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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A CRIANÇA CARENTE E A PSICOPEDAGOGIA
Por: ANDRÉA RODRIGUES MUNIZ
Orientador
Prof. Ms. Marco A. Larosa
Niterói - Rio de Janeiro
2004
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
2PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A CRIANÇA CARENTE E A PSICOPEDAGOGIA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Psicopedagogia.
Por: . ANDRÉA RODRIGUES MUNIZ
3
AGRADECIMENTOS
...Primeiramente a DEUS.. Seguindo
pelos meus pais que me ajudaram
nesta nova etapa da minha vida, a
minha irmã Ana Claudia e meu
cunhado Robson que me incentivaram
por este caminho, a amiga Marta Nery
que me ajudou na revisão de textos e a
todas as pessoas que contribuíram
para confecção desta monografia.
4DEDICATÓRIA
.....Dedico este projeto aos meus pais
pela força, minha irmã e meu cunhado
pelo incentivo, minha afilhada Bruna pelo
desejo de voltar a trabalhar com criança e
minha sobrinha Gabriela por estímulo a
prática.
RESUMO
5
Este trabalho possui a característica de auxílio da inclusão da criança carente
em seu direito de se educar para poder criar sua própria vida. A
psicopedagogia surgiu da necessidade de trabalhar com as deficiências
humanas, fazendo com que essas pessoas se conheçam e transforme para
viver uma vida mais digna. Baseado nesta relação à inclusão da criança
carente e a psicopedagogia, tendo esta como uma da solução para diminuir
esta realidade. O que o psicopedagogo pode contribuir para a inclusão da
criança carente numa realidade adequada a sua idade? É de grande relevância
conhecer e esclarecer as deficiências que ocorrem com essas crianças. A
relevância social irá trabalhar essas crianças para que no futuro possa reduzir
a exclusão dessas crianças da sociedade. O interesse do trabalho é que as
crianças carentes obtenham o desenvolvimento necessário para se tornarem
capazes de se realizarem em todos os sentidos da vida. A pesquisa se torna
viável a partir do momento que irá mostrar para essas crianças uma vida mais
justa e acrescentar a nossa sociedade um nível de vida mais integra. O
trabalho será feito por pesquisa bibliográfica, pois atualmente existem muitos
livros sobre o assunto e dados estatísticos feitos ao IBGE como forma de
chegar mais perto da realidade dessas crianças.
Palavras-Chave: psicopedagogia, inclusão, carência, deficiências humanas.
METODOLOGIA
6A pesquisa deste trabalho está baseado em livros que falam sobre a
educação infantil principalmente as crianças mais carentes com a ajuda do
trabalho de campo em escolas públicas e particulares permitindo fazer um
paralelo buscando no conhecimento da psicopedagogia o auxílio para
transformar as deficiências que ocorram na vida dessas crianças em
aprendizagem
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
7CAPÍTULO I - O Conceito 10
CAPÍTULO II - A Contribuição 15
CAPÍTULO III – A Proposta 22
CONCLUSÃO 27
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 29
ANEXOS 30
ÍNDICE 36
FOLHA DE AVALIAÇÃO 37
INTRODUÇÃO
O tema psicopedagogia e a criança carente, emergiu na necessidade
de desenvolver um trabalho melhor para incluir essa criança numa realidade
8diferente do que ela possui atualmente, melhorando seu desenvolvimento, e
só assim poderemos ter uma sociedade mais justa e digna.
O psicopedagogo tem fundamental importância quando se fala em
trabalhar com deficiências, resgatar e trazer a criança para a sociedade, pois
ele é um profissional capaz para reconhecer essa deficiência e buscar com a
criança o seu próprio desenvolvimento emocional, físico e intelectual através
daquilo que o senso comum nos diz a propósito do tema. Com a criança se
sentindo capaz de fazer parte da sociedade.
Não podemos continuar tratando as crianças carentes com desprezo,
pois estamos deixando de contribuir para o futuro de uma nação. O país que
não se preocupa em cuidar de suas crianças, estará pagando um preço muito
caro quando estas se tornarem adultas, se é que vão conseguir chegar até lá.
É preciso ouvir mais as necessidades dessas crianças excluídas, para
podermos aprender mais sobre suas carências e tentar aplicar os
ensinamentos psicopedagógicos para tentar mudar uma realidade.
O juiz Siro Darlan é um lutador pela inclusão desses menores excluídos
e dá um depoimento emocionante com relação ao trabalho que Carlos Roberto
dos Santos, rapaz criado na FEBEM, ingressado na Escola de Sargentos da
Aeronáutica e que é formado em Pedagogia, faz junto a estes: “O trabalho que
Carlinhos do Pró-Menor desenvolveu em favor da inclusão de jovens
marginalizados juntos às Forças Armadas é digno de nota”.
É preciso falar depois desse ouvir, e o diálogo só existe quando
aceitamos que o outro é diferente e que pode nos dizer algo que não
conhecemos. Afeto, cuidado, carinho e conhecimento não podem ser
instituídos por decreto, porque a lei somente declara a proteção aos direitos da
criança, mas não esclarece que, mais do que direito à saúde, educação,
moradia, etc.; a criança só vai crescer e conseguir ser um adulto incluso no
9mercado de trabalho, na sociedade e na sua própria comunidade se esses
itens citados acima forem estabelecidos desde o nascimento dessa criança.
