A criatividade no uso do numeral vinte edois em cartazes do Precircmio Design

Museu da Casa Brasileiralowast

Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Piresdagger

Universidade Federal do Paraacute

IacutendiceIntroduccedilatildeo 21 O Museu da Casa Brasileira ndash MCB 32 Precircmio Design Museu da Casa Brasileira 521 A 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira 53 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados 74 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes 9Consideraccedilotildees finais 14Referecircncias bibliograacuteficas 14Anexos 16

Resumo

Este artigo apresenta uma anaacutelise de trecircs cartazes inscritos na 22a

ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira sob a oacutetica de Char-les Peirce Desenvolvido a partir dos conhecimentos adquiridos a partirdo estudo da teoria do autor acima citado o artigo tem como um de

lowastTrabalho apresentado a disciplina Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem mi-nistrada pela Prof Dra Netiacutelia SeixasdaggerGraduandos do curso de Comunicaccedilatildeo Social da Universidade Federal do Paraacute

2 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

seus objetivos por em praacutetica os conhecimentos dos trecircs estudantes au-tores do presente artigo e tambeacutem atentar para a importacircncia do estudode teorias linguiacutesticas por parte de alunos do Curso de ComunicaccedilatildeoSocial

Palavras-chave semioacutetica Charles Peirce 22o precircmio design Mu-seu da Casa Brasileira

Introduccedilatildeo

OMuseu da Casa Brasileira (MCB) haacute deacutecadas eacute um espaccedilo de ex-posiccedilatildeo do mobiliaacuterio dos seacuteculos XVII ao XXI e tambeacutem conta

com mostras temporaacuterias do que haacute de mais atual em objetos e designbrasileiros e internacionais Aleacutem disso a instituiccedilatildeo oferece cursospalestras e promove discussotildees que tratam sobre a temaacutetica do design eda arquitetura

Com o objetivo de reconhecer a excelecircncia do design brasileiro eincentivar o seu fortalecimento e disseminaccedilatildeo o Museu desenvolvedesde 1986 o Precircmio Design Museu da Casa Brasileira no qual es-tudantes arquitetos designers profissionais de aacutereas afins e demaisinteressados podem participar por meio da inscriccedilatildeo de cartazes quecontemplem uma ou mais das categorias presentes no regulamento

O trabalho que se segue eacute constituiacutedo de uma anaacutelise de trecircs cartazesinscritos no 22o Precircmio Design MCB com base nos textos da autoraLuacutecia Santaella principal estudiosa do teoacuterico Charles Peirce no paiacutes Aproposta de analisar tal corpus se deu mediante a criatividade constatadados participantes em retratar a ediccedilatildeo do Precircmio de diversas maneirasdiferentes A elaboraccedilatildeo deste artigo pretende pocircr em praacutetica nossosconhecimentos apreendidos em sala de aula sobre a teoria linguiacutesticado autor estabelecendo uma conexatildeo com os cartazes em questatildeo

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1 O Museu da Casa Brasileira ndash MCB

O Museu da Casa Brasileira ndash MCB eacute uma instituiccedilatildeo puacuteblica criadapor Luiacutes Arrobas Martins secretaacuterio da Fazenda de Abreu Sodreacute naeacutepoca Governador de Satildeo Paulo O secretaacuterio idealizou uma instituiccedilatildeodestinada agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo pesquisa e exposiccedilatildeo de moacuteveisalfaias e objetos de arte e de decoraccedilatildeo de residecircncias considerados devalor histoacuterico ou artiacutestico para o paiacutes Dessa forma em marccedilo de 1970foi inaugurado o entatildeo denominado Museu do Mobiliaacuterio Artiacutestico eHistoacuterico Brasileiro

Ernani Silva Bruno1 foi convidado para dirigir o novo museu que aprinciacutepio foi instalado em um casaratildeo na Alameda Nothmann no bairroCampos Eliacutesios em Satildeo Paulo A principiante instituiccedilatildeo tinha comoobjetivo inicial recolher peccedilas de extraordinaacuteria qualidade e grande re-presentatividade para a cultura brasileira a fim de fazer com que essesmateriais estivessem disponiacuteveis e acessiacuteveis para um maior nuacutemerode pessoas possiacutevel Com isso a direccedilatildeo do museu passou a veicularnotiacutecias na imprensa com o intuito de que surgissem propostas de vendae doaccedilatildeo de objetos Criou-se assim uma comissatildeo para avaliar as peccedilasque fossem adquiridas tendo por base seu valor socioloacutegico histoacutericoe artiacutestico O material recolhido durante esses anos se configura comoum valioso acervo constituiacutedo de moacuteveis alfaias religiosas e objetosdecorativos com estima histoacuterica e artiacutestica produzidos no Brasil e noexterior entre os seacuteculos XVII e XXI

Em novembro de 1970 o Museu comeccedilava a sofrer uma transfor-maccedilatildeo A Fundaccedilatildeo Padre Anchieta cedeu por comodato o uso do SolarFaacutebio Prado para o governo do Estado que tinha a intenccedilatildeo de instalarali o receacutem-fundado museu Nessa ocasiatildeo a denominaccedilatildeo da institu-

1 Jornalista e historiador Ernani Silva Bruno nasceu em 10 de agosto de 1912em Curitiba (PR) onde iniciou seus estudos Em 1937 bacharelou-se pela Faculdadede Direito da Universidade de Satildeo Paulo e concomitantemente desenvolveu-se comojornalista Atuou nos jornais Accedilatildeo Jornal da Manhatilde (1938-1939) com pseudocircnimo deCosme Velho A Noite (1942-1947) e Jornal de Satildeo Paulo (1947-1948) Atualmenteo Museu da Casa Brasileira possui o Acervo Equipamentos da Casa Brasileira Usos eCostumes ndash Arquivo Ernani Silva Bruno um fichaacuterio de citaccedilotildees sobre equipamentosusos e costumes domeacutesticos da sociedade brasileira ao longo de toda sua histoacuteriaProduzido na deacutecada de 1970 por um grupo de pesquisadores da Universidade de SatildeoPaulo o arquivo eacute o uacutenico em seu tipo existente no paiacutes

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iccedilatildeo foi alterada para Museu da Cultura Paulista e sua aacuterea de atuaccedilatildeofoi ampliada para tornar o museu um centro de estudos destinado apesquisar a complexa gama de informaccedilotildees acerca da evoluccedilatildeo materialda cultura de Satildeo Paulo e do Brasil A nova denominaccedilatildeo natildeo alcanccedilouacordo causando um longo debate entre os conselheiros Em 1971apoacutes quase um ano de debates a proposta de Seacutergio Buarque de Hol-landa e de Ernani da Silva Bruno de denominar o espaccedilo como Museuda Casa Brasileira foi aprovada

Paralelamente agrave transposiccedilatildeo para a nova sede2 o Conselho Diretorbuscou especialmente durante os cinco primeiros anos da instituiccedilatildeouma significativa ampliaccedilatildeo do acervo que caracteriza o atual perfilsocioloacutegico e histoacuterico da coleccedilatildeo presente no Museu A grande quan-tidade de peccedilas adquiridas durante a administraccedilatildeo de Ernani Brunopermitiu a ampliaccedilatildeo da atuaccedilatildeo didaacutetica do museu o qual passou aapresentar exposiccedilotildees permanentes e temaacuteticas acerca da evoluccedilatildeo domobiliaacuterio brasileiro

O primeiro diretor do Museu dedicou-se em firmar a instituiccedilatildeocomo um centro de pesquisas especializado na evoluccedilatildeo dos equipa-mentos da casa brasileira e nos seus usos e costumes Nesse sentido foifundamental a transferecircncia para o museu de um arquivo desenvolvidoao longo da deacutecada de 70 pelo professor Carlos Alberto Cerqueira Le-mos e por alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USPEsse arquivo que atualmente leva o nome do primeiro diretor do museueacute composto por mais de 28 mil fichas com citaccedilotildees e informaccedilotildees sobrearquitetura mobiliaacuterio e equipamentos domeacutesticos do seacuteculo XVI aoXIX O acervo tambeacutem revela toda a trajetoacuteria da cultura material doBrasil aleacutem das peculiaridades transformaccedilotildees e assimilaccedilotildees sofridaspela sociedade brasileira ao longo de seus quatro primeiros seacuteculos dehistoacuteria

Com a ampliaccedilatildeo do perfil museoloacutegico da instituiccedilatildeo novas pro-postas e abordagens como a arquitetura e o design foram ganhandoconsideraacutevel espaccedilo por meio de exposiccedilotildees temporaacuterias conferecircnciaspremiaccedilotildees e concursos Desde 1993 o museu tambeacutem sedia o PrecircmioJovens Arquitetos promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil(IAB) Aleacutem das exposiccedilotildees permanentes e temporaacuterias o Museu daCasa Brasileira possui uma agenda cultural fixa promovendo apresen-

2 A consolidaccedilatildeo do Museu se deu em 1945 com a conclusatildeo da obra do Solar

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taccedilotildees musicais regulares Tambeacutem possui uma editora proacutepria es-pecializada em publicaccedilotildees sobre design mobiliaacuterio cultura materialcostumes e usos da sociedade brasileira

