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A Cotação da EDP Uma Análise do impacto das research notes e das notícias
Trabalho realizado por: Ricardo Jorge Fernandes Campelo de Magalhães – nº 980401097 Ana Guerra – nº 990401001 Rita Maio Redes – nº 990401203 Telmo André Cadavez Leite Ferreira – nº 990401114
Porto, 15 de Junho de 2004
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Índice
ÍNDICE 1
1 - INTRODUÇÃO 3
2 - CONCEPTUALIZAÇÃO 4
2.1 - EFICIÊNCIA DO MERCADO DE CAPITAIS 4 2.2 - ABNORMAL RETURNS 6 2.2.1 – INTRODUÇÃO AO CONCEITO 6 2.2.2 – CÁLCULO DO BETA DA EDP 7 2.3 - METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DOS RESEARCH STUDIES 9
3 - A EDP 13
3.1 - BREVE APRESENTAÇÃO 13 3.2 - BREVE HISTÓRIA DA EDP 14 3.3 - EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO DA EDP 17
4 - ANÁLISE DOS RESEARCH NOTES E DO SEU IMPACTO 18
4.1 - EVIDÊNCIA EMPÍRICA 18 4.2 - AS VARIÁVEIS DO MODELO 22 4.3 - ANÁLISE DAS REGRESSÕES 23 4.4 - POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES PARA A FALTA DE SIGNIFICÂNCIA DAS VARIÁVEIS 30
5 - ANÁLISE DAS NOTÍCIAS E DO SEU IMPACTO 32
5.1 - AS VARIÁVEIS DO MODELO 32 5.2 - ANÁLISE DAS REGRESSÕES 33
6 - CONCLUSÕES 36
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BIBLIOGRAFIA 37
ANEXOS 39
PRICE TARGETS RECOLHIDOS PARA O TRABALHO 39 COTAÇÃO DA EDP ANTES DE 2000 41 GRÁFICO COMBINADO 41
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1 - Introdução
No âmbito da disciplina de Mercados Financeiros da Faculdade de Economia da
Universidade do Porto, aquando da procura do tema, surgiu-nos a ideia de verificar se
os price targets que, hoje em dia, surgem em praticamente todos os jornais, têm ou não
um impacto efectivo na cotação das empresas. Como, num estudo encomendado pela
CMVM à Euroexpansão baseado num inquérito telefónico feito no período de
Dezembro de 1998 a Janeiro de 1999, se estimou que cerca de 65% dos pequenos
aforradores possuem acções da EDP, achamos que esta seria uma boa empresa para se
fazer esta análise, para além de que é uma das empresas com um maior número de price
targets, nomeadamente, por parte de analistas estrangeiros.
Para além do impacto, pretendíamos, igualmente, verificar a possível existência de
informação privilegiada ou, então, uma tentativa de “manipulação” do mercado (no
sentido de fazer subir o preço das acções).
Aproveitando a análise da EDP decidimos, igualmente, aferir quanto ao impacto das
notícias na cotação desta empresa. A ideia é verificarmos se estas têm algum impacto, e
se o tiverem, qual a sua relevância. Também aqui, pretendemos aferir quanto à
existência de informação privilegiada que resulte em insider trading, e que por isso
tenha um impacto antecipado na cotação.
Essencialmente, o nosso estudo incidirá sobre aqueles factores que tradicionalmente são
apontados como tendo maior impacto na cotação de uma empresa, tentando validar ou
rejeitar tal hipótese. Assim, propomo-nos a realizar um estudo empírico e alguma
reflexão teórica sobre a temática, usando como base o caso da EDP, pelos motivos
acima referidos.
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2 - Conceptualização
2.1 - Eficiência do mercado de capitais
Um mercado eficiente pode ser caracterizado pelo facto de não exibir qualquer padrão
determinístico. A eficiência do mercado pressupõe a ausência de oportunidades de pura
arbitragem e a impossibilidade de se obterem lucros através do uso de dados históricos.
Segundo Fama (1965) os mercados são eficientes se reflectirem de uma forma completa
e precisa toda a informação tornada pública (forma semi-forte). Caso os mercados
fossem eficientes sob a forma forte, segundo a qual deveriam reflectir toda a informação
quer fosse pública ou privada, então os activos estariam, em média, correctamente
avaliados, não havendo justificação para desperdiçar recursos com equipas de research,
sendo apenas necessário efectuar uma gestão passiva, buy and hold ou index funds. Na
hipótese da eficiência dos mercados o preço de mercado seria uma estimativa não
enviesada do verdadeiro valor do activo, ou seja, em qualquer momento do tempo
existiria a mesma probabilidade do activo estar sub ou sobreavaliado.
No entanto, um mercado eficiente não implica que os preços não possam desviar do seu
verdadeiro valor. Estes desvios têm é de ser aleatórios, o que não implica que o
investidor não consiga “bater” o mercado em qualquer momento: pelo contrário
aproximadamente metade dos investidores é capaz de bater o mercado em qualquer
momento, antes de custos de transacção, e também não implica que nenhum grupo de
investidores consiga bater o mercado no longo prazo, no entanto isto não se ficará a
dever às suas estratégias, mas a pura sorte.
Há, no entanto, investidores que batem o mercado, mas não o fazem em termos de
retornos ajustados pelo risco. Num mercado eficiente os retornos esperados de qualquer
investimento serão consistentes com o risco desse investimento ao longo do período,
apesar de poder existir desvios destes retornos esperados no curto prazo.
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Os mercados não são eficientes automaticamente, são os actos dos investidores que, ao
tentarem bater o mercado, os tornam eficientes. São condições necessárias para eliminar
a ineficiência do mercado: este deve permitir construir um esquema que permita bater o
mercado (os activos que são a fonte da ineficiência devem ser transaccionáveis e os
custos de transacção de efectuar o esquema devem ser menores que o ganho esperado
com o mesmo) e têm de existir investidores que maximizem o lucro (reconhecem o
potencial para ganhos, põe em prática o esquema e têm recursos para transaccionar até
que a ineficiência desapareça).
Podemos tentar aferir acerca da eficiência dos mercados de diferentes formas, testando
se as cotações têm ou não um comportamento aleatório (random walk), verificando a
sua reacção a nova informação pública e privada ou avaliando a performance dos
gestores de carteiras.
No caso do mercado português foi feito um estudo para aferir da sua eficiência. Foram
efectuados diversos testes (teste de Engle, teste de Tsay, teste de biespectro de Hinich,
expoente de Lyapunov e estatística BDS) para avaliar a hipótese da linearidade. Em
todos os testes a hipótese de que as rentabilidades dos índices bolsistas portugueses são
independentes e identicamente distribuídas foi rejeitada. Concluindo que existe,
provavelmente, dependência não linear nas rentabilidades contradizendo assim a
suposição do passeio aleatório havendo, portanto, no mercado português, oportunidades
de lucros anormais.
