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Kalynna Dacol Descoberta do Ser São Paulo 1ª Edição - 2012

A DESCOBERTA DO SER · minha mãe, depois elas acompanharam todo o meu crescimento e amadurecimento. Com vários motivos, estilos, sentimentos e sentidos! Depois de muito ler e escrever

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Page 1: A DESCOBERTA DO SER · minha mãe, depois elas acompanharam todo o meu crescimento e amadurecimento. Com vários motivos, estilos, sentimentos e sentidos! Depois de muito ler e escrever

Kalynna Dacol

Descoberta do Ser

São Paulo

1ª Edição - 2012

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A Descoberta do Ser

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Copyright ©2012 – Todos os direitos reservados a:

Kalynna Dacol

ISBN: 978-85-7893-000-0

1ª Edição

Março 2012

Direitos exclusivos para Língua Portuguesa cedidos à

Biblioteca24horas, Seven System International Ltda.

Rua Luís Coelho 320/32 Consolação

São Paulo – SP – Brasil CEP 01309-000

(11) 3259-4224

[email protected]

Vendas:

www.biblioteca24horas.com

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo deste

livro poderá ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou

forma, seja ele impresso, digital, áudio ou visual sem a expressa

autorização por escrito da Biblioteca24horas sob penas criminais

e ações civis.

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Kalynna Dacol

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Benefício Adicional Gratuito

Ao adquirir ou receber este livro, o leitor ganha o direito a uma

licença de uso (disponibilizada na penúltima página deste livro) no

portal www.biblioteca24horas.com, por tempo pré-determinado,

através de login (pessoal e intransferível) com os seguintes

benefícios:

Acesso ao Formato Digital – Acessar e ler este livro no seu

formato digital via internet, através de navegador comum, por um

período acumulado de (o total de tempo de 5 minutos X quantidade

de páginas) minutos e/ou por um prazo máximo de 90 dias, a serem

contados do primeiro acesso. Este benefício será válido até a data

de vencimento da licença de uso em 30/12/2012.

O autor reserva-se o direito de atualizar constantemente o conteúdo

deste livro e/ou do conteúdo fornecido via internet sem prévio

aviso.

Copyright © 2012 - Todos os direitos referentes aos Benefícios

Adicionais Gratuitos são reservados à Biblioteca24horas Seven

System International.

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Descoberta Momento, mágico, surpreendente, usurpador de desejos!

Secreto, inscrito no meu peito!

Livre com os pés no chão, livre de verdade!

Sem precisar de asas.

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A Descoberta do Ser

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Ser Ser Alma.

Ser Espírito.

Ser mente.

Ser corpo.

Em um Ser, Ser Múltiplo, Ser Eu.

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Sumário

Apresentação – O porquê de Escrever?......................... 10

Dedicatória Geral – A Grande Jornada......................... 12

Livro 01 – Brisa e Ventania...........................................

13

Apresentando Brisa e Ventania...................................... 15

Dedicatória..................................................................... 16

A Visita.......................................................................... 17

A Sua Resposta tão Desejada!....................................... 18

As Lembranças.............................................................. 19

A Carta – A Primeira de Muitas.................................... 20

Amor.............................................................................. 21

A Primeira Vez.............................................................. 23

Agonia............................................................................ 26

A Luz Pela Porta do Ser................................................. 27

As Faces de Ser Eu........................................................ 28

A Semente, O Cultivo e o Semeador............................. 29

Amor e Facetas.............................................................. 30

Amor Conjugado............................................................ 31

Conclusão....................................................................... 33

Coincidências................................................................. 35

Canção da Pátria – Coração da Pátria............................ 37

Crueldade....................................................................... 38

Descoberta..................................................................... 39

Dor – I Parte................................................................... 41

Dor – Mais Dolores?...................................................... 42

Estado............................................................................. 44

Eu e Deus....................................................................... 45

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A Descoberta do Ser

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Eu Queria....................................................................... 47

Eu................................................................................... 48

Explicação...................................................................... 49

Frases............................................................................. 50

Flor................................................................................. 51

Humilde Cura................................................................. 52

Habitat............................................................................ 53

H20 e O2 – O Último Suspiro....................................... 54

Intimado......................................................................... 55

Ilusão.............................................................................. 56

Inconstância................................................................... 57

Loco............................................................................... 59

Lamurias........................................................................ 60

Lógica............................................................................ 61

Meu Eu........................................................................... 62

Meu Ser Amado............................................................. 63

Marca – Paço................................................................. 67

Matemática..................................................................... 68

O Que São Palavras?...................................................... 69

O Que é O que é? .......................................................... 70

O Nada e O Tudo. ......................................................... 71

O Primeiro Beijo. .......................................................... 72

O Enigma. ..................................................................... 73

Ódio. ............................................................................. 74

O Mundo Se Vê? ........................................................... 75

O Feito e O desfeito. ..................................................... 76

O Cheiro Da Lembrança. .............................................. 77

O Que Dizer? ................................................................ 78

Poema. ........................................................................... 79

Por Quê? ....................................................................... 80

Que Causa? ................................................................... 81

Quebra – Cabeça............................................................ 82

Sorrir. ............................................................................ 83

Sonho Meu. ................................................................... 84

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Se eu Fosse. ................................................................... 85

Se Eu Lhe Disser. .......................................................... 86

Surpresas. ...................................................................... 87

Sem Sentido. ................................................................. 88

Saboreando. ................................................................... 89

Tudo Por Amor.............................................................. 90

Todo. ............................................................................. 91

Uma Carta...................................................................... 93

Vazio.............................................................................. 94

Você............................................................................... 95

Vida De Poeta................................................................ 96

Vida de Biscoito............................................................. 98

Xeque............................................................................. 100

Livro 02 – Mar e Maresia..............................................

101

Apresentando Mar e Maresia......................................... 103

Dedicatória..................................................................... 104

Calores........................................................................... 105

Confissão....................................................................... 108

Dança............................................................................. 110

Desabafo........................................................................ 114

Debate............................................................................ 118

De Mim, Pra Mim, Pra Deus!........................................ 121

Diagnóstico Psíquico..................................................... 124

Eu, Você!....................................................................... 125

Equilíbrio....................................................................... 127

Insônia............................................................................ 131

Mentes Frutíferas........................................................... 134

O Cristo.......................................................................... 137

Primavera....................................................................... 140

Pensamento.................................................................... 143

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Revolto........................................................................... 147

Saber, O Que é Saber?................................................... 149

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Apresentação

O porquê de escrever?

A escrita com toda a sua indumentária e formosura surgiu em

minha vida na prática quando eu estava na escola, no terceiro

período me alfabetizando.

Mas a vontade de escrever, e a paixão por palavras, vieram quando

eu tinha cinco anos. E como eu adorava aqueles livros e suas

histórias fantásticas, contidas atrás de suas capas misteriosas!

A minha curiosidade foi o guia, era como uma atração magnética

que queria me unir á aquelas palavras, e atmosfera que até hoje me

transporta para mundos em meus sonhos, que não conhecem

fronteiras, ou limitações.

Foi então, que aos cinco anos, eu comecei a rabiscar, e aos seis

comecei a “escrever”. Primeiramente surgiram as poesias para

minha mãe, depois elas acompanharam todo o meu crescimento e

amadurecimento.

Com vários motivos, estilos, sentimentos e sentidos!

Depois de muito ler e escrever textos e poesias diversos, que um

belo dia aos treze anos, eu comecei a escrever o meu primeiro livro

de ficção. Baseado em meus sonhos e brincadeiras da minha

primeira infância.

Foi como se fundissem iguais a um raio em minha mente me

revelando aspectos, e fatos de pureza, magia, aventura e incríveis

surpresas, muitas confusões, um turbilhão de ideias e uma junção

de sentimentos.

Brisa e Ventania é minha obra mais antiga, não tinha intenção

nenhuma de escrever um livro de poesias. E na verdade,

literalmente, não escrevi!

Brisa e ventania é uma coletânea de momentos da minha vida

retratados em rima, ritmo e métrica.

Veio à tona este livro devido ao reconhecimento de uma legião de

fãs, até então, anônimos. Que se revelaram, me induzindo a

materializar esta obra.

A reuni-la e mostrá-la ao mundo, se possível, dividir esta paixão

avassaladora com vocês leitores.

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A Descoberta do Ser

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Mar e Maresia revelam em sua essência um divisor de águas em

minha vida, o nascimento de um ser mais maduro, tanto

espiritualmente como fisicamente, mas, principalmente se enaltece

na descoberta de novas fronteiras e na superação ao transpor

limites das próprias fronteiras.

As fronteiras entre os pensamentos reais que travam debates entre

si para a aceitação de questões como ética, moral, razão instinto e

desejo. Que se observamos de perto – de dentro pra fora se diferem

entre si. Mar e Maresia coexistem e através desta interação

saudável entre defeitos e qualidades.

Onde a mutualidade de suas características traz à tona a dualidade

que permite o verdadeiro equilíbrio humano. Que não se restringe a

errar e acertar ou simplesmente aprender com os erros. Mas

abrange a vontade e o reconhecimento das ações através da

verdadeira consciência humana que nos permite realmente evoluir!

A Descoberta do Ser procura unir essas quatro personagens e seus

pontos de vista ao buscarem trilhando caminhos diferentes, o

mesmo objetivo: A Descoberta de si mesmo. Onde as esquinas

onde se encontram permite em meio à pororoca de sentimentos e

sentidos a revelação de elementos fundamentais para prosseguir na

jornada mais bela e perigosa de todas... A do reencontro.

A autora.

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Dedicatória

A grande jornada

Eu dedico este livro primeiramente a Deus o qual, me permitiu vir

a este mundo e me concebeu a beleza das oportunidades da vida e a

reconhecer em seus caminhos às vezes confusos e tortuosos o

delicioso sabor da conquista. Como a água ainda fresca descendo

por nossa garganta às vezes ressequida pelo esforço e pela

dificuldade da partida.

Sim, pois, quando tecemos os sonhos quase ingenuamente e

refletimos como criança a cerca do que é real ou fictício nos

deparamos com a dura realidade literal da racionalidade e

materialidade humanas.

Qual? A de que na prática o sonhar não passa de rascunhos

distorcidos das brincadeiras da primeira infância. Mas, e quando o

sonho nos passa mais do que pedaços de lembranças... E quando

percebemos quase sem querer que o sonho na verdade pode ser

uma porta para os nossos desejos mais profundos? Pedindo por

uma chance? Clamando por um micro espaço generoso de atenção

em nossas mentes?

Sabe quando a fantasia deixa de ser apenas fantasia?

Quando decidimos agir.

Agradeço a minha mãe pela fibra amor e dedicação com os quais

me moldou. Sem ela não haveria vida em mim, ou sentido e

sentimento em minhas palavras. Pois foi através de seu amor

saudável e indispensável que pude florir e amadurecer os meus

sonhos.

Obrigada minha mãe, pois, sem você minha eterna senhora não

seria possível transcorrer linhas e mais linhas de puro sentimento e

doação.

A aquela que primeiro me amou. Sem pedir nada em troca, o meu

muito obrigado!

A autora.

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BRISA E VENTANIA

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“No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma

e vazia; as trevas cobriam o abismo e um vento impetuoso soprava

sobre as águas” Gênesis-01-05.

(Ventania).

Quando o Espírito santo paira sobre a terra, protegendo-a, ungindo,

velando, como um sopro doce, uma leve lufada do poder de

proteção de Deus. Para que a terra esteja resguardada do mal.

(Brisa).

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A Descoberta do Ser

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APRESENTANDO – BRISA E VENTANIA

Você vê? Não.

Mas o que é ver?

Você sente? Sim!

Mas sentir não é ver?

Ver não é o sentido de existir?

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Dedicatória – Brisa e Ventania

Agradeço primeiramente a Deus, que me deu a inspiração em meus

sonhos, sem os quais este livro perderia seu tempero secreto.

Agradeço especialmente a minha mãe, pois, sem a sua ajuda eu não

teria a vida que me possibilitou sonhar, e chegar com os pés no

chão onde estou.

E é dela que veio, e que vem a força para transformar os meus

sonhos, que eram rascunhos, para esta realidade. Que me

concebendo me guiou á tecer.

Sou grata a toda a minha família, especificamente á meus irmãos

que me apoiaram. Então, família Rodrigues de Oliveira, meu muito

obrigado!

E é claro, que eu não poderia deixar de agradecer ás pessoas que

contribuíram direta ou indiretamente para a minha realização.

Sinceramente,

A autora.

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A Descoberta do Ser

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A Visita

Lua Luar, você que veio me contemplar com teu esplendor.

Que veio me livrar do manto da noite, e me cobrir com o seu

sedutor véu!

Que ofusca o meu olhar, e Imobiliza o meu corpo.

E me faz sentir na alma este brilho eterno.

Como as noites que passo ao lado do meu amado!

Esses breves momentos que não me visitam mais.

Mas Tu Ó Lua! Lembra-me que tais momentos são para serem

lembrados, pelos apaixonados!

Assim, são Inesquecíveis.

Pois, como poderia me esquecer, se Tu ó Lua! Vêm me visitar

todas as noites!

E a cada noite, Tu me lembras!

Como eu Desejo que essas noites se tornem eterna como a tua face!

E como teu Brilho ilumina o meu Coração, eu descanso em Paz.

Para tornar esta Última noite eterna em Meu Ser!

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A sua resposta tão desejada!

Eu sei que não sei.

Se souber o que te importa?

O que não sei me conforta, o que sei me desloca.

Pelo sim, pelo não, fica sem resposta a questão!

A questão do inquestionável.

Que sou EU sem Mim!

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A Descoberta do Ser

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As lembranças

As lembranças vêm e vão, da minha mente e do meu coração.

Às vezes as lembranças tomam conta de mim.

E aí surgem as emoções.

E são tantas que acabam fazendo uma bagunça!

Colocando assim, os meus sentimentos de cabeça pra baixo.

Os deixando totalmente sem rumo.

As lembranças felizes tocam fundo.

Mas as marcas das lembranças infelizes doem mais fundo.

Como se tivessem a todo o momento, abrindo e sangrando!

Aí, como dói!

Desejo só as lembranças boas é claro, mas ás ruim vem sempre se

intrometer.

E fazer aquela reviravolta!

E nesses momentos eu desejo e quero que a terra me engula de

vez!

Sem me regurgitar!

Ai, como as lembranças doem sendo boas ou más!

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A carta – A primeira de muitas

Para – a pessoa cuja magoei.

De- alguém muito arrependido em fazer magoar.

Amo tanto ó Deus! Não me tenho de egoísmos!

“sofro”, mas no sofrer humano encontro sempre á paz nos braços

daqueles que me sustentam!

Amo tanto!

Amo tanto!

Sem querer amor por amor em troca!

Amo, porem pareço não saber o melhor jeito de demonstrar, tão

bem quanto desejo!

Mas amo como uma criança, e como tal desejo vosso perdão.

Mesmo sem nada ter feito para tanto.

Despetalo-me em saber que do fraco, sou inútil e senil.

Senhor ou minha senhora não me abandone!

Pois é tu minha progenitora, e estas contigo o meu alento e

sossego.

Por isso, rogo-te perdão!

Mesmo que nada me basta perdoar, perdoa-me, pois te quero bem.

Amo-te, mas tu julgas que não te mereço.

Ou que mesmo agora minto.

Não minto!

Sinto!

Sinto até de mais!

E pela minha extrema, peço-te desculpas.

Para aquela que encarecidamente te amou, ama, e amará para

sempre!

