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7/17/2019 A Didática e a Formação de Educadores http://slidepdf.com/reader/full/a-didatica-e-a-formacao-de-educadores-568d26c161e57 1/9  A DIDÁTICA E A FORMAÇÃO DE EDUCADORES Da exaltação à negação: a busca da relevância Vera Maria Candau PUC/RJ  Todo processo de or!a"#o de educadores $ especia%is&as e proessores $ inc%ui necessaria!en&e co!ponen&es curricu%ares orien&ados para o &ra&a!en&o sis&e!'&ico do ()ue a*er( educa&i+o, da pr'&ica peda-.-ica En&re es&es, a did'&ica ocupa u! %u-ar de des&a)ue 0o en&an&o, a an'%ise do pape% da did'&ica na or!a"#o de educadores &e! susci&ado u!a discuss#o in&ensa E1a%&ada ou ne-ada, a did'&ica, co!o re%e1#o sis&e!'&ica e 2usca de a%&erna&i+as para os pro2%e!as da pr'&ica peda-.-ica, es&', cer&a!en&e, no !o!en&o a&ua%, co%ocada e! )ues&#o De u!a posi"#o &ran)3i%a, e! )ue se da+a por supos&a a air!a"#o da i!por&4ncia da did'&ica, seu pape% passou a ser or&e!en&e con&es&ado As principais acusa"5es s#o de )ue seu con6eci!en&o, )uando n#o 7 in.cuo, 7 pre8udicia% “A acusação de inocuidade vem geralmente da parte de professores dos graus mais elevados de ensino, onde sempre vingou a suposição de que o domínio do contedo seria o bastante para fa!er um bom professor "e talve! se#a, na medida em que esses graus ainda se destinem a uma elite$% A acusação de  pre#udicial vem de an&lises mais críticas das funç'es da educação, em que se responsabili!a a Did&tica pela alienação dos professores em relação ao significado de seu trabal(o)  9Sa%-ado, :;<=, p :>? 0o en&an&o, es&a pro2%e!'&ica s. pode ser ade)uada!en&e co!preendida ser or 6is&orici*ada E%a se d' nu! con&e1&o concre&o, e! )ue o ensino de did'&ica se oi coni-urando se-undo u!as carac&er@s&icas espec@icas )ue &! de ser ana%isadas e! un"#o do con&e1&o educaciona% e po%@&ico$socia% e! )ue se si&ua! B nes&a perspec&i+a )ue &en&a se co%ocar o presen&e &ra2a%6o, )ue pre&ende oerecer su2s@dios para o aprounda!en&o da co!preens#o da po%!ica a&ua% so2re o pape% da did'&ica na or!a"#o dos educadores e su-erir a%-u!as pis&as para a sua supera"#o :U! pon&o de par&ida a !u%&idi!ensiona%idade do processo de ensino$ aprendi*a-e!O o28e&o de es&udo da did'&ica 7 o processo de ensino$ aprendi*a-e! Toda propos&a did'&ica es&' i!pre-nada, i!p%@ci&a ou e1p%ici&a!en&e, de u!a concep"#o do processo de ensino$aprendi*a-e! Par&o da inor!a"#o da !u%&idi!ensiona%idade des&e processo O )ue pre&endo di*er ue o processo de ensino$aprendi*a-e!, para ser ade)uada!en&e

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Didática, reflexão acerca do processo ensio/aprendizagem.

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 A DIDÁTICA E A FORMAÇÃO DE EDUCADORES

Da exaltação à negação: a busca da relevância

Vera Maria CandauPUC/RJ

  Todo processo de or!a"#o de educadores $ especia%is&as e proessores $inc%ui necessaria!en&e co!ponen&es curricu%ares orien&ados para o &ra&a!en&osis&e!'&ico do ()ue a*er( educa&i+o, da pr'&ica peda-.-ica En&re es&es, adid'&ica ocupa u! %u-ar de des&a)ue

0o en&an&o, a an'%ise do pape% da did'&ica na or!a"#o de educadores &e!susci&ado u!a discuss#o in&ensa E1a%&ada ou ne-ada, a did'&ica, co!o

re%e1#o sis&e!'&ica e 2usca de a%&erna&i+as para os pro2%e!as da pr'&icapeda-.-ica, es&', cer&a!en&e, no !o!en&o a&ua%, co%ocada e! )ues&#o

De u!a posi"#o &ran)3i%a, e! )ue se da+a por supos&a a air!a"#o dai!por&4ncia da did'&ica, seu pape% passou a ser or&e!en&e con&es&ado Asprincipais acusa"5es s#o de )ue seu con6eci!en&o, )uando n#o 7 in.cuo, 7pre8udicia%

“A acusação de inocuidade vem geralmente da parte de professores dos grausmais elevados de ensino, onde sempre vingou a suposição de que o domíniodo contedo seria o bastante para fa!er um bom professor "e talve! se#a, na

medida em que esses graus ainda se destinem a uma elite$% A acusação de pre#udicial vem de an&lises mais críticas das funç'es da educação, em que seresponsabili!a a Did&tica pela alienação dos professores em relação aosignificado de seu trabal(o)  9Sa%-ado, :;<=, p :>?