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2.2 - Abnormal Returns
2.2.1 – Introdução ao Conceito A moderna gestão de carteiras visa seleccionar investimentos num contexto de incerteza, sendo uma simplificação da teoria da tomada de decisão baseada no facto de a rentabilidade dos títulos ser descrita satisfatoriamente através de uma distribuição normal. Como consequência desta simplificação, duas estatísticas são suficientes para descrever a distribuição das rentabilidades de uma carteira: a média e a variância da distribuição, preferindo os investidores a maior rentabilidade para uma dada variância e a menor variância para uma dada rentabilidade. Para a obtenção da rentabilidade esperada, o modelo geralmente usado é o Modelo de Marcado. Este pressupõe que a rentabilidade individual de um título está relacionada com os outros títulos através da rentabilidade de mercado, sendo esta relação linear, seguindo a seguinte equação:
(II, 1)
Em que: - é a rentabilidade realizada pelo título j,
no período t - e são parâmetros específicos do título j
- é a rentabilidade realizada pelo mercado
no período t - é o termo residual
O termo residual tem valor esperado 0 e é suposto não estar correlacionado com a variável dependente do modelo, a rentabilidade do mercado, nem originar heteroscedasticidade (estando correlacionado com o termo residual dos outros títulos) ou autocorrelação (estando correlacionado com o termo residual do mesmo título ao longo do tempo) no modelo. É este termo residual que também pode ser chamado de retorno anormal (por oposição ao “normal”, que advém da evolução do mercado) que nos interessa então estudar. Abnormal Return é, assim, a rentabilidade realizada de um título, retirada a rentabilidade normal do mercado. A sua expressão é dada por:
(II,2)
Este método de estimar a rentabilidade anormal é frequentemente referido como análise residual, visto que a equação apresentada é a do resíduo do referido modelo de mercado.
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2.2.2 – Cálculo do Beta da EDP Para o cálculo dos abnormal returns foi necessário determinar o Beta da EDP. Para tal
usámos observações do PSI20 (como representativo do mercado) e das cotações
ajustadas pelos dividendos da EDP desde 1992, calculando as respectivas
rentabilidades. De seguida procedemos ao cálculo da seguinte regressão:
(II,3)
Em que: rentedpt = rentabilidade da EDP no momento t
rentt = rentabilidade do mercado (PSI20) no momento t
O output da regressão foi o presente no quadro seguinte: Dependent Variable: RENTEDP Method: Least Squares Date: 05/20/04 Time: 19:25 Sample: 1 1711 Included observations: 1711
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob.
C -5.34E-06 0.000337 -0.015854 0.9874 RENT 0.758855 0.026941 28.16750 0.0000
R-squared 0.317058 Mean dependent var 2.68E-06 Adjusted R-squared 0.316658 S.D. dependent var 0.016848 S.E. of regression 0.013928 Akaike info criterion -5.708703 Sum squared resid 0.331514 Schwarz criterion -5.702339 Log likelihood 4885.795 F-statistic 793.4078 Durbin-Watson stat 2.042698 Prob(F-statistic) 0.000000
Quadro 1
Ou seja, o Beta calculado foi de 0.758855, isto é, face a uma variação de 1 p.p. na
rentabilidade de mercado, estima-se que a rentabilidade da EDP varie no mesmo sentido
em 0,758855 p.p.
Para determinar os abnormal returns o método de cálculo foi:
(II,4)
Em que: ARt = abnormal returns no momento t
Os abnormal returns passaram, assim, a ser a nossa variável explicada ou dependente.
Assim, o que pretendemos verificar são os impactos nas cotações da EDP, depois de
retirada a influência da evolução do mercado.
- P
ágin
a 8
de 4
2 -
- Página 9 de 42 -
2.3 - Metodologia de elaboração dos Research Studies
Como o nosso trabalho incide no estudo do impacto dos Research Studies na cotação da
EDP é de todo o interesse ver em que é que ele consiste e como é elaborado.
Um Research Study é um estudo sobre uma acção em que o analista usa todo o tipo de
informação para calcular quanto vale a acção e no fim resulta numa recomendação e
num preço alvo para a mesma.
A metodologia a seguir apresentada é a usada por um intermediário financeiro de
renome, mas fica em aberto a hipótese de as metodologias diferirem consoante o broker.
Metodologia Bottom-Up:
Análise Fundamental da Empresa
Passo 1: Rever Informação Pública
• Relatórios Trimestrais
• Relatórios Anuais
• Conferências de Imprensa
Passo 2: Conversas com gestores da empresa para informação detalhada
• Estabelecer relações com novas empresas
• A maior parte são via telefone, mas algumas são reuniões com o gestor
• Tentar obter mais conhecimento àcerca de:
- Tendências
- Alavancagem / Margens
- Programas de Eficiência
- Custos – mudanças correntes na sua estrutura –
Passo 3: Preparar o modelo preliminar de resultados a três anos
• Taxas de crescimento do Earning Per Share
• Perspectivas dos Resultados
• Análise de Balanços e Fluxos de Caixa
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Passo 4: Rever assunções financeiras com a empresa ( por exemplo comparação de
resultados )
Passo 5: Concluir/Complementar
• Equipe de gestores
• Ambiente competitivo
• Fornecedores
• Clientes
• Substitutos
• Barreiras à entrada
• Ambiente regulador
Passo 6: Finalizar o modelo de resultados
• Determinar a qualidade dos resultados
• Avaliar a gestão da empresa
• Tentar avaliar a verdadeira performance das operações da empresa e calcular
os core earnings
• Os core earnings incluem:
- Opções de compra exercidas pelos empregados
- Custos de reestruturação
- write-downs de activos operacionais amortizáveis ou depreciáveis
- Custos com pensões
- Gastos com I&D
- Despesas em Fusões e Aquisições
- Proveitos não realizados
• Excluem:
- Depreciações do Goodwill
- Ganhos/Perdas com vendas de activos
- Ganhos de pensões
- Procedimentos de litigação e seguros
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Análise do Valor da Empresa
Passo 7: Os analistas usam múltiplos critérios para valorarem uma empresa, incluindo
• 1 - Análise de Valor Intrínseco
• 2 - Relative Valuations
• 3 – Soma das partes
• 4 - Atribuição de Risco
1 – Análise do Valor Intrínseco:
- Determinar o valor intrínseco do título baseado em análise de
discounted free cash-flows. Estimar os free cash-flows futuros a
preços correntes incluindo variáveis como perfil de risco e estrutura
de capital
- Valor actual das acções Vs Preço actual das acções
- Projecção para 10 a 15 anos
- Analisar os parâmetros defenidos nos discounted free cash-flows para
ficar mais pertinente ( exemplo: evolução dos preços dos inputs )
2 – Relative Valuations:
- Comparar rácios financeiros apropriados entre grupos de empresas
- Comparar com a indústria:
o Price earnings ratio
o Eficiência
o Margens
- Valor da empresa:
o Price earnings ratio histórico
o Altos e baixos no ciclo
o Justificação do nível de price earnings ratio actual
3 – Soma das partes:
- Determinar o justo valor da acção determinando o valor de mercado
privado das unidades da empresa
- Dividir as unidades da empresa por negócios
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- Calcular o valor relativo de cada unidade e depois agregar
4 – Avaliação do Risco:
- Técnicas
- Insider Buying
- Beta
Passo 8: Estabelecer o valor intrínseco
• Preço Alvo para 12 meses
• Analistas atribuem um ranking de avaliação de risco (Alto/Médio/Baixo) da
volatilidade da acção e risco de perda de capital
Passo 9: Decidir as melhores ( STARS ) recomendações
• Incorporar o rating de avaliação de risco
Passo 10: Revisão por outros analistas de topo
Critérios de cobertura de empresas
• Número de empresas cobertas por analista são em média entre 20 a 25
• Inícios de cobertura:
- Volume significante de transacções
- Capitalização de mercado
- Actos da empresa ( fusões e aquisições; spin-offs )
- Empresas emergentes de rápido crescimento
• Fins de cobertura:
- Actos negativos das empresas ( bancarrota; fusões e aquisições )
- Preço da acção menor que 5$
Falta de interesse dos investidores
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3 - A EDP
3.1 - Breve apresentação
O grupo EDP encontra-se entre os grandes operadores europeus do sector eléctrico e é
um dos maiores grupos empresariais portugueses.
