao implementar os projetos sobre E.A. procurou trabalhar de

forma com que os educandos se sentissem motivados, obtendo o interesse de

aprender a preservar o meio em que vivem e, tudo ao seu redor.

A professora entrevistada reconhece que faltam recursos financeiros,

material pedagógico de apoio, mas mesmo assim a escola ajuda, e os próprios

educandos gostam muito das oficinas, de modo que escolhem o tipo de oficina

que irão trabalhar.

Na escola o uso do livro didático, não tem influenciado nas escolhas

dos temas das oficinas, são usados outros livros. Pois, a parceria entre a

Geografia e a E.A. tem dado certo de tal modo que, diante das transformações

negativas no meio ambiente, é preciso que medidas sejam tomadas para

preservamos a natureza, uma vez que, sem ela não sobreviveríamos.

E já, no ano seguinte será dado outro passo adiante, onde será

desenvolvido o Projeto Guardiões da Natureza que tem como intuito,

despertar nos educandos o exercício dos seus direitos e deveres como cidadão

intervenientes de sua realidade. Foi detectado a partir deste diagnóstico, feito

no Colégio de Aplicação que é de suma importância, a E.A. na escola para

auxiliar crianças e jovens no processo de aprender a viver, relacionando com

o Meio Ambiente.

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