Hoje o Museu da Casa Brasileira eacute subordinado agrave Secretaria da Cul-tura do Estado de Satildeo Paulo e se apresenta como a uacutenica instituiccedilatildeobrasileira voltada ao estudo preservaccedilatildeo e exposiccedilatildeo da histoacuteria do mo-biliaacuterio e das artes aplicadas o MCB tambeacutem eacute reconhecido como umdos mais dinacircmicos centros de estudos da arquitetura e do design con-temporacircneo no Brasil

2 Precircmio Design Museu da Casa Brasileira

Desde 1986 o Museu da Casa Brasileira promove o Precircmio Design doMuseu da Casa Brasileira Naquela eacutepoca havia pouco conhecimentosobre o que era o design e poucos davam importacircncia para esta ativi-dade Com postura visionaacuteria o publicitaacuterio Roberto Duailibi entatildeoagrave frente do Museu da Casa Brasileira resolveu criar um precircmio queincentivasse o design no Brasil

O Precircmio eacute promovido anualmente pelo Museu e sendo chamadopor alguns de Oscar do design brasileiro A credibilidade do Precircmiovem de seu caraacuteter cultural sem interesses comerciais garantido espe-cialmente pelo caraacuteter e atuaccedilatildeo da instituiccedilatildeo que o promove

21 A 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da CasaBrasileira

No presente trabalho eacute feita uma anaacutelise de trecircs cartazes elaboradospara a 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Estaediccedilatildeo aconteceu no ano de 2008 e abriu inscriccedilotildees para a participaccedilatildeode designers profissionais e estudantes Na 22a ediccedilatildeo houve mudanccedilasno regulamento como a criaccedilatildeo de modalidades de protoacutetipos reservadaa projetos em estaacutegio de protoacutetipo ou mock-up cujos projetos eramanteriormente reunidos na uacutenica categoria Novas ideacuteiasconceitos

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A ediccedilatildeo foi dividida em etapas onde inicialmente os inscritos deve-riam produzir um cartaz para a ediccedilatildeo dentro de oito categorias a saberMobiliaacuterio Utensiacutelios Iluminaccedilatildeo Tecircxteis Equipamentos eletroele-trocircnicos Equipamentos de construccedilatildeo Equipamentos de transporte eTrabalhos escritos Posteriormente o vencedor deveria desenvolver aspeccedilas complementares folheto com o regulamento e ficha de inscriccedilatildeodo Precircmio convites da exposiccedilatildeo digital e impresso folheto e bannerda exposiccedilatildeo certificado camiseta e selo da ediccedilatildeo

Figura 1 Cartaz vencedor da 22a ediccedilatildeo doPrecircmio Design Museu da Casa Brasileira

Para o 22o Precircmio houve 454 inscriccedilotildees de cartazes que mostravamluminaacuterias cabides pregadores de roupa clips talheres cadeiras en-tre outros objetos mobiliaacuterios e que tentaram concorrer ao precircmio doprimeiro lugar no valor bruto de R$ 800000 Os primeiros lugaresde cada categoria receberam R$ 625000 somando assim o total deR$ 5000000 em premiaccedilatildeo Os protoacutetipos soacute receberam menccedilatildeo hon-rosa Por meio dos criteacuterios originalidade concepccedilatildeo formal inovaccedilatildeotecnoloacutegica adequaccedilatildeo ao mercado viabilidade industrial qualidade eseguranccedila proteccedilatildeo ambiental no primeiro momento a comissatildeo jul-gadora selecionou doze finalistas para exibirem seus cartazes na mostrado 22o Precircmio Dentre os finalistas apenas um cartaz foi escolhido o

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criado por Aline Coutinho de Arauacutejo e Leandro Lopes de Oliveira deSatildeo Paulo

ldquoA escova de dentes eacute um objeto presente no cotidiano detodos mantendo uma estreita relaccedilatildeo com o corpo de cadaum de noacutes Ao mesmo tempo pertence ao universo dagrande induacutestria envolvendo recursos tecnoloacutegicos avanccedila-dos em seu projeto e sua produccedilatildeo O tratamento graacuteficodado a ela eacute esmerado as cerdas sugerem o coacutedigo de bar-ras caracteriacutestico do produto industrial a imagem do cremedental por sua vez eacute obtida por meio de um jogo tipograacute-fico com os numerais sem perder a clareza da leitura do22rdquo (Trecho retirado do texto do juacuteri enviado a imprensa)

3 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados

Para desenvolvermos nossa anaacutelise escolhemos trecircs cartazes que foraminscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Oprincipal motivo para termos escolhidos tais cartazes foi a forma comoseus autores utilizaram de forma criativa o numeral vinte e dois paracomporem suas obras

O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo eretrata duas luminaacuterias O proacuteximo cartaz (Figura 3) inscrito na catego-ria Mobiliaacuterio e mostra uma espeacutecie de banco feito com o numeral Porfim o terceiro cartaz (Figura 4) estava inserido na categoria Utensiacuteliose retrata dois pregadores de roupa

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Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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seus objetivos por em praacutetica os conhecimentos dos trecircs estudantes au-tores do presente artigo e tambeacutem atentar para a importacircncia do estudode teorias linguiacutesticas por parte de alunos do Curso de ComunicaccedilatildeoSocial

Palavras-chave semioacutetica Charles Peirce 22o precircmio design Mu-seu da Casa Brasileira

Introduccedilatildeo

OMuseu da Casa Brasileira (MCB) haacute deacutecadas eacute um espaccedilo de ex-posiccedilatildeo do mobiliaacuterio dos seacuteculos XVII ao XXI e tambeacutem conta

com mostras temporaacuterias do que haacute de mais atual em objetos e designbrasileiros e internacionais Aleacutem disso a instituiccedilatildeo oferece cursospalestras e promove discussotildees que tratam sobre a temaacutetica do design eda arquitetura

Com o objetivo de reconhecer a excelecircncia do design brasileiro eincentivar o seu fortalecimento e disseminaccedilatildeo o Museu desenvolvedesde 1986 o Precircmio Design Museu da Casa Brasileira no qual es-tudantes arquitetos designers profissionais de aacutereas afins e demaisinteressados podem participar por meio da inscriccedilatildeo de cartazes quecontemplem uma ou mais das categorias presentes no regulamento

O trabalho que se segue eacute constituiacutedo de uma anaacutelise de trecircs cartazesinscritos no 22o Precircmio Design MCB com base nos textos da autoraLuacutecia Santaella principal estudiosa do teoacuterico Charles Peirce no paiacutes Aproposta de analisar tal corpus se deu mediante a criatividade constatadados participantes em retratar a ediccedilatildeo do Precircmio de diversas maneirasdiferentes A elaboraccedilatildeo deste artigo pretende pocircr em praacutetica nossosconhecimentos apreendidos em sala de aula sobre a teoria linguiacutesticado autor estabelecendo uma conexatildeo com os cartazes em questatildeo

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1 O Museu da Casa Brasileira ndash MCB

O Museu da Casa Brasileira ndash MCB eacute uma instituiccedilatildeo puacuteblica criadapor Luiacutes Arrobas Martins secretaacuterio da Fazenda de Abreu Sodreacute naeacutepoca Governador de Satildeo Paulo O secretaacuterio idealizou uma instituiccedilatildeodestinada agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo pesquisa e exposiccedilatildeo de moacuteveisalfaias e objetos de arte e de decoraccedilatildeo de residecircncias considerados devalor histoacuterico ou artiacutestico para o paiacutes Dessa forma em marccedilo de 1970foi inaugurado o entatildeo denominado Museu do Mobiliaacuterio Artiacutestico eHistoacuterico Brasileiro

Ernani Silva Bruno1 foi convidado para dirigir o novo museu que aprinciacutepio foi instalado em um casaratildeo na Alameda Nothmann no bairroCampos Eliacutesios em Satildeo Paulo A principiante instituiccedilatildeo tinha comoobjetivo inicial recolher peccedilas de extraordinaacuteria qualidade e grande re-presentatividade para a cultura brasileira a fim de fazer com que essesmateriais estivessem disponiacuteveis e acessiacuteveis para um maior nuacutemerode pessoas possiacutevel Com isso a direccedilatildeo do museu passou a veicularnotiacutecias na imprensa com o intuito de que surgissem propostas de vendae doaccedilatildeo de objetos Criou-se assim uma comissatildeo para avaliar as peccedilasque fossem adquiridas tendo por base seu valor socioloacutegico histoacutericoe artiacutestico O material recolhido durante esses anos se configura comoum valioso acervo constituiacutedo de moacuteveis alfaias religiosas e objetosdecorativos com estima histoacuterica e artiacutestica produzidos no Brasil e noexterior entre os seacuteculos XVII e XXI

Em novembro de 1970 o Museu comeccedilava a sofrer uma transfor-maccedilatildeo A Fundaccedilatildeo Padre Anchieta cedeu por comodato o uso do SolarFaacutebio Prado para o governo do Estado que tinha a intenccedilatildeo de instalarali o receacutem-fundado museu Nessa ocasiatildeo a denominaccedilatildeo da institu-