É o único grupo empresarial do sector eléctrico da Península Ibérica com actividades de
produção e distribuição nos dois países, Portugal e Espanha – onde detém o controle do
4º maior operador eléctrico espanhol, a Hidrocantábrico -, e está presente nos sectores
eléctricos da América Latina – com grande representação no Brasil -, de África e de
Macau, nos negócios da Produção, Distribuição e da Comercialização.
As actividades do Grupo EDP estão centradas nas áreas de produção e distribuição de
energia eléctrica, telecomunicações e tecnologias de informação, mas abrangem
também outras áreas complementares e relacionadas, como as da água, gás, engenharia,
ensaios laboratoriais, formação profissional ou gestão do património imobiliário.
O Grupo EDP conta com mais de 14500 colaboradores e a estratégia do Grupo tem
assentado na reconhecida competência dos seus recursos humanos e no seu trabalho
determinado melhorando consistentemente a qualidade do seu serviço, aumentando a
eficiência das suas áreas de negócio, criando valor em todas as frentes em que estão
envolvidos. É por isso que, para o Grupo EDP, as pessoas são importantes e a política
de recursos humanos é um pilar estratégico para enfrentar os desafios nos sectores de
actividade em que intervém.
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3.2 - Breve história da EDP 1
É difícil estabelecer as datas-chave das primeiras aplicações de energia eléctrica, mas, a
primeira notícia conhecida, é a de seis candeeiros de arco voltaico importados de Paris
pela família real e iguais aos que iluminavam a Praça da Ópera, que foram instalados
primeiramente na esplanada da Cidadela de Cascais, em Setembro de 1878, na
comemoração do aniversário do Rei D. Carlos e, depois, no Chiado, em Lisboa.
Um marco importante é a constituição em 1891 (a partir da fusão da Companhia
Lisbonense de Iluminação a Gás e da Companhia Gás de Lisboa) das Companhias
Reunidas de Gás e Electricidade (CRGE), às quais a Câmara Municipal de Lisboa
concedeu o direito de "produzir, distribuir e vender gás e electricidade destinada à
iluminação pública e particular e a outros usos domésticos e industriais ".
Nos primeiros anos do séc. XX vários municípios outorgaram concessões para
distribuição de energia eléctrica e o Governo concedeu alvarás para produção, surgindo
por todo o país pequenas centrais térmicas e de queda de água. A primeira concessão
foi atribuída por alvará régio de 14 de Fevereiro de 1907, "pelo qual foi concedido o
aproveitamento da água do Rio Lima, fazendo uma derivação no sítio da Costa do Fajo,
Freguesia do Lindoso, Concelho de Ponte da Barca". Em 1908 foi dada a primeira
concessão de uma bacia hidrográfica na sua globalidade, a do rio Alva na Serra da
Estrela, à Empresa Hidro-Eléctrica da Serra da Estrela. A empresa Electro-Moagem de
Riba-Coa, cuja concessão é datada de Julho de 1939, no Rio Tâmega, fornecia Pinhel e
a Companhia Hidro-Eléctrica do Varosa abastecia Lamego e Peso da Régua. Os
municípios de Fafe e Amarante assumiram directamente a produção de energia
eléctrica por aproveitamento de quedas de água com as Centrais de Santa Rita e do Olo.
No fim de 1928, o sistema produtor era constituído por 395 centrais, a maior parte
ligadas a unidades fabris e apenas cinco tinham potência superior a 7 000 CV, tendo a
Central do Lindoso (1915-1919) um aproveitamento hidroeléctrico de 20 000 CV de
potência. A Hidro-Eléctrica do Alto Alentejo constrói as centrais de Póvoa (1927),
Bruceira (1934), Velada (1935) e Foz (1939). Guilhofrei (1938), no rio Ave, com 49
metros de altura, é a primeira grande barragem. Santa Luzia (1942), no rio Pampilhosa
ou Ribeira dos Unhais, com 76 metros de altura, serve de verdadeiro ensaio geral ao
futuro programa de electrificação nacional
1 Este capítulo foi retirado de www.edp.pt.
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Depois da publicação, em 1944, da Lei 2002 ficam definidas as regras da electrificação
no todo nacional. Em 1945, nasce a Hidro-Eléctrica do Cávado (HICA) e a Hidro-
Eléctrica do Zêzere (HEZ), e, em 1947, constitui-se a Companhia Nacional de
Electricidade (CNE) com o objectivo de interligar os vários sistemas produtores à
tensão de 150 kV.
Como consequência, a partir de 1950, ano de inauguração da Central de Pracana, no rio
Ocreza, entram em exploração grandes centrais: Castelo de Bode e Venda Nova (1951),
Belver (1952), Salamonde (1953), Cabril (1954), Bouçã e Caniçada (1955), Paradela
(1958); entram, também, em exploração várias linhas de alta tensão, designadamente a
introdução do escalão de 220 kV. Arranca, entretanto o Repartidor Nacional de Cargas
(1951), dando assim início a um Sector Eléctrico Nacional, e constituem-se novas
empresas para satisfazer as crescentes necessidades de consumo, nomeadamente a
Hidro-Eléctrica do Douro, em 1953, e a Empresa Termoeléctrica Portuguesa, em 1959.
As primeiras centrais a serem construídas pela Hidro-Eléctrica do Douro foram as de
Picote (1958), de Miranda (1961) e da Bemposta (1964). Em 1964, entra em
funcionamento a central hidroeléctrica do Alto Rabagão, a primeira central de
bombagem. Seguem-se, Carrapatelo (1972), Vilarinho das Furnas (1972), Régua
(1973), Fratel (1973) e a Valeira (1975). Em 1973, entram em exploração as centrais
térmicas de Setúbal e Tunes e, em 1975, a de Alto de Mira.
No final da década de 1960, as empresas concessionárias da Produção e Transporte da
rede eléctrica primária fundem-se numa única empresa, a Companhia Portuguesa de
Electricidade (CPE) e, em 1976, é criada a EDP - Electricidade de Portugal, Empresa
Pública, que integrou todas as empresas de produção, transporte e distribuição de
Portugal Continental que haviam sido nacionalizadas em 1975.
Em 1979, entraram em serviço na rede as linhas de muito alta tensão de 400 kV e
arrancou a Central Termoeléctrica do Barreiro. Em 1982, entrou em funcionamento o
Aproveitamento Hidroeléctrico do Pocinho, em 1985, o de Crestuma-Lever e, em 1988,
o do Torrão. Acompanhando a evolução tecnológica, também, neste ano, é inaugurado
um novo Despacho Nacional.
Em 1990, a EDP passou a Sociedade Anónima de Capitais Públicos e, em 1994, na
sequência do plano de reestruturação definido pelos Decretos-Lei nº 7/91 e 131/94, foi
constituído o Grupo EDP, que deu origem a um conjunto de empresas participadas
directa ou indirectamente a 100% pela EDP – Electricidade de Portugal, S.A.