0o en&an&o, es&a pro2%e!'&ica s. pode ser ade)uada!en&e co!preendida ser or 6is&orici*ada E%a se d' nu! con&e1&o concre&o, e! )ue o ensino de did'&icase oi coni-urando se-undo u!as carac&er@s&icas espec@icas )ue &! de ser ana%isadas e! un"#o do con&e1&o educaciona% e po%@&ico$socia% e! )ue sesi&ua!

B nes&a perspec&i+a )ue &en&a se co%ocar o presen&e &ra2a%6o, )ue pre&endeoerecer su2s@dios para o aprounda!en&o da co!preens#o da po%!ica a&ua%so2re o pape% da did'&ica na or!a"#o dos educadores e su-erir a%-u!as pis&aspara a sua supera"#o

:U! pon&o de par&ida a !u%&idi!ensiona%idade do processo de ensino$aprendi*a-e!O o28e&o de es&udo da did'&ica 7 o processo de ensino$aprendi*a-e! Toda propos&a did'&ica es&' i!pre-nada, i!p%@ci&a oue1p%ici&a!en&e, de u!a concep"#o do processo de ensino$aprendi*a-e!

Par&o da inor!a"#o da !u%&idi!ensiona%idade des&e processo O )ue pre&endodi*er ue o processo de ensino$aprendi*a-e!, para ser ade)uada!en&e

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co!preendido, precisa ser ana%isado de &a% !odo )ue ar&icu%e consis&en&e!en&eas di!ens5es 6u!ana, &7cnica e po%@&ico$socia%

Ensino$aprendi*a-e! 7 u! processo e! )ue es&' se!pre presen&e, de or!a

dire&a ou indire&a, o re%aciona!en&o 6u!ano

Para a a2orda-e! 6u!anis&a 7 a re%a"#o in&erpessoa% o cen&ro do processoEs&a a2orda-e! %e+a a u!a perspec&i+a e!inen&e!en&e su28e&i+a,indi+idua%is&a e ee&i+a do processo de ensino$aprendi*a-e! Para es&aperspec&i+a, !ais do )ue u! pro2%e!a de &7cnica, a did'&ica de+e se cen&rar noprocesso de a)uisi"#o de a&i&udes &ais co!o ca%or, e!pa&ia, considera"#oposi&i+a incondiciona% A did'&ica 7 en&#o (pri+a&i*ada( O cresci!en&o pessoa%,in&erpessoa% e in&ra-rupa% 7 des+incu%ado das condi"5es s.cio$econ!icas epo%@&icas e! )ue se d'G sua di!ens#o es&ru&ura% 7, pe%o !enos, co%ocada en&reparn&eses

Se a a2orda-e! 6u!anis&a 7 uni%a&era% e reducionis&a, a*endo da di!ens#o6u!ana o Hnico cen&ro coni-urador do processo de ensino$aprendi*a-e!, noen&an&o, e%a e1p%ici&a a i!por&4ncia dessa di!ens#o Cer&a!en&e o co!ponen&eae&i+o es&' presen&e no processo de ensino$aprendi*a-e! E%e perpassa ei!pre-na &oda sua din4!ica e n#o pode ser i-norado

uan&o di!ens#o &7cnica, e%a se reere ao processo de ensino$aprendi*a-e!co!o a"#o in&enciona%, sis&e!'&ica, )ue procura or-ani*ar as condi"5es )ue!e%6or propicie! a aprendi*a-e! Aspec&os co!o o28e&i+os ins&rucionais,

se%e"#o do con&eHdo, es&ra&7-ias de ensino, a+a%ia"#o e&c, cons&i&ue! o seunHc%eo de preocupa"5es Tra&a$se do aspec&o considerado o28e&i+o e raciona%do processo de ensino$aprendi*a-e!