Uma pessoa é carinhosa quando recebeu carinho na infância, e esse carinho,
esse afeto, esse cuidado é um direito natural, não está escrito em nenhum
código.
CAPÍTULO I
O CONCEITO
Em primeiro lugar há que se conceituar a Psicopedagogia. Segundo o
Núcleo de Desenvolvimento Humano ela é um campo de atuação em Saúde
e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana: nos seus
10padrões normais e patológicos considerando a influência do meio - família,
escola e sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos
próprios da Psicopedagogia,. Pressupõe também a atuação tanto no processo
normal do aprendizado como na percepção de dificuldades (diagnóstico) e na
interferência no planejamento das instituições e no trabalho de re-educação
(terapia psicopedagógica).
Diagnostica, orienta, atende em tratamento e investiga os
problemas emergentes nos processos de aprendizagem. Esclarece os
obstáculos que interferem para haver uma boa aprendizagem. Favorece o
desenvolvimento de atitudes e processo de aprendizagem adequado. Realiza o
diagnóstico-psicopedagógico, com especial ênfase nas possibilidades e
perturbações da aprendizagem; esclarecimento e orientação daqueles que o
consultam; a orientação de pais e professores, a orientação vocacional
operativa em todos os níveis educativos.
Portanto, podemos dizer que a psicopedagogia tem toda a estrutura e
suporte para trabalhar na identificação da criança como um todo e
principalmente com relação a sua aprendizagem. A responsabilidade do
psicopedagogo se torna importante no momento de sua avaliação baseado no
contexto familiar, escolar e sócio-cultural da qual esta criança faça parte.
Quando falarmos em criança carente, a qualificação da criança já diz
tudo. Esta precisa não só de uma boa escola como uma estrutura familiar
legal, e na maioria das vezes é totalmente comprometida e difícil
relacionamento entre as pessoas. O que seria mesmo a significação de criança
carente ?
Primeiramente a palavra carente tem dois sentidos, primeiro sentido
seria a carência afetiva. que está relacionada à falta de amor, atenção, carinho
e proteção e o segundo na falta de condições físicas, morais, financeiras que
são necessárias para ter uma digna.
11
Diante deste conceito percebemos que em nosso país ao um número
expressivo de crianças que se encaixam no perfil acima. Muitas das nossas
crianças moram em favelas ou em locais não favoráveis a uma vida digna.
Temos os casos das crianças que moram bem, mas não tem o apoio
necessário da família que a todos fazem falta.
Fazendo a relação entre o conceito da psicopedagogia e da criança,
podemos dizer que aquele é a solução para o problema desta. Como o trabalho
do psicopedagogo poderá ajudar a criança carente na sua busca de si mesmo
?
Será feito um trabalho de sondagem e conhecimento de sua vida
familiar, escolar e social, logo depois traçar o perfil desta criança e assim
decidir pela forma de tratamento que vai auxilia-la a encontrar-se.
Só assim esta criança estará apta para ser inclusa na sociedade; e
ainda dentro deste mesmo trabalho será mostrado o lado individual da função
do psicopedadgogo.
Na escola, o psicopedagogo institucional vai atuar junto aos professores
e a outros profissionais para a melhoria das condições do processo ensino-
aprendizagem, bem como para a prevenção dos problemas de aprendizagem.
O trabalho do psicopedagogo se dá numa situação de relação entre
pessoas. Não é uma relação qualquer, mas um encontro entre educador e
educando, em que o psicopedagogo precisa assumir sua função de educador,
numa postura que se traduz em interesse pessoal e humano, que permite o
desabrochar das energias criadoras, trazendo de dentro do educando
capacidades e possibilidades muitas vezes desconhecidas dele mesmo e
12incentivando-o a procurar seu próprio caminho e a caminhar com seus próprios
pés. Como é desenvolvido o trabalho com os professores ?
Propiciar condições para analisar e refletir sobre a posição
da instituição escolar e de seus profissionais, em relação
aos processos e características da aprendizagem.
Propiciar informações suficientes para embasar a
intervenção do psicopedagogo nos processos de ensino-
aprendizagem.
Fornecer instrumental teórico-prático para avaliação das
práticas docentes e institucionais nos processos de ensino-
aprendizagem.
Formar um profissional capaz de interagir com as dificuldades de
aprendizagem, os problemas sociais e as questões educacionais que
envolvem alunos, famílias, profissionais da educação e escolar,
propondo soluções e alcançando desempenhos satisfatórios.
Fazendo um trabalho bem estruturado em equipe poderemos criar uma
nova sociedade para que possamos ter orgulho e a grata felicidade por
proporcionar a estas crianças que deixarão de ser carentes e passarão a
crianças na sua essência a alegria de aprender e a felicidade de viver em sua
própria realidade.
De tudo que lermos, percebemos a importância da psicopedagogo não
só em trabalha com a criança com problemas de aprendizagem, mas, também
a dar suporte a uma equipe de trabalho na qual sairão profissionais mais
conscientes e preparados para lidar com os problemas das crianças tornando
profissionais e pessoas mais felizes, estes transformando a realidade das
crianças carentes em crianças felizes fazendo nossa sociedade mais justa, cuja
13inclusão necessária. Daqui um tempo não será necessário se trabalhar a
inclusão da criança, porque será automática.
