A Criança Triste e a Viola

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  • 8/17/2019 A Criança Triste e a Viola

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    A menina triste e a viola

    Conta-se uma história de uma menina que morava em uma vila e era muito triste. Por mais que

    seus pais, amigos e todos da vila fizessem com que ela se tornasse uma criança alegre, nunca tiveram

    sucesso em fazer com que ela desse ao menos um sorriso.

    Cada dia que passava, os pais ficavam mais preocupados, pois, a menina só queria ficar deitada

    em sua cama, com um vestido branco que, de tanto usar já estava encardido. ssim, ela n!o queria mais

    nada. "eus pais ficavam preocupados, pois, por mais que fizessem algo para alegrar a pobre menina,

    nada a dei#ava feliz.

    $aqueles dias, passou pela vila um homem carregando uma cai#a nas costas. %iziam que ele era

    m&sico e que, em outras cidades, fizera com que muitas pessoas se alegrassem com sua m&sica.

    'uando ele sentou numa lanchonete e pediu um caf(, escutou as pessoas ao lado falando quetinha uma menina na cidade que nunca sorria e que os pais estavam preocupados com ela.

    - )i, voc*s. +e contem, o que há com essa menina

    - oc* deve ser de fora. odos aqui conhecem a história da menina que mora na casa verde e que

    nunca sorri. /s pais est!o at( preocupados, parece que ela está ficando doente.

    Curioso, o homem magro coçou sua barba negra0

    - 1nteressante. ou at( lá ver o que posso fazer.

    /s homens olharam um para outro e sacudiram o ombro0

    - Pode ir. odos já tentamos fazer algo, mas, foi em v!o. / que voc* pode fazer de diferente

    )le sorriu0

    - enho superpoderes. Carrego comigo algo mágico.

    /s homens riram dele enquanto ele ia embora.

    ) foi-se o homem magro com sua cai#a nas costas em direç!o 2 casa verde onde morava a

    menina que estava sempre triste.

    'uando ele bateu na porta, uma mulher muito pálida, com olhos fundos e muito magra o atendeu0

    - Pois n!o, senhor.

    - 3iquei sabendo que nesta casa mora uma menininha triste.

    -"im, verdade. 4á fizemos tudo, mas, ela n!o se alegra. Cada dia parece que ela está pior.

    )le coçou novamente a barba0

    - cho que posso ajudar. Posso entrar

  • 8/17/2019 A Criança Triste e a Viola

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    )la olhou para aquele homem com uma cai#a de madeira nas costas0

    - ) como voc* acha que pode ajudar se a cidade inteira n!o conseguiu fazer nada

    )le deu um leve sorriso enquanto batia de leve na cai#a de madeira0

    - enho aqui uma amiga que pode me ajudar.

    "em ter o que perder, ela abriu a porta e dei#ou que o homem entrasse.

    'uando ele entrou, viu paredes sem cores e os pais da menina usando roupas que s!o sem cores.

    "e passou tanto tempo desde que a menina ficara triste que os pais e casa perderam suas cores.

    / homem caminhou at( um simples quarto onde a menina estava deitada com seu vestido verde

    pálido, chorando.

    'uando ele entrou, ele sorriu para ela, mas, ela virou o rosto. )ra como se n!o quisesse ver um

    sorriso na frente dela.

    )nt!o, ele resolveu pegar a sua cai#a de madeira, colocou no ch!o e abriu.

    %e dentro dela, ele retirou uma viola. 1rm! mais velha do violino, a viola ( um instrumento maior e

    que se toca com o arco igual ao irm!o mais novo. %elicadamente, ele afinou cada corda e pegou o arco.

    %epois, sentou na beira da cama da menina e começou a tocar uma simples m&sica.

      menina olhava para o lado, mas, quando as primeiras notas sa5ram daquele lindo instrumento,

    ela n!o conseguiu ficar assim. s notas encorpadas, melodiosas e macias chamaram a atenç!o dela e ela

    logo parou de chorar e olhou para o homem que tocava uma leve melodia, nem triste nem alegre, mas,

    uma melodia simples e profunda.

    endo que a m&sica chamara a sua atenç!o, o homem logo sorriu e passou a tocar uma m&sica

    mais alegre. m&sica sa5a da viola e enchia o lugar de pai#!o.

    'uando menos percebeu, um sorriso brotou no rosto da menina. $esse momento, a m!e e o pai

    dei#aram uma lágrima cair de alegria. )le realmente estava conseguindo.

    / homem parou e tocou o rosto da menina.

    - eja, minha bela flor. 6m sorriso. oc* pode sorrir. ) ( esse seu sorriso que mudará sua casa.

      menina tocou o seu rosto e sentiu o sorriso que ela esquecera como era.

    / homem a ajudou a descer da cama e tocou uma m&sica para ela dançar. 'uando iniciou, ela

    sentiu algo diferente. Cada nota que sa5a de seu instrumento invadia a casa e transformava aquele lugar 

    sem cor em uma casa feliz e totalmente colorida.

    ) a menina passou a dançar. "entiu a m&sica tocar seu corpo e n!o conseguia ficar parada. 7ogo,

    ela correu, pu#ou seu pai e sua m!e e os tr*s dançaram. %ançaram, dançaram, dançaram. )nquanto o

    homem tocava, eles dançaram sem parar.

    ) a casa voltou a ser colorida.

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      menina voltou a ter alegria.

      fam5lia se tornou feliz novamente.

    $o final do dia, a m!e preparou um belo jantar e todos comemoraram a volta da alegria da menina.

    Comeram, riram, brincaram e, no final, a menina foi dormir depois de um dia de alegria.

    ) o pai perguntou0

    - 'uanto lhe devo, meu caro violista

    / homem sorriu e respondeu0

    - $ada. alegria da sua filha ( meu melhor pagamento.

    )le abraçou os dois e partiu. Partiu sem que ningu(m soubesse o nome dele.

    +as, algo mudou naquela casa. gora, era uma casa alegre, colorida, com uma fam5lia cheia de

    vida.

    odos os dias pessoas iam naquela casa para que conhecessem a história da menina que era triste

    e se tornou alegre.

    +eses depois, no dia do aniversário da menina, chegou na casa dela uma cai#a grande

    embrulhada. )la pegou, abriu com cuidado e, dentro estava um presente que ela nunca imaginou ganhar0

    uma viola igual ao do violista que fizera ela ficar alegre.

    4unto, estava uma carta que dizia0

    8gora ( sua vez. oc* deve fazer as outras pessoas felizes. oque esta viola com carinho e

    lembre que sempre o som dela será sua companheira e a forma que voc* terá de se alegrar9 Parab(ns9

    "eja muito feliz9:

      menina sorriu, dobrou a carta, pegou a viola e correu para a cozinha, onde tocou para sua m!e e

    tornou aquele dia ainda mais especial.