1 Jornalista e historiador Ernani Silva Bruno nasceu em 10 de agosto de 1912em Curitiba (PR) onde iniciou seus estudos Em 1937 bacharelou-se pela Faculdadede Direito da Universidade de Satildeo Paulo e concomitantemente desenvolveu-se comojornalista Atuou nos jornais Accedilatildeo Jornal da Manhatilde (1938-1939) com pseudocircnimo deCosme Velho A Noite (1942-1947) e Jornal de Satildeo Paulo (1947-1948) Atualmenteo Museu da Casa Brasileira possui o Acervo Equipamentos da Casa Brasileira Usos eCostumes ndash Arquivo Ernani Silva Bruno um fichaacuterio de citaccedilotildees sobre equipamentosusos e costumes domeacutesticos da sociedade brasileira ao longo de toda sua histoacuteriaProduzido na deacutecada de 1970 por um grupo de pesquisadores da Universidade de SatildeoPaulo o arquivo eacute o uacutenico em seu tipo existente no paiacutes

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4 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

iccedilatildeo foi alterada para Museu da Cultura Paulista e sua aacuterea de atuaccedilatildeofoi ampliada para tornar o museu um centro de estudos destinado apesquisar a complexa gama de informaccedilotildees acerca da evoluccedilatildeo materialda cultura de Satildeo Paulo e do Brasil A nova denominaccedilatildeo natildeo alcanccedilouacordo causando um longo debate entre os conselheiros Em 1971apoacutes quase um ano de debates a proposta de Seacutergio Buarque de Hol-landa e de Ernani da Silva Bruno de denominar o espaccedilo como Museuda Casa Brasileira foi aprovada

Paralelamente agrave transposiccedilatildeo para a nova sede2 o Conselho Diretorbuscou especialmente durante os cinco primeiros anos da instituiccedilatildeouma significativa ampliaccedilatildeo do acervo que caracteriza o atual perfilsocioloacutegico e histoacuterico da coleccedilatildeo presente no Museu A grande quan-tidade de peccedilas adquiridas durante a administraccedilatildeo de Ernani Brunopermitiu a ampliaccedilatildeo da atuaccedilatildeo didaacutetica do museu o qual passou aapresentar exposiccedilotildees permanentes e temaacuteticas acerca da evoluccedilatildeo domobiliaacuterio brasileiro

O primeiro diretor do Museu dedicou-se em firmar a instituiccedilatildeocomo um centro de pesquisas especializado na evoluccedilatildeo dos equipa-mentos da casa brasileira e nos seus usos e costumes Nesse sentido foifundamental a transferecircncia para o museu de um arquivo desenvolvidoao longo da deacutecada de 70 pelo professor Carlos Alberto Cerqueira Le-mos e por alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USPEsse arquivo que atualmente leva o nome do primeiro diretor do museueacute composto por mais de 28 mil fichas com citaccedilotildees e informaccedilotildees sobrearquitetura mobiliaacuterio e equipamentos domeacutesticos do seacuteculo XVI aoXIX O acervo tambeacutem revela toda a trajetoacuteria da cultura material doBrasil aleacutem das peculiaridades transformaccedilotildees e assimilaccedilotildees sofridaspela sociedade brasileira ao longo de seus quatro primeiros seacuteculos dehistoacuteria

Com a ampliaccedilatildeo do perfil museoloacutegico da instituiccedilatildeo novas pro-postas e abordagens como a arquitetura e o design foram ganhandoconsideraacutevel espaccedilo por meio de exposiccedilotildees temporaacuterias conferecircnciaspremiaccedilotildees e concursos Desde 1993 o museu tambeacutem sedia o PrecircmioJovens Arquitetos promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil(IAB) Aleacutem das exposiccedilotildees permanentes e temporaacuterias o Museu daCasa Brasileira possui uma agenda cultural fixa promovendo apresen-

2 A consolidaccedilatildeo do Museu se deu em 1945 com a conclusatildeo da obra do Solar

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taccedilotildees musicais regulares Tambeacutem possui uma editora proacutepria es-pecializada em publicaccedilotildees sobre design mobiliaacuterio cultura materialcostumes e usos da sociedade brasileira

Hoje o Museu da Casa Brasileira eacute subordinado agrave Secretaria da Cul-tura do Estado de Satildeo Paulo e se apresenta como a uacutenica instituiccedilatildeobrasileira voltada ao estudo preservaccedilatildeo e exposiccedilatildeo da histoacuteria do mo-biliaacuterio e das artes aplicadas o MCB tambeacutem eacute reconhecido como umdos mais dinacircmicos centros de estudos da arquitetura e do design con-temporacircneo no Brasil

2 Precircmio Design Museu da Casa Brasileira

Desde 1986 o Museu da Casa Brasileira promove o Precircmio Design doMuseu da Casa Brasileira Naquela eacutepoca havia pouco conhecimentosobre o que era o design e poucos davam importacircncia para esta ativi-dade Com postura visionaacuteria o publicitaacuterio Roberto Duailibi entatildeoagrave frente do Museu da Casa Brasileira resolveu criar um precircmio queincentivasse o design no Brasil

O Precircmio eacute promovido anualmente pelo Museu e sendo chamadopor alguns de Oscar do design brasileiro A credibilidade do Precircmiovem de seu caraacuteter cultural sem interesses comerciais garantido espe-cialmente pelo caraacuteter e atuaccedilatildeo da instituiccedilatildeo que o promove

21 A 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da CasaBrasileira

No presente trabalho eacute feita uma anaacutelise de trecircs cartazes elaboradospara a 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Estaediccedilatildeo aconteceu no ano de 2008 e abriu inscriccedilotildees para a participaccedilatildeode designers profissionais e estudantes Na 22a ediccedilatildeo houve mudanccedilasno regulamento como a criaccedilatildeo de modalidades de protoacutetipos reservadaa projetos em estaacutegio de protoacutetipo ou mock-up cujos projetos eramanteriormente reunidos na uacutenica categoria Novas ideacuteiasconceitos

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A ediccedilatildeo foi dividida em etapas onde inicialmente os inscritos deve-riam produzir um cartaz para a ediccedilatildeo dentro de oito categorias a saberMobiliaacuterio Utensiacutelios Iluminaccedilatildeo Tecircxteis Equipamentos eletroele-trocircnicos Equipamentos de construccedilatildeo Equipamentos de transporte eTrabalhos escritos Posteriormente o vencedor deveria desenvolver aspeccedilas complementares folheto com o regulamento e ficha de inscriccedilatildeodo Precircmio convites da exposiccedilatildeo digital e impresso folheto e bannerda exposiccedilatildeo certificado camiseta e selo da ediccedilatildeo

Figura 1 Cartaz vencedor da 22a ediccedilatildeo doPrecircmio Design Museu da Casa Brasileira

Para o 22o Precircmio houve 454 inscriccedilotildees de cartazes que mostravamluminaacuterias cabides pregadores de roupa clips talheres cadeiras en-tre outros objetos mobiliaacuterios e que tentaram concorrer ao precircmio doprimeiro lugar no valor bruto de R$ 800000 Os primeiros lugaresde cada categoria receberam R$ 625000 somando assim o total deR$ 5000000 em premiaccedilatildeo Os protoacutetipos soacute receberam menccedilatildeo hon-rosa Por meio dos criteacuterios originalidade concepccedilatildeo formal inovaccedilatildeotecnoloacutegica adequaccedilatildeo ao mercado viabilidade industrial qualidade eseguranccedila proteccedilatildeo ambiental no primeiro momento a comissatildeo jul-gadora selecionou doze finalistas para exibirem seus cartazes na mostrado 22o Precircmio Dentre os finalistas apenas um cartaz foi escolhido o

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criado por Aline Coutinho de Arauacutejo e Leandro Lopes de Oliveira deSatildeo Paulo

ldquoA escova de dentes eacute um objeto presente no cotidiano detodos mantendo uma estreita relaccedilatildeo com o corpo de cadaum de noacutes Ao mesmo tempo pertence ao universo dagrande induacutestria envolvendo recursos tecnoloacutegicos avanccedila-dos em seu projeto e sua produccedilatildeo O tratamento graacuteficodado a ela eacute esmerado as cerdas sugerem o coacutedigo de bar-ras caracteriacutestico do produto industrial a imagem do cremedental por sua vez eacute obtida por meio de um jogo tipograacute-fico com os numerais sem perder a clareza da leitura do22rdquo (Trecho retirado do texto do juacuteri enviado a imprensa)

3 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados

Para desenvolvermos nossa anaacutelise escolhemos trecircs cartazes que foraminscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Oprincipal motivo para termos escolhidos tais cartazes foi a forma comoseus autores utilizaram de forma criativa o numeral vinte e dois paracomporem suas obras

O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo eretrata duas luminaacuterias O proacuteximo cartaz (Figura 3) inscrito na catego-ria Mobiliaacuterio e mostra uma espeacutecie de banco feito com o numeral Porfim o terceiro cartaz (Figura 4) estava inserido na categoria Utensiacuteliose retrata dois pregadores de roupa

