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Lisboa Julho 2006 A Economia Portuguesa Ministério das Finanças Direcção-Geral de Estudos e Previsão

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Lisboa

Julho 2006

A

Economia

Portuguesa

Ministério das Finanças

Direcção-Geral de Estudos

e Previsão

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A Economia Portuguesa é uma

publicação bianual da Direcção-Geral

de Estudos e Previsão (DGEP). ISSN 0874-8195

Os exemplares podem ser obtidos no:

Centro de Documentação

Ministério das Finanças

Direcção-Geral de Estudos e Previsão

Rua da Alfândega, 5, 2º

1100–016 LISBOA

Tel.: 21 884 05 00

Fax: 21 884 05 51

E-mail: [email protected]

ou transferidos através:

http://www.dgep.pt

Elaborado com informação disponível até 13 de Julho 2006

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Abreviaturas Fontes:

BCE Banco Central Europeu

BVLP Bolsa de Valores de Lisboa e Porto

CE Comissão Europeia

CMVM Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

DGEP Direcção-Geral de Estudos e Previsão

DGO Direcção-Geral do Orçamento

DGT Direcção-Geral do Turismo

EUROSTAT Gabinete de Estatísticas da União Europeia

FMI Fundo Monetário Internacional

IGCP Instituto de Gestão de Crédito Público

IGFSS Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social

INE Instituto Nacional de Estatística

MSST Ministério da Segurança Social e do Trabalho

OCDE Organização para a Cooperação Económica e o Desenvolvimento

UEM União Económica Monetária

Outras: EUA Estados Unidos da América

I&C Informação e Comunicação

I&D Investigação e Desenvolvimento

IORF Índice de Rendimento de Obrigações de Taxa Fixa

IT Informação Tecnológica

IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado

OCT Observatório de Ciência e Tecnologia

PIB Produto Interno Bruto

PMEs Pequenas e Médias Empresas

UE-15 União Europeia

UE-12 Área do Euro

UE-25 União Europeia alargada a 25 Estados membros, desde 1 de Maio 2004

VH Variação Homóloga

n.d. /. não disponível

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Abreviaturas

Nome Abreviatura Currency CodeCoroa dinamarquesa DKK

Alemanha D Coroa sueca SEK Áustria A Dólar americano USD Bélgica B Dólar canadiano CAD Espanha E Euro EUR Finlândia FIN Franco suíço CHF França F Libra esterlina GBP Grécia EL Yen JPY Holanda NL Irlanda IRL Itália I Luxemburgo L Portugal PÁrea euro EU-12 Dinamarca DK Reino Unido UK Suécia SUnião Europeia EU-15 Chipre CY Eslováquia SK Eslovénia SI Estónia EE Hungria HU Letónia LV Lituânia LT Malta MT Polónia PL República Checa CZUnião Europeia inc. novos Estados-Membros EU-25Estados Unidos USJapão JPInstituições e organismosMinistério das Finanças e Administração Pública

MFAP

Instituto Nacional de Estatística INEBanco de Portugal BPBase de Dados da DG. Economic and Financial Affairs da UE

AMECO

Países membros da União Europeia:

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 i

Índice �HPortugal – alguns dados ���Hv

�HPortugal - Principais Indicadores Económicos ���Hvi

�HPortugal - Alguns Indicadores Estruturais ���Hvii

�HI.DESENVOLVIMENTOS RECENTES DA ECONOMIA PORTUGUESA.................... ���Hi

�HEconomia Portuguesa: evolução recente e perspectivas ....................................................... ���H1 �HEvolução recente ................................................................................................................... ���H1 �HPerspectivas para 2006 a 2009 .............................................................................................. ���H9

�HII.FINANÇAS PÚBLICAS................................................................................................... ���H11

�HAs finanças públicas no contexto da União Europeia ......................................................... ���H13 �HEvolução das finanças públicas........................................................................................... ���H26

��HAs determinantes da situação actual ............................................................................. ���H26 ��HOs objectivos para 2006 e o compromisso de médio prazo.......................................... ���H29

��HA Composição da Despesa Pública..................................................................................... ���H34 ��HPortugal e Espanha – 20 anos de adesão à União Europeia................................................ ���H40 ��HOs Sistemas Fiscais em Portugal e Espanha ....................................................................... ���H40

��HReforma fiscal .............................................................................................................. ���H40 ��HPortugal........................................................................................................................ ���H40 ��HEspanha........................................................................................................................ ���H42

��HEvolução desde 1986.................................................................................................... ���H42 ��HImpostos sobre o rendimento....................................................................................... ���H44 ��HPessoas colectivas........................................................................................................ ���H46 ��HImpostos sobre o consumo........................................................................................... ���H48

��HConclusões.................................................................................................................... ���H50 ��HOs Sistemas de Segurança Social em Portugal e Espanha.................................................. ���H51

��HEvolução recente do sistema de Segurança Social em Portugal ................................... ���H52 ��HEvolução dos sistemas de pensões do regime geral (trabalhadores privados) em

Portugal e em Espanha desde a adesão à UE........................................................... ���H54 ��HOs impactos da globalização............................................................................................... ���H61

��HAnexos.................................................................................................................................... ���H71

��HA. Principais alterações legislativas e/ou reformas na segurança social em Portugal no período 1986-2005.......................................................................................... ���H73

��HB. Web sites sobre a economia portuguesa.................................................................. ���H77 ��HC. Dados Estatísticos ................................................................................................... ���H79

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 ii

Quadros

��HQuadro 1. Principais indicadores económicos - Portugal ......................................................... ���H1 ��HQuadro 2. Despesa nacional...................................................................................................... ���H2 ��HQuadro 3. Mercado de trabalho ................................................................................................ ���H5 ��HQuadro 4. Inflação .................................................................................................................... ���H7 ��HQuadro 5. Principais hipóteses relativas ao enquadramento externo........................................ ���H9 ��HQuadro 6. Cenário macroeconómico ...................................................................................... ���H10 ��HQuadro 7. Carga Fiscal (% do PIB) ........................................................................................ ���H13 ��HQuadro 8. Receita, Despesa e Saldo Global (% do PIB) ........................................................ ���H15 ��HQuadro 9. Decomposição da Receita e Despesa (% do PIB).................................................. ���H17 ��HQuadro 10. Dívida consolidada das Administrações Públicas (% do PIB)............................. ���H21 ��HQuadro 11. Perspectivas para os países da área euro com Procedimento de Défices

Excessivos (% do PIB).......................................................................................... ���H22 ��HQuadro 12. Conta das Administrações Públicas a/ ................................................................. ���H27 ��HQuadro 13. Saldos Programados em % do PIB ..................................................................... ���H32 ��HQuadro 14. Dívida Pública (2005-2009)................................................................................ ���H33 ��HQuadro 15. Variação relativa na composição da despesa pública a/....................................... ���H35 ��HQuadro 16. Estrutura das Receitas Fiscais e não Fiscais da Administração Pública em

% do total .............................................................................................................. ���H44 ��HQuadro 17. Taxas nominais de imposto sobre o rendimento de pessoas singulares

(2005) .................................................................................................................... ���H45 ��HQuadro 18. Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares em % do PIB ....................... ���H45 ��HQuadro 19. Imposto sobre o rendimento das sociedades em % do PIB.................................. ���H47 ��HQuadro 20. Impostos sobre o consumo em % do PIB ............................................................ ���H49 ��HQuadro 21. Estrutura da despesa corrente da Segurança Social em Portugal entre

2001-2005 ............................................................................................................. ���H53 ��HQuadro 22. Estrutura da receita corrente da Segurança Social em Portugal 2001-2005 ........ ���H54 ��HQuadro 23. Taxas de substituição (bruta e líquida) por nível de rendimento no sistema

público de pensões, em Portugal e em Espanha.................................................... ���H58 ��HQuadro 24. Características do sistema de pensões público em Portugal e em Espanha

(regime geral) ........................................................................................................ ���H59 ��HQuadro 25. Estrutura sectorial do IDE.................................................................................... ���H67

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 iii

Gráficos

��HGráfico 1.Taxas de juro de empréstimos* a particulares para habitação.................................. ���H3 ��HGráfico 2. Desempenho das exportações de bens ..................................................................... ���H4 ��HGráfico 3. Decomposição da variação do saldo da balança de mercadorias............................. ���H5 ��HGráfico 4. Taxa de desemprego e hiato do produto (em %) ..................................................... ���H6 ��HGráfico 5. Produtividade do trabalho e Custos unitários do trabalho ....................................... ���H7 ��HGráfico 6. Índice de preços no consumidor .............................................................................. ���H8 ��HGráfico 7. Índice harmonizado de preços no consumidor ........................................................ ���H8 ��HGráfico 8. Carga Fiscal (% do PIB) – desvios face à UE (2005)............................................ ���H14 ��HGráfico 9. Desvios face à Área Euro – Despesa Total e Saldo Global (2005) ....................... ���H16 ��HGráfico 10. Componentes da Despesa - diferença entre Portugal e a média da Área

euro em 2005 (pp. do PIB) .................................................................................... ���H19 ��HGráfico 11. Desvios face à Área Euro – Saldo Global e Primário corrigidos do ciclo

(2005) .................................................................................................................... ���H19 ��HGráfico 12. Hiato do Produto - Desvios face à Área Euro (2005) .......................................... ���H20 ��HGráfico 13. Hiato do Produto – Portugal e Área euro............................................................. ���H20 ��HGráfico 14. Dívida das Administrações Públicas consolidada em % do PIB - Desvios

face à média da área euro (2005) .......................................................................... ���H21 ��HGráfico 15, Propulsores da Despesa (1995 a 2005) ................................................................ ���H26 ��HGráfico 16. Política Orçamental e ciclo económico (Receita e Despesa).............................. ���H28 ��HGráfico 17. Política Orçamental e ciclo económico (saldo e hiato)....................................... ���H29 ��HGráfico 18. Saldo Global em % do PIB (2006-2009) ............................................................ ���H30 ��HGráfico 19. Programação Financeira 2006-2009 ................................................................... ���H30 ��HGráfico 20. Redução programada na Despesa Total.............................................................. ���H31 ��HGráfico 21. Orientação da política Orçamental (2005-2009) ................................................. ���H32 ��HGráfico 22. Composição da despesa pública (class. económica)............................................ ���H36 ��HGráfico 23. Composição da despesa primária (class. funcional) ............................................ ���H36 ��HGráfico 24. Peso da despesa primária no PIB (class. funcional) ............................................ ���H37 ��HGráfico 25. Despesa com Protecção social ............................................................................. ���H38 ��HGráfico 26. Despesa com Educação........................................................................................ ���H38 ��HGráfico 27. Despesa com Saúde ............................................................................................. ���H39 ��HGráfico 28. Despesa com Segurança e Ordem Pública........................................................... ���H39 ��HGráfico 29. Receita da Administração Pública (Fiscais e não Fiscais) em % do PIB ............ ���H43 ��HGráfico 30. Taxas implícitas sobre o trabalho, em % ............................................................. ���H46 ��HGráfico 31. Taxas implícitas sobre o rendimento das empresas, em %.................................. ���H48 ��HGráfico 32. Taxas implícitas sobre o consumo, em %............................................................ ���H49 ��HGráfico 33. Contribuições sociais efectivas das Administrações Públicas no período

2000-2005 (SEC95) .............................................................................................. ���H51 ��HGráfico 34. Despesa em segurança social das Administrações Públicas no período

2000-2005 (SEC95) .............................................................................................. ���H52 ��HGráfico 35. Evolução das receitas e das despesas (correntes) em Portugal entre 1987-

2005....................................................................................................................... ���H54

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 iv

��HGráfico 36. Evolução da despesa com pensões em Portugal e em Espanha entre 1986-2005 (regime geral)...................................................................................... ���H55

��HGráfico 37. Evolução da despesa com pensões em Portugal e em Espanha entre 1986-2005 (regime geral) ............................................................................................... ���H56

��HGráfico 38. Evolução da pensão média em Portugal e em Espanha entre 1986-2005 a preços constantes de 2002 (regime geral) ............................................................. ���H57

��HGráfico 39. Projecção da despesa pública com pensões entre 2004 e 2050 a ......................... ���H60 ��HGráfico 40. Evolução da Balança de Pagamentos (Portugal) ................................................. ���H62 ��HGráfico 41. Balança de Pagamentos em % do PIB (Portugal)............................................... ���H62 ��HGráfico 42. Evolução da Balança de Pagamentos (Espanha) ................................................. ���H63 ��HGráfico 43. Balança de Pagamentos em % do PIB (Espanha)................................................ ���H63 ��HGráfico 44. Fluxos de IDE – mil milhões de euros................................................................. ���H64 ���HGráfico 45. Entradas de IDE em % do PIB ........................................................................... ���H65 ���HGráfico 46. Origem do IDE em Portugal................................................................................ ���H65 ���HGráfico 47. Origem do IDE em Espanha................................................................................ ���H66 ���HGráfico 48. Estrutura da exportação de produtos industriais transformados segundo a

intensidade tecnológica ......................................................................................... ���H68 ���HGráfico 49. Exportação de produtos industriais transformados em % da produção, por

intensidade tecnológica ......................................................................................... ���H68 ���HGráfico 50. Comércio intra-sectorial de produtos manufacturados a/ .................................... ���H69

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 v

Portugal – alguns dados

Localização: Sudoeste da Europa, na Península Ibérica. O território português inclui ainda os arquipélagos dos Açores e da Madeira, no Oceano Atlântico.

Área: 92 152 km2: 89 045 Km² Portugal Continental; 2 322 Km² arquipélago dos Açores; 785 Km² arquipélago da Madeira.

População: 10,5 milhões (114,3 pessoas por km2) em 2004

Capital: Lisboa

Língua oficial: Português

Moeda: euro (Notas e moedas denominadas em euros iniciaram a circulação em Janeiro de 2002)

Sistema Político: Democracia parlamentar

Chefe de Estado: Presidente Aníbal Cavaco Silva

Chefe de Governo: Primeiro Ministro José Sócrates

PIB a preços correntes: 147 395 milhões de euros (2005)

PIB per capita (ppp): 16 660 euros (2005)

Principais indústrias: Têxtil, fabricação de veículos automóveis e acessórios, calçado, vinho, papel, etc.

Principais parceiros comerciais: União Europeia (Espanha, Alemanha, França, Reino Unido, Itália) e EUA.

Principais importações: veículos automóveis, combustíveis, máquinas, químicos.

Principais Exportações: veículos automóveis, máquinas, vestuário, calçado, produtos plásticos, cortiça.

Indicadores de bem estar:

Indicador 1980 1990 2002 2004

Esperança média de vida à nascença 71,5 74,1 77,1 77,8

Mortalidade Infantil (nº de mortes por 1000 nascimentos) 21,8 10,9 5,0 3,8

Nº de médicos por 100 000 habitantes 196,9 283,6 324,0 334,4

Idade média da mulher ao nascimento 1º filho 23,6 24,7 27 27,5

Nº alunos matriculados no ensino superior 106 316* 187 193 400 831 395 063

Taxa de escolaridade - Ensino secundário : 8,4% 13,0% :

Taxa de escolaridade - Ensino superior : 6,6% 11,4% :

Posse de computador pelas familias (%) : 11** 26,8 41,3

Assinantes do serviço móvel terrestre : 6 584 8 530 410 9 773 102Fonte: INE* 1985 ** 1995

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 vi

Portugal - Principais Indicadores Económicos

1. Despesa, Rendimento e PoupançaEstrutura em 2005, %

Consumo Privado 66,5 3,7 1,3 1,3 0,1 2,4 2,0Consumo Público 20,7 3,5 3,3 2,6 0,3 2,5 1,8Formação Bruta de Capital 22,9 2,1 1,2 -4,7 -9,7 1,8 -3,7Exportações de Bens e Serviços 32,6 8,4 1,8 1,5 3,7 4,5 0,9Importações de Bens e Serviços 42,7 5,3 0,9 -0,7 -0,4 6,8 1,8Produto Interno Bruto 100,0 3,9 2,0 0,8 -1,1 1,2 0,4

Rendimento Disponível dos Particulares 4,3 1,6 0,6 -0,3 : :

Taxa de Poupança dos Particulares 10,2 10,9 10,5 10,3 : :

2. Emprego e Desemprego (Inquérito ao Emprego)Estrutura em 2005, %

População Activa Total 1,8 1,9 1,6 1,0 0,5 1,0Emprego Total 100,0 2,3 1,8 0,5 -0,4 0,1 0,0 Trabalhadores por Conta de Outrém 74,5 2,7 1,7 1,0 -0,3 1,2 0,8 Trabalhadores por Conta Própria 23,5 -2,5 6,7 1,0 0,5 -3,1 -2,8 Outras situações 2,0 29,5 -25,7 -16,9 -12,1 -2,3 2,8

Taxa de Desemprego 3,9 4,0 5,0 6,3 6,7 7,6

3. Preços

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 2,8 4,4 3,7 3,3 2,5 2,1Índice de Preços no Consumidor 2,9 4,4 3,6 3,3 2,4 2,3

Deflator do PIB 3,0 3,7 3,9 2,7 2,8 2,7Deflator do Consumo Privado 3,4 3,4 3,0 2,8 2,6 2,5Deflator das Exportações de Bens 5,8 -0,6 -0,6 -3,2 1,9 2,4Deflator das Importações de Bens 7,7 -2,1 -1,3 -3,2 3,4 4,6

4. Balança Corrente e de Capital

Balança Corrente + Balança de Capital -9,0 -8,9 -6,4 -4,0 -5,7 -8,1 Balança Corrente -10,4 -9,8 -7,8 -5,9 -7,3 -9,3 Balança de Capital 1,4 0,9 1,5 1,9 1,6 1,2

5. Finanças Públicas

Saldo Global das Administrações Públicas -2,9 -4,3 -2,9 -2,9 -3,2 -6,0Dívida Pública 50,4 52,9 55,5 57,0 58,7 63,9

Receita Corrente 38,8 38,4 39,6 40,2 39,6 40,5Despesa Corrente 38,2 39,0 40,0 41,5 41,9 43,3Despesa Corrente Primária 35,2 36,0 37,1 38,8 39,2 40,6

6. Agregados de Crédito, Taxas de Juro e Mercado de Capitais

Crédito às Sociedades não Financeiras* : 15,3 8,6 2,7 2,5 5,1Crédito a Particulares* : 12,2 11,6 9,6 9,2 9,8

Taxa de Juro Euribor a 3 meses (média anual) 4,4 4,3 3,3 2,3 2,1 2,2Taxa de Rendibilidade das OT a taxa fixa a 10 anos (Dez.) 5,2 5,1 4,3 4,4 3,7 3,4

Índice de Cotações de Acções (PSI 20) -13,0 -24,7 -25,6 15,8 12,6 13,4

* Ajustado de operações de titularização. e - estimativa. : Não Disponível.

2000 2001 2002 2003 2004

taxa de variação, %

%

taxa de variação, %

% do PIB

% do PIB

2005

taxa de crescimento real, %

% do Rendimento Disponível dos Particulares

taxa de variação, %

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 vii

Portugal - Alguns Indicadores Estruturais (continua)

1. Indicadores Económicos Globais

PIB per capita em PPC, (UE-25=100) 77.8 80.5 80.4 79.9 79.5 72.8 72.4 71.4 (f)

Taxa crescimento real do PIB - em % 4.8 3.9 3.9 2.0 0.8 -1.1 1.2 0.4Produtividade do trabalho - PIB em PPC por empregado (UE-25=100) 69.8 71.9 72.0 71.4 71.3 65.9 (f) 65.9 (f) 65.6 (f)

Produtividade do trabalho - PIB em PPC por hora trabalhada (UE-15=100) 62.6 (e) 63.8 (e) 65.1 (e) 64.4 (e) 63.8 (e) 59.5 (f) 59.1 (f) :Crescimento do emprego total - variação anual em % : 1.9 1.7 1.6 0.5 -0.4 (f) 0.1 (f) 0.0 (f)

Crescimento do emprego- mulheres - variação anual em % : 2.9 2.0 1.9 0.8 0.4 (f) 0.3 (f) 0.8 (f)

Crescimento do emprego- homens - variação anual em % : 1.0 1.6 1.4 0.2 -1.1 (f) -0.1 (f) -0.6 (f)

Taxa de inflação - variação média anual do IHPC 2.2 2.2 2.8 4.4 3.7 3.3 2.5 2.1Crescimento real dos custos unitários do trabalho -0.5 1.0 1.1 -0.1 -0.6 2.6 -1.1 (f) 0.2 (f)

Cap.(+) / ness.(-) de financiamento do Estado - em % do PIB -2.6 -2.8 -2.8 -4.2 -2.9 -2.9 -3.2 -6.0Dívida bruta das administrações públicas em % do PIB 55.0 54.3 53.3 53.6 55.5 57.0 58.7 63.9

2. Emprego

Taxa de emprego total - 15-64 anos 66.8 (b) 67.4 68.4 69.0 68.8 68.1 67.8 67.5Taxa de emprego das mulheres - 15-64 anos 58.2 (b) 59.4 60.5 61.3 61.4 61.4 61.7 61.7Taxa de emprego dos homens - 15-64 anos 75.9 (b) 75.8 76.5 77.0 76.5 75.0 74.2 73.4Taxa de emprego - 55-64 anos 49.6 (b) 50.1 50.7 50.2 51.4 51.6 50.3 50.5Taxa de emprego - mulheres - 55-64 anos 38.0 (b) 40.3 40.6 40.3 42.2 42.4 42.5 43.7Taxa de emprego - homens - 55-64 anos 62.9 (b) 61.4 62.1 61.6 61.9 62.1 59.1 58.1Idade média efectiva de reforma : : : 61.9 63.0 62.1 62.2 :Diferença de salários - salário das mulheres em % do salário dos homens 6 5 8 10 8 9 5 (b) : Taxa de imposto e contribuição social sobre os salários mais baixos 30.7 30.2 33.2 32.2 32.3 32.4 32.4 31.7Aprendizagem ao longo da vida - % participação em acções de formação 3.1 (b) 3.4 3.4 3.4 2.9 3.7 4.8 (b) 4.6Acidentes de trabalho graves - índice (1998=100) 100 92 88 91 74 : : :Acidentes de trabalho fatais - índice (1998=100) 100 79 104 117 98 : : :Taxa de desemprego total 5.1 4.5 4.0 4.0 5.0 6.3 6.7 7.6Taxa de desemprego - mulheres 6.3 5.2 4.9 5.0 6.0 7.2 7.6 8.7Taxa de desemprego - homens 4.1 4.0 3.2 3.2 4.1 5.4 5.9 6.7

3. Inovação e Investigação

Despesas públicas em educação - em % do PIB 5.36 (i) 5.42 (i) 5.42 (i) 5.61 (i) 5.54 (i) 5.61 : :Despesas em matéria de I&D em % do PIB : 0.72 : 0.85 0.8 (e) 0.78 : :% de Despesas em I&D financiada pela indústria 21.3 21.3 27 31.5 31.6 (e) 31.7 : :% de Despesas em I&D financiada pelo governo 69.1 (e) 69.7 64.8 (e) 61 60.5 (e) 60.1 : :% de Despesas em I&D financiada pelo estrangeiro 5.7 5.3 5.2 5.1 5 (e) 5 :Nível de acesso à internet - % de famílias com acesso à internet : : : : 15 22 26 31Diplomados do ensino superior e/ciência e tecnol.- p/1000 habit.dos 20-29 anos 5.2 6.1 6.3 6.6 7.4 8.2 11.0 (i) :Numero de patentes do Instituto Europeu de Patentes por milhão de habitantes 3158 4596 5751 5516 4751 3.936 (p) : : Numero de patentes pelo Inst.Norte Americano de Patentes p/milhão de habitantes 1325 1202 1.322 (p) 0.783 (p) 0.659 (p) : : : Investimento de capital de risco - fase inicial - em proporção do GDP 0.013 0.008 0.027 0.013 0.008 0.043 0.027 : Investimento de capital de risco - expansão - em proporção do GDP 0.036 0.040 0.093 0.051 0.040 0.042 0.089 : Despesa em TIC - tecnologias de informação em % do PIB : : : 2.2 2.1 2.0 : Despesa em TIC - tecnologias de telecomunicações em % do PIB : : : : 5.0 5.0 5.1 :

4. Reforma Económica

Níveis de preços relativos do consumo privado (UE-25=100) 74.5 74.3 73.4 74.6 76.2 87.3 (b) 85.7 (p) 85.2 (p

Preço das telecomunicações - chamadas locais (em Euro por 10 min chamada) 0.25 0.27 0.23 0.30 0.31 0.31 0.40 :Preço das telecomunicações - chamadas nacionais (em Euro por 10 min chamada) 2.53 2.15 1.28 1.13 1.15 0.96 0.65 :Preço das telecomunicações - chamadas p/ EUA (em Euro por 10 min chamada) 6.13 4.23 3.68 2.89 2.52 2.52 2.52 :

2004 20051998 1999 2000 2001 2002 2003

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 viii

(continuação)

4. Reforma Económica (cont.)

Preços da electricidade - utilizadores industriais (em Euro por kWh) 0.0712 0.0646 0.0643 0.0651 0.0665 0.0673 0.0684 0.0713Preços da electricidade - famílias (em Euro por kWh) 0.1250 0.1201 0.1194 0.1200 0.1223 0.1257 0.1283 0.1313Preços do gás - utilizadores industriais (em Euro por Gigajoule) : : : 6.88 6.26 6.39 5.68 6.03Preços do gás - famílias (em Euro por Gigajoule) : : : 13.68 13.19 12.70 11.48 11.75Quota de mercado do maior produtor de energia eléctrica : 57.8 58.5 61.5 61.5 61.5 55.8 :Quota de mercado do maior operador das telecomunicações móveis : : : 44 45 52 52 :Contratos públicos em % do PIB 2.15 2.08 2.10 2.47 2.59 2.46 : :Auxílios estatais sectoriais e ad hoc - em % do PIB 1.04 0.97 0.68 0.96 0.98 0.96 0.91 :Integração do comércio - valor das importações e exportações-bens, % do PIB 26.8 26.4 28.3 27.1 25.5 25.2 26.2 26.5Integração do comércio - valor das importações e exportações-serviços, % do PIB 6.7 6.8 7.1 7.0 6.8 6.6 6.9 6.9Intensidade de IDE - Valor de entrada e saida de IDE, em % do PIB 3.0 1.8 6.6 5.4 0.8 4.2 2.1 :Formação bruta de capital fixo pelo sector privado - em % do PIB 22.8 22.9 23.4 22.7 21.6 19.4 19.2 :

5. Coesão Social

Distribuição do rendimento (rácio dos quintis do rendimento) 6.8 6.4 6.4 6.5 7.3 (ip) 7.4 (ip) 7.2 (b) : Taxa de pobreza - antes de trasferências sociais 27 27 27 24 26 (ip) 26 (ip) 27 (b) : Taxa de pobreza - depois de trasferências sociais 21 21 21 20 20 (ip) 19 (ip) 21 (b) : Taxa de pobreza persistente 14 14 14 15 : (i) : (i) : (i) : Dispersão de taxas de desemprego regionais - total : 3.6 4.3 3.5 3.8 3.9 3.5 : Dispersão de taxas de desemprego regionais - mulheres : 7.3 8.2 6.8 5.9 6.3 5.9 : Dispersão de taxas de desemprego regionais - homens : 3.0 3.2 2.7 3.5 3.2 3.2 : Abandono escolar precoce - total 46.6 (b) 44.9 42.6 44.0 45.1 40.4 39.4 (b) 38.6Taxa de desemprego de longa duração 2.2 (b) 1.8 1.7 1.5 1.7 2.2 3.0 3.7Crianças dos 0-17 anos a viver em famílias sem qualquer empregado 4.6 (b) 4.5 3.9 3.6 4.2 5.0 4.3 4.3Adultos dos 18-59 anos a viver em famílias sem qualquer empregado 5.1 (b) 4.7 4.6 4.3 4.6 5.5 5.3 5.5

6. Ambiente

Emissões de gases com efeito de estufa; variação face ao ano base 126.9 139.4 135.0 136.8 144.3 136.7 127.0 : Intensidade energética da economia - consumo de energia em proporção do PIB 239.15 247.44 241.51 243.86 254.68 234.70 239.56 : Volume de transporte de mercadorias - ton-km em % do PIB (1995=100) 116.3 (r) 115.8 (r) 114.5 (r) 124.2 (r) 122.8 (r) 114.9 (r) 165.9 (b) : Volume de trasporte de passageiros - passageiros-km em % do PIB (1995=100) 104.8 107.2 108.2 (e) 108.4 (e) 112.1 (e) 116.1 (e) : : Distribuição modal do transporte de mercadorias - proporção do transp. rodoviário 92.5 92.3 92.5 93.3 93.1 93.0 (r) 94.7 (b) : Distribuição modal do transporte de passageiros - proporção do transp. de carro 82.4 83.7 84.7 (e) 85.6 (e) 87.2 (e) 87.3 (e) : : Resíduos municipais recolhidos - kg por pessoa por ano 423 442 472 472 447 452 434 : Resíduos municipais objecto de aterro - kg por pessoa por ano 310 303 338 355 328 338 318 : Resíduos municipais incinerados - kg por pessoa por ano - 62 96 104 91 98 96 : Proporção de energia renovável 36.1 20.5 29.4 34.2 20.8 36.4 24.4 39.0

: Não disponível; b - quebra de série; e - estimativa; f - previsão; p - provisório; r - revisto; s - estimativa do EurostatFonte: Eurostat (última actualização 12-07-2006)

200520041998 2000 2001 2002 20031999

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I. DESENVOLVIMENTOS RECENTES DA ECONOMIA

PORTUGUESA

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 1

Economia Portuguesa: evolução recente e perspectivas

Evolução recente

No início da década assistiu-se a um período de desaceleração da actividade económica

que culminou na recessão de 2003. Apesar da recuperação registada em 2004, o ano de 2005

voltou a caracterizar-se por um abrandamento da actividade económica, mais acentuada no

primeiro semestre, tornando a corrente fase de retoma mais irregular do que nos ciclos

anteriores. Em 2006, a economia deverá evidenciar um maior dinamismo, estimando-se uma

aceleração do PIB real de 0,4% em 2005 para 1,1% em 2006.

Estes desenvolvimentos mais recentes acompanham a evolução do enquadramento

internacional, em particular o da União Europeia – principal mercado externo da economia

portuguesa, - que, tendo sido menos favorável em 2005, deverá melhorar em 2006. No entanto,

o desempenho da economia portuguesa continua a divergir face ao resto da área do euro e as

exportações continuam a registar perdas de quotas de mercado, o que reflecte problemas de

competitividade face a uma economia internacional cada vez mais concorrencial. Nesse

contexto, reflectindo uma forte deterioração dos termos de troca, induzida pelo aumento dos

preços do petróleo, as necessidades de financiamento face ao exterior voltaram a aumentar em

2005, tendência essa que se deverá prolongar em 2006.

Para além dos desenvolvimentos externos menos favoráveis que se traduziram num

modesto crescimento das exportações, a desaceleração da economia portuguesa em 2005

resultou do significativo abrandamento da procura interna decorrente, principalmente, da quebra

do investimento. Em 2006, a retoma da actividade deverá ser sustentada pelo maior contributo

das exportações líquidas, enquanto o contributo da procura interna se deverá manter moderado.

Quadro 1. Principais indicadores económicos - Portugal

Taxa de variação

(%)

Diferencial face à área do euro

(p.p)

2002 0,8 -0,1 -6,4 5,0 3,6 -2,9

2003 -1,1 -1,9 -4,0 6,3 3,3 -2,9

2004 1,2 -0,9 -5,8 6,7 2,4 -3,2

2005 0,4 -0,9 -7,9 7,6 2,3 -6,02006p 1,1 -1,0 -8,1 7,7 2,6 -4,6

Saldo Orçamental (em % do

PIB)

PIB real Taxa de desemprego

(%)

Taxa de Inflação

(%)

Necessidade de Financiamento da

Economia (% do PIB)

Fontes: INE, Eurostat, e MFAP, Relatório de Orientação da Política Orçamental, Abril 2006. p - previsão.