Segundo Marli Adriana Beyer (2003), A Psicopedagogia, área de
conhecimento interdisciplinar, tem como objeto de estudo a aprendizagem
humana. É papel fundamental do psicopedagogo potencializá-la e atender as
necessidades individuais, no decorrer do processo. O trabalho
psicopedagógico pode adquirir caráter preventivo, clínico, terapêutico ou de
treinamento, o que amplia sua área de atuação, seja ela escolar - orientando
professores, realizando diagnósticos, facilitando o processo de aprendizagem,
trabalhando as diversas relações humanas que existem nesse espaço;
empresarial - realizando trabalhos de treinamento de pessoal e melhorando as
relações interpessoais na empresa; clínica - esclarecendo e atenuando
problemas; ou hospitalar - atuando junto à equipe multidisciplinar no pós-
operatório de cirurgias ou tratamentos que afetem a aprendizagem. É
importante salientar que a Psicopedagogia é uma área que vem para somar,
trabalhando em parceria com os diversos profissionais que atuam em sua área
de abrangência.
Portanto, a psicopedagogia, por muitos pontos de vista; como uma
ciência integradora e facilitadora da aprendizagem, cabe o olhar clínico em face
de esse desenvolvimento e a essas diferenças e a mediação clínica e teórica,
quando possível, uma vez que essa transição de gerações e padrões, ao
mesmo tempo em que gera conflitos, viabiliza a circulação do conhecimento e
dá ao sujeito condições para a autoria do seu pensamento.
14
CAPÍTULO II
A CONTRIBUIÇÃO
Antes de falarmos da contribuição da Psicopedagogia, faremos um
breve histórico do seu surgimento, da sua prática pedagógica e a
transformação da realidade escolar.
2.1- BREVE HISTÓRICO
A Psicopedagogia nasceu na década de 60 a partir de outras ciências
como a Psicologia. Pedagogia e a Medicina (Neurologia). Havia muitos estudos
nestas áreas de conhecimento para melhor entender os distúrbios de
aprendizagem e sua etiologia. Portanto o primeiro objeto de estudo da
Psicopedagogia era o sintoma não aprender . A Psicopedagogia tinha um
caráter curativo e na prática se detinha em eliminar o sintoma. Nesta época as
15técnicas de reeducação se voltavam principalmente para aspectos motores e
perceptivos.
Nas décadas de 70 e 80 a Psicopedagogia passou a ter um caráter
interdisciplinar, recebendo contribuição de outras áreas para a melhor
compreensão da aprendizagem tais como: a Psicanálise, a Lingüística, a
Psicolingüística. a Psiconeurologia, a Psicologia Genética e ainda a Sociologia
e Filosofia. Este período de interdisciplinaridade traz como conseqüência à
ampliação da atuação do psicopedagogo. Na prática, o profissional pode
também ter uma visão mais na área fonoaudiológica ou predominantemente na
área da psicomotricidade ou o psicopedagogo especialista em matemática
(discalculia) etc.
Ao final desta última década o trabalho Psicopedagógico é marcado
pela preocupação do SER em processo de construção do conhecimento, ou
seja, o ser cognoscente. O foco de trabalho da Psicopedagogia é possibilitar
16ao sujeito a construção de sua autonomia com tudo que isso implica, a
construção da cidadania, da moral, da ética etc; e com o objetivo de Identificar
e classificar os seus obstáculos, como por exemplo, a dificuldade de
aprendizagem.
Como todas as ciências novas, o grande desafio da Psicopedagogia
atualmente é de trabalhar com o incerto, o impreciso. o Indeterminado e o
complexo. Marisa Elzirick comenta que “ao mesmo tempo em que isto traz um
limite ao nosso conhecimento, também encaminha para a possibilidade de
introduzir nele a auto-reflexão, o autoconhecimento”.
2.2- A AÇÃO PSICOPEDAGÓGICA E A TRANSFORMAÇÃO DA
REALIDADE ESCOLAR
Segundo Joana Maria Rodrigues Di Santo, a atuação do
Psicopedagogo na instituição visa a fortalecer-lhe a identidade, bem como
buscar o resgate das raízes dessa instituição, ao mesmo tempo em que
procura sintonizá-la com a realidade que está sendo vivenciada no momento
histórico atual, buscando adequar essa escola às reais demandas da
sociedade.
Durante todo o processo educativo, procura investir numa concepção de
ensino-aprendizagem que:
• Fomente interações interpessoais;
• Incentive os sujeitos da ação educativa a atuarem considerando
integradamente as bagagens intelectual e moral;
• Estimule a postura transformadora de toda a comunidade educativa
para, de fato, inovar a prática escolar; contextualizando-a;
• Enfatize o essencial: conceitos e conteúdos estruturantes, com
significado relevante, de acordo com a demanda em questão;
17• Oriente e interaja com o corpo docente no sentido de desenvolver mais
o raciocínio do aluno, ajudando-o a aprender a pensar e a estabelecer
relações entre os diversos conteúdos trabalhados;
• Reforce a parceria entre escola e família;
• Lance as bases para a orientação do aluno na construção de seu projeto
de vida, com clareza de raciocínio e equilíbrio;
• Incentive a implementação de projetos que estimulem a autonomia de
professores e alunos;
• Atue junto ao corpo docente para que se conscientize de sua posição
de “eterno aprendiz”, de sua importância e envolvimento no processo de
aprendizagem, com ênfase na avaliação do aluno, evitando
mecanismos menores de seleção, que dirigem apenas ao vestibular e
não à vida.