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A Descoberta do Ser

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Amor

Quem sabe algum dia alguém possa descobrir o que se passa

dentro de mim.

Dentro do meu coração.

Onde ondas raivosas e enfurecidas parecem brigar.

Com um rio límpido e calmo.

Por que tantas lutas travadas dentro do meu peito?

Eu não sinto dor física, mas minha alma sangra e chora.

Por não ter ninguém que consiga acalmar meu coração.

E fazer com que minha alma no paraíso do amor sossegue.

Quem será?

Quem será?

Aquele que conseguira um canto seguro dentro do meu coração?

Meu inconsciente parece gritar por alguém cujo nome não se sabe.

Será que a minha sina é amar em silencio um desconhecido?

Será que é minha triste sina viver sem amor?

Conheço o que esta palavra significa.

Sei que rejeitada ela dói e fica doente.

Mas jamais colhi os frutos desta palavra.

Tão pura e linda, a qual na prática eu desconheço seus benefícios.

Por quê? Já não sei.

É melhor manter esta palavra adormecida.

Para que a mesma não faça mais estragos na minha vida.

Mas viver sem amor é declarar a morte!

Que assim, seja feita a vossa vontade!

Todo.

Um começo um meio um fim.

Um sentimento que faz o coração bater no peito.

Um sentimento que não tem jeito.

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Kalynna Dacol

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Que faz parte, esta em toda parte.

Mesmo toda parte não sendo o sentimento todo.

Esta em mim em qualquer parte!

Esta no meu ser nas entranhas entrelaçadas do meu corpo.

Contra este sentimento não existe expulsão!

É impossível exilá-lo.

Sem ele toda a parte não é todo.

Sem ele não sou completa.

Sem ele nem o nada existe.

Nada resiste!

Nada vinga!

É o amor que dá sentido a toda parte.

Em todo o mundo.

Em qualquer parte.

Mesmo não sendo todo, é a filosofia.

Em tudo esta ele.

Todo em qualquer parte.

Mesmo que não seja tudo em toda parte.

Sou eu, toda amor em qualquer parte!

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A Descoberta do Ser

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A Primeira Vez

Como, como, como, como! Encontrar?

A beleza por de trás do teu olhar, se a verdade se esconde?

Por de trás da natureza! Hoje estou mais amarga que a beleza!

Como pensar? Se eu te amo?

Como sentir, se eu te quero?

Como dizer, se eu te vejo?

O que fazer com o meu desejo?

Se à tarde já foi cedo!

Pois a beleza amanhã esta aqui!

Na beleza da natureza, eu te amei e me entreguei.

O que dizer se eu te vejo?

Como pensar se eu desejo?

O que sentir deste beijo, se meu corpo é desejo!

Como sorrir? Se eu te Beijo!

Como mentir, se te desejo?

Como pensar na paixão, se é teu meu coração!

E o que dizer do por ao por do sol?

Se é a veste da luz, que trago a voz!

Voz incrível e tremenda!

Da cor da tua tristeza, por tais momentos não serem infinitos!

E a beleza ao sentir ao te ver nos olhos meus, resplandecendo a

alegria de revê-lo!

Debaixo dos meus cabelos sorrateiros.

Esta a tua boca, a arrepiar os pelos da minha nuca.

Dilacerada pela lembrança daqueles momentos, e que Momentos!

De tempestuosos versos de amor sussurrados aos sopros.

Como se fossem ungidos por anjos! Ao pé do meu ouvido!

Ouvido, ó ouvido, por que clamas?

Por que chamas?

Tu sabes e eu sei!

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Kalynna Dacol

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Que a voz dele é a modeladora dos meus sonhos e momentos mais

reais!

Mais profundos, e nítidos!

Ó olhos, o que veem?

Na imensidão da crista da íris negra do meu amado!

Lá consiste a caixa de Pandora!

Que me desperta a alma!

Pois, com ele o óbvio não é o bastante!

Com tu ó Amado, só o caos é minha calmaria!

Alucinada pelo teu cheiro, pela tua pele!

E teus cabelos!

Arrepiados e envergonhados pelo meu toque!

Ó tato, o que sentes?

Dês de então, assim, tão involuntário e de repente!

Sim estou e me sinto como um contorno sinuoso preenchido por

uma pintura divina!

Ó sina, de ser tua!

Tanto como meu corpo, minha mente é nua!

A tua presença tão pura e crua, ao despir não só minhas vestes.

Mas também minha fortaleza!

Que a fragilidade de meus atos ao encarar tamanha beleza interior

desprendida da desconfiança de que não sou tua!

E sim, eis me aqui, ao teu deleite e prazer!

Só tua como a admiração da lua pela terra!

Como os imãs criados aos pares!

Sinto uma forma enigmática, misteriosa e magnética!

Que nos une não só avassaladoramente em física.

Mas, como as células sanguíneas estão unidas em espírito, alma e

mente!

E não há aquele que reinvente, nem queira algum invejoso nós

fazer diferentes em outra vida!

Pois, já diziam os sábios: A mudar a essência do caminho rotineiro,

queremos ou enganar a morte! Ou encontrar a sorte!

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A Descoberta do Ser

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E assim, nos unimos, não só em palavras, simples e belas e

singelas...

Mas, em terminações nervosas e calorosas!

Em verdade, em fluidos sanguíneos e espirituais.

Somos, pois agora, imortais no amor que nos une e nutre.

Sou tua e tu és meu! Nosso destino em um só!

Percorrendo a estrada longa da existência!

Sempre de mãos dadas, pertencemos um ao outro!

Somos um!

Por Deus somos amor em toda a parte!

E em qualquer parte, revelamos o mor todo!

Simplesmente pleno!

Amo-te hoje, agora, e todos os outros segundos e centelhas do

tempo!

Estaremos entrelaçados para sempre por este momento!

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Agonia

Esse pensamento me consome!

Como os vermes consomem a carne do homem!

Homem morto, putrefeito! Debaixo da terra gélida, aconchegante!

Aí, como esses pensamentos me atormentam.

Assim, como me alimentam, como um vício.

Incontrolável, pelo desejo de torná-los reais!

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A Luz pela porta do Ser

Todo o ser humano tende a ter dentro de si uma porta fechada.

Ou mesmo, entreaberta, onde repousam seus segredos mais

íntimos, que não foram desbravados pelos mesmos.

Na maioria das vezes, isso, decorre do fato de todo o ser humano

buscar burlar as leis do autoconhecimento.

Às vezes, por medo, ou por ser incrivelmente superficial.

Como o isolamento de uma parte que esta dentro de todos nós, e

que não revelamos pelo simples motivo de temer o que não se

conhece. Ou o que jamais foi mencionado em nossa consciência!

Pois, todo ser humano por mais temeroso que seja ao entrar em

acordo consigo, se depara com mais questionamentos, e

preconceitos de todas as espécies.

Como se buscasse a todo o momento subterfúgios, para não

encarar a si mesmos, de forma plena e sublime.

Por tanto, temem abrir a porta.

Por tanto, temem abrir a porta e realmente descobrirem quem

realmente são de dentro para fora!

Esse medo talvez, se apresenta em forma de obstáculo por

vivermos “eternamente” dês de o momento em que nascemos em

uma sociedade fantasiada, mascarada, que esconde o ser do próprio

ser.

O ser talvez, não sejam só monstros, como alguns pregam.

Contudo, só falta a estas pessoas iniciativa para se permitir

descobrir, de forma a enfrentar a fera ou o belo ser por de trás da

porta.

A questão é tais pessoas só estarão no controle de si mesmas

quando não mais temerem.

Mas sim, encarar seus temores de frente.

Para que desta forma, possa evoluir por conta própria, e não, por

uma “simples sociedade” que impõem os monstros ás pessoas,

mesmo que tais seres não existam!

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Kalynna Dacol

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As faces de ser Eu

Ser você...

Ser outro...

Ser eu...

Ser você implica em buscar dentro de te, eu.

Ser outro implica em não ser eu.

Mas ser o que você quer que eu seja!

Isso, não explica, complica.

Ser Eu, não implica, só simplifica.

O que eu sou.

O que Eu represento.

O meu, não o seu sentimento!

O ser é um sentimento: Alma.

Não se restringe a matéria: Corpo.

Mas vai além: Mente.

Somos assim, mente corpo, alma...

E evoluímos pelo espírito: Essência!

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A Descoberta do Ser

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A semente, o cultivo e o semeador.

O caráter é como uma massa.

Igual a uma massa de modelar.

Usada muito no jardim de infância.

Você o molda ao longo da vida.

Não o destrói, e reconstrói, mas sim, se modela.

O caráter depende do modelador.

Não é de regras que se faz o homem.

Ou de Guerras!

São das próprias escolhas, que eles terão os frutos.

As plantas crescerão se você plantar sementes!

Os frutos virão se receber água de seu semeador.

As plantas são como a vida.

Colher bons frutos se deve ao cultivo árduo.

Se você souber plantar, semear e podar quando necessário!

A vida nos trará frutos bons se soubermos regar com bons

nutrientes!

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Amor e Facetas.

Amor ferramenta cruel, indolor da dor.

Amor ferramenta cruel!

Cruel, crua, doce.

Açucaradamente letal, como o sal grosso, nas feridas recém-

abertas!

Quente, ardente, cortante!

Certeira mais precisa que um bisturi.

Cirúrgico, hipérbole, ênfase, antíteses!

Pleonasmo vicioso de sentimentos!

Compreensão irracional da razão emocional de sentir!

E sim, gosto do gosto da dor gasta!

Masoquista! De vida vivida!

Amor, amar, amar!

Sim e não amar! Cair em vão!

Semente, sem terra, sem chão!

Amor sem querer amor em troca! Amar e amado ser!

Pelo sentido literal da figura almejada!

Como o peso, a massa, a gravidade, imantada e delta incalculável

da atração!

Á traição de amar, sem amado ser!

Convicção de solidão plena!

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Amor conjugado.

Eu amo.

Tu amas.

Ele/ela ama.

Nós amamos.

Vós amais.

Eles/elas amam.

Eu amo.

Tu me amas?

Ele me ama!

Nós nos amamos.

Eles se amam!

Eu amo.

Tu me amas?

Ele me ama!

Nós nos amamos...

Eles são amor em tudo, em toda a parte.

Sendo tudo em qualquer parte plena de todo amor.

Porém, o que assim era uma vez veio, e outra vez se fora!

Fora dele, dentro de mim, amor todo em toda a parte, da minha

alma!

Cujo coração calado galopou para além do corpo, e agora...

Sinto-me sem sentido, oca!

Vazia, fria, com nada, solidão na parte toda!

Em qualquer parte sendo incompleta.

Como tudo agora, já não sinto nada!

Quebrando... Quebrada! Remendei-me...

Estilhaço por estilhaço.

Picadinho, por picadinho!

Por amor.

Por mim.

Em cada liga de cola usada para ser remendada!

Obrigo-me a ressurgir, por Deus, por mim.

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Pelo eu intimo que implora esta solução tão postergada!

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Conclusão.

Amor é mais que Amor.

Amar é se apaixonar.

É acreditar que o amor existe além da teoria.

É se permitir.

Ser amada, e ser alvo atingido do bem amado.

É eterno? Sim e por que não?

Se os segundos se tornam minutos, e os minutos horas!

E neste mundo o Tempo é regente da vida.

É eterno enquanto o relógio estiver colocando os seus vassalos para

trabalhar.

Assim, nem a badalada da meia noite irá abalar a estrutura do

Amor e seus vassalos.

Os vassalos deste sentimento único!

Que se interligam pela paixão.

Aturam-se pela amizade.

O Amor é a teoria apaixonada pela essência da prática: O

Experimento.

O Amor é ingrediente de qualquer solução.

Nele consiste a química, a física, a educação física, a matemática.

E só ele consegue misturar as matérias.

Adicionando a Literatura, a gramática, a geografia, a biologia, a

história e suas tramas!

As Linguagens como um todo!

O Amor é resumidamente, a mãe da filosofia atual!

É a Bisa da sociologia e da ética.

É a religião e a ciência em pura harmonia e sintonia, paralela se

encontrando perpendicularmente!

De onde Viemos?

Para Onde vamos?

Qual a Origem da Vida?

O Que é Deus? Ou, Quem?

Aonde este Deus?

Dizem, que antes de Tudo surgiu o Verbo.

E antes do Verbo?

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O Amor, sempre habitou, e habitará nossas vidas, pois ele existiu...

Antes de Qualquer existência!

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Coincidências

Acaso, caso do descaso, desencadeando causos!

Destorcidos e definidos pelo indefinido.

Definição indecorosa das frações de segundos, minutos e horas!

O tão discutido e ilusório mestre dos criadores de caso: O Destino.

Ó Destino o que escondes?

Por que não te revela?

Por que te esgueira nas sombras nebulosas da incerteza?

Pois, usa e abusa da roda da fortuna!

A que fortuna se refere? Mestre dos disfarces?

A centelha da vida humana que entrega de forma cega ao acaso!

Por que sonhos tende morrer entrelaçados na tua teia?

Ó mestre!

Destilando venenosas formas de viver e reviver momentos.

De forma inebriante, entorpecentes de lembranças laxantes das

mentes.

Conciliador de traições desvairadas.

Usurpador de certezas e sentidos puros...

Por que deixar a vida ser levada como um vício.

O mestre Destino nos revela a única certeza que os acasos atraem...

A certeza, de que cada momento de nossas vidas será único!

Que jamais se passa pela mesma dor.

Não revivemos a mesma alegria.

Não utilizamos as mesmas palavras na mesma ordem!

Nem levamos mágoas os bens materiais para outra vida!

Uma nova chance é uma nova forma de ver o mundo!

O acaso, vassalo do Destino, é um presente.

Uma dádiva, maior do que se encontrar a Fonte da Juventude.

Ou nos depararmos com o Santo cálice!

Afinal, o importante não é viver pra sempre, mas viver

plenamente!

Saborear, entender, compreender que a vida não para, ela passa.

E não volta atrás.

É se der conta, que o nosso destino é a gente que faz.

Ao colocar um pé na frente do outro, definimos o caminho.

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E como seguir de forma saudável e condizente com nossas

escolhas.

E as pedras do caminho (acasos), que nos moldam para o mundo.

Que nos torna sábios.

A enxergar as oportunidades que a vida oferece.

É isso, no momento que você se depara com o horóscopo.

Você, não ele, define como será o seu dia.

No momento, em que decidimos concordar ou não.

O que a mente aceita o corpo acredita!

Destino é igual à escolha mais direção, mais decisão é igual a

objetivo!

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Canção da Pátria – Coração da Pátria.

Brasil, meu Brasil brasileiro.

De mulato de branco, de pardo, de ingredientes bons...

De uma receita original e única!

Brasil, meu Brasil!

A pátria de contrastes mil!

Eis, o meu, o seu, o nosso Brasil!

Para que viver em outra região?

É da pátria o meu coração?

E daqueles que pelejam a vida inteira atrás de solução!

Mas brasileiro que é brasileiro, não desiste não!

Esse território é nosso.

Nosso direito por união!

Raças que persiste.

A ouvir o som do coração!

Com o sorriso no rosto, tão estampado...

Que revelam a alma!

São às vezes roubados, mas fortes!

Não param de acreditar na nação!

Na nação de sonhos e imensidão criativa.

Que aconchega todos.

Todos ao coração brasileiro.

Povo guerreiro, onde a união à luta e os sonhos...

Mudam a vida de toda uma nação.

Uma só emoção.

Um só coração.

Em favor da nação!