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Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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1 O Museu da Casa Brasileira ndash MCB

O Museu da Casa Brasileira ndash MCB eacute uma instituiccedilatildeo puacuteblica criadapor Luiacutes Arrobas Martins secretaacuterio da Fazenda de Abreu Sodreacute naeacutepoca Governador de Satildeo Paulo O secretaacuterio idealizou uma instituiccedilatildeodestinada agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo pesquisa e exposiccedilatildeo de moacuteveisalfaias e objetos de arte e de decoraccedilatildeo de residecircncias considerados devalor histoacuterico ou artiacutestico para o paiacutes Dessa forma em marccedilo de 1970foi inaugurado o entatildeo denominado Museu do Mobiliaacuterio Artiacutestico eHistoacuterico Brasileiro

Ernani Silva Bruno1 foi convidado para dirigir o novo museu que aprinciacutepio foi instalado em um casaratildeo na Alameda Nothmann no bairroCampos Eliacutesios em Satildeo Paulo A principiante instituiccedilatildeo tinha comoobjetivo inicial recolher peccedilas de extraordinaacuteria qualidade e grande re-presentatividade para a cultura brasileira a fim de fazer com que essesmateriais estivessem disponiacuteveis e acessiacuteveis para um maior nuacutemerode pessoas possiacutevel Com isso a direccedilatildeo do museu passou a veicularnotiacutecias na imprensa com o intuito de que surgissem propostas de vendae doaccedilatildeo de objetos Criou-se assim uma comissatildeo para avaliar as peccedilasque fossem adquiridas tendo por base seu valor socioloacutegico histoacutericoe artiacutestico O material recolhido durante esses anos se configura comoum valioso acervo constituiacutedo de moacuteveis alfaias religiosas e objetosdecorativos com estima histoacuterica e artiacutestica produzidos no Brasil e noexterior entre os seacuteculos XVII e XXI

Em novembro de 1970 o Museu comeccedilava a sofrer uma transfor-maccedilatildeo A Fundaccedilatildeo Padre Anchieta cedeu por comodato o uso do SolarFaacutebio Prado para o governo do Estado que tinha a intenccedilatildeo de instalarali o receacutem-fundado museu Nessa ocasiatildeo a denominaccedilatildeo da institu-

1 Jornalista e historiador Ernani Silva Bruno nasceu em 10 de agosto de 1912em Curitiba (PR) onde iniciou seus estudos Em 1937 bacharelou-se pela Faculdadede Direito da Universidade de Satildeo Paulo e concomitantemente desenvolveu-se comojornalista Atuou nos jornais Accedilatildeo Jornal da Manhatilde (1938-1939) com pseudocircnimo deCosme Velho A Noite (1942-1947) e Jornal de Satildeo Paulo (1947-1948) Atualmenteo Museu da Casa Brasileira possui o Acervo Equipamentos da Casa Brasileira Usos eCostumes ndash Arquivo Ernani Silva Bruno um fichaacuterio de citaccedilotildees sobre equipamentosusos e costumes domeacutesticos da sociedade brasileira ao longo de toda sua histoacuteriaProduzido na deacutecada de 1970 por um grupo de pesquisadores da Universidade de SatildeoPaulo o arquivo eacute o uacutenico em seu tipo existente no paiacutes

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iccedilatildeo foi alterada para Museu da Cultura Paulista e sua aacuterea de atuaccedilatildeofoi ampliada para tornar o museu um centro de estudos destinado apesquisar a complexa gama de informaccedilotildees acerca da evoluccedilatildeo materialda cultura de Satildeo Paulo e do Brasil A nova denominaccedilatildeo natildeo alcanccedilouacordo causando um longo debate entre os conselheiros Em 1971apoacutes quase um ano de debates a proposta de Seacutergio Buarque de Hol-landa e de Ernani da Silva Bruno de denominar o espaccedilo como Museuda Casa Brasileira foi aprovada

Paralelamente agrave transposiccedilatildeo para a nova sede2 o Conselho Diretorbuscou especialmente durante os cinco primeiros anos da instituiccedilatildeouma significativa ampliaccedilatildeo do acervo que caracteriza o atual perfilsocioloacutegico e histoacuterico da coleccedilatildeo presente no Museu A grande quan-tidade de peccedilas adquiridas durante a administraccedilatildeo de Ernani Brunopermitiu a ampliaccedilatildeo da atuaccedilatildeo didaacutetica do museu o qual passou aapresentar exposiccedilotildees permanentes e temaacuteticas acerca da evoluccedilatildeo domobiliaacuterio brasileiro

O primeiro diretor do Museu dedicou-se em firmar a instituiccedilatildeocomo um centro de pesquisas especializado na evoluccedilatildeo dos equipa-mentos da casa brasileira e nos seus usos e costumes Nesse sentido foifundamental a transferecircncia para o museu de um arquivo desenvolvidoao longo da deacutecada de 70 pelo professor Carlos Alberto Cerqueira Le-mos e por alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USPEsse arquivo que atualmente leva o nome do primeiro diretor do museueacute composto por mais de 28 mil fichas com citaccedilotildees e informaccedilotildees sobrearquitetura mobiliaacuterio e equipamentos domeacutesticos do seacuteculo XVI aoXIX O acervo tambeacutem revela toda a trajetoacuteria da cultura material doBrasil aleacutem das peculiaridades transformaccedilotildees e assimilaccedilotildees sofridaspela sociedade brasileira ao longo de seus quatro primeiros seacuteculos dehistoacuteria

Com a ampliaccedilatildeo do perfil museoloacutegico da instituiccedilatildeo novas pro-postas e abordagens como a arquitetura e o design foram ganhandoconsideraacutevel espaccedilo por meio de exposiccedilotildees temporaacuterias conferecircnciaspremiaccedilotildees e concursos Desde 1993 o museu tambeacutem sedia o PrecircmioJovens Arquitetos promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil(IAB) Aleacutem das exposiccedilotildees permanentes e temporaacuterias o Museu daCasa Brasileira possui uma agenda cultural fixa promovendo apresen-

2 A consolidaccedilatildeo do Museu se deu em 1945 com a conclusatildeo da obra do Solar

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taccedilotildees musicais regulares Tambeacutem possui uma editora proacutepria es-pecializada em publicaccedilotildees sobre design mobiliaacuterio cultura materialcostumes e usos da sociedade brasileira

Hoje o Museu da Casa Brasileira eacute subordinado agrave Secretaria da Cul-tura do Estado de Satildeo Paulo e se apresenta como a uacutenica instituiccedilatildeobrasileira voltada ao estudo preservaccedilatildeo e exposiccedilatildeo da histoacuteria do mo-biliaacuterio e das artes aplicadas o MCB tambeacutem eacute reconhecido como umdos mais dinacircmicos centros de estudos da arquitetura e do design con-temporacircneo no Brasil

2 Precircmio Design Museu da Casa Brasileira

Desde 1986 o Museu da Casa Brasileira promove o Precircmio Design doMuseu da Casa Brasileira Naquela eacutepoca havia pouco conhecimentosobre o que era o design e poucos davam importacircncia para esta ativi-dade Com postura visionaacuteria o publicitaacuterio Roberto Duailibi entatildeoagrave frente do Museu da Casa Brasileira resolveu criar um precircmio queincentivasse o design no Brasil

O Precircmio eacute promovido anualmente pelo Museu e sendo chamadopor alguns de Oscar do design brasileiro A credibilidade do Precircmiovem de seu caraacuteter cultural sem interesses comerciais garantido espe-cialmente pelo caraacuteter e atuaccedilatildeo da instituiccedilatildeo que o promove

21 A 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da CasaBrasileira

No presente trabalho eacute feita uma anaacutelise de trecircs cartazes elaboradospara a 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Estaediccedilatildeo aconteceu no ano de 2008 e abriu inscriccedilotildees para a participaccedilatildeode designers profissionais e estudantes Na 22a ediccedilatildeo houve mudanccedilasno regulamento como a criaccedilatildeo de modalidades de protoacutetipos reservadaa projetos em estaacutegio de protoacutetipo ou mock-up cujos projetos eramanteriormente reunidos na uacutenica categoria Novas ideacuteiasconceitos

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A ediccedilatildeo foi dividida em etapas onde inicialmente os inscritos deve-riam produzir um cartaz para a ediccedilatildeo dentro de oito categorias a saberMobiliaacuterio Utensiacutelios Iluminaccedilatildeo Tecircxteis Equipamentos eletroele-trocircnicos Equipamentos de construccedilatildeo Equipamentos de transporte eTrabalhos escritos Posteriormente o vencedor deveria desenvolver aspeccedilas complementares folheto com o regulamento e ficha de inscriccedilatildeodo Precircmio convites da exposiccedilatildeo digital e impresso folheto e bannerda exposiccedilatildeo certificado camiseta e selo da ediccedilatildeo

Figura 1 Cartaz vencedor da 22a ediccedilatildeo doPrecircmio Design Museu da Casa Brasileira