Nesse sentido, o material didático adotado, após criteriosa análise, deve
ser utilizado como orientador do trabalho do professor e nunca como o único
recurso de sua atuação docente.
Com certeza, se almejamos contribuir para a evolução de um mundo
que melhore as condições de vida da maioria da humanidade, nossos alunos
precisam ser capazes de olhar esse mundo real em que vivemos, interpretá-lo,
decifrá-lo e nele ter condições de interferir com segurança e competência.
Para tanto, juntamente com toda a Equipe Escolar, o Psicopedagogo
estará mobilizado na construção de um espaço concreto de ensino-
aprendizagem, espaço este orientado pela visão de processo, através do qual
todos os participantes se articulam e mobilizam na identificação dos pontos
principais a serem intensificados e hierarquizados, para que não haja ruptura
da ação, e sim continuidade crítica que impulsione a todos em direção ao saber
que definem e lutam por alcançar.
18 Considerando a escola responsável por parcela significativa da
formação do ser humano, o trabalho psicopedagógico na instituição escolar,
que podemos chamar de psicopedagogia preventiva, cumpre a importante
função de socializar os conhecimentos disponíveis, promover o
desenvolvimento cognitivo e a construção de normas de conduta inseridas num
mais amplo projeto social, procurando afastar, contrabalançar a necessidade
de repressão. Assim, a escola, como mediadora no processo de socialização,
vem a ser produto da sociedade em que o indivíduo vive e participa. Nela, o
professor não apenas ensina, mas também aprende. Aprende conteúdos,
aprende a ensinar, a dialogar e liderar; aprende a ser cada vez mais um
cidadão do mundo, coerente com sua época e seu papel de ensinante, que é
também aprendente. Agindo assim, a maioria das questões poderá ser tratada
de forma preventiva, antes que se tornem verdadeiros problemas.
Em sua obra “A Psicopedagogia no Brasil- Contribuições a Partir da
Prática”, Nádia Bossa registra o termo prevenção como referente à atitude
do profissional no sentido de adequar as condições de aprendizagem de forma
a evitar comprometimentos nesse processo, Partindo da criteriosa análise dos
fatores que podem promover, como dos que têm possibilidade de comprometer
o processo de aprendizagem, a Psicopedagogia Institucional elege a
metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou
desobstruir tal processo, o que vem a ser sua função precípua, colaborando,
assim, na preparação das gerações para viver plenamente a complexidade
característica da época. Sabemos que o aluno de hoje deseja que sua escola
reflita a sua realidade e o prepare para enfrentar os desafios que a vida social
apresenta, portanto não aceita ser educado com padrões já obsoletos e
ultrapassado.
“A psicopedagogia trabalha e estuda a aprendizagem, o sujeito que
aprende, aquilo que ele está apontando como a escola em seu conteúdo
sociocultural. É uma área das Ciências Humanas que se dedica ao estudo dos
processos de aprendizagem. Podemos hoje afirmar que a Psicopedagogia é
um espaço transdisciplinar, pois se constitui a partir de uma nova
19compreensão acerca da complexidade dos processos de aprendizagem e,
dentro desta perspectiva, das suas deficiências.”(Nívea M. C. Fabrício).
Surgiu da necessidade de melhor compreensão do processo de
aprendizagem, comprometida com a transformação da realidade escolar, na
medida em que possibilita, mediante exercício, análise e ação reflexivas,
superar os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas
necessárias à leitura do mundo e atuação coerente com a evolução e
progresso da humanidade, colaborando, assim, para transformar a escola
extemporânea, que não está conseguindo acompanhar o aluno que chega a
ela, em escola contemporânea, capaz de lidar com os padrões que os alunos
trazem e de se contrapor à cultura de massas predominante, dialogando com
essa cultura.
Educação e Psicologia, como também Psicanálise, Lingüística e Filosofia,
dentre outras, se unem para participar na solução de problemas que possam
surgir no contexto educativo; todas passam a levar em conta esse contexto, os
fins da educação e a problemática dos meios para realizá-la, elevando o aluno
à categoria de sujeito do conhecimento, envolvendo na solução as estratégias
pedagógicas adequadas, considerando liderança, diálogo, visão, pensamento
e ação como pilares de sustentação de uma organização dinâmica, situada,
responsável e humana ( Isabel Alarcão).
Há necessidade de, não apenas conhecer a ação, mas orientá-la, integrando o trabalho
de acompanhamento de procedimentos didáticos à resolução de problemas de adaptação
escolar, que podem ser caracterizados como aqueles que emergem da relação, da
interação entre as pessoas e entre elas e o meio, surgindo em função de desarmonias
entre o sujeito e as circunstâncias do ambiente. Essas desarmonias podem até adotar
modalidades patogênicas ou patológicas, que requerem encaminhamentos específicos
que podem extrapolar o espaço escolar.