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Crueldade.

O sentimento descontente.

Que acaba com toda a gente.

O capricho de um homem rico.

A vida vazia, crua e fria!

O momento mais pobre.

A vida sem laço, sem fita, sem rumo!

Um movimento que trás á vida de algumas pessoas o poder.

E á maioria, o relento!

São todos pastéis de vento!

Vazios e inabaláveis será?

É nisto que se transformou a nossa sociedade.

Pessoas que batem, ao desejar a felicidade!

E buscam assim, a liberdade, com base na crueldade.

E o pior, é que o Brasil só diz: “seja feita a vossa vontade!”.

Mas a verdade é uma só.

A verdade de um, é o retrato da infelicidade de tantos outros!

Mas a crueldade bárbara resiste, existe e persiste.

Sempre a favor da ignorância.

E assim, a impunidade deste país só se fortalece.

Por fim, só nos resta dizer...

Que isto, é o cúmulo do absurdo!

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Descoberta.

Momento, mágico, surpreendente, usurpador de desejos!

Secreto, inscrito no meu peito!

Livre com os pés no chão, livre de verdade!

Sem precisar de asas.

Meu coração palpita como o toar de tambores.

Estou leve como uma pluma.

Delicadamente sobrada ao vento.

Tento e me contento me reinvento.

Reconstruo-me em mãos novas.

Que modelam a nova carapaça...

Que guarda em seu íntimo o meu caráter.

Linda, leve, solta, volts, watts, estou a mil e um por hora.

Pela hora do teu abraço.

Minha pele chama cegamente e por instinto...

Pelas tuas carícias demoradas e constantes.

Que alimentam dentro de mim um ser, que eu achei estar blefando!

Mas eis me aqui, á revelar a partir do teu toque...

A minha essência ressurgida, tantas vezes como a Fênix.

Das próprias cinzas de sentimentos!

Tu és o causador da minha alforria! Da minha euforia!

É o atiçador particular e peculiar das minhas moléculas nervosas!

E misturar o meu paladar ao seu é a solução da química perfeita!

Se não nós amamos, somos amantes, sim!

Amantes do tempo.

Das carícias e dos detalhes.

Que nos unem a cada momento!

E a cada momento, mais unidos.

Em uma mescla de amor e paixão.

Ó digno de mim, não ouse desfalecer em alguns momentos...

Segundos... Minutos... Horas...

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Não ouse, pois, eu te dou a certeza.

De que os segundos se tornarão minutos, e os minutos horas!

E assim, os agentes do tempo são vassalos.

De todo sentimento mútuo.

Não estão contra nós.

E nossa recente colcha de retalhos...

Mas a favor!

Pois a distancia só nos faz dar valor.

Aos momentos breves que temos.

É a inconstância do tempo que revela o quanto é importante

estarmos juntos!

Meu querido conhecido.

Meu querido amigo.

Meu querido bem querer.

Poderia Eu algum dia, te chamar de Meu?

De Meu Amado?

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Dor – I Parte.

Dizem que a dor na alma é a mesma coisa que dor na consciência!

Pois, podem dizer, e afirmar!

Mas o fato é que estou cansada!

É possível se acostumar com a dor?

Dizem que não.

Mas eis, a minha dor!

Minha dor maior!

Eu me acostumei com a dor!

E isso, me atormenta!

Porque, parece que sou avulsa do mundo?

E que ninguém...

Ninguém...

Preocupa-se, se importa!

Minha vida virou um pêndulo!

Chega disso!

Tem que existir um remédio!

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Dor – Mais Dolores?

O que é dor?

Dor é sentir?

Dor é representar?

O que é dor?

Dor é ser humano?

Dor é estar vivo?

Dor é ser sensível?

O que é dor?

Dor na mente, consciência.

Dor no coração, sentimentos.

Dor na alma, de dentro para fora.

Dor na carne, física!

O que é dor?

Dor é ser, é estar.

É compreender, ou estar incompreendido?

Dor! Dor! Dor! Dor!

Doer em mim, doer em você, doer em nós!

Eu lhe causo dor?

Tu me causas dor!

Dor de não querer mais.

De não querer pensar em nada!

Só de você por mim.

Só de nós por te.

Dor, dor no meu íntimo.

Por ter me acostumado a ser dolorida...

Em discrepantes momentos, estâncias e sentimentos!

Dor! Dor! Dor! Dor!

Dor, profunda, não de viciar!

Não sou sado masoquista! Mas a dor se viciou em mim!

Por te e por todos nos!

Quem sente, sente dor!

A dor não pode ser representada, ou reprimida!

Dor é dor sentida! Dor ardida!

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Carente, parasita, covarde!

Quente, e sedenta!

Fraca, cruel sozinha e agourenta!

Boa e não má.

Má por ser boa

Por se sentir boa, se faz mal.

Você, eu, tu!

Vós, nós, eles e elas!

Somos, estamos, coabitamos.

Mas com a dor em todas as suas camadas.

Ilusão, razão e emoção!

Que nós deparamos com tragédias gregas de fases psiques!

A toda hora em qualquer parte.

Em parte, sendo toda á qualquer parte de mim ou de você!

A dor é única! Para cada ser!

Mesmo que não venha sozinha.

Uma dor por si só, já se basta!

Dor nos arrasta!

Molda-nos como somos!

É na dor que nos revelamos!

Como seres humanos, ou não!

Deste mundo ou do próximo.

A dor vem em constante contraste!

Mas quem se diz acostumado com ela mente!

A dor é simplesmente um ser carente!

Descontente de si mesmo!

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Estado

Ando triste, ando só.

Ando enjoada, entediada!

Como se estivesse a todo o momento travando uma batalha!

Em plena Idade Média!

Sofrida, calada.

Sem motivo, sem alguém.

Sem mim, sem identidade.

Sem fôlego, seca, esturricada!

Calma, louca! Chiliquenta!

Com fúria, sem raiva.

Como em estado gasoso.

Prestes a explodir!

Ou pior, como se fosse vapor!

Pairando sobre os fatos da vida!

Sem poder atuar neles.

Escorrendo pelos dedos como água!

Sinto minha vida se esvair de meu controle!

E me condenso no ar frio da vida, ao perceber que a luta é em vão!

Pois o meu destino é como o gelo cortante!

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Eu e Deus

Eu, eu, eu!

Ó Deus me diga!

O que sou eu?

Por que eu?

Para quê, eu?

Eu que estou tão longe de tudo.

Eu que estou tão perto de nada.

Por que o longe é nada? É maior!

Se o tudo é maior que o nada.

Por que tudo me trás e me afasta?

Por que a comida me da fome?

Por que o comer me satisfaz?

Por que o Eu é preso ao corpo, e minha alma deseja se libertar?!

Se o que mais desejo é ficar em meu corpo.

Talvez não seja eu!

Por que enfim, esse Eu adormecido insiste na liberdade?

E o eu que dei liberdade insiste no cativeiro!

Pois a luz deseja a escuridão, e a escuridão deseja a luz.

A vida abre a porta à morte!

E por que a morte me dá vida?

Pois desejo não esta onde estou.

Desejando a liberdade inexistente...

Estou livre na ilusão.

Por isso, espero o cativeiro da verdade!

E a ilusão liberta o meu eu? Será?

Que a liberdade me aprisiona?

O Eu luta contra o eu.

Essa luta terá um fim?

Ou será o meu fim?

Pois sim, fim á liberdade de ilusão!

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Ou fim da liberdade aprisionada?

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Eu queria

Queria falar mais do que falo.

Queria andar mais do que ando.

Poderia gritar?

Poderia correr?

Mas se grito já não falo.

Mas se corro, já não ando.

Queria achar.

Queria mudar.

Posso achar?

Posso mudar?

Se achar já não haverá procura!

Se mudar já não haverá o que mudar!

Queria pular mais alto.

Queria dar sentido.

Poderia pular mais alto?

Deveria dar sentido?

Mas se pulo, não terei mais chão.

Se eu der sentido não terá coisas sem sentido!

Assim, será melhor não melhorar nada.

Assim, é melhor ficar parada!

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Eu

Eu sou.

O tudo e o nada.

Sou a vela e a chama.

Sou a água e o copo.

Sou o sol e o céu.

Sou o pão e o mel.

Sou o corpo e a alma.

Sou a cachoeira e o rio.

Sou a árvore e o fruto.

Sou o sangue e a veia.

Sou a célula e o tecido.

Sou o beijo e a boca.

Sou o dente e o sorriso.

Sou a pétala e a flor.

Sou o amor e a paixão.

Sou o deserto e o grão de areia.

Sou a gota e a chuva.

Sou p canto e a voz da sereia!

Sou a lua e a noite.

Sou o choro e a lágrima.

Sou o reflexo e o espelho.

Sou a tinta e o pincel.

Sou Romeu e Julieta.

Sou a Bela e a Fera.

Sou o presente, passado e futuro!

Sou o que há de ser o mais belo e puro.

Sou simplesmente: Eu e Você!

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Explicação

Tanto passou dês de então, e ainda é possível lembrar!

As pessoas crescem e mudam por fora.

Mas o eu interior aparece intacto!

Esta “casca” que nos envolve pode amadurecer.

E o tempo pode até modificar.

Mas a essência do homem jamais mudará, não adianta.

Cada ser é de um jeito, dês de sua criação.

Digo isso, porque sei das inquietações do coração dos homens.

Pois é, sua alma que fala por si.

Não sua boca do pó, que fala por nós.

Pois mesmo que se tente mudar a estampa.

Nada afetará em nosso caráter como um todo!

Nem Deus, de certo modo pode mudar o que criou.

Imaginem se os “frutos” da criação pudessem fazê-lo?

Os caminhos a seguir são preestabelecidos.

Faz parte, e pode modificar o meio.

Mas o começo e o fim acabarão por serem os mesmos!

Digno é o homem que consegue mudar um final trágico.

Mas a questão é teatro é teatro, e vida é a vida!

Podem existir outras.

Mas cada uma tem um momento, e a cada momento um renascer

diferente.

Da mesma forma é a felicidade e a sua eterna procura.

Quem se depara com os momentos da vida com humor.

Leveza e bom senso acabam encontrando na imagem de momentos

simples... E singelos humildemente retratados: a felicidade.

Construindo de fio em fio, revelando esta enorme... Colcha de

retalhos únicos e personalizados que é a vida...De todo o ser

humano!

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Frases

Eu sei tanto que esqueci que é o fato de não saber que nos

fortalece!

Na simplicidade que encontramos a complexidade de viver!

Viver para morrer.

Morrer vivendo cada momento de cada fôlego que nos resta.

Amar não é o caso, o caso é ser amado!

Afinal, as dúvidas fazem parte da nossa vida, a curiosidade e a

pitada da dúvida nos fazem complexos!

É a arma mais poderosa, e o ponto mais fraco, que nos deixa

expostos!

Assim, é a simples e complexa vida humana!

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Flor.

Minha flor, tua flor, nossa flor, flor de Deus!

Flor de amor!

Amor, leve de forte frescor de calor.

Calor humano genuíno!

Humana de chinelo de pano.

Criando, criada!

Amiga, irmã, filha, mãe amada!

Mãe mimosa, formosa, cautelosa e talentosa!

Traz com sigo o nítido e único talento de tecer.

Tecer o tecido dos momentos de sua vida.

Atrelados em uma ampla colcha de retalhos de experiências!

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Humilde cura

Peço ó senhor!

Renova-me em minha alma, mente e corpo!

Bendizei-me com saúde, paz, sabedoria e harmonia.

Perdoa-me por tudo que possa ter feito de errado.

Perdoa-me por tudo que possa ter feito de equivocado.

Olhai por mim como uma filha, que tem bom coração!

Mas, que esta um pouco amarga, medrosa e ranzinza.

Por estar se decepcionando consigo mesma!

Cura-me as feridas!

Tu sabes ó senhor!

Quão e quanto pura é minha alma!

E meu coração fragilizado!

Pelas teias entrepostas de um amor confuso!

Ama-me senhor!

E fazei-me aprender, a amar e amada ser!

Mas, principalmente senhor roga-te!

Que me ajude a superar minhas limitações!

E que eu saiba direcionar os meus extremos!

Afastem da minha vida os maus-quereres!

E tudo que venha agredir o meu escudo.

Que todo o mal seja repelido e repreendido!

Toma-me em seus doces braços!

E me remodela nos defeitos!

Amem!

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Habitat

Sou uma frágil flor do deserto.

Um deserto de emoções, onde simplesmente nada existe ou

sobrevivi.

Então, não sou tão frágil assim, sou?

Se por tantas tempestades areia passei e aqui estou?

Se por tantas noites gélidas eu passei sem cobertor.

Se por tantos dias escaldantes sem sombra passei?

Se por tantas noites fiquei sem comer, o que fazer?

Se o mundo gira e ninguém aí?

Se o mundo gira, e eu aqui?

Deixo a vida me levar?

Ou a morte me buscar?!

Sinto frio, fome e sede, e ainda não morri!

Por que ainda insisto em viver?

Só a esperança persiste!

Mas agora, doente o coração não resiste.

Esperei muito tempo para realmente viver.

Agora, morro contente por saber que o meu sofrimento findou.

Mas e os outros?

E as outras?

Brasileiros não desistem nunca!

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H2O E O2 – O Último suspiro

Se os nossos amigos tem espaço reservado em nossos corações.

O amante, amado tem de ser guardado perto da alma, junto a nossa

mente.

E fonte de vida! Deve ser recebido como o generoso O2

(oxigênio).

Que enche os nossos pulmões á todo momento de generosas

porções de vida!

O amor é como “esse tal” de O2.

E tem que ser tratado e preservado como o precioso, e

indispensável H2O.

Para não acabar um dia, por nossa fraqueza e ambição.

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Intimado

Um pequeno lembrete meu para EU mesma.

De alguém que se esconde aqui.

Bem lá no fundo da minha alma.

E que agora, eu estou forçando-o vir á tona.

Para que este maldito, bendito ser se revele finalmente!

Aos meus olhos, aos meus sentidos conscientes.

E assim, ao mundo!

Se mostre agora, eu ordeno!

Chega de verdades mentirosas, e mentirosas verdades!

Cansei de você aí se esgueirando.

Se escondendo entre as entranhas do meu corpo.

Se remexendo por dentro da minha carne.

Vasculhando na minha mente!

Forçando-me a pensar, e relembrar...

Coisas doloridas, e tão divinas!

Se escondendo em fim nas profundezas da minha alma inquieta!

Atormentando e rejuvenescendo, ao desafiar o meu espírito!

Da mesma forma, alimenta-me como um vício.

Incontrolável, pelo desejo de serem reais!

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Ilusão

Por tanto me fez passar.

E como nenhum outro me fez sofrer.

Seu amor me desgastou me fez sofrer!

Não sou sol, porque já não tenho motivo para brilhar!

Não sou lua, porque o teu sorriso não mais me ilumina.

Não sou rio, porque as lágrimas que você arrancou de mim são de

sal.

Não sou o mar, porque no mar existe vida.

Sou apenas eu.

Um ser que o coração encheu de água.

Com o tempo a água evaporou.

E todo o amor contido nele murchou.

Como uma flor sem vitalidade.

Se minhas lágrimas quentes não conseguiram derreter este coração

de gelo...

Talvez, lágrimas de sangue o façam pulsar novamente!

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A Descoberta do Ser

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Inconstância

O quê? O quê!

Grita em mim, ó voz tamanha!

Olha por mim, olhos estranhos!

Corpo, por que temes?

Por que rejeita em te o recanto seguro de minha alma?