Para o 22o Precircmio houve 454 inscriccedilotildees de cartazes que mostravamluminaacuterias cabides pregadores de roupa clips talheres cadeiras en-tre outros objetos mobiliaacuterios e que tentaram concorrer ao precircmio doprimeiro lugar no valor bruto de R$ 800000 Os primeiros lugaresde cada categoria receberam R$ 625000 somando assim o total deR$ 5000000 em premiaccedilatildeo Os protoacutetipos soacute receberam menccedilatildeo hon-rosa Por meio dos criteacuterios originalidade concepccedilatildeo formal inovaccedilatildeotecnoloacutegica adequaccedilatildeo ao mercado viabilidade industrial qualidade eseguranccedila proteccedilatildeo ambiental no primeiro momento a comissatildeo jul-gadora selecionou doze finalistas para exibirem seus cartazes na mostrado 22o Precircmio Dentre os finalistas apenas um cartaz foi escolhido o

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 7

criado por Aline Coutinho de Arauacutejo e Leandro Lopes de Oliveira deSatildeo Paulo

ldquoA escova de dentes eacute um objeto presente no cotidiano detodos mantendo uma estreita relaccedilatildeo com o corpo de cadaum de noacutes Ao mesmo tempo pertence ao universo dagrande induacutestria envolvendo recursos tecnoloacutegicos avanccedila-dos em seu projeto e sua produccedilatildeo O tratamento graacuteficodado a ela eacute esmerado as cerdas sugerem o coacutedigo de bar-ras caracteriacutestico do produto industrial a imagem do cremedental por sua vez eacute obtida por meio de um jogo tipograacute-fico com os numerais sem perder a clareza da leitura do22rdquo (Trecho retirado do texto do juacuteri enviado a imprensa)

3 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados

Para desenvolvermos nossa anaacutelise escolhemos trecircs cartazes que foraminscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Oprincipal motivo para termos escolhidos tais cartazes foi a forma comoseus autores utilizaram de forma criativa o numeral vinte e dois paracomporem suas obras

O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo eretrata duas luminaacuterias O proacuteximo cartaz (Figura 3) inscrito na catego-ria Mobiliaacuterio e mostra uma espeacutecie de banco feito com o numeral Porfim o terceiro cartaz (Figura 4) estava inserido na categoria Utensiacuteliose retrata dois pregadores de roupa

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Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 9

Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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iccedilatildeo foi alterada para Museu da Cultura Paulista e sua aacuterea de atuaccedilatildeofoi ampliada para tornar o museu um centro de estudos destinado apesquisar a complexa gama de informaccedilotildees acerca da evoluccedilatildeo materialda cultura de Satildeo Paulo e do Brasil A nova denominaccedilatildeo natildeo alcanccedilouacordo causando um longo debate entre os conselheiros Em 1971apoacutes quase um ano de debates a proposta de Seacutergio Buarque de Hol-landa e de Ernani da Silva Bruno de denominar o espaccedilo como Museuda Casa Brasileira foi aprovada

Paralelamente agrave transposiccedilatildeo para a nova sede2 o Conselho Diretorbuscou especialmente durante os cinco primeiros anos da instituiccedilatildeouma significativa ampliaccedilatildeo do acervo que caracteriza o atual perfilsocioloacutegico e histoacuterico da coleccedilatildeo presente no Museu A grande quan-tidade de peccedilas adquiridas durante a administraccedilatildeo de Ernani Brunopermitiu a ampliaccedilatildeo da atuaccedilatildeo didaacutetica do museu o qual passou aapresentar exposiccedilotildees permanentes e temaacuteticas acerca da evoluccedilatildeo domobiliaacuterio brasileiro

O primeiro diretor do Museu dedicou-se em firmar a instituiccedilatildeocomo um centro de pesquisas especializado na evoluccedilatildeo dos equipa-mentos da casa brasileira e nos seus usos e costumes Nesse sentido foifundamental a transferecircncia para o museu de um arquivo desenvolvidoao longo da deacutecada de 70 pelo professor Carlos Alberto Cerqueira Le-mos e por alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USPEsse arquivo que atualmente leva o nome do primeiro diretor do museueacute composto por mais de 28 mil fichas com citaccedilotildees e informaccedilotildees sobrearquitetura mobiliaacuterio e equipamentos domeacutesticos do seacuteculo XVI aoXIX O acervo tambeacutem revela toda a trajetoacuteria da cultura material doBrasil aleacutem das peculiaridades transformaccedilotildees e assimilaccedilotildees sofridaspela sociedade brasileira ao longo de seus quatro primeiros seacuteculos dehistoacuteria

Com a ampliaccedilatildeo do perfil museoloacutegico da instituiccedilatildeo novas pro-postas e abordagens como a arquitetura e o design foram ganhandoconsideraacutevel espaccedilo por meio de exposiccedilotildees temporaacuterias conferecircnciaspremiaccedilotildees e concursos Desde 1993 o museu tambeacutem sedia o PrecircmioJovens Arquitetos promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil(IAB) Aleacutem das exposiccedilotildees permanentes e temporaacuterias o Museu daCasa Brasileira possui uma agenda cultural fixa promovendo apresen-

2 A consolidaccedilatildeo do Museu se deu em 1945 com a conclusatildeo da obra do Solar

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taccedilotildees musicais regulares Tambeacutem possui uma editora proacutepria es-pecializada em publicaccedilotildees sobre design mobiliaacuterio cultura materialcostumes e usos da sociedade brasileira

Hoje o Museu da Casa Brasileira eacute subordinado agrave Secretaria da Cul-tura do Estado de Satildeo Paulo e se apresenta como a uacutenica instituiccedilatildeobrasileira voltada ao estudo preservaccedilatildeo e exposiccedilatildeo da histoacuteria do mo-biliaacuterio e das artes aplicadas o MCB tambeacutem eacute reconhecido como umdos mais dinacircmicos centros de estudos da arquitetura e do design con-temporacircneo no Brasil

2 Precircmio Design Museu da Casa Brasileira

Desde 1986 o Museu da Casa Brasileira promove o Precircmio Design doMuseu da Casa Brasileira Naquela eacutepoca havia pouco conhecimentosobre o que era o design e poucos davam importacircncia para esta ativi-dade Com postura visionaacuteria o publicitaacuterio Roberto Duailibi entatildeoagrave frente do Museu da Casa Brasileira resolveu criar um precircmio queincentivasse o design no Brasil

O Precircmio eacute promovido anualmente pelo Museu e sendo chamadopor alguns de Oscar do design brasileiro A credibilidade do Precircmiovem de seu caraacuteter cultural sem interesses comerciais garantido espe-cialmente pelo caraacuteter e atuaccedilatildeo da instituiccedilatildeo que o promove

21 A 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da CasaBrasileira

No presente trabalho eacute feita uma anaacutelise de trecircs cartazes elaboradospara a 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Estaediccedilatildeo aconteceu no ano de 2008 e abriu inscriccedilotildees para a participaccedilatildeode designers profissionais e estudantes Na 22a ediccedilatildeo houve mudanccedilasno regulamento como a criaccedilatildeo de modalidades de protoacutetipos reservadaa projetos em estaacutegio de protoacutetipo ou mock-up cujos projetos eramanteriormente reunidos na uacutenica categoria Novas ideacuteiasconceitos

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A ediccedilatildeo foi dividida em etapas onde inicialmente os inscritos deve-riam produzir um cartaz para a ediccedilatildeo dentro de oito categorias a saberMobiliaacuterio Utensiacutelios Iluminaccedilatildeo Tecircxteis Equipamentos eletroele-trocircnicos Equipamentos de construccedilatildeo Equipamentos de transporte eTrabalhos escritos Posteriormente o vencedor deveria desenvolver aspeccedilas complementares folheto com o regulamento e ficha de inscriccedilatildeodo Precircmio convites da exposiccedilatildeo digital e impresso folheto e bannerda exposiccedilatildeo certificado camiseta e selo da ediccedilatildeo

Figura 1 Cartaz vencedor da 22a ediccedilatildeo doPrecircmio Design Museu da Casa Brasileira

Para o 22o Precircmio houve 454 inscriccedilotildees de cartazes que mostravamluminaacuterias cabides pregadores de roupa clips talheres cadeiras en-tre outros objetos mobiliaacuterios e que tentaram concorrer ao precircmio doprimeiro lugar no valor bruto de R$ 800000 Os primeiros lugaresde cada categoria receberam R$ 625000 somando assim o total deR$ 5000000 em premiaccedilatildeo Os protoacutetipos soacute receberam menccedilatildeo hon-rosa Por meio dos criteacuterios originalidade concepccedilatildeo formal inovaccedilatildeotecnoloacutegica adequaccedilatildeo ao mercado viabilidade industrial qualidade eseguranccedila proteccedilatildeo ambiental no primeiro momento a comissatildeo jul-gadora selecionou doze finalistas para exibirem seus cartazes na mostrado 22o Precircmio Dentre os finalistas apenas um cartaz foi escolhido o