2.2.1 - REFLETINDO SOBRE A PRÁXIS
20 Visando favorecer a apropriação do conhecimento pelo ser humano, ao
longo de sua evolução, a ação psicopedagógica consiste numa leitura e
releitura do processo de aprendizagem, bem como da aplicabilidade de
conceitos teóricos que lhe dêem novos contornos e significados, gerando
práticas mais consistentes, que respeitem a singularidade de cada um e
consigam lidar com resistências. A ação desse profissional jamais pode ser
isolada, mas integrada à ação da equipe escolar, buscando, em conjunto,
vivenciar a escola, não só como espaço de aprendizagem de conteúdos
educacionais, mas de convívio, de cultura, de valores, de pesquisa e
experimentação, que possibilitem a flexibilização de atividades docentes e
discentes.
Utilizando a situação específica de incorporação de novas dinâmicas em
sala de aula, contemplando a interdisciplinaridade, juntamente com outros
profissionais da escola, o psicopedagogo estimula o desenvolvimento de
relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos
de ensino compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse
processo. Procura envolver a equipe escolar, ajudando-a a ampliar o olhar em
torno do aluno e das circunstâncias de produção do conhecimento.
2.3- A CONTRIBUIÇÃO
A prática psicopedagógica tem contribuído para a flexibilização da
atuação docente na medida em que coloca questões que estimulam a reflexão
e a confrontação com temáticas ainda insuficientemente discutidas, de
manejo delicado, que, na maioria das vezes, podem produzir conflito. Isto se
deve, em geral, ao quadro de comprometimento do aluno/instituição, que
apresenta dificuldades múltiplas, envolvendo as competências cognitivas,
emocionais, atitudinais, relacionais e comunicativas almejadas e necessárias à
sociedade. Em decorrência, ações específicas, integradas e complementares
de diferentes profissionais devem compor um projeto de escola coerente e
impulsionador de valores e relações humanas vividas no ambiente escolar.
Projeto que envolva o recurso humano: professores, alunos, comunidade para,
21através dele, transformar não só a cultura que se vive na escola, mas na
sociedade.
CAPÍTULO III
A PROPOSTA
22 Estatística e realidade sempre nem sempre se encontram em casamento
perfeito. A situação da educação no Brasil mostra um caso de desajuste. Hoje
mais de 90% das nossas crianças estão na escola fundamental. Isso
impressiona estatisticamente, mas não denuncia uma aberração crescente: a
cada quatro anos forma-se um contingente de 12 milhões de crianças fora da
escola - sem contar aquelas que não conseguem permanecer estudando.
Apenas 43% dos alunos que entram no ensino fundamental concluem o ensino
médio.
Esta é a realidade sem retoques. Diante dela, ou amplia-se em grande
velocidade o número de inclusão de crianças nas salas de aula, ou o
analfabetismo crescerá mais que a escolarização básica. E mais enquanto o
Estado não oferecer escola para todos (100%) e as condições sociais não
permitirem as crianças estudarem ininterruptamente, até o final dos cursos , o
país não romperá importantes limitações socioeconômicas para seu
crescimento e melhoria de qualidade de vida.
. Seguindo no mesmo pensamento o educador Paulo Freire defende
radicalmente a posição de que conhecimento não se transfere, conhecimento
se constrói, como a inteligência, você constrói, produza inteligência, não a
recebe de graça. Este é uns dos problemas a serem enfrentados pelas
gerações novas engajadas no processo educacional . Não há dúvida de que a
pratica pedagógica no Brasil não contribui em quase nada para uma formação
crítica, para o que eu venho chamando de curiosidade epistemológica.
Preocupa-se o modo como devemos viver a prática educativa. deve-se
entender esta prática como uma experiência política, como um acontecimento
estético, portanto, como uma certa boniteza em si mesma, a prática educativa
como modalidade, portanto, como ética. Esta não é adquirida através da
transmissão do conteúdo, sendo uma das preocupações da educação atual na
questão de se transmitir uma grande quantidade de conteúdo não se
importando com a qualidade do aprender. A maioria das escolas e dos
23professores tem uma meta a ser cumprida, sendo a preocupação de ser
transmitir o conteúdo mais importante do que o fato das crianças aprenderem
ou adquirirem o conhecimento. Muitas vezes o fato das crianças passarem de
ano, não significa que adquiriram o conhecimento, e sim efetivaram a meta a
ser alcançada pelas escolas.
Enquanto a educação promove um ensino cujo objetivo é passar
conteúdo sem nenhum senso crítico e sem a preocupação de que o aluno
adquira o conhecimento necessário, continuará a sofrer com o problema da
falta de conscientização, esta traz para o povo a liberdade, o conhecimento e o
direito de ser e de agir e para o governo a condição primordial de ser
verdadeiro e justo com os direitos e deveres para com o povo.
Diante de tudo que foi dito acima , é necessário e urgente mudarmos a
concepção de nossos pensamentos para que esta realidade que hoje faz parte
do nosso dia-a-dia se transforme uma numa sociedade justa.