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A estrutura actual do Grupo EDP pode ser esquematizada como no gráfico2:
2 Organigrama retirado de www.edp.pt
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3.3 - Evolução da cotação da EDP
No período em análise, a cotação da EDP teve o seguinte andamento:
Para comparação com o índice, publicamos agora a comparação do andamento da
cotação da EDP com o do Índice a que pertence. Devido à diferença de grandezas,
construímos um índice comum para mais fácil comparação, com base nos valores
aquando da privatização da EDP (Janeiro de 1997). Repare-se que a EDP representa
15% do Índice e que as notícias que afectam o Índice também afectam a cotação da
EDP, pelo que as duas variáveis apresentam uma óbvia elevada correlação.
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4 - Análise dos research notes e do seu
impacto
4.1 - Evidência Empírica
A euforia, que ocorreu nos mercados de capitais nos finais dos anos 90, em especial nas
designadas empresas tecnológicas, e a posterior evolução das suas cotações, tem
levantado diversas suspeitas e críticas à actuação dos intermediários financeiros
(brokers/dealers) e dos seus analistas.
Perante isto, é necessário responder a duas perguntas: terão os analistas criado ou
permitido a bolha especulativa? Qual o impacto das suas recomendações nas cotações
dos títulos?
Existem estudos que demonstram que os analistas preferem abandonar a cobertura de
empresas menos favoráveis do que emitirem um research com sell. O que acontece é
que os analistas são quase sempre “optimistas”. Assim sendo, o mercado faz
frequentemente a seguinte leitura: “compra forte” significa “compra”; “compra”
significa “talvez deva comprar”; “manter” significa “vender” e “vender” significa
“seu idiota, já devia ter vendido há mais de 6 meses...” (frase de Dan Ackman inserida
num texto da revista Forbes de 05/01/02).
De facto, vamos constatar no nosso trabalho, que no caso da EDP, ao longo do tempo,
as recomendações foram quase sempre compra e com preços alvo quase sempre acima
da cotação actual, mesmo em fases de descida continua da cotação...
Mas será que as recomendações têm realmente impacto? Ou seja, será possível obter
ganhos com a informação dos researches quando eles são tornados públicos?
Stickel (1995) e Womack (1996) concluíram que sim nos seus trabalhos. Womack
prova ainda que o impacto na cotação do título se mantém durante um mês nos
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upgrades e durante seis meses nos downgrades, devido à aversão ao risco por parte
destes. O lucro bruto adicional obtido com esta estratégia (seguir as recomendações)
seria de 4%. No entanto, um estudo recente de Brad Barber, Reuven Lehavy, Maureen
McNichols e Brett Trueman (2001) demonstra que esses lucros só conseguem ser
obtidos com um elevado nível de negociação e que por isso os custos de transacção
fazem cair o lucro adicional para aproximadamente zero. Amir, Lev e Soigiannis (2000)
descobrem que o impacto é maior para as empresas pequenas, de alta tecnologia e com
resultados negativos. Demonstrado está também que, a haver efeitos, apenas nas
mudanças de recomendações (upgrades e downgrades) eles existem.
No que diz respeito a clientes de brokers (e não público em geral) que têm acesso aos
researches algum tempo antes de ele ser divulgado publicamente, T. Clifton Green
(2003) conclui no seu estudo que comprar depois de um upgrade e vender depois de um
downgrade produz um lucro líquido adicional em dois dias de 1,02% e 1,50%
respectivamente. Ainda no mesmo estudo, Green conclui que um calendário de
investimento baseado na estratégia anterior resulta num retorno anualizado médio de
30%. Para clientes já que os efeitos do research se diluem rapidamente quando este é
tornado público.
Certo é que estes estudos se basearam em mudanças de recomendações dos maiores
brokers americanos e de empresas americanas. Além disso como já vimos uns tipos de
empresas sofrem mais impacto que outras. Será que no caso da EDP, do mercado
português e de brokers portugueses o impacto se mantém?
Apresentamos de seguida um gráfico com a evolução da cotação da EDP e os
respectivos price targets no período em análise. Pretendemos com este gráfico ilustrar a
(baixa) qualidade, devido ao (excessivo) “optimismo” das casas que os divulgam. Como
é bem visível no gráfico, o erro é ainda maior quando a tendência é de descida, devido à
relutância das casas de investimento em apontar para um valor abaixo da actual cotação
da empresa (o que como se pode ver no gráfico só aconteceu uma vez em 85
observações referentes aos últimos 4 anos).
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Para melhor ilustrar a disparidade entre os price targets e a cotação da empresa
apresentamos agora um gráfico que indica a diferença percentual entre estas variáveis,
no período considerado.
Dado o comportamento da Cotação da EDP (relativamente estável), é óbvio o erro
incorrido pelos analistas. Mas pode-se argumentar que os erros diminuirão se
considerarmos o par de variáveis price targets/cotação desfasada a 6 meses e não a
cotação do próprio dia, estando agora a referirmo-nos não ao impacto dos analistas mas
à qualidade destes. Este não é o objectivo do nosso estudo, mas para que fique aqui
patente a qualidade destas análises, deixamos aqui um gráfico para ilustrar essa situação.
- Página 21 de 42 -
- Página 22 de 42 -
Neste gráfico melhor do que em qualquer outro, fica bem patente o “optimismo” dos
especialistas, pelo que qualquer investidor que os seguisse compraria mais e mais
acções da EDP. Daí a evidência empírica nos levar a concluir como provável a pouca
relevância dos price targets sobre a EDP. Mas estudemos agora econometricamente o
fenómeno para testar esta hipótese
4.2 - As variáveis do Modelo
Interessa então estudar os potenciais impactos dos price targets emitidos pelas várias
corretoras, quer nacionais quer internacionais. Para tal fizemos um levantamento de
todos os price targets relativos à EDP desde 2000. Após esse levantamento escolhemos
um determinado número de corretoras para pertencer à amostra que serviria de base à
análise empírica deste segundo ponto.
Numa primeira abordagem consideramos a construção de três variáveis dummy com a
seguinte definição:
D1 = 1 , se o price target no dia t foi positivo (boa performance esperada do título)
0, caso contrário
D2 = 1 , se o price target no dia t foi neutro (performance estável)
0, caso contrário
D3 = 1 , se o price target no dia t foi negativo (má performance esperada do título)
0, caso contrário
Contudo, na construção das variáveis verificámos que existia apenas uma observação
para D3, e muito poucas para D2. Desta forma, optámos por eliminar a variável D3 e
sabíamos à partida que a variável D2, não se mostraria significativa. Ou seja,
verificámos que os price targets são quase sempre no sentido da compra do título,
confirmando assim o dito anteriormente.
Adicionalmente, também aqui pretendíamos verificar se existiriam informações
privilegiadas que fizessem alterar a cotação dos títulos mesmo antes do lançamento do
- Página 23 de 42 -
price target, e se os efeitos do price target perduravam até alguns dias depois. A
variável utilizada para medir tal efeito foi a seguinte:
X1 = {0,1,2,3,4,5,6,7}, assumindo o valor 1 três dias antes do price-target, 2 dois dias
antes e assim consecutivamente até assumir o valor 7 três dias depois. Nos restantes dias
a variável assumia o valor 0.
O Modelo utilizado foi, igualmente, o Modelo Linear sendo o método de cálculo por
OLS, continuando a haver reservas quanto aos resultados. A regressão inicial foi:
(IV,1)
4.3 - Análise das regressões
Nesta equação verificou-se a existência de autocorrelação pelo que foi necessário
introduzir a variável ARt-1 como variável instrumental. Dos resultados presentes nos
quadros seguintes (quadro 2 ao 5) verificamos pelo valor do p-value que nenhuma
variável se mostrou estatisticamente significativa.