0o en&an&o, )uando es&a di!ens#o 7 dissociada das de!ais, &e!$se o&ecnicis!o A di!ens#o &7cnica 7 pri+i%e-iada, ana%isada de or!a dissociada desuas ra@*es po%@&ico$sociais e ideo%.-icas, e +is&a co!o a%-o (neu&ro( e!era!en&e ins&ru!en&a% A )ues&#o do (a*er( da pr'&ica peda-.-ica 7dissociada das per-un&as so2re o (por )ue a*er( e o (para )ue a*er( eana%isada de or!a, !ui&as +e*es, a2s&ra&a e n#o con&e1&ua%i*ada

Se o &ecnicis!o par&e de u!a +is#o uni%a&era% do processo ensino$aprendi*a-e!, )ue 7 coni-urado a par&ir e1c%usi+a!en&e da di!ens#o &7cnica,no en&an&o es&a 7 se! dH+ida u! aspec&o )ue n#o pode ser i-norado oune-ado para u!a ade)uada co!preens#o e !o2i%i*a"#o do processo deensino$aprendi*a-e! O do!@nio do con&eHdo e a a)uisi"#o de 6a2i%idades2'sicas, assi! co!o a 2usca de es&ra&7-ias )ue +ia2i%i*e! es&a aprendi*a-e!e! cada si&ua"#o concre&a de ensino, cons&i&ue! pro2%e!as unda!en&ais para&oda propos&a peda-.-ica 0o en&an&o, a an'%ise des&a pro2%e!'&ica so!en&ead)uire si-niicado p%eno )uando 7 con&e1&ua%i*ada e as +ari'+eis processuais&ra&adas e! @n&i!a in&era"#o co! as +ari'+eis con&e1&uais

Se &odo o processo de ensino$aprendi*a-e! 7 (si&uado(, a di!ens#o po%@&ico$

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socia% %6e 7 ineren&e E%e acon&ece se!pre nu!a cu%&ura espec@ica, &ra&a co!pessoas concre&as )ue &! u!a posi"#o de c%asse deinida na or-ani*a"#osocia% e! )ue +i+e! Os condiciona!en&os )ue ad+! desse a&o incide!so2re processo de ensino$aprendi*a-e! A di!ens#o po%@&ico$socia% n#o 7 u!

aspec&o do processo de ensino$aprendi*a-e! E%a i!pre-na &oda a pr'&icapeda-.-ica )ue, )uerendo ou n#o 9n#o se &ra&a de u!a decis#o +o%un&aris&a?,possui e! si u!a di!ens#o po%@&ico$socia%

0o en&an&o, a air!a"#o da di!ens#o po%@&ica da educa"#o e! -era%, e dapr'&ica peda-.-ica e! especia%, &e! sido aco!pan6ada en&re n.s, n#oso!en&e da cr@&ica ao reducionis!o 6u!anis&a ou &ecnicis&a, ru&os e! H%&i!aan'%ise de u!a +is#o %i2era% e !oderni*adora da educa"#o, !as &e! c6e-ado!es!o ne-a"#o dessas di!ens5es do processo de ensino$aprendi*a-e!

De a&o, o di@ci% 7 superar u!a +is#o reducionis&a, dissociada ou 8us&apos&a dare%a"#o en&re as dieren&es di!ens5es, e par&ir para u!a perspec&i+a e! )ue aar&icu%a"#o en&re e%as 7 o cen&ro coni-urador da concep"#o do processo deensino$aprendi*a-e! 0es&a perspec&i+a de u!a !u%&idi!ensiona%idade )uear&icu%a or-anica!en&e as dieren&es di!ens5es do processo de ensino$aprendi*a-e! 7 )ue propo!os )ue a did'&ica se si&ue

2. Ensinando Didática

0#o pre&endo a*er a 6is&.ria da did'&ica ou do ensino de did'&ica no rasi%Considero )ue es&a 7 u!a &area i!por&an&e e ur-en&e O )ue pre&endo 7 par&ir 

da !in6a e1perincia pessoa% co!o proessora de did'&ica desde :;>K, e si&uar es&a e1perincia na e+o%u"#o po%@&ico$socia% e educaciona% do pa@s Procurareirea%i*ar u!a an'%ise cr@&ica da e+o%u"#o do ensino de did'&ica da d7cada de >La&7 6o8e

*%+%+-omento: A afirmação do t.cnico e o silenciar do político:o pressuposto da neutralidade

Cursei a icencia&ura e! Peda-o-ia na PUC/RJ de :;N; a :;>= e, no anose-uin&e, co!ecei a %ecionar Did'&ica nes&a !es!a Uni+ersidade O nHc%eoinspirador dos !eus pri!eiros anos de proessora de Did'&ica oi cer&a!en&e