Como proposta vejo como necessário um trabalho de conscientização
dos profissionais que atuam diretamente com a educação, neste contexto
constam do diretor até o mais humilde servente que trabalhem na escola. Após
a isso, poderia ser feito um trabalho de integração dos educadores e outros
profissionais da escola, nestes estão incluso os orientadores educacionais,
psicólogos, psicopedagogo, coordenadores de áreas e toda equipe, Quando
trabalharmos num ambiente amigo, verdadeiro e consciente olharmos o mundo
e as pessoas de maneira especial, transformando a realidade cruel em ideal.
Dando o prosseguimento ao trabalho, passaremos o trabalho de
conscientização aos pais dos alunos através de reuniões, palestras, cursos e
eventos que façam os pais a participar da vida escolar de seus filhos. Se
fizermos um trabalho simultâneo nas escolas públicas e particulares a nível
nacional , estaremos mudando a sociedade, passando ela do preto no branco
para o colorido. Se for trabalhado na sociedade a conscientização da
importância da criança na escola e o Estado trabalhando para que isso se torne
24viável. Quando atingirmos este nível o trabalho do psicopedadgogo deixará de
ser terapêutico.
Para que esta proposta se torne real e que objetivo seja alcançado será
necessário primeiramente um trabalho de base quanto mudança na valorização
dos profissionais da área da educação. Este processo inclui:
a) A valorização dos Profissionais e suas necessidades:
• A valorização da pessoa no seu contexto individual e do profissional
quanto atuante e pensante em suas atividades escolares;
• Capacitação de todos os profissionais com cursos, treinamentos,
seminários, palestras e etc....;
• Dinâmicas para desenvolver auto-estima e a interação dos profissionais;
• Melhores condições de trabalho, com ambiente apropriado, material de
boa qualidade, etc...; e
• Melhores salários e uma aposentadoria digna
b) O trabalho de Conscientização:
• Através da realidade do dia-a-dia com pequenos toques mostra a
necessidade da conscientização;
• Mostrar aos Profissionais da Educação (do diretor ao servente de
limpeza) a importância da conscientização comprovando através de
exemplos que acontecem e deram certo; e
• Praticando do dia-a-dia em cada atitude e ação e a pratica se tornando
a conscientização realidade sentida e vivida.
c) O Trabalho com os alunos
Após o trabalho de valorização e conscientização dos profissionais da
educação , desenvolver o trabalho com os alunos:
• Dinâmica para desenvolver auto estima dos alunos e o relacionamento
deles com os colegas e com profissionais da educação;
• Atividades que desenvolvam a criatividade, a inteligência, a memória, o
senso crítico e a capacidade para superar as dificuldades; e
25• Traçando por fim um trabalho de conscientização de seus deveres e
direitos.
Após o trabalho desenvolvido para a valorização e conscientização dos
profissionais da educação, o trabalho com os alunos para desenvolvimento da
sua auto estima e do relacionamento do aluno com os colegas e os
profissionais da educação finalizando com o trabalho de conscientização será
mais fácil à prática do ato de ensinar e aprendizagem dos alunos. Partindo
agora para ampliar este trabalho aos pais de alunos tendo uma atuação mais
marcante dos professores com ajuda da equipe técnica (orientadores
educacionais, psicólogos e psicopedadgogo) em relação às dificuldades que
os pais estiverem neste momento e para que a conscientização seja sentida e
vivida pelos pais.
Após a conscientização se torna uma prática do dia-a-dia das escolas
(públicas e particulares) será a hora dos pais conscientizarem a realidade a
sua volta como os parentes, amigos, vizinhos e no seu trabalho, trazendo com
isso uma vida mais sólida e mais real para o dia-a-dia.. Com esta etapa
estaríamos trazendo uma nova realidade a sociedade em que vivemos e ficaria
demonstrada a importância da boa educação e a necessidade da criança está
inserida neste processo.
Para que este trabalho se torne realidade nosso dia-a-dia , teremos que
forçar que seja feitos agora o trabalho de valorização e conscientização dos
profissionais da educação e o trabalho com os alunos de auto estima,
relacionamento entre os colegas e os profissionais da educação e o trabalho de
conscientização. Após alguns anos poderemos viver numa sociedade mais
justa e conscientes de seus deveres e direitos, buscando a harmonia para
resolver suas dificuldades e problemas que surjam, através do trabalho de
conscientização surgirá à solidariedade e a confiança que se faz necessária
para o nosso dia-a-dia. No futuro as nossas crianças teriam uma vida mais
feliz.
26
CONCLUSÃO
Finalmente, vale dizer que investir na criança é não perder o potencial
humano que existe, é investir na construção de um ser humano saudável.
Neste contexto a família desempenha um papel importante, tanto nos cuidados
como no processo educativo da criança. Todavia, como os dados mostram, a
grande maioria das famílias brasileiras vive com uma renda familiar baixa e
quase nada possuem em termos de bens o que dificulta o desempenho de seu
papel. Portanto, uma política de atenção à primeira infância deve ser mais
ampla e adequar-se à realidade e à situação das famílias das crianças,
27possibilitando o acesso ao emprego, à renda, a saúde, à cultura, etc.,
principalmente para as mais vulneráveis – social, cultural e economicamente.