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:44 Sample(adjusted): 2 1079 Included observations: 1078 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000117 0.000541 0.216454 0.8287 X1 -2.09E-05 0.000205 -0.101788 0.9189 D1 0.001159 0.001093 1.060825 0.2890 D2 0.000906 0.004084 0.221855 0.8245
ARt-1 -0.098692 0.030480 -3.237968 0.0012
R-squared 0.010305 Mean dependent var 0.000167 Adjusted R-squared 0.006616 S.D. dependent var 0.014553 S.E. of regression 0.014505 Akaike info criterion -5.624058 Sum squared resid 0.225745 Schwarz criterion -5.600946 Log likelihood 3036.367 F-statistic 2.793125 Durbin-Watson stat 2.008283 Prob(F-statistic) 0.025194
Quadro 2
- Página 24 de 42 -
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:44 Sample(adjusted): 2 1079 Included observations: 1078 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000120 0.000541 0.221497 0.8247 X1 -1.51E-05 0.000204 -0.074043 0.9410 D1 0.001147 0.001091 1.051848 0.2931
ARt-1 -0.098452 0.030447 -3.233551 0.0013
R-squared 0.010260 Mean dependent var 0.000167 Adjusted R-squared 0.007495 S.D. dependent var 0.014553 S.E. of regression 0.014498 Akaike info criterion -5.625867 Sum squared resid 0.225755 Schwarz criterion -5.607378 Log likelihood 3036.343 F-statistic 3.711045 Durbin-Watson stat 2.008678 Prob(F-statistic) 0.011296
Quadro 3
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:45 Sample(adjusted): 2 1079 Included observations: 1078 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 9.75E-05 0.000449 0.217261 0.8280
D1 0.001131 0.001069 1.058692 0.2900 ARt-1 -0.098472 0.030432 -3.235836 0.0012
R-squared 0.010255 Mean dependent var 0.000167 Adjusted R-squared 0.008413 S.D. dependent var 0.014553 S.E. of regression 0.014492 Akaike info criterion -5.627718 Sum squared resid 0.225757 Schwarz criterion -5.613851 Log likelihood 3036.340 F-statistic 5.568979 Durbin-Watson stat 2.008658 Prob(F-statistic) 0.003925
Quadro 4
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:45 Sample(adjusted): 2 1079 Included observations: 1078 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. D1 0.001173 0.001051 1.115758 0.2648
ARt-1 -0.098490 0.030418 -3.237896 0.0012
R-squared 0.010211 Mean dependent var 0.000167 Adjusted R-squared 0.009291 S.D. dependent var 0.014553 S.E. of regression 0.014485 Akaike info criterion -5.629529 Sum squared resid 0.225767 Schwarz criterion -5.620284 Log likelihood 3036.316 Durbin-Watson stat 2.008652
Quadro 5
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Tentamos, igualmente, reduzir o tamanho da amostra, aproximando-nos mais dos anos
mais recentes altura em que começaram a aparecer um maior número de price targets,
mas mesmo assim as variáveis não se revelaram estatisticamente significativas (quadro
6 ao 13).
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:53 Sample: 495 1079 Included observations: 585
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C -0.000177 0.000731 -0.241620 0.8092 X1 0.000151 0.000260 0.578562 0.5631 D1 0.000853 0.001100 0.774917 0.4387 D2 0.002251 0.004045 0.556427 0.5781
ARt-1 -0.114090 0.041547 -2.746054 0.0062
R-squared 0.014371 Mean dependent var 0.000207 Adjusted R-squared 0.007574 S.D. dependent var 0.013733 S.E. of regression 0.013680 Akaike info criterion -5.737191 Sum squared resid 0.108549 Schwarz criterion -5.699827 Log likelihood 1683.128 F-statistic 2.114195 Durbin-Watson stat 1.996243 Prob(F-statistic) 0.077658
Quadro 6
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:53 Sample: 495 1079 Included observations: 585
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C -0.000166 0.000731 -0.227598 0.8200 X1 0.000172 0.000257 0.668548 0.5040 D1 0.000815 0.001097 0.742955 0.4578
ARt-1 -0.112614 0.041438 -2.717683 0.0068
R-squared 0.013845 Mean dependent var 0.000207 Adjusted R-squared 0.008753 S.D. dependent var 0.013733 S.E. of regression 0.013672 Akaike info criterion -5.740076 Sum squared resid 0.108607 Schwarz criterion -5.710185 Log likelihood 1682.972 F-statistic 2.718954 Durbin-Watson stat 1.997707 Prob(F-statistic) 0.043850
Quadro 7
Dependent Variable: ABRET Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:53 Sample: 495 1079 Included observations: 585
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000135 0.000575 0.234834 0.8144
D1 0.000948 0.001079 0.878866 0.3798
- Página 26 de 42 -
ARt-1 -0.112366 0.041416 -2.713078 0.0069
R-squared 0.013086 Mean dependent var 0.000207 Adjusted R-squared 0.009695 S.D. dependent var 0.013733 S.E. of regression 0.013666 Akaike info criterion -5.742726 Sum squared resid 0.108691 Schwarz criterion -5.720307 Log likelihood 1682.747 F-statistic 3.858619 Durbin-Watson stat 1.998590 Prob(F-statistic) 0.021639
Quadro 8
Dependent Variable: ABRET Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:54 Sample: 495 1079 Included observations: 585
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. D1 0.000995 0.001059 0.939090 0.3481
ARt-1 -0.112420 0.041382 -2.716626 0.0068
R-squared 0.012993 Mean dependent var 0.000207 Adjusted R-squared 0.011300 S.D. dependent var 0.013733 S.E. of regression 0.013655 Akaike info criterion -5.746050 Sum squared resid 0.108701 Schwarz criterion -5.731104 Log likelihood 1682.720 Durbin-Watson stat 1.998409
Quadro 9
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:54 Sample: 743 1079 Included observations: 337
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000904 0.000958 0.944021 0.3458 X1 -6.36E-05 0.000325 -0.195845 0.8449 D1 0.000523 0.001076 0.486154 0.6272 D2 -0.001856 0.005372 -0.345541 0.7299
R-squared 0.001190 Mean dependent var 0.000812 Adjusted R-squared -0.007808 S.D. dependent var 0.012882 S.E. of regression 0.012933 Akaike info criterion -5.846326 Sum squared resid 0.055695 Schwarz criterion -5.800984 Log likelihood 989.1060 F-statistic 0.132284 Durbin-Watson stat 2.068796 Prob(F-statistic) 0.940818
Quadro 10
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:55 Sample: 743 1079 Included observations: 337
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000897 0.000956 0.938343 0.3487 X1 -7.77E-05 0.000322 -0.241421 0.8094 D1 0.000542 0.001073 0.504750 0.6141
R-squared 0.000832 Mean dependent var 0.000812
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Adjusted R-squared -0.005151 S.D. dependent var 0.012882 S.E. of regression 0.012916 Akaike info criterion -5.851903 Sum squared resid 0.055715 Schwarz criterion -5.817896 Log likelihood 989.0456 F-statistic 0.139094 Durbin-Watson stat 2.066044 Prob(F-statistic) 0.870197
Quadro 11
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:55 Sample: 743 1079 Included observations: 337
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000745 0.000717 1.038562 0.2998
D1 0.000495 0.001054 0.469600 0.6389 R-squared 0.000658 Mean dependent var 0.000812 Adjusted R-squared -0.002325 S.D. dependent var 0.012882 S.E. of regression 0.012897 Akaike info criterion -5.857663 Sum squared resid 0.055725 Schwarz criterion -5.834992 Log likelihood 989.0162 F-statistic 0.220524 Durbin-Watson stat 2.065391 Prob(F-statistic) 0.638947
Quadro 12
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 11:55 Sample: 743 1079 Included observations: 337
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. D1 0.000715 0.001033 0.691948 0.4894
R-squared -0.002560 Mean dependent var 0.000812 Adjusted R-squared -0.002560 S.D. dependent var 0.012882 S.E. of regression 0.012899 Akaike info criterion -5.860383 Sum squared resid 0.055904 Schwarz criterion -5.849048 Log likelihood 988.4745 Durbin-Watson stat 2.059250
Quadro 13
Tendo lido um estudo que afirmava que apenas os price targets cuja recomendação
implicava uma mudança de estratégia é que tinham impacto, decidimos fazer também
essa análise usando apenas as observações em que havia uma alteração no sentido da
recomendação e os resultados foram os presentes nos quadros que se seguem (quadro 14
ao 19). Como se pode verificar pelos outputs, também aqui os resultados não se
verificaram estatisticamente significativos, embora o p-value tenha diminuído de valor.