!in6a pr.pria e1perincia co!o a%una de Did'&ica ua% a &e!'&icapri+i%e-iada Se! dH+ida era a cr@&ica c6a!ada did'&ica &radiciona% e aair!a"#o da perspec&i+a esco%ano+is&a Ao !es!o &e!po, o Co%7-io de Ap%ica"#o da PUC/RJ pro!o+ia u!a e1perincia de educa"#o persona%i*adae! )ue se ena&i*a+a a associa"#o en&re Mon&essori e u2iensa e a u&i%i*a"#ode &7cnicas inspiradas no P%ano Da%&on Es&a esco%a oerecia ca!po pri+i%e-iadode es&'-io para os %icenciandos )ue o2ser+a+a! os princ@pios 2'sicos daEsco%a 0o+a

0os H%&i!os anos da d7cada de NL e nos pri!eiros da de >L, o pa@s passa por u! per@odo de -rande eer+escncia po%@&ico$socia% e educaciona% O de2a&e e!

&orno da ei de Dire&ri*es e ases !o2i%i*a a 'rea educaciona% Se enren&a!

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dieren&es posi"5es !as a !a&ri* %i2era% predo!ina

0es&e con&e1&o, a did'&ica a* o discurso esco%ano+is&a O pro2%e!a es&' e!superar a esco%a &radiciona%, e! reor!ar in&erna!en&e a esco%a Air!a$se a

necessidade de par&ir dos in&eresses espon&4neos e na&urais da crian"aG osprinc@pios de a&i+idade, de indi+idua%i*a"#o, de %i2erdade, es&#o na 2ase de &odapropos&a did'&icaG par&e$se da i!por&4ncia da psico%o-ia e+o%u&i+a e daaprendi*a-e! co!o unda!en&o da did'&ica &ra&a$se de u!a did'&ica de 2asepsico%.-icaG air!a$se a necessidade de (aprender a*endo( e de (aprender aaprender(G ena&i*a$se a a&en"#o s dieren"as indi+iduaisG es&uda!$se !7&odose &7cnicas co!o (cen&ros de in&eresse(, es&udo diri-ido, unidades did'&icas,!7&odo de pro8e&os, a &7cnica de ic6as did'&icas, o con&ra&o de ensino e&cGpro!o+e!$se +isi&as s (esco%as e1peri!en&ais(, se8a no 4!2i&o do ensinoes&a&a% ou pri+ado

Soares 9<:?, reerindo$se aos pri!eiros anos da d7cada de NL, iden&iica es&e!es!o predo!@nio da perspec&i+a esco%ano+is&a no ensino de Did'&ica

“A proposta da /scola 0ova 1 ideol2gica, que era, como toda e qualquer  proposta pedag2gica 1 apresentava1se a mim, e a quase todos os educadores,àquela .poca, como um con#unto l2gico e coerente de id.ias e valores, capa! não s2 de explicar a pr&tica pedag2gica como tamb.m, e sobretudo, de regul&1la, fornecendo regras e normas para que ela se desenvolvesse de forma3científica3 e 3#usta3% De um lado, a teoria sociol2gica de Dur4(eim fundamentavaa concepção de educação como sociali!ação do indivíduo, de outro lado, a

 psicologia experimental conferia racionalidade e ob#etividade à pr&tica pedag2gica)  9p K:$ K=?

O %i+ro$&e1&o !ais a!p%a!en&e ado&ado nes&e per@odo 7 o Su!'rio de Did'&icaera% 9NQ? de ui* A%+es de Ma&&os Es&e %i+ro oi apon&ado e! pes)uisarea%i*ada e! :;Q< en&re os proessores de Did'&ica de e%o ori*on&e, en&re as:K pu2%ica"5es !ais represen&a&i+as do con&eHdo da did'&ica 9O%i+eira, <L?Se-undo Soares 9<:?, u!a an'%ise de con&eHdo ideo%.-ico des&e &e1&o(des+endaria a ideo%o-ia %i2era%$pra-!a&is&a, os princ@pios da Esco%a 0o+a e o!i&o da neu&ra%idade dos !7&odos e &7cnicas de ensino )ue inor!a!, se! )uese8a! e1p%ici&ados, a Did'&ica propos&a pe%o au&or( 9p K?