Ó boca, por que calas?

Se a língua é musculo inquieto e pensante!

Percussora de alarmes! Vítima de teus sinais!

Pálpebras por que relegam meus olhos, teus companheiros?

A escuridão, a cegueira tortuosa da infelicidade?

Da infelicidade de pertencer a outro?

Quando, os pedaços de carne são meus!

Por quê? Por que, me banha com a água mansa de quem cala e

consente?

Demente é a mente a qual o corpo é desfigurado de olfato, tato,

visão e audição!

Eu sou o corpo!

Não está implícito que minha vida siga devaneios em devaneios!

Por ser quem não sou na realidade de sofrer!

Ao sonhar com o verdadeiro motivo e originalidade que me cobre!

Acabe, rache, fuja!

Muda, inventa, omita!

Não inventa, tenta! Contenta constante!

O que dizer?

Se minha língua é mais que a própria escrava do externo!

Mentiras vagarosas implicam em verdades disfarçadas de soluções!

Ação! Ação! Para! Parei!

Pare! Corte! Ache! Mudei!

Encare, encare! Revanche! Revele!

Revolta! Confronta! Confronto! Conforta!

Tonto, tonto, tonto! Besta!

Eu, tu, ele!

Elas, elas, eles, aqueles!

Aqueles para elas!

São elas às vezes, ao avesso de si, por ti, para mim!

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Sem nada ser, onde todo se encaixa na tristeza de se doar!

Ao anonimato de sentir, vergonha!

Do sentimentalismo metafórico das crianças tão magoadas!

Com a infelicidade da verdade das palavras!

Amor, quando não amam!

Carinho sem carícia!

Orgulho com malicia!

Compra de emoções fictícias!

Adultos retorcidos da infância, na maturidade de ser criança.

Não nos cabe a relevância, de retratar o importante.

Mas sim, o essencial, para que nos faça entender!

Mais ensinam do que aprendem!

Compreendem mais do que perguntam!

São maduros!

Porque é na infantilidade de refletir que descobrimos a

simplicidade de sentir!

Sem demostrar os sentimentos com amarras ou mascaras!

Mas, puramente, o que são sem se preocupar com a reação!

Mas, apenas a emoção!

Que revela a verdade crua, original.

Sem bordados, ou bordões, sem adereços ou preços!

Sem se preocupar com diplomacia ou solenidades!

Mas permitir, doar-se!

São capazes de se lançarem ao desconhecido!

Pelo simples motivo de descobrir o verdadeiro rosto da verdade!

Apreciadas por crianças sem a graça da maquiagem!

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Loco – Genes!

O amor esta no sangue de quem ama.

Da simples forma...

A mais complexa delas,

O ser humano!

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Lamúria

Há vida! Vida vivida! Vida, vida bandida! Que vida!

Ó vida, te rogo, me digas! Sou ingrata, ou já tão desiludida?

Ou pior! Sou um ser de pura covardia!

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Lógica

A vida será eterna para aquele que recebe o presente.

Sem pedir, sem desejar!

A morte só virá para aqueles que viverem!

O amanha existirá, se viver o hoje!

O medo existe para aqueles que temem.

E assim, a lua virá se o sol se por!

E não se opor a iluminá-la!

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Meu eu

Sinto-me só.

Mas nem tanto.

Apenas procuro dentro de mim, de meus sentimentos, uma saída

para finalmente ver o sol.

Procuro um refúgio, um canto seguro e sossegado.

Mais, quanto mais procuro, mais se apaga dentro de mim esta

saída!

A saída para a luz!

Eu só vejo o escuro, as sombras.

Nem mesmo os raios de luar me permitem acreditar na esperança.

Eu estou me afastando cada vez mais, do meu verdadeiro Eu!

Ou será que o verdadeiro Eu é o outro?

São tantas, as dúvidas, que nem sei mais que eu, é o meu.

Ou qual eu é o certo.

O certo talvez seja errado, e o errado, talvez, o certo!

Não sei mais, só sei que não sei.

Só sei que me perdi, e preciso me achar, antes que eu só veja as

sombras!

Sombras que podem demolir o futuro, apagar o presente, e me

jogar eternamente nas asas do passado.

Um passado que nunca passará!

Um passado que na minha alma ficará!

Escrito, ou não, o destino já não importará!

Pois se as sombras modificarem o meu Eu, trará a minha vida o

caos, e a minha alma um fim esterno!

E ao mundo de águas um mar de areia, um eterno deserto.

Um descontrole total, uma briga eterna entre o bem e o mal.

Entre tudo que for contrário!

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Meu Ser Amado

Meu Ser Amado.

Meu bem querer!

Meu querido!

Bem aprisionado, entre as entranhas do meu saber!

Seria tolice negar a raiva, a agonia.

E a falta de esperança que me releguei ultimamente!

Seria como usurpar energia e sentimento de um recipiente...

Moco, oco, vazio!

Relegado e requisitado pela companhia da agonia desvairada!

Que tomou a minha derme, e por tanto, minha alma.

Sim, ó ser amado! Fui capaz de odiá-lo!

Pela incapacidade, ou compulsória capacidade louca!

De me deixar baixar a fortaleza!

Que cercava em outrora a minha vida.

A minha flor despetalada pela discórdia irrefreável.

Contida na mágoa profunda de um dia ter amado!

E se lançado ao desconhecido: O primeiro Amor!

Sim! Aquele, cuja fama degenera e regenera lembranças!

Aquele, cujo destino é marcar.

Nossas mentes, corpos e vidas! Para sempre!

Como a cicatriz primária de um rebanho noviço!

Ó Dor! Como é possível?!

E extremamente necessário!

Amar tão cegamente um desconhecido?

O primeiro perfume, o primeiro toque.

O primeiro arrepio, como um choque involuntário!

O primeiro suspiro! As lembranças que vem á tona sem querer.

A voz que invade a nossa mente!

O gosto da boca, a maciez dos lábios!

Os olhos, que parecem nos consumir...

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Como uma fogueira em brasa!

Se arriscar, se permitir, pular a fogueira.

Amar, apaixonar-se de forma tão ingênua!

Tão ingênua e intensa!

Que nos permitimos amar sozinhos!

Amar sem se quer exigir, amor em troca!

Apenas a presença despreocupada da pessoa almejada.

Sem cobiça! Apenas por prazer.

Revela-nos a essência de que no medo de se entregar.

Entregamo-nos por inteiro!

Sem motivos, sem certezas!

Sem a certeza do o que é Prazer?

Prazer? Prazer é a descoberta!

O tato mútuo!

De olfato apurados nos detalhes sinuosos da pele do amado.

É o deliciar-se do paladar.

Paladar apurado que consegue furtar!

O gosto da pele, do perfume!

É perceber que a visão aguçada da Rainha Águia.

Não se iguala a visão de quem deseja!

Deseja na realidade de um abraço.

E de um aperto de mão, de um beijo...

Cenários fantásticos!

Como ilhas paradisíacas e desertas!

Castelos e calabouços! Duelos e donzelas!

Amor, ser amado!

O primeiro amor!

É almejar o paraíso!

Sem se deixar o desejo pelo pecado!

Quando não se pensa em casamento.

Mas em ser amante, e amada!

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Quando o Namoro é mera formalidade.

Comparada à paixão que une dois desconhecidos!

Que se amam pela Amizade.

E se unem pela premissa do desejo!

Sem compromisso corporal!

Corpo que reage.

Que age de forma instintiva e involuntária!

Ação e Reação!

Entrelaçadas pela física.

Apaixonada pela química inexata da matemática!

Da matemática do desafio ilógico!

Que é permitir furta-se!

Pois, com o primeiro amor!

Meu ser amado, meu bem querer.

Meu bem aprisionado!

O cérebro nada tem!

Em relação ás reações espontâneas.

E vulcânicas!

Que se desperta de forma mútua!

Quando se ama.

Ainda mais, quando se ama pela primeira vez!

E quando se ama pela primeira vez...

Ama-se para sempre!

Por que, o primeiro amor é relevante!

Ó Ser Amado!

Ao amar pela primeira vez.

E por tanto, institivamente.

Sem se importar com os riscos!

É imprevisível, e compulsoriamente guloso!

Sem freios!

Remete-me a origem de nós mesmos: O instinto!

Não é possível ser feliz sozinho.

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Por que é na companhia, que encontramos os detalhes!

Os detalhes á dois!

Que culminam na almejada, já bastante fantasiada: Felicidade!

Pois, nem Deus vive sozinho!

Ó ser amado.

Ó bem querer!

Ó bem aprisionado!

Deus possui a trindade.

E o Jesus – homem, e o Cristo – Deus se unem.

Em um só, mas não solitários!

Ao revelar que onde estiver mais de um ele estará!

O primeiro Amor é Divino!

Mas, é fato, que assim como Jesus Cristo.

Foi tentado em meio ao deserto, o amor divino é tentado!

Pois, quanto mais perto do céu.

Mais perto do inferno!

E há tantos sentimentos invejosos!

Que para tentarem vantagens sobre o Amor...

O cegaram!

Mas, os olhos do Amor são os olhos de Deus!

Nos não podemos ver, nem tocar de forma literal.

Mas podemos senti-lo e velo de forma indireta!

Contido nos olhos das pessoas que amamos!

Por que, o olhar do Amor, é sentimento!

Em seus amplos sentidos!

Cabe á nós administramos as doses!

Por isso, há várias formas de amar, e de ser amado.

Mas nenhuma se compara ao primeiro amor!

Aquele que ama, e não pede nada em troca!

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Marca Passo.

Quem sou eu?

Quem é? Quem?!

Aqui neste lugar, fora de mim.

Atraída pelo falso coração que me escravizou.

Em uma vida de mentiras e restrições.

Sem o meu amor.

Sem a minha essência de sofrer...

Diga-me, meu querido, meu amado quem sou?

Quem sou eu?

Quem é?

Quem?!

Por de trás desta mascara.

Desta fortaleza de mim.

Mito fantástico! Lenda da lenda!

Fonte de vida, fantasia e perdição me diga...

Quem sou eu?

Quem é?

Quem?!

Por de trás da facilidade de metamorfose transfigurada da

realidade.

Sou apenas um ser.

Sentido dor por não poder perder o que nunca ganhou!

Minha emoção é meu caminho.

E minha essência o meu amor.

Mas e a imagem do amor, da minha essência? Em que se

materializa?

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Matemática

A gente conta.

Conta nos para mesmos.

Um, dois, três, quatro, cinco, seis.

As vezes que as coisas, as formas e as voltas que a vida dá!

A gente analisa, analítica e geometricamente.

O nosso espaço, a nossa área.

Conta centímetro por centímetro, as nossas conquistas.

Umas adicionam vários momentos em nossa vida.

E cada vez mais, a gente corre atrás de quem some!

E que assim, se multiplique os momentos bons!

E se subtraia o que não vale, se igualando a zero!

À proporção que a vida toma a distância.

De alguém ou de alguma coisa.

É que nos tomamos conta da dimensão dos lados.

Da altura que podemos atingir.

Em uma reta paralela aos sonhos.

E perpendicular á vida!

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O que são palavras?

Palavras vêm de dentro pra fora.

Palavras são marcas eternas.

De dentro pra fora ou não, as palavras arrasam.

Seja em sua beleza ou em destruição.

As palavras nos tornam alguém.

Podem amar e machucar.

Podem esmagar sonhos e arrancar pesadelos, mentiras e verdades.

As palavras podem doer fundo.

Simples palavras como guerra, podem destruir nossa paz, o mundo.

Palavras têm força!

Sem verbos não existiriam palavras para o mundo andar.

Sem o verbo não poderia beijar, sentir, sorrir, cuidar, odiar.

Sem as palavras mundo não seria o mundo!

Sem as palavras eu não estaria aqui para escrevê-las!

As palavras são simples, mas podem arrasar o passado.

Mudar a história, confundir o presente.

Sem o bom uso das palavras o futuro não existirá!

Mesmo se existisse ninguém saberia, por que não existiriam

contadores de histórias!

Sirvo as palavras, pois é a alma da criação.

E um escritor sem palavras é um mundo sem água, é a terra sem

frutos!

É o vento sem movimento, é a fogueira sem chamas.

Chamas que sempre queimarão no meu coração!

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O Que é o que é?

Que vê, mas não sabe?

Que diz, mas não sente?

Que não cala e consente.

Que diz amar, mas não dá amor?

Que chora, e não tem lágrimas.

Que sangra, mas não se fere.

Que fecha os olhos, e não dorme.

Que engole e não come?

Que faz sofrer, mas não sofre?

Que tem boca, e não fala.

Que possui os ouvidos, mas não ouve?

Que promete e esquece.

Que tem pernas, mas não anda.

Que tem braços, mas não abraça?

Que tem pulmão, mas sequer respira!

Que não sabe, e esconde.

Que pode mudar, mas não muda?

Que tem fôlego, mas não corre atrás!

Que sobe, e não quer descer!

E que se diz muito simples, e não é?

Resposta – O Governo Corrupto.

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O nada e o tudo

O nada do tudo se transforma.

Da mesma forma, que o nada se refaz para o tudo surgir!

Mas o fato de ser nada é simplesmente se sentir vazio, sem sentido!

Sem sentimento nem ressentimento, sem nada que sustente o

insustentável.

Como eu por incrível que pareça me sinto agora. Mas por quê?

Um dia respondo se for capaz de fazer o desfeito, de tudo do nada

que se fez para me fazer feliz!

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O primeiro beijo

Beijo... O beijar.

O beijar de sal.

O beijar do doce.

Do mel do céu...

Do salivar da tua boca, boca inocente e louca!

O deliciar primeiramente, do espaço ao qual se estende o laço.

O reconhecimento do perímetro.

Do perfume, da pele, do cabelo da pessoa almejada.

A aproximação com leveza e firmemente sem se deixar levar pela

percepção de outros.

Em relação ao alvo tão sobriamente e violentamente desejado!

O deliciar, delicadamente ao se permitir furta-se!

No princípio do intercâmbio de palavras derretidas, sem sequer

abortá-las.

Pelo paladar exótico e harmônico de nossas salivas, e nossas

línguas entrelaçadas!

De propostas decentes da indecência de ser inocente!

Ao calor quimicamente elevado e eletrizante, ao fluido de nossos

corpos.

Nossa o beijo...

Ó Mel, o Céu, o Mar...

O salgado do imenso doce do meu, do teu, do nosso beijar!

Beijar de sal ao agridoce, beijar malagueta!

A primeira atração química de estações tão diferentes entre si.

O primeiro e mais difícil passo do conhecimento humano mútuo.

Se conhecer, se doar, se permitir desvendar.

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O Enigma

Tão linda e meiga.

Tão certa de si como um quebra-cabeça!

Tão ingênua Tão criança.

Tão sabida!

Tão ardida e atrevida quanto uma pimenta deve ser!

Tão difícil de ser e decifrar!

Mas é tão fácil de amar.

Tão crescida, tão “menina”.

Tão pura! Tão madura!

Tão atrapalhada, sem frescuras.

Tão fresca quanto uma chuva tirada do pé!

Às vezes Doce. Um tanto azeda e amarga.

Tão fria consigo.

Tanto derramamento de lava em erupção aos outros!

Uma joia difícil de descrever, possuir e lapidar!

Mais rara do que ELA não irá encontrar!

Tão de lua, cheia de chuva.

Rainha do sol.

E perseguida pelo vento como uma brisa!

Tão oscilante como as ondas do mar.

Perfeita para ser amada.

Complicada para se deixar amar.

