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MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESRANGEIROS DA DINAMARCA A DINAMARCA PARA CRIANÇAS

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MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESRANGEIROS DA DINAMARCA

A DINAMARCA PARA CRIANÇAS

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A Dinamarca em resumo ..................................................................................................................................3

No topo da Europa ...........................................................................................................................................4

Gronelândia .....................................................................................................................................................5

As Ilhas Faroé ...................................................................................................................................................6

Parlamento e Governo .......................................................................................................................................7

Símbolos Nacionais ..........................................................................................................................................8

Tradições ..........................................................................................................................................................9

O Natal na Dinamarca .....................................................................................................................................12

Hábitos alimentares ..........................................................................................................................................14

A Família Real ...................................................................................................................................................16

Dinamarqueses famosos e produtos dinamarqueses ..........................................................................................18

As pequenas famílias .........................................................................................................................................21

Ensino ..............................................................................................................................................................22

Tempos livres e desporto ...................................................................................................................................23

As férias de uma criança na Dinamarca .............................................................................................................24

Se quiseres saber mais… ....................................................................................................................................26

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A Dinamarca em resumo

População: 5 445 000 •Superfície: 43 098 km2 •Densidade populacional: 126,4 /km2 •Região geográfi ca: Escandinávia •Países vizinhos: Alemanha, Noruega, Suécia •Produto Interno Bruto: 280 mil milhões de USD •

(1 642 mil milhões de DKK) PIB por habitante: USD 45 000 •Capital: Copenhaga 1,1 milhões de habitantes. Outras •

cidades importantes: Århus 228 000, Odense 158 000, Aalborg 122 000

Forma de governo: monarquia •Governo: de coligação, formado por Liberais e •

Conservadores, liderado pelos Liberais Chefe de Estado: Rainha Margarida II (desde 14 de •

Janeiro de 1972) Chefe de Governo: Lars Løkke Rasmussen (desde 5 •

de april de 2009) Distribuição étnica: 91.2% dinamarqueses. Os •

imigrantes e os descendentes destes constituem cerca de 8,8 por centro da população.

Esperança de vida: mulheres 80,4 anos, homens 75,9 •Língua: dinamarquês •Religião: 90% Protestante •Moeda: Coroa Dinamarquesa, DKK. 1 Coroa = 100 Øre •

(7,4544 DKK = 1 Euro, 2008) Membro da: ONU, OECD, UE, Nato, Schengen, OSCE, •

FMI, OMC e outros

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No topo da Europa

A Dinamarca está situada no topo da Europa, numa parte designada por Escandinávia.

Se olhares para um mapa, verás que a Dinamarca é uma pequena ponta por cima da Alemanha e por baixo de outros dois países escandinavos, a Noruega e a Suécia, aos quais estamos intimamente ligados. Se não falarmos muito rápido, conseguimos entender a língua uns dos outros.

A região maior da Dinamarca é a região que está ligada à Alemanha e que chamamos de Jutlandia. O resto do país é formado por ilhas. Existem cerca de 400 ilhas, 100 das quais são habitadas.

A Jutlandia está ligada às principais ilhas por meio de pontes, mas para deslocar-se às ilhas mais pequenas é necessário ir de barco. Recentemente foi construída uma ponte que liga a Dinamarca à Suécia. Agora é pos-sível ir à Suécia de comboio em apenas meia hora.

Os dinamarqueses sentem um grande orgulho pelas suas pontes. A extensão da Dinamarca não ultrapassa 300 quilómetros para cada lado, isto é, de norte para sul e de este para oeste e é habitada por cerca de cinco

milhões de pessoas, o que signifi ca que vivemos bastan-te próximo.

Mas isso não constitui um problema porque não temos montanhas, desertos ou áreas onde não seja possível vi-ver. Na realidade, as pessoas podem viver em qualquer parte do país e fazem-no.

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Gronelândia (Kalaallit Nunaat)

Forma de governo Governo autónomo, em aliança com a Dinamarca

Superfície 2,17 milhões de quilómetros quadrados, dos quais 410 449 não estão cobertos de gelo.

População 56 648 habitantes

Capital Nuuk (Godthåb), 15 047 habitantes

Moeda Coroa dinamarquesa (DKK)

Esta ilha enorme e incrivelmente bela está ligada ao Reino da Dinamarca desde o século XII. O povo gronelandês, que descende dos inuit, migrou para lá há milhares de anos, vindo do norte do Canadá.

A população gronelandesa não ultrapassa 56 000 habi-tantes, ao todo, e apenas as zonas costeiras são habitá-veis, enquanto as regiões a norte são verdadeiramente agrestes.

A calote de gelo cobre a maior parte da ilha, mas na costa ocidental da Gronelândia, em particular, o clima é relativamente ameno, pelo que 2/3 da população ha-bita nessa zona. Mas aqui, mesmo no Verão, a tempe-ratura raramente sobe acima dos dez graus centígrados. A maioria das pessoas vive em pequenos povoados, mas também existem comunidades isoladas de caçadores dispersas pela ilha. A capital, Nuuk, também está situ-ada na costa sudoeste. No extremo sul do país existem pequenas explorações de criação de ovelhas.

Desde 1979, que a Gronelândia é governada por um governo autónomo com responsabilidade local pelas questões sociais, políticas, financeiras e culturais. Isto signifi ca que é o Governo da Gronelândia que tem competência para decidir sobre estas matérias.

Noutras matérias (como a política externa), as decisões são tomadas pelo Governo dinamarquês. A Gronelân-dia detém dois lugares no Parlamento dinamarquês.

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As Ilhas Faroé (Føroyar)

Forma de governo Autonomia, fazendo parte do Reino da Dinamarca

Superfície 1 399 quilómetros quadrados

População 48 200 habitantes

Capital Tórshavn 19 339 habitantes

Moeda Coroas dinamarquesas (DKK)

A cerca de meio caminho entre a Escócia e a Islândia situam-se 18 pequenas e belas ilhas varridas pelo vento, com grandes montanhas arredondadas que parecem ter sido pintadas de verde. São as Ilhas Faroé, “Føro¬yar”, que estão ligadas ao Reino da Dinamarca desde 1380. As ilhas são formadas por antigos vulcões, inactivos, entrecruzados por fi ordes, vales profundos e estreitos braços de mar. A paisagem é deslumbrante, mas mui-tos pontos não são acessíveis. Nas ilhas vivem apenas

cerca de 48.000 pessoas, das quais cerca de 1/3 vive na capital Tórshavn.

As Ilhas Faroé são uma região autónoma, com parla-mento e governo próprios e elegem ainda dois repre-sentantes para o parlamento dinamarquês. A Grone-lândia possui um sistema semelhante. Os habitantes das ilhas Faroé têm uma língua própria que descende do norueguês e sobrevive desde a época medieval até aos nossos dias, embora a população também fale dina-marquês, que aprendeu na escola.

Os habitantes das ilhas Faroe têm vindo a alargar gradualmente a sua autonomia em relação ao Reino da Dinamarca. A questão de estabelecer um estado próprio, independente da Dinamarca tem estado, há muitos anos, na agenda política, no entanto, ainda não foi tomada uma decisão nesse sentido, em virtude dos subsídios que as autoridades das Ilhas Faroe recebem do Estado Dinamarquês, entre outros.

Klaksvik

Foto: Marianne Rasmussen

Foto: www.faroeislands.dk

Foto: www.faroeislands.dk

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O Parlamento dinamarquês

O Primeiro-Ministro

Parlamento e Governo

O sistema político da Dinamarca assenta em princípios democráticos. Isto signifi ca que a população elege os políticos que irão decidir como é que a Dinamarca deve ser governada. O Parlamento dinamarquês é cons-tituído por 179 membros, dois dos quais representam a Gronelândia enquanto outros dois representam as Ilhas Faroé.

De quarto em quarto anos realizam-se eleições gerais, embora o Primeiro-Ministro possa, em qualquer altura, convocar eleições no intervalo desses quatro anos.

Na Dinamarca é preciso ter pelo menos 18 anos para poder votar e ser eleito para o Parlamento.

O Governo Dinamarquês A Dinamarca tem um governo liderado pelo primeiro-ministro Lars Løkke Rasmussen do partido dos Libe-rais. Depois de serem conhecidos os resultados de uma eleição geral, o governo recém-eleito desloca-se ao Palá-cio de Amalienborg para um encontro com a Rainha. O governo é constituído por um primeiro-ministro, que é o presidente do partido que ganhou as eleições e por outros ministros, cada um dos quais é respon-sável por uma área específi ca. Existe um ministro dos

negócios estrangeiros, um ministro da educação, um ministro dos produtos alimentares, um ministro da igreja, etc.

O governo prossegue as posições políticas da Dinamar-ca, mas visto os governos maioritários serem raros na Dinamarca, o governo tem sempre de se entender com outros partidos no Parlamento para conseguir a apro-vação dos seus projectos de lei.

O partido do Primeiro-Ministro Løkke Rasmussen, os Liberais, formaram governo com o Partido Popular Conservador. A maioria no Parlamento é assegurada através da colaboração com o Partido do Povo Dina-marquês, entre outros.

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Símbolos Nacionais

A bandeira O símbolo nacional dinamarquês mais importante é, naturalmente, a nossa bandeira. À semelhança de muitos outros países, a nossa bandeira tem um nome próprio. Chama-se “Dannebrog”. É uma das bandeiras mais antigas do mundo, podendo mesmo ser a mais antiga. De acordo com a lenda, a bandeira dinamar-quesa caiu dos céus em 1219, durante uma batalha entre os dinamarqueses e os estónios, do outro lado do Báltico. Ao mesmo tempo que a bandeira caía, ouvia-se uma voz poderosa que proclamava que os dinamar-queses sairiam vitoriosos se se juntassem em torno da nova bandeira. Assim fi zeram e ganharam a batalha, mantendo assim a bandeira desde essa época.

O hino nacional Todos os países independentes possuem, habitual-mente, um hino. Mas na Dinamarca temos dois. Este facto tem, frequentemente, suscitado alguma confusão. Sucede, frequentemente, ser tocado o o hino “errado” quando os dinamarqueses participam em eventos desportivos internacionais. O hino “verdadeiro” chama-se Der er et yndigt land. Foi escrito em 1844 e é este hino que os dinamarque-ses consideram como o seu hino ofi cial. É este que de-

veria ser tocado nos eventos desportivos. A letra fala da beleza da paisagem dinamarquesa e do temperamento aprazível dos dinamarqueses.

Poderás ouvir o hino através deste link: http://www.um.dk/um_fi les/Denmark/music/DerErEtYndigtLand.mp3

O “outro” hino nacional chama-se “Kong Christian stod ved højen mast”. É utilizado em ocasiões mais formais, e frequentemente em cerimónias que envol-vem a família real. A letra honra os feitos dos antigos guerreiros. Poderás ouvir esse hino através deste link: http://www.um.dk/um_fi les/Denmark/music/KingChristian.mp3

A ave nacional A Dinamarca também possui uma ave nacional. A ave foi, de facto, democraticamente eleita. Até 1984, a cotovia era considerada a ave nacional. A decisão foi tomada por um grupo de peritos. Entretanto o canal de televisão DR organizou uma votação entre os telespectadores. Milhares de espectadores votaram e o resultado foi que o cisne ganhou, com uma vitória retumbante. Foi o povo que escolheu.

O cisne é a ave nacional A árvore nacional é a faia

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Tradições

Como certamente sabes, a Dinamarca é um país muito antigo. Por isso, muitas das nossas tradições são tam-bém muito antigas.

“Fastelavn” No início da Primavera festejamos o Fastelavn, a versão dinamarquesa do Carnaval. Antigamente, o Fastelavn durava três dias. Festejava-se com muita comida e bebida precedendo o jejum de 40 dias, a Quaresma, que culmina com a celebração Cristã da Páscoa.

Todas as crianças se mascaram no Fastelavn. Escolhes uma fantasia. Podes mascarar-te de robot, bailarina, fantasma ou limpa-chaminés. Não há regras, excepto usares a imaginação e divertires-te.

Também jogamos um jogo chamado Slå Katten af tønden (Bater no Gato). O jogo consiste no seguinte: enche-se um barril de madeira com doces e peque-nos brinquedos, pendura-se o barril de modo a fi car suspenso. Em seguida as crianças formam uma fi la para bater, à vez, com um pau no barril. A fi nalidade é partir o barril para que os doces e os brinquedos caiam para o chão. Todos participam no “saque”, mas have-

rá dois vencedores: a Rainha Gata, que é quem parte o barril e o Rei Gato, que é quem faz cair o resto do barril.

O motivo por trás do estranho nome deste jogo é que antigamente costumavam colocar um gato vivo dentro do barril. Tratava-se, obviamente, de um jogo mui-to cruel e já ninguém faz isso, mas parte da tradição sobreviveu.

Jogamos este jogo na escola ou às vezes o jogo é organi-zado para as crianças por alguém do bairro ou um dos muitos clubes ou associações dos quais muitos dina-marqueses são sócios.

Os Fastelavnsboller são um tipo especial de bolo que se come durante o Fastelavn. É também costume dar às crianças um fastelavnsris, um pequeno molho de vido-eiro decorado com papel e rebuçados.

Também faz parte da tradição as crianças irem, de porta em porta, com as suas máscaras a pedir doces ou pequenas moedas. Quando alguém abre a porta, cantamos uma pequena canção que diz assim:

Pãezinhos doces

Foto: Alletiders Kogebog

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“Bolinhos de Carnaval, Bolinhos de Carnaval

Se não me derem Bolinhos de Carnaval faço travessuras”

Este lado da tradição é muito semelhante àquilo que as crianças americanas fazem durante o Halloween, quan-do vão de porta em porta a pedir doces. Na realidade muitas crianças dinamarquesas, hoje em dia, gostam de festejar o Halloween no Outono. Assim poderás voltar a usar a tua fantasia. No entanto, a recompensa em forma de doces continua a ser superior durante o Fastelavn.

A Páscoa À semelhança dos outros povos cristãos celebramos a Páscoa. É um dia feriado e as crianças não vão à escola. As pessoas gostam de se reunir com a família e os amigos e desfrutar de um bom almoço da Páscoa. Um dos costumes da Páscoa consiste em enviares uma carta anónima a alguém teu conhecido. A carta contém uma adivinha. Em vez de assinares com o teu nome, colocas tantos pontos como letras que formam o teu nome e desafi as o destinatário a adivinhar quem é o autor da carta:

“Este é o jogo do Adivinha quem sou” Se conseguires adivinhar quem te escreveu, devolve a carta com a seguinte mensagem: “Adivinha isto, adivinha aquilo, vou dizer-te quem escreveu esta carta e acho que vais ter de me dar um Ovo de

Páscoa”

É que se fores capaz de adivinhar quem te enviou a carta, essa pessoa fi ca a dever-te um ovo de Páscoa de chocolate. Se, pelo contrário, não conseguires adivi-nhar, tens de oferecer um ovo de Páscoa à pessoa que te escreveu.

Durante a Páscoa há ovos por todo o lado. Gostamos de comer os ovos de Páscoa de Chocolate. Às vezes são grandes e ocos e contêm no seu interior outros ovos mais pequenos. Supostamente é o Coelho da Páscoa que, sorrateiramente, esconde os ovos para as crianças, nos arbustos ou debaixo dos móveis. No entanto, eu suspeito que os pais das crianças têm algo a ver com isso. Não importa, uma caça aos ovos é sempre diver-tida.

Existem também outros costumes ligados à Páscoa. Uma tradição peculiar, praticada nalguns lugares, con-siste na decoração de um ovo bem cozido. Depois de decorar o ovo, cada um pega no seu e leva-o para o cimo de uma colina. Cada um deverá, em segui-

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da, fazer rebolar o ovo pela colina abaixo. O vencedor será aquele cujo ovo vá mais longe.

Outras tradições Também festejamos o S. João, no dia 23 de Junho. A celebração tem semelhanças com o Natal, na medida em que é também uma combinação de antigas tradi-ções pagãs e a tradição Cristã. Festejamos o S. João Baptista, mas entretanto é, também, o dia mais longo do ano, o solstício de Verão. Juntamo-nos em torno de fogueiras e cantamos. Uma fi gura em forma de bruxa é, frequentemente, colocada no cimo da fogueira.

O S. João marca o início do Verão e das férias escolares que duram seis semanas.

Em Outubro também temos uma semana de férias escolares. Não são férias ligadas à igreja, mas apenas um intervalo durante o Outono. Antigamente eram chamadas “férias da batata” porque nas zonas rurais as crianças tinham de faltar à escola para ajudar os pais na colheita da batata.

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O Natal na Dinamarca

Quando nos aproximamos do Natal, as escolas e os infantários organizam os desfi les de Stª Lúcia. Na ver-dade, esta tradição tem origem na Suécia. Festejamos a Santa Lúcia e o solstício de Inverno.

Em Dezembro, temos um outro costume que é mui-to importante para as crianças dinamarquesas. É um calendário de Natal que permite às crianças fazer a contagem decrescente até à Noite de Natal. As crianças abrem um pequeno presente todos os dias até chegar ao dia 24. O presente poderá ser um pouco maior ao domingo. Todos os presentes de cada dia estão à vista no calendário. Por isso é preciso uma grande autodis-ciplina para não fazer batota e abrir logo as prendas to-das. Se o fi zesse seria um sinal de mau comportamento.

Os diferentes canais de televisão dinamarqueses partici-pam na contagem decrescente através de programação especial. Transmitem os seus próprios espectáculos alu-sivos à Quadra. Normalmente consiste numa história de Natal constituída por 24 curtos episódios, o último dos quais é transmitido na Véspera de Natal. Estes espectáculos são extremamente populares e apesar de serem produzidos para crianças, muitos adultos tam-bém gostam de ver.

A Noite de Natal O Natal na Dinamarca é uma mistura estranha, tal como em muitos outros países. Festeja-se o nascimento de Jesus, mas como ninguém sabe exactamente quando é que Jesus nasceu, a Igreja Cristã decidiu, no ano 354, celebrar o seu nascimento a meio do Inverno, no dia 25 de Dezembro, para coincidir com a celebração do Solstício de Inverno dos povos do Norte que é festeja-do no dia 21 de Dezembro. É o dia mais curto do ano, após o que a luz regressa e os dias começam a crescer. Por razões desconhecidas, celebramos o Natal na véspe-ra, isto é, na noite do dia 24 de Dezembro.

Os dinamarqueses festejam o Natal tradicional na véspera do dia de Natal, de modo semelhante em quase todos os lares dinamarqueses. Reúne-se o maior nú-mero de membros da família. Normalmente as visitas chegam relativamente cedo. Trazem presentes que são colocados por baixo da árvore de Natal.

O Jantar de Natal Depois de estarem todos sentados à volta da mesa é servido o jantar tradicional de Natal. A refeição pode-rá começar com uma entrada de peixe, por exemplo.

Menina vestida de Stª Lúcia

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Contudo, o prato principal é sempre constituído por porco assado, pato ou ganso. Nalgumas famílias, servem os três pratos. Comemos sempre batatas à refei-ção; não apenas batatas cozidas mas também pequenas batatas caramelizadas. É igualmente costume acompa-nhar com couve roxa e muito molho escuro.

O Jantar de Natal dinamarquês é muito tradicional, assim como a sobremesa que se chama Ris a la man-de. Basicamente consiste em arroz cozido em leite, misturado com chantilly, baunilha, amêndoas picadas e açúcar. Na realidade é muito bom, embora seja um pouco pesado depois de nos termos empanturrado com a carne assada e o pato. Mas não há como evitá-lo, temos de comer tudo. É que os adultos esconderam uma amêndoa inteira algures na sobremesa e quem a encontrar ganha um prémio.

Uma refeição como esta pode durar horas e, muitas vezes as crianças tendem a fi car um pouco impacientes. Estão desejosas de chegar ao evento principal: a aber-tura de todos os presentes que aguardam sob a árvore. Contudo, sabem que antes de isso acontecer, todos têm de se levantar da mesa e juntar-se em volta da árvore de Natal e cantar canções de Natal até poderem, fi nal-mente, abrir os presentes.

A refeição tradicional de Natal consiste em pato e/ou porco assado,

com batatas cozidas, couve roxa em conserva e molho escuro.

De sobremesa comemos Ris a la mande – uma espécie de arroz

doce com amêndoas e chantilly.

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Hábitos alimentares

Na generalidade, as crianças dinamarquesas alimen-tam-se bem. Tal como em muitos outros lugares do mundo, também comemos a nossa quota-parte de junk-food, doces e guloseimas e, ocasionalmente, bebemos demasiado refrigerantes. Contudo, de uma maneira geral, a comida é saudável e nutritiva. As refei-ções dinamarquesas são tipicamente uma combinação de pratos tradicionais dinamarqueses e pratos mais recentes, importados do estrangeiro.

Um plano alimentar típico poderá ser assim:

Pequeno-almoço: Iogurte, cereais,pão com doce ou queijo, uma peça de fruta, chá, leite ou sumo

Almoço: Quando estamos na escola, levamos uma lancheira com o nosso almoço. Consiste normalmente em san-duíches. Às vezes são apenas duas fatias de pão de cen-teio com uma fatia de salame (ou outro tipo de carnes frias) no meio. A este tipo de sanduíche chamamos de

“dobradinha”, o que literalmente signifi ca “dobrar”. É muito prático, pode ser feito num instante e sobrevive ao transporte na lancheira.

Habitualmente a lancheira também contém um peda-ço de pepino ou uma cenoura ou uma peça de fruta, talvez.

Quando estamos em casa, almoçamos frequentemente em família. Nesse caso a refeição é, habitualmente, um pouco mais caprichada. Mas raramente tomamos uma refeição quente ao almoço.

Lanche: Quando chegamos a casa, depois da escola, é frequente comermos fruta. Se tiveres sorte, consegues convencer os teus pais a darem-te uma fatia de bolo ou um copo de leite com chocolate.

Jantar: Esta é a refeição mais importante do dia e, quase sem-pre, é uma refeição quente. Às vezes também comemos pizza ou lasagna. Também é frequente comermos refei-ções à base de massas, como prato principal. As al-môndegas dinamarquesas são um prato clássico, assim

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“Pastelaria Dinamarquesa”

como as costeletas e os pastéis de carne. Estes pratos são acompanhados com arroz ou batatas. Comemos muito arroz. E imensas batatas. As batatas são cozidas. Raramente comemos batatas fritas, a não ser que vamos jantar fora.

É um pouco estranho. Estamos rodeados pelo mar e temos muito peixe, mas não comemos peixe com mui-ta frequência, talvez uma vez por semana, no máximo. Comemos muitas saladas e, habitualmente, comemos também muitos vegetais. Não é costume servir uma entrada. Isso, normalmente, apenas sucede em ocasi-ões festivas ou quando vamos jantar a um restaurante mais fi no. Frequentemente comemos uma sobremesa a seguir ao prato principal. Pode ser uma peça de fruta, gelado, ou um doce à base de frutos cozidos.

Como as crianças dinamarquesas viajam frequen-temente para países estrangeiros na companhia dos pais, o gosto dos dinamarqueses em relação à comida tornou-se mais internacional. Por isso, não te admires se te servirem comida tailandesa, tortilhas ou um prato originário do Médio Oriente. Gostamos de tudo isso porque os dinamarqueses gostam de cozinhar e de comer bem.

Pratos dinamarqueses famosos Só um número reduzido de hábitos alimentares dina-marqueses se tornou conhecido em todo o mundo. É o que sucede, por exemplo, em relação a um tipo de pastelaria conhecido como “Bolos dinamarqueses”. Barras de amêndoa, Charlotte de maçã e pratos quen-tes, como ganso ou porco assado com maçã, ameixas e batatas caramelizadas, couve roxa e molho escuro, também fazem parte dos pratos dinamarqueses conhe-cidos no resto do mundo.

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A Família Real

A monarquia dinamarquesa é a mais antiga do mundo. Antigamente, o rei era o governante absoluto, o que signifi cava que ele decidia tudo, praticamente. Hoje em dia já não é assim, embora a casa real continue a ser um importante símbolo de unidade nacional.

A nossa monarquia é liderada pela rainha. Margrethe Alexandrine Thorhildur Ingrid, que se tornou Rainha da Dinamarca em 1972. A Rainha Margrethe II nasceu no dia 16 de Abril de 1940, no Palácio de Amalien-borg, fi lha do Rei Frederico IX (f. 1972) e da Rainha Ingrid. O lema da Rainha é: “a ajuda de Deus, o amor do povo, a grandeza da Dinamarca”.

No dia 10 de Junho de 1967 casou com Henri Marie Jean André, Conde de Laborde de Monpezat, o qual assim se tornou Sua Alteza Real Príncipe Henrik da Dinamarca. A Rainha Margrethe II e o Príncipe Hen-rik têm dois fi lhos:

SAR o Príncipe Herdeiro Frederik André Henrik Christian, nascido a 26 de Maio de 1968, e SAR Prín-cipe Joachim Holger Waldemar Christian, nascido a 7 de Junho de 1969.

A Casa Real dinamarquesa, como tantas outras casas reais da Europa, possui uma história internacional. Durante muitos anos era tradição as casas reais euro-peias “trocarem” príncipes e princesas, pois uma vez que se pertencia à realeza era considerado apropriado contrair casamento com outro membro da realeza.

A mãe da actual rainha Margrethe II, Ingrid, era uma princesa sueca. O marido da Rainha Margrethe, o Príncipe Henrik, é um conde francês e as duas irmãs mais novas da Rainha casaram com um conde alemão e com um rei grego, respectivamente.

Hoje em dia já não têm de casar com outro mem-bro da realeza, no entanto, é frequente casarem com alguém de um país estrangeiro. Assim, o príncipe mais novo da Dinamarca, o Príncipe Joachim, foi casado com uma plebeia de Hong Kong, Alexandra Manley. Estão agora divorciados.

No dia 24 de Maio de 2008, o Príncipe Joachim casou com Marie Agathe Odile Cavallier, francesa, que pelo casamento se tornou SAR Princesa Marie da Dinamar-ca, Condessa de Monpezat.

Sua Majestade

Rainha Margrethe II e

o Príncipe Consorte Henrik

Foto: Steen Evald

Príncipe Joachim,

Princesa Marie e os

dois fi lhos do Príncipe Joachim,

do primeiro

casamento

Foto: Steen Brogaard

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O Príncipe Joachim tem dois fi lhos do casamento com a Condessa Alexandra: o Príncipe Nikolai, nascido a 28 de Agosto de 1999, e o Príncipe Felix, nascido a 22 de Julho de 2002.

O fi lho mais velho da Rainha Margrethe chama-se Frederik e, visto ser o príncipe herdeiro, será ele que irá herdar a o trono. Poderás ler mais acerca da Família Real na página www.kongehuset.dk

O Príncipe Herdeiro e a Princesa Herdeira O nome do futuro rei da Dinamarca é Frederik X, o nome da sua mulher é Mary e ela será um dia rainha da Dinamarca.

Actualmente possuem os títulos de Príncipe Herdeiro Frederik e Princesa Herdeira Mary da Dinamarca.

Desde a sua infância que Frederik sabia que um dia se-ria o próximo rei da Dinamarca. Frederik nasceu para ser Rei porque era o primogénito varão da Princesa Herdeira Margrethe, a actual Rainha Margrethe II da Dinamarca.

Mary não nasceu na realeza. Os seus pais, John e Hen-rietta Donaldson, viviam na Tasmânia, a sul da Aus-trália. Foi aqui que Mary cresceu, frequentou a escola e teve uma vida bastante normal. Não fazia ideia de que um dia iria casar com um príncipe e que iria viver num castelo real do outro lado do globo. Mas foi o que aconteceu. Na realidade, Frederik e Mary conheceram-se por ocasião dos Jogos Olímpicos. Poderás ler mais sobre este assunto, se quiseres, mais tarde. Actualmen-te, o casal vive no Palácio de Amalienborg, no centro de Copenhaga. Passam o Verão no Castelo de Fredens-borg, a norte de Copenhaga.

No dia 15 de Outubro de 2005, a Princesa Herdeira Mary deu à luz um saudável fi lho e herdeiro do trono, o Príncipe Christian Valdemar Henri John.

No dia 21 de Abril de 2007 nasceu a irmã mais nova, a Princesa Isabella Henrietta Ingrid Margrethe.

Poderás ler mais sobre a família do Príncipe Herdeiro na página: www.kronprinsparret.dk

A família do Príncipe Herdeiro

a celebrar o primeiro

aniversário da princesa Isabella

21 de Abril de 2008

Photo: Steen Brogaard

O Príncipe Herdeiro e a

Princesa Herdeira da

Dinamarca

Foto: Steen Evald

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Hans Christian Andersen

Hans Christian Andersen

Tivoli

Dinamarqueses famosos e produtos dinamarqueses

Hans Christian Andersen O escritor dinamarquês de contos de fadas, Hans Christian Andersen, é famoso em todo o mundo. Escreveu um grande número de excelentes contos de fadas já lidos ou ouvidos pela maioria das crianças e adultos de todo o mundo. Hans Christian Andersen nasceu em 1805 e chegou aos 70 anos de idade.

Ao longo da sua vida escreveu cerca de 190 contos de fadas e histórias. As mais famosas incluem “O Patinho Feio”, “A Vestimenta Nova do Imperador’’, “A Prince-sa e a Ervilha” e “A Pequena Sereia”. Ela está sentada numa pedra no porto de Copenhaga, ou melhor, uma escultura que representa a Pequena Sereia.

Mas Hans Christian Andersen também escreveu ro-mances, relatos de viagens, poemas e peças de teatro. Talvez conheças a frase: “Viajar é viver”, uma citação do famoso Andersen. A obra dele está traduzida em mais de 120 línguas.

Tivoli Situado bem no centro de Copenhaga, é um dos parques de diversões mais antigos do mundo. Oferece

todo o tipo de diversões, barracas de tiro ao alvo, jogos e muitos restaurantes. O Tivoli é bastante famoso e praticamente todos os turistas que vão a Copenhaga visitam o parque.

Um dia, Walt Disney visitou o Tivoli e gostou tanto que decidiu criar o seu próprio parque. O resultado foi a Disneylandia, que talvez conheças. Mas Tivoli é diferente.

Maersk A empresa dinamarquesa de transporte marítimo em contentores, Maersk Sea-land, é uma das maiores com-panhias de navegação do mundo. Os contentores da empresa transportam mercadorias para todos os cantos do globo. A Maersk Sealand faz parte do Grupo A. P. Møller que, para além do negócio da navegação, também se dedica à pesquisa e produção de petróleo e gás, construção naval, tráfego aéreo, fabrico industrial, venda a retalho e serviços de TI. O Director Mærsk McKinney Møller é uma das pessoas mais ricas da Dinamarca.

As coisas boas

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A “Cadeira 7”

Os blocos da Lego, o bacon e os lacticínios, como a manteiga Lurpak, o queijo e o leite, são alguns dos produtos que nos tornaram famosos em todo o mun-do.

Os ingleses adoram bacon. Os dinamarqueses come-çaram a exportar bacon para a Inglaterra em 1847. Tornou-se tão popular que marcou o início do maior sucesso de exportação dinamarquesa de sempre.

A manteiga Lurpak foi o primeiro lacticínio dinamar-quês a ser exportado. A Lurpak é uma das marcas de manteiga mais conhecida em todo o mundo. É vendi-da em mais de 100 países.

Também somos habilidosos no fabrico de rebuçados e gomas.

A maioria das crianças do mundo já teve nas suas mãos, em qualquer altura da sua vida, uma peça de lego. A Lego fabrica brinquedos desde 1932 e nos últimos 60 anos, a venda mundial de peças Lego ultrapassou 320 mil milhões unidades. Isto equivaleria a cada ser humano possuir 52 peças de lego, visto haver seis mil milhões de pessoas no planeta.

Na Dinamarca existe um número signifi cativo de inventores. Alguns deles conceberam alguns dos me-lhores parques infantis do mundo. Outros inventaram dispositivos inteligentes que te podem ajudar quando treinas futebol.

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Poufs “Gato Gordo”

Arquitectos Dinamarqueses Famosos Talvez conheças a grande casa de ópera em Sidney, na Austrália, formada por uma espécie de conchas brancas em cimento que se abrem para o lado do porto, como velas a todo o pano. Foi concebida pelo arquitecto dinamarquês Jørn Utzon. A Casa de Opera de Sidney tornou Utzon mundialmente famoso, em 1957 e garantiu-lhe novas encomendas. Pouco tempo depois desenhou o Banco Melli, em Teerão e o Parlamento do Kuwait.

Johann Otto von Spreckelsen é um arquitecto di-namarquês famoso em todo o mundo. Desenhou o grande arco de triunfo La Grande Arche no moderno bairro de La Defense, na capital francesa, Paris. O arco possui uma altura de 110 metros e é fabricado em betão e vidro; foi inaugurado em 1989.

Também possuímos notáveis arquitectos e designers de móveis. Alguns produzem móveis para as nossas crianças.

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As pequenas famílias

Na generalidade, as famílias dinamarquesas são pequenas. A maioria dos casais tem apenas um ou dois fi lhos. Obviamente, alguns têm cinco fi lhos, enquanto outros não têm nenhum, mas em média, cada mulher dinamarquesa tem 1,7 fi lhos. Comparado com

outros países europeus, a média de fi lhos por mulher é aproximadamente a mesma na Dinamarca e na Fran-ça, enquanto as mulheres espanholas apenas têm 1,2 fi lhos, em média.

Noutras partes do mundo, há famílias em que os adultos e as crianças vivem com os pais e os avós. Na Dinamarca é raro várias gerações viverem sob o mesmo tecto.

Cerca de 35 500 casais contraem matrimónio, anu-almente, na Dinamarca, mas muitos optam por viver apenas juntos, sem casar, especialmente os mais jovens.

Alguns casamentos dinamarqueses acabam. Todos os anos, se divorciam cerca de 13 500 casais. E mesmo

se tiveram fi lhos, muitas pessoas divorciadas voltam a casar-se, dando origem a famílias com “os meus fi lhos”, “os teus fi lhos” e “os nossos fi lhos”. Uma em cada três crianças dinamarquesas é fi lho de pais divorciados.

Nos últimos 20 anos, o número de crianças com meios- irmãos ou meias-irmãs aumentou. Quando se é meio-irmão ou meia-irmã, quer dizer que se tem ou o mesmo pai ou a mesma mãe. Os meios-irmãos não têm o mesmo pai nem a mesma mãe. Apenas se torna-ram meios-irmãos porque o pai ou a mãe casou com o pai ou a mãe de outra criança.

24% das crianças dinamarquesas entre os 0 e os 17 anos de idade possuem meios-irmãos, sendo este nú-mero o dobro do que era, há vinte anos.

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Ensino

As crianças e jovens dinamarqueses passam muitos anos na escola. Uma criança que inicie na pré-prima-ria, passará em média entre 16 e 17 anos a estudar, an-tes de conseguir o seu diploma. São mais alguns anos do que na maioria dos restantes países europeus.

As crianças começam o infantário aos três anos de idade, e quando chegam aos cinco ou seis anos entram para a verdadeira escola.

O ensino na Dinamarca é gratuito e todas as crianças têm de frequentar o ensino obrigatório, até ao nono ano. Contudo, mais de metade opta por continuar os estudos. Daquelas que prosseguem os estudos, cerca de metade tira um curso profi ssional, como cabeleireira ou mecânico de automóvel, enquanto a outra metade opta tipicamente pelo ensino secundário. Muitos que-rem aprender ainda mais e vão por isso para a faculda-de. Efectivamente, poderás andar 20 anos na escola, na Dinamarca, se incluíres a formação universitária no teu percurso escolar.

É proibido, por lei, os professores baterem nos alunos. Na generalidade o ambiente é muito descontraído e informal;

- por exemplo, os alunos tratam os professores pelo primeiro nome e não existe nenhum estabelecimento de ensino onde os alunos usam uniforme.

Também não precisas de memorizar muita coisa por-que os professores consideram mais importante que os alunos sejam capazes de falar uns com os outros e que sejam capazes de comunicar bem.

A maioria das escolas dinamarquesas tem um curto in-tervalo para almoço, por isso, todos levam sanduíches para a escola.

Tal como em muitos outros países, tens de aprender línguas estrangeiras. O inglês é a primeira língua es-trangeira que é ensinada na escola. Começas a apren-der inglês na 4ª classe e continuas pelo menos até ao 9.º ano. Do 7º ao 9º ano, as escolas também devem proporcionar aos alunos aulas de alemão, mas também podem escolher entre o alemão e o francês.

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Tempos livres e desporto

Na Dinamarca, as crianças têm bastante tempo livre. Passam entre 5 a 6 horas na escola e, habitualmente, não têm de estudar muito.

Um horário normal de uma criança dinamarquesa poderá ser assim:

08h00 às 13h00: Na escola

13h00 às 16h00: ATL. Habitualmente num local onde as crianças podem brincar em segurança, sob a supervi-são de professores ou animadores. Poderá ser na escola ou numa outra instituição.

16h00 às 18h00: Em casa, a fazer os TPC ou a descan-sar no sofá. Jantar cedo.

18h00 às 20h00. Na rua, talvez a praticar desporto, como futebol, por exemplo.

Depois das 20h00. Em casa novamente. Mais traba-lhos de casa. Tomar uma refeição ligeira. Discutir com os pais a hora de ir para a cama.

As crianças dinamarquesas gostam de ser activas nos seus tempos livres. Isto não signifi ca que não percam tempo à frente da

televisão ou passem pelas brasas no sofá. Mas na gene-ralidade gostam de estar ocupadas.

Os jogos de computador são populares, assim como os jogos on-line. A maioria das crianças dinamarquesas tem acesso à Internet. Também gostam de ler. Através do sistema de bibliotecas públicas, é fácil teres acesso aos livros que quiseres. Também é bastante comum, as crianças pertencerem a um corpo de escuteiros ou ter aulas de música.

Muitas crianças dinamarquesas praticam desporto. 89 % das crianças, com idade entre os 7 e os 15 anos, praticaram uma modalidade desportiva com regulari-dade, nos últimos dois anos. Os desportos mais popu-lares entre as crianças dinamarquesas são: o futebol, a natação, a ginástica, o andebol, o badmington e a patinagem.

O desporto favorito das raparigas é a ginástica e, contrariamente aos rapazes, também gostam de fazer equitação. O mesmo número de raparigas e rapazes praticam natação, verifi cando-se o mesmo em relação à patinagem.

72% das crianças com idade entre 7 e 15 anos estão inscritas num clube desportivo. Na Dinamarca, existe a tradição de organizar o desporto em clubes e associa-ções e praticamente, todas as localidades possuem uma associação, aberta tanto a crianças como a adultos.

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Porto de Copenhaga

Barco Viking

As férias de uma criança na Dinamarca

A Dinamarca é um excelente país para passar férias. Pelo menos é o que nós, os dinamarqueses, pensamos. Consegues praticar qualquer actividade que te apete-ça, excepto, naturalmente, escalar montanhas ou fazer esqui por uma montanha abaixo. O clima é bastante agradável. Os verões não são demasiado quentes e os invernos raramente são verdadeiramente frios.

A zona costeira Os dinamarqueses passam, frequentemente, as suas fé-rias na Dinamarca. Vamos logo em direcção às praias e ao mar, quase como se fossemos impelidos por uma lei da natureza. A Dinamarca possui 73.000 quilómetros de linha costeira e temos excelentes praias em qualquer parte do país. A água é limpa; mesmo no centro de Copenhaga podes dar um mergulho.

Na Dinamarca, existem milhares de pessoas que gostam de andar de barco. Durante o Verão, chegam pessoas dos países vizinhos em barcos à vela. Vêem, na realidade, pessoas de toda a Europa. As numerosas pequenas ilhas, baías e enseadas tornam a navegação, em águas dinamarquesas, uma experiência fascinante.

E não se vêem apenas modernos iates de luxo. Ainda se vêem muitos barcos à vela de madeira, antigos.

Se tiveres sorte, podes inclusivamente cruzar-te com um barco Viking. Mas não te assustes, obviamente não se trata de um barco Viking verdadeiro; é apenas uma réplica. Os tripulantes podem até ser descen-dentes dos Vikings, mas posso garantir-te que são absolutamente inofensivos.

Se preferires dar um tranquilo passeio de canoa num dos muitos lagos ou rios, pois muito bem! Existem imensos locais, onde é possível alugar canoas ou barcos a remos.

Andar de um lado para outro Podes viajar de um lado para outro do país de com-boio, autocarro ou automóvel. No entanto, se quiseres fazer férias ao estilo dinamarquês, terás de andar de bicicleta. Na Dinamarca existem milhares de ciclo-vias onde podes circular de bicicleta, em segurança. A ilha de Bornholm, situada no Mar Báltico, é um exemplo.

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Existem diversos locais onde a tua família pode alugar um carro puxado a cavalo, é quase como um atrelado de campismo, só que em vez de ser puxado por um carro é puxado por dois cavalos. É muito mais diverti-do do que andar de carro e podes usar cenouras em vez de gasolina. Alojamento É fácil encontrar alojamento. Existem muitos hotéis, estalagens, pensões, etc., e parques de campismo, se procuras um local para passar a noite. Também existem muitos albergues, cujos padrões são elevados; são quase como pequenos hotéis. Aliás, os albergues são excelen-tes locais para conhecer outros jovens turistas.

As coisas velhas não são “chatas” Em determinada altura os teus pais irão, provavelmen-te, tentar convencer-te a visitar um museu. Não amues. Aceita o desafi o! A Dinamarca é um país muito antigo, e nós gostamos muito de cuidar do nosso património. Por isso, se fores a um museu, posso assegurar-te que terás uma experiência interessante.

Nalgumas zonas do país preservamos aldeias inteiras do passado. Todos os edifícios são originais. Foram desmontados, tijolo a tijolo, do local onde, em tempos, se encontravam, tendo depois sido cuidadosa-mente montados de novo. É uma excelente oportunidade para

ter uma ideia clara de como era a vida naquela época. Podes experimentar como era a Dinamarca do passa-do em locais como Den Gamle By, em Århus, ou no Frilandsmuseet, a norte de Copenhaga.

E se tens curiosidade em saber como era a vida em tempos muito, muito antigos, como na Idade da Pedra, na Idade do Bronze ou na época dos Vikings, então deves visitar o Forsøgscenter Lejre perto de Roskilde. Aqui poderás fi car com uma ideia de como era a vida naquela época; literalmente, porque poderás cheirar, sentir e comer comida desses tempos.

Dar um passeio Existem também muitos parques de diversões em di-ferentes pontos do país. Os mais famosos são o Tivoli, Dyrehavsbakken, a norte de Copenhaga, e a Legoland. Mas não são os únicos, existem muitos outros locais onde podes brincar e divertir-te, horas a fi o.

É normal os adultos fi carem um pouco cansados, de-pois de um dia de jardins zoológicos, museus e parques de diversão. Se for esse o caso, leva-os à praia para se descontraírem. Ficam sempre mais animados.

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Palácio de Christiansborg Palácio de Amalienborg

Se quiseres saber mais…

Espero que, com este livro, tenhas aprendido muito sobre a Dinamarca. Mas há muitas mais coisas interessantes para conhecer, se procurares on-line.

Sobre a Dinamarca em geral, através de vídeos divertidos e outros…http://www.kids.denmark.dk/

Faz a tua própria sequência de fi lme sobre a Dinamarca http://www.considerdenmark.dk/

Como é ser turista na Dinamarca http://www.visitdenmark.dk/

( http://visitdenmark.dk/uk/en-gb/menu/turist/turistforside.htm)

O acesso é gratuito.

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca

Asiatisk Plads 2 DK-1448 København K, Dinamarca Telefone: +45 33 92 00 00 Fax: +45 32 54 05 33 E-mail: [email protected]

Website: www.um.dk

ISBN 978-87-7087-084-9 (versão electrónica)

ISBN 978-87-7087-085-6 (versão impressa)

Agradecimentos:

Editor do texto: Lars Mathiasen, swift & gelinde

Fotografi as: Alletiders Kogebog, Bob Krist, Cees van Roe-den, Colourbox, Dorthe Krogh, Fritz Hansen A/S, Henrik Stenberg, Ireneusz Cyranek, John Sommer, Jon Fossa, Kam & Co., Klaus Bentzen, Kristian Krogh, Marianne Rasmussen, Niclas Jessen, Ole Akhøj, RoomMate, Steen Brogaard, Steen Evald, VisitCopenhagen, VisitDenmark, Michael Damsgaard

Publicado em Dezembro de 2008.