Se-undo Sa+iani 9<L? o !o+i!en&o esco%ano+is&a se 2aseia na &endncia do(6u!anis!o !oderno( e es&a predo!inou na educa"#o 2rasi%eira de :;N a:;>L e o per@odo :;>L a :;>< se carac&eri*a pe%a crise des&a &endncia e pe%aar&icu%a"#o da &endncia &ecnicis&a

0es&a e&apa, o ensino da did'&ica assu!e cer&a!en&e u!a perspec&i+a idea%is&ae cen&rada na di!ens#o &7cnica do processo de ensino$aprendi*a-e! Bidea%is&a por)ue a an'%ise da pr'&ica peda-.-ica concre&a da !aioria dasesco%as n#o 7 o28e&o de re%e1#o Considerada (&radiciona%(, e%a 7 8us&iicadape%a (i-nor4ncia( dos proessores )ue, u!a +e* con6ecedores dos princ@pios e

&7cnicas esco%ano+is&as, a &ransor!aria! Para reor"ar es&a &ese, e1perincias

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peda-.-icas )ue represen&a! e1ce"5es den&ro do sis&e!a e )ue, !es!o)uando rea%i*adas no sis&e!a oicia% de ensino, se d#o e! circuns&4nciase1cepcionais, s#o o2ser+adas e ana%isadas Os condiciona!en&os s.cio$econ!icos e es&ru&urais da educa"#o n#o s#o %e+ados e! considera"#o A

pr'&ica peda-.-ica depende e1c%usi+a!en&e da ( +on&ade( e do (con6eci!en&o(dos proessores )ue, u!a +e* do!inando os !7&odos e &7cnicas desen+o%+idospe%as dieren&es e1perincias esco%ano+is&as, poder#o ap%ic'$%os s dieren&esrea%idades e! )ue se encon&ra! A 2ase cien&@ica des&a perspec&i+a se ap.iaunda!en&a%!en&e na psico%o-ia

0o per@odo de :;>> a :;>; !e ausen&ei do pa@s para rea%i*ar u! curso de p.s$-radua"#o no e1&erior Ao propor$!e e%a2orar u! &ra2a%6o so2re &e!a dea&ua%idade na 'rea da did'&ica, o assun&o esco%6ido n#o poderia ser ou&roEnsino pro-ra!ado

Desde o in@cio dos anos >L o desen+o%+i!en&o da Tecno%o-ia Educaciona% e,concre&a!en&e, do Ensino Pro-ra!ado, +in6a e1ercendo or&e i!pac&o na 'reada Did'&ica De u!a concep"#o da &ecno%o-ia educaciona% )ue ena&i*a os!eios, concei&o cen&rado no !eio, e, conse)3en&e!en&e, os recursos&ecno%.-icos, se passa+a a u!a +is#o da &ecno%o-ia educaciona% co!oprocesso De a&o es&a concep"#o par&ia da con8u-a"#o da psico%o-ia2e6a+ioris&a, da &eoria da co!unica"#o e do eno)ue sis&!ico e se propun6adesen+o%+er u!a or!a sis&e!'&ica de p%ane8ar o processo de ensino$aprendi*a-e!, 2aseando$se e! con6eci!en&os cien&@icos e +isando a suaprodu&i+idade, is&o 7, o a%cance dos o28e&i+os propos&os de or!a eicien&e e

eica*

Vo%&o ao rasi% e! :;>; Ins&a%ada a re+o%u"#o de :;> e passado o per@odo de&ransi"#o p.s$>, 7 re&o!ada a e1pans#o econ!ica e o desen+o%+i!en&oindus&ria% O !ode%o po%@&ico reor"a o con&ro%e, a repress#o e o au&ori&aris!o Aeduca"#o 7 +incu%ada Se-uran"a 0aciona% Ena&i*a$se seu pape% de a&o dedesen+o%+i!en&o e s#o propos&as !edidas para ade)u'$%a ao no+o !ode%oecon!ico

E a Did'&ica Assi! co!o no !o!en&o an&erior as pa%a+ras or"a era!a&i+idade, indi+idua%idade, %i2erdade, e1peri!en&a"#o, a-ora se ena&i*a a

produ&i+idade, eicincia, raciona%i*a"#o, operaciona%i*a"#o e con&ro%e A +is#o(indus&ria%( pene&ra o ca!po educaciona%, e a Did'&ica 7 conce2ida co!oes&ra&7-ia para o a%cance dos (produ&os( pre+is&os para o processo de ensino$aprendi*a-e! A-ora, !ais do )ue conron&ar a Did'&ica &radiciona% e a Did'&icareno+ada, o cen&ro nuc%ear do curso 7 o conron&o en&re o eno)ue sis&!ico e on#o$sis&!ico da Did'&ica Se u! ena&i*a o28e&i+os -erais, or!u%ados deor!a +a-a, o ou&ro ena&i*a o28e&i+os espec@icos e operacionais Se u!ena&i*a o processo, o ou&ro o produ&o Se u! par&e de u! eno)ue daa+a%ia"#o 2aseada na (nor!a(, o ou&ro ena&i*a a a+a%ia"#o 2aseada e!(cri&7rios Se no pri!eiro o &e!po 7 i1o, o se-undo &ende a &ra2a%6ar a +ari'+e%&e!po Se u! ena&i*a a u&i%i*a"#o dos !es!os procedi!en&os e !a&eriais por 