E assim, ser o amor e não a loucura!

Tão frágil se disfarçando de fortaleza!

Tão misteriosa e enigmática esta ela.

Escondida por de trás de sua beleza!

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Ódio

O ódio pode ser colhido.

Plantado e semeado!

Instantâneo, cultivado e frutífero! Aflorado!

Como pode ser extinto!

Exterminado, e aniquilado! Contrariado!

Só depende de você!

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O mundo se Vê?

Como nos enxergamos?

O mundo se vê como nos enxergamos?!

Não, o mundo em si, é como a visão do cego!

É além de um olhar.

Que parece nos revelar tudo que queremos.

Mas, na verdade, nossos olhos só aumentam a incerteza!

Por nos permitir tantas imagens, ele nos ilude!

Com olhares cheios de imagens, cores, traços e formas ilusórias.

Contém significados vazios!

Pois, por tanto enxergar nos tornamos a cada dia, um pouco mais

cegos.

Como descreve literalmente a palavra, cegos e manipulados!

Por não sabermos definir o sentido de ver!

Que não se restringe ao de enxergar!

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O feito e desfeito

Tudo do nada se fez.

Nada do tudo se desfez.

Assim, como eu pensava...

O pensamento se foi.

E com o tempo, só o vazio habitava em mim.

Mas de novo o milagre se fez!

De nada surgiu à esperança!

Que me fez acreditar como uma ingênua criança.

Que assim, como do vazio, disso tudo o amor surgiu.

Você voltaria a ser a matéria que se encaixa no meu espaço vazio.

Mas como de início, mais agora para sempre.

O nada do tudo se fez!

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O cheiro da lembrança

O cheiro de terra molhada...

A chuva que se aproxima.

Em pequenas gotículas dos grãos de terra.

Que ao se chocarem, na verdade, não se chocam...

Entrelaçam-se em um abraço profundo e doce!

Ó doce! Doce perfume!

De dois elementos que ao se confundirem...

Revelam-nos este cheiro!

Que cheiro pleno!

Que cheiro único!

Aí, como adoro este cheiro!

E o nítido sentimento de paz e aconchego que me trazem!

Eis, um presente formidável da natureza!

Somos levados pela essência a qual fomos criados, o instinto nos

move!

Como o sentir deliciando a sobremesa favorita!

O cheiro usa o nosso olfato, para refrescar a nossa memoria!

Um cheiro molhado e suave que nos conforta, e faz percebermos a

graça e a maravilha da simplicidade!

Estar vivo, e se permitir apreciar o que temos.

A cada dia, de gota em gota, de grão em grão.

De vento em poupa!

Meu coração se anima, com tal emoção espontânea.

E suave como a brisa, como o sabor da comida da mãe!

Ou de um abraço apertado, ou de um beijo molhado, de quem

amamos!

E também concluir que este cheiro, é como receber um carinho de

Deus!

Renova-nos!

Renascer é belo, e vem de momentos simples e singelos.

Como deliciar-se com o cheiro de terra molhada, por pingos de

chuva!

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O que dizer?

O que dizer?

O que dizer meu amigo?!

O que revelar, deve minha alma por você?

O que há em mim, que possa desvendar o sentido de senti-lo?

Como me sinto?

Qual é a força que a sua presença, é capaz de revelar em mim?

A vontade de revê-lo, de telo ao meu lado?

O que se pode dizer?

Se mesmo inconscientemente te digo!

É tu meu amigo, meu irmão! Mi Hermano!

É verdade, verdade verdadeira, e mentirosas realidades!

Que adoro estar ao seu lado, ouvi-lo, sentir! Ver-te!

Mas o que é? Não sei!

Apenas desejo a tua companhia, a tua presença!

Mas o que dizer? Como criar, o que já existe? Como descrever?

A minha indecisão é a ocasião perfeita!

Dizer que poesia e poema sofrem através de mim, o mesmo

dilema!

A mesma trama!

Trama louca! Frágil, sutil, fortaleza e fraqueza!

Sentimento e sentido.

Qual o antidoto?

Para toda palavra existe antíteses!

Metáforas! São tantas figuras de linguagens!

A poesia é o ritmo das palavras.

O poema é o dilema, contado pela vida através dos sentidos!

Poesia e poema não se separam!

Ambos me aprisionam!

Os sentidos e momentos!

E quando me libertam?!

É a liberdade mais intensa, que se possa degustar!

É um prazer, que nem eu seria capaz de ousar descrever!

Em mil palavras!

Para Você de Mim!

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Poema

Poema, o que é poema?

Poema mostra um dilema,

Por de trás de toda linda, feia, alegre, e triste cena.

Que compõe e decompõem a vida!

Revela à mente, a alma de quem escreve.

Defronta-nos com todo tipo de sentimento!

Seja aquele que nos arrebenta, ou aqueles que nos acalenta.

Como faz sempre os doces beijos de nossas mães, ou aqueles

tombos de sempre!

Revela os mistérios do coração.

Mostra-nos os monstros ou a bela criatura que brigam o tempo

todo por algum espaço dentro de nós.

O poema nada mais é, do que...

Uma forma singela e bela de retratar o ritmo da vida!

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Por Quê?

Por quê?

Será que o meu erro é tentar consertar ou agradar?

A verdade é que eu não quero mais!

Ter este sentimento de incompetência!

Pois é assim, que eu me sinto todos os dias.

Quando a minha prole me critica!

Morra! Morra! Morra!

É o que minha mente me diz! Morra!

Eu quero, eu desejo a morte!

A morte da covardia dentro de mim!

Eu mereço! Mereço ser arrancada do seio deste mundo!

Eu quero me quebrar, ser engolida pelo monstro a minha espreita!

Morra! Morra! Morra!

Se for para viver uma mentira, morra!

Mas não se iluda, sua covardia é o seu veneno!

Sua falta de ação, o seu local de abate!

Morra infeliz! Tu não mereces a vida que Deus te deu!

Morra ser ingrato, covarde, alma podre!

Emoções zero, coração de chumbo, negro, inerte! Morra!

Na vida mal vivida, onde te sentenciou a morte!

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Que Causa?

Já não sei.

Se souber, já não me importa.

A verdade é que nada mais me conforta.

Eu pareço mais um morto vivo!

Que come, come, come...

Mas não existe “comida” que consiga acabar com minha fome.

E que fome!

E que fome de mudança!

Fome de sentimento, fome de esperança.

Uma extrema vontade de acabar com a implacável companhia de

absoluto vazio!

Não sei o que há, comigo?

Sinto minha vida como uma rotina constante e alucinada.

Com este extremo sentimento de estar enchendo com água, este

balde furado, e sem a possibilidade de conserto!

Estou morrendo de sede!

É totalmente sufocante isso!

É inexplicável, inconsolável...

O meu estado de abandono violento, de mim por mim mesma.

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Quebra-Cabeça

Sol, luz, raio, fogo!

Caverna, pedra, tesura, papel!

Lápis, madeira, casa, parede, reboco cimento!

Cinza, preto, racista! Preconceito, prejulgamento! Juiz, ladrão!

Dinheiro, bufunfa, Money, mano! Brow, brocha!

Resmungão, resmunga, fala, cala, pensa, diz!

Língua, saliva, papilas gustativas, me gusta?!

Sabor, tropical, praia, areia, mar e hotel!

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A Descoberta do Ser

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Sorrir

Sorria sempre.

Pois o sorriso através do ato de sorrir rejuvenesce ao corpo.

Purifica a alma, e faz bem a mente.

Daquele que enfim se faz sorrir.

Eis que aquele cujo fizer rebater no outro bem querer.

Á imagem solicitada se resplandecerá.

No momento em que a pessoa sorridente emprestar o sorriso a

quem é carente.

Carente de bons amigos, carente de sorrisos,

Carente de carinhos e carícias.

Quem é capaz de sorrir deve gargalhar para o outro lhe sorrir.

O sorriso é a porta dos bons momentos.

Que na sua simplicidade a vida muito orgulhosa nos proporcionou

e proporciona!

É a porta para as palavras doces.

É o mensageiro dos bons fluidos.

Das boas notícias que antecedem as palavras, que acariciam nossos

ouvidos!

E que faz a vida valer muito mais a pena.

Cada momento será muito melhor apreciado.

Pelo nosso espírito, se festejarmos com sorrisos!

O sorriso é puro, e nos faz esquecer o que passou.

E revela-nos a beleza do perdão e das desculpas de coração.

É um sol particular que possuímos para iluminar a vida, e

proporcionar alegria ao próximo!

É simplesmente, e calorosamente o início do mais hilário dos

sentimentos humanos!

É a patologia a qual devemos todos padecer, na alegria sorridente

de viver!

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Kalynna Dacol

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Sonho Meu

O sonho de criança.

A cada passo que eu dou a vida e os caminhos me obrigam a

crescer.

E os sonhos de criança vão sendo levados pelo vento, e se pondo

para sempre!

Como um lindo, triste, mas necessário por do sol.

Para que os novos sonhos cresçam junto com meus passos.

Como um novo amanhecer, onde novos caminhos me obrigam a

tecer novos sonhos.

O sol se mostra imponente tecendo uma nova manhã, e a cada

manhã um sonho acaba e outro começa!

Para que os dias que surgem dessas manhãs de perdas e ganhos...

Se revelem em forma de vida!

Em alguns momentos lindos como o sol, que vem para nos dar

força.

E tristes, mas também necessários vem o por do sol.

Para termos consciência que não importa se um sonho acabou!

O importante é olhar para frente e ver que sempre existirão sonhos!

Mesmo, com seu fim inevitável para que o novo surja.

E ilumine como os raios de sol.

Afinal, como o novo sonho, o sol que vemos a cada manhã, nunca

será o mesmo da manhã seguinte.

E é isso que faz todo o sentido... Evoluir!

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A Descoberta do Ser

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Se eu fosse

Se eu fosse amor, o amor seria solúvel em água do mar.

Assim, se espalharia pelo mundo!

Mas, ninguém teria a coragem para prová-lo.

Pois, se tornaria intragável!

Como o puro, rico branco, denso neve sal.

Sou terra seca, sou um mar de sal.

Eu sou o azedo do doce rio de sangue, que corre nas veias!

E que faz pulsar e borbulhar, os nutrientes inconscientes do

coração.

Sou um deserto de tudo em meio ao nada.

Eu sou nada de mais, de tão pouco de um punhado generoso de

mal.

Eu sou poeta, não profeta!

Nem sou divina!

Muito menos, prostituta de sentimentos!

Sou apenas eu, uma mulher menina.

Um vulcão em eterna erupção!

Se fosse não, sou humana!

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Kalynna Dacol

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Se eu lhe disser

Se eu lhe disser...

Que o nada existe porque o tudo existe?

O bem existe pelo mal!

A escuridão resiste, porque a luz insiste em brilhar?

A noite só vem porque o dia acaba!

E eu definitivamente...

Só amo, se existir amor.

E dele, seu ser amado?!

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A Descoberta do Ser

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Surpresas

A vida é uma caixinha de surpresas?

Há, há, há... Quem disse?

A vida é um conjunto de incertezas.

Com consequências mais completas.

Que não abrange ao certo ou errado.

Ou a Deus, e a famosa frase: “Deus escreve certo, por linhas

tortas!”.

Simplesmente, a vida não se restringe.

Ela é uma teia finita de pequenos e grandes momentos.

Como a velha colcha de retalhos.

Retalhos que marcaram o com paço de cada paço.

De cada fio, que formam os laços, que definem o nosso loco.

O nosso merecido espaço!

E é aí, que nos demos conta que não podemos nos surpreender.

Pois, é através de nossas escolhas que definimos as “surpresas” do

futuro.

Por isso, o futuro pode sim ser previsto, pelo nosso presente.

E é aí, que compreendemos que o passado nos ensina a sermos

cautelosos.

E que o presente é que define o futuro, não o contrário!

Por tanto, “a vida é uma caixinha de surpresas” é um mito.

Que criamos para mascarar os erros.

Ou para fantasiar nossas mentes.

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Kalynna Dacol

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Sem sentido

Vazio, branco, neve.

Vento, nada mais nada.

Menos, pequeno lugar.

Vestir água doce, salgado, agridoce, agrinada!

Paixão, sentir, refletir, ser sem ser eu, nem você!

Só todos nós, dentro de um mesmo ser, chamado terra.

Terra enterra morte!

Sorte com sorte ao norte, de sul ao leste...

Sentido do não sentir, o sentimento do sentimento oposto,

De alguém, nenhum, nada!

Reforço, poço, fundo, ledo, lindo!

Imundo! Caso, caos, arraso!

Ver para crer, santo. Danço!

Sem dança!

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Saboreando

Cor, descolorar, descolorindo.

Rindo dormindo!

Domingo gostando do amor.

Romântico, corante, coral da cor despetalada da flor.

Fácil amar, difícil é acreditar.

Crer, crer, ter fé!

Lindo, linda vida! Quando assim, bem vivida!

Beber a beira, bebedeira a beira da estampa.

Parabólica, asneira, lúgubre!

Mas por ser o que fui hoje sou eu!

Decorando, descorando, descorante!

Viva ante, vivente, ardente, ardida, vida vivida em bebida!

Conter-se é temer, cautelar-se a viver.

Ter medo de beber da fonte da vida!

Outras se embriagam da vida que vivem.

Uns chegam a se viciar a viver.

Mas se viciar á viver é igual ser viciado em oxigênio!

Outros querem fazer dieta da vida!

E não ousam provar dos cálices.

E sabores que ela oferece!

Sabores, dores, amores!

Desgosto gosta gostos!

Quem da vida sair sem ter provado dela, temerá a morte!

Pois aquele que dela prova, á saboreia...

Amemos os momentos!

Amargos, são bem vindos!

Pois afinam o nosso paladar!

O paladar é para os leigos o sabor, para nós o sabor da experiência!

Afinal, quem da vida não degusta as iguarias que ela oferece.

Terá existido em vão!

Pois, jamais será bom...

Aquele que jamais errou.

Porque é no erro que reconhecemos a força!

Em se levantar, prosseguir, e mesmo resistir!

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Tudo por amor

Eu subi ao mais alto monte.

Enfrentei a fome, a frieza.

A dor se acostumou comigo.

Como um verme pútrido.

Fazendo com que minha alma que é o meu amor por você...

Murchar sem ao menos ter a chance de desabrochar!

Você me mata por devolver meu coração a sua origem.

Que naquela praia ao por do sol, onde nos conhecemos,

Você me segurou com força, e eu pude ouvir...

A minha vida clamando para se entrelaçar com a sua.

Aprendi a nadar mesmo sem fôlego.

Dentro do azul dos teus olhos profundos, quase negros!

Pela imensidão da tua pureza.

Pureza ilusória, e agora triste.

Por que você se foi!

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Todo

Um começo um meio um fim.

Um sentimento que faz o coração bater no peito.

Um sentimento que não tem jeito.

Que faz parte, esta em toda parte.

Mesmo toda parte não sendo o sentimento todo.

Esta em mim em qualquer parte!

Esta no meu ser nas entranhas entrelaçadas do meu corpo.

Contra este sentimento não existe expulsão!

É impossível exilá-lo.

Sem ele toda a parte não é todo.

Sem ele não sou completa.

Sem ele nem o nada existe.

Nada resiste!

Nada vinga!

É o amor que dá sentido a toda parte.

Em todo o mundo.

Em qualquer parte.

Mesmo não sendo todo, é a filosofia.

Em tudo esta ele.

Todo em qualquer parte.

Mesmo que não seja tudo em toda parte.