- Página 28 de 42 -
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 05/20/04 Time: 23:33 Sample: 1 688 Included observations: 688
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000171 0.000590 0.289172 0.7725 X1 -0.000366 0.000340 -1.076750 0.2820 D1 0.005458 0.004205 1.298010 0.1947 D2 0.001187 0.008429 0.140858 0.8880
R-squared 0.003268 Mean dependent var 3.89E-05 Adjusted R-squared -0.001104 S.D. dependent var 0.014420 S.E. of regression 0.014428 Akaike info criterion -5.633508 Sum squared resid 0.142384 Schwarz criterion -5.607149 Log likelihood 1941.927 F-statistic 0.747456 Durbin-Watson stat 2.167504 Prob(F-statistic) 0.524047
Quadro 14
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 05/22/04 Time: 12:31 Sample(adjusted): 2 688 Included observations: 687 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000146 0.000589 0.248074 0.8042
D1 0.005521 0.004194 1.316499 0.1884 D2 0.002139 0.008419 0.254053 0.7995 X1 -0.000356 0.000339 -1.048317 0.2949
ARt-1 -0.085331 0.038151 -2.236674 0.0256
R-squared 0.010510 Mean dependent var 2.46E-05 Adjusted R-squared 0.004707 S.D. dependent var 0.014426 S.E. of regression 0.014392 Akaike info criterion -5.637093 Sum squared resid 0.141255 Schwarz criterion -5.604107 Log likelihood 1941.341 F-statistic 1.811024 Durbin-Watson stat 2.006205 Prob(F-statistic) 0.124883
Quadro 15
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 05/22/04 Time: 12:32 Sample(adjusted): 2 688 Included observations: 687 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000149 0.000589 0.252536 0.8007
D1 0.005471 0.004187 1.306847 0.1917 X1 -0.000344 0.000336 -1.023810 0.3063
ARt-1 -0.084844 0.038077 -2.228236 0.0262
R-squared 0.010417 Mean dependent var 2.46E-05 Adjusted R-squared 0.006070 S.D. dependent var 0.014426 S.E. of regression 0.014382 Akaike info criterion -5.639910 Sum squared resid 0.141268 Schwarz criterion -5.613520 Log likelihood 1941.309 F-statistic 2.396467 Durbin-Watson stat 2.006099 Prob(F-statistic) 0.067057
Quadro 16
- Página 29 de 42 -
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 16:10 Sample(adjusted): 2 688 Included observations: 687 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000149 0.000589 0.252536 0.8007 X1 -0.000344 0.000336 -1.023810 0.3063 D1 0.005471 0.004187 1.306847 0.1917
ARt-1 -0.084844 0.038077 -2.228236 0.0262
R-squared 0.010417 Mean dependent var 2.46E-05 Adjusted R-squared 0.006070 S.D. dependent var 0.014426 S.E. of regression 0.014382 Akaike info criterion -5.639910 Sum squared resid 0.141268 Schwarz criterion -5.613520 Log likelihood 1941.309 F-statistic 2.396467 Durbin-Watson stat 2.006099 Prob(F-statistic) 0.067057
Quadro 17
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 16:10 Sample(adjusted): 2 688 Included observations: 687 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C -5.49E-05 0.000554 -0.099082 0.9211
D1 0.004300 0.004027 1.067718 0.2860 ARt-1 -0.085501 0.038073 -2.245749 0.0250
R-squared 0.008898 Mean dependent var 2.46E-05 Adjusted R-squared 0.006000 S.D. dependent var 0.014426 S.E. of regression 0.014382 Akaike info criterion -5.641287 Sum squared resid 0.141485 Schwarz criterion -5.621495 Log likelihood 1940.782 F-statistic 3.070390 Durbin-Watson stat 2.005180 Prob(F-statistic) 0.047043
Quadro 18
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 16:11 Sample(adjusted): 2 688 Included observations: 687 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. D1 0.004245 0.003986 1.064974 0.2873
ARt-1 -0.085502 0.038045 -2.247400 0.0249
R-squared 0.008884 Mean dependent var 2.46E-05 Adjusted R-squared 0.007437 S.D. dependent var 0.014426 S.E. of regression 0.014372 Akaike info criterion -5.644184 Sum squared resid 0.141487 Schwarz criterion -5.630990 Log likelihood 1940.777 Durbin-Watson stat 2.005166
Quadro 19
- Página 30 de 42 -
Em suma, estes resultados parecem demonstrar que, no que diz respeito ao caso da
EDP, os price targets emitidos não têm qualquer influência sobre os abnormal returns
da acção. Todavia a falta de significância destas variáveis poderá ter diversas
explicações.
4.4 - Possíveis explicações para a falta de significância
das variáveis
Desde logo era esperado que a variável D2 não tivesse significância, dado o diminuto
número de observações em que esta assumia o valor 1. Por outro lado, o mercado
português é à partida muito específico, com volumes de transacção muito baixos e
outras características que fazem com que seja provável que os price targets não tenham
a mesma influencia que noutros mercados.
Adicionalmente, as recomendações dos price targets nem sempre são as mais
verdadeiras. Isto é, os analistas estão sujeitos a um conjunto de pressões que os podem
levar a divulgar price targets que não são os mais correctos, havendo uma tendência
(observada por vários estudos) para a emissão de parecer optimistas. Assim, num paper
de Setembro de 2003, denominado “Analyst disagreement, forecast bias and stock
returns”, podemos ler o seguinte extracto:
“ First, sell-side analysts’ “official” rersponsability is to increase the order
flow to the brokerage houses that employ them. Given the widespread
unwillingness or inability to sell short, it is much easier to convince
someone to buy than to sell a stock. Second, analysts are sometimes
pressured by their employers to issue positive reports about potential
investment banking clients. It was revealed in a series of recent scandals
that some influential analysts were paid for the investment banking deals
they helped to generate. Third, analysts who issue upbeat forecasts might
expect in return more favorable treatment from the managers of the firms
they cover. These incentives, individually and collectively, pressure analysts
to issue overly optimistic forecasts. (...) Because they will suffer a lower
- Página 31 de 42 -
penalty for being wrong when uncertainty about a firm’s earnings is high,
analysts are likely to issue even more highly biased estimates (...)”