&odos os a%unos, o ou&ro a* +ariar os procedi!en&os e !a&eriais se-undo os

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indi+@duos E assi! por dian&e

0es&a perspec&i+a, a or!u%a"#o dos o28e&i+os ins&rucionais, as dieren&es&a1iono!ias, a cons&ru"#o dos ins&ru!en&os de a+a%ia"#o, as dieren&es

&7cnicas e recursos did'&icos, cons&i&ue! o con&eHdo 2'sico dos cursos deDid'&ica Mode%os sis&!icos s#o es&udados, 6a2i%idades de ensino s#o&reinadas e s#o ana%isadas !e&odo%o-ias &ais co!o ensino pro-ra!ado, p%anoe%%er, aprendi*a-e! para o do!@nio, !.du%os de ensino e&c

En&re as pu2%ica"5es indicadas pe%a pes)uisa de O%i+eira 9<L? co!o !aisrepresen&a&i+as do con&eHdo a&ua% da Did'&ica se-undo os proessores deDid'&ica de e%o ori*on&e, o predo!@nio da &ecno%o-ia Educaciona% 7, se!dH+ida, e+iden&e

0es&e eno)ue a acen&ua"#o da di!ens#o &7cnica do processo de ensino$aprendi*a-e! 7 ainda !ais ena&i*ada do )ue na a2orda-e! esco%ano+is&a0es&a, pe%o !enos e! a%-u!as de suas e1press5es, a di!ens#o 6u!ana 7sa%ien&ada e a re%a"#o proessor$a%uno 7 repensada e! 2ases i-ua%i&'rias e!ais pr.1i!as, do pon&o de +is&a ae&i+o

0a perspec&i+a da &ecno%o-ia educaciona% a Did'&ica se cen&ra na or-ani*a"#odas condi"5es, no p%ane8a!en&o do a!2ien&e, na e%a2ora"#o dos !a&eriaisins&rucionais A o28e&i+idade e raciona%idade do processo s#o ena&i*adas

Mas, se es&as duas a2orda-ens se dierencia!, e%as par&e! de u! pressupos&o

co!u! (o si%enciar da di!ens#o po%@&ica( E es&e si%ncio se assen&a naair!a"#o da neu&ra%idade do &7cnico, is&o 7, na preocupa"#o co! os !eiosdes+incu%ado$os dos ins a )ue ser+e!, do con&e1&o e! )ue ora! -eradosSi-niica +er a pr'&ica peda-.-ica e1c%usi+a!en&e e! un"#o das +ari'+eisin&ernas do processo de ensino$aprendi*a-e!, se! ar&icu%a"#o co! o con&e1&osocia% e! )ue es&a pr'&ica se d' 0es&e sen&ido, a Did'&ica n#o &e! co!o pon&ode reerncia os pro2%e!as reais da pr'&ica peda-.-ica )uo&idiana, a)ue%es)ue enren&a! os proessores de : e = -raus, &ais co!o prec'rias condi"5esecon!icas das esco%as e dos a%unos, c%asses super%o&adas, &a1assi-niica&i+as de e+as#o e repe&ncia, con&eHdos inade)uados, condi"5es de&ra2a%6o a+i%&an&es, e&c Co!o a Did'&ica n#o ornece e%e!en&os si-niica&i+os

para an'%ise da pr'&ica peda-.-ica rea% e o )ue e%a prop5e n#o &e! nada )ue+er co! a e1perincia do proessor, es&e &ende a consider'$%a u! ri&ua% +a*io)ue, )uando !ui&o, per&ence ao !undo dos (son6os(, das idea%i*a"5es )ue n#ocon&ri2ue! sen#o para reor"ar u!a a&i&ude de ne-a"#o da pr'&ica rea% )ue n#ooerece as condi"5es )ue &ornaria! poss@+e% a perspec&i+a did'&ica propos&a Ades+incu%a"#o en&re a &eoria e a pr'&ica peda-.-ica reor"a o or!a%is!odid'&ico os p%anos s#o e%a2orados se-undo as nor!as pre+is&as pe%os c4nonesdid'&icosG )uando !ui&o o discurso dos proessores 7 ae&ado, !as a pr'&icapeda-.-ica per!anece in&ocada

*%*% * -omento: A afirmação do político e a negação do t.cnico:

a contestação da did&tica

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Principa%!en&e a par&ir da !e&ade da d7cada de QL, a cr@&ica s perspec&i+asan&erior!en&e assina%adas se acen&uou Es&a cr@&ica &e+e u! aspec&oor&e!en&e posi&i+o a denHncia da a%sa neu&ra%idade do &7cnico e odes+e%a!en&o dos reais co!pro!issos po%@&ico$sociais das air!a"5esaparen&e!en&e (neu&ras(, a air!a"#o da i!possi2i%idade de u!a pr'&ica

peda-.-ica )ue n#o se8a socia% e po%i&ica!en&e orien&ada, de u!a or!ai!p%@ci&a ou e1p%@ci&a Mas, 8un&o co! es&a pos&ura de denHncia e dee1p%ici&a"#o do co!pro!isso co! o (s&a&us )uo( do &7cnico aparen&e!en&eneu&ro, a%-uns au&ores c6e-ara! ne-a"#o da pr.pria di!ens#o &7cnica dapr'&ica docen&e

(' u!a suposi"#o ir!ada en&re os cr@&icos do sa2er a*er de )ue a di!ens#ode eic'cia do &ra2a%6o peda-.-ico 7, deini&i+a!en&e, u!a in+en"#o dopra-!a&is!o peda-.-ico Dessa or!a &odas as &7cnicas e !eios peda-.-icoss#o produ&os da 2urocracia e ins&ru!en&os do poder do!inador e1ercido pe%oproessor 9? ' u! consenso &'ci&o de )ue as no"5es de eic'cia,raciona%idade, or-ani*a"#o, ins&ru!en&a%i*a"#o, discip%ina, es&#oindisso%u+e%!en&e %i-adas ao !ode%o 2urocr'&ico capi&a%is&a e, onde e1is&e!,s#o res&ri&oras dos processos de de!ocra&i*a"#o da esco%a e da sociedade 9?

 A cri&i)uice an&i&7cnica 7 pr.pria do de!ocra&is!o e responde e! 2oa dosepe%a di!inui"#o da co!pe&ncia &7cnica do educador esco%ar A nase nosa2er ser, se! dH+ida unda!en&a% para se deinir u!a pos&ura cr@&ica doeducador ren&e ao con6eci!en&o e aos ins&ru!en&os de a"#o, n#o podedisso%+er as ou&ras duas di!ens5es da pr'&ica docen&e, o sa2er e o sa2er a*er,

pois a inco!pe&ncia no do!@nio do con&eHdo e no uso de recursos de &ra2a%6oco!pro!e&e a i!a-e! do proessor$educador Tornar nossa pr'&ica ineicien&ep5e e! risco os pr.prios ins po%@&icos dessa pr'&ica( 95ibâneo, <=, p =$K?

Essa &endncia redu* a un"#o da Did'&ica cr@&ica da produ"#o a&ua%,-era%!en&e inspirada nas perspec&i+as an&erior!en&e !encionadas

 A air!a"#o da di!ens#o po%@&ica da pr'&ica peda-.-ica 7 en&#o aco!pan6adada ne-a"#o da di!ens#o &7cnica Es&a 7 +is&a co!o necessaria!en&e +incu%adaa u!a perspec&i+a &ecnicis&a Mais u!a +e* as dieren&es di!ens5es doprocesso de ensino$aprendi*a-e! s#o con&rapos&as, a air!a"#o de u!a

%e+ando ne-a"#o das de!ais Air!ar a di!ens#o po%@&ica e,conse)uen&e!en&e, es&ru&ura% da educa"#o,sup5e a ne-a"#o do seu car'&er pessoa% Co!pe&ncia &7cnica e po%@&ica se con&rap5e!

0es&e !o!en&o, !ais do )ue u!a Did'&ica, o )ue se pos&u%a 7 u!aan&idid'&ica

3 De uma didática instrumental a uma didática fundamental

0o !o!en&o a&ua%, se-undo Sa%-ado 9<=?, ao proessor de Did'&ica seapresen&a! duas a%&erna&i+as a recei&a ou a denHncia Is&o 7, ou e%e &rans!i&e

inor!a"5es &7cnicas des+incu%adas dos seus pr.prios ins e do con&e1&o

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concre&o e! )ue ora! -eradas, co!o u! e%enco de procedi!en&ospressupos&a!en&e neu&ros e uni+ersais, ou cri&ica es&a perspec&i+a, denunciaseu co!pro!isso ideo%.-ico e ne-a a Did'&ica co!o necessaria!en&e+incu%ada a u!a +is#o &ecnicis&a da educa"#o

Cer&a!en&e, na !aior par&e das +e*es, o ensino de Did'&ica es&' inor!ado por u!a perspec&i+a !era!en&e ins&ru!en&a%

“/ste enfoque limitado reflete1se nos livros sobre o assunto que são, em geral, pobres, restringindo1se ao enunciado de 6receitas6, com uma fundamentaçãote2rica insuficiente e inconsciente)% 9A%+i&e,<:, pN=?

 Mas a cr@&ica +is#o e1c%usi+a!en&e ins&ru!en&a% da Did'&ica n#o pode seredu*ir sua ne-a"#o Co!pe&ncia &7cnica e co!pe&ncia po%@&ica n#o s#oaspec&os con&rapos&os A pr'&ica peda-.-ica, e1a&a!en&e por ser po%@&ica, e1i-ea co!pe&ncia &7cnica As di!ens5es po%@&ica, &7cnica e 6u!ana da pr'&icapeda-.-ica se e1i-e! reciproca!en&e Mas es&a !H&ua i!p%ica"#o n#o se d'au&o!'&ica e espon&anea!en&e B necess'rio )ue se8a conscien&e!en&e&ra2a%6ada Da@ a necessidade de u!a did&tica fundamental 

 A perspec&i+a unda!en&a% da Did'&ica assu!e a !u%&idi!ensiona%idade doprocesso de ensino$aprendi*a-e! e co%oca a ar&icu%a"#o das &rs di!ens5es,&7cnica, 6u!ana e po%@&ica, no cen&ro coni-urador de sua &e!'&ica

Procura par&ir da an'%ise da pr'&ica peda-.-ica concre&a e seus de&er!inan&es

Con&e1&ua%i*a a pr'&ica peda-.-ica e procura repensar as di!ens5es &7cnica e6u!ana, se!pre (si&uando$as(

 Ana%isa as dieren&es !e&odo%o-ias e1p%ici&ando seus pressupos&os, o con&e1&oe! )ue ora! -eradas, as +is5es de 6o!e!, de sociedade, de con6eci!en&o ede educa"#o )ue +eicu%a!

E%a2ora a re%e1#o did'&ica a par&ir da an'%ise e re%e1#o so2re e1perinciasconcre&as, procurando &ra2a%6ar con&inua!en&e a re%a"#o &eoria$pr'&ica

0es&a perspec&i+a, a re%e1#o did'&ica par&e do co!pro!isso co! a&ransor!a"#o socia%, co! a 2usca de pr'&icas peda-.-icas )ue &orne! oensino de a&o eicien&e 9n#o se de+e &er !edo da pa%a+ra? para a !aioria dapopu%a"#o Ensaia Ana%isa E1peri!en&a Ro!pe co! a pr'&ica proissiona%indi+idua%is&a Pro!o+e o &ra2a%6o e! co!u! de proessores e especia%is&asusca as or!as de au!en&ar a per!anncia das crian"as na esco%a Discu&e a)ues&#o do curr@cu%o e! sua in&era"#o co! u!a popu%a"#o concre&a e suase1i-ncias, e&c

Es&e 7, a !eu +er, o desaio do !o!en&o a supera"#o de u!a Did'&icae1c%usi+a!en&e ins&ru!en&a% e a cons&ru"#o de u!a Did'&ica unda!en&a%

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Reerncias 2i2%io-r'icas

 AVITE, MMC Didática e psicologia: crítica do psicologismo na educação%S#o Pau%o oWo%a, :;<:

IX0EO, J C Sa2er, sa2er ser, sa2er a*er, o con&eHdo do a*er peda-.-icoRevista da ANDE, ano :, n , :;<=

MATTOS, A de Sumário de Didática Geral Rio de Janeiro Aurora, :;NQ

OIVEIRA, M R 0 S O conteúdo atual da Didática u! discurso daneu&ra%idade Tese de Mes&rado e! Educa"#o UFM, :;<L

SAADO, M U C O pape% da did'&ica na or!a"#o do proessor Revista daANDE, ano :, n , :;<=

SAVIA0I, D Corren&es e &endncias da educa"#o 2rasi%eira In TRIUEIRO, DFilosofia da Educaço !rasileira I0EP, :;<L

SOARES, M "ravessia $ Me!oria% apresen&ado Facu%dade de Educa"#o da

UFM co!o par&e dos re)uisi&os para a Inscri"#o e Concurso de Proessor Ti&u%ar e%o ori*on&e, :;<:

Fon&e

CA0DAU, Vera Maria 9or-? A Didática em #uesto Pe&r.po%is Vo*es, :;<KDisponi2%i*ado inicia%!en&e na i2%io&eca do SIAPE $ Sis&e!a de A"#oPeda-.-ica