Sou eu, toda amor em qualquer parte!

E eu fiquei com um pedaço da sua alma!

Junto a minha vida! E agora que a minha existência se foi?

Ao menos, terei a chance de desabrochar?

O amor que era doce se acabou...

E o amargo saudoso de adeus me cegou.

E me levou a descobrir que a paixão foi feita...

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Para aqueles que apreciam e valorizam a vida á dois.

Como o mel e o sal, eu e você.

Como o sol e a lua!

Sem você, meu amado sol!

Estou nua!

Nua do véu.

Encoberta pelas estrelas, amada pelo silêncio do céu.

E devorada pela sua alma!

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Uma Carta

De mim, para eu mesma.

De fora pra dentro.

De dentro pra fora!

Hoje, tarde ao cedo do fim...

Meu, teu, seu ao mundo.

Desnudo, surdo, absurdo! Descrente, crente!

Do que gente é feita? De gente!

Sem ser santa.

Canto ao canto.

Canto correu ao canto de ser Eu.

Por tanto, ao ser Des pranto, ao tanto do canto...

Ao léu de Mel do céu, do meu céu!

Sei lá o que há na mente de La luz?

Agora, por hora, seria boa para se sentir...

Como quem é assoado ao longe, como um rufo de tambores!

Descrentes de sustos justos.

Injustos de rostos que jamais serão vistos!

Eu me permaneço no aroma do anonimato! É eu sei!

Minha mente, já deve crer na vida após a morte.

La vida, de La morte vivenda... De La vida vivida!

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Vazio

A palavra vem. E vão, em vão.

São jeitos sem jeito do sujeito.

São espaços grandes e vazios.

Apertados e sufocantes com ar.

São lembranças de inverno no verão.

E veem como doces sem gosto, sem açúcar!

Sem graça de graça! A graça da desgraça do infeliz!

São tintas das canetas que não escrevem!

São folhas brancas inúteis!

São pessoas felizes e fúteis!

São o não quando sim, quando não estou afim.

De escrever fim!

Porque, não é o fim do final.

Mas o fim do começo e do meio.

Então, fiquemos assim, sem começo, nem meio, nem fim!

O vazio é assim!

Não o nada, mas o sentimento de ser nada!

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A Descoberta do Ser

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Você

Você é meu céu, meu mar, você me ensinou a amar.

Você é o sol, eu sou a terra, você é o açúcar do doce que eu quero

provar!

Você é a força que me atrai, seu sorriso me distrai.

Teu olhar me imobiliza e faz meu coração disparar, não sei deixar

de te amar!

Você é a voz que eu quero ouvir, a água que me hidrata!

Você é o ar que eu respiro e você me arranca suspiros!

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Vida de poeta

O que?

Quando?

Quem?

Onde?

Sentir sempre!

O poeta dentro de si!

Onde o mar é revolto!

Extremos!

Sangre! Quebra–se! Une, mas esta só!

E é na solidão que encontra o “conforto” das palavras.

Para por pra fora os monstros!

E finalmente ser livre!

Nem que seja só por alguns momentos.

Enquanto discorre os mesmos, palavra por palavra.

E a esta medida vai se libertando...

Das suas limitações e amarras.

Mesmo, que tais momentos sejam os únicos vínculos que possui!

Com a própria vida!

O poeta sabe a delicadeza e a violência dos sentimentos.

Que o fazem percorrer linhas e mais linhas.

Usando como tinta o próprio sangue, a própria essência do sentir!

E ao mesmo tempo, é o que o nutre por completo!

É algo que o destrói, o faz em frangalhos, mas é a essência da

renovação!

Renovação de suas forças, seu sustento, seu alimento!

Seu amor extremo, e ódio implacável!

Um jeito de mudar, mudar! A si mesmo!

E ao mundo que habita!

É o seu poder perante os moldes sociais do homem.

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A Descoberta do Ser

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É a sua arma contra a ignorância!

E os falsos padrões moralistas!

É juntar a fome com a vontade de se empanturrar.

É, pois, o poeta não come! Esbalda-se!

No modo de revelar o que pensa!

E o que pensa vem da profundidade de sua mente.

Qual razão poderá explicar?

Ser poeta é ser!

Ou ser poeta implica em dom, ou maldição?

Ser poeta é ser extremamente humano, no seu sentido pleno!

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Vida de Biscoito

Se imagine, nem que seja por um único dia!

Como um biscoito em seu pacote.

A vida é como a vida de um biscoito em seu pacote.

Que é o seu mundo!

Tem começo, meio e fim!

Pode ter o gosto que você preferir.

Pode ser recheada de coisas boas, e momentos deliciosos!

Mas às vezes ter um toque ruim e amargo.

Depende do seu convívio com os outros biscoitos!

E o modo como você encara a vida.

É ótimo no começo, depois vai ficando bom.

Como na nossa infância!

Com o passar do tempo você vai descobrindo o pacote!

A adolescência!

Depois felizmente ou inevitavelmente fica um tanto monótono!

E duro, estamos entrando na vida adulta.

O cotidiano, o dia-a-dia, da dispensa para o pote.

Do pote para o prato!

E de repente você se sente suado.

Na boca úmida do leão!

Sua vida de tão chata parece estar por um fio.

E você vai de pouco a pouco se esfarelando.

Depois de tanta mesmice o tédio se torna a única saída!

Você vai ficando sem sabor!

Já velho percebendo e parecendo um biscoito.

Murcho e desidratado, a sua vida acaba.

A validade já era!

Você esta no lixo!

E nem foi, nem conheceu o último biscoito do pacote!

Esteve sempre em uma xícara de leite de vida morna!

Se dando conta que se desgastou cedo, de mais!

E que é tarde para voltar atrás.

Afinal, o fôlego acabou!

E você se da conta que se quer respira!

Você nem possui pernas.

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Nem sente que algum dia teve músculos!

Você é ou não é um biscoito!

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Xeque

Quanta certeza existe em tudo isso?

Não importa mais, ou será que me importa tanto assim?

Será que ainda vale a pena insistir?

Quanto mais vou ter que suportar este vazio?

Essa incerteza tão insuportável?

Talvez bem lá no fundo...

Eu tenha a certeza que toda esta incerteza é culpa minha!

Eu me coloquei em xeque!

E desta forma, não conseguirei escapar do que eu criei...

Minha própria morte!

Xeque-Mate!

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MAR E MARESIA

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“E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja

separação entre águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez

separação entre as águas que estavam abaixo da expansão e

as águas que estavam sobre a expansão. E assim, foi. E

chamou Deus a expansão de céus.”

(Gênesis 01-06,07 e 08).

“E disse Deus: Ajuntem-se ás águas debaixo dos Céus num

lugar; E apareça a porção seca. E assim, foi. E chamou Deus

a porção seca Terra, e ao ajuntamento das águas chamou

Mares. E viu Deus que era bom.”

(Gênesis 01-09,10).

Entre a expansão Céus e o ajuntamento de Águas, chamado

Mares... Pairava um sopro de vida, e contendo a energia de

uma criança recém-nascida do encontro de Céus e Mares, ela

que Deus concebeu em segredo pata levar recados de Céu e

Mar, a menina, Maresia.

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A Descoberta do Ser

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APRESENTANDO – MAR E MARESIA

Mar e Maresia...

Mar e Maresia surgiram de uma paixão.

Paixão e amor em seus amplos sentidos!

E em seus sentidos tão amplos se divergem entre si.

Em uma busca única e eterna.

A de se encontrarem, e neste encontro em seus contrastes,

qualidades e defeitos, buscar não, mas conquistar o direito de ser

feliz.

Pois a felicidade deste aceite mútuo em meio comum, não esta

relacionada ao tamanho da qualidade ou do defeito. Mas sim, nos

detalhes enigmáticos e por tanto magnéticos que buscam a união.

Justamente! A união, lá esta a felicidade em seus amplos sentidos...

Mas que se resumem na simplicidade de viver.

Atenciosamente,

A autora.

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Kalynna Dacol

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Dedicatória – Mar e Maresia

Dedico este livro primeiramente a Deus, pois sem ele ter me

concedido o dom da palavra, não estaria aqui, nem teria este

grande prazer em fazer bom uso da mesma, e partilhá-la com o

próximo.

Dedico este livro a minha família, que me mostrou e demonstra de

forma livre os sentimentos, e de que forma eles afloram, qual

caminho eles nos levam e como voltar sã e salva para casa quando

somos sequestradas por eles. Por tanto, meu muito obrigado!

Mas, por último, e não menos significativo, mas de igual

importância, dedico este livro á todas as crianças, que vivem neste

mundo às vezes tão turbulento como as ondas dos Mares em meio

a tempestades!

Mas, que, sobretudo, conseguem com seus sentimentos autênticos.

E chama ardente de amor puro em seus corações... Tornar nossos

mundos cada vez mais respirável e agradável, como a Maresia!

Grata,

A Autora.

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A Descoberta do Ser

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Calores

Calores!

Calar! Colar de Amores...

Em amoras... Auroras, de luzes.

Colorais!

Calores!

Calores! Sois! Amores!

Mil e um odores.

Pudores!

Poderes!

Ser em series... Seres!

Calores! Calores!

Coloras em mil cores!

Tons de Amores!

Tons... Sons de Amores em tons de flores!

Calores! Odores! Pudores!

Poderes de Dolores!

Horrores, tremores!

Tintilar de Ardores!

Calores!

Colores.

Colores!

Amores...

Dolores!

Flores. Jasmins!

Espíritos afins.

De sentir em mim...

Calores! Carmins!

Amores em tons.

Amores nos sons.

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Frescores nas dores!

Amores! Descolores! És!

Calores!

Aflitos! Conflitos de pés.

Em rés! De Sois! De Fá em Fá...

Dá Dó de Mi!

Pois só lá si ESTOY!

AMORES!

Ó calores!

Coloras!

Colares de contas...

De contas das contas da vida que amares?

Amores!

Em sons de tons!

Que sambam...

Que regem... O ritmo das cores!

Calores!

Colares de contas de estrelas do céu e mar.

Ao som da relva!

Selva! Serafins! De mim...?

Pois sim!

Afins de sins em nãos!

Em vãos sólidos!

Terra! Mãe! Enterra a fera!

De vão em vazio...

Em Dolores!

Retorce-se em Dolores!

Ao ressoar dos sons...

Aos tons de AMORES!

Calores! Calouros! Colores!

A vida de Amores!

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A Descoberta do Ser

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Nos tons nos sons!

Tremores! Tambores!

Lufadas! Bufadas!

Amadas!

Aladas como as fadas...

Dos jardins!

De Amim!

Amado Ser!

Afim!

Afim das cores!

Morto!

Morto de Amor!

Amor em Rosas!

Prosas estendidas...

Entendidas e Frescas!

Há o frescor!

Suspiros em botões de Amor!

Frescuras em frescores!

Frescores das Palavras!

Em tom de Serafins!

AMOR sem fim!

Nem meio...

Nem começo!

Só CALORES! Em cores!

Amor sem FIM...

Da dor de Ser simplesmente assim: Calores!

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Confissão

Hoje.

Hoje! E não ontem.

Mas sim, hoje.

Hoje é o dia!

O dia da rebeldia.

Rebeldia de sentimentos e sentidos ocultos.

Segredos? Passados?

Passado que se revela ao presente?

Não. Não sei bem dizer.

O que sei. É que é hoje!

Hoje eu sou capaz.

Capaz de encarar a verdade.

A verdade de uma vida inteira!

A verdade de uma vida inteira!

Uma vida.

Sim a vida!

A vida que por enquanto faz parte de um todo.

E lá, estou eu!

Querendo desviar do assunto...

Que assunto?

O assunto que tento abordar.

Dês de o início do texto.

Mas talvez, pelo menos talvez.

A vida deseja hoje que eu seja franca.

Ou eu seja limpa em minhas abordagens.

Que seu seja pura, limpa e direta!

Como em uma linha reta que esta fadada a um destino!

Presa em fim a um objetivo único!

O de seguir em frente sem retroceder.

Como andar em uma direção.

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Onde as consequências de nossos atos só fazem a diferença, ao se

chegar ao final da jornada!

A grande chance de enfim não abortar.

Não abortar palavras, mas sim.

Parir a verdade tão postergada!

Admitir para assim se readmitir ao mundo.

Sem exageros.

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Dança

Dança.

Ó Dança!

Dança!

Balanço, balança.

Ginga, gingado!

Linha sinuosa e revolta.

Linha louca, solta!

Fio desencapado!

Da corrente elétrica de nossos corpos!

Causado pelo choque.

Choque ao se chocar com o suor do par!

Patine! Partida. Dança.

Usufruída, usufruto!

Do curto circuito.

De nossos corpos!

Corpos, ó corpos!

Corpos em puro sentimento!

Sentimentos em movimento!

De puros e impuros, divinos.

Tentadores e tentados!

Em casa, na cama, no caos!

Na cozinha, no carnaval, na poetizaria!

Mistura, mistura! Mistura!

Música, clássica, samba e dança de rua!

Mistura em um caldeirão.

De ingredientes apimentados e travessos!

Instintivos e quentes!

Remexe, mexe! Remelexo!

Ó corpo! Tu és ferramenta travessa!

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Quando a alma canta, o corpo dança!

Dança no ritmo.

No íntimo! Revela o molejo da alma!

Quando o corpo dança na coreografia do instinto!

Sem regras. Sem rótulos!

Sem medidas e metidos!

A alma se liberta!

Dança, canta, se remexe.

E no movimento se autoconhece!

E se diverte!

Ó dança!

Movimentos em cantos líricos!

Involuntários!

Ó dança, tu és a vida.

A vida bebida e sentida!

Tu és lembrança!

Ó dança!

Reverte Dor em Amor!

Reverte Raiva em Frescor!

Frescor que sentimos na pele!

Ao suarmos.

Suarmos as mágoas.

Mentiras, intrigas.

Armadilhas e malícias!

A dança.

Ó dança!

Dança que transcende!

Dança que não se mede.

E és melhor!

Quando não concedes, mas cedes!

Á sede de libertamos nos mesmos.

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112

Á libertarmos nosso ser interior,

E genuíno!

Ó dança que aquece o corpo,

Inebria a alma,

E refresca a mente!

Ó dança! Ó dança que canta!

Canta a minha alma,

Que rege a orquestra!

Instintiva e divina,

Do meu espírito!

Que conforta o meu coração.

E corrompe os limites do meu corpo.

E que concede á minha mente a liberdade!

Liberdade reveladora do improviso!

E renovação!

Que faz, e exalta a minha criança interior.

Á atingir a estase da minha vida!

Em busca de evolução!

Ó dança, danças!

Ó dança.

Que fala com os acordes da alma,

Através dos bumbos do coração!

Ó dança! Tu és uma eterna criança.

E tua energia não acaba como a da esperança!

Ó dança!

Dança que revela...

Em simples e complexos gestos,

E terminações nervosas.

O poder das palavras,

Em apelo mudo!

Ó dança!

Dança que me inspira,

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A Descoberta do Ser

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Que me faz respirar ofegante!

Onde reconheço que estou viva!

Ó dança!

Dança ao vaporizar,

E evaporar suor.

Lubrificando os meus ossos. E me certifico!

Que sempre estamos em constante mudança!

Dança...

Dança é movimento.

Movimento que tento.

Coreografo, contento! E reinvento!

Modificando-me!

Subtraindo-me e me adicionando!

Até a terra dança.

Como uma criança!

Girando, girando...

Em torno de si!

E bailando com o sol!

Dançar é viver.