Ou seja, como já foi referido há uma tendência para que os price targets sejam
demasiadamente optimistas, pelo que se tal for antecipado pelo mercado, é de esperar
que os agentes que estão no mercado não reajam de uma forma significativa a este tipo
de anúncio, confirmando-se assim a hipótese inicial.
- Página 32 de 42 -
5 - Análise das notícias e do seu impacto
5.1 - As variáveis do Modelo
Numa primeira abordagem procedemos à análise do impacto das notícias nos abnormal
returns da EDP. Para tal tivemos de recolher uma amostra de notícias que
considerássemos significativa, mas que ao mesmo tempo não complexificasse
demasiadamente o seu tratamento estatístico. As notícias que decidimos utilizar foram
as que se encontravam no site da EDP (www.edp.pt).
No tratamento das notícias decidimos dividi-las em dois conjuntos: o conjunto daquelas
que, à partida, teriam impacto positivo – tais como desinvestimentos, aviso de
distribuição de resultados (note-se que a distribuição de resultados propriamente dita
não influencia os nossos dados visto que as cotações da EDP eram ajustadas pelos
dividendos, ou seja, estavam expurgadas desse efeito), obras sociais, entre outras – e as
de previsível impacto negativo – investimentos, alterações nos quadros da empresa,
entre outras. Assim, criámos as seguintes variáveis dummy para o nosso modelo:
= 1, se no dia t houve uma notícia com impacto esperado positivo
0, caso contrário
= 1, se no dia t houve uma notícia com impacto esperado negativo
0, caso contrário
Pretendíamos também verificar se existiria alguma assimetria de informação bem como
desfasamento do impacto, introduzindo uma variável desfasamento. Isto é, queríamos
verificar se antes da notícia sair já havia impacto nas cotações (o que indiciaria a
existência de informação assimétrica) e se após a mesma os efeitos também
continuavam a persistir. A variável utilizada para medir este efeito foi a seguinte:
- Página 33 de 42 -
X1 = {0,1,2,3,4,5,6,7}, assumindo o valor 1 três dias antes da notícia, o valor 2 dois
dias antes e assim consecutivamente até assumir o valor 7 três dias depois. Nos restantes
dias a variável assume o valor 0.
O Modelo escolhido para testar estas hipóteses foi o Modelo Linear, através de OLS.
Pelas limitações do modelo, e pelo facto de existir a possibilidade de este não ser o
modelo mais adequado chamamos a atenção para a necessidade de uma análise
cuidadosa e com restrições dos resultados.
Assim, a regressão utilizada foi a seguinte:
(V,1)
5.2 - Análise das regressões
Como vemos pelo quadro 2 pelo facto de a estatística Durbin-Watson demonstrar a
existência de autocorrelação, procedemos à correcção do modelo introduzindo uma
variável instrumental – ARt-1, isto é, a variável dependente desfasada de um período –
sendo que o output resultante foi o presente no quadro 3. Como se pode verificar tanto a
constante como a variável X1 se mostraram estatisticamente não significativas, com o p-
value muito superior a 5%. Desta forma, fomos retirando estas variáveis (quadro 3 ao 5)
sendo que a regressão final (quadro 6) foi:
(V,2)
Note-se que, pelo facto de o modelo final não ter constante, a Durbin-Watson não tem
significado e o R2 não tem a interpretação usual.
Ao analisarmos os coeficientes podemos interpretá-los dizendo que num dia em que há
uma notícia que se esperada de impacto positivo os abnormal returns aumentam em
0,008200. Já notícias que se esperam negativas têm um impacto negativo de 0,009509.
- Página 34 de 42 -
Desta forma, os sinais assumidos pelas variáveis vão de encontro aos sinais esperados, e
as variáveis mostram-se estatisticamente significativas pelo que se pode deduzir do
impacto das notícias nos abnormal returns da EDP.
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 15:31 Sample: 1 1079 Included observations: 1079
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 2.19E-05 0.000595 0.036841 0.9706 X1 0.000116 0.000176 0.660663 0.5090 D1 0.007516 0.001928 3.899047 0.0001 D2 -0.009705 0.001913 -5.072491 0.0000
R-squared 0.040136 Mean dependent var 0.000164 Adjusted R-squared 0.037458 S.D. dependent var 0.014547 S.E. of regression 0.014272 Akaike info criterion -5.657394 Sum squared resid 0.218954 Schwarz criterion -5.638918 Log likelihood 3056.164 F-statistic 14.98353 Durbin-Watson stat 2.196594 Prob(F-statistic) 0.000000
Quadro 20
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 15:32 Sample(adjusted): 2 1079 Included observations: 1078 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 3.15E-05 0.000592 0.053219 0.9576 X1 0.000126 0.000175 0.715933 0.4742 D1 0.007667 0.001918 3.996885 0.0001 D2 -0.010045 0.001906 -5.270886 0.0000
ARt-1 -0.107467 0.029780 -3.608712 0.0003 R-squared 0.051644 Mean dependent var 0.000167 Adjusted R-squared 0.048109 S.D. dependent var 0.014553 S.E. of regression 0.014199 Akaike info criterion -5.666725 Sum squared resid 0.216316 Schwarz criterion -5.643613 Log likelihood 3059.365 F-statistic 14.60797 Durbin-Watson stat 1.993885 Prob(F-statistic) 0.000000
Quadro 21
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 15:33 Sample: 1 1079 Included observations: 1079
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. X1 0.000121 0.000137 0.882216 0.3779 D1 0.007522 0.001921 3.915514 0.0001 D2 -0.009699 0.001906 -5.087528 0.0000
R-squared 0.040135 Mean dependent var 0.000164
- Página 35 de 42 -
Adjusted R-squared 0.038351 S.D. dependent var 0.014547 S.E. of regression 0.014265 Akaike info criterion -5.659246 Sum squared resid 0.218954 Schwarz criterion -5.645389 Log likelihood 3056.163 Durbin-Watson stat 2.196593
Quadro 22
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/04/04 Time: 15:34 Sample(adjusted): 2 1079 Included observations: 1078 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. C 0.000299 0.000459 0.651805 0.5147
D1 0.007901 0.001890 4.181026 0.0000 D2 -0.009809 0.001877 -5.226957 0.0000
ARt-1 -0.107121 0.029769 -3.598355 0.0003 R-squared 0.051191 Mean dependent var 0.000167 Adjusted R-squared 0.048541 S.D. dependent var 0.014553 S.E. of regression 0.014195 Akaike info criterion -5.668103 Sum squared resid 0.216419 Schwarz criterion -5.649613 Log likelihood 3059.107 F-statistic 19.31521 Durbin-Watson stat 1.993922 Prob(F-statistic) 0.000000
Quadro 23
Dependent Variable: AR Method: Least Squares Date: 06/09/04 Time: 19:26 Sample(adjusted): 2 1079 Included observations: 1078 after adjusting endpoints
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. D1 0.008200 0.001833 4.473605 0.0000 D2 -0.009509 0.001819 -5.228099 0.0000
ARt-1 -0.106823 0.029758 -3.589731 0.0003 R-squared 0.050816 Mean dependent var 0.000167 Adjusted R-squared 0.049050 S.D. dependent var 0.014553 S.E. of regression 0.014192 Akaike info criterion -5.669562 Sum squared resid 0.216505 Schwarz criterion -5.655696 Log likelihood 3058.894 Durbin-Watson stat 1.993971
Quadro 24
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6 - Conclusões
Da análise efectuada ao longo deste trabalho resultou que os price targets não têm
efeitos significativos sobre a rentabilidade anormal das acções da EDP, nem existe
evidência estatística de insider trading por parte dos analistas.