O fraco desempenho da actividade económica no passado recente traduziu-se numa

tendência ascendente da taxa de desemprego que passou de um valor de 3,9%, em 2000, para

7,6% em 2005. O emprego, que estagnou em 2005, deverá registar um aumento líquido em

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 2

2006 beneficiando do maior dinamismo da economia. O crescimento da produtividade aparente

do trabalho deverá manter-se abaixo dos níveis de 2004.

Apesar do aumento do preço do petróleo que tem vindo a caracterizar a cena

internacional desde 2004 e o aumento da taxa normal do IVA em Julho de 2005, os preços nos

consumidores desaceleraram ligeiramente em 2005 para 2,3% (2,4% em 2004), mas deverão

voltar a acelerar para 2,6% em 2006.

Procura

A desaceleração da economia em 2005 resultou de uma deterioração geral das

componentes da procura interna, com destaque para a quebra do investimento (FBCF). Por seu

lado, o contributo das exportações líquidas para o crescimento do PIB foi menos negativo para o

crescimento do PIB, reflectindo um abrandamento em ambos os fluxos comerciais, mas mais

acentuado nas importações.

Em termos infra-anuais, a economia registou um perfil de crescimento claramente

distinto: na primeira metade do ano, o crescimento do PIB foi sustentado pela procura interna,

enquanto que no segundo semestre foram as exportações líquidas que contribuíram

positivamente para o crescimento do produto beneficiando, por um lado, da aceleração das

exportações e, por outro lado, da desaceleração das importações, em linha com o abrandamento

da procura interna. Os dados disponíveis para o 1º trimestre de 2006 sugerem o início de um

padrão de crescimento mais sustentável, baseado numa recuperação ainda que gradual do

investimento e numa aceleração das exportações.

Quadro 2. Despesa nacional (Taxas de variação homóloga em volume, %)

2006I II III IV I

Consumo Privado 2,4 2,0 2,9 3,0 1,1 1,1 0,8Consumo Público 2,5 1,8 2,7 2,1 1,5 0,8 0,2Investimento (FBCF) 0,9 -3,0 -2,0 -2,1 -4,6 -3,4 -2,0Procura Interna 2,3 0,7 2,0 1,4 -0,2 -0,2 -0,1Exportações 4,5 0,9 -1,5 0,3 2,5 2,4 7,2Importações 6,8 1,8 4,1 2,9 0,7 -0,6 3,0PIB 1,2 0,4 0,0 0,4 0,3 0,8 1,0

Contributos para o crescimento real do PIB (p.p)Procura Interna 2,5 0,8 2,2 1,6 -0,2 -0,2 -0,1Exportações Líquidas -1,3 -0,4 -2,2 -1,1 0,5 1,0 1,0

20052004 2005

Fontes: INE - Contas Nacionais Trimestrais.

O consumo privado voltou a ser, em 2005, a componente mais dinâmica da procura

interna, ainda que registando um crescimento menos acentuado do que em 2004. Em termos

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 3

infra-anuais, o consumo privado apresentou um comportamento irregular, determinado,

principalmente, pelo aumento da taxa normal do IVA no mês de Julho e que se caracterizou por

um forte crescimento no primeiro semestre, seguido de um significativo abrandamento na

segunda metade do ano. A manutenção de condições de financiamento favoráveis e a

estabilização do crescimento do rendimento disponível dos particulares foram alguns dos

factores que sustentaram o crescimento do consumo privado, enquanto, o aumento da taxa de

desemprego e as expectativas de aumento da taxa de juro determinaram o perfil de

abrandamento no conjunto do ano. A tendência ascendente das taxas de juro iniciada no final de

2005 e as expectativas que essa tendência perdurará, num contexto de elevado endividamento

das famílias, assim como o elevado grau de incerteza em relação à evolução do mercado de

trabalho, deverão condicionar o crescimento das despesas dos particulares em 2006,

estimando-se uma nova desaceleração do consumo privado.

Gráfico 1.Taxas de juro de empréstimos* a particulares para habitação

3.03.23.43.63.84.04.24.44.6

Jan-

03

Abr-

03

Jul-0

3

Out

-03

Jan-

04

Abr-

04

Jul-0

4

Out

-04

Jan-

05

Abr-

05

Jul-0

5

Out

-05

Jan-

06

Abr-

06

%

* Novas operações de empréstimos, taxas ajustadas de operações de titularização. Fonte: BP.

O investimento (FBCF) registou uma quebra de 3%, em termos reais, em 2005,

invertendo a recuperação registada no ano transacto. A deterioração dos indicadores de

confiança na generalidade dos sectores de actividade, assim como o elevado preço do petróleo e

a concorrência dos produtos asiáticos em sectores tradicionais portugueses teve como reflexo

um pior desempenho do investimento empresarial. Por sua vez, a necessidade de contenção da

despesa pública condicionou a evolução do investimento público. No primeiro trimestre de

2006, o investimento continuou a diminuir, embora com menor intensidade que no trimestre

anterior e com excepção do investimento em Produtos Metálicos e Equipamento, todas as outras

componentes registaram uma melhoria, com destaque para a forte recuperação da FBCF em

material de transporte.

Em 2005, as exportações registaram uma forte desaceleração em relação ao ano

anterior (0,9% em 2005 face a 4,5% em 2004, em termos reais), num contexto de crescimento

elevado da procura externa dirigida à economia portuguesa, ainda que inferior ao do ano

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 4

anterior. Verificou-se deste modo, uma perda de quota de mercado das exportações portuguesas,

fruto da deterioração da competitividade externa da nossa economia e da concorrência acrescida

de produtos provenientes dos novos Estados-membros da União Europeia e de alguns países

asiáticos. Não obstante o fraco desempenho das exportações portuguesas em 2005, no 2º

semestre evidenciaram alguma recuperação relativamente ao 1º semestre (taxa de variação real

homóloga de -0,6% no primeiro semestre e de 2,4% no segundo semestre).

Para 2006, num contexto de aceleração do crescimento económico dos principais

parceiros comerciais, a procura externa dirigida à economia portuguesa deverá crescer acima do

verificado em 2005, o que se deverá traduzir numa aceleração das exportações portuguesas,

embora seja de esperar a continuação de perdas de quota de mercado. De facto, no primeiro

trimestre de 2006, as exportações de mercadorias apresentaram um crescimento elevado (6,7%)

mas abaixo da evolução da procura externa.

Gráfico 2. Desempenho das exportações de bens

-8-6-4-202468

1012

2003 2004 2005 I 2005 II 2005 III 2005 IV 2006 I

Desempenho (p.p.)*Crescimento real das exportações portuguesas de bensCrescimento do mercado externo

* Diferença entre crescimento real das exportações portuguesas de bens

e estimativa do crescimento do mercado externo dos principais parceiros comerciais.

Fontes: INE e cálculos da DGEP

Não obstante o forte aumento das importações energéticas, as importações totais

apresentaram uma forte desaceleração em 2005 (de 6,8% em 2004 para 1,8% em 2005), em

linha com a evolução da procura interna. Para 2006, na sequência de alguma recuperação da

procura global assente no investimento empresarial e nas exportações, e por isso com elevado

conteúdo importado, as importações deverão acelerar relativamente a 2005.

Em 2005, o saldo do agregado da balança corrente e de capital deteriorou-se fortemente

face aos dois anos anteriores. A deterioração verificada em 2005 reflecte, sobretudo, o aumento

dos défices da balança de mercadorias e da balança de rendimentos, e a diminuição do

excedente da balança de capital, traduzindo esta última a redução das transferências públicas de

capital recebidas por Portugal da União Europeia. O aumento do défice da balança de

mercadorias foi reflexo do efeito de termos de troca influenciado pelo elevado preço do

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 5

petróleo. A partir da segunda metade de 2005, houve uma recuperação do efeito volume em

resultado da melhoria das exportações.

Gráfico 3. Decomposição da variação do saldo da balança de mercadorias

-2,0

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1º T 05 2º T 05 3º T 05 4º T 05 1º T 06

(em

% d

o P

IB)

Efeito termos de troca (p.p.)Efeito preço (p.p.)Efeito volume (p.p.)Variação Total (%)

Fontes: INE e cálculos da DGEP.

Mercado de Trabalho

Em linha com a deterioração do enquadramento económico, a situação do mercado de

trabalho agravou-se em 2005. A situação económica mais favorável esperada em 2006 deverá

impulsionar a criação líquida de emprego que, no entanto, não será suficiente para inverter a

tendência ascendente da taxa de desemprego.

Quadro 3. Mercado de trabalho 2006

I II III IV IPopulação Activa (taxa de variação) 0,5 1,0 1,0 1,1 1,1 1,0 0,9Desemprego (taxa de variação) 6,6 15,7 18,8 15,0 14,4 14,8 4,1Taxa de Desemprego1 (%) 6,7 7,6 7,5 7,2 7,7 8,0 7,7Desemprego de Londa Duração (% do total) 46,3 49,9 49,5 50,8 49,1 50,3 53,6Emprego (taxa de variação) 0,1 0,0 -0,3 0,1 0,1 0,0 0,6Taxa de Emprego2 (15-64 anos, %) 67,8 67,5 67,3 67,6 67,5 67,4 67,6

20052004 2005

1 População Desempregada/População Activa; 2 Emprego (15-64 anos)/População Total (15-64 anos). Fontes: INE – Inquérito ao Emprego e DGEP.

Em 2005, o desemprego acelerou, tendo atingido, em média, cerca de 422 mil

indivíduos, o que se traduziu num aumento da taxa de desemprego para 7,6%, mais 0,9pp. do

que em 2004. Esta evolução reflectiu, principalmente, um significativo aumento do desemprego

de longa duração (24,8%) que constituiu, em média, cerca de 50% do desemprego total. Para

2006, estima-se um ligeiro agravamento da taxa de desemprego para 7,7%, em linha com a

evolução cíclica da economia. Com efeito, o hiato do produto, isto é o diferencial do produto

efectivo face ao seu nível potencial, deverá continuar a aumentar em 2006.

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 6

Gráfico 4. Taxa de desemprego e hiato do produto (em %)

05

95

94 0403

93

97

96

02

98 9992

0100

06e

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

-4.0 -3.0 -2.0 -1.0 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0

Hiato do produto*

Taxa

de

dese

mpr

ego

Fontes: INE e DGEP (a estimação do hiato do produto baseou-se na metodologia da função produção da Comissão Europeia).

Apesar da desaceleração do crescimento económico, não se registaram em 2005 perdas

líquidas de emprego, mantendo-se praticamente inalterado o número de indivíduos empregados

face a 2004. No primeiro trimestre de 2006, o emprego aumentou 0,6%, estimando-se para o

conjunto do ano um aumento da mesma ordem de grandeza. À semelhança do ocorrido em

2004, a evolução do emprego em 2005 e no primeiro trimestre de 2006 beneficiou do contributo

positivo do emprego por conta de outrém, contrabalançando o contributo negativo proveniente

da quebra do emprego por conta própria. Por sectores de actividade, o sector dos serviços voltou

a ser o único sector onde se registou um aumento líquido de emprego.

O fraco desempenho da economia, associado à estabilização do nível de emprego

traduziu-se numa significativa desaceleração da produtividade aparente do trabalho em 2005,

sendo que as estimativas para 2006 apontam apenas para uma ténue melhoria. À semelhança do

passado recente, o comportamento da produtividade em Portugal situou-se aquém do registado

no conjunto da área do euro. Estes desenvolvimentos conjugados com um crescimento das

remunerações nominais por trabalhador que, ainda que moderado, se manteve superior à média

da área do euro conduziram a uma aceleração dos custos unitários do trabalho por unidade

produzida (CTUPs) relativamente àquela zona, sugerindo novas perdas de competitividade face

ao exterior.

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 7

Gráfico 5. Produtividade do trabalho e Custos unitários do trabalho Produtividade do

trabalho* (Taxa de variação, em %)

Custos unitários do trabalho de Portugal*

(Taxa de variação, em %)

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2002 2003 2004 2005 2006p

Área do euro

Portugal

0

1

2

3

4

5

6

2002 2003 2004 2005 2006p

Face à área do euro

Face a grupo de 34 países

*PIB real por trabalhador. p - previsão. Fontes: INE, AMECO e DGEP

1º Trimestre de 2006. *Total da economia. Um aumento (diminuição) significa perda (ganho) de competitividade. p – previsão. Fonte: Comissão Europeia, Price and Cost Competitiveness Report.

Preços

Em 2005, a taxa de inflação, medida pela variação média anual do Índice de Preços no

Consumidor (IPC), diminuiu ligeiramente, situando-se em 2,3% (2,4% em 2004).

Quadro 4. Inflação (Taxas de variação média homóloga, em %)

2006I II III IV I

Índice de Preços no Consumidor (IPC) 3,3 2,4 2,3 2,1 1,8 2,5 2,7 2,8 Bens 2,7 1,6 1,9 1,7 1,3 2,2 2,4 2,7 Serviços 4,5 3,8 3,0 2,9 2,9 3,0 3,0 3,1Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) Portugal 3,3 2,5 2,1 2,1 1,5 2,4 2,6 2,9 Área do euro 2,1 2,1 2,2 2,0 2,0 2,3 2,3 2,3 Diferencial (em p.p.) 1,2 0,4 -0,1 0,1 -0,6 0,0 0,2 0,6Fontes: INE e Eurostat.

20052003 2004 2005

Ao longo do primeiro semestre de 2005 verificou-se uma desaceleração na variação

homóloga dos preços, reflectindo a diminuição dos preços do bens alimentares não

transformados e a moderação dos preços dos bens industriais não energéticos. Inversamente, na

segunda metade do ano verificou-se um perfil ascendente, influenciado pelo aumento acentuado

dos preços dos bens energéticos e por algum efeito decorrente do aumento da taxa normal de

IVA em Julho. Nos primeiros meses de 2006 manteve-se este perfil ascendente, reflectindo

nomeadamente o impacto das alterações fiscais introduzidas em Janeiro (no imposto do tabaco,

IA e ISP) e a continuação da evolução desfavorável do preço do petróleo. Esta tendência de

aceleração dos preços deverá inverter-se a partir do segundo semestre do ano, decorrente de

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 8

diversos factores, nomeadamente: a dissipação dos efeitos do aumento da taxa de IVA, a

continuação de um crescimento moderado dos preços de importação de bens não energéticos,

alguma moderação salarial e um crescimento económico abaixo do potencial.

Gráfico 6. Índice de preços no consumidor (Taxas de variação em %)

0,00,51,01,52,02,53,03,54,04,55,0

Jan-

03M

ar-0

3M

ai-0

3Ju

l-03

Set

-03

Nov

-03

Jan-

04M

ar-0

4M

ai-0

4Ju

l-04

Set

-04

Nov

-04

Jan-

05M

ar-0

5M

ai-0

5Ju

l-05

Set

-05

Nov

-05

Jan-

06M

ar-0

6M

ai-0

6

homóloga média

Fonte: INE.

O diferencial de inflação de Portugal face à da área do euro, medido pelo Índice

Harmonizado de Preços no Consumidor, foi de -0,1pp. em 2005 (0,4 pp. em 2004).

Gráfico 7. Índice harmonizado de preços no consumidor

(Taxa de variação homóloga em %)

-1

0

1

2

3

4

5

Jan-

03

Mar

-03

Mai

-03

Jul-0

3

Set

-03

Nov

-03

Jan-

04

Mar

-04

Mai

-04

Jul-0

4

Set

-04

Nov

-04

Jan-

05

Mar

-05

Mai

-05

Jul-0

5

Set

-05

Nov

-05

Jan-

06

Mar

-06

Mai

-06

-1

0

1

2

3

4

5

Diferencial (em p.p.) Portugal Área do euro

Fontes: INE e Eurostat.

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 9

Perspectivas para 2006 a 2009

Em Dezembro de 2005, o Governo divulgou a actualização do Programa de

Estabilidade para o período 2005 a 2009 (PEC 2005-2009). O documento apresenta a estratégia

de desenvolvimento económico e de consolidação das finanças públicas a prosseguir naquele

horizonte temporal, a qual assenta em três objectivos centrais:

• prosseguir uma trajectória de crescimento económico que permita retomar a convergência com a média Europeia e alcançar em 2009 um crescimento do PIB de 3%, em termos reais;

• reduzir o défice das Administrações Públicas, em percentagem do PIB, para um valor abaixo de 3%, a partir de 2008;

• inverter, a partir de 2008, a tendência crescente do peso da dívida pública no PIB.

Em Abril de 2006, no âmbito da elaboração do Relatório de Orientação da Política

Orçamental, as projecções macroeconómicas do PEC 2005-09 foram pontualmente reajustadas

face à incorporação de nova informação disponível (contas nacionais, 1ª notificação de 2006

relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos e previsões da Primavera de 2006, da

Comissão Europeia).

As hipóteses subjacentes ao cenário macroeconómico para o período 2006-2009

relativas ao enquadramento externo estão sintetizadas no quadro abaixo. A nova informação

traduziu-se numa revisão em alta, face às previsões de Outono da Comissão Europeia, do preço

do petróleo e das taxas de juro.

Quadro 5. Principais hipóteses relativas ao enquadramento externo 2005 2006 2007 2008 2009

Taxa de juro de curto prazo (média anual, %) (a) 2,2 2,7 3,2 3,2 3,2

Taxa de juro de longo prazo (média anual, %) (b) 3,4 3,8 4,1 4,0 4,0

Preço do petróleo (Brent, USD/barril) 54,4 68,9 71,0 71,0 71,0

Taxa de câmbio efectiva nominal para Portugal (variação em %) -0,2 0,0 0,1 0,0 0,0

Crescimento dos mercados de exportação de Portugal (em %) 6,5 7,0 5,6 6,0 6,0 (a) Euribor a 3 meses. (b) Obrigações do Tesouro a 10 anos. Fonte: MFAP, Relatório de Orientação da Política Orçamental, Abril de 2006.

A economia portuguesa deverá registar uma recuperação gradual do crescimento assente

sobretudo no dinamismo do investimento e das exportações, prevendo-se que, a partir de 2007,

seja retomada uma trajectória de convergência para os níveis médios de rendimento da União

Europeia.

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A Economia Portuguesa - Julho 2006 10

Quadro 6. Cenário macroeconómico 2006 2007 2008 2009

Taxas de variação real (em % )PIB 1,1 1,8 2,4 3,0

Consum o Privado 1,3 1,5 2,2 2,5Consum o Público -1,3 -0,8 -0,9 -1,0Investim ento (FBCF) 1,7 3,7 5,7 7,8Exportações 5,7 6,1 6,5 7,2Im portações 4,1 4,3 5,6 6,3

Taxa de desem prego (% ) 7,7 7,7 7,4 7,0Em prego total (taxa de variação, em % ) 0,6 0,9 1,2 1,5

Taxa de in flação (a) 2,6 2,3 2,2 2,1

Balança Corrente+Balança Capita l (sa ldo, em % do P IB) -8,1 -8,1 -8,1 -7,9

(a) Medida pela variação média anual do Índice de Preços no Consumidor. Fontes: INE e MFAP, Relatório de Orientação da Política Orçamental, Abril de 2006.

Esta recuperação está associada a um reforço da confiança dos agentes económicos e do

potencial de crescimento do país a médio e longo prazo, para o que concorre a prossecução

rigorosa da estratégia de consolidação orçamental, bem como um conjunto de reformas

estruturais em áreas como a Administração Pública, a qualificação dos trabalhadores e o

fomento da inovação e desenvolvimento tecnológico.

A taxa de desemprego deverá situar-se, em média, em 2006 e 2007, em 7,7%,

diminuindo nos anos subsequentes, em reflexo da aceleração do crescimento económico.

Os elevados níveis do preço do petróleo reflectem-se na aceleração da inflação em

2006, esperando-se posteriormente o retorno a uma trajectória compatível com um valor de

médio prazo na ordem dos 2%. Este factor condiciona também, no curto prazo, a manutenção

das necessidades líquidas de financiamento da economia (medidas pelo saldo conjunto das

balanças corrente e de capital, em % do PIB) num valor relativamente elevado.

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II. FINANÇAS PÚBLICAS

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 13

As finanças públicas no contexto da União Europeia

No quadro da globalização, a comparação internacional dos sistemas fiscais tem ganho

relevância. De facto, a capacidade de atrair investimento estrangeiro e a posição concorrencial

no mercado externo são determinadas, em parte, pelo sistema fiscal. De não descurar será

também a deslocação de mão de obra qualificada, que no quadro de um mercado de trabalho

aberto a nível da UE, poderá movimentar-se livremente procurando os países que oferecem

melhores condições fiscais. Com a adesão dos dez novos estados-membros em 2004, Portugal

viu a sua posição dentro da UE, no que toca à carga fiscal�F

1, deteriorar-se em termos relativos.

Entre os quinze estados-membros Portugal era dos países com menor carga fiscal apenas

ultrapassado pela Grécia e Irlanda.

Quadro 7. Carga Fiscal (% do PIB)

2000 2004 2005 2005-2000 2005-2004 UE-25 41,0 39,5 40,0 -1,0 0,5 UE-15 41,3 39,7 40,2 -1,1 0,5 Área euro 41,5 39,8 40,1 -1,4 0,3 Bélgica 45,2 45,3 45,7 0,5 0,4 República Checa 34,1 36,7 37,0 2,9 0,3 Dinamarca 50,5 50,0 51,0 0,5 1,0 Alemanha 42,3 39,0 39,0 -3,3 0,0 Estónia 32,6 32,5 32,6 0,0 0,1 Grécia 37,9 35,2 35,2 -2,7 0,0 Espanha 34,5 35,1 36,1 1,6 1,0 França 44,1 43,1 44,1 0,0 1,0 Irlanda 31,6 30,3 30,7 -0,9 0,4 Itália 41,8 40,7 40,6 -1,2 -0,1 Chipre 30,5 34,1 36,3 5,8 2,2 Letónia 29,5 28,6 29,2 -0,3 0,6 Lituanua 30,3 28,4 28,8 -1,5 0,4 Luxemburgo 39,1 37,9 38,3 -0,8 0,4 Hungria 39,3 39,0 38,9 -0,4 -0,1 Malta 28,3 34,6 35,4 7,1 0,8 Países Baixos 39,8 37,8 38,5 -1,3 0,7 Áustria 42,9 42,7 41,9 -1,0 -0,8 Polónia 34,2 32,7 34,8 0,6 2,1 Portugal 34,3 34,5 35,4 1,1 0,9 Eslovénia 38,6 39,7 39,8 1,2 0,1 Eslováquia 33,9 30,4 29,6 -4,3 -0,8 Finlândia 47,9 43,8 44,6 -3,3 0,8 Suécia 53,5 50,6 51,2 -2,3 0,6 Reino Unido 37,4 36,5 37,6 0,2 1,1 Fonte: AMECO

Com o alargamento, e embora mantenha uma carga fiscal mais baixa em cerca de 5

pontos percentuais do PIB que a média da União, ocupa agora a nona posição, sendo

1 Inclui Impostos sobre o Rendimento e Património, Impostos sobre a Produção e Importação e Contribuições Sociais Efectivas.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 14

ultrapassado por seis dos novos estados-membros (ver Gráfico 8). A Lituânia, país que tem a

carga fiscal mais baixa de entre os vinte e cinco estados, apresenta uma diferença face a

Portugal de 6,6 pp. do PIB e de 11,2 pp. face à média da UE-25.

Gráfico 8. Carga Fiscal (% do PIB) – desvios face à UE (2005)

-15 -10 -5 0 5 10 15

LituaniaLetónia

EslováquiaIrlandaEstóniaPolóniaGréciaMalta

PortugalEspanha

ChipreRep. Checa

Reino UnidoLuxemburgo

P. BaixosHungria

AlemanhaEslovénia

ItáliaÁustriaFrança

FinlândiaBélgica

DinamarcaSuécia

Média UE 25

Fonte: AMECO

No extremo oposto, os países nórdicos têm a maior carga fiscal, com rácios face ao PIB

que ultrapassam os 50%, ou seja mais de dez pp. acima da média da UE-25.

A evolução entre 2000 e 2005 (ver ���HQuadro 7) mostra que nove países de entre a UE-15

baixaram a carga fiscal. As maiores descidas verificaram-se na Alemanha e Finlândia, ambas

com 3,3 pp. do PIB, seguidos da Grécia (-2,7) e Suécia (-2,3). Os maiores aumentos tiveram

lugar em Portugal (1,1pp.) e na Espanha (1,6 pp.).

Entre 2004 e 2005 apenas se regista uma diminuição importante na carga fiscal na

Áustria (-0,8 pp. do PIB). A Itália, Alemanha e Grécia mantiveram, praticamente os valores do

ano anterior, enquanto nos restantes onze países se registaram aumentos. A Irlanda,

Luxemburgo e Bélgica registaram aumentos entre 0,1 e 0,4 pp. do PIB; na Suécia, P. Baixos,

Finlândia e Portugal os aumentos situaram-se no intervalo de 0,6 a 0,9 pp. do PIB; e finalmente

o último grupo registou acréscimos de cerca de 1 pp. do PIB, englobando a Dinamarca, a

Espanha, França e Reino Unido. Esta inversão, em 2005, da tendência que se vinha verificando

para processar reduções na carga fiscal, com 73% dos países da UE-15 a realizarem aumentos

reflecte, pelo menos em alguns dos países, as dificuldades que as finanças públicas atravessam

num momento de fraco crescimento económico.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 15

Em termos da receita total das Administrações Públicas (ver ���HQuadro 8) a média da

União Europeia situa-se em 2005 em torno de 45% do PIB. Portugal arrecadou menos 3,3 pp.

do PIB que aquela média, situando-se a par da Grécia. A Irlanda (35,5% do PIB) e a Espanha

(39,3%) são de entre países da área euro os que têm uma menor receita das Administrações

Públicas. No extremo oposto estão a Bélgica, a França e a Finlândia com uma receita superior a

50% do PIB.

A tendência entre 2000 e 2005 na receita total em percentagem do PIB é de

diminuição, quer para a UE-25 (-0,8 pp.), quer para a área do euro (-1,2 pp.). Só quatro dos doze

países desta área registaram aumentos no mesmo período destacando-se Portugal com o maior

crescimento (1,6 pp. do PIB), Espanha, Bélgica e França (com aumentos em torno de 1 pp.). Em

2005 e face ao ano anterior, Portugal regista a maior diminuição de receita (-1,4 pp. do PIB)

dentro da área euro, o que se deve à supressão da utilização de medidas excepcionais�F

2. Na área

euro o aumento foi de 0,4 pp. do PIB, suportado por variações positivas em 2/3 dos países que a

constituem, com particular incidência para a França onde o aumento atingiu 1,5% do PIB�F

3.

Quadro 8. Receita, Despesa e Saldo Global (% do PIB)

Quanto à despesa total das Administrações Públicas na UE-25 a comparação de 2000

com 2005 mostra um aumento pronunciado que atinge 2,3 pp. do PIB. Na área do euro a

tendência também é de aumento, mas mais moderado verificando-se uma subida de 1,3 pp. do

PIB. Portugal, com uma despesa total em 2005 de 47,8% do PIB, ligeiramente superior à média

2 Em 2004 as receitas excepcionais foram de 2,2% do PIB. 3 Inclui 0,5 pp. do PIB de medidas extraordinárias.

Receita Total Despesa Total Saldo Global a/ Variação da

Receita Variação da

Despesa Variação do

Saldo

2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 20052005-2000

2005-2004

2005-2000

2005-2004

2005-2000

2005-2004

UE-25 45,7 44,4 44,9 44,9 47,0 47,2 0,8 -2,6 -2,3 -0,8 0,5 2,3 0,2 -3,1 0,3UE-15 45,9 44,5 45,1 45,0 47,1 47,4 0,9 -2,6 -2,3 -0,8 0,6 2,4 0,3 -3,2 0,3Área euro 46,3 44,7 45,1 46,2 47,5 47,5 0,1 -2,8 -2,4 -1,2 0,4 1,3 0,0 -2,5 0,4Bélgica 49,1 49,4 50,1 49,0 49,4 50,0 0,1 0,0 0,1 1,0 0,7 1,0 0,6 0,0 0,1Alemanha 46,4 43,1 43,4 45,1 46,8 46,7 1,3 -3,7 -3,3 -3,0 0,3 1,6 -0,1 -4,6 0,4Grécia 47,0 42,0 41,8 51,0 48,9 46,3 -4,0 -6,9 -4,5 -5,2 -0,2 -4,7 -2,6 -0,5 2,4Espanha 38,1 38,7 39,3 39,0 38,8 38,2 -0,9 -0,1 1,1 1,2 0,6 -0,8 -0,6 2,0 1,2França 50,1 49,5 51,0 51,6 53,2 53,9 -1,5 -3,7 -2,9 0,9 1,5 2,3 0,7 -1,4 0,8Irlanda 36,0 35,2 35,5 31,6 33,7 34,5 4,4 1,5 1,0 -0,5 0,3 2,9 0,8 -3,4 -0,5Itália 45,3 44,3 44,0 46,0 47,7 48,1 -0,7 -3,4 -4,1 -1,3 -0,3 2,1 0,4 -3,4 -0,7Luxemburgo 43,6 42,1 42,4 37,7 43,2 44,3 5,9 -1,1 -1,9 -1,2 0,3 6,6 1,1 -7,8 -0,8P. Baixos 45,5 44,5 45,4 43,4 46,4 45,7 2,1 -1,9 -0,3 -0,1 0,9 2,3 -0,7 -2,4 1,6Áustria 49,8 48,8 48,0 51,3 49,9 49,5 -1,5 -1,1 -1,5 -1,8 -0,8 -1,8 -0,4 0,0 -0,4Portugal 40,2 43,2 41,8 43,1 46,4 47,8 -2,9 -3,2 -6,0 1,6 -1,4 4,7 1,4 -3,1 -2,8Finlândia 55,8 52,4 53,1 48,8 50,1 50,5 7,0 2,3 2,6 -2,7 0,7 1,7 0,4 -4,4 0,3a/ Saldo global efectivo, incluindo medidas temporárias Fonte: AMECO

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 16

da área euro (ver ���HGráfico 9), apresenta um dos maiores crescimentos registados no período de

2000 a 2005, de 4,7 pp. do PIB, apenas excedido pelo Luxemburgo.

A evolução em 2005 face ao ano anterior mostra uma estabilização da despesa total em

percentagem do PIB na área do euro, com cinco países a registarem diminuições (Grécia, P.

Baixos, Espanha, Áustria e Alemanha) e todos os restantes com aumentos, do qual o mais

intenso se registou em Portugal (1,4 pp. do PIB).