E reconhecer a si.

E aos outros!

Dançar...

É permitir doar-se!

Para que ambos possamos. E devemos!

Furtar o melhor de cada um!

Por que a vida é um grande salão.

E ela tem seu ritmo!

Quem não vive dança!

E dança fora do ritmo.

E quem não dança conforme a música?

Realmente dança!

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Desabafo

Há escrever!

Por que insisto?

E no insistir...

O que tanto me atrai? Motiva-me? Emotivas são!

As palavras dançantes em minhas mãos!

Quando escrever pra mim...

Na verdade se torna descrever.

Descrever sentimentos de momentos.

E perceber, que mesmo eu sendo um ser.

Um só ser. Em uma extrema sede de descrever-me!

Torna-me cada vez mais...

Não a contadora de histórias.

Ou reveladora enigmática de sentidos!

Mas conduzindo-me desta forma...

Reencontro o meu Verdadeiro Eu!

Eu.

Eu o Sentido.

Eu a História!

Não a mão que leva a caneta...

A percorrer linhas, e mais linhas...

Derramando sua tinta em tom Negro!

Mas Sim! A própria Caneta!

Pois aqui! Sou Eu!

A Tinta que se converge em Palavras!

Que se contorce em dilemas.

Uma metamorfose constante em poemas...

Discrepantes, sinuosos e frágeis como a teia que sustenta a vida!

Sou a própria grafia...

Conduzo-me!

A Ser genuinamente a essência de Mim!

A pura Verdade! Aquela que ninguém consegue deturpar!

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A Descoberta do Ser

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Ou afugentar dos próprios pensamentos!

Sou eu! Sim! Eu: Palavras íntimas!

Fixas? Quem sabe? Ao vento?

O que torna o papel não um papel...

Mas, o meu Papel!

Pois, sou Protagonista de Mim!

Sou a tinta que penetra as páginas.

E tinge as folhas em branco.

Sou os sentidos!

Sou as palavras em somas!

Subtrações, adições, produtos!

Rimas e métricas!

Ao escrever...

Em papel pálido!

Não maquio minha Vida.

Ou construo uma Máscara!

Mas cedo a mim mesma!

Sou capaz de escrever-me!

De me transportar!

De palavra em palavra!

É o único lugar...

Onde não me nego!

Onde a ficção é mais do que aparências!

Se tornando uma realidade!

Uma realidade latente e febril!

E onde posso pecar?

Posso estar nua sem vergonhas!

Sem malícias! Sem medos!

Sem anseios! Em meu autorretrato!

Quase...

Uma autobiografia!

E por mais que pareça estranho...

Quase sempre, não autorizada!

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Kalynna Dacol

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Sim! Eu gosto de novela!

Sim! Eu sou a Cinderela!

Sim! Eu Amo Dançar!

Eu adoro o cheiro de Chuva e terra molhada!

Como amo o cheiro e o dançar das ondas do Mar!

Sim! Eu Amei!

Eu amei e não fui amada!

Eu fui incapaz de amar...

Quem por ventura me amou!

E me odiaram! Há como odiaram!

Sim me arrepende diversas vezes!

Quis muitas vezes voltar atrás? Não!

Mas me arrepende de não ter feito!

A verdade? Sou medrosa!

Ao me deparar com o Amor.

O Amor tão puro!

Sem amarras! Ou interesses!

O que eu posso fazer?

No mundo de hoje é como se deparar com...

Um bicho raro... Em extinção!

Por que não sei lidar com a falta de controle!

Sou extrema!

Ás vezes... Digo o que não queria!

E ás vezes me nego a dizer o que Sentia!

Fui covarde! Fui medrosa!

Sou Romântica! Sim, Eu Sou!

Não gosto de Reis e Rainhas!

E sim! De Histórias de Amor!

Pois em fim...

Tenho que ter uma faísca de coragem em mim!

E olhar para dentro e dizer!

Diga! Diga! Diga! Diga! Diga!

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Eu desejo Um Amor... Um!

No fundo não me permito!

Amar? Amar... Há! Amar...

Amar... Amar, realmente?

Amar dói! E muito! Amar...

E você ver laços se partindo!

Você ver o brilho dos olhos se apagando!

Você sentir... Frio em um abraço!

Ou você, simplesmente não sentir nada um dia!

Ou, sentir tudo de uma vez!

Por isso...

Sim! Gosto de Filmes!

Neles você pode conseguir a certeza de finais felizes!

E se quiser rever... É só rebobinar!

Você pode voltar a sentir a mesma emoção!

Você pode rever momentos inesquecíveis!

E quando se tem um Fim?

Você sabe... Teve um Começo!

E quando é triste o fim?

Você vira para o lado...

E mesmo que não veja ninguém... Você chora!

E de repente... Suas lágrimas em segundos...

Misturam-se ao som de um riso sem graça...

Onde, você enxuga suas lágrimas...

Com a ponta dos dedos...

E finalmente! Diz após um Suspiro profundo...

É só um Filme!

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Debate

Por quê!

Chatice!

Chateado!

Chateação!

Dor.

Torção involuntária de ideias!

Aquelas: Astutas e serias!

Espirrando ao longe...

Em bactérias!

Os pensamentos em meio ao vão!

Vão: Oco, vazio.

Preso e frio.

Maresia leve que enjoa.

E é breve! Quanto ás palavras mais gentis.

Minha garganta dói!

Sangra? Talvez!

Sangra na mente consciente.

Ao sentir no inconsciente das palavras, aqui presentes!

Tente. Reinvente!

Mas o mundo por mais que tente...

Não se mostrará diferente.

Só se fará ausente de tudo que é certo!

E que se crê!

Ao ver na face de quem fala.

O simples prelúdio da descrença!

Onde a desconfiança é veneno corrosivo!

Ao se questionar.

Matam-se ideias e ideais!

Ao invés de se construir premissas de futuro!

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Nos rascunhos de ar puro.

Que escapam dos pulmões.

Ao se inspirar coragem!

Para em fim, respirar e digerir diálogos!

Ás vezes ácidos! Doem!

Nas entranhas dos mais sábios!

Mas por que escondes?

O que tens. O que sabes?

Retrais de bom grado?

Ás ideias, antes, visionárias!

Com medo?

Eis que o sábio crê mais em outrem...

Do que em si!

Por no fundo permitir.

Que sua sabedoria...

Seja não o fruto de respostas...

Mas sim, frutos de indagação!

É permite-se!

Ser não o cultivador, mas a semente!

Que regada e dada á terra dos indagadores.

Frutífera será!

Frutos!

Que alimentará ás novas gerações.

De pessoas pensantes!

Pensar: Não é literalmente ter informações!

Mas sim, sintetizar, e objetivar soluções!

Pois é, no pensar imaturo.

Que encontramos o Co2!

Para a fotossíntese de ideias brilhantes e transformistas!

Mistas de amor e ódio.

Pelo conhecimento empirista!

Onde na fantasia teórica...

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Encontramos as alegrias!

De esforços pela prática!

Em prática: Busca por conhecimento!

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A Descoberta do Ser

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De Mim, Pra Mim, Por Mim, Com Deus.

Faz.

Faz um bom tempo que eu não escrevo.

Que eu não escrevo nada.

Não nada de ser nada!

Por assim ser.

Mas simplesmente nada em relação a tudo!

Não sei o que vem acontecendo comigo de fato!

O que me parece?

Que estou descrente!

Sabe?

Descrente das minhas próprias palavras!

Desnuda de provérbios, e ideias!

Como se de nada vale...

O que sai da minha mente...

Pois estou...

Sinceramente?

Estou em um mar revolto, oceano louco!

Padecendo de raiva, amor e fúria!

Beirando o precipício á buscar verdades em meio á loucura...

Em meio ás serpentes querendo desesperadamente Encontrar...

Brandura ternura e compostura!

Onde minhas emoções se é que eu ás tenho!

Parecem se digladiar pela atenção do meu corpo físico!

Como?

Como se pulsassem á todo o momento...

Desejos, imagens, pensamentos e miragens.

De um controle destorcido de moléculas nervosas!

Eu, eu não quero!

Mas já não possuo voz.

Voz em forma de ação!

Ação de paz para intervir em mim!

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O que será?

A causa desta ausência de equilíbrio?

Será a falta da criança interior?

Ou eu a mimei de mais?

Ou a falta da criança necessária...

E o adulto emergente?

E por tanto, conflituoso e opressor!

Será que isso flui?

Ou será a falta de Deus em mim?

Que me cega?

Parece.

Até por relance...

Que este lance...

Tire-me os sonhos.

A razão, o Chão a Questão!

A falta e o Desejo de Tudo!

Com o íntimo prazer...

De não saborear nada.

Para ver se a Dor passa!

Pareço fraca?

Pessimista?

Ou masoquista Eufemística?

Da verdadeira Hipérbole...

Parabólica e destrambelhada...

Sem eira nem beira!

Em uma explosão de hormônios heterônimos.

Físicos... Espirituais e psíquicos?

O que há?

O que há Deus por fim?

Ou será o meu enfim... Fim!

Afinal, já não sei o que vai dar!

Meu Deus me permita.

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A Descoberta do Ser

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Permita-me rever e reler o meu roteiro!

Já não sei minhas deixas e falas!

Meu Deus!

Meu Deus permita-me reler o roteiro...

Aquele escrito por voz para mim!

Para que eu possa retomar as rédeas.

Da minha vida e Existência!

E assim.

Quem sabe?

Uma segunda chance...

Para achar meu eixo.

O rumo.

Para finalmente...

Sem ir com sede ao pote...

Apoderar-me dos planos de forma ciente...

Do que o senhor planejou pra mim?

Por mim?

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Diagnóstico Psíquico.

Doida!

Louca! Fora de Si!

Desvairada! Sem limites!

Reflexo da loucura! Fúria desenfreada!

Trem de emoções desgovernado!

Devaneios! Em formas não vistas!

Fora da Lei! Ilícitas delícias!

Em torrões de açúcar... Ácidos!

De lua! Aluada! Destemperada!

Vítima da própria carne.

Presa fácil das próprias palavras!

Incompreensível!

Dom de autoflagelo de sentidos e sentimentos.

De gelo! Cortante! Dor de cabeça! Seca de menos.

Cheia de macro sentidos. E derrames de sentimentos!

Fora da lei! Dona do rumo!

Não se adapta... Ataca! Ataca! Ataca!

Sensualidade perigosa!

Manipuladora de mentes...

Usurpadora de palavras e pensamentos!

Contraste! Oposto ao real e além do imaginário! Visionária!

Coragem! Forma! Força!

Fora da realidade imposta da sociedade!

Transformadora de mundos!

Criminosa: Delito – A verdade que corrompe as grades verdades

veladas das entrelinhas da sociedade.

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A Descoberta do Ser

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EU, Você!

Eu.

Você.

Nós.

Nossos!

Nossos corpos.

Nossa mente!

Um Coração!

Um monte de Ilusão!

E mais por menos...

De mim em meio ao nada.

Ao nada. Dada á solidão.

Que cega, mata, remove!

Move, implanta...

Planta a descrença.

Em vez de desejo!

Em mil abraços.

E um terço de Beijos!

Em pecado santo.

De comunhão tardia!

Ria! Sorria! Esfria!

Rejuvenesce...

Pois aos que esquece...

Há nas lembranças as amargas esperanças!

De ilusórias verdades!

Convertidas em cerejas e glacê!

Pelas mentes que se faz fantasiar os sentimentos.

Pois aprendes! E não te prendes!

Coração tolo!

Rogo a te, a solução?

Não pertenço a ninguém!

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Não sou terra!

Sou carne a qual não pode ser loteada!

Sou fogo! E água que corrói o aço!

Que faz da indiferença: A diferença!

Se revelar como uma criança ingênua...

Á serviço da inveja infecciosa?

Não!

Sou a água...

Límpida... Materna e fraterna, amorosa...

Que raivosa destrói arrasa e constrói tragédias...

Porém doce cristalina e potável!

Fonte da vida...

Fonte da juventude!

Mãe da reciclagem e mudança.

Eu sou fragilidade em forma de fortaleza!

Você?

Tu és a gotícula de água...

Que arde em meio ao deserto escaldante...

Que se debate em busca de esperança...

Mas que se dissolve e evapora...

Como um apagar, como um branco...

Em meio ás memórias de outrora!

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A Descoberta do Ser

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Equilíbrio

Amores!

Amores despetalados!

Ó Lembrança!

Ó Lembranças!

Jaz ás esperanças...

Em meio vosso!

E em teu funeral...

Onde o sentimento é o carrasco!

Carrasco infortúnio!

Da alma dilacerada!

Sem pena, pelo abandono!

As lembranças...

Ó lembranças!

Tu és o sentimento.

O estado mais cruel!

E diplomático da criação!

Como podes ser tão duas caras?

Face e força da lei!

Face e força da justiça!

E és capaz de fazer conluio com o poder!

Ó poder, tão altruísta.

E ditatorialmente demagogo!

Que rogas!

Rogas que qualquer resquício de lembrança...

É inocente! Até que se prove o contrario!

Como podes permitir?

Permites armazenar.

Coisas tão discrepantes?

Na mesma gaveta.

E setor cerebral?

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Como deves saber...

Não é certo!

Ou de todo certo.

Guardar juntos secos e molhados!

Quanto mais, guardar de forma tão negligente!

Guardar cães, gatos e ratos!

No mesmo minucioso,

E minúsculo ambiente!

É no mínimo cômico.

Quando não quero me referir...

Exatamente á palavra ou ás palavras...

Que definem melhor! Literalmente Trágico!

No mínimo, acaba em sangue!

E sim! Sangue! Raiva! Revolta!

Pena de si.

Que trago á voz calada!

Ingrata e imatura!

Usurpar bons momentos.

E converte-los em lembranças!

Que maravilha!

Mas...

Fazer latejar,

Em nossas mentes!

Mais que vivas, e latentes!

As lembranças doloridas.

Fragilizadas e partidas!

É um ultraje!

É uma fadiga!

Á mente, ao corpo!

E sim, a minha alma!

Mas, principalmente...

Interfere na minha essência!

Em querer manter algo de Humano em mim!

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A Descoberta do Ser

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Do que sou e serei.

E do que me tornarei, mais adiante!

Afinal, sem passado.

E sem encarar o presente.

Como podemos ter um futuro descente?

A questão é de uma simplicidade.

Maior e amena por si só.

Quero apenas me certificar!

Que as lembranças que não são de bom grado...

Aquelas que nos remetem á inconstância!

E a um instinto selvagem!

Fiquem quietas!

E bem guardadas, tratadas.

E de preferência trancadas!

Em uma gaveta.

No almoxarifado.

Na parte Arquivo Morto.

Do meu Cérebro!

Mas que fique bem claro!

Nítido! Como um rio de águas puras,

E cristalinas!

Que sejam bem tratadas.

E guardadas em uma gaveta Inox.

E contra ferrugem!

Para que no futuro.

E espero, que próximo!

Possam ser recicladas!

E transformadas em algo útil.

Pois, tudo se recicla.

Lembranças também!

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Por quê?

Por piores que sejam,

Fazem parte de um Todo!

Que se chama Equilíbrio!

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A Descoberta do Ser

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Insônia

Quer saber!

Quer saber mesmo?

Eu estou cansada!

Cansada, exausta!

Não? Não!

É verdade!

Mas não me refiro ao meu corpo!

Este corpo.

Corpo exaurido pelo dia-a-dia!

Acontece, ou melhor, aconteceu!

Que não pensei, jamais!