Para encerrar este trabalho deixo um texto para reflexão:
A CRIANÇA APRENDE O QUE VIVE
Se a criança vive com críticas
Ela aprende a condenar
Se a criança vive com hostilidade
Ela aprende a agredir
Se a criança vive com zombarias
Ela aprende a ser tímida
Se a criança vive com humilhação
Ela aprende a ser sentir culpada
Se a criança vive com tolerância
Ela aprende a ser paciente
Se a criança vive com incentivo
Ela aprende a ser confiante
Se a criança vive com elogios
Ela aprende a aprender a apreciar
Se a criança vive com retidão
Ela aprende a ser justa
Se a criança vive com segurança
Ela aprende a ter fé
Se a criança vive com aprovação
Ela aprende a gostar de si mesma
Se a criança vive com aceitação e amizade
29
FONTE: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1998/2003.
EDUCAÇÃO
Taxas de Analfabetismo 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Pessoas de 15 anos ou mais 13,8 13,3 12,9 12,4 11,8 11,6
Anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais (%) - 2003
Homens Mulheres
Sem instrução e menos de 1 ano 11,5 11,5
1 a 3 anos 15,7 14,0
4 a 7 anos 32,9 31,4
8 a 10 anos 16,4 16,3
11 anos e mais 23,1 26,5
FONTE: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1998/2003.
Anos de estudo das pessoas de 10 anos e mais - 2003
Tabela 8.1 - Famílias com crianças de 0 a 14 anos de idade, por grupos de idade das crianças e classes de rendimento médio mensal familiar per capita em salário mínimo, segundo as Grandes Regiões,
Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2002 (conclusão)
Famílias com crianças de 0 a 14 anos de idade, por grupos de idade das crianças e classes de rendimento médio mensal familiar per capita em salário mínimo
Com crianças de 0 a 14 anos de idade (%) Grandes Regiões,
Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas
Total (1) Até 1/2 Mais de
1/2 até 1 Mais de
1 a 2 Mais de
2 a 3 Mais de
3 a 5 Mais de
5
Brasil (2) 27 299 331 36,3 26,3 17,9 5,8 4,4 3,3
Norte (3) 1 729 698 41,7 27,2 14,0 4,2 3,1 2,2
Rondônia 166 359 31,1 28,1 21,1 5,5 5,4 3,1
Acre 72 411 40,5 24,4 17,1 4,8 4,0 3,6
Amazonas 395 475 43,2 26,0 13,8 3,7 2,7 2,1
Roraima 49 482 41,6 24,5 13,5 5,8 3,7 2,6
Pará 801 094 43,2 27,9 12,0 3,9 2,6 2,1
Região Metropolitana de Belém 311 564 39,2 26,8 12,6 4,2 3,5 3,1
Amapá 78 416 37,1 27,6 17,6 7,3 3,7 2,0
Tocantins 205 682 51,4 25,2 11,5 2,6 3,0 1,3
Nordeste 8 050 443 59,6 20,3 8,3 2,2 1,7 1,4
Maranhão 985 263 64,0 19,2 7,6 2,4 0,7 1,1
Piauí 486 795 65,6 16,8 8,3 1,9 0,8 1,5
Ceará 1 294 180 59,4 21,5 8,1 1,9 2,1 1,2
Região Metropolitana de Fortaleza 522 588 45,4 26,0 12,8 3,1 3,5 2,5
Rio Grande do Norte 468 367 51,1 26,9 10,3 2,5 2,1 1,9
Paraíba 564 958 60,9 20,4 8,7 1,9 2,2 1,4
Pernambuco 1 303 242 55,6 19,4 8,5 2,6 1,9 1,6
Região Metropolitana de Recife 542 371 42,8 23,0 11,9 3,8 2,7 3,6
Alagoas 486 271 66,1 18,2 7,1 1,2 0,8 1,2
Sergipe 305 589 49,9 23,5 12,1 3,6 2,6 1,8
Bahia 2 155 778 60,3 19,8 7,9 2,3 1,7 1,3
Região Metropolitana de Salvador 504 928 40,2 24,5 13,7 4,4 3,6 4,1
Sudeste 11 347 608 24,3 28,7 23,1 7,4 5,8 4,3
Minas Gerais 2 870 977 36,8 28,2 17,3 5,5 3,8 2,7
Região Metropolitana de Belo Horizonte 691 239 24,9 28,9 22,7 7,6 4,9 4,5
32
Espírito Santo 518 540 36,4 27,8 16,5 5,4 4,7 4,0
Rio de Janeiro 2 164 558 21,2 30,7 24,4 7,1 5,8 4,2
Região Metropolitana do Rio de Janeiro 1 606 366 19,9 29,8 24,9 6,9 6,2 4,6
São Paulo 5 793 533 18,1 28,2 26,1 8,8 6,9 5,1
Região Metropolitana de São Paulo 2 778 097 17,6 25,4 25,4 9,1 7,7 5,5
Sul 4 143 339 23,8 29,7 24,4 8,6 5,8 3,9
Paraná 1 596 556 26,1 31,4 21,1 7,7 5,8 3,7
Região Metropolitana de Curitiba 449 845 17,0 29,9 23,9 9,6 8,2 5,5
Santa Catarina 932 708 16,4 29,1 30,9 10,7 6,3 3,6
Rio Grande do Sul 1 614 075 25,7 28,5 24,0 8,2 5,5 4,3
Região Metropolitana de Porto Alegre 593 303 20,7 26,7 26,4 9,9 5,9 5,6
Centro-Oeste 1 989 022 31,1 29,7 17,5 6,0 5,5 4,8
Mato Grosso do Sul 358 245 31,4 30,6 18,8 5,9 5,5 3,9
Mato Grosso 435 300 32,3 30,8 18,0 5,8 5,5 3,5
Goiás 845 063 33,4 31,2 16,6 5,3 4,1 3,0
Distrito Federal 350 414 23,5 23,5 17,7 8,1 8,6 11,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2002.