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criado por Aline Coutinho de Arauacutejo e Leandro Lopes de Oliveira deSatildeo Paulo

ldquoA escova de dentes eacute um objeto presente no cotidiano detodos mantendo uma estreita relaccedilatildeo com o corpo de cadaum de noacutes Ao mesmo tempo pertence ao universo dagrande induacutestria envolvendo recursos tecnoloacutegicos avanccedila-dos em seu projeto e sua produccedilatildeo O tratamento graacuteficodado a ela eacute esmerado as cerdas sugerem o coacutedigo de bar-ras caracteriacutestico do produto industrial a imagem do cremedental por sua vez eacute obtida por meio de um jogo tipograacute-fico com os numerais sem perder a clareza da leitura do22rdquo (Trecho retirado do texto do juacuteri enviado a imprensa)

3 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados

Para desenvolvermos nossa anaacutelise escolhemos trecircs cartazes que foraminscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Oprincipal motivo para termos escolhidos tais cartazes foi a forma comoseus autores utilizaram de forma criativa o numeral vinte e dois paracomporem suas obras

O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo eretrata duas luminaacuterias O proacuteximo cartaz (Figura 3) inscrito na catego-ria Mobiliaacuterio e mostra uma espeacutecie de banco feito com o numeral Porfim o terceiro cartaz (Figura 4) estava inserido na categoria Utensiacuteliose retrata dois pregadores de roupa

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Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 5

taccedilotildees musicais regulares Tambeacutem possui uma editora proacutepria es-pecializada em publicaccedilotildees sobre design mobiliaacuterio cultura materialcostumes e usos da sociedade brasileira

Hoje o Museu da Casa Brasileira eacute subordinado agrave Secretaria da Cul-tura do Estado de Satildeo Paulo e se apresenta como a uacutenica instituiccedilatildeobrasileira voltada ao estudo preservaccedilatildeo e exposiccedilatildeo da histoacuteria do mo-biliaacuterio e das artes aplicadas o MCB tambeacutem eacute reconhecido como umdos mais dinacircmicos centros de estudos da arquitetura e do design con-temporacircneo no Brasil

2 Precircmio Design Museu da Casa Brasileira

Desde 1986 o Museu da Casa Brasileira promove o Precircmio Design doMuseu da Casa Brasileira Naquela eacutepoca havia pouco conhecimentosobre o que era o design e poucos davam importacircncia para esta ativi-dade Com postura visionaacuteria o publicitaacuterio Roberto Duailibi entatildeoagrave frente do Museu da Casa Brasileira resolveu criar um precircmio queincentivasse o design no Brasil

O Precircmio eacute promovido anualmente pelo Museu e sendo chamadopor alguns de Oscar do design brasileiro A credibilidade do Precircmiovem de seu caraacuteter cultural sem interesses comerciais garantido espe-cialmente pelo caraacuteter e atuaccedilatildeo da instituiccedilatildeo que o promove

21 A 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da CasaBrasileira

No presente trabalho eacute feita uma anaacutelise de trecircs cartazes elaboradospara a 22a Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Estaediccedilatildeo aconteceu no ano de 2008 e abriu inscriccedilotildees para a participaccedilatildeode designers profissionais e estudantes Na 22a ediccedilatildeo houve mudanccedilasno regulamento como a criaccedilatildeo de modalidades de protoacutetipos reservadaa projetos em estaacutegio de protoacutetipo ou mock-up cujos projetos eramanteriormente reunidos na uacutenica categoria Novas ideacuteiasconceitos

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6 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

A ediccedilatildeo foi dividida em etapas onde inicialmente os inscritos deve-riam produzir um cartaz para a ediccedilatildeo dentro de oito categorias a saberMobiliaacuterio Utensiacutelios Iluminaccedilatildeo Tecircxteis Equipamentos eletroele-trocircnicos Equipamentos de construccedilatildeo Equipamentos de transporte eTrabalhos escritos Posteriormente o vencedor deveria desenvolver aspeccedilas complementares folheto com o regulamento e ficha de inscriccedilatildeodo Precircmio convites da exposiccedilatildeo digital e impresso folheto e bannerda exposiccedilatildeo certificado camiseta e selo da ediccedilatildeo

Figura 1 Cartaz vencedor da 22a ediccedilatildeo doPrecircmio Design Museu da Casa Brasileira

Para o 22o Precircmio houve 454 inscriccedilotildees de cartazes que mostravamluminaacuterias cabides pregadores de roupa clips talheres cadeiras en-tre outros objetos mobiliaacuterios e que tentaram concorrer ao precircmio doprimeiro lugar no valor bruto de R$ 800000 Os primeiros lugaresde cada categoria receberam R$ 625000 somando assim o total deR$ 5000000 em premiaccedilatildeo Os protoacutetipos soacute receberam menccedilatildeo hon-rosa Por meio dos criteacuterios originalidade concepccedilatildeo formal inovaccedilatildeotecnoloacutegica adequaccedilatildeo ao mercado viabilidade industrial qualidade eseguranccedila proteccedilatildeo ambiental no primeiro momento a comissatildeo jul-gadora selecionou doze finalistas para exibirem seus cartazes na mostrado 22o Precircmio Dentre os finalistas apenas um cartaz foi escolhido o

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 7

criado por Aline Coutinho de Arauacutejo e Leandro Lopes de Oliveira deSatildeo Paulo

ldquoA escova de dentes eacute um objeto presente no cotidiano detodos mantendo uma estreita relaccedilatildeo com o corpo de cadaum de noacutes Ao mesmo tempo pertence ao universo dagrande induacutestria envolvendo recursos tecnoloacutegicos avanccedila-dos em seu projeto e sua produccedilatildeo O tratamento graacuteficodado a ela eacute esmerado as cerdas sugerem o coacutedigo de bar-ras caracteriacutestico do produto industrial a imagem do cremedental por sua vez eacute obtida por meio de um jogo tipograacute-fico com os numerais sem perder a clareza da leitura do22rdquo (Trecho retirado do texto do juacuteri enviado a imprensa)

3 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados

Para desenvolvermos nossa anaacutelise escolhemos trecircs cartazes que foraminscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Oprincipal motivo para termos escolhidos tais cartazes foi a forma comoseus autores utilizaram de forma criativa o numeral vinte e dois paracomporem suas obras

O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo eretrata duas luminaacuterias O proacuteximo cartaz (Figura 3) inscrito na catego-ria Mobiliaacuterio e mostra uma espeacutecie de banco feito com o numeral Porfim o terceiro cartaz (Figura 4) estava inserido na categoria Utensiacuteliose retrata dois pregadores de roupa

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Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 13

Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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A ediccedilatildeo foi dividida em etapas onde inicialmente os inscritos deve-riam produzir um cartaz para a ediccedilatildeo dentro de oito categorias a saberMobiliaacuterio Utensiacutelios Iluminaccedilatildeo Tecircxteis Equipamentos eletroele-trocircnicos Equipamentos de construccedilatildeo Equipamentos de transporte eTrabalhos escritos Posteriormente o vencedor deveria desenvolver aspeccedilas complementares folheto com o regulamento e ficha de inscriccedilatildeodo Precircmio convites da exposiccedilatildeo digital e impresso folheto e bannerda exposiccedilatildeo certificado camiseta e selo da ediccedilatildeo

Figura 1 Cartaz vencedor da 22a ediccedilatildeo doPrecircmio Design Museu da Casa Brasileira

Para o 22o Precircmio houve 454 inscriccedilotildees de cartazes que mostravamluminaacuterias cabides pregadores de roupa clips talheres cadeiras en-tre outros objetos mobiliaacuterios e que tentaram concorrer ao precircmio doprimeiro lugar no valor bruto de R$ 800000 Os primeiros lugaresde cada categoria receberam R$ 625000 somando assim o total deR$ 5000000 em premiaccedilatildeo Os protoacutetipos soacute receberam menccedilatildeo hon-rosa Por meio dos criteacuterios originalidade concepccedilatildeo formal inovaccedilatildeotecnoloacutegica adequaccedilatildeo ao mercado viabilidade industrial qualidade eseguranccedila proteccedilatildeo ambiental no primeiro momento a comissatildeo jul-gadora selecionou doze finalistas para exibirem seus cartazes na mostrado 22o Precircmio Dentre os finalistas apenas um cartaz foi escolhido o

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criado por Aline Coutinho de Arauacutejo e Leandro Lopes de Oliveira deSatildeo Paulo

ldquoA escova de dentes eacute um objeto presente no cotidiano detodos mantendo uma estreita relaccedilatildeo com o corpo de cadaum de noacutes Ao mesmo tempo pertence ao universo dagrande induacutestria envolvendo recursos tecnoloacutegicos avanccedila-dos em seu projeto e sua produccedilatildeo O tratamento graacuteficodado a ela eacute esmerado as cerdas sugerem o coacutedigo de bar-ras caracteriacutestico do produto industrial a imagem do cremedental por sua vez eacute obtida por meio de um jogo tipograacute-fico com os numerais sem perder a clareza da leitura do22rdquo (Trecho retirado do texto do juacuteri enviado a imprensa)

3 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados

Para desenvolvermos nossa anaacutelise escolhemos trecircs cartazes que foraminscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Oprincipal motivo para termos escolhidos tais cartazes foi a forma comoseus autores utilizaram de forma criativa o numeral vinte e dois paracomporem suas obras