Que na prática de não fazer nada...

Exigira-me tanto!

Tanta paciência!

Tanta coragem!

Coragem, para dormir.

Sabendo que o acordar.

Já será uma ação exaustiva!

Ó senhor!

Ó senhor, por quê?

Ingrata, eu?

Imagina só!

Até parece!

Parece que o menos é mais.

Que quanto menos, pior!

É, aquela história longa.

Nada é de mais?

E quando é de menos?

Minha vida.

Vida!

Ó vida!

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Vida tão... Sentida, és!

Na calmaria da desesperança!

Na falta de compromisso!

Na falta do emprego fixo!

Na falta de presente, futuro!

Na ingenuidade de não fazer nada!

O encontrei!

O caos em meio á calmaria.

Mas depois de toda calmaria?

Tempestuosas responsabilidades!

E quando é durante?

Ó sono!

Ó sono chega!

Leva-me!

Em teus sedosos braços.

E cabelos de estrelas!

Adormecidos na névoa...

Que neblina os meus olhos!

E me anestesia e embriaga!

Com o teu singelo...

E disfarçado perfume!

E assim...

Faz dos meus sonhos noites!

Noites estreladas!

Tão entrelaçadas!

Que fechem as pálpebras.

Da minha realidade, tão aturdida!

Que me prende.

Ás garras do caos!

Em meio, o início da matina.

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A Descoberta do Ser

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Ó sono! Ó sono!

Por que demoras?

Venha!

Venha vassalo das ilusões!

Escravo da tirania da noite.

Açoites! Sois mil vezes bem vindos!

Venham!

Prefiro!

Prefiro os açoites da noite.

Em meio aos sonhos!

Do que açoites caóticos...

Em meio à madrugada!

Ó! E o que dirá o Sol?

Venha! Venha!

Cubra-me de esperanças.

Que tal realidade...

Nem por um momento.

Sejam sós as lembranças!

Venha com o teu véu sedutor!

Com tua sedução de mel em mel.

Leva-me aos céus!

E me prolonga as noites!

Para que a manhã que me aguarda seja tardia.

E essas horas!

Horas!

Sejam por minutos...

E meios segundos, eternos!

Em mundo de sonhos!

Sonhos, ó sonhos! Acordados! Sois!

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Mentes Frutíferas

Esta Noite.

Neste dia, enfim, o fim.

É hora de descanso.

Sem murmúrios ou prantos!

Daqueles que escorrem pelo rosto...

Em tom de carmim.

Ó hora! Eis me aqui.

Dividida entre agonias.

De segundos e minutos.

Estes, moribundos! Em pensamentos inertes.

Porém, férteis entre si. Proliferam-se contra mim.

Em uma mente... Em solo de terra roxa.

Carinhosa e sedenta, que germinada floresce!

Floresce de ideais em ideias.

De sentimentos de raízes profundas.

E enroladas!

Enroladas em pergaminhos e papiros.

Antigos e frágeis.

Como as asas de insetos.

Translúcidos! Leves, Soltas e levadas!

Lá vão elas... Desprotegidas de vento em vento.

De Brisa, em contento.

De salgado ao agridoce!

De pimenta á Canela!

Nela, nesta terra!

Eis que ei de plantar!

Uma vida inteira!

De lembranças.

De sentimentos.

De sentidos em esperanças!

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A Descoberta do Ser

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Que semearão o futuro.

Onde a vida...

De tão bem enraizada.

Não será ceifada!

Pela perda precoce.

E mesmo, tardia!

Não se entregará!

Ao vassalo traiçoeiro: O Esquecimento!

Onde não há dor.

Mas sem dor.

Não elevamos as alegrias!

Onde a fantasia é agressora da Alma!

Pois quem é livre?

A mente!

E o pensamento latejante.

E germinador de Ações!

Sem o conjunto de brotos e árvores antigas...

Aquelas germinadas em passados alegres!

E tristes? Por que não?

Como se pode colher frutos de uma árvore sem galhos?

Como é possível, comer o frescor?

E relembrar momentos...

Sem saborear o suculento fruto das lembranças?

Pois mesmo com as lembranças de frutos amargos...

Construímos: Um Jardim!

Afinal, como ter uma árvore forte se ela jamais atravessou

ventanias?

Tempestades! Secas! E Diversidades?

As árvores mais firmes e frondosas.

São aquelas que uma hora ou outra...

Precisaram-se podar os galhos!

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Mas mesmo assim, que se afaste de mim qualquer vassalo ardiloso

do esquecimento!

Pois, não há nada mais triste...

Do que se dizer Adeus!

Aos momentos!

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A Descoberta do Ser

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O Cristo.

Eis-me aqui, dentre vos!

Para restabelecer o que já fora firmado!

No Egito antigo, na velha Jerusalém.

No novo testamento!

E em favorecimento de uma nova geração.

E de um novo mundo!

Em prol do Amor divino.

E de sua maior descoberta.

Que é o perdão!

O perdão em favor da União!

Entre os humanos, que em sua imperfeição...

E autenticidade consegue ser divino!

Não imolarás o cordeiro vosso!

Pois chegará o tempo...

Em que vosso sangue não irá conter a sede do diabo.

Em volto de sua ferramenta disfarçada e presunçosa!

A falsa gloria: O Pecado!

Eis que terás fé!

E sua fé serás testada!

Hás de sofrer mil açoites!

Espaçados!

Hás de viver em meio aos descartados!

Hás de fazer brotar!

Brotar em meio á praga...

O mais refinado resquício de perdão e fé!

Hás de comer e beber!

Da tua própria carne!

E do teu próprio sangue!

Hás de vede chorar teus entes queridos!

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Kalynna Dacol

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Verás sofrer tua mãe e progenitora!

Em tais momentos amplos e sentidos!

Terás que passar por morte e vergonhas incalculáveis!

Verá teu pai, tua carne, morrer.

Em meio á tuas vestes!

E serás incapaz de telo contigo!

Sentirás amor e raiva!

Até encontrares o teu caminho.

E tua aurora de batismo!

Há que, viestes?

Hás de escolher dentre milhares...

Exemplos de falha humana.

Doze falhas!

Que tu conviverás e amarás!

E os usará! Como o veneno em meio ao pecado.

Hás de ter da inveja um amigo.

Que será visto como inimigo!

Durante décadas a fio!

Hás de amar como o homem ama!

E neste forte amor encontrará a fraqueza!

De tua própria carne!

E como poderias?

Como poderias em fim o mal te tentares?

Usando a arma mais poderosa...

O Amor, a penitência, e ambos em forma de acaso!

Entrarás em desespero!

E mesmo assim, não irá abalar-te a fé!

Por que és tu, entre os montes!

Ó filho e Cordeiro de Deus!

Projetado para a morte!

Para o sacrifício de bom grado!

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A Descoberta do Ser

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Afinal, teu sangue é a chave da redenção humana!

E ao imolares o Cordeiro de Deus...

Abrirão vãos em meio terreno...

Ao paraíso nos céus!

Restabelecido o sangue que lavará a terra do pecado.

Renovado o relacionamento de Deus!

Para com seus filhos!

Amém!

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Kalynna Dacol

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Primavera.

Céus!

Ó céu!

Nuvens espaçadas!

De amor ao ar livre!

Azul!

Seduz ao lívido véu.

E fluidez da noiva pura!

Como armadura de pétalas em flor!

De rosas maduras e ainda assim, puras!

Ao desabrochar pela primeira vez.

Em botões de Maio.

Onde a santa Maria se orgulha.

Na humildade de se cobrir com seu manto.

Seu manto.

Ó manto!

Manto de céu azulado e esfumaçado.

Esfumaçado pelas nuvens feitas de algodão...

E trigo de seus cabelos!

Sobre o seu manto sagrado!

Descansados em alto relevo!

Veste de Mar o que guardas?

Vestes de pastos verdejantes, o que guardas?

Em meio ao seio da mãe Gaia?

Por que invejas?

E tentas!

Através de gotículas de água vaporizadas.

Mandar recados aos céus?

Queixas!

Sois-vos em tom de zombaria?

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A Descoberta do Ser

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Ó tulipas! Desabrochas!

Ó frutíferas árvores!

Colhei teus frutos!

Que a Primavera seja de verás o que és!

Prima dona!

Prima dona da criação.

Exaltação da obra divina.

Que desabrocha em diversas maneiras!

Ao se resplandecerem com o sol.

O sol e a água chuvosa!

Que sintetizam a vida!

Em meio á frieza gélida do inverno!

Choroso e ás vezes raivoso. Em sua solidão!

Em forma de manto branco.

Que mesmo assim, agasalhado.

Agasalha a vida em meio á solidão!

És possível?

Descrever de forma tão singela?

Tal passagem de atmosfera?

Pois sim, eis-me aqui á tentar!

Definir de forma mesmo branda.

As maravilhas! Em meio a terra!

De nosso amado e calejado planeta!

A alegria das flores com a chuva!

A felicidade da Lua em meio ás estrelas!

A paz do sol!

Ao fornecer a energia, que conduz a vida!

Da mais simples, á mais complexa!

Ó divina és natureza!

Tuas belezas!

Estão na simplicidade!

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Kalynna Dacol

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De agrupar amor em meio á névoa!

Teus frutos mais fortes e suculentos.

Nascem após ás tragédias!

Ó mãe! Sou eu, digna de te?

Do teu amor?

Do amor depreendido?

Que dá sem querer recompensas?

Tu me aqueces! Alimentas-me!

Nos amplos sentidos de minha fraca existência!

Em meio a tua força!

É na fragilidade e agilidade...

Na minúcia de detalhes e paciência...

Que esta a tua fortaleza!

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A Descoberta do Ser

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Pensamento.

Pensamento.

O ato de Refletir!

A saga de Pensar!

Pensar...

Se deixar levar.

Ser levada pelas entranhas do conhecimento!

Se perder pelos longos caminhos da mente.

Se deixar conduzir...

Se permitir!

Soltar-se.

Flutuar de leve.

Em meio ás leves plumas do pensar!

Há!

Como eu gostaria.

Como eu queria.

Pensar!

E ao pensar,

Não pensar em nada!

Mas não.

Não é possível!

Pois, quanto mais tento.

Mais pensamentos!

E aí vêm eles!

Involuntários,

Intrometidos,

Intensos!

Uma enxurrada.

Infinda de pensamentos.

E a cada gota de dúvida.

Dúvida?

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Kalynna Dacol

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Sim! Ó pensamento!

Tu tens sede.

Sede de dúvida!

É da dúvida que se alimenta!

Das dúvidas em busca de grandes respostas.

Quanto maior a resposta,

Maior é o pensamento.

Quanto maior a dúvida,

Cada vez maior é a resposta.

E aí, eis que o pensamento,

Vira um monstro guloso!

Alimenta-se da dúvida...

Da dúvida sobre a dúvida!

Das imagens,

Dos momentos,

Dos resquícios das palavras!

Há! Como és guloso!

Ó pensamento!

Pensamento que não se contenta,

Com o não ou com o sim.

Ó dúvida desvairada,

E apaixonada pela curiosidade,

Que não tem fim!

Somos os escravos da indagação!

Que por não ter coração,

Usa e abusa do nosso!

Para fazer pulsar!

Há dúvida em tudo que há!

Aqui na terra,

No céu,

Ou no mar!

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A Descoberta do Ser

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E não há respostas...

Que façam o pensamento cessar!

Por quê? Ela tem sede por conhecimento!

Vontade louca por nossas descobertas.

E quando ás descobre gosta de brincar.

E ás destorce em dúvidas incertas.

Para assim, se deliciar com cada traço,

Características e sensações,

Que conduzem a sua beleza!

É uma beleza pensar!

Pensar de tudo!

E de tudo um pouco!

Que nas minúcias,

E detalhes tornam-se muito!

Ao pensar,

Pensar de forma profunda,

Nasce assim, a filosofia!

Penso...

Num pensar disperso,

Diverso e constante!

Inebriada pela dúvida.

Dúvida!

Dúvida ás vezes calada e muda.

Desnuda de certezas,

Adornada de incertezas fantasiadas...

Como uma criança que na ingenuidade...

Usa a imaginação para revelar em gula.

Buscar as próprias e necessárias verdades!

Contentas-te amiga antiga e sentida...

Ao andar de mãos dadas com os pensamentos...

Tende a chegar a conclusões?

Liberta-te!

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Kalynna Dacol

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Deixa o pensamento te levar...

As águas puras de rio e mar...

Que ás vezes em pororocas á colidirem...

Raivosas por espaço.

É possível chegar á conclusão tão postergada!

Que na maioria das vezes...

As melhores respostas para assim o pensamento cessar...

É o silêncio!

Silêncio sábio do consenso...

Entre dúvidas e pensamentos, enfim... Há de haver

Contentamento?

Se há casamento entre a dúvida e o pensamento?

(...)?!

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Revolto

Sentir.

Sentido...

Autêntico.

Sentir...

Partir.

Partindo da partícula.

Partícula particular.

Na forma e direito de pensar!

De molho, na moita.

A espreita de respostas.

De revelações!

Sujeitas do sujeito.

Agrupando-se.

Qualidades aos defeitos!

Genuíno, tolo e belo!

Belo tolo!

Tolerante, tolerado, jamais amado!

Amargurado ao amadurecer de mais!

As ideias de fonte frutífera...

Comer?

Se não?

Bem feito.

Fez-se!

Para que no exagero se desfaça!

Á beleza, a doçura.

A gentileza do primeiro...

Sopro de juventude!

Juventude já esquecida.

Já encostada.

Em meio á montanha empoeirada.

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E abarrotada de lembranças.

Lembranças e lembretes! Da infância longínqua!

Há sim!

Se hás de ter naqueles tempos...

Ternura e bondade!

Brandura e felicidade, pois sim!

Eis que os mesmos não voltam!

Não se rebobina o filme da vida...

Não se retrocede momentos passados!

E quem sabe? Por demais afoitos?

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Saber, o que é saber?

Saber o que é saber?

Saber, o quê?

Eu não sei!

Eu não sei.

Não sei se sei bem!

O quê que esta se passando...

Entre entranhas, e tremores...

Dos meus nervos!

Saber.

Ou não entender!

É sonho? Doença?

Ou um reles pesadelo?

Fraca!

És fraca sim!

Sou fraca?

Por querer o além de mim?

O além de possuir, de ter?

Forte!

Forte é a dor.

Dor presunçosa...

Arrogantemente violenta e grosseira.

Que me aflige o corpo!

E que me desperdiça a alma!

Tão impessoal.

Tão antissocial...

Tão astuta e lesma.

Para as questões mais avarentas da vida!

Sinto-me como se fosse...

A pior das crenças! Doentias!

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De um ser estagnado e Palermo!

Sinto-me a mais sincera...

Das mais amadas...

E dolorosas falsidades...

De nossa realidade usurpadora: A Mentira!

Sinto-me vingativa!

Sem sede de vingança!

Mas como uma esponja sem função...

Que suga qualquer tipo de vida.

Ou resquício de felicidade.

Felicidade fantasiosa que nos rouba.

Á cada dia... A cada dia um pouco mais!

Um pouco mais de areia e muito menos de água!

Fratura exposta!

Imposta e pegajosa!

Como a mulher brega e terrivelmente perfumada!

Com um azedo cruel...

Inigualável!

Ás carnes putrefatas!

Do estomago furado por lombrigas!

Famintas por carne viva!

Morte!

Morte tu tens á sorte!

De não romperes ás mãos dadas com a vida...

A vida fértil que te unges!

E te guardas...

Amem!

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