Nota: Famílias com pelo menos uma criança dentro do grupo de idade destacado.
(1) Inclusive sem rendimento e sem declaração de rendimento. (2) Exclusive a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Rorai- ma, Pará e Amapá. (3) Exclusive a população rural.
33
Tabela 3.1 - Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por situação do domicílio e sexo,
segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2002
(conclusão)
Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade (%)
Situação do domicílio e sexo
Rural
Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas
Total Homens Mulheres
Brasil (1) 27,7 29,2 26,1
Norte (2) - - -
Rondônia - - -
Acre - - -
Amazonas - - -
Roraima - - -
Pará - - -
Região Metropolitana de Belém - - -
Amapá - - -
Tocantins 27,4 26,0 29,2
Nordeste 39,1 41,9 36,0
Maranhão 34,2 37,2 30,6
Piauí 47,4 52,9 41,1
Ceará 39,3 43,8 34,7
Região Metropolitana de Fortaleza 29,0 29,9 28,0
Rio Grande do Norte 38,5 44,7 31,5
Paraíba 41,7 47,1 35,8
Pernambuco 39,3 43,8 34,4
Região Metropolitana de Recife 30,1 31,1 29,2
Alagoas 51,0 54,4 47,4
Sergipe 43,6 46,4 40,8
Bahia 35,8 35,4 36,2
Região Metropolitana de Salvador 14,2 14,4 14,0
34
Sudeste 18,9 18,7 19,2
Minas Gerais 24,5 24,0 25,0
Região Metropolitana de Belo Horizonte 13,9 10,5 17,6
Espírito Santo 19,9 19,2 20,7
Rio de Janeiro 15,0 18,6 11,4
Região Metropolitana do Rio de Janeiro 10,3 12,8 7,7
São Paulo 12,2 11,4 13,0
Região Metropolitana de São Paulo 9,2 8,2 10,2
Sul 10,8 10,8 10,9
Paraná 11,6 10,7 12,6
Região Metropolitana de Curitiba 9,2 8,1 10,3
Santa Catarina 9,4 9,8 9,0
Rio Grande do Sul 10,9 11,3 10,4
Região Metropolitana de Porto Alegre 11,3 10,9 11,6
Centro-Oeste 18,3 19,7 16,7
Mato Grosso do Sul 15,5 15,5 15,5
Mato Grosso 17,2 17,9 16,4
Goiás 20,7 22,9 18,0
Distrito Federal 16,7 19,6 13,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2002. (1) Exclusive a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. (2) Exclusive a população rural.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KAPPEL, Maria Dolores Bombardelli, As crianças de 0 a 6 anos no contexto sociodemográfico nacional. Anais do Pré – Congresso 2003 ELENA,Young Centro de Estudos Montessori – (CEM), Conhecimento e amor são necessários nos primeiros anos de vida. Anais IV Congresso Internacional de Educação Infantil, BRITO, Leila Maria Torrada (coord.). Jovens em conflito com a lei. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987 _____________. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Políticas Públicas do Ministério da Educação – Síntese dos Programas Prioritários BOSSA, Nadia , A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed Editora S/A, 2000 SANTOS, Carlos Roberto dos. O menor que se fez maior. Rio de Janeiro: [s.n.], 2001. TIBA, Içami. Quem ama educa.São Paulo: Editora Gente, 2002. SANTO, Joana Maria Rodrigues Di, Refletindo sobre a práxis Disponível em: www.psicopedagogiaonnline.com.br Acesso em: 01/10/2004 PERFEITO,Daniela Mazurek, A psicopedagogia: muito mais que uma ciência, um caminho. Disponível em: www.psicopedagogiaonnline.com.br Acesso em: 15/10/2004. BEYER, Marlei Adriana, A formação permanente do professor passa pela reflexão de sua prática, da troca com seus pares, do levantamento de dificuldades, da análise das possibilidades e das alternativas. Disponível em: www.abpp.com.br. Acesso em: 22/11/2004. BARBOSA, Laura Monte Serrat, O papel da psicopedagogia na inclusão de pessoas com dificuldade de aprendizagem. . Disponível em: www.abpp.com.br. Acesso em: 22/11/2004. FONTE: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1998/2003. Disponível em: www.ibge.gov.br Acesso em: 30/10/2004
ÍNDICE
36
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
0 CONCEITO 10
CAPÍTULO II
A CONTRIBUIÇÃO
2.1 – Breve Histórico 15
2.2 – A Ação Psicopedagógica e a Transformação da Realidade Escolar 20
2.3 – A Contribuição 20
CAPÍTULO III
A PROPOSTA 22
CONCLUSÃO 27
ANEXOS 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
ÍNDICE 36
FOLHA DE AVALIAÇÃO 37