O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo eretrata duas luminaacuterias O proacuteximo cartaz (Figura 3) inscrito na catego-ria Mobiliaacuterio e mostra uma espeacutecie de banco feito com o numeral Porfim o terceiro cartaz (Figura 4) estava inserido na categoria Utensiacuteliose retrata dois pregadores de roupa

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Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 13

Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 7

criado por Aline Coutinho de Arauacutejo e Leandro Lopes de Oliveira deSatildeo Paulo

ldquoA escova de dentes eacute um objeto presente no cotidiano detodos mantendo uma estreita relaccedilatildeo com o corpo de cadaum de noacutes Ao mesmo tempo pertence ao universo dagrande induacutestria envolvendo recursos tecnoloacutegicos avanccedila-dos em seu projeto e sua produccedilatildeo O tratamento graacuteficodado a ela eacute esmerado as cerdas sugerem o coacutedigo de bar-ras caracteriacutestico do produto industrial a imagem do cremedental por sua vez eacute obtida por meio de um jogo tipograacute-fico com os numerais sem perder a clareza da leitura do22rdquo (Trecho retirado do texto do juacuteri enviado a imprensa)

3 Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados

Para desenvolvermos nossa anaacutelise escolhemos trecircs cartazes que foraminscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Oprincipal motivo para termos escolhidos tais cartazes foi a forma comoseus autores utilizaram de forma criativa o numeral vinte e dois paracomporem suas obras

O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo eretrata duas luminaacuterias O proacuteximo cartaz (Figura 3) inscrito na catego-ria Mobiliaacuterio e mostra uma espeacutecie de banco feito com o numeral Porfim o terceiro cartaz (Figura 4) estava inserido na categoria Utensiacuteliose retrata dois pregadores de roupa

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8 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 9

Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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10 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 11

O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

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Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

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Figura 2 Cartaz inscrito na categoria Iluminaccedilatildeo

Figura 3 Cartaz inscrito na categoria Mobiliaacuterio

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Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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14 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 9

Figura 4 Cartaz inscrito na categoria Utensiacutelios

No fim deste artigo podem-se conferir outros oito cartazes que tam-beacutem foram inscritos na 22a ediccedilatildeo do Precircmio Design MCB Optamospor colocaacute-los como anexo em nosso trabalho para justificar a nossa es-colha dos trecircs cartazes citados anteriormente e tambeacutem para que sejapossiacutevel conferir outras obras inscritas para a 22a ediccedilatildeo

4 Anaacutelise semioacutetica dos cartazes

ldquoA semioacutetica eacute uma das disciplinas que fazem parte da am-pla arquitetura filosoacutefica de Peirce Essa arquitetura estaacutealicerccedilada na fenomenologia uma quase-ciecircncia que in-vestiga os modos como apreendemos qualquer coisa queapareccedila agrave nossa menterdquo (SANTAELLA 2002 p 02)

A semioacutetica possui uma estreita relaccedilatildeo com a fenomenologia eesta por sua vez apresenta trecircs ramos a gramaacutetica especulativa a loacute-gica criacutetica e a metodecircutica ou retoacuterica especulativa Dos trecircs ramos agramaacutetica especulativa foi o estudado durante as aulas da disciplina de

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10 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 11

O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 13

Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

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-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

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2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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Comunicaccedilatildeo e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de 2009pois eacute esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisao seu comportamento como eles podem significar e os seus modos deinterpretaccedilatildeo

A gramaacutetica especulativa dispotildee de definiccedilotildees para analisar tudo oque diz respeito ao signo por meio da representaccedilatildeo e dos trecircs aspectosque ela engloba significaccedilatildeo objetivaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo Isso se daacuteporque para Charles Peirce o signo possui uma natureza triaacutedica ouseja ele eacute analisado

ldquoEm si mesmo nas suas propriedades internas ou seja noseu poder de significar na sua referecircncia agravequilo que eleindica se refere ou representa e nos tipos de efeito queestaacute apto a produzir nos seus receptores isto eacute nos tipos deinterpretaccedilatildeo que ele tem o potencial de despertar nos seususuaacuteriosrdquo (SANTAELLA 2002 p 05)

A semioacutetica nos permite analisar os signos e as mensagens que elestransmitem Os representamens dos signos analisados satildeo os proacuteprioscartazes pois eles satildeo o que noacutes vemos o que chega ateacute noacutes e tem opoder de significar algo jaacute o objeto eacute o que cada um desses cartazes in-dividualmente indica refere ou representa finalmente o interpretanteseraacute todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencial-mente causaratildeo em um indiviacuteduo que entrar em contato com eles com-pletando assim os trecircs elementos que compotildeem o signo

A fenomenologia defende que existem trecircs elementos universaiscom os quais todos os fenocircmenos se apresentam agrave mente humana Satildeoeles a primeiridade que estaacute relacionada basicamente agraves possibili-dades qualidades e sentimentos a secundidade que estaacute relacionadabasicamente agraves ideacuteias de dependecircncia accedilatildeo e reaccedilatildeo e a terceiridadeque estaacute ligada agrave generalidade e continuidade Cada um desses elemen-tos com a exceccedilatildeo da primeiridade engloba os sentidos dos elementosanteriores Assim a secundidade tambeacutem possui a primeiridade e aterceiridade possui a secundidade e primeiridade Esses elementos semanifestam no signo visto que primeiramente ele eacute algo apresentadoagrave mente atrela outro algo que lembra faz referecircncia ou representa aum terceiro algo que gera um efeito em um possiacutevel inteacuterprete (SAN-TAELLA 2002 p07)

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 11

O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 13

Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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14 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

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-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

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2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 11

O signo pode ter como fundamento trecircs propriedades a sua qua-lidade que eacute quando uma caracteriacutestica funciona como signo Essapropriedade eacute chamada de quali-signo O poder que essa qualidadetem de sugerir algo eacute que lhe daacute capacidade de funcionar como signoPodemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2 poisprimeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior es-querdo que associado a uma mudanccedila no tom da cor predominante docartaz (vermelho) que se propaga deste formato para a lateral do car-taz pode assim sugerir um abajur No canto inferior direito observa-sea repeticcedilatildeo do formato em tom mais claro podendo sugerir a sombra doabajur Juntos devido agrave forma e agrave disposiccedilatildeo dos dois pode-se sugeriro numeral 22 Na Figura 3 o formato da imagem se assemelha a umacadeira e os elementos da sugerida mobiacutelia da forma como estatildeo dis-postos assemelham-se tambeacutem ao numeral 22 Em ambos os cartazesos fundamentos satildeo qualidades que sugerem algo sendo assim signosou quali-signos

Outra propriedade eacute a de existecircncia aquela na qual um existenteaponta eou faz referecircncia para outros existentes por se relacionar comeles e funciona como um signo de cada referecircncia ao qual o primeiroexistente se aplica pois faz parte daquilo para que remete Essa pro-priedade eacute a do sin-signo exemplificada na Figura 4 pois este se utilizade uma fotografia que eacute um existente que aponta para outro existenteque satildeo os pregadores de roupa representados na foto Apesar de natildeoestar predominante este cartaz tambeacutem possui a primeira propriedadeou seja a de quali-signo pois o formato com o que o arame estaacute posi-cionado nos pregadores sugere o nuacutemero 22

A terceira e uacuteltima propriedade apresenta um aspecto de lei umaabstraccedilatildeo atuante sobre um caso singular adaptando-se agrave sua generali-dade ao que haacute de comum com todos os elementos que compotildeem umaclasse fazendo com que as coisas ocorram de acordo com aquilo que alei ordena Essa propriedade eacute o legi-signo encontrada nas palavras quecompotildeem as frases presentes nos trecircs cartazes analisados isso devidoao fato das palavras pertencerem a um sistema significando o que essesistema define que elas expressem (SANTAELLA 2002 p 14)

Baseado na segunda teoria que visa analisar a maneira como o signovai representar um objeto vai depender do fundamento do seu objetoSe um fundamento for um quali-signo a relaccedilatildeo com o objeto seraacute um

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iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

wwwboccubipt

A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 13

Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

wwwboccubipt

14 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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12 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

iacutecone se for um existente seraacute um iacutendice e se for uma lei seraacute umsiacutembolo

A respeito do objeto do signo existem duas distinccedilotildees o objetodinacircmico e o imediato O imediato eacute o modo como o signo representaou evoca aquilo a que ele se refere e aquilo a que ele se refere eacute oobjeto dinacircmico ou seja o todo O objeto imediato possui uma funccedilatildeomediadora pois soacute se consegue alcanccedilar o objeto dinacircmico a partir doimediato A relaccedilatildeo do signo com o objeto dinacircmico vai depender dofundamento desse signo que pode ser uma qualidade um existente ouuma lei e dependendo do fundamento iraacute mudar o objeto imediato poisuma vez que se tem trecircs fundamentos se tem trecircs relaccedilotildees deste como objeto que se for um quali-signo a relaccedilatildeo seraacute icocircnica ou seja vaisugerir ou evocar o seu objeto dinacircmico se for um sin-signo ele seraacuteindicial ou seja vai indicar o seu objeto dinacircmico e se for um legi-signo seraacute simboacutelico ou seja vai representar o objeto dinacircmico

O quali-signo eacute icocircnico pois ele soacute pode sugerir o seu objeto porsimilaridade O iacutecone soacute pode sugerir ou evocar algo porque a qualidadeque ele exibe se assemelha com uma outra qualidade e essa qualidadesugerida vem a ser o objeto dinacircmico o objeto imediato vem a ser oproacuteprio fundamento ou seja a qualidade que ele exibe Nas Figuras 2e 3 uma vez que tem por predominacircncia fundamentos quali-signicossuas relaccedilotildees com seus objetos dinacircmicos seratildeo iacutecones pois na Figura2 o iacutecone sugere o seu objeto pela similaridade com um abajur ou lu-minaacuteria e a Figura 3 sugere o seu objeto dinacircmico pela similaridadecom uma cadeira Logo o objeto dinacircmico de um eacute o abajur e do outrouma cadeira e o objeto imediato seraacute o proacuteprio fundamento ou seja asqualidades que eles apresentam

O iacutendice tem por fundamento a existecircncia concreta O objeto ime-diato do iacutendice eacute a maneira com que o iacutendice eacute capaz de indicar outroexistente ou seja o seu objeto dinacircmico com o qual ele manteacutem umaconexatildeo existencial De uma forma geral iacutendices possuem iacuteconesporeacutem natildeo satildeo esses iacutecones que iratildeo capacitaacute-los como signos Istopode ser observado na Figura 4 pois a foto do utensiacutelio em questatildeoindica o seu objeto dinacircmico que satildeo os pregadores de roupa e o ob-jeto imediato eacute essa fotografia especiacutefica que representa a forma comoo iacutendice aponta para o seu objeto dinacircmico que eacute um outro existentecom o qual ele possui uma relaccedilatildeo por meio da tomada da foto

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 13

Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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14 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

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-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

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2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 13

Em relaccedilatildeo ao siacutembolo o fundamento eacute o legi-signo De acordocom Santaella

ldquoLeis operam no modo condicional Preenchidas determi-nadas condiccedilotildees a lei agiraacute () Se o fundamento do siacutem-bolo eacute uma lei entatildeo o siacutembolo estaacute plenamente habilitadopara representar agravequilo que a lei prescreve que ele repre-senterdquo (SANTAELLA 2002 p20)

O objeto imediato eacute o modo como o siacutembolo vai representar o objetodinacircmico por meio de uma lei como no caso das palavras presentesnos cartazes que compuseram nossa anaacutelise Essas palavras satildeo umcaso singular pois estatildeo convencionadas a representar alguma coisa Aforma como essa palavra estaacute escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta eacute o objeto dinacircmico

Por fim na teoria da interpretaccedilatildeo o signo possui trecircs interpre-tantes o imediato que eacute o potencial interpretativo do signo ainda noniacutevel abstrato antes que o signo se encontre com o inteacuterprete fazendocom que esse potencial se efetive No caso da nossa anaacutelise o inter-pretante imediato eacute o potencial interpretativo que cada cartaz possuimesmo antes de encontrar algum indiviacuteduo que o tente decifrar inter-pretar O interpretante dinacircmico se refere ao levantamento que eacute feitoquando analisamos um signo pois qualquer inteacuterprete apenas enumeraalgumas possibilidades interpretativas do signo Este interpretante podeestar em trecircs niacuteveis o interpretante emocional quando o efeito queum signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoccedilatildeoo interpretante energeacutetico quando haacute o dispecircndio de energia fiacutesica oumental para decifrar a intencionalidade do signo e por uacuteltimo o in-terpretante loacutegico quando o signo eacute interpretado atraveacutes de uma regrainterpretativa internalizada pelo inteacuterprete O uacuteltimo dos interpretanteso interpretante final eacute a totalidade de interpretaccedilotildees que o signo podealcanccedilar poreacutem ele nunca eacute atingido uma vez que conseguir obter todasas possiacuteveis interpretaccedilotildees causadas pelo signo se faz impossiacutevel

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14 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

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2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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14 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

Consideraccedilotildees finais

Ao teacutermino deste artigo percebemos o quanto a disciplina Comuni-caccedilatildeo e Teorias de Linguagem se fez importante em nosso percursoacadecircmico uma vez que pudemos ter contato com teorias a respeito dosigno linguumliacutestico como a semiologia a anaacutelise do discurso entre outrasteorias as quais se fazem bastante pertinentes nas aacutereas do jornalismo eda publicidade

A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi de extrema importacircncia pois pude-mos conferir como aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aulae perceber principalmente como os signos elementos linguumliacutesticos dis-cursos estatildeo presentes em nosso dia a dia e nem nos damos conta

Por meio da anaacutelise dos cartazes inscritos na 22a ediccedilatildeo do PrecircmioDesign Museu da Casa Brasileira percebemos que a teoria siacutegnica doteoacuterico Charles Peirce pode ser aplicada a qualquer objeto de estudoe que com ela podemos observar e verificar elementos da linguagemmensagens signos que ao olhar de um observador comum passariamdespercebidos

Referecircncias bibliograacuteficas

Biografia Ernani Silva Bruno Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheIrQmLx46yb

sJwwwiebuspbrtopicoasp3Fcateg3D126subc

ateg3D126topico3D16+Ernani+Silva+Bruno+biogr

afiaampcd=4amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox

-a Acesso em 27 de Jun 2009

Corrida pelo ouro Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheJEQMFbfYdtwJcoluni

stasigcombrallexincasatagpremio-design+2

2+premio+design+museu+da+casa+brasileiraampcd=9amph

l=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em27 de Jun 2009

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 15

CUNHA Maria Luciana Garcia Uma anaacutelise da semioacutetica peircianaaplicada ao anuacutencio da Associaccedilatildeo Desportiva para DeficientesDisponiacutevel em wwwuspbranagramaGarcia_Piercepdf Acesso em 29 de Jun 2009

O Museu Disponiacutevel em wwwmcbspgovbrmcbTextasp

sMenu=P001 Acesso em 27 de Jun 2009

Precircmio Design Disponiacutevel em wwwmcbspgovbrmcbPremioaspsMenu=P003ampsPremio=PPD Acesso em Acesso em 27de Jun 2009

SANTAELLA Lucia Semioacutetica Aplicada Satildeo Paulo Cengage Lear-ning 2002

SILVA Jaqueline Arruda da ALMEIDA Carlos C de Anaacutelise de em-balagens e linguagem regional aplicaccedilatildeo da semioacutetica peircianano estudo de roacutetulos de embalagens de erva-mate Disponiacutevel emwwwunirevistaunisinosbr_pdfUNIrev_Silva_Al

meidaPDF Acesso em 29 de Jun 2009

22o Precircmio Design Museu da Casa Brasileira Disponiacutevel em http7412547132searchq=cacheUcUC3Py7p6sJwww

linkkcombrstoryphp3Fid3D67661+22+premio+

design+museu+da+casa+brasileiraampcd=4amphl=pt-BRampc

t=clnkampgl=brampclient=firefox-a Acesso em 27 de Jun2009

22o Precircmio Design Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachecOAxlyDIxesJwwwm

cbspgovbrmcbEdicaoasp3FsPremio3DPPD26sE

dicao3D22+22+premio+design+museu+da+casa+brasi

leiraampcd=2amphl=pt-BRampct=clnkampgl=brampclient=firefo

x-a Acesso em 27 de Jun 2009

22o Concurso do Cartaz Disponiacutevel em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cacheZuS0vPQSTiMJw

wwmcbspgovbrmcbEdicaoasp3FsPremio3DPIV

26sEdicao3D2226sOrdem3D1+22+premio+design+mu

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16 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

seu+da+casa+brasileiraampcd=1amphl=pt-BRampct=clnkampgl

=brampclient=firefox-a Acesso em 27 de Jun 2009

Anexos

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 17

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18 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

wwwboccubipt

A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 19

wwwboccubipt

• Introduccedilatildeo
• O Museu da Casa Brasileira ndash MCB
• Precircmio Design Museu da Casa Brasileira
• • A 22ordf Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira
  • • Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados
    • Anaacutelise semioacutetica dos cartazes
    • Consideraccedilotildees finais
    • Referecircncias bibliograacuteficas
    • Anexos

18 Raphael Freire Fabiacuteola Lourenccedilo Rodrigo Pires

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A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 19

wwwboccubipt

• Introduccedilatildeo
• O Museu da Casa Brasileira ndash MCB
• Precircmio Design Museu da Casa Brasileira
• • A 22ordf Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira
  • • Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados
    • Anaacutelise semioacutetica dos cartazes
    • Consideraccedilotildees finais
    • Referecircncias bibliograacuteficas
    • Anexos

A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes 19

wwwboccubipt

• Introduccedilatildeo
• O Museu da Casa Brasileira ndash MCB
• Precircmio Design Museu da Casa Brasileira
• • A 22ordf Ediccedilatildeo do Precircmio Design Museu da Casa Brasileira
  • • Apresentaccedilatildeo dos cartazes analisados
    • Anaacutelise semioacutetica dos cartazes
    • Consideraccedilotildees finais
    • Referecircncias bibliograacuteficas
    • Anexos