A falta de impacto dos price targets pode, contudo, ser justificada pela empresa que foi
escolhida para análise e pelo facto de o mercado accionista português não ser muito
dinâmico, o que logo à partida limita os resultados desta análise.
No que se refere às notícias, as nossas expectativas confirmaram-se verificando-se a
significância das variáveis. Também nesta análise não transpareceu a existência de
informação privilegiada.
Os resultados, contudo, devem ser analisados cuidadosamente devido às limitações do
modelo utilizado. Note-se, por exemplo, que o modelo pressupõe a inexistência de
heteroscedasticidade, o que em matéria de Finanças não costuma ser a realidade.
Todavia, são resultados interessantes que mereceriam um estudo mais aprofundado que
exigiria métodos mais complexos para os quais não temos, ainda, formação suficiente.
- Página 37 de 42 -
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______(2003), Analyst Disagreement, Forecast Bias and Stock Returns.
Recorremos, ainda, aos mais diversos sites da internet para obter a informação relativa
às notícias e research notes da EDP, a um contacto e-mail com a empresa (frutífero,
mas que não satisfez as nossas expectativas e necessidades) e à Biblioteca Municipal
(consulta dos Semanários Económicos de todo o período abrangido no estudo).
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Anexos Price Targets recolhidos para o trabalho Aqui fica a lista completa dos price targets recolhidos para a realização do nosso estudo: Data Empresa Recomendação Price
Target 27-03-2000 BPI Subiu preço alvo (ant 21,5) 5.04 03-04-2000 BPI Compra (ant Compra) 5.04 01-06-2000 Merrill Lynch Neutro (ant 23) 4.2 07-07-2000 Banco Finantia Comprar (ant comprar) 5 07-08-2000 Banco Finantia Buy 4.07 11-08-2000 Banco Finantia Compra (sem) 4.07 22-11-2000 Citigroup Buy - Low Risk 4.80 20-12-2000 BPI Buy (ant buy) 4.3 03-01-2001 Citigroup Buy - Low Risk 4.76 26-01-2001 Santander Compra 4.5 29-01-2001 BPI Compra 4.3 20-02-2001 UBS Warburg Forte compra 4.7 26-07-2001 Morgan Stanley Forte compra 3.8 18-09-2001 BNP Paribas Neutral para outperform 3.4 27-09-2001 BPI Buy (ant buy) 3.7 27-09-2001 UBS Warburg Strong buy (ant strong buy) 4.1 16-10-2001 UBS Warburg Strong Buy 4.10 07-12-2001 BPI Acumular (ant acumular) 3.4 13-12-2001 Morgan Stanley overweight 2.90 11-01-2002 Santander Buy (ant manter) 3.2 06-03-2002 UBS Warburg Buy 3.00 11-05-2002 Commerzbank Buy 2.00 11-06-2002 BPI Hold 1.80 19-08-2002 Santander Buy (ant buy) 2.2 03-09-2002 Banif Investimentos Manter 2.49 06-09-2002 BPI Acumular (ant manteve) 2.3 05-11-2002 Commerzbank Buy 2 06-11-2002 BPI Manter (ant acumular-2,3) 1.8 25-11-2002 UBS Warburg Compra (ant manter-3) 2 10-12-2002 Santander Manter (ant compra-2,17) 2.13 19-12-2002 BNP Paribas Neutral (ant desempenho acima do
mercado-2,2) 1.8
20-12-2002 SSSB Manteve em linha com o mercado, risco médio (ant 2,5)
2
17-03-2003 Banif Investimentos Buy 2.11 02-04-2003 Santander Upgrade manter para compra 2 02-04-2003 J.P. Morgan Securities "Underweight" 1.8 19-04-2003 Banif Investimentos Manteve compra 2.14 09-05-2003 ES Research Buy 2 19-05-2003 Banif Investimentos Manteve compra 2.14
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05-06-2003 BPI Upgrade acumular para compra 2.5 17-06-2003 Banif Investimentos Manteve compra 2.14 25-06-2003 CSFB Upgrade neutral para outperform 2.2 27-06-2003 BCP Investimento Manteve compra 2.5 11-07-2003 Santander Buy 2.50 11-08-2003 Banif Investimentos Manteve compra 2.14 11-08-2003 Dresdner Keinwort W. Upgrade acumular para compra 2.32 11-08-2003 UBS Warburg Manteve neutral 2 14-08-2003 CSFB Manteve desempenho acima mercado 2.3
18-08-2003 BCP Investimento Manteve compra 2.1 27-08-2003 SSSB In Line, Medium Risk 2.10 29-08-2003 Morgan Stanley Overweight 2.4 02-09-2003 Banif Investimentos Buy 2.26 04-09-2003 CSFB OutPerform 2.3 09-09-2003 BPI Manteve compra 2.5 12-09-2003 BNP Paribas Upgrade desempenho abaixo do sector
para neutral 2.1
28-10-2003 Dresdner Keinwort W. Buy 2.32 30-10-2003 BCP Investimento EDP "buy" 2.4 01-11-2003 SSSB Mantém desempenho em linha com o
mercado, risco médio (ant 2,5) 2.5
03-11-2003 Dresdner Keinwort W. EDP "buy" 2.32 05-11-2003 Commerzbank Comprar (ant acumular-1,6) 2 20-11-2003 ES Research Compra 2.40 26-11-2003 BCP Investimento Buy 2.60 01-12-2003 Dresdner Keinwort W. EDP “buy” 2.32 02-12-2003 CSFB Outperform 2.3 02-12-2003 Morgan Stanley Overweight 2.4 02-12-2003 UBS Warburg Neutral 2 03-12-2003 BNP Paribas Neutral 2.1 03-12-2003 BPI Manteve acumular 2.6 05-12-2003 J.P. Morgan Securities EDP "underweight" 2 08-12-2003 Commerzbank Hold 2 16-12-2003 Dresdner Keinwort W. Manteve compra 2.32 16-12-2003 Morgan Stanley Manteve overweight 2.6 29-12-2003 ES Research Manteve compra 2.43 06-01-2004 Citigroup Hold 2.1 26-01-2004 BCP Investimento Compra 2.60 30-01-2004 ES Research Manteve compra 2.45 05-02-2004 Santander Buy 2.4 16-02-2004 BCP Investimento EDP "buy" 2.6 01-03-2004 BCP Investimento EDP “buy” 2.6 03-03-2004 BPI Buy 2.60 03-03-2004 ES Research Buy 2.8 08-03-2004 BCP Investimento Buy 2.6 15-03-2004 BPI Buy 2.7 18-03-2004 ES Research Buy 2.80 05-04-2004 BCP Investimento EDP "buy" 2.6 01-05-2004 BCP Investimento Buy 2.60
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Cotação da EDP antes de 2000
Só para ilustração, aqui fica o gráfico da evolução da cotação da EDP antes do período
em estudo, desde o início da sua privatização (dados que foram tido em consideração
para o cálculo do beta usado ao longo do trabalho).
Gráfico combinado
Durante a realização do trabalho, um gráfico de trabalho foi sendo construído com o
resumo de toda a informação, para nos permitir uma visão mais alargada, mas ao
mesmo tempo combinada num único, de toda a informação recolhida para o trabalho,
sendo a grande utilidade deste gráfico uma rápida análise cruzada de toda a informação.
Este gráfico e a sua respectiva complexa legenda é agora apresentado em desdobrável
na próxima folha.
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