Gráfico 9. Desvios face à Área Euro – Despesa Total e Saldo Global (2005) Despesa Total (% do PIB)

-15 -10 -5 0 5 10Irlan

daEspanh

a

Luxem

burgoHoland

aGrécia

Aleman

haPortug

alItá

liaÁustriaBélgicaFinl

ândiaFrança

Média área euro

Saldo Global (% do PIB)

-6 -4 -2 0 2 4 6Port

ugalGrécia

ItáliaAlem

anhaFrança

Luxem

burgoÁustriaHola

ndaBélg

icaIrlan

daEspanh

aFinl

ândia

Média área euro

Nota: O Saldo Global inclui medidas temporárias Fonte: AMECO

Em 2005, quatro países da área euro registaram défices globais das AP superiores a 3%

do PIB – Portugal com o défice mais elevado de 6%, a Grécia com 4,5%, a Itália com 4,1% e a

Alemanha com 3,3%. A média na área euro foi de um défice de 2,4% e os três países com

melhor posição nas finanças públicas foram a Finlândia a Espanha e a Irlanda, todos com

superavites de 1% do PIB ou superior.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 17

Quadro 9. Decomposição da Receita e Despesa (% do PIB)

Cons. Intermédio Despesas c/ Pessoal Prestações Sociais Transf. Correntes Outra Despesa Despesa Total

2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005 Área euro 4,7 5,0 5,0 10,4 10,4 10,4 21,2 21,8 21,9 1,7 2,0 2,0 8,2 8,4 8,3 46,2 47,6 47,6 Bélgica 3,2 3,6 3,7 11,5 12,0 12,2 21,3 23,2 23,1 1,9 2,3 2,3 11,2 8,4 8,8 49,1 49,5 50,1

Alemanha 4,0 4,0 4,2 8,1 7,6 7,4 25,8 26,5 26,6 1,7 1,7 1,6 5,5 7,1 6,9 45,1 46,9 46,7 Grécia 7,1 5,7 5,5 11,5 12,4 12,6 16,2 17,1 16,7 1,1 1,6 1,5 15,2 12,0 9,9 51,1 48,8 46,2

Espanha 4,3 4,8 4,8 10,3 10,1 9,9 14,3 14,3 14,1 1,3 1,5 1,6 8,8 8,1 7,8 39,0 38,8 38,2 França 5,2 5,2 5,3 13,3 13,4 13,4 22,1 23,4 23,7 2,3 2,8 3,0 8,7 8,8 8,8 51,6 53,6 54,2 Irlanda 5,0 5,3 4,9 8,0 9,3 9,9 9,3 10,6 11,6 1,9 2,3 2,4 7,3 6,2 5,7 31,5 33,7 34,5 Itália 5,0 5,4 5,5 10,4 10,8 11,0 18,7 19,6 19,9 1,1 1,5 1,6 11,0 10,5 10,2 46,2 47,8 48,2

Luxemburgo 3,2 3,3 3,8 7,5 8,3 8,2 17,2 20,2 20,4 2,9 3,7 3,6 6,9 7,7 8,3 37,7 43,2 44,3 P. Baixos 6,1 7,1 6,9 9,6 10,0 9,9 18,3 19,7 19,5 1,6 1,9 2,0 8,0 7,9 7,4 43,6 46,6 45,7 Áustria 4,8 4,5 4,5 10,9 9,3 9,2 23,3 24,0 23,8 2,2 2,5 2,5 10,2 9,7 9,6 51,4 50,0 49,6

Portugal 4,3 3,9 4,0 14,2 14,4 14,5 13,5 17,0 18,0 1,9 2,3 2,5 9,2 8,8 8,8 43,1 46,4 47,8 Finlândia 7,9 9,1 9,4 13,0 13,6 13,8 17,8 18,7 18,8 2,3 2,6 2,8 7,3 6,3 5,9 48,3 50,3 50,7

Fonte: Eurostat

I. s/ Prod.e Importação I. s/ Rendimento Contribuições Sociais Vendas Outra Receita Receita Total 2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005 2000 2004 2005

Área euro 13,3 13,3 13,5 12,7 11,4 11,7 15,9 15,6 15,6 2,2 2,1 2,2 2,2 2,4 2,2 46,3 44,8 45,2 Bélgica 12,9 13,0 13,2 17,1 16,8 17,1 16,0 16,3 16,2 1,3 1,6 1,7 1,8 1,7 1,9 49,1 49,4 50,1

Alemanha 11,9 11,7 11,8 12,3 10,0 10,1 18,3 17,8 17,7 2,0 1,9 2,0 1,9 1,8 1,8 46,4 43,2 43,4 Grécia 14,9 12,9 12,6 10,6 8,7 9,1 13,7 14,6 14,3 1,4 1,7 1,8 6,4 4,1 4,0 47,0 42,0 41,8

Espanha 11,4 11,9 12,1 10,2 10,2 11,0 12,9 13,0 13,0 1,3 1,2 1,1 2,3 2,4 2,1 38,1 38,7 39,3 França 15,2 15,4 15,7 12,0 11,1 11,5 17,9 18,1 18,3 3,2 3,2 3,2 1,9 2,1 2,5 50,2 49,9 51,2 Irlanda 13,1 13,0 13,4 13,3 12,3 12,2 5,6 6,1 6,2 1,2 1,4 1,4 2,7 2,4 2,3 35,9 35,2 35,5 Itália 14,7 14,1 14,2 14,4 13,3 13,3 12,4 12,7 12,9 1,5 1,4 1,3 2,3 2,8 2,3 45,3 44,3 44,0

Luxemburgo 13,5 13,6 13,6 14,9 13,2 13,7 10,9 11,7 11,8 1,8 2,0 1,9 2,4 1,6 1,4 43,5 42,1 42,4 P. Baixos 11,7 12,5 12,7 11,6 10,5 11,7 16,4 15,0 14,3 3,2 3,5 3,5 2,8 3,0 3,2 45,7 44,5 45,4 Áustria 14,4 14,5 14,3 13,1 13,4 12,8 16,6 16,1 16,1 2,9 2,1 2,0 2,8 2,7 2,8 49,8 48,8 48,0

Portugal 13,5 14,3 15,3 9,8 8,7 8,6 11,2 12,4 12,5 2,6 2,4 2,4 3,1 5,4 3,0 40,2 43,2 41,8 Finlândia 13,5 13,8 14,0 21,1 17,6 17,8 12,1 11,8 12,2 4,5 5,1 5,2 4,0 4,1 3,9 55,2 52,4 53,1

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 18

A análise mais detalhada por componentes da receita em 2005 (ver ���HQuadro 9), mostra que

em Portugal os impostos indirectos têm um peso no PIB (15,3%) bastante superior ao que acontece na

média da área euro (13,5%), situação que só é ultrapassada pela França. Entre 2000 e 2005 o peso

deste imposto no PIB aumentou quase 2 pp. em resultado dos dois aumentos da taxa normal do IVA

processados durante este período.

Em contrapartida, a situação nos impostos directos é a oposta, com Portugal a registar a

menor percentagem no PIB de receita oriunda destes impostos (8,6% em Portugal, contra 11,7% na

área do euro). A tendência entre 2000 e 2005 é de diminuição e reflecte em parte as reduções

sucessivas que foram operadas no Imposto sobre as sociedades (IRC).

As contribuições sociais mostram uma tendência crescente entre 2000 e 2005 aumentando 1,3

pp. do PIB, situando-se, no entanto, bastante abaixo da média da área euro (12,5% em Portugal,

contra 15.6% do PIB na área euro).

Quanto às restantes rubricas da receita há a assinalar o valor elevado registado em Portugal

em 2004 e que reflecte a incorporação de 2,2% do PIB de receitas extraordinárias e a queda

subsequente em 2005, devido ao abandono desta política.

Do lado da despesa sobressaem as despesas com pessoal que em Portugal crescem apenas 0,3

pp. do PIB entre 2000 e 2005. No entanto, em comparação com a média da área euro existe uma

discrepância grande –em Portugal elas atingem 14,5% do PIB, o valor mais elevado de todos os

países daquela área, comparado com a média que se situa, em 2005, em 10,4% do PIB. Durante o

período 2000-2005, nove países da área euro aumentaram a despesa em percentagem do PIB nesta

rubrica, sendo os casos mais salientes a Grécia com 1,1 pp. e a Irlanda 1,9 pp.. Os três países onde

ocorreram diminuições foram a Áustria (-1,7 pp.), a Alemanha e a Espanha.

As prestações sociais incluindo as prestações em espécie correspondentes a pagamentos de

subcontratos na área da saúde, registam um crescimento muito rápido no quinquénio de 4,5 pp. do

PIB, atingindo em 2005, 18%. Mesmo assim Portugal é um dos três países com menores despesas

nesta rubrica (juntamente com a Irlanda e Espanha) que atinge 21,9% no conjunto da área euro.

Portugal é o país onde, entre 2000 e 2005, se registou o maior aumento de despesa. No entanto, à

excepção da Espanha (que registou uma diminuição de 0,2 pp. do PIB) todos os restantes países da

área euro registaram aumentos.

No que toca ao consumo intermédio verificou-se em Portugal uma redução no período de

2000 a 2005, tendo caído 0,3 pp. do PIB, contrariamente ao que ocorreu na área euro onde a variação

foi idêntica, mas de sinal contrário. Em 2005, Portugal gastou 4% do PIB em consumo intermédio, ou

seja menos 1 pp. do PIB que a área euro.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 19

O ���HGráfico 10. mostra os desvios por componentes da despesa entre Portugal e a média da

área euro. Como se referiu a despesa total portuguesa é ligeiramente superior à média, o que resulta

de se gastar mais em despesas com pessoal, transferências correntes e outra despesa. Com despesa

inferior à média da área euro situam-se as prestações sociais e o consumo intermédio.

Gráfico 10. Componentes da Despesa - diferença entre Portugal e a média da Área euro em 2005 (pp. do PIB)

Fonte: AMECO

Portugal encontra-se na penúltima posição na comparação dos saldos orçamentais

corrigidos do ciclo, logo à frente da Grécia que ocupa o último lugar. No ���HGráfico 11 apresentam-se

os desvios face à área euro no que toca àquela variável. O défice na área do euro, em 2005, foi de

1,9% do PIB, enquanto em Portugal foi de 5,1% e na Grécia 5,2%.A Itália, Alemanha e França são os

três outros países da área com défices superiores à média.

Gráfico 11. Desvios face à Área Euro – Saldo Global e Primário corrigidos do ciclo (2005) Saldo Global (pp. do PIB)

-4 -2 0 2 4 6

GréciaPortugal

ItáliaAlemanha

FrançaLuxemburgo

ÁustriaBélgica

HolandaEspanha

IrlandaFinlândia

Média área euro

Saldo Primário (pp. do PIB)

-4 -2 0 2 4 6

PortugalLuxemburgo

GréciaAlemanha

FrançaItália

ÁustriaIrlanda

EspanhaHolanda

FinlândiaBélgica

Média área euro

Fonte: AMECO

Consumo Intermédio -1.0

Despesas c/ Pessoal 4.1

Prestações Sociais -3.9

Transf. Correntes

0.5

Outra Despesa:

0.5

-0.5-0.4-0.3-0.2-0.10.00.10.20.30.40.50.6

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 20

Gráfico 12. Hiato do Produto - Desvios face à Área Euro (2005)

-2 -1 0 1 2 3 4

HolandaPortugal

LuxemburgoItália

IrlandaFinlândia

ÁustriaBélgicaFrança

AlemanhaEspanha

Grécia

Média área euro

Fonte: AMECO

De acordo com a análise do hiato do produto�F

4, variável determinante para avaliar o

desempenho da política de finanças públicas, constata-se que Portugal, em 2005, tem um dos maiores

hiatos a par com os P. Baixos, superior à media da área euro em 1 ponto percentual (���HGráfico 12).

Gráfico 13. Hiato do Produto – Portugal e Área euro

-3-2-101234

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Área euroPortugal

Fonte: AMECO

A evolução desde 1995 mostra que Portugal teve entre 1998 e 2002 um hiato positivo e

superior ao da média da área euro, situação que se inverteu a partir desse ano e que se mantém até ao

presente (���HGráfico 13).

4 Mede o desvio entre o PIB efectivo e potencial, em percentagem do potencial.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 21

Quadro 10. Dívida consolidada das Administrações Públicas (% do PIB)

Stock da Dívida Variação do stock

em pp. PIB

2000 2004 2005 2005-2000

2005-2004

Área euro nd, 69,8 70,8 1,0Bélgica 109,1 94,7 93,3 -15,8 -1,4Alemanha 60,2 65,5 67,7 7,5 2,2Grécia 114,0 108,5 107,5 -6,5 -1,0Espanha 61,1 46,4 43,2 -17,9 -3,2França 56,8 64,4 66,8 10,0 2,4Irlanda 38,3 29,4 27,6 -10,7 -1,8Itália 111,2 103,8 106,4 -4,8 2,6Luxemburgo 5,5 6,6 6,2 0,7 -0,4P. Baixos 55,9 52,6 52,9 -3,0 0,3Áustria 67,0 63,6 62,9 -4,1 -0,7Portugal 53,3 58,7 63,9 10,6 5,2Finlândia 44,6 44,3 41,1 -3,5 -3,2Fonte: AMECO

Em matéria de dívida das Administrações Públicas, Portugal que em 2000 tinha um stock

da dívida em percentagem do PIB de 53,3% teve uma subida de mais de 10 pontos percentuais no

cinco anos seguintes. Mesmo assim, ainda se situa abaixo dos quase 71% de média da área euro e tem

valores semelhantes à Alemanha, França e Áustria (ver ���HQuadro 10 e ���HGráfico 14).

Gráfico 14. Dívida das Administrações Públicas consolidada em % do PIB - Desvios face à média da área euro (2005)

-80 -60 -40 -20 0 20 40 60

Luxemburgo

Irlanda

Finlândia

Espanha

Holanda

Áustria

Portugal

França

Alemanha

Bélgica

Itália

Grécia

Média área euro

Fonte: AMECO

No quadro do processo de vigilância mútua e de acordo com o Tratado, os países da

União Europeia devem abster-se de ter défices globais das Administrações Públicas superiores a 3%

do PIB e a dívida não deve ultrapassar os 60% do PIB. Adicionalmente, os países devem enunciar um

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 22

objectivo de médio prazo que assegure a sustentabilidade das finanças públicas e que evite, mesmo

em condições severas do ciclo económico, que o limite de 3% seja ultrapassado.

Quadro 11. Perspectivas para os países da área euro com Procedimento de Défices Excessivos (% do PIB)

Informação dos Países

Previsões da Primavera

2006 da Comissão Europeia

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2006 2007 Saldo Global a/ Alemanha -3,7 -3,3 -3,3 -3,1 -2,5 França -3,7 -2,9 -2,8 -3,0 -3,1 Grécia -6,9 -4,5 -2,6 -3,0 -3,6 Itália -3,4 -4,1 -3,5 -4,1 -4,5 Portugal -3,2 -6,0 -4,6 -5,0 -4,9 Saldo estrutural b/ c/ Alemanha -3,4 -3,0 -2,9 -1,8 -1,5 -1,1 França -3,5 -3,3 -2,9 -2,3 -1,5 -0,6 Grécia -7,2 -4,8 -3,7 -2,8 -2,4 0 Itália -4,4 -4,1 -3,2 -2,3 -1,7 -1,2 Portugal -4,5 -5,0 -3,4 -2,6 -1,8 -1,2 Medidas temporárias b/ Alemanha 0,1 França 0,5 0,2 Grécia 0,6 Itália 1,4 0,6 0,3 Portugal 2,2 Saldo Global ajustado do ciclo b/ Alemanha -3,4 -2,9 -2,9 -1,8 -1,5 -1,1 -3,0 -2,3 França -3,5 -2,8 -2,7 -2,3 -1,5 -0,6 -2,5 -2,5 Grécia -7,2 -4,8 -3,1 -2,8 -2,4 0 -3,8 -4,4 Itália -3,0 -3,5 -2,9 -2,3 -1,7 -1,2 -3,4 -3,8 Portugal -2,3 -5,0 -3,4 -2,6 -1,8 -1,2 -4,0 -3,8 a/ Reporte dos Défices Excessivos, Março de 2006; b/ Programa de Estabilidade e Crescimento - última actualização; c/ Saldo global corrigido do ciclo e excluindo medidas temporárias.

Fonte: Programas de Estabilidade e Crescimento – última actualização e Comissão Europeia – Previsões da Primavera

O Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) prevê que o Conselho utilize um conjunto de

instrumentos para pressionar os governos a tomar as medidas necessárias para corrigir as situações de

desequilíbrio.

De entre os países da área euro, cinco encontram-se numa situação de défice excessivo e

foram objecto de decisões do Conselho. A Alemanha em 2002, a França em 2003, a Grécia em 2004 e

a Itália e Portugal em 2005. As datas limite fixadas pelo Conselho para a supressão do défice acima

de 3% são, para a Alemanha 2007, para a França 2005, para a Grécia 2006, para a Itália 2007 e para

Portugal 2008.

O ���HQuadro 11 mostra as perspectivas para estes países contidas na última actualização dos

Programas de Estabilidade e Crescimento e as previsões da Primavera de 2006 da Comissão

Europeia. O saldo estrutural (que exclui as medidas extraordinárias e é corrigido do ciclo) atingiu em

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 23

Portugal 5% em 2005, o valor mais elevado de entre estes países, seguido da Grécia com 4,8% do

PIB. O Conselho tendo em atenção a actual situação de fraco crescimento económico em Portugal e a

amplitude que a correcção do défice envolve, recomendou que em 2006 a redução do défice estrutural

fosse de 1,5% do PIB e de 0,75% em cada um dos anos seguintes até 2008 (ver ���HCaixa 1). Para os

restantes países com défices excessivos, as recomendações do Conselho diferem quanto ao ritmo da

correcção e prazo para a sua conclusão, sendo por exemplo para a Alemanha de redução do défice

estrutural em 0,5 pp. do PIB ao ano, para a Itália de 0,6pp. e para Portugal de 0,9 pp�F

5..

A apreciação do Conselho à actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento de

Dezembro de 2005, apresentado por Portugal, salienta que o país deve adoptar com rigor as medidas

estruturais de forma a corrigir a situação de défice excessivo em 2008 e criar uma margem de

manobra para fazer face ao impacto orçamental de um crescimento económico inferior ao previsto;

deve reforçar a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas através da adopção de reformas

no domínio das pensões de reforma e do sistema de saúde e deve reconduzir o rácio da dívida para

uma trajectória claramente descendente.

A apreciação feita pela Comissão Europeia, em Junho de 2006, sobre as medidas já

tomadas por Portugal é positiva, considerando que não são necessárias presentemente novas acções

no procedimento de défices excessivos de Portugal. Esta apreciação é baseada nas seguintes

constatações mais importantes :

− o défice atingido em 2005 está de acordo com a meta que o país se havia proposto;

− foi adoptado um pacote de medidas desde meados de 2005, que se for totalmente implementado, é susceptível de permitir atingir o objectivo de redução do défice para 2006 preconizado pela Comissão;

− o objectivo estabelecido pelo governo é de reduzir o défice para valores inferiores a 3% até 2008 e colocar a dívida numa tendência decrescente a partir daquele ano.

5 Ver Public Finances in EMU, 2006, European Commission.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 24

Caixa 1. RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA DIRIGIDA A PORTUGAL

com vista a pôr termo à situação de défice orçamental excessivo (extractos)

(...)

(7) Afigura-se essencial a rápida correcção da situação de défice excessivo de Portugal, dado o elevado rácio do défice

estrutural (o défice corrigido das variações cíclicas, excluindo as medidas pontuais e outras medidas temporárias) e o

elevado rácio dívida/PIB e considerando que o persistente desequilíbrio orçamental afecta a confiança e, em última análise,

o crescimento do produto. A situação orçamental de Portugal deteriorou-se de forma progressiva e significativa nos últimos

anos. Em especial, o saldo primário estrutural diminuiu, passando de uma situação próxima do equilíbrio ou excedentária,

registada na segunda metade da década de 90, para um défice médio de cerca de 1,5% do PIB desde 2001. Esta tendência

expõe o país a riscos consideráveis, o que requer uma melhoria duradoura das finanças públicas. Todavia, ao definir a

trajectória de ajustamento, deve ter-se igualmente em consideração a actual situação económica e a extensão da correcção

orçamental necessária. Embora no caso de Portugal a consolidação orçamental seja essencial para o crescimento a médio

prazo, em especial se tiver a composição adequada e reforçar a confiança, um esforço demasiado grande num período muito

curto pode revelar-se economicamente oneroso, sobretudo considerando a actual debilidade da conjuntura.

(8) A taxa de crescimento económico tem descido acentuadamente desde 2000, tendo-se inclusivamente tornado claramente

negativa em 2003. A desaceleração foi acompanhada por uma redução do crescimento do produto potencial, devido a um

conjunto de factores de debilidade estrutural, cujo impacto se reforça mutuamente. A economia voltou a uma trajectória de

crescimento económico moderadamente positivo em 2004, prevendo-se que apresente uma evolução ascendente, ainda que

gradual, nos próximos anos. Tal como revelado na actualização de Junho de 2005 do Programa de Estabilidade de Portugal,

na sequência de um défice notificado de 2,9% do PIB em 2004, o rácio défice/PIB previsto para 2005 equivale a 6,2% do

PIB, após a tomada em consideração de um pacote correctivo correspondente a cerca de 0,6% do PIB, adoptado em meados

de 2005. Numa hipótese de não adopção de medidas adicionais em 2005 e de uma retoma do crescimento do PIB em 2006

para 1,4%, a recondução do défice para um valor inferior a 3% em 2006 irá requerer um ajustamento, em termos estruturais,

de quase 3% do PIB, em relação a 2005.

(9) Em termos globais, tendo em conta a actual debilidade conjuntural de Portugal e a dimensão do ajustamento necessário

para reconduzir o défice para um valor inferior ao limiar de referência de 3% do PIB em 2006, parecem verificar-se

circunstâncias especiais, que permitem a concessão de uma prorrogação do prazo para a correcção da situação de défice

excessivo para além de 2006. A este respeito, deve salientar-se que as autoridades portuguesas adoptaram uma estratégia de

correcção sustentada, se bem que gradual, que deixou de se basear em medidas pontuais de dimensão significativa. Neste

contexto, considera-se adequado que a correcção da situação de défice excessivo seja apreciada numa perspectiva de médio

prazo. A actualização do Programa de Estabilidade apresentada por Portugal em Junho de 2005 e o parecer do Conselho

sobre a mesma proporcionam a base em que se fundamenta a presente recomendação relativa à trajectória de ajustamento

com vista à correcção da situação de défice excessivo.

(…)

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 25

Caixa 1. (continuação) RECOMENDA:

− As autoridades portuguesas devem pôr termo à actual situação de défice excessivo tão rapidamente quanto

possível, nos termos do n.º 4 do artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 1467/97 do Conselho;

− As autoridades portuguesas devem reconduzir o défice do sector público administrativo para um valor inferior a

3% do PIB de forma credível e sustentável até 2008, o mais tardar, tomando medidas numa perspectiva de médio

prazo. Para o efeito, as autoridades portuguesas devem, mais concretamente:

− travar a deterioração da situação orçamental em 2005, assegurando uma aplicação rigorosa das medidas correctivas

anunciadas;

− aplicar exaustivamente as medidas que se impõem para assegurar uma correcção sustentada e palpável do défice

corrigido das variações cíclicas, excluindo as medidas pontuais e outras medidas temporárias, através de uma

primeira etapa consubstanciada numa redução muito substancial, equivalente a 1,5 do PIB em 2006, em relação a

2005, seguida por um decréscimo adicional significativo de, pelo menos, ¾% do PIB em cada um dos dois anos

subsequentes;

− executar rapidamente as reformas para conter e reduzir as despesas nos próximos anos; aproveitar todas as

oportunidades para acelerar a diminuição do défice orçamental e estar preparadas para adoptarem as medidas

adicionais que eventualmente se imponham para corrigir o défice excessivo até 2008;

− O Conselho estabelece o prazo de 19 de Março de 2006 para que o Governo português tome medidas eficazes no

que diz respeito às acções programadas para cumprir o défice previsto para 2006;

− As futuras actualizações do Programa de Estabilidade deverão ponderar medidas correctivas mais ambiciosas, caso

tal se afigure necessário para assegurar o cumprimento dos objectivos definidos para a correcção do défice

excessivo.

− As autoridades portuguesas devem assegurar que o rácio da dívida pública bruta passe para uma trajectória

claramente descendente e se aproxime do valor de referência a um ritmo satisfatório, garantindo que a evolução da

dívida esteja em consonância com os progressos registados a nível da redução do défice, evitando operações

financeiras com um efeito de agravamento da dívida e

− ponderando criteriosamente o eventual impacto decorrente de grandes projectos de investimento público, incluindo

os realizados em parceria com o sector privado;

− As autoridades portuguesas devem introduzir uma melhoria adicional na recolha e no tratamento das estatísticas

relativas ao sector público administrativo.

− Além disso, o Conselho convida as autoridades portuguesas a assegurar que a consolidação orçamental tendente, a

médio prazo, a uma situação das finanças públicas próxima do equilíbrio ou excedentária seja sustentada por uma

redução do défice corrigido das variações cíclicas, líquida de medidas pontuais e de outras medidas temporárias,

de, pelo menos, 0,5% do PIB por ano, após a correcção da situação de défice excessivo.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 26

Evolução das finanças públicas

As determinantes da situação actual

Para se compreender melhor a situação actual das finanças públicas em Portugal é

importante ter uma visão, num horizonte mais alargado, das principais determinantes do

aumento da despesa. A despesa total que em 1995 era de 42,8% do PIB, subiu 10 anos depois

para 47,8%. Se não fosse a diminuição dos juros em 3,2 pp. do PIB nesse período o resultado

final seria pior. De facto, as prestações sociais foram o grande impulsionador do aumento da

despesa com um crescimento de 5,4 pp. do PIB no período em análise, seguidas das despesas

com pessoal com um aumento de 1,6 pp. (ver ���HGráfico 15).

Gráfico 15, Propulsores da Despesa (1995 a 2005)

Em % do PIB

Fonte: INE

O crescimento da receita total em 4,3 pp. do PIB financiou em parte o agravamento da

despesa, de tal forma que o défice global nominal das Administrações Públicas passou de 5,2%

do PIB em 1995 para 6% em 2005.

Restringindo o período de análise ao quinquénio 2000-2005, verifica-se que grande

parte do aumento da despesa acima mencionado tomou lugar neste período (4,7 pp. do PIB),

apesar das políticas mais restritivas adoptadas a partir de 2002. A entrada na fase descendente

do ciclo económico, com o hiato do produto a tornar-se negativo em 2003 e agravar-se nos anos

seguintes, explica em parte esta evolução da despesa.

Consumo Intermédio: 0.5%

Despesas com Pessoal: 1.6%

Prestações Sociais: 5.4%

Juros: -3.2%

Subsídios: 0.3%

Outra Desp.Corr: 1.0%

Despesa de Capital: -0.5%

-6.0%

-4.0%

-2.0%

0.0%

2.0%

4.0%

6.0%

8.0%

10.0%

2005-1995

Diminuições: 3.7 pp.

Aumentos: 8.8 pp.

De 1995 a 2005: aumento da Despesa Total : 5.1 pp. do PIB

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 27

A decomposição institucional deste aumento da despesa, processada a consolidação

pertinente entre os diferentes sectores das Administrações Públicas, mostra que para um

aumento da despesa total de 4,7 pp. do PIB, 3.4 pp. foram ditados pelo sector da Segurança

Social (72% do total do agravamento). 0,9pp. pela Administração Central e os restantes 0,4

foram induzidos pela Administração Regional e Local .

Quadro 12. Conta das Administrações Públicas a/ % do PIB Variação em pp. do PIB

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2001 2002 2003 2004 2005RECEITA CORRENTE 38.8 38.4 38.8 38.7 39.6 40.5 -0.4 0.4 0.0 0.9 0.8

Receita Fiscal 23.3 22.9 22.6 22.1 23.0 23.9 -0.4 -0.3 -0.5 0.9 0.9Contribuições Sociais 11.2 11.4 11.7 12.3 12.4 12.5 0.2 0.3 0.6 0.1 0.1 das quais: Contrib. Sociais

Efectivas 10.3 10.5 10.8 11.2 11.3 11.3 0.2 0.3 0.4 0.1 0.0Rendimentos da propriedade 0.8 0.8 0.8 0.7 0.8 0.5 0.0 0.0 -0.1 0.1 -0.2Vendas 2.6 2.4 2.4 2.4 2.4 2.4 -0.2 0.0 0.0 0.0 0.0Outra Receita Corrente 0.8 0.9 1.2 1.2 1.1 1.1 0.0 0.3 0.0 -0.1 0.0

DESPESA CORRENTE 38.2 39.0 40.0 41.5 41.9 43.3 0.8 1.0 1.6 0.3 1.5Consumo Intermédio 4.3 4.3 4.2 3.9 3.9 4.0 0.0 -0.1 -0.4 0.0 0.1Despesas com Pessoal 14.2 14.3 14.7 14.3 14.4 14.5 0.1 0.4 -0.4 0.1 0.1Prestações Sociais 13.5 13.9 14.6 17.0 17.0 18.0 0.4 0.7 2.4 0.0 1.0Juros 3.0 3.0 2.9 2.7 2.6 2.7 0.0 -0.1 -0.1 -0.1 0.1 dos quais swaps -0.1 -0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1Subsídios 1.2 1.4 1.5 1.8 1.6 1.6 0.1 0.2 0.3 -0.3 0.0Outra Despesa Corrente 1.9 2.1 2.0 1.9 2.3 2.5 0.1 0.0 -0.2 0.5 0.2

Poupança Bruta 0.7 -0.6 -0.3 -1.4 -2.2 -2.9 -1.2 0.3 -1.1 -0.9 -0.7TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 1.0 1.7 1.2 1.8 1.4 1.4 0.7 -0.4 0.6 -0.4 0.0RECEITA TOTAL 39.8 40.1 40.0 40.6 41.0 41.8 0.3 -0.1 0.5 0.5 0.8DESPESA DE CAPITAL 4.9 5.4 4.3 4.3 4.5 4.5 0.4 -1.1 0.0 0.2 0.0

FBCF 3.6 3.9 3.1 3.1 3.1 3.2 0.3 -0.8 0.0 0.0 0.1Outra Despesa de Capital 1.4 1.5 1.2 1.2 1.4 1.3 0.1 -0.3 0.0 0.2 -0.1

DESPESA TOTAL 43.1 44.4 44.2 45.8 46.4 47.8 1.3 -0.1 1.6 0.5 1.5Capacidade(+)/Necessidade financ.(-) EDP -3.2 -4.3 -4.2 -5.3 -5.3 -6.0 -1.0 0.1 -1.1 -0.1 -0.7

a/ Conceito correspondente ao Reporte dos Défices Excessivos. Exclui medidas extraordinárias em todo o horizonte temporal. Fonte: INE e DGEP

Para realizar a avaliação da orientação da política de finanças públicas no último

quinquénio é necessário expurgar da receita as medidas extraordinárias que distorcem a

evolução das variáveis (ver ���HQuadro 12). Com este pressuposto pode-se observar que a receita

fiscal aumentou, entre 2000 e 2005, apenas 0,6 pp. do PIB, uma vez que os aumentos na taxa

normal do IVA (para 19% primeiro e para 21% em 2005) foram contrabalançados pela

diminuição de outra receita fiscal, nomeadamente em sede de IRC. Só em 2004, a receita fiscal

em percentagem do PIB aumenta, tendo no conjunto de 2004-2005 um crescimento significativo

de 1,9 pp. Na despesa as conclusões já enunciadas mantêm-se uma vez que ela não é afectada

pelas medidas extraordinárias. O saldo global que em 2000 era de 3,2% do PIB, nos dois anos

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 28

seguintes sobe para cerca de 4,2% e no biénio seguinte para 5,3%, alcançando 6% do PIB em

2006.

Gráfico 16. Política Orçamental e ciclo económico (Receita e Despesa) Variação da Receita e da Despesa corrigidos do ciclo a/

-2.00

-1.50

-1.00

-0.50

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

-2.00 -1.50 -1.00 -0.50 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00

Variação da Receita - pp. do PIB

2000

Var

iaçã

o da

Des

pesa

Prim

ária

-pp.

PIB

2005

Política Expansionista

Política Restritiva

a/ A receita exclui medidas temporárias.

Fonte: INE e DGEP

O ���HGráfico 16 mostra o cariz da política orçamental avaliado através das variações da

receita e despesa primária, ambas corrigidas do ciclo económico e expurgadas de medidas

extraordinárias. Constata-se que 2000 e 2001 foram anos de políticas fortemente expansionistas

colocados bem acima da linha que demarca variações idênticas na receita e na despesa. Nos três

anos seguintes a política torna-se restritiva ou neutra, verificando-se que em 2005 volta a ser

expansionista, embora perto da linha de equilíbrio.

O ���HGráfico 17 avalia também a orientação da política orçamental, mas recorrendo ao

hiato do Produto e ao saldo primário corrigido do ciclo. As conclusões são idênticas

acrescentando, contudo a situação da política face ao ciclo económico. Os anos de 2000 e 2001

são claramente de política expansionista pró-cíclica, isto é num contexto em que o hiato entre o

produto efectivo e potencial é positivo. Em 2002 a política torna-se restritiva numa situação

contra-cíclica e em 2003 e 2004 contínua restritiva, mas já em condições pró-cíclicas uma vez

que o hiato do produto se torna negativo. Em 2005 verifica-se que o hiato permanece negativo,

mas o cariz da política torna-se expansionista.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 29

Gráfico 17. Política Orçamental e ciclo económico (saldo e hiato) Hiato do Produto e Variação do saldo Primário corrigido do ciclo a/

-1,2

-1,0

-0,8-0,6

-0,4

-0,20,00,2

0,40,6

-3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0

2000

2005

Restritiva contra-cíclica

Expansionista pro-cíclica

Restritiva Pro-cíclica

Expansionista contra- cíclica

Hiato do produtoVar

iaçã

o do

sald

o pr

imár

io c

orr.

do c

iclo

2001

2002

2003

2004

a/ A receita exclui medidas temporárias. Fonte: INE e DGEP

Os objectivos para 2006 e o compromisso de médio prazo

A actualização de Dezembro de 2005 do Programa de Estabilidade e Crescimento

(PEC)�F

6 apresentado pelo Governo à União Europeia, em conjunto com o Relatório de

Orientação da Política Orçamental�F

7, traçam as linhas mestras da estratégia a observar no

período de 2005 a 2009 para alcançar uma situação de consolidação das finanças públicas. Esta

estratégia apoia-se num conjunto de reformas estruturais que foram enunciadas no documento

Orientações Integradas para o Crescimento e o Emprego (2005-2008) e no Plano Tecnológico�F

8,

tendo o primeiro documento referido sido elaborado no âmbito da Estratégia de Lisboa e

apresentado e discutido em Bruxelas no quadro dos planos de acção nacionais.

A estratégia de consolidação das finanças públicas prevê a redução do défice global

nominal de 6% do PIB em 2005, para 4,6% em 2006, sendo 2008 o primeiro ano em que se

situará abaixo do limite de 3% estabelecido no Tratado da UE (ver ���HGráfico 18). O saldo global

corrigido do ciclo, tendo em atenção o cenário de crescimento económico assumido no PEC,

baixará de um défice de 4,9% em 2005, para 1,1% em 2009.

6http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MF/Comunicacao/Programas_e_Dossiers/20050603_MEF_Prog_PEC.htm 7 http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MF/Comunicacao/Outros_Documentos/20060511_MEF_Doc_Orientacao_Politica_Orcamental.htm 8http://www.cnel.gov.pt/index.php?page=123

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 30

Gráfico 18. Saldo Global em % do PIB (2006-2009)

-2.6

-6.0-4.6

-3.7

-1.5

-4.9

-3.3-2.5 -1.8

-1.1

-7.0-6.0-5.0-4.0-3.0-2.0-1.0

2005 2006 2007 2008 2009

Saldo Global nominalSaldo Global corrigido do ciclo

Fonte: Relatório de Orientação da Política Orçamental, MFAP, Abril de 2006

Para atingir aquele objectivo, a receita total (ver ���HGráfico 19) deverá aumentar, em

2006, 0,5 pp. do PIB reflectindo ainda os efeitos do aumento do IVA e a continuação da

melhoria no combate à evasão fiscal. Após aquele ano a receita manterá praticamente inalterado

o seu peso no PIB. O esforço de consolidação incide, sobretudo, do lado da despesa que já em

2006 deverá reduzir-se em 0,9 pp. do PIB, mantendo-se um esforço da mesma ordem de

grandeza nos dois anos seguintes. Em consequência o défice global deverá já em 2006 melhorar

em 1,4 pp. do PIB, mantendo-se o ritmo de progressão anual em cerca de 1 pp. do PIB até 2009.

Gráfico 19. Programação Financeira 2006-2009

Variação em pp. do PIB a/

a/ Receita e Despesa Totais Fonte: Relatório de Orientação da Política Orçamental, MFAP, Abril de 2006

0.0 0.1-0.1

0.5

-1.2-0.9-0.8

-0.9

-1.5-1.0-0.50.00.51.0

2006 2007 2008

ReceitaDespesa

Saldo Global1.4

0.9

1.1

1.10.0

1.0

2.0

2006 2007 2008 2009

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 31

Para alcançar aqueles objectivos, que se apoiam nas reformas estruturais em curso, a

despesa terá que registar uma redução cumulativa, entre 2005 e 2009 de 3,9 pp. do PIB (ver

���HGráfico 20).

Gráfico 20. Redução programada na Despesa Total Variação em pp. do PIB no período indicado

Redução da Despesa Total de 2005 a 2009 em 3,9 pp. do PIB

Cons.Intermédio -0.6%

Despesas com Pessoal -1.7%Prestações Sociais

-0.5%

Juros 0.4%

Subsídios -0.5%Outra Despesa Corrente -0.3% Despesa de

Capital; -0,7%-5,0%

-4,0%

-3,0%

-2,0%

-1,0%

0,0%

1,0%

Fonte: Relatório de Orientação da Política Orçamental, MFAP, Abril de 2006

Num contexto em que se espera um aumento da despesa com juros, o esforço requerido

é ainda maior, sendo as despesas com pessoal, com uma redução de 1,7 pp. do PIB que maior

contributo darão. Para alcançar este objectivo, o governo está a preparar a reforma da

Administração Pública e adoptou já algumas medidas no sentido de restringir e controlar as

novas admissões na função pública e congelar as progressões automáticas nas carreiras. As

prestações sociais, que no passado constituíram o maior propulsor do aumento da despesa

pública, deverão reduzir-se em 0,5 pp. do PIB, reflectindo o impacto da reforma no sistema de

pensões dos funcionários públicos já implementada, da reforma do regime geral da segurança

social (actualmente em discussão com os parceiros sociais) e da contenção de gastos com

subcontractos no sector da saúde. A despesa de capital deverá reduzir-se cumulativamente no

período 0,7 pp. do PIB em resultado duma política de investimento público mais selectiva. O

consumo intermédio (-0,6 pp.) e a outra despesa corrente (-0,3 pp.) apoiarão também a

consolidação, quer pelo impacto que nelas terá a reforma da Administração Pública, quer pelo

efeito da desburocratização e simplificação de procedimentos administrativos que está a ser

prosseguida, nomeadamente através do Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa

(Simplex)�F

9.

9 http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/PCM/MEAI/Comunicacao/Programas_e_Dossiers/20060327_MEAI_Prog_Simplex.htm

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 32

O programa de consolidação das finanças públicas estabelecido como objectivo pelo

Governo é ambicioso e requererá um esforço continuado ao longo de todo o período até 2009. O

cenário macroeconómico que suporta a programação financeira prevê que se intensifique o

ritmo de crescimento do PIB passando de 1,1% em 2006, para 1,8%,2,4% e 3% respectivamente

nos três anos seguintes. Mesmo assim o hiato do produto manter-se-á negativo, embora em

trajectória de convergência com o PIB real, prevendo-se que em 2009 os dois valores estejam

próximos. Em consequência, a política orçamental em todo o período de 2006 a 2009 manter-

se-á restritiva e pró-cíclica (ver ���HGráfico 21).

Gráfico 21. Orientação da política Orçamental (2005-2009)

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

-3,5 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0

Restritiva Pro-cíclica

Expansionista contra- cíclica

hiato do produtovaria

ção d

o sald

o prim

ário

corr.

do ci

clo

2005

2006

20072008

2009

Fonte: Relatório de Orientação da Política Orçamental, Abril de 2006

Quadro 13. Saldos Programados em % do PIB 2005 2006 2007 2008 2009 Saldo Global -6.0% -4.6% -3.7% -2.6% -1.5% Saldo Primário -3.3% -1.7% -0.6% 0.5% 1.6% Corrigidos do ciclo económico:

Saldo Global -4.9% -3.3% -2.5% -1.8% -1.1% Variação em pp. do PIB 1.6% 0.8% 0.8% 0.6% Saldo Primário -2.1% -0.4% 0.6% 1.4% 1.9% Variação em pp. do PIB 1.7% 1.0% 0.8% 0.6%

Fonte: Relatório de Orientação da Política Orçamental, Abril de 2006

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 33

A dívida pública, de acordo com o previsto na programação financeira de médio prazo

deverá sofrer um aumento substancial em 2006, atingindo 67,9% do PIB, crescendo ainda no

ano seguinte marginalmente, para depois entrar numa tendência de diminuição em consonância

com a evolução do saldo primário e a intensificação do crescimento económico (ver ���HQuadro

14).

Quadro 14. Dívida Pública (2005-2009)

% do PIB 2005 2006 2007 2008 2009

Dívida Pública consolidada 63.9% 67.9% 68.5% 67.8% 65.6% Variação em pp. do PIB 4.0% 0.6% -0.7% -2.2%

Efeito Juros e PIB 0.9% 0.1% -0.2% -0.6% Saldo Primário 1.7% 0.6% -0.5% -1.6% Outros 1.5% -0.1% 0.0% 0.0%

Fonte: Relatório de Orientação da Política Orçamental, Abril de 2006

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 34

A Composição da Despesa Pública

Nos anos recentes tem adquirido ênfase nas discussões ao nível da UE a reorientação da

despesa pública que, desejavelmente, deverá ocorrer em paralelo com a consolidação

orçamental. Esta reorientação na afectação dos recursos acompanhada pelo seu uso eficiente e

efectivo tem como objectivo aumentar o potencial de crescimento da economia. No entanto, a

medição do impacto da política orçamental no crescimento económico levanta problemas

metodológicos e exige informação estatística ainda não disponível�F

10.

É aceite na literatura que uma política orçamental é de boa qualidade se:

- incentiva uma organização institucional que apoie o crescimento económico e umas

finanças públicas sãs;

- limita o papel essencial do governo à provisão de bens e serviços públicos;

- cria incentivos ao sector privado que promovam o crescimento;

- financia as actividades do governo e quando apropriado do sector privado com um

sistema fiscal eficiente e estável;

- é estável e sustentável, constituindo um suporte para a estabilidade macroeconómica.

A relação entre a composição da despesa pública e o crescimento potencial de longo

prazo é estabelecida através do efeito da despesa pública na produtividade marginal do capital e

do trabalho. A despesa pública promotora do crescimento pode, desta maneira, ser definida

como a despesa que tem um efeito positivo na produtividade marginal do capital e/ou do

trabalho (e.g. através de uma população com melhor nível de educação, melhores

infraestruturas, “spill-overs” da inovação tecnológica).

A literatura��F

11 sobre os efeitos das categorias individuais da despesa concluem que o

investimento em infraestruturas públicas, educação e I&D estão positivamente correlacionados

com o crescimento económico, mesmo que a magnitude do impacto seja incerta e os efeitos não

lineares.

Bens públicos puros (e.g. defesa nacional e serviços gerais da administração pública

como administração, legislação e regulação) são também considerados como tendo um impacto

10 Está em curso no âmbito do Comité de Política Económica da UE um grupo de trabalho cujo mandato é o de reunir a informação e criar as metodologias para realizar esta medição. 11 Ver “Public Finances 2002” da Comissão Europeia para um sumário da literatura empírica sobre este assunto.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 35

positivo na actividade económica através do clima de investimento, potenciando a eficiência na

produção de bens e serviços pelo sector privado.

Também os programas de protecção social, contidos dentro de certos limites, podem ter

efeitos positivos na eficiência. Esse efeito pode, contudo, decrescer rapidamente e mesmo

tornar-se negativo se a despesa exceder certos níveis.

Embora seja difícil construir um indicador sintético que só por si avalie a qualidade da

despesa, é comum admitir que a variação da estrutura da despesa dá uma indicação do

redireccionamento dos recursos públicos (���HQuadro 15). A conclusão que se retira, sobretudo da

análise da classificação funcional é a de que as funções de protecção social têm aumentado a sua

importância relativa, à custa dos recursos das restantes categorias.

Quadro 15. Variação relativa na composição da despesa pública a/ -5 -2 -1.5 -1 -0.5 +0.5 +1 +1.5 +2 +4

Classificação Económica

Subsídios X Juros X Investimento Público X Consumo X Transferências X Classificação Funcional

Assuntos Económicos X Educação X Saúde X Serviços Públicos Gerais X Protecção Social X

a/ Variação em pontos percentuais da estrutura média de 2003/2004 versus 1998/99. Fontes: Comissão Europeia e DGEP

No período de 1990 a 2005 (���HGráfico 22), a dimensão e a composição da despesa

pública modificaram-se substancialmente. Em 1990, o peso da despesa total no PIB era de

40,3% do PIB tendo em 2005 alcançado 47,8%. No mesmo período, a despesa primária

aumentou 13 pp. do PIB, absorvendo a poupança gerada pela redução dos encargos com juros.

No essencial, o decréscimo nos juros, subsídios e despesa de capital somando 6 pp. do

PIB, financiaram em parte o aumento da despesa em 13,6 pp. do PIB, direccionada em primeiro

lugar para o aumento das prestações sociais e em segundo lugar para as despesas com pessoal.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 36

Gráfico 22. Composição da despesa pública (class. económica) (variação em pp. do PIB entre 1990 e 2005)

Prestações Sociais 8.0%

Juros -5.5%

Outra Despesa Corrente 1.4%

Consumo Intermédio 1.0%

Despesas com Pessoal 3.2%

Subsídios -0.1%

Despesa de Capital -0.4%

-8.0% -6.0% -4.0% -2.0% 0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% 10.0%

1

Fonte: INE e DGEP. Quebra de base em 1995 e 1999.

A classificação funcional da despesa��F

12 fornece uma visão mais detalhada para a análise

da afectação dos recursos públicos. A variação em pontos percentuais do peso na despesa

primária, entre 1995 e 2004 (���HGráfico 23), mostra que se registou uma diminuição nas funções

económicas e de defesa e um redireccionamento dos recursos para as funções sociais. De facto,

é na classe dos Assuntos Económicos que ocorre a maior diminuição do peso na estrutura da

despesa primária, centrado sobretudo nos transportes e comunicações, mas afectando também a

agricultura e indústria.

Gráfico 23. Composição da despesa primária (class. funcional) (Variação em pp. do peso de cada rubrica na despesa primária entre 1995 e 2004)

Defesa -1.3%

Ordem Pública e Segurança 0.1%

Assuntos Económicos -3.0%

Protecção Ambiental 0.0%

Saúde 0.1%

Educação 0.8%

Habitação e activ. Comunitárias

-0.1%

Recreação e Cultura 0.7%

Serv. Públicos gerais excl. juros

0.9%

Protecção Social 1.9%

-4.0% -3.0% -2.0% -1.0% 0.0% 1.0% 2.0% 3.0%

1

Fonte: INE. Quebra de série em 1999.

12 Disponível a partir de 1995 e até 2004.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 37

A diminuição na área da Defesa restringe-se à área da protecção civil. Na vertente

oposta regista-se o maior aumento de peso na protecção social, nos serviços públicos gerais, na

educação e na cultura (actividades desportivas e culturais).

A leitura do ���HGráfico 24 é complementar ao que acima foi dito, mostrando a variação em

pp. do PIB ocorrida no período de 1995 a 2004. As posições alteram-se ligeiramente, sendo que

a protecção social mantém o maior aumento de peso no PIB, seguida da educação, da saúde e

dos serviços públicos gerais, representando estas categoria praticamente 90% do aumento

registado.

Gráfico 24. Peso da despesa primária no PIB (class. funcional) (Variação em pp. do peso de cada rubrica no PIB entre 1995 e 2004)

Protecção Ambiental 0.1%

Educação 1.4%

Defesa -0.3%

Assuntos Económicos

-0.4%

Habitação e activ. Comunitárias

0.1%

Ordem Pública e Segurança 0.3%

Recreação e Cultura 0.4%

Serv. Públicos gerais excl. juros

0.8%

Saúde 1.0%

Protecção Social 3.0%

-1.0% -0.5% 0.0% 0.5% 1.0% 1.5% 2.0% 2.5% 3.0% 3.5%

1

Fonte: INE. Quebra de série em 1999

O aumento assinalado nas despesas com protecção social foi causado praticamente por

todas as funções classificadas nesta rubrica, mas com destaque maior para o crescimento da

despesas com pensões, especialmente as de velhice (���HGráfico 25).

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 38

Gráfico 25. Despesa com Protecção social (Variação em pp. do peso de cada rubrica no PIB entre 1995 e 2004)

0.2%

2.2%

0.3%

0.2%

0.1%

-0.3%

0.3%

0.1%

-0.5% 0.0% 0.5% 1.0% 1.5% 2.0% 2.5%

Doença

Velhice

Sobrevivência

Apoio à família e criança

Desemprego

Habitação

Exclusão social

Outra

Fonte: DGEP com dados do INE. Quebra de série em 1999.

O crescimento dos gastos com educação (���HGráfico 26) reflecte um aumento da despesa

com o ensino secundário e superior, bem como com ensino não enquadrável��F

13 por níveis. Estes

aumentos só são ligeiramente compensados pela redução de despesa com o ensino pré-primário

e primário.

Gráfico 26. Despesa com Educação

(Variação em pp. do peso de cada rubrica no PIB entre 1995 e 2004)

-0.1%

0.7%

0.3%

0.4%

0.0%

0.1%

-0.2% -0.1% 0.0% 0.1% 0.2% 0.3% 0.4% 0.5% 0.6% 0.7% 0.8%

Pré-primária e primária

Secundária

Terciária

Outra não enquadrável

I&D

Serviços subsidiários

Fonte: DGEP com dados do INE. Quebra de série em 1999.

O crescimento da despesa com saúde foi direccionada sobretudo para a aquisição de

medicamentos e produtos farmacêuticos, bem como aparelhos e equipamentos terapêuticos. Na

13 Inclui ensino não definido por níveis como educação de adultos, formação profissional e bolsas, subsídios e empréstimos aos alunos que frequentam este tipo de ensino.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 39

segunda posição encontram-se os serviços prestados a doentes de ambulatório, bem como

medicamentos, próteses etc. fornecidos a estes doentes pelos serviços.

Gráfico 27. Despesa com Saúde

(Variação em pp. do peso de cada rubrica no PIB entre 1995 e 2004)

0.4%

0.0%

0.0%

0.6%

0.0% 0.1% 0.2% 0.3% 0.4% 0.5% 0.6%

Medicamentos eoutros prod eequipamento

Ambulatório

Hospitalar

Sáude pública e outros

Fonte: DGEP com dados do INE. Quebra de série em 1999.

Na área da segurança e ordem pública merece destaque o aumento da despesa com os

tribunais e prisões. Em sentido inverso e praticamente com uma estabilização da despesa em

percentagem do PIB estão a polícia e os bombeiros.

Gráfico 28. Despesa com Segurança e Ordem Pública

(Variação em pp. do peso de cada rubrica no PIB entre 1995 e 2004)

0.0%

0.3%

0.1%

0.0%

0.0%

-0.1% -0.1% 0.0% 0.1% 0.1% 0.2% 0.2% 0.3% 0.3%

Polícia

Bombeiros

Tribunais

Prisões

Outros

Fonte: DGEP com dados do INE. Quebra de série em 1999.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 40

Portugal e Espanha – 20 anos de adesão à União Europeia

Portugal e Espanha aderiram à União Europeia (UE), então Comunidade Económica

Europeia (CEE), em 1 de Janeiro de 1986. Transcorridos vinte anos a evolução nos dois países

foi díspar, como díspares são os problemas que um e outro enfrentam actualmente. Na presente

secção faz-se uma análise comparativa da realidade em cada um dos países em três áreas

seleccionadas pela importância que revestem – os sistemas fiscais, que determinam em grande

medida o clima de negócios; a segurança social, identificada como a área mais problemática

para a sustentabilidade das finanças públicas no médio prazo; e os impactos da globalização,

que colocam novos desafios à capacidade concorrencial das economias.

Os Sistemas Fiscais em Portugal e Espanha

Reforma fiscal

Nos últimos vinte anos os sistemas fiscais de ambos os países passaram por reformas

profundas, em parte justificadas pela necessidade de harmonização dentro do espaço europeu.

Adicionalmente verificou-se em ambos os países uma preocupação em melhorar o seu

desempenho tornando os sistemas mais equitativos e simples, com as devidas consequências na

redução dos custos administrativos, em combater a evasão e fraude fiscais e em promover a

competitividade empresarial. Mais recentemente as reformas têm visado responder aos desafios

colocados pelo envelhecimento da população e redução da natalidade. Nesta secção faz-se uma

breve descrição das principais reformas que decorreram em ambos os países nas últimas duas

décadas.

Portugal

No período considerado o sistema fiscal português passou por diversas reformas tendo,

no entanto, sido definido na sua forma actual principalmente pela Reforma Fiscal de 1988-89,

que incidiu sobre a tributação directa (rendimento e património).

Porém, ainda anterior à Reforma Fiscal de 1988 e à própria adesão de Portugal à então

CEE, já se tinha procedido à reforma da tributação do consumo, nomeadamente com a

substituição do imposto sobre transacções pelo imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e a

criação de outros impostos sobre a despesa que também entraram em vigor naquela data.

Passou-se assim, de um imposto monofásico, que incidia principalmente sobre o valor de

transacções realizadas por produtores e grossistas, sobre mercadorias produzidas ou importadas

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 41

e sobre alguns serviços, para um imposto de carácter plurifásico e sem efeitos cumulativos,

incidente, de uma forma geral, sobre as transmissões de bens e prestações de serviços.

Com a Reforma Fiscal de 1988 foram introduzidos dois impostos sobre o rendimento de

natureza unitária: o imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) e o imposto sobre

o rendimento de pessoas singulares (IRS), em substituição de um conjunto de impostos que se

caracterizavam por uma maior complexidade e preponderância de elementos cedulares. A

introdução destes dois impostos tinha por objectivo geral a equidade e a simplificação no nível

da tributação do rendimento e consequente redução dos custos administrativos. Nomeadamente,

pretendia-se com a reforma da tributação do rendimento de pessoas singulares que esta se

tornasse mais progressiva, enquanto que do lado da tributação do rendimento das pessoas

colectivas os objectivos passavam por um alargamento da base tributável, moderação no nível

de tributação, neutralidade, combate à evasão fiscal e harmonização fiscal, importante num

contexto de uma pequena economia aberta inserida no espaço europeu. As alterações mais

recentes nestes dois impostos têm visado essencialmente reduzir a fuga e fraude fiscais,

paralelamente a uma melhor redistribuição do rendimento no caso do IRS. Assim, relativamente

a este imposto, em 1998 a maioria dos abatimentos ao rendimento colectável foi convertida em

deduções à colecta e, em 2005, foram eliminados alguns benefícios fiscais, nomeadamente aos

planos poupança-reforma, poupança-habitação e poupança-acções, tendo também sido revista a

dedução específica ao rendimento das pensões, com o objectivo de melhorar a equidade

tributária. No IRC, resultado de se observar que um pequeno número de empresas era

responsável por uma proporção substancial da receita, foi introduzido um pagamento especial

por conta, estabelecendo-se assim um montante mínimo de imposto, paralelamente à tributação

autónoma de um certo tipo de despesas consideradas mais susceptíveis de concretizarem formas

de evasão fiscal, sendo estas medidas compensadas com reduções sucessivas das taxas

nominais. Assim, a taxa de IRC que se manteve até 1996 em 36%, é hoje de 25%, concretizando

uma das reduções mais importantes ao nível das taxas na UE.

Relativamente à tributação do património, neste período de 20 anos surgiram duas

reformas importantes, a primeira das quais integrada na Reforma Fiscal de 1988, de que resultou

a introdução da Contribuição Autárquica (CA) em substituição da anterior contribuição predial.

Mais recentemente, a CA foi substituída pelo Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dada a

percepção do carácter extremamente injusto da CA, devido principalmente à profunda

desactualização das matrizes prediais e inadequação do sistema de avaliações. Com a reforma

da tributação do património em 2003, que incluiu igualmente a transmissão de imóveis,

pretendeu-se dotar o sistema fiscal com um quadro legal de avaliações menos oneroso, assente

em factores objectivos e de maior simplicidade, que permita uma rapidez muito maior no

procedimento de avaliação. Pretendeu-se igualmente reduzir a evasão e fraude fiscais e reforçar

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 42

os poderes tributários dos municípios, nomeadamente através do alargamento do intervalo de

fixação de taxas e dos novos poderes de determinar alguns benefícios fiscais.

Espanha

Em Espanha, tal como em Portugal, a adesão à UE despoletou um conjunto de reformas

fiscais, a começar pela introdução do IVA em 1986, em moldes idênticos ao que sucedeu em

Portugal

O imposto pessoal sobre o rendimento (IRPF) foi introduzido na sua forma actual com a

Reforma Fiscal de 1977, tendo começado a vigorar em 1979. No limiar da adesão à UE

procedeu-se a uma reforma parcial do imposto em 1985, seguida da reforma de 1991.

Posteriormente, ocorreu a reforma de 1998, que teve por principais objectivos simplificar o

sistema, promover a neutralidade fiscal entre diferentes tipos de rendimento, aumentar os

incentivos ao trabalho, poupança e investimento. Paralelamente, tinha-se como objectivo reduzir

os custos de liquidação do imposto e os custos administrativos. A mais recente reforma ocorreu

em 2002, tendo por principais objectivos promover a poupança, o investimento e o emprego,

responder mais aprofundadamente às necessidades das famílias e deficientes, bem como aos

desafios colocados pelo envelhecimento da população e pela redução da natalidade.

Relativamente à tributação do rendimento das empresas, a reforma de 1995 teve por

objectivos diminuir as restrições ao financiamento e investimento, promover a assumpção de

risco, melhorar a competitividade e promover a neutralidade entre os diversos instrumentos de

financiamento. Adicionalmente, as restrições à internacionalização de empresas espanholas

diminuíram ao ser limitada a dupla tributação de dividendos. Em Junho de 1996 foi adoptado

um conjunto de medidas para facilitar o acesso das empresas ao mercado de capitais. Mais

recentemente, em 2002, a tributação do rendimento das sociedades foi também objecto de

reforma, com o objectivo principal de promover a neutralidade entre diferentes fontes de

rendimento e adaptar o sistema fiscal à introdução do euro.

Evolução desde 1986

No período entre 1986 e 2003 o peso da receita das Administração Pública no Produto

Interno Bruto (PIB) aumentou cerca de 1 pp. no conjunto dos 15 países da União Europeia

(UE15), situando-se neste último ano em cerca de 41%. Nos dois países ibéricos este acréscimo

foi mais acentuado, atingindo cerca de 9,1 pp. em Portugal e 5,3 pp. em Espanha, reflexo quer

das reformas fiscais implementadas, que se traduziram num alargamento da base de tributação,

na redução da fraude e fuga fiscais e, nalguns casos, no acréscimo das taxas nominais de

imposto, quer do crescimento económico verificado (fase de coesão). Ainda assim, em 2003, o

peso das receitas da Administração Pública no PIB, quer em Portugal, quer em Espanha,

situava-se abaixo da média da UE15, sendo de 37,1% e 34,9%, respectivamente.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 43

Gráfico 29. Receita da Administração Pública (Fiscais e não Fiscais) em % do PIB

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002

Portugal Espanha UE15

Fonte: OCDE

A observação do ���HQuadro 16, em que se apresenta a estrutura das receitas da

Administração Pública, permite verificar que na UE15, entre 1985 e 2003, aumentou a

importância dos impostos sobre as empresas e sobre o património, em detrimento dos impostos

e contribuições sociais sobre o trabalho e dos impostos sobre o consumo. Neste último caso, a

excepção deve ser feita aos impostos gerais sobre o consumo, resultado principalmente da

introdução progressiva do Imposto sobre o Valor Acrescentado nos países europeus e

consequente alargamento da base tributária e, em menor escala, à redução da fraude e da evasão

fiscais. De uma maneira geral, Portugal e Espanha têm acompanhado a tendência europeia

excepto, no caso de Portugal, nas Contribuições para a Segurança Social (CSS), em que se

registou no período em análise o seu acréscimo, principalmente na componente incidente

legalmente sobre os empregadores.

Em 2003 os impostos sobre o consumo eram os que mais pesavam nas receitas da

Administração Pública em Portugal, significativamente acima da média europeia e do valor

espanhol. Por seu turno, as CSS assumiam uma maior importância relativa em Espanha,

principalmente devido à componente “empregadores”, a que não deve ser estranho os elevados

níveis de desemprego registados neste país, com as consequentes necessidades de financiamento

dos sistema de protecção social. Finalmente, os impostos relativos a rendimentos e lucros

pesavam 24,5% em Portugal e 28,2% em Espanha, 8,7 pp. e 5 pp. abaixo da média europeia,

respectivamente.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 44

Quadro 16. Estrutura das Receitas Fiscais e não Fiscais da Administração Pública em % do total

Portugal Espanha UE15 1985 1995 2003 1985 1995 2003 1985 1995 2003 Rendimento e lucros 25,7 25,3 24,5 26,2 29,2 28,2 33,8 33,4 33,2 Pessoas singulares - 17,5 15,8 19,7 23,6 18,6 27,7 26,0 25,0 Empresas - 7,4 8,7 5,2 5,4 9,0 6,4 6,8 8,1 Contribuições para a SS 25,9 29,9 31,7 41,3 36,2 35,3 28,9 29,5 28,8 Empregados 10,1 9,8 9,8* 7,3 5,8 5,6 9,3 10,2 8,7 Empregadores 14,9 18,8 20,0* 31,1 25,0 24,9 17,2 16,4 15,3 Património 1,9 3,8 4,1 3,5 5,5 7,5 3,9 4,6 5,2 Bens e serviços 42,8 39,8 36,7 28,7 28,6 28,2 31,6 31,0 30,4 Geral 12,6 22,4 22,9 14,7 15,9 17,2 16,6 18,0 18,9 Outros 3,7 1,2 2,8 0,3 0,5 0,5 1,8 1,5 2,0

* valores para 2002 Fonte: OCDE

Nas próximas secções serão analisados com mais detalhe os impostos com maior peso

nas receitas fiscais: o imposto sobre o rendimento de pessoas singulares, o imposto sobre o

rendimento de empresas, e os impostos sobre o consumo, com principal incidência sobre o IVA.

Impostos sobre o rendimento

Pessoas Singulares

A determinação do imposto liquido em ambos os países é globalmente idêntica,

havendo no entanto algumas especificidades, relacionadas com a forma técnica como os

abatimentos são feitos (dedução ao rendimento versus dedução à colecta). Assim, em ambos os

sistemas o rendimento bruto dos indivíduos encontra-se dividido por categorias, de acordo com

a sua fonte, podendo no entanto estar agrupado de forma diferente: por exemplo em Portugal

distingue-se rendimento do trabalho e rendimento de pensões e em Espanha não.

Em Portugal, as taxas nominais de imposto são aplicadas ao rendimento bruto líquido

das deduções específicas de cada categoria, bem como de alguns abatimentos, nomeadamente

quantias pagas a título de pensões de alimentos.

Em Espanha, o rendimento divide-se em base de tributação “especial” e base de

tributação “ordinária”. A primeira corresponde ao saldo entre perdas e ganhos de capitais,

correspondentes a activos detidos há mais de um ano, e é-lhe aplicada a taxa de 15% (note-se

que, também em Portugal alguns rendimentos estão sujeitos a taxas liberatórias, designadamente

os juros). Por seu turno, a base de tributação “ordinária” corresponde à soma do valor líquido do

rendimento das diferentes categorias bem como do saldo positivo entre ganhos e perdas de

capitais relativos a activos detidos há menos de um ano (mais-valias). À base de tributação

“ordinária” aplicam-se deduções e abatimentos deste modo se obtendo o rendimento colectável.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 45

As deduções referidas incluem prémios de seguros (morte, viuvez, reforma, acidentes, doenças

profissionais, etc.), contribuições para sistemas privados de pensões, pensões de alimentos, etc..

Existem ainda abatimentos por sujeitos passivos e dependentes do agregado familiar, emprego,

assistência (indivíduos com mais de 75 anos ou que vivam com ascendentes com mais de 75

anos) e deficiência.

As taxas aplicadas ao rendimento colectável apresentam-se no ���HQuadro 17. Como se

pode observar em Portugal praticam-se taxas nominais mais reduzidas.

Quadro 17. Taxas nominais de imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (2005)

Portugal Espanha Rendimento colectável Rendimento colectável

Superior Até Taxa marginal

aplicável Superior Até Taxa marginal

aplicável

0 4 451 10,5 0 4 080 15

4 451 6 732 13 4 080 14 076 24 6 732 16 692 23,5 14 076 26 316 28

16 692 38 391 34 26 316 45 900 37 38 391 55 639 36,5 45 900 45 55 639 60 000 40

Fonte: OCDE

Após a aplicação das taxas nominais ao rendimento colectável obtém-se a colecta. Em

Espanha apenas são permitidas deduções à colecta relacionadas com despesas de habitação. Em

Portugal as deduções à colecta incluem as deduções personalizantes, relacionadas com os

elementos que compõem o agregado familiar, despesas relativas a educação, saúde, despesas

com lares de terceira idade, seguros, habitação. Quer nas deduções específicas, quer em algumas

deduções à colecta existem majorações por deficiência.

No ���HQuadro 18 apresenta-se o peso da receita do imposto pessoal sobre o rendimento no

PIB. No período 1995-2003 o rácio manteve-se em torno dos 6% em Portugal tendo diminuído

1 pp. em Espanha (é actualmente de 6,5%). Em ambos os países ibéricos os valores registados

situaram-se abaixo da média da UE.

Quadro 18. Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares em % do PIB 1985 1995 2003 Δ1995-2003

(pp.) Portugal - 5,9 5,8 -0,1 Espanha 5,3 7,5 6,5 -1,0 UE15 11,3 10,7 10,4 -0,3

Fonte: OCDE

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 46

Da observação do ���HGráfico 30 verifica-se que a taxa implícita��F

14 sobre o factor trabalho,

quer em Portugal, quer em Espanha, está abaixo da média da UE. Porém, apesar de se

praticarem taxas nominais mais reduzidas e menor importância das receitas de IRS em Portugal,

observa-se que em Espanha a taxa de imposto implícita sobre o trabalho é mais baixa, situando-

se, em 2003, em 29,4%, que compara com os 29,8% registados em Portugal (+0,4 pp.). No

período em análise a taxa de imposto implícita sobre o trabalho aumentou em ambos os países

ibéricos, apesar da sua relativa estabilidade na UE.

Gráfico 30. Taxas implícitas sobre o trabalho, em %

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Em %

Portugal Espanha UE15

Fonte: Comissão Europeia.

Pessoas colectivas

Tanto em Portugal como em Espanha a base tributável de imposto é geralmente

determinada com recurso aos registos contabilísticos das empresas - “métodos directos” -,

podendo-se excepcionalmente recorrer a evidências circunstanciais - “métodos indirectos”. Em

Portugal existe ainda o “regime simplificado” de determinação da base tributável, que se aplica

a pequenas empresas que não sejam obrigadas e não possuam contabilidade organizada e cujo

volume de negócios tenha sido inferior a €149 639,37 (valor para 2005). Neste caso a base

tributável é definida em proporção das vendas (20%) somada a 45% do rendimento bruto de

outras fontes, até um máximo de €6 250.

14 Rácio entre as receitas fiscais totais da categoria (consumo, trabalho e capital) e uma

proxy da base fiscal potencial definida em função das contas de produção e rendimento das

contas nacionais.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 47

A taxa normal de imposto aplicável em Portugal é de 25% e em Espanha de 35%. No

entanto, em Portugal as empresas no regime simplificado estão sujeitas a uma taxa reduzida de

20%. Paralelamente os municípios podem aplicar uma sobretaxa à colecta, a derrama, que pode

ir até aos 10%, ou seja, uma taxa nominal máxima de 27,5%. Em Espanha, as empresas com um

volume de negócios inferior a €8 milhões estão sujeitas a uma taxa de 30% sobre os lucros, até

€90 151,81, e à taxa normal de 35% sobre o remanescente. Assim, pode-se concluir que a taxa

nominal aplicada em Portugal é inferior à que é aplicada em Espanha.

No ���HQuadro 19 verifica-se que, no ano de 2003, o peso das receitas de imposto sobre as

sociedades no PIB era aproximadamente o mesmo nos dois países. No entanto, em Espanha

tem-se verificado uma tendência crescente do rácio, enquanto que em Portugal este subiu até

2000 tendo diminuído desde então, acompanhando a tendência europeia, resultado,

nomeadamente, da já assinalada redução da taxa legal de imposto.

Quadro 19. Imposto sobre o rendimento das sociedades em % do PIB

1985 1995 2003 Δ1995-2003

(pp.)

Portugal - 2,5 3,2 0,7

Espanha 1,4 1,7 3,1 1,4

UE15 2,5 2,7 3,2 0,5

Fonte: OCDE

Relativamente às taxas implícitas sobre o rendimento das sociedades verifica-se que

desde 1997 e principalmente a partir de 2002, a taxa espanhola tem-se afastado da portuguesa,

apresentando esta última uma tendência decrescente desde 2000. A este resultado não é alheia a

identificada descida da taxa estatutária de IRC em Portugal iniciada em 1997 e mais acentuada

entre 2000 e 2004. Pelo contrário, a taxa implícita em Espanha aumentou no período em análise,

sendo bastante elevada no contexto da UE. Assim, em 2003 a taxa implícita era 19,6% em

Portugal, 25,7% em Espanha e 20,8% na UE15.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 48

Gráfico 31. Taxas implícitas sobre o rendimento das empresas, em %

0

5

10

15

20

25

30

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Em %

Portugal Espanha UE15

Fonte: Comissão Europeia.

Impostos sobre o consumo

O principal imposto sobre o consumo, quer em Portugal, quer em Espanha, é o Imposto

sobre o Valor Acrescentado (IVA), um imposto plurifásico incidente sobre a transacção de bens

e serviços, tendo, ambos os países, o imposto sido introduzido no contexto da adesão à UE. A

taxa normal do IVA vigente em Portugal é de 21%, enquanto que em Espanha é de 16%; por

seu turno a taxa reduzida é de 5% e 7%, respectivamente. Adicionalmente, existe em Portugal

uma taxa intermédia de 12% e em Espanha uma taxa super-reduzida de 4%. Finalmente, existe

um conjunto de bens e serviços sujeitos a taxa nula ou isentos, comuns a ambos os países,

como por exemplo no caso dos serviços de saúde, dos serviços financeiros, seguros e resseguro,

jogo, entre outros.

Para além do IVA, existe um conjunto de impostos especiais sobre o consumo, mais

extenso em Espanha devido ao sistema de financiamento das regiões autónomas. Assim, são

comuns em ambos os países, o imposto sobre produtos petrolíferos/ hidrocarbonetos, o imposto

sobre o tabaco, e o imposto sobre o álcool e bebidas alcoólicas. Em Portugal existe ainda o

imposto automóvel; em Espanha acrescenta-se o imposto sobre a cerveja, o imposto sobre o

vinho e produtos fermentados e o imposto sobre produtos intermédios. Adicionalmente, existem

em Espanha os impostos sobre determinados tipos de transporte e sobre a electricidade, de cariz

exclusivamente regional. De uma maneira geral, apesar da existência de um conjunto mais

alargado de impostos em Espanha, as taxas nominais aplicáveis são mais reduzidas.

No ���HGráfico 32 apresentam-se as taxas implícitas sobre o consumo. Como se pode

observar, tanto na UE como em Portugal a taxa implícita sobre o consumo é estável no período

em análise, tendo subido ligeiramente em Espanha, que ainda assim mantém uma taxa bastante

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 49

abaixo das médias europeia e de Portugal, reflexo das taxas nominais mais baixas praticadas no

país vizinho. Portugal, por seu turno, apresenta taxas implícitas ligeiramente abaixo das da UE

resultado das taxas nominais relativamente elevadas praticadas principalmente nos países

nórdicos. Em 2003 a taxa implícita sobre o consumo era de 19% em Portugal e 15,9% em

Espanha.

Gráfico 32. Taxas implícitas sobre o consumo, em %

0

4

8

12

16

20

24

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Em %

Portugal Espanha UE15

Fonte: Comissão Europeia.

Relativamente ao peso dos impostos sobre o consumo em percentagem do PIB, verifica-

se que em Portugal os impostos sobre o consumo, e em particular o IVA, apresentam rácios

superiores aos registados tanto na UE, como em Espanha. Verifica-se igualmente que, apesar da

existência de um maior número de impostos especiais sobre o consumo em Espanha o peso

destes no PIB é inferior ao registado em Portugal, tendo subido no entanto, e no período em

análise, cerca de 0,7 pp. em Espanha.

Quadro 20. Impostos sobre o consumo em % do PIB 1995 2000 2004* Δ1995-2004

(pp.) Consumo Portugal 11,8 11,4 12,0 0,2 Espanha 8,9 9,9 9,6 0,7 UE15 11,2 11,3 11,0 -0,2 IVA Portugal 7,1 8,0 8,1 1,0 Espanha 5,2 6,1 6,1 0,9 UE15 6,7 7,0 6,8 0,1

* Portugal valor de 2003. Fonte: Comissão Europeia.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 50

Conclusões

Os sistemas fiscais de Portugal e Espanha têm tido uma evolução paralela, evolução

essa indissociável dos 20 anos de presença na UE e que culminou em dois sistemas fiscais com

muitos elementos comuns, designadamente nos impostos analisados neste capítulo.

Globalmente, o sistema fiscal português apresenta taxas nominais mais baixas - excepto no

consumo - o que se traduz num peso das receitas da Administração Pública no PIB ligeiramente

mais elevado em Espanha. No entanto, este resultado não se generaliza a todos os impostos,

sendo o peso dos impostos sobre o consumo no PIB mais elevado em Portugal. Adicionalmente,

as taxas implícitas de imposto sobre o consumo e sobre o trabalho são mais elevadas em

Portugal, apesar das taxas nominais mais favoráveis no segundo caso.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 51

Os Sistemas de Segurança Social em Portugal e Espanha

O envelhecimento da população e as consequências previsíveis sobre a despesa pública

com segurança social tem estado no centro das atenções quer em Portugal, quer ao nível da

União Europeia��F

15. A sustentabilidade dos sistemas de segurança social, a solidariedade

intergeracional e o impacto que a despesa crescente tem sobre as finanças públicas, constituem

factos que dificilmente podem ser ignorados pelos governos.

No presente texto faz-se uma análise comparativa na área da segurança social dos

desenvolvimentos ocorridos em Portugal e em Espanha, desde que aderiram à UE em 1986,

usando como termo de comparação a média da própria UE.

Enquanto para os regimes de segurança social geral a disponibilidade de dados permite

uma análise mais detalhada, o mesmo não se passa com os sistemas de segurança social

públicos. Assim, para permitir uma visão global das receitas e despesas da segurança social,

usaram-se os dados da contabilidade nacional que reúnem estas duas vertentes.

Gráfico 33. Contribuições sociais efectivas das Administrações Públicas no período 2000-2005 (SEC95)

Em % do PIB

10

11

11

12

12

13

13

14

2000 2001 2002 2003 2004 2005

UE15 Portugal Espanha

Fonte: AMECO.

Neste contexto, constata-se que entre 2000 e 2005 as receitas de contribuições sociais

efectivas��F

16 (ver ���HGráfico 33) em Portugal aumentaram 1,3 pp. do PIB, ao invés do que aconteceu

quer em Espanha, quer na UE-15 onde se manteve praticamente o peso no PIB. Em 2005, e

15 Veja-se o relatório do Comité de Política Económica e da Comissão Europeia “The impact of ageing on public expenditure: projections for the EU25 Member States on pensions, health care, long term-care, education and unemployment transfers (2004-2050)”, Fevereiro de 2006, publicado em: http://europa.eu.int/comm/economy_finance/epc/epc_sustainability_ageing_en.htm.

16 Exclui as contribuições sociais imputadas que dizem respeito a despesas obrigatórias da entidade patronal por exemplo com saúde, mas que não constituem financiamento dos sistemas de segurança social.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 52

apesar do aumento assinalado, as contribuições sociais cobradas em Portugal atingiam 11,3% do

PIB, contra 12,1% em Espanha e 13,1% na UE-15. Esta discrepância pode indiciar uma menor

eficiência de cobrança em Portugal, uma vez que a percentagem dos rendimentos do trabalho no

rendimento nacional é idêntica à média europeia.

Do lado da despesa (���HGráfico 34), Portugal e Espanha iniciaram a década com pesos

idênticos no PIB das despesas com segurança social, cerca de 12%. Mas enquanto em Portugal

se regista entre 2000 e 2005 um aumento de cerca de 3 pp. do PIB, em Espanha a tendência é de

diminuição ainda que ligeira face ao nível inicial. Assim, em 2005 estas despesas representam

14,8% do PIB em Portugal e apenas 11,6% em Espanha, ambos os países, mesmo assim, abaixo

dos 16,1% do PIB gastos em média pelos países da UE-15.

Gráfico 34. Despesa em segurança social das Administrações Públicas no período 2000-2005 (SEC95)

Em % do PIB

10

11

12

13

14

15

16

17

2000 2001 2002 2003 2004 2005

UE15 Portugal Espanha

Fonte: AMECO.

Evolução recente do sistema de Segurança Social em Portugal

À semelhança do verificado em outros países da UE, as despesas públicas em Portugal

com a segurança social (excluindo o sistema de segurança social dos funcionários públicos)

aumentaram nos últimos anos de forma significativa, atingindo em 2005, cerca de 12% do

Produto Interno Bruto (PIB), mais 3 pp. do PIB que no início da década. O pagamento de

pensões (de velhice, invalidez e de sobrevivência) representou, em 2005, cerca de 60% da

despesa corrente, o subsídio de desemprego e apoio ao emprego 10,2% e a acção social 7,4%

(ver ���HQuadro 21). O peso relativo das principais componentes da despesa corrente em segurança

social tem-se mantido sensivelmente constante nos últimos anos, com excepção dos subsídios

de doença, de desemprego e apoio ao emprego e acção social. Efectivamente, os pagamentos de

subsídio de doença diminuíram de cerca de 3,7% do PIB em 2001, para 2,6% do PIB, em 2005,

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 53

em parte devido a um maior controlo na atribuição e condições iniciais de acesso mais

restritivas a este tipo de subsídios. Por seu lado, o abrandamento na actividade económica gerou

um aumento na taxa de desemprego neste período de 4% para 7,6% (de 2001 para 2005),

induzindo o aumento no subsídio de desemprego e apoio ao emprego de 6,9% do PIB para

10,2% do PIB (em 2005).

Quadro 21. Estrutura da despesa corrente da Segurança Social em Portugal entre 2001-2005

Em percentagem da despesa corrente

2001 2002 2003 2004 2005Prestações Sociais 88,2 86,5 88,4 88,5 88,9

Pensões 61,0 59,4 59,4 59,4 60,5Pensões Sobrevivência 9,0 8,8 8,8 9,0 8,8Pensões Invalidez 9,7 8,9 8,5 8,1 7,6Pensões Velhice 42,3 41,6 42,1 42,3 44,1

Subsídio Familiar a Crianças e Jovens 3,8 3,7 3,7 3,6 3,4Subsídio de Doença 3,7 3,3 3,2 2,9 2,6Subsídio de Desemprego e Apoio ao Emprego 6,9 7,7 9,8 10,1 10,2Outras Prestações 3,2 3,1 3,2 3,4 3,1Acção Social 7,7 7,8 7,6 7,6 7,4Rendimento Social de Inserção (Ex-RMG) 1,9 1,6 1,6 1,5 1,6Restituição de Cont. e outras Receitas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Administração 3,1 2,9 2,7 2,4 2,3Subsídios Correntes-Acções de Formação Profissional 4,7 7,0 5,3 5,8 5,5Transferências Correntes 4,0 3,6 3,5 3,3 3,3

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Total

Estrutura

Fonte: Direcção-Geral de Orçamento e Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.

Do lado das receitas constata-se o aumento de peso das transferências do Orçamento

Geral do Estado no conjunto das receitas da segurança social, que passaram de 18,8% da receita

total em 2001, para 27,2% em 2005 (ver ���HQuadro 22). As contribuições e cotizações continuam a

ser principal fonte de financiamento (com 72,2% e 61,5% das receitas correntes totais em 2001

e 2005, respectivamente), embora o seu peso ao longo do tempo tenha vindo a diminuir de

importância��F

17.

17 - No que diz respeito às receitas próprias do sistema, elas vêm primordialmente de contribuições sobre as remunerações. No caso geral, para os trabalhadores por conta de outrem a Taxa Social Única (TSU) é de 34,75%, cabendo 11% ao trabalhador e 23,75% ao empregador. Vale a pena referir a situação dos trabalhadores por conta própria, até porque foi alterada à pouco tempo. Há numerosas excepções a esta regra geral correspondentes à aplicação de taxas diferenciadas ou a situações de dispensa ou redução de contribuições. No limite temos que a base de incidência pode ser convencional, como é o caso dos trabalhadores independentes ou do seguro social voluntário. A aplicação das taxas diferenciadas está geralmente ligada à cobertura opcional de um conjunto de eventualidades.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 54

Quadro 22. Estrutura da receita corrente da Segurança Social em Portugal 2001-2005

Em percentagem da receita corrente

2001 2002 2003 2004 2005Contribuições e cotizações da Segurança Social 72,2 67,4 65,8 62,0 61,5Adicional ao IVA 3,6 3,3 3,3 3,3 3,3Transferências Correntes 23,2 27,3 28,6 30,9 32,9

Transferências Correntes das AP's 19,3 26,8 23,5 25,3 27,9 das quais:

Transferências correntes do OE 18,8 22,0 22,7 24,5 27,2Transferências do FSE 3,4 0,0 4,5 4,8 3,7S. Casa Misericórdia de Lisboa (Dep. Jogos) 0,5 0,5 0,6 0,7 1,3

Rendimentos 0,6 1,3 1,5 1,4 1,3Outras Receitas Correntes 0,4 0,7 0,8 2,5 0,9

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Total

Estrutura

Fonte: Direcção-Geral do Orçamento e Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.

Comparando a evolução das receitas e das despesas correntes da Segurança Social no

período 1987-2005, verifica-se que as despesas aumentaram a um ritmo mais rápido que as

receitas (ver ���HGráfico 35). De facto, nos anos de 1987, 1990-92, 1994, 1997, 1999 e 2001-05,

verificaram-se taxas de crescimento nas despesas correntes superiores às das receitas correntes.

Gráfico 35. Evolução das receitas e das despesas (correntes) em Portugal entre 1987-2005

Taxa de variação anual em %

0

5

10

15

20

25

30

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

2005

Receita Corrente Despesa Corrente

Fonte: Conta Geral do Estado e Conta da Segurança Social.

Evolução dos sistemas de pensões do regime geral (trabalhadores privados) em Portugal e

em Espanha desde a adesão à UE

No ���HGráfico 36 apresenta-se a evolução da despesa com pensões do regime geral

(trabalhadores privados), por regime de pensão (velhice, sobrevivência e invalidez), em Portugal

e em Espanha, no período 1986-2005.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 55

Gráfico 36. Evolução da despesa com pensões em Portugal e em Espanha entre 1986-2005 (regime geral)

Em % do PIB

Portugal

4.5 5.05.4 5.7

0

2

4

6

8

10

1986 1990 1995 2000Velhice Sobrevivência Invali

Espanha

7.2 7.3

8.4 8.0

0123456789

1986 1990 1995 2000Velhice Sobrevivência Invalid

Fonte: PT – Livro Branco da Segurança Social (1998), Centro Nacional de Pensões, DGO e INE (PT). ES – Informe Económico Financiero de la Seguridad Social (2006), Ministerio de Trabajo Y Asuntos Sociales e INE (ES).

O rácio da despesa pública em pensões face ao PIB, do regime geral, apresenta um

comportamento bastante diferenciado nos dois países (ver ���HGráfico 36). Com efeito, em Portugal

constata-se uma tendência sempre crescente ao longo do período em análise, tendo subido de

cerca de 4,5% do PIB, em 1986, para 5,7% e 7,2% do PIB, em 2000 e 2005, respectivamente).

Em Espanha, a tendência crescente circunscreve-se ao período de 1990 a 1995, ao qual se

seguiu uma inversão de tendência que se tem mantido até ao presente (de um rácio de cerca de

7,2-7,3% do PIB, em 1986 e 1990, elevou-se para cerca de 8,4%, em 1995, reduzindo-se para

7,3% em 2005). Esta redução da despesa com pensões verificada em Espanha ao longo da

década de 1995-2005 deveu-se, em grande parte, às medidas tomadas pelo governo na

sequência do denominado “Pacto de Toledo”, assinado em 1995��F

18.

No que diz respeito à evolução da taxa de variação média anual, em termos reais, da

despesa pública total em pensões verifica-se que a Espanha apresenta uma tendência

decrescente ao longo do período 1986-2005. Em Portugal, as taxas de crescimento são sempre

superiores às de Espanha, à excepção do quinquénio 1991-1995.

18 - O Pacto de Toledo de 1995, aprovado por todas as forças políticas representadas no Parlamento Espanhol, tinha como objectivo “tornar viável financeiramente o actual modelo de repartição e solidariedade intergeracional da segurança social e continuar a avançar com o seu aperfeiçoamento e consolidação”. Os acordos alcançados foram inscritos na Lei n.º 26/1985, de 31 de Julho, sobre as “Medidas urgentes para a racionalização da estrutura e da acção protectora da segurança social”, também conhecida como a “lei das pensões”.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 56

Gráfico 37. Evolução da despesa com pensões em Portugal e em Espanha entre 1986-2005 (regime geral)

Taxa de variação média anual, em termos reais (%)

Portugal

-12-9-6-30369

12

1986-1990 1991-1995 1996-2000 200Velhice SobrevivênciaInvalidez Total

Espanha

-12-9-6-30369

12

1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001Velhice SobrevivênciaInvalidez Total

Fonte: PT – Livro Branco da Segurança Social (1998), Centro Nacional de Pensões, DGO e INE (PT). ES – Informe Económico Financiero de la Seguridad Social (2006), Ministerio de Trabajo Y Asuntos Sociales e INE (ES).

Os regimes cobertos nos dois países são similares, sendo de destacar o seguinte:

• a fatia mais importante da despesa é a relativa às pensões de velhice nos dois países. A

despesa com pensões por invalidez ocupa a segunda posição em Espanha até 1995,

começando a perder, a partir dessa altura, peso em favor da despesa com pensões de

sobrevivência. Em Portugal as pensões de invalidez ocupam o segundo lugar na despesa

até 2000, ano em este lugar passa a ser preenchido pela despesa com pensões de

sobrevivência. De entre as razões para a perda de importância do regime de invalidez

que se constata nos dois países destaca-se a diminuição progressiva do efeito de

diversas guerras (das ex-colónias e a Guerra Civil Espanhola) (ver ���HGráfico 36);

• a despesa com as pensões de sobrevivência em percentagem do PIB é bastante superior

em Espanha em comparação com Portugal (ver ���HGráfico 36);

• as taxas de variação médias anuais, em termos reais, em Portugal nos regimes de

velhice e de sobrevivência foram superiores às verificadas em Espanha no período em

análise, à excepção do regime de velhice, no quinquénio 1996-2000, em que a Espanha

apresentou uma variação superior a Portugal (ver ���HGráfico 37);

• na eventualidade de invalidez, a taxa de variação média anual, em termos reais, oscilou

consideravelmente, em Portugal, entre um aumento de cerca de 7%, verificado no

quinquénio 1986-2000, e uma redução de cerca 2%, registado no quinquénio 1991-

1995. Em Espanha, estas variações oscilaram entre 4% e -11%, nos quinquénios 1986-

1990 e 1996-2000, respectivamente – ver ���HGráfico 37;

• as pensões médias, a preços constantes de 2002, em todos os regimes são, em Espanha,

substancialmente superiores às verificadas em Portugal (���HGráfico 38). Em 2005, a

pensão média total, a preços constantes de 2002, registada em Espanha foi de € 539,

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 57

quase o dobro do verificado em Portugal (onde foi de € 277), diferença que em termos

percentuais se verifica sensivelmente em todos os regimes. Com efeito, em Portugal, a

pensão média (em 2005):

o na eventualidade de velhice foi de €332 (-45% que em Espanha);

o na eventualidade de sobrevivência foi de €170 (-55% que em Espanha).

o na eventualidade de invalidez foi de €307 (-51% que em Espanha).

Gráfico 38. Evolução da pensão média em Portugal e em Espanha entre 1986-2005 a

preços constantes de 2002 (regime geral) Em euros

Portugal

050

100150200250300350

1986 1990 1995 2000 2Velhice SobrevivênciaInvalidez Total

Espanha

0100200300400500600700

1986 1990 1995 2000 2Velhice SobrevivênciaInvalidez Total

Fonte: PT – Livro Branco da Segurança Social (1998), Centro Nacional de Pensões, DGO e INE (PT). ES – Informe Económico Financiero de la Seguridad Social (2006), Ministerio de Trabajo Y Asuntos Sociales e INE (ES).

O aumento da despesa pública em pensões é induzido pelo crescimento do número de

pensionistas, em cada um dos regimes, e pelo aumento das pensões médias, em termos reais.

Este aumento nas pensões médias é determinado pelo facto de os novos reformados terem

carreiras contributivas mais longas, e em consequência pensões mais elevadas em comparação

com os que saem do sistema por morte, gerando efeitos de composição elevados, a que

acrescem as actualizações anuais estabelecidas pelos governos.

No que diz respeito à generosidade dos sistemas de pensões podemos observar que as

taxas de substituição brutas do rendimento do trabalho por rendimentos provenientes de

pensões, (ver ���HQuadro 23) são em Espanha superiores às portuguesas para todos os níveis de

rendimento, excepto os pontos extremos do intervalo considerado. De facto, para rendimentos

individuais iguais ou inferiores a ½ da média, Portugal tem pensões mais elevadas que excedem

os 100% do último rendimento antes da reforma. No outro extremo, para rendimentos mais

elevados, superiores a 2,5 vezes a média, Portugal volta a ter taxas de substituição superiores,

embora a discrepância face às espanholas seja pouco significativa. Em Espanha a taxa de

formação bruta é igual para todos os níveis de rendimento entre ½ da média e 1,5 vezes acima

da média. Só a partir de rendimentos que sejam duas vezes a média, as taxas de formação

baixam e neste caso bastante mais intensamente que em Portugal, verificando-se que a taxa de

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 58

formação para os rendimentos mais elevados é mais baixa que a média em 19,9 pontos

percentuais. Em Portugal nas categorias mais altas de rendimento a taxa também baixa mas

difere da média, apenas em 2 pontos percentuais. O sistema português tem características

redistributivas (por oposição a um sistema de seguro em que as contribuições feitas se

equivalem às pensões que são pagas, tornando o sistema actuarialmente neutro). De facto, para

rendimentos que são iguais ou inferiores a ½ da média, a taxa de formação atinge 103,1%, mais

36,4 pontos percentuais que a correspondente ao rendimento médio.

Quadro 23. Taxas de substituição (bruta e líquida) por nível de rendimento no sistema público de pensões, em Portugal e em Espanha

Em % do rendimento individual antes da reforma

0,5 0,75 1 1,5 2 2,5

Portugal 103,1 68,8 66,7 65,9 65,5 64,7Espanha 81,2 81,2 81,2 81,2 76,7 61,3

Portugal 115,9 79,8 79,8 84,4 86,3 86,9Espanha 88,7 89,4 88,3 88,4 83,4 68,8

Portugal 12,8 11,0 13,1 18,5 20,8 22,2Espanha 7,5 8,2 7,1 7,2 6,7 7,5

C. Diferença entre a TSL e a TSB

Rendimentos individuais, multiplos da média

A. Taxa de substituição bruta por nível de rendimento (TSB)

B. Taxa de substituição líquida por nível de rendimento (TSL)

A. taxa de substituição entre o rendimento bruto antes da aposentação e o rendimento bruto de pensões após a aposentação. B. taxa de substituição entre o rendimento líquido antes da aposentação e o rendimento líquido de pensões após a aposentação. Encontram-se expurgados os pagamentos de imposto sobre o rendimento e contribuições sociais. C. diferença entre a taxa de substituição líquida e a taxa de substituição bruta.

Fonte: “Pensions at a Glance, Public Policies Across Countries”,OCDE (2005).

As conclusões não são muito diferentes quando se comparam as taxas de substituição

líquidas��F

19 (após o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares e contribuições para a

segurança social). De facto, às características redistributivas do sistema de pensões em Portugal

soma-se a progressividade do imposto sobre o rendimento do trabalho o que determina que a

taxa de substituição para rendimentos menores ou iguais a ½ da média suba para 115,9% do

último rendimento do trabalho auferido pelo pensionista. Ressalta também da leitura do ���HQuadro

23, através da diferença entre a taxa de substituição bruta e líquida que a imposição em Portugal

sobre as pensões é mais elevada que em Espanha, atingindo nos escalões mais altos de

rendimento 22,2 pontos percentuais, contra 7,5 pp. em Espanha.

A comparação entre o sistema de pensões português e o espanhol (regime geral) (ver

���HQuadro 24), permite salientar as seguintes diferenças:

19 A diferença existente entre a tributação dos rendimentos do trabalho (incluindo as contribuições para a segurança social) e os provenientes de pensões (mais favoráveis para estes) justificam a razão pela qual as taxas de substituição líquidas, em Portugal e em Espanha, são sempre superiores às taxas de substituição brutas.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 59

• a idade de reforma máxima em Espanha é de 70 anos (a qual não existe em Portugal);

• a taxa de formação em Espanha é mais elevada para o prazo mínimo de garantia,

diminuindo à medida que a pessoa tem uma carreira contributiva mais longa; em

Portugal a taxa de formação é variável (nova fórmula) em função do rendimento e da

carreira, porém, o intervalo de variação situa-se entre 2% e 2,3%;

• as pensões são actualizadas, em Portugal, numa base discricionária, enquanto que em

Espanha são actualizadas em função da taxa de inflação;

• em Portugal, a taxa de contribuição dos trabalhadores é de 11%, em Espanha é de 4,7%;

• a tributação, em sede de IRS, é mais favorável em Portugal do que em Espanha.

Quadro 24. Características do sistema de pensões público em Portugal e em Espanha (regime geral)

em Portugal em EspanhaPensão de velhice

Idade legal de reforma 65 anos 65 anosIdade máxima de reforma : 70 anosN.º de anos de carreira contributiva necessários para acesso à pensão completa

40 anos 35 anos

Prazo mínimo de garantia (n.º de anos mínimo de contribuições para ter acesso a uma pensão)

15 anos 15 anos

Taxa de formação da pensão

Com 15 a 20 anos de contribuições a taxa de formação é de 2%/ano; com mais de 21 anos de

contribuições a taxa de formação varia entre 2% e 2,3%/ano (em função do salário)

Com 15 anos de contribuições a taxa de formação acumulada é de 50%; nos 10 anos seguintes a

taxa de formação passa a ser de 3% e nos posteriores 2%/ano

Formação máxima do valor da pensão 92% 100%N.º de pensões pagas por ano 14 14Valor da pensão mínima (em euros) 216,79 euros (2005) 393 euros (em 2005, aos 65 anos de idade)Valor da pensão máxima (em euros) não existe limite 30899 euros/ano (em 2005)

Salário de referência para cálculo da pensão os melhores 10 anos dos últimos 15

últimos 15 anos (actualizados com a taxa de infllação, excepto para os últimos dois anos de

salários)Actualização das pensões (indexação) base discricionária taxa de inflação

Contribuições do regime geral (taxa contrib. total) 34,75% 28,3% (base máxima 30899 euros, em 2005)

Taxa de contribuição dos trabalhadores 11,00% 4,7%

Taxa de contribuição dos empregadores 23,75% 23,6%

Tributação das pensões (IRS)as pensões são tributadas em condições mais

favoráveis do que os rendimentos provenientes do trabalho

similar à dos rendimentos do trabalho (com expecção de algumas pensões de invalidez)

Fonte: “Pensions at a Glance, Public Policies Across Countries”,OCDE (2005).

De acordo com o relatório do Comité de Política Económica e da Comissão Europeia

“The impact of ageing on public expenditure: projections for the EU25 Member States on

pensions, health care, long term-care, education and unemployment transfers (2004-2050)” ��F

20,

publicado em Fevereiro de 2006, a população europeia irá sofrer, nas próximas décadas,

profundas alterações em termos de dimensão e estrutura etária, devido às baixas taxas de

fertilidade, ao aumento continuado da esperança de vida e à passagem à reforma da geração pós

2.ª Guerra Mundial. Deste modo, há um reconhecimento crescente na Europa das enormes

20 - Este relatório encontra-se disponível em http://europa.eu.int/comm/economy_finance/epc/epc_sustainability_ageing_en.htm.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 60

pressões que poderão surgir em termos sociais, económicos e nas finanças públicas resultantes

do envelhecimento da população.

Gráfico 39. Projecção da despesa pública com pensões entre 2004 e 2050 a

Em percentagem do PIB

-5

0

5

10

15

20

25

Esp

anha

Por

tuga

l

UE

25

UE

15

UE

10

2004 2030 2050

Fonte: The impact of ageing on public expenditure: projections for the EU25 Member States on pensions, health care, long term-care, education and unemployment transfers (2004-2050), relatório do Comité de Política Económica e da Comissão Europeia (2006). a – não existem projecções da despesa com pensões para a Grécia.

Neste exercício de projecção da despesa pública associada com o envelhecimento há a

salientar o seguinte ao nível das pensões:

• a despesa pública com esta rubrica deverá aumentar na maior parte dos países da UE

(com excepção da Áustria, Estónia, Letónia e Polónia), embora com uma elevada

dispersão nos resultados (���HGráfico 39);

• para a UE15, a projecção da despesa pública com pensões aponta para um aumento de

3,8 pp. (do PIB) entre 2004 e 2050;

• para a UE10, a despesa pública com pensões deverá aumentar de 10,9% do PIB, em

2004, para 11,2% do PIB no final do período de projecção, mas se excluirmos a Polónia

da análise (onde se deverá verificar uma redução na despesa de 5,9 pp. do PIB) esta

aumentará 3,6 pp. do PIB entre 2004 e 2050;

• em Portugal (9,7 pp.) e em Espanha (7,1 pp.) deverão registar-se elevados acréscimos

na despesa pública com pensões, facto que se deve, em grande medida, ao aumento do

rácio de dependência dos idosos (rácio entre a população com mais de 65 anos e a

população 15-64 anos).

No Anexo I traça-se a evolução legislativa registada no sistema de segurança social em

Portugal nos últimos anos.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 61

Os impactos da globalização

A globalização é um processo que se aprofundou no período pós segunda guerra

mundial com a progressiva liberalização das trocas comerciais, e que acompanhou, e potenciou,

os movimentos de integração económica, a nível mundial e regional. Ao longo da última década

registou-se uma aceleração muito marcada na intensidade, multiplicidade e complexidade das

transacções comerciais desencadeada pelo desenvolvimento das tecnologias de informação e

comunicação, redução dos custos de transporte, e pelas políticas de liberalização da circulação

de bens e de movimentos de capitais, que proporcionaram a redução dos custos das transacções

internacionais, o alargamento da gama de bens, e sobretudo, serviços transaccionáveis e a

adopção de novas estratégias empresariais de fragmentação e localização da produção com o

aproveitamento, a nível global, de vantagens organizacionais e tecnológicas.

A globalização financeira, que foi inicialmente reflexo da expansão das trocas

comerciais a nível global, tornou-se, com a liberalização progressiva dos movimentos de

capitais, a partir do princípio da década de 80, na componente mais dinâmica das transacções

internacionais. Na segunda metade da década de 90, esta tendência acentuou-se, fortemente

impulsionada pela redução drástica dos custos de transacção e pelos novos mercados

emergentes, dando origem a uma maior volatilidade dos fluxos de investimento directo e de

investimento de carteira.

Este mesmo padrão marcou as evoluções verificadas em Portugal e Espanha após a

adesão, em 1986, à então Comunidade Europeia. A integração de ambas as economias no

espaço comunitário realizou-se ao mesmo tempo que se o aprofundava o processo de integração

europeia, impulsionado pelo desenvolvimento do mercado único, pela introdução do euro e pela

participação crescente das economias comunitárias nas transacções a nível global.

No período 1996-2005, em Portugal, as transacções externas que mais se expandiram

foram as financeiras e os rendimentos de capitais, registando ambos taxas de crescimento

sempre superiores à do PIB. As transacções financeiras externas (média de entradas e saídas)

atingiram, em 2005, um valor superior em duas vezes e meia ao de 1996, representando 15% do

PIB, contra 9%, em 1996, sendo o comportamento, ao longo do período, muito influenciado

pela irregularidade da evolução do investimento directo. Este teve uma quebra acentuada em

2000-2001, reflectindo a correcção verificada nos mercados financeiros internacionais, seguida

de uma recuperação e de uma nova quebra que veio colocar o investimento directo em

percentagem do PIB num nível apenas ligeiramente acima do registado em 1996. O fraco

crescimento económico, a partir de 2002, o padrão de especialização do país e a perda de

competitividade afectaram a capacidade de atracção de investimento do exterior, em

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 62

comparação com as economias mais dinâmicas dos novos Estados Membros da União Europeia

e as novas economias emergentes, com mercados de grandes dimensões.

Gráfico 40. Evolução da Balança de Pagamentos (Portugal)

Componentes da Balança corrente (média entradas e saídas em % do PIB,

1996=100)

80.0

100.0

120.0

140.0

160.0

1996 1999 2002 2005Bens ServiçosRendimentos capitais

Fonte: BP.

Em Portugal, a inflexão de tendência em 2000 foi um traço comum à evolução da

generalidade das transacções correntes e financeiras, que tinham registado entre 1996 e 2000

crescimentos superiores ao PIB. As transacções comerciais nos anos posteriores a 2000,

recuaram para valores, em percentagem do PIB, próximos, ou mesmo ligeiramente inferiores, ao

observado em 1996, em resultado do desempenho modesto do sector exportador nacional, onde

predominam as actividades de nível tecnológico médio-baixo e baixo, sujeitas a uma crescente

pressão concorrencial.

Gráfico 41. Balança de Pagamentos em % do PIB (Portugal)

Componentes da Balança Corrente(média entradas e saídas em % do PIB)

0

10

20

30

1996 2000 2005Bens Serviços Rendimentos de capitais

Componentes da Balança Financeira (média entradas e saídas em % do PIB)

0

10

20

30

1996 2000 2005

Investimento total Investimento directoInvestimento de carteira

Fonte: BP.

Componentes da Balança Financeira (média entradas e saídas em % do PIB, 1996=100)

50

250

450

650

850

1996 1999 2002 20050

200

400

600

800

1000

Investimento totalInvestimentos de carteiraInvestimento directo

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 63

A evolução em Espanha apresenta um dinamismo mais acentuado das transacções

financeiras e correntes, sendo que a inflexão da tendência, igualmente verificada em 2000, foi

menos marcada que em Portugal. A Espanha registou no período 1996-2000 crescimentos nas

transacções externas sistematicamente superiores aos do PIB. O investimento total em 2005 foi

12 vezes superior ao de 1996, fortemente impulsionado pelo investimento de carteira que

passou de 0,5% do PIB em 1996 para 13%, em 2005. O investimento directo quadruplicou, no

mesmo período, representando 2,7% do PIB, em 2005, após um pico de 8,4%, em 2000.

Gráfico 42. Evolução da Balança de Pagamentos (Espanha)

Componentes da Balança Corrente (em % do PIB, 1996=100)

50

70

90

110

130

150

1990 1993 1996 1999 2002 2005

Bens (média imp.exp.) Serviços (média imp.exp.) Rend. Capitais (média ent. e saídas)

Componentes da Balança Financeira ( em % do PIB, 1996=100)

0

200

400

600

800

1990 1993 1996 1999 2002 2005

Inv.dir. (méd ent.e said.)

Inv.total (méd ent.e said.)

Fonte: Banco de Espanha.

Também o comércio de bens (importações e exportações), que tem um peso relativo em

Espanha inferior em média, em cerca de 5pp. ao observado na economia portuguesa, cresceu

sempre a taxas superiores às do PIB, o mesmo se verificando no comércio de serviços.

Gráfico 43. Balança de Pagamentos em % do PIB (Espanha)

Componentes da Balança Corrente (média imp e exp. em % do PIB)

0

5

10

15

20

25

1990 1996 2000 2005

Bens Serviços Rendimento de capitais

Componentes da Balança Financeira (média imp e exp. em % do PIB)

0

5

10

15

20

25

1990 1996 2000 2005

Investimento total Investimento directoInvestimento de carteira

Fonte: Banco de Espanha.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 64

O investimento directo estrangeiro (IDE) pelo impacto que tem na economia do país de

acolhimento constitui um importante factor de crescimento através da formação dos recursos

humanos e das transferências de tecnologia, que podem originar importantes externalidades

positivas, tanto maiores quanto mais densa for a rede de parcerias com instituições e empresas

locais.

Gráfico 44. Fluxos de IDE – mil milhões de euros

Portugal

-2.5

0

2.5

5

7.5

10

12.5

15

1985 1990 1995 2000 2005Entradas Saídas

Fonte:OCDE (1985-1995); Banco de Portugal

Espanha

-5

5

15

25

35

45

55

65

1985 1990 1995 2000 2005

Entradas Saídas

Fonte:OCDE (1985-1989); Banco de Espanha

O padrão de evolução das entradas e saídas de IDE��F

21 apresenta grandes similitudes, em

Portugal e Espanha, embora com crescimentos relativos distintos, ao longo do período. Entre

1986 e 1996, as entradas de IDE em Portugal cresceram a um ritmo cerca de 5 vezes superior ao

observado em Espanha, invertendo-se as posições relativas entre 1996 e 2000, com um

crescimento de entradas de IDE em Portugal equivalente a metade do de Espanha. Entre 2000 e

2004, a posição inverteu-se de novo com uma taxa de crescimento em Portugal de cerca do

dobro da verificada no país vizinho. Em % do PIB, as entradas de IDE registam tendências e

níveis praticamente idênticos, à excepção de um desfasamento nos dois anos finais do período.

21 Inclui os investimento de raiz e a aquisição de participações e fusões.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 65

Gráfico 45. Entradas de IDE em % do PIB

012345678

1985 1990 1995 2000 2005Portugal Espanha

Fonte:OCDE, Banco de Portugal e Banco de Espanha

Em termos de proveniência do IDE, observam-se algumas diferenças significativas

entre os dois países.

Gráfico 46. Origem do IDE em Portugal

1986

AlemanhaBel.-Lux.

Espanha

França

Itália

P.Baixos

R. Unido

Brasil

EUA

Suiça

2002

AlemanhaBel.-Lux.

Espanha

ItáliaR. Unido

Brasil

EUA

Suiça

Fonte: OCDE

À data da adesão, a economia portuguesa estava mais integrada com a comunitária do

que a economia espanhola em virtude da sua anterior participação na EFTA e da existência de

acordos de livre comércio entre os países desta zona e a Comunidade Europeia, celebrados

aquando da adesão do Reino Unido a esta última, que tiveram por objectivo manter e estender a

todos os outros estados comunitários, o grau de liberalização já alcançado no âmbito da EFTA.

Assim, em 1986 o investimento proveniente de países comunitários já representava em Portugal

cerca de 67% das entradas totais de IDE, ao passo que na Espanha, que não participou nos

movimentos iniciais de integração europeia, se situava em cerca de 50%.

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 66

Gráfico 47. Origem do IDE em Espanha

1986

Bel.-Lux.

Alemanha

França

P Baixos

R. Unido Outros UESuiça

EUA

Japão

Outros

2003

Bel.-Lux.FrançaIrlanda

P Baixos

Portugal

R. Unido

Suiça

EUA

Outros

Outros

Fonte: OCDE

Em 2002 (2003 no caso de Espanha), reflexo da integração de Portugal e Espanha na

União Europeia (UE), é já patente o reforço, em ambos os países, do investimento desta

proveniência, verificando-se, no entanto, em termos de Estados Membros de origem do

investimento, diferenças significativas. No caso de Portugal, de sublinhar a perda de posição do

Reino Unido e da Alemanha, e a passagem da Espanha a principal país investidor, e em

Espanha, uma estrutura geográfica não tão concentrada como em Portugal, embora com clara

predominância do Reino Unido. De países fora da UE, o investimento provém maioritariamente

dos EUA, 18% do total em Espanha e 9% em Portugal, da Suíça e do Brasil, no caso português.

A composição sectorial do IDE revela um traço comum do actual processo de

globalização, a orientação do IDE para o sector dos serviços, em detrimento da indústria

transformadora. Esta tendência é muito marcada no caso da Espanha, tendo sido o imobiliário, o

segmento mais dinâmico da economia espanhola nos últimos anos, também aquele que

previsivelmente mais beneficiou da entrada de IDE. Na indústria transformadora, as máquinas e

aparelhos electrónicos e o sector automóvel têm vindo a perder peso em ambos os países, e

nalguns casos a sofrer um desinvestimento, facto que deverá estar associado à deslocalização da

produção, dentro da própria UE, ou para países da sua periferia, como é o caso com o sector

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 67

automóvel, ou à deslocalização, ou ao outsourcing da produção a partir das economias

emergentes, como é o caso da China.

Quadro 25. Estrutura sectorial do IDE

1995 1998 2002 1995 1998 2002Sector primário 0,4 0,1 0,7 4,0 1,0 0,8Indústria transformadora 31,4 -1,0 -7,2 51,7 22,8 14,1

Produtos alimentares -0,6 -2,0 -0,9 9,2 3,5 1,0Têxteis e madeira 8,2 -4,4 9,7 4,2 3,9 0,2Petrolíferos, quim. e plásticos 0,5 4,3 -5,6 15,0 6,7 6,3Metais e aparelhagem mecânicoa 3,6 3,0 1,2 2,9 1,2 5,2Máq e apar. electricos e electrón. 5,6 3,1 -9,7 1,9 1,0 -0,5Automóveis e outro material transporte 5,7 -4,3 2,0 9,7 2,9 1,0

Serviços 57,6 73,3 79,4 44,3 71,8 85,1Electricidade,gás e água 12,3 0,4 -0,5 0,6 1,2 0,6Construção 3,2 1,8 5,4 0,8 3,0 2,8Comércio e reparação 20,6 23,4 15,0 10,1 10,3 8,6Hotelaria e restauração 3,1 1,5 1,2 2,2 0,8 1,3Transpotes e comunicações 4,0 16,3 36,8 1,2 3,6 8,5Intermediação financeira -10,7 4,6 15,0 11,4 7,6 0,0Imobiliário e serviços a empresas 25,3 25,2 7,7 16,2 43,0 62,1Outros serviços 1,2 0,2 -1,3 1,7 2,4 1,1

Não discriminado 10,6 27,5 27,2 - 13,0 0,0

Portugal Espanha

Nota: Percentagens calculadas sobre médias trianuais centradas dos fluxos de entradas de IDE

Fonte: OCDE

O IDE tem origem maioritáriamente em empresas multinacionais (EMN) que através da

sua inserção no tecido produtivo do país de acolhimento com investimentos de raiz ou mediante

fusões e aquisições de empresas domésticas, constituem uma das principais alavancas da

globalização das economias,

A presença de EMN é comparativamente mais elevada em Espanha que em Portugal,

quer no conjunto da indústria transformadora, quer nos sectores de maior relevância para as

respectivas exportações, quer, ainda, em termos do VAB e do emprego. Nos três principais

sectores de exportação de Espanha, que representaram 48,5% das exportações totais em 2001, o

VAB gerado por EMN oscilou entre 25 e 70% do total do respectivo sector, situando-se o

intervalo em Portugal entre 5,4% e 62%. Por outro lado, no tocante às despesas em ID e aos

recursos humanos envolvidos neste tipo de actividade, as EMN em Portugal têm um papel mais

expressivo o que pode ser o resultado do reduzido investimento da comunidade empresarial

nacional nesta área .

O conteúdo tecnológico dos bens e serviços produzidos na economia é determinante no

aumento do VAB e em consequência um factor importante no crescimento da produtividade.

Devido à sua estrutura de exportação, com os produtos de baixa intensidade tecnológica a

absorverem 42% das exportações totais de produtos manufacturados, em 2003, Portugal

apresenta um quadro mais desfavorável do que a Espanha, onde o valor correspondente se situa

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 68

em 23%. Embora no segmento de topo as duas economias se encontrem a par, o segmento

médio-elevado tem em Espanha uma expressão muito superior à verificada em Portugal,

respectivamente 47 e 30%. Portugal, com 58% das suas exportações concentradas nos

segmentos baixo e médio-baixo está sujeito a uma pressão concorrencial mais forte dos países

com custos salariais mais baixos e que presentemente concorrem sobretudo neste segmento de

produtos.

Gráfico 48. Estrutura da exportação de produtos industriais transformados segundo a intensidade tecnológica

Portugal

010203040506070

1986 1990 1995 2000 2003Elevada Média- elevadaMédia-baixa BaixaTIC

Espanha

010203040506070

1986 1990 1995 2000 2003Elevada Média- elevadaMédia-baixa BaixaTIC

Fonte: OCDE

Gráfico 49. Exportação de produtos industriais transformados em % da produção, por intensidade tecnológica

O peso da exportação na produção nacional é outro dos indicadores da exposição à

globalização. Neste item são relativamente próximas as posições dos dois países, apesar de uma

maior dispersão no caso de Portugal, que tem uma orientação da produção do sector de topo

mais acentuadamente virada para a exportação do que em Espanha, o que poderá estar associado

Portugal

5

25

45

65

85

1986 1990 1995 2000 2003Elevada Média-elevadaMédia-baixa BaixaTIC

Fonte: OCDE

Espanha

515253545556575

1986 1990 1995 2000 2002

Elevada Média-elevada Média-baixa

Baixa TIC

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 69

à dimensão relativa dos dois mercados, mantendo-se, no entanto, o traço negativo para Portugal

de uma maior exposição nos sectores de tecnologia mais baixa.

Uma das vertentes do processo de globalização é a tendência para a perda de

importância relativa do comércio inter-sectorial ��F

22 em benefício do reforço do comércio intra-

sectorial. Esta tendência está associada à crescente fragmentação da produção ao longo da

cadeia de valor (especialização vertical - por exemplo a localização das fases de produção mais

mão de obra intensivas em países onde os custos unitários de mão de obra são mais baixos) ou à

diversificação da oferta segundo a qualidade (especialização horizontal - por exemplo

automóveis topo de gama e automóveis utilitários). A evolução registada em Portugal, desde a

adesão à UE, reflecte o crescimento do comércio intra-sectorial, moldado sobretudo pela

integração crescente das indústrias nacionais no espaço comunitário. No caso da Espanha,

observa-se um abrandamento desta tendência a partir de meados dos anos 90, o que poderá estar

associado ao facto de este tipo de comércio já ter atingido uma percentagem elevada naquele

país.

Gráfico 50. Comércio intra-sectorial de produtos manufacturados a/

Portugal

40

50

60

70

80

1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

TotalTêxteisProd. elevada int. tecnológica

Espanha

45

55

65

75

85

1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

Total Prod. elevada int. tecnológica

a/ Calculado segundo [1-|(X-M)|/(X+M))*100, em que X e M a representam respectivamente as exportações e importações a preços correntes.

Fonte: OCDE

22 Comércio inter-sectorial refere-se ao comércio que toma lugar entre diferentes sectores da Classificação das Actividades Económicas, ou entre sectores com complexidade tecnológica diferente, enquanto intra-sectorial se refere às trocas dentro do mesmo sector.

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Anexos

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 73

A. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS E/OU REFORMAS NA SEGURANÇA SOCIAL

EM PORTUGAL NO PERÍODO 1986-2005

1.ª Lei de Bases da Segurança Social (1984):

No ano da adesão de Portugal à denominada CEE (1986), encontrava-se em vigor a Lei de Bases da Segurança Social de 1984 (Lei nº 28/84, de 14/08), da qual se destacam os seguintes aspectos:

• Quanto aos objectivos, o sistema de segurança social visa: − garantir a protecção dos trabalhadores e das suas famílias nas situações de falta ou diminuição de

capacidade para o trabalho, de desemprego e de morte, bem como compensar os encargos familiares; − proteger socialmente as pessoas que se encontrem “em situação de falta ou diminuição de meios de

subsistência”.

• A administração do sistema de segurança social compete ao Estado.

• O financiamento do sistema é assegurado basicamente por contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras e pelas transferências do Estado e de outras entidades públicas. De facto:

− o regime geral é financiado pelas contribuições dos trabalhadores e, no caso de trabalhadores por conta de outrem, das respectivas entidades empregadoras;

− o regime não contributivo é financiado por transferências do Estado; − a acção social é financiada, fundamentalmente, por transferências do Estado; − as despesas de administração e outras despesas comuns das instituições de segurança social são suportadas,

em termos proporcionais aos respectivos encargos, pelas fontes de financiamento dos regimes e da acção social.

• Os regimes de segurança social:

MEDIDAS LEGISLATIVAS ADOPTADAS NO PERÍODO 1986-1999:

• Regime jurídico da pensão unificada (D.L. nº 143/88, de 22/04); • Regimes profissionais complementares (D.L. nº 225/89, de 6/07); • Regime sancionatório no âmbito da segurança social (D.L. nº 64/89, de 25/02); • Subsídio por assistência de terceira pessoa (D.L. nº 29/89, de 23/01); • Medidas de apoio ao emprego:

− Dispensa temporária do pagamento de contribuições, para as entidades que contratem jovens à procura do 1º emprego ou desempregados de longa duração (D.L. nº17-D/86, de 06/02; D.L. nº 257/86, de 27/08 e D.L. nº 64-C/89, de 27/02);

− Redução da taxa contributiva das entidades empregadoras que celebrassem, por tempo indeterminado, contrato de trabalho com pessoas com deficiência (D.L. nº 299/86, de 11/09);

• Instituição do 14º mês de pensão, a qual deverá ser paga no mês de Julho (Portaria 470/90, de 23/06);

Re

Pre

TI – Trabalhadores independentes

TCO – Trabalhadores por conta de outrem

Objectivo: prevenção de situações de carência, disfunção e marginalização social e a integração

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 74

• Revisão do regime de protecção por morte (D.L. nº 322/90, de 18/10); • Instituição do regime jurídico da pré-reforma, aplicável aos trabalhadores por conta de outrem (D.L. nº

261/91, de 25/07); • Reformulação global do regime jurídico da constituição dos fundos de pensões e do acesso e exercício da

gestão dos mesmos (D.L. 415/91, de 25/1 e Portarias nº1/92, e nº 2/92, de 2/01); • Reformulação global do regime jurídico das pensões de invalidez e velhice do regime geral de segurança

social. Foi consagrado o princípio da igualdade de tratamento entre homens e mulheres, uniformizando a idade de pensão de velhice aos 65 anos. Alterou-se de 120 meses para 15 anos o prazo de garantia para acesso às pensões de velhice (D.L. nº 329/93, de 25/09);

• Reformulação global do Regime de segurança social dos trabalhadores independentes (D.L. nº 328/93, de 25/09);

• Reintrodução do método da desagregação da taxa contributiva global (D.L. nº 326/93, de 25/09); • Revisão do regime de protecção social no desemprego (Lei nº 418/93, de 24/12). • Primeira revisão do regime de segurança social dos trabalhadores independentes com o intuito de evitar que

os trabalhadores independentes sem significativa actividade, sejam obrigados ao enquadramento neste regime, pelo que se estabeleceu um limite mínimo;

• Segunda revisão do regime dos trabalhadores independentes, a qual estabelece o regime de isenção nos casos de acumulação de actividade independente com trabalho por conta de outrem ou situação de pensionista (D.L. nº 397/99, de 13/10).

• Definição do enquadramento dos bolseiros de investigação científica, no âmbito deste regime (D.L. nº 123/99, de 20/04l).

• No âmbito do Regime Não Contributivo: − Criação do Complemento por Dependência, também atribuído aos pensionistas do regime não

contributivo em situação de dependência, em substituição do anterior Subsídio por Assistência de 3ª Pessoa (D.L. nº 265/99, de 14/07).

− Criação do Rendimento Mínimo Garantido com o objectivo de assegurar aos indivíduos e seus agregados familiares recursos que contribuam para a satisfação das suas necessidades mínimas e para o favorecimento de uma progressiva inserção social e profissional (Lei nº 19-A/96, de 29/06, regulamentado pelos D.L. nº 196/97, de 31/07 e D.L. nº 164-A/97).

• Alargamento do campo de aplicação do Regime Jurídico das Infracções Fiscais Não Aduaneiras, às infracções praticadas no âmbito dos regimes de segurança social pelos respectivos contribuintes, definido e penalizando os crimes contra a segurança social (D.L. nº 140/95, de 14/07).

• Actualização extraordinária dos montantes das pensões de invalidez e velhice do regime geral, de modo a garantir-se um valor mínimo da pensão indexado ao montante da remuneração mínima mensal, fixada para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem (Portaria nº 800/98, de 22/09 e Portaria nº 359/99, de 18/05);

• Alteração ao regime jurídico da Pensão Unificada (D.L. nº 361/98, de 18/11), tendo procedido ao alargamento:

− da concessão do direito à pensão unificada à protecção por morte; − do âmbito pessoal da medida a trabalhadores que, cumulativamente, sejam beneficiários de sistemas de

segurança social de países com os quais Portugal tenha convenção sobre a matéria; − do regime da pensão unificada aos pensionistas do Fundo de Pensões de Macau, cujas pensões foram

transferidas para a responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações ao abrigo do Decreto-lei nº 357/93, de 14/10 (D. L. nº 439/99, de 29/10).

• Instituição do regime jurídico de protecção social nas situações de dependência dos pensionistas de invalidez, velhice e sobrevivência dos regimes de segurança social, com a criação do Complemento por Dependência, prestação pecuniária cujo montante varia de acordo com o grau de dependência (D.L. nº 265/99, de 14/07).

2ª Lei de Bases do Sistema de Solidariedade e Segurança Social (2000)

Em 2000 foi publicada a nova Lei de Bases do Sistema de Solidariedade e Segurança Social (Lei nº 17/2000, de 8/08), a qual revogou a Lei nº 28/84, de 14/08 e entrou em vigor 180 dias após a sua publicação.

Esta lei consagra o direito a todos à segurança social através do sistema de solidariedade e segurança social, cujos objectivos fundamentais são:

• A melhoria das condições e dos níveis de protecção social e o reforço da respectiva equidade; • A eficácia do sistema e a eficiência da sua gestão; • A sustentabilidade financeira do sistema.

Nos termos desta Lei, o Sistema divide-se em três subsistemas:

• Subsistema de Protecção Social de Cidadania, que abrange o Regime de Solidariedade e a Acção Social;

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 75

• Subsistema de Protecção à Família, que se aplica à generalidade dos cidadãos e cobre as eventualidades de encargos familiares, dependência e deficiência;

• Subsistema Previdencial, que abrange os regimes de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, dos trabalhadores independentes e de inscrição facultativa.

3.ª Lei de Bases do Sistema de Segurança Social (2002)

A nova Lei de Bases (Lei nº 32/2002, de 20/12) introduz dois novos princípios fundamentais:

• o princípio de subsidiariedade social, que assenta no reconhecimento do papel das pessoas e das famílias, bem como o incentivo e promoção das iniciativas locais, voluntárias, privadas e mutualistas de protecção social;

• o princípio da coesão geracional, que implica um ajustado equilíbrio e equidade geracionais na assunção das responsabilidades do sistema.

Quanto aos objectivos, o Sistema de Segurança Social visa:

• garantir a concretização do direito à segurança social; • promover a melhoria das condições e dos níveis de protecção social e o reforço da respectiva equidade; • proteger os trabalhadores e as suas famílias nas situações de falta ou diminuição de capacidade para o trabalho,

de desemprego e de morte; • proteger as pessoas que se encontram em situação de falta ou diminuição de meios de subsistência; • proteger as famílias através da compensação de encargos familiares; • proteger a eficácia dos regimes prestacionais e a qualidade da sua gestão, bem como a eficiência e

sustentabilidade financeira do sistema.

Na sua composição o Sistema abrange:

• o Sistema Público de Segurança Social - visa garantir aos respectivos beneficiários o direito a determinados rendimentos traduzidos em prestações sociais exigíveis administrativa e judicialmente. Este compreende:

− o Subsistema Previdencial – assente num princípio de solidariedade de base profissional, tem como objectivo garantir prestações pecuniários substitutivas de rendimentos de trabalho, perdido em consequência da verificação das eventualidades legalmente definidas. Este subsistema abrange o regime geral de segurança social aplicável à generalidade dos trabalhadores por conta de outrem ou legalmente equiparados e aos trabalhadores independentes, bem como os regimes de inscrição facultativa.

− o Subsistema de Solidariedade - destina-se a assegurar, com base na solidariedade de toda a comunidade, direitos essenciais por forma a prevenir e erradicar situações de pobreza e de exclusão e a promover o bem-estar e a coesão sociais bem como a garantir prestações em situações de comprovada necessidade pessoal ou familiar, não incluídas no subsistema previdencial. Abrange, ainda, situações de descompensação social ou económica em virtude de insuficiências contributivas ou prestativas daquele subsistema. Este subsistema compreende o regime não contributivo, o regime especial de segurança social dos trabalhadores agrícolas, os regimes transitórios ou outros formalmente equiparados a não contributivos e o rendimento social de inserção.

− o Subsistema de Protecção Familiar – tem em vista assegurar a compensação de encargos familiares acrescidos quando ocorram as eventualidades legalmente previstas. Aplica-se à generalidade das pessoas, abrangendo as eventualidades de encargos familiares, encargos no domínio da deficiência e encargos no domínio da dependência.

• o Sistema de Acção Social - desenvolvido por instituições públicas, designadamente pelas autarquias e pelas instituições particulares sem fins lucrativos tem como objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidade social, bem como a integração e promoção comunitária das pessoas e o desenvolvimento das respectivas capacidades. A Acção Social destina-se também a assegurar a especial protecção aos grupos mais vulneráveis nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos, bem como a outras pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social, desde que estas situações não possam ser superadas através do subsistema de solidariedade. A Acção Social destina-se também a assegurar a especial protecção aos grupos mais vulneráveis nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos, bem como a outras pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social, desde que estas situações não possam ser superadas através do subsistema de solidariedade.

• o Sistema Complementar - compreende regimes legais, regimes contratuais e esquemas facultativos, e estes podem ser de iniciativa do Estado, das empresas, das associações sindicais, patronais e profissionais:

− Os regimes complementares legais, que visam a cobertura de eventualidades ou a atribuição de prestações em articulação com o sistema público de segurança social;

− Os regimes complementares contratuais, que visam a atribuição de prestações complementares do subsistema previdencial, na parte não coberta por este, designadamente incidindo sobre a parte das

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 76

remunerações em relação às quais a lei determina que não há incidência de contribuições obrigatórias, bem como a protecção face às eventualidades não cobertas pelo subsistema previdencial.

− Os esquemas facultativos, que visam o reforço da auto protecção voluntária dos respectivos interessados.

OUTRAS MEDIDAS LEGISLATIVAS ADOPTADAS A PARTIR DE 2000:

• FINANCIAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL - No âmbito do quadro genérico do financiamento do sistema de solidariedade e segurança social, previsto na Lei nº 17/2000, de 8/08, insere-se uma medida que visa concretizar o princípio da adequação selectiva, explicitando as diversas fontes de receitas do sistema e afectando-as às despesas de protecção social respectivas. Esta medida procede à regulamentação do disposto no capítulo II da referida lei (D.L. nº 331/2001, de 20/12);

• Prestações de invalidez, velhice e morte (Regime Geral e Regime Não Contributivo) - No âmbito da protecção social das eventualidades de invalidez e velhice, destaca-se a medida legislativa que define novas regras de cálculo para as pensões atribuídas nestas eventualidades, a qual surge na sequência da Lei nº 17/2000, de 8/08, que prevê que o cálculo destas pensões tenha por base, de modo gradual e progressivo, os rendimentos de trabalho, revalorizados, de toda a carreira contributiva. Trata-se de uma mudança de vulto perante o regime jurídico instituído pelo Decreto-Lei nº 329/93 de 25/09, segundo o qual relevam, para efeitos de remuneração de referência o total de remunerações dos 10 anos civis a que correspondam remunerações mais elevadas, nos últimos 15 anos com registo de remunerações (D.L. n.º 35/2002, de 19/02).

• Actualização extraordinária dos montantes das pensões do regime de segurança social das actividades agrícolas (RESSAA) – (Lei nº 3-B/2000 - OE e Portaria nº 403/2000, de 14/07);

• Criação do Complemento Extraordinário de Solidariedade, através da Lei nº 30-C/2000, de 29 de Dez. que aprovou o Orçamento do Estado para 2001, a atribuir aos beneficiários das pensões sociais de invalidez e de velhice do regime não contributivo e de regimes equiparados (D.L. nº 208/2001, de 27/07).

• Aperfeiçoamento do regime jurídico de protecção social nas situações de dependência dos pensionistas de invalidez, velhice e sobrevivência, pelo o aumento do valor do Complemento por Dependência atribuído nas situações de maior dependência - 2º grau (D.L. nº 309-A/2000, de 30/11);

• Com a criação de um novo escalão de rendimentos, procurou-se reforçando-se o princípio da diferenciação positiva e a componente redistributiva das prestações, através de um ajustamento no critério da fixação dos rendimentos, beneficiando de forma mais eficaz um maior número de famílias, sobretudo aquelas cujos rendimentos se situam entre uma remuneração e meia e quatro remunerações mínimas mensais (D.L. nº 250/2001, de 21/09, dá nova redacção ao nº 2 do artº 31º do D.L. nº 133-B/97, de 30/05).

• Revisão do regime de Segurança Social dos trabalhadores independentes, aumentando a base de incidência contributiva, elevando o escalão mínimo de 1 para 1,5 do valor do salário convencional mínimo de desconto, como base de contribuição mínima para a Segurança Social (D.L. nº 119/2005, de 22/07).

• Consignação de receitas do aumento do IVA de 19% para 21%, em igual proporção, à Segurança Social e à Caixa Geral de Aposentações (Lei n.º 39/2005, de 24/06).

• Suspensão do regime de flexibilização da idade de acesso à pensão de reforma por antecipação (D.L. nº 125/2005, de 3/08).

• Complemento solidário para idosos - c prestação do subsistema de solidariedade destinada a pensionistas com mais de 65 anos, assumindo um perfil de complemento aos rendimentos pré-existentes, sendo o seu valor definido por referência a um limiar fixado anualmente e a sua atribuição diferenciada em função da situação concreta do pensionista que o requer, ou seja, sujeita a rigorosa condição de recursos. O complemento é pago, mensalmente, por referência a 12 meses (D.L. nº 232/2005 de 29/12).

• Convergência do regime de protecção social da função pública (CGA) com o regime geral da segurança social no que respeita às condições de aposentação e cálculo das pensões (Lei nº 60/2005 e Lei n.º 60/2005, ambos, de 29/12). Registou-se igualmente um aumento progressivo da idade de reforma em seis meses/ano (de 60 para 65 anos) e do tempo mínimo de serviço em seis meses/ano (de 36 para 40 anos).

• Ao nível das alterações do código do IRS para 2006 – aproximação gradual do valor da dedução específica das pensões ao valor da dedução específica dos trabalhadores dependentes, e a criação de um escalão adicional, com uma taxa marginal de 42%, a ser aplicado a rendimentos anuais superiores a 60 mil euros (Lei n.º 60-A/2005, de 30/12).

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A Economia Portuguesa – Julho 2006 77

B. WEB SITES SOBRE A ECONOMIA PORTUGUESA

Ministério das Finanças e da Administração Pública [���Hwww.min-financas.pt]

Direcção-Geral de Estudos e Previsão [���Hwww.dgep.pt] Direcção-Geral do Orçamento [���Hwww.dgo.pt]

Direcção-Geral dos Impostos [���Hwww.dgci.min-financas.pt]

Direcção-Geral do Tesouro [���Hwww.dgt.pt]

Instituto de Gestão do Crédito Público [���Hwww.igcp.pt]

Ministério da Economia e da Inovação [���Hwww.min-economia.pt]

Direcção-Geral da Empresa [���Hwww.dgcc.pt]

Instituto de Apoio às PMEs e ao Investimento [���Hwww.iapmei.pt]

Investimentos, Comércio e Turismo de Portugal [���Hwww.icep.pt]

Gabinete de Estratégia e Estudos [���Hwww.gee.min-economia.pt]

Site Oficial de Turismo em Portugal [���Hwww.visitportugal.com]

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior [���Hwww.mctes.pt]

Observatório das Ciências e das Tecnologias [���Hwww.oces.mctes.pt]

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social [���Hwww.mtss.gov.pt]

Departamento de Estudos, Estatística e Planeamento [���Hwww.dgeep.mtss.gov.pt]

Instituto do Emprego e Formação Profissional [���Hwww.iefp.pt]

Segurança Social [���Hwww.seg-social.pt]

Universidades – Faculdades de Economia

Instituto Superior de Economia e Gestão [���Hwww.iseg.utl.pt]

Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa [���Hwww.fe.unl.pt]

Faculdade de Economia da Universidade do Porto [���Hwww.fep.up.pt]

Faculdade de Economia de Coimbra [���Hwww.fe.uc.pt]

Outros

Banco de Portugal [���Hwww.bportugal.pt]

Instituto Nacional de Estatística [���Hwww.ine.pt]

Autoridade da Concorrência [���Hwww.autoridadedaconcorrencia.pt]

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários [���Hwww.cmvm.pt]

Agência Portuguesa para o Investimento [www.���Hinvestinportugal.pt]

Instituto de Seguros de Portugal [���Hwww.isp.pt]

Autoridade Nacional das Comunicações [���Hwww.anacom.pt]

Entidade Reguladora do Sector Eléctrico [���Hwww.erse.pt]

Informação ao Cidadão [���Hwww.portaldocidadao.pt]

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C. DADOS ESTATÍSTICOS

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Alguns Indicadores Estruturais

Portugal - Alguns Indicadores Estruturais(continua)

1. Indicadores Económicos Globais

PIB per capita em PPC, (UE-25=100) 77.8 80.5 80.4 79.9 79.5 72.8 72.4 71.4 (f)

Taxa crescimento real do PIB - em % 4.8 3.9 3.9 2.0 0.8 -1.1 1.2 0.4Produtividade do trabalho - PIB em PPC por empregado (UE-25=100) 69.8 71.9 72.0 71.4 71.3 65.9 (f) 65.9 (f) 65.6 (f)

Produtividade do trabalho - PIB em PPC por hora trabalhada (UE-15=100) 62.6 (e) 63.8 (e) 65.1 (e) 64.4 (e) 63.8 (e) 59.5 (f) 59.1 (f) :Crescimento do emprego total - variação anual em % : 1.9 1.7 1.6 0.5 -0.4 (f) 0.1 (f) 0.0 (f)

Crescimento do emprego- mulheres - variação anual em % : 2.9 2.0 1.9 0.8 0.4 (f) 0.3 (f) 0.8 (f)

Crescimento do emprego- homens - variação anual em % : 1.0 1.6 1.4 0.2 -1.1 (f) -0.1 (f) -0.6 (f)

Taxa de inflação - variação média anual do IHPC 2.2 2.2 2.8 4.4 3.7 3.3 2.5 2.1Crescimento real dos custos unitários do trabalho -0.5 1.0 1.1 -0.1 -0.6 2.6 -1.1 (f) 0.2 (f)

Cap.(+) / ness.(-) de financiamento do Estado - em % do PIB -2.6 -2.8 -2.8 -4.2 -2.9 -2.9 -3.2 -6.0Dívida bruta das administrações públicas em % do PIB 55.0 54.3 53.3 53.6 55.5 57.0 58.7 63.9

2. Emprego

Taxa de emprego total - 15-64 anos 66.8 (b) 67.4 68.4 69.0 68.8 68.1 67.8 67.5Taxa de emprego das mulheres - 15-64 anos 58.2 (b) 59.4 60.5 61.3 61.4 61.4 61.7 61.7Taxa de emprego dos homens - 15-64 anos 75.9 (b) 75.8 76.5 77.0 76.5 75.0 74.2 73.4Taxa de emprego - 55-64 anos 49.6 (b) 50.1 50.7 50.2 51.4 51.6 50.3 50.5Taxa de emprego - mulheres - 55-64 anos 38.0 (b) 40.3 40.6 40.3 42.2 42.4 42.5 43.7Taxa de emprego - homens - 55-64 anos 62.9 (b) 61.4 62.1 61.6 61.9 62.1 59.1 58.1Idade média efectiva de reforma : : : 61.9 63.0 62.1 62.2 :Diferença de salários - salário das mulheres em % do salário dos homens 6 5 8 10 8 9 5 (b) : Taxa de imposto e contribuição social sobre os salários mais baixos 30.7 30.2 33.2 32.2 32.3 32.4 32.4 31.7Aprendizagem ao longo da vida - % participação em acções de formação 3.1 (b) 3.4 3.4 3.4 2.9 3.7 4.8 (b) 4.6Acidentes de trabalho graves - índice (1998=100) 100 92 88 91 74 : : :Acidentes de trabalho fatais - índice (1998=100) 100 79 104 117 98 : : :Taxa de desemprego total 5.1 4.5 4.0 4.0 5.0 6.3 6.7 7.6Taxa de desemprego - mulheres 6.3 5.2 4.9 5.0 6.0 7.2 7.6 8.7Taxa de desemprego - homens 4.1 4.0 3.2 3.2 4.1 5.4 5.9 6.7

3. Inovação e Investigação

Despesas públicas em educação - em % do PIB 5.36 (i) 5.42 (i) 5.42 (i) 5.61 (i) 5.54 (i) 5.61 : :Despesas em matéria de I&D em % do PIB : 0.72 : 0.85 0.8 (e) 0.78 : :% de Despesas em I&D financiada pela indústria 21.3 21.3 27 31.5 31.6 (e) 31.7 : :% de Despesas em I&D financiada pelo governo 69.1 (e) 69.7 64.8 (e) 61 60.5 (e) 60.1 : :% de Despesas em I&D financiada pelo estrangeiro 5.7 5.3 5.2 5.1 5 (e) 5 :Nível de acesso à internet - % de famílias com acesso à internet : : : : 15 22 26 31Diplomados do ensino superior e/ciência e tecnol.- p/1000 habit.dos 20-29 anos 5.2 6.1 6.3 6.6 7.4 8.2 11.0 (i) :Numero de patentes do Instituto Europeu de Patentes por milhão de habitantes 3158 4596 5751 5516 4751 3.936 (p) : : Numero de patentes pelo Inst.Norte Americano de Patentes p/milhão de habitantes 1325 1202 1.322 (p) 0.783 (p) 0.659 (p) : : : Investimento de capital de risco - fase inicial - em proporção do GDP 0.013 0.008 0.027 0.013 0.008 0.043 0.027 : Investimento de capital de risco - expansão - em proporção do GDP 0.036 0.040 0.093 0.051 0.040 0.042 0.089 : Despesa em TIC - tecnologias de informação em % do PIB : : : 2.2 2.1 2.0 : Despesa em TIC - tecnologias de telecomunicações em % do PIB : : : : 5.0 5.0 5.1 :

4. Reforma Económica

Níveis de preços relativos do consumo privado (UE-25=100) 74.5 74.3 73.4 74.6 76.2 87.3 (b) 85.7 (p) 85.2 (p

Preço das telecomunicações - chamadas locais (em Euro por 10 min chamada) 0.25 0.27 0.23 0.30 0.31 0.31 0.40 :Preço das telecomunicações - chamadas nacionais (em Euro por 10 min chamada) 2.53 2.15 1.28 1.13 1.15 0.96 0.65 :Preço das telecomunicações - chamadas p/ EUA (em Euro por 10 min chamada) 6.13 4.23 3.68 2.89 2.52 2.52 2.52 :

2004 20051998 1999 2000 2001 2002 2003

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 1

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Alguns Indicadores Estruturais

(continuação)

4. Reforma Económica (cont.)

Preços da electricidade - utilizadores industriais (em Euro por kWh) 0.0712 0.0646 0.0643 0.0651 0.0665 0.0673 0.0684 0.0713Preços da electricidade - famílias (em Euro por kWh) 0.1250 0.1201 0.1194 0.1200 0.1223 0.1257 0.1283 0.1313Preços do gás - utilizadores industriais (em Euro por Gigajoule) : : : 6.88 6.26 6.39 5.68 6.03Preços do gás - famílias (em Euro por Gigajoule) : : : 13.68 13.19 12.70 11.48 11.75Quota de mercado do maior produtor de energia eléctrica : 57.8 58.5 61.5 61.5 61.5 55.8 :Quota de mercado do maior operador das telecomunicações móveis : : : 44 45 52 52 :Contratos públicos em % do PIB 2.15 2.08 2.10 2.47 2.59 2.46 : :Auxílios estatais sectoriais e ad hoc - em % do PIB 1.04 0.97 0.68 0.96 0.98 0.96 0.91 :Integração do comércio - valor das importações e exportações-bens, % do PIB 26.8 26.4 28.3 27.1 25.5 25.2 26.2 26.5Integração do comércio - valor das importações e exportações-serviços, % do PIB 6.7 6.8 7.1 7.0 6.8 6.6 6.9 6.9Intensidade de IDE - Valor de entrada e saida de IDE, em % do PIB 3.0 1.8 6.6 5.4 0.8 4.2 2.1 :Formação bruta de capital fixo pelo sector privado - em % do PIB 22.8 22.9 23.4 22.7 21.6 19.4 19.2 :

5. Coesão Social

Distribuição do rendimento (rácio dos quintis do rendimento) 6.8 6.4 6.4 6.5 7.3 (ip) 7.4 (ip) 7.2 (b) : Taxa de pobreza - antes de trasferências sociais 27 27 27 24 26 (ip) 26 (ip) 27 (b) : Taxa de pobreza - depois de trasferências sociais 21 21 21 20 20 (ip) 19 (ip) 21 (b) : Taxa de pobreza persistente 14 14 14 15 : (i) : (i) : (i) : Dispersão de taxas de desemprego regionais - total : 3.6 4.3 3.5 3.8 3.9 3.5 : Dispersão de taxas de desemprego regionais - mulheres : 7.3 8.2 6.8 5.9 6.3 5.9 : Dispersão de taxas de desemprego regionais - homens : 3.0 3.2 2.7 3.5 3.2 3.2 : Abandono escolar precoce - total 46.6 (b) 44.9 42.6 44.0 45.1 40.4 39.4 (b) 38.6Taxa de desemprego de longa duração 2.2 (b) 1.8 1.7 1.5 1.7 2.2 3.0 3.7Crianças dos 0-17 anos a viver em famílias sem qualquer empregado 4.6 (b) 4.5 3.9 3.6 4.2 5.0 4.3 4.3Adultos dos 18-59 anos a viver em famílias sem qualquer empregado 5.1 (b) 4.7 4.6 4.3 4.6 5.5 5.3 5.5

6. Ambiente

Emissões de gases com efeito de estufa; variação face ao ano base 126.9 139.4 135.0 136.8 144.3 136.7 127.0 : Intensidade energética da economia - consumo de energia em proporção do PIB 239.15 247.44 241.51 243.86 254.68 234.70 239.56 : Volume de transporte de mercadorias - ton-km em % do PIB (1995=100) 116.3 (r) 115.8 (r) 114.5 (r) 124.2 (r) 122.8 (r) 114.9 (r) 165.9 (b) : Volume de trasporte de passageiros - passageiros-km em % do PIB (1995=100) 104.8 107.2 108.2 (e) 108.4 (e) 112.1 (e) 116.1 (e) : : Distribuição modal do transporte de mercadorias - proporção do transp. rodoviário 92.5 92.3 92.5 93.3 93.1 93.0 (r) 94.7 (b) : Distribuição modal do transporte de passageiros - proporção do transp. de carro 82.4 83.7 84.7 (e) 85.6 (e) 87.2 (e) 87.3 (e) : : Resíduos municipais recolhidos - kg por pessoa por ano 423 442 472 472 447 452 434 : Resíduos municipais objecto de aterro - kg por pessoa por ano 310 303 338 355 328 338 318 : Resíduos municipais incinerados - kg por pessoa por ano - 62 96 104 91 98 96 : Proporção de energia renovável 36.1 20.5 29.4 34.2 20.8 36.4 24.4 39.0

: Não disponível; b - quebra de série; e - estimativa; f - previsão; p - provisório; r - revisto; s - estimativa do Eurostat

Fonte: Eurostat (última actualização 12-07-2006)

20031999 200520041998 2000 2001 2002

2 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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Comparações Internacionais

A. PIB Per Capita em PPC (UE 25 =100) A. GDP Per Capita in PPS (EU 25 =100)

BE - Bélgica 118,1 116,9 115,9 115,5 116,7 117,3 117,5 118,0 118,2 117,7 Belgium - BECZ - República Checa 70.0 (e) 67.8 (e) 65.4 (e) 64,8 63,7 64,8 66,3 67,8 70,2 73,0 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 123,8 124,2 123,1 126,3 126,2 124,9 121,4 120,9 121,6 124,2 Denmark - DKDE - Alemanha 118,1 115,8 114,1 113,7 111,9 110,0 108,6 108,3 108,5 109,8 Germany - DEEE - Estónia 34.8 (e) 38.1 (e) 39.1 (e) 38,8 41,0 42,2 45,0 48,2 51,2 57,4 Estonia - EEGR - Grécia 69,8 70,5 70,3 70,8 72,8 73,3 77,2 81,0 81,9 82,2 Greece - GRES - Espanha 87,0 87,0 88,6 92,3 92,3 93,1 95,2 97,3 97,5 98,7 Spain - ESFR - França 112,9 113,5 113,8 113,7 113,5 113,9 112,0 111,7 109,6 109,0 France - FR IE - Irlanda 102,3 111,7 116,3 122,1 126,1 128,9 132,9 134,0 136,9 137.1 (f) Ireland - IEIT - Itália 115,6 114,0 114,6 114,0 113,3 112,0 110,1 107,7 105,6 102,8 Italy - ITCY - Chipre 79.6 (e) 78.3 (e) 79.0 (e) 80,2 80,9 82,9 82,0 79,8 82,7 83,5 Cyprus - CYLV - Letónia 30.2 (e) 32.2 (e) 33.2 (e) 34,1 35,4 37,1 38,7 40,8 42,8 47,1 Latvia - LVLT - Lituânia 34.7 (e) 36.5 (e) 38.4 (e) 37,2 38,1 40,1 41,9 45,2 47,8 52,1 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 196,7 191,3 193,4 218,1 222,4 214,7 220,3 233,6 238,3 247.8 (f) Luxembourg - LUHU - Hungria 48.5 (e) 49.5 (e) 50.7 (e) 51,8 52,9 55,8 58,1 59,2 60,1 60,9 Hungary - HUMT - Malta : : 77,7 77,6 78,6 74,6 75,2 73,2 69,8 69,3 Malta - MTNL - Países Baixos 119,2 121,3 121,5 122,9 124,3 127,1 125,3 124,6 124,3 123,5 Netherlands - NLAT - Áustria 126,5 123,8 122,9 125,3 125,7 122,1 120,0 120,3 121,9 122,7 Austria - ATPL - Polónia 42.1 (e) 43.9 (e) 44.9 (e) 46,0 46,8 46,1 46,3 46,9 48,8 49.9 (f) Poland - PLPT - Portugal 74,9 76,1 77,8 80,5 80,4 79,9 79,5 72,8 72,4 71.4 (f) Portugal - PTSI - Eslovénia 69.0 (e) 70.6 (e) 71.6 (e) 73,8 72,8 73,9 74,5 75,9 79,0 80,0 Slovenia - SISK - Eslováquia 45.5 (e) 46.3 (e) 46.9 (e) 46,6 47,5 48,5 51,0 51,9 53,0 55,1 Slovakia - SKFI - Finlândia 104,1 109,1 112,3 111,1 113,0 112,8 112,2 111,1 112,2 112,1 Finland - FISE - Suécia 115,7 114,6 113,6 118,0 119,0 115,2 113,7 115,7 117,3 114,7 Sweden - SEUK - Reino Unido 109,1 111,3 111,3 111,7 112,0 113,1 116,1 116,5 117,3 116.8 (f) United Kingdom - UK

UE 25 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 EU 25UE 15 109,7 109,6 109,6 110,2 110,0 109,6 109,3 109,1 108,8 108,6 EU 15Área euro (12 países) 109,3 108,8 108,8 109,4 109,0 108,5 107,7 107,3 106,7 106,6 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; e-estimativa; f-previsão. Source: Eurostat, "Structural Indicators"; e-estimated value; f-forecast.

B. Taxa de Crescimento Real do PIB (%) B. Real GDP Growth Rate (%)

BE - Bélgica 1,2 3,3 1,9 3,1 3,9 1,0 1,5 0,9 2,6 1,2 Belgium - BECZ - República Checa 4,2 -0,7 -1,1 1,2 3,9 2,6 1,5 3,2 4,7 6,0 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 2,8 3,2 2,2 2,6 3,5 0,7 0,5 0,7 1,9 3,1 Denmark - DKDE - Alemanha 1,0 1,8 2,0 2,0 3,2 1,2 0,1 -0,2 1,6 1,0 Germany - DEEE - Estónia 4,4 11,1 4,4 0,3 7,9 6,5 7,2 6,7 7,8 9,8 Estonia - EEGR - Grécia 2,4 3,6 3,4 3,4 4,5 5,1 3,8 4,8 4,7 3,7 Greece - GRES - Espanha 2,4 3,9 4,5 4,7 5,0 3,5 2,7 3,0 3,1 3,4 Spain - ESFR - França 1,1 2,2 3,5 3,2 4,0 1,9 1,0 1,1 2,3 1,2 France - FR IE - Irlanda 8,3 11,7 8,5 10,7 9,2 6,2 6,1 4,4 4,5 4,7 Ireland - IEIT - Itália 0,7 1,9 1,4 1,9 3,6 1,8 0,3 0,0 1,1 0,0 Italy - ITCY - Chipre 1,8 2,3 5,0 4,8 5,0 4,1 2,1 1,9 3,9 3,8 Cyprus - CYLV - Letónia 3,8 8,3 4,7 4,7 6,9 8,0 6,5 7,2 8,5 10,2 Latvia - LVLT - Lituânia 4,7 7,0 7,3 -1,7 3,9 6,4 6,8 10,5 7,0 7,5 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 1,5 5,9 6,5 8,4 8,4 2,5 3,6 2,0 4,2 4,0 Luxembourg - LUHU - Hungria 1,3 4,6 4,9 4,2 6,0 4,3 3,8 3,4 5,2 4,1 Hungary - HUMT - Malta : 4,9 3,4 4,1 6,4 -0,4 1,7 -2,6 -0,5 2,4 Malta - MTNL - Países Baixos 3,4 4,3 3,9 4,7 3,9 1,9 0,1 -0,1 1,7 1,1 Netherlands - NLAT - Áustria 2,6 1,8 3,6 3,3 3,4 0,8 0,9 1,1 2,4 2,0 Austria - ATPL - Polónia 6,2 7,1 5,0 4,5 4,2 1,1 1,4 3,8 5,3 3,2 Poland - PLPT - Portugal 3,6 4,2 4,8 3,9 3,9 2,0 0,8 -1,1 1,2 0,4 Portugal - PTSI - Eslovénia 3,7 4,8 3,9 5,4 4,1 2,7 3,5 2,7 4,2 3,9 Slovenia - SISK - Eslováquia 6,1 4,6 4,2 1,5 2,8 3,2 4,1 4,2 5,4 6,1 Slovakia - SKFI - Finlândia 3,8 6,2 5,0 3,4 5,0 1,0 2,2 2,4 3,6 2,1 Finland - FISE - Suécia 1,3 2,3 3,7 4,5 4,3 1,1 2,0 1,7 3,7 2,7 Sweden - SEUK - Reino Unido 2,8 3,0 3,3 3,0 3,8 2,4 2,1 2,7 3,3 1,9 United Kingdom - UK

UE 25 1,8 2,7 2,9 3,0 3,9 1,9 1,2 1,2 2,4 1,6 EU 25UE 15 1,7 2,6 2,9 3,0 3,9 1,9 1,1 1,1 2,3 1,5 EU 15Área euro (12 países) 1,5 2,5 2,8 3,0 3,9 1,9 0,9 0,8 2,1 1,3 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; f - previsão. Source: Eurostat, "Structural Indicators";f - forecast.

1997 2004 2005

2000 2002

2000 2001 2002 2003

20011998 1999

1996 1998 1999

20052003 20041996 1997

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 3

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Comparações Internacionais

C. PIB em PPC por Empregado (UE 25 =100) C. GDP in PPS per Person Employed (EU 25 =100)

BE - Bélgica 126,9 126,5 125,5 125,0 125,9 126,3 127,5 128,4 128,5 128,1 Belgium - BECZ - República Checa 57.6 (e) 56.1 (e) 56.0 (e) 58,5 58,5 59,6 59,9 62,0 64,2 68,4 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 100,8 101,3 100,6 103,7 105,0 104,5 102,0 103,0 103,8 106,1 Denmark - DKDE - Alemanha 106,0 105,1 103,8 103,2 101,2 100,2 99,7 100,3 100,1 102,0 Germany - DEEE - Estónia 32.9 (e) 35.9 (e) 37.7 (e) 39,2 42,4 43,5 45,7 47,9 50,9 55,9 Estonia - EEGR - Grécia : : : : : : : : : : Greece - GRES - Espanha 102,3 99,8 99,1 100,2 97,6 97,3 98,6 99,8 99,1 98,9 Spain - ESFR - França 121,4 123,0 123,7 122,9 122,0 122,2 120,3 120,5 119,0 119,2 France - FR IE - Irlanda 114,5 120,6 118,9 120,0 121,6 123,7 127,6 128,1 129,1 126.7 (f) Ireland - IEIT - Itália 123,0 122,0 123,2 122,5 121,2 118,6 115,0 111,7 110,2 108,2 Italy - ITCY - Chipre 75.2 (e) 75.8 (e) 77.8 (e) 74,8 79,3 78,7 77,3 73,7 75,3 75,7 Cyprus - CYLV - Letónia 32.1 (e) 32.7 (e) 33.9 (e) 35,6 38,3 39,4 40,2 41,3 42,6 46,2 Latvia - LVLT - Lituânia 34.3 (e) 35.9 (e) 38.3 (e) 38,1 41,0 44,8 44,8 47,1 49,5 52,5 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 152,0 146,5 145,7 160,4 159,2 148,0 149,3 156,6 157,3 160,8 Luxembourg - LUHU - Hungria 57.0 (e) 58.5 (e) 59.6 (e) 59,4 60,6 64,2 66,6 66,8 68,1 69,1 Hungary - HUMT - Malta : : : : 90,2 85,5 86,5 83,8 81,1 80,2 Malta - MTNL - Países Baixos 103,9 104,0 103,6 104,0 105,0 107,0 105,8 106,2 107,8 108,2 Netherlands - NLAT - Áustria : : : : : : : : : : Austria - ATPL - Polónia 44.5 (e) 45.6 (e) 46.2 (e) 49,1 51,3 50,3 51,5 59,5 62,0 62.2 (f) Poland - PLPT - Portugal 67,9 68,8 69,8 71,9 72,0 71,4 71,3 65.9 (f) 65.9 (f) 65.6 (f) Portugal - PTSI - Eslovénia 63.1 (e) 66.3 (e) 68.2 (e) 70,1 69,8 71,2 70,9 72,4 75,0 75,8 Slovenia - SISK - Eslováquia 46.6 (e) 48.5 (e) 50.2 (e) 51,7 54,5 55,9 59,0 58,8 60,3 62,2 Slovakia - SKFI - Finlândia 105,1 107,9 110,7 108,2 109,4 108,8 107,6 106,7 107,7 106,7 Finland - FISE - Suécia 103,3 104,7 103,6 106,6 106,7 102,6 101,4 103,9 106,3 104,5 Sweden - SEUK - Reino Unido 100,0 101,4 102,1 102,6 103,4 104,9 107,3 107,0 107,1 106,7 United Kingdom - UK

UE 25 : : : : : : : : : : EU 25UE 15 108,1 108,2 108,1 108,2 107,5 107,1 106,8 106,6 106,3 106,3 EU 15Área euro (12 países) 110,2 109,9 109,7 109,5 108,5 107,8 107,0 106,7 106,2 106,3 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; e - estimativa; f - previsão. Source: Eurostat, "Structural Indicators"; e - estimate; f - forecast.

D. Taxa de Crescimento dos Custos Unitários de Trabalho (%) D. Unit Labour Cost Growth (%)

BE - Bélgica -2,6 0,0 -0,8 -0,9 1,0 -1,5 2,2 0,4 -0,9 -2,1 -0,2 Belgium - BECZ - República Checa : 3,7 3,4 -3,1 0,8 -0,4 0,2 3,2 1,0 -1,9 -3,5 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 0,2 0,3 -0,6 2,1 0,5 -2,4 1,9 0,9 -0,1 -1,9 -1,4 Denmark - DKDE - Alemanha 0,0 -0,5 -1,4 -0,4 0,1 1,3 -0,4 -0,7 -0,4 -1,7 -1,4 Germany - DEEE - Estónia -2,6 -6,7 -1,8 -0,8 4,7 -5,7 -3,2 -0,2 2,8 -0,1 -2,1 Estonia - EEGR - Grécia : : : : : : : : : : 0,4 Greece - GRES - Espanha -4,2 0,1 -0,4 -0,6 -0,7 -0,6 -0,9 -1,4 -1,0 -1,2 -2,1 Spain - ESFR - França -0,3 -0,4 -1,0 -1,0 1,1 -0,3 0,3 0,6 -0,1 -0,6 0,0 France - FR IE - Irlanda -6,3 -2,3 -4,3 -1,6 -3,6 -1,9 -1,4 -4,1 1,0 1,8 2.6 (f) Ireland - IEIT - Itália -3,3 0,3 0,3 -4,6 -0,3 -1,5 0,3 -0,2 0,3 -0,6 0,6 Italy - ITCY - Chipre : 2,0 0,2 -3,0 6,3 -4,2 -1,6 3,0 4,0 -1,5 -1,2 Cyprus - CYLV - Letónia : 4,8 1,8 -3,3 -3,4 -6,9 -3,9 -4,2 1,9 0,3 -3,3 Latvia - LVLT - Lituânia -2,0 6,1 1,7 1,7 2,6 -8,1 -5,3 2,2 1,9 -1,7 -2,0 Lithuania - LTLU - Luxemburgo -11,7 0,1 2,0 -0,5 -4,2 0,6 6,7 0,5 -3,0 1,2 -0.7 (f) Luxembourg - LUHU - Hungria -8,7 -2,6 -2,3 -1,8 -4,0 0,5 3,1 -0,2 0,5 1,1 2.3 (f) Hungary - HUMT - Malta : : -2,3 0,5 -1,1 -3,4 5,3 -0,8 3,3 1,1 -2,3 Malta - MTNL - Países Baixos -1,2 -0,8 -1,2 0,9 -0,4 -1,1 -0,4 0,9 0,7 -0,9 -1,0 Netherlands - NLAT - Áustria : : : : : : : : : : : Austria - ATPL - Polónia : 2,7 0,0 -1,0 -1,5 -2,3 2,9 -4,3 -3,5 -5,7 -1.9 (f) Poland - PLPT - Portugal -6,0 1,4 -0,5 -0,5 1,0 1,1 -0,1 -0,6 2,6 -1.1 (f) 0.2 (f) Portugal - PTSI - Eslovénia 4,3 -3,4 -2,8 -2,1 -2,6 3,3 0,4 -1,3 -1,0 0,6 0.8 (f) Slovenia - SISK - Eslováquia 3,8 -1,0 2,1 2,8 -3,7 -1,5 -1,5 -0,3 1,1 -2,6 -1,1 Slovakia - SKFI - Finlândia -2,8 0,6 -3,4 -2,1 1,6 -2,0 1,9 -0,4 0,5 0,3 1,0 Finland - FISE - Suécia -3,0 4,0 -0,6 -0,1 -1,9 4,1 3,2 -0,6 -1,0 -1,4 0,3 Sweden - SEUK - Reino Unido -1,2 -2,8 0,0 1,0 0,6 1,8 1,2 -0,8 -0,4 -0,6 1.6 (f) United Kingdom - UK

UE 25 : -0,7 -0,9 -0,7 0,3 0,0 0,2 -0,4 -0,3 -1,0 -0,4 EU 25UE 15 : -0,8 -0,9 -0,6 0,3 0,1 0,2 -0,3 -0,2 -0,9 -0,2 EU 15Área euro (12 países) : -0,8 -1,2 -1,2 0,2 -0,6 -0,2 -0,3 -0,1 -1,1 -0,7 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; f - previsão; Source: Eurostat, "Structural Indicators"; f - forecast.

1995 1996 1997

1996 1997 1998 20021999

1998 1999 2000 2001

2000 2001 2003 2004 2005

2002 2003 2004 2005

4 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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Comparações Internacionais

E. Taxa de Crescimento do Emprego Total (%) E. Total Employment Growth (%)

BE - Bélgica 1,5 0,3 0,5 1,6 1,3 2,0 1,4 -0,2 -0,1 0,6 0,9 Belgium - BECZ - República Checa 0,7 0,2 -0,7 -1,4 -2,1 -0,7 -0,1 0,8 3,1 0,4 0,7 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 0,9 1,0 1,2 1,5 1,0 0,4 0,8 -0,1 -1,2 0,0 0,7 Denmark - DKDE - Alemanha 0,2 -0,3 -0,1 1,2 1,4 1,9 0,4 -0,6 -1,0 0,4 -0,2 Germany - DEEE - Estónia -6,2 -2,3 0,0 -1,9 -4,4 -1,5 0,9 1,3 1,4 0,0 2,0 Estonia - EEGR - Grécia 0.9 (e) -0.4 (e) -0.5 (e) 2.9 (e) 0.3 (e) 0.5 (e) 0.3 (e) 0.2 (e) 1.5 (e) 3.4 (e) 0.9 (e) Greece - GRES - Espanha 1,9 1,7 3,6 4,5 4,6 5,1 3,2 2,4 2,6 2,6 3,6 Spain - ESFR - França 0,9 0,4 0,4 1,5 2,0 2,7 1,8 0,6 0,1 0,0 0,3 France - FR IE - Irlanda 4,4 3,6 5,6 8,6 6,2 4,6 3,0 1,8 2,0 3,1 4,7 Ireland - IEIT - Itália -0,2 0,6 0,3 1,0 1,1 1,9 2,2 1,6 1,5 0,3 0,2 Italy - ITCY - Chipre : : -0,3 1,0 7.9 (b) 5,7 4,6 2,0 1.1 (f) 1.5 (f) 1.5 (f) Cyprus - CYLV - Letónia -10,4 -1,9 4,4 -0,3 -1,8 -2,9 2,2 2,3 1,0 1,1 1,5 Latvia - LVLT - Lituânia : (b) 0,9 0,6 -0,8 -2,2 -4,0 -3,3 4,0 2,3 -0,1 2,6 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 2,5 2,6 3,1 4,5 5,0 5,5 5,6 2,9 1,8 2,3 2,9 Luxembourg - LUHU - Hungria : -0,5 0,2 1,8 3,4 1,3 0,3 0,0 1,3 -0,7 0,0 Hungary - HUMT - Malta 3,1 1,5 0,0 0,0 0,7 8,4 1,8 0,6 1,0 -0,8 1,5 Malta - MTNL - Países Baixos 1,5 2,3 3,2 2,6 2,6 2,2 2,0 0,5 -0,6 -1,4 -0,4 Netherlands - NLAT - Áustria -0.2 (i) 0.4 (i) 0.9 (i) 1.3 (i) 1.6 (i) 1.0 (i) 0.6 (i) -0.1 (i) 0.1 (i) 0.0 (i) 0.9 (i) Austria - ATPL - Polónia : 1,9 2,8 2,3 -2,7 -2,3 1,5 -1,9 -1.2 (e) -0,3 0,9 Poland - PLPT - Portugal : : : : 1,9 1,7 1,6 0,5 -0.4 (f) 0.1 (f) 0.0 (f) Portugal - PTSI - Eslovénia : -2,0 -1,9 -0,2 1,4 0,8 0,5 1,5 -0,2 0,4 0,7 Slovenia - SISK - Eslováquia 0,2 2,3 -1,2 -0,4 -2,7 -1,8 0,6 -0,5 1,8 -0,3 1,4 Slovakia - SKFI - Finlândia 1,8 1,4 3,3 2,0 2,5 2,2 1,5 1,0 0,1 0,4 1,1 Finland - FISE - Suécia 1,5 -0,8 -1,3 1,6 2,1 2,4 1,9 0,2 -0,3 -0,5 0,3 Sweden - SEUK - Reino Unido 1,2 0,9 1,8 1,0 1,4 1,2 0,8 0,8 1,0 1,0 1,0 United Kingdom - UK

UE 25 : 0,6 1,1 1,6 1,3 1,6 1,3 0,5 0,4 0,5 0,9 EU 25UE 15 0,8 0,6 1,0 1,7 1,9 2,2 1,4 0,7 0,4 0,6 0,7 EU 15Área euro (12 países) 0,7 0,6 0,9 1,9 2,0 2,4 1,6 0,7 0,4 0,6 0,7 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; e - estimativa; f - previsão. Source: Eurostat, "Structural Indicators"; e - estimate; f - forecast.

F. Taxa de Emprego Total (%) F. Total Employment Rate (%)

BE - Bélgica 55,7 56,1 56,2 56,8 57,4 59,3 60,5 59,9 59,9 59,6 60,3 Belgium - BECZ - República Checa : : : : 67,3 65,6 65,0 65,0 65,4 64,7 64,2 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 72,3 73,4 73,8 74,9 75,1 76,0 76,3 76,2 75,9 75,1 75,7 Denmark - DKDE - Alemanha 64,7 64,6 64,1 63,7 63,9 65,2 65,6 65,8 65,4 65,0 65,0 Germany - DEEE - Estónia : : : : 64,6 61,5 60,4 61,0 62,0 62,9 63,0 Estonia - EEGR - Grécia 54,2 54,7 55,0 55,1 56,0 55,9 56,5 56,3 57,5 58,7 59,4 Greece - GRES - Espanha 46,1 46,9 47,9 49,5 51,3 53,8 56,3 57,8 58,5 59,8 61,1 Spain - ESFR - França 59,1 59,5 59,5 59,6 60,2 60,9 62,1 62,8 63,0 63,3 63,1 France - FR IE - Irlanda 53,0 54,4 55,4 57,6 60,6 63,3 65,2 65,8 65,5 65,5 66,3 Ireland - IEIT - Itália 51,4 51,0 51,2 51,3 51,9 52,7 53,7 54,8 55,5 56,1 57.6 (b) Italy - ITCY - Chipre : : : : : : 65,7 67,8 68,6 69,2 68,9 Cyprus - CYLV - Letónia : : : : 59,9 58,8 57,5 58,6 60,4 61,8 62,3 Latvia - LVLT - Lituânia : : : : 62,3 61,7 59,1 57,5 59,9 61,1 61,2 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 59,9 58,7 59,2 59,9 60,5 61,7 62,7 63,1 63,4 62,2 62,5 Luxembourg - LUHU - Hungria : : 52,1 52,4 53,7 55,6 56,3 56,2 56,2 57,0 56,8 Hungary - HUMT - Malta : : : : : : 54,2 54,3 54,4 54,2 54,0 Malta - MTNL - Países Baixos 64,0 64,7 66,3 68,5 70,2 71,7 72,9 74,1 74,4 73,6 73,1 Netherlands - NLAT - Áustria 68,5 68,8 67,8 67,8 67,9 68,6 68,5 68,5 68,7 68,9 67.8 (b) Austria - ATPL - Polónia : : : 58,9 59,0 57,6 55,0 53,4 51,5 51,2 51,7 Poland - PLPT - Portugal 64,1 63,7 64,1 65,7 66.8 (b) 67,4 68,4 69,0 68,8 68,1 67,8 Portugal - PTSI - Eslovénia : : 61,6 62,6 62,9 62,2 62,8 63,8 63,4 62,6 65,3 Slovenia - SISK - Eslováquia : : : : 60,6 58,1 56,8 56,8 56,8 57,7 57,0 Slovakia - SKFI - Finlândia 60,3 61,6 62,4 63,3 64,6 66,4 67,2 68,1 68,1 67,7 67,6 Finland - FISE - Suécia 70,2 70,9 70,3 69,5 70,3 71,7 73,0 74,0 73,6 72,9 72,1 Sweden - SEUK - Reino Unido 67,9 68,5 69,0 69,9 70,5 71,0 71.2 (b) 71,4 71,3 71,5 71,6 United Kingdom - UK

UE 25 : : 60,6 61,2 61,9 62,4 62,8 62,8 62,9 63,3 63,8 EU 25UE 15 60,1 60,3 60,7 61,4 62,5 63,4 64,0 64,2 64,3 64,7 65,2 EU 15Área euro (12 países) 58,0 58,1 58,4 59,2 60,4 61,5 62,2 62,4 62,6 63,0 63,5 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; b - quebra de série. Source: Eurostat, "Structural Indicators"; b- break in series.

1999 2000 2001 20021995 1996 1997 1998

1995 1996 1997 20011998 1999 2000 2002 2003 2004

20042003

2005

2005

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Comparações Internacionais

G. Taxa de Desemprego Total (%) G. Total Unemployment Rate (%)

BE - Bélgica 9,7 9,5 9,2 9,3 8,5 6,9 6,6 7,5 8,2 8,4 8,4 Belgium - BECZ - República Checa : : : 6,4 8,6 8,7 8,0 7,3 7,8 8,3 7,9 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 6,7 6,3 5,2 4,9 5,2 4,3 4,5 4,6 5,4 5,5 4,8 Denmark - DKDE - Alemanha 8 8,5 9,1 8,8 7,9 7,2 7,4 8,2 9,0 9,5 9,5 Germany - DEEE - Estónia : : 9,6 9,2 11,3 12,8 12,4 10,3 10,0 9,7 7,9 Estonia - EEGR - Grécia 9,2 9,6 9,8 10,9 12,0 11,3 10,8 10,3 9,7 10,5 9,8 Greece - GRES - Espanha 18,4 17,8 16,7 15,0 12,5 11,1 10,3 11,1 11,1 10,7 9,2 Spain - ESFR - França 11,1 11,6 11,5 11,1 10,5 9,1 8,4 8,9 9,5 9,6 9,5 France - FR IE - Irlanda 12,3 11,7 9,9 7,5 5,7 4,3 4,0 4,5 4,7 4,5 4,3 Ireland - IEIT - Itália 11,2 11,2 11,3 11,3 10,9 10,1 9,1 8,6 8,4 8,0 7,7 Italy - ITCY - Chipre : : : : : 4,8 3,9 3,6 4,1 4,7 5,3 Cyprus - CYLV - Letónia : : : 14,3 14,0 13,7 12,9 12,2 10,5 10,4 8,9 Latvia - LVLT - Lituânia : : : 13,2 13,7 16,4 16,5 13,5 12,4 11,4 8,3 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 2,9 2,9 2,7 2,7 2,4 2,3 2,1 2,8 3,7 5,1 4,5 Luxembourg - LUHU - Hungria : 9,6 9,0 8,4 7,0 6,4 5,7 5,8 5,9 6,1 7,2 Hungary - HUMT - Malta : : : : : 6,7 7,6 7,5 7,6 7,3 7,3 Malta - MTNL - Países Baixos 6,6 6,0 4,9 3,8 3,2 2,8 2,2 2,8 3,7 4,6 4,7 Netherlands - NLAT - Áustria 3,9 4,3 4,4 4,5 3,9 3,6 3,6 4,2 4,3 4,8 5,2 Austria - ATPL - Polónia : : 10,9 10,2 13,4 16,1 18,2 19,9 19,6 19,0 17,7 Poland - PLPT - Portugal 7,3 7,3 6,8 5,1 4,5 4,0 4,0 5,0 6,3 6,7 7,6 Portugal - PTSI - Eslovénia : 6,9 6,9 7,4 7,3 6,7 6,2 6,3 6,7 6,3 6,5 Slovenia - SISK - Eslováquia : : : 12,6 16,4 18,8 19,3 18,7 17,6 18,2 16,3 Slovakia - SKFI - Finlândia 15,4 14,6 12,7 11,4 10,2 9,8 9,1 9,1 9,0 8,8 8,4 Finland - FISE - Suécia 8,8 9,6 9,9 8,2 6,7 5,6 4,9 4,9 5,6 6,3 7.8 (p) Sweden - SEUK - Reino Unido 8,5 7,9 6,8 6,1 5,9 5,4 5,0 5,1 4,9 4,7 4,7 United Kingdom - UK

UE 25 : : : 9,4 9,1 8,6 8,4 8,8 9,0 9,1 8,7 EU 25UE 15 10,1 10,2 9,9 9,3 8,6 7,7 7,3 7,6 8,0 8,1 7,9 EU 15Área euro (12 países) 10,5 10,7 10,6 10,1 9,2 8,2 7,9 8,3 8,7 8,9 8,6 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais". Source: Eurostat, "Structural Indicators".

H. Taxa de Inflação (%) H. Inflation Rate (%)

BE - Bélgica : 1,5 0,9 1,1 2,7 2,4 1,6 1,5 1,9 2,5 Belgium - BECZ - República Checa : 8,0 9,7 1,8 3,9 4,5 1,4 -0,1 2,6 1,6 Czech Republic - CZDK - Dinamarca : 2,0 1,3 2,1 2,7 2,3 2,4 2,0 0,9 1,7 Denmark - DKDE - Alemanha : 1,5 0,6 0,6 1,4 1,9 1,4 1,0 1,8 1,9 Germany - DEEE - Estónia : 9,3 8,8 3,1 3,9 5,6 3,6 1,4 3,0 4,1 Estonia - EEGR - Grécia : 5,4 4,5 2,1 2,9 3,7 3,9 3,4 3,0 3,5 Greece - GRES - Espanha : 1,9 1,8 2,2 3,5 2,8 3,6 3,1 3,1 3,4 Spain - ESFR - França : 1,3 0,7 0,6 1,8 1,8 1,9 2,2 2,3 1,9 France - FR IE - Irlanda : 1.3 (e) 2,1 2,5 5,3 4,0 4,7 4,0 2,3 2,2 Ireland - IEIT - Itália : 1,9 2,0 1,7 2,6 2,3 2,6 2,8 2,3 2,2 Italy - ITCY - Chipre : 3,3 2,3 1,1 4,9 2,0 2,8 4,0 1,9 2,0 Cyprus - CYLV - Letónia : 8,1 4,3 2,1 2,6 2,5 2,0 2,9 6,2 6,9 Latvia - LVLT - Lituânia : 10,3 5,4 1,5 1,1 1,6 0,3 -1,1 1,2 2,7 Lithuania - LTLU - Luxemburgo : 1,4 1,0 1,0 3,8 2,4 2,1 2,5 3,2 3,8 Luxembourg - LUHU - Hungria : 18.5 (i) 14.2 (i) 10.0 (i) 10.0 (i) 9.1 (i) 5,2 4,7 6,8 3,5 Hungary - HUMT - Malta : 3,9 3,7 2,3 3,0 2,5 2,6 1,9 2,7 2,5 Malta - MTNL - Países Baixos : 1,9 1,8 2,0 2,3 5,1 3,9 2,2 1,4 1,5 Netherlands - NLAT - Áustria : 1,2 0,8 0,5 2,0 2,3 1,7 1,3 2,0 2,1 Austria - ATPL - Polónia : 15.0 (ei) 11.8 (ei) 7.2 (ei) 10,1 5,3 1,9 0,7 3,6 2,2 Poland - PLPT - Portugal : 1,9 2,2 2,2 2,8 4,4 3,7 3,3 2,5 2,1 Portugal - PTSI - Eslovénia : 8,3 7,9 6,1 8,9 8,6 7,5 5,7 3,7 2,5 Slovenia - SISK - Eslováquia : 6,0 6,7 10,4 12,2 7,2 3,5 8,4 7,5 2,8 Slovakia - SKFI - Finlândia : 1,2 1,3 1,3 2,9 2,7 2,0 1,3 0,1 0,8 Finland - FISE - Suécia : 1,8 1,0 0,5 1,3 2,7 1,9 2,3 1,0 0,8 Sweden - SEUK - Reino Unido : 1,8 1,6 1,3 0,8 1,2 1,3 1,4 1,3 2,1 United Kingdom - UK

UE 25 : 2.6 (ei) 2.1 (ei) 1.6 (ei) 2.4 (i) 2.5 (i) 2,1 1,9 2,1 2,2 EU 25UE 15 : 1.7 (e) 1,3 1,2 1,9 2,2 2,1 2,0 2,0 2,1 EU 15Área euro (12 países) : 1.7 (e) 1,2 1,1 2,1 2,4 2,3 2,1 2,1 2,2 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais". Source: Eurostat, "Structural Indicators".e-estimativa; i - os dados antes de 1995 são baseados numa proxy do IHPC. IHPC base 2005=100 e-estimate; i - data before 1995 are a proxy HICP. HICP base year 2005=100

1995 2005

2004 20051997 1998 1999

1996 1997 1998 1999 20022000 2001 2003 2004

2000 2001 2002 2003

6 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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Comparações Internacionais

I. Saldo Global das Administrações Públicas (% do PIB) I. Gen. Gov. Overall Balance (% of GDP)

BE - Bélgica -4,3 -3,8 -2,0 -0,7 -0,4 0.2 (r) 0,6 0,0 0,1 0,0 0,1 Belgium - BECZ - República Checa : : -2,5 -5.0 (r) -3.6 (r) -3.7 (r) -5,9 -6,8 -6,6 -2,9 -2,6 Czech Republic - CZDK - Dinamarca -3.1 (r) -1.9 (r) -0.5 (r) 0.2 (r) 2.4 (r) 1.7 (r) 2,6 1,2 1,0 2,7 4,9 Denmark - DKDE - Alemanha -3,3 -3,4 -2,7 -2,2 -1,5 1.3 (r) -2,9 -3,7 -4,0 -3,7 -3,3 Germany - DEEE - Estónia : : 1,9 -0,3 -3,7 -0.6 (r) 0,3 1,0 2,4 1,5 1,6 Estonia - EEGR - Grécia -10,2 -7,4 -4,0 -2,5 -1,8 -4.1 (r) -6,1 -4,9 -5,8 -6,9 -4,5 Greece - GRES - Espanha : -4,9 -3,2 -3.0 (r) -1,2 -0.9 (r) -0,5 -0,3 0,0 -0,1 1,1 Spain - ESFR - França -5,5 -4,1 -3,0 -2,7 -1,8 -1.4 (r) -1,6 -3,2 -4,2 -3,7 -2,9 France - FR IE - Irlanda -2.1 (r) -0.1 (r) 1.1 (r) 2,4 2,4 4.4 (r) 0,8 -0,4 0,2 1,5 1,0 Ireland - IEIT - Itália -7,6 -7,1 -2,7 -2,8 -1,7 -0,6 -3,2 -2,9 -3,4 -3,4 -4,1 Italy - ITCY - Chipre : : : -4.3 (r) -4.5 (r) -2,4 -2,3 -4,5 -6,3 -4,1 -2,4 Cyprus - CYLV - Letónia : : : -0,6 -4,9 -2.8 (r) -2,1 -2,3 -1,2 -0,9 0,2 Latvia - LVLT - Lituânia : : -1,1 -3,0 -5,6 -2,5 -2,0 -1,4 -1,2 -1,5 -0,5 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 2,1 1,9 3,2 3.2 (r) 3.7 (r) 6.0 (r) 6,1 2,0 0,2 -1,1 -1,9 Luxembourg - LUHU - Hungria : : -6,8 -8,0 -5,6 -3.0 (r) -3,5 -8,4 -6,4 -5,4 -6,1 Hungary - HUMT - Malta : : -10,7 -10,8 -7,6 -6.2 (r) -6,6 -5,6 -10,2 -5,1 -3,3 Malta - MTNL - Países Baixos -4,2 -1,8 -1,1 -0,8 0,7 2,2 -0,2 -2,0 -3,1 -1,9 -0,3 Netherlands - NLAT - Áustria -5.6 (r) -3.9 (r) -1.8 (r) -2.3 (r) -2.2 (r) -1.5 (r) 0,1 -0,5 -1,5 -1,1 -1,5 Austria - ATPL - Polónia : : -4,0 -2,1 -1,4 -0.7 (r) -3,7 -3,2 -4,7 -3,9 -2,5 Poland - PLPT - Portugal -4,5 -4,0 -3,0 -2,6 -2,8 -2,8 -4,2 -2,9 -2,9 -3,2 -6,0 Portugal - PTSI - Eslovénia : : : -2,2 -2,1 -3.5 (r) -3,9 -2,7 -2,8 -2,3 -1,8 Slovenia - SISK - Eslováquia : : -5,5 -4,7 -6,4 -12,3 -6,6 -7,7 -3,7 -3,0 -2,9 Slovakia - SKFI - Finlândia -3,7 -3,2 -1,5 1,5 2,2 7,1 5,2 4,1 2,5 2,3 2,6 Finland - FISE - Suécia -7.0 (r) -2.7 (r) -0.9 (r) 1.8 (r) 2.5 (r) 5,1 2,5 -0,2 0,1 1,8 2,9 Sweden - SEUK - Reino Unido -5,7 -4,3 -2,0 0,2 1,0 3.8 (r) 0,7 -1,6 -3,3 -3,3 -3,6 United Kingdom - UK

UE 25 : : : -1.7 (r) -0.8 (r) 0.8 (r) -1,3 -2,3 -3,0 -2,6 -2,3 EU 25UE 15 : -4.2 (r) -2.4 (r) -1.6 (r) -0.7 (r) 1.0 (r) -1,2 -2,2 -2,9 -2,6 -2,3 EU 15Área euro (12 países) : -4.3 (r) -2.6 (r) -2.2 (r) -1.3 (r) 0.1 (r) -1,9 -2,5 -3,0 -2,8 -2,4 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; r - valores revistos. Source: Eurostat, "Structural Indicators"; r - revised.

J. Dívida Pública (% do PIB) J. General Government Debt (% of GDP)

BE - Bélgica 134,0 130,2 124,8 119,6 114,8 109.1 (r) 108,0 103,2 98,5 94,7 93,3 Belgium - BECZ - República Checa : : 12,2 12,9 13,4 18.2 (r) 26,3 28,8 30,0 30,6 30,5 Czech Republic - CZDK - Dinamarca 73.2 (r) 69.7 (r) 65.7 (r) 61.2 (r) 57.7 (r) 52.3 (r) 48,0 46,8 44,4 42,6 35,8 Denmark - DKDE - Alemanha 57,0 59,8 61,0 60,9 61,2 60,2 59,6 60,3 63,8 65,5 67,7 Germany - DEEE - Estónia : : 6,4 5,6 6,0 4,7 4,7 5,5 6,0 5,4 4,8 Estonia - EEGR - Grécia 108,7 111,3 108,2 105,8 105,2 114.0 (r) 114,4 110,7 107,8 108,5 107,5 Greece - GRES - Espanha 63,9 68,1 66,6 64,6 63,1 61.1 (r) 56,3 52,5 48,9 46,4 43,2 Spain - ESFR - França 54,6 57,1 59,3 59,5 58,5 56.8 (r) 56,8 58,2 62,4 64,4 66,8 France - FR IE - Irlanda 81,8 73,3 64,5 53,8 48,6 38.3 (r) 35,9 32,1 31,1 29,4 27,6 Ireland - IEIT - Itália 124,3 123,1 120,5 116,7 115,5 111.2 (r) 110,9 105,5 104,2 103,8 106,4 Italy - ITCY - Chipre : : : 61,6 62,0 61.6 (r) 61,9 65,2 69,7 71,7 70,3 Cyprus - CYLV - Letónia : : : 9,8 12,6 12,9 15,0 13,5 14,4 14,6 11,9 Latvia - LVLT - Lituânia : : 15,2 16,5 23,0 23,8 22,9 22,3 21,2 19,5 18,7 Lithuania - LTLU - Luxemburgo 6,7 7,2 6,8 6,3 5,9 5.5 (r) 6,7 6,5 6,3 6,6 6,2 Luxembourg - LUHU - Hungria : : 64,2 61,9 61,2 55,4 52,2 55,0 56,7 57,1 58,4 Hungary - HUMT - Malta : : 51,5 64,9 56,8 56.4 (r) 63,5 61,2 71,3 76,2 74,7 Malta - MTNL - Países Baixos 77,2 75,2 69,9 66,8 63,1 55,9 51,5 50,5 51,9 52,6 52,9 Netherlands - NLAT - Áustria 67,9 67,6 63,8 64.2 (r) 66.5 (r) 67.0 (r) 67,0 66,0 64,4 63,6 62,9 Austria - ATPL - Polónia : : 44,0 39,1 40,3 36,8 36,7 39,8 43,9 41,9 42,5 Poland - PLPT - Portugal 64,3 62,9 59,1 55,0 54,3 53,3 53,6 55,5 57,0 58,7 63,9 Portugal - PTSI - Eslovénia : : : 23,6 24,9 27,4 28,4 29,7 29,1 29,5 29,1 Slovenia - SISK - Eslováquia : 30,6 33,1 34,0 47,2 49,9 49,2 43,3 42,7 41,6 34,5 Slovakia - SKFI - Finlândia 57,1 57,1 54,1 48,6 47,0 44.6 (r) 43,6 41,3 44,3 44,3 41,1 Finland - FISE - Suécia 73.7 (r) 73,5 70,6 68.1 (r) 62.7 (r) 52,8 54,3 52,0 51,8 50,5 50,3 Sweden - SEUK - Reino Unido 51,8 52,3 50,8 47,7 45,1 42.0 (r) 38,7 37,6 39,0 40,8 42,8 United Kingdom - UK

UE 25 : : : 67.5 (r) 66.7 (r) 62.9 (r) 62,0 60,5 62,0 62,4 63,4 EU 25UE 15 70.8 (r) 72.6 (r) 71.0 (r) 68.9 (r) 67.9 (r) 64.1 (r) 63,1 61,5 63,1 63,4 64,6 EU 15Área euro (12 países) 73,6 75,2 74,9 74.2 (r) 72.7 (r) 70.4 (r) 69,3 68,1 69,3 69,8 70,8 Euro areaFonte: Eurostat, "Indicadores Estruturais"; r - valores revistos. Source: Eurostat, "Structural Indicators.; r - revised.

2002 2003 2004

20042003

2005

2005

1995 1996 1997 20011998 1999 2000

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 7

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A. População

A.1. População Residente por Grupo Etário - Censos

1950a

19601970198119912001

1950a

19601970198119912001

Fonte: INE, "Censos".a População Presente.

A.2. População Residente por Sexo e Grupo Etário - Censos

1950a 1 266,8 1 221,3 784,5 788,2 1 777,2 2 013,8 231,7 357,8 4 060,3 4 381,01960 1 319,5 1 272,5 702,8 749,7 1 951,7 2 184,8 280,5 428,1 4 254,4 4 635,01970 1 245,5 1 206,4 653,4 705,5 1 857,7 2 109,9 332,5 500,2 4 089,2 4 522,01981 1 279,7 1 228,9 819,5 808,6 2 181,7 2 389,1 456,8 668,7 4 737,7 5 095,31991 1 008,6 963,8 814,9 795,9 2 375,7 2 565,5 557,6 785,2 4 756,8 5 110,42001 847,6 809,0 751,5 728,1 2 692,9 2 833,6 708,2 985,3 5 000,1 5 356,0

1950a 50,9 49,1 49,9 50,1 48,3 51,7 39,3 60,7 48,1 51,91960 50,9 49,1 48,4 51,6 48,1 51,9 39,6 60,4 47,9 52,11970 50,8 49,2 48,1 51,9 47,0 53,0 39,9 60,1 47,5 52,51981 51,0 49,0 50,3 49,7 48,5 51,5 40,6 59,4 48,2 51,81991 51,1 48,9 50,6 49,4 49,0 51,0 41,5 58,5 48,2 51,82001 51,2 48,8 50,8 49,2 48,7 51,3 41,8 58,2 48,3 51,7

Fonte: INE, "Censos".a População Presente.

A.3. População Residente - Estimativas

1997 4 874,1 5 235,51998 4 894,2 5 254,71999 4 918,2 5 276,82000 4 950,7 5 306,02001 5 000,1 5 356,02002 5 030,2 5 377,22003 5 066,3 5 408,42004 5 091,5 5 425,22005 5 115,7 5 446,2

Fonte: INE, "Estatísticas intercensitárias" e "Estatísticas demográficas".

0,40,4

11,4

0,50,5

0,30,4

10 516,710 561,8

53,4100100

7,08,0

100100100100

9,7

8 611,19 833,0

14,3

46,146,5

16,316,6

13,616,4

50,1

15,816,3

3 967,64 570,84 941,25 526,4

44,946,5

Percentagem

9 867,1

1 572,71 452,4

65 e mais anos

3 791,04 136,4

Milhares

8 441,38 889,4

MilharesMilhares Taxa de variação, em %

Homens

Milhares

Mulheres

Taxa de variação, em %

MulheresMulheres Homens

Total

Homens Mulheres Total

0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos

29,5

15-24 anos 25-64 anos

10 109,710 148,9

Percentagem do total do respectivo grupo etário

MulheresHomens MulheresHomensHomens

Taxa de variação, em %Milhares

10 195,010 256,7

10 407,510 474,7

0,40,50,61,0

0,70,50,6

0,40,40,40,60,9

0,6

0,4

1,00,6

0,40,40,50,7

0,410 356,1

589,5708,6

65 e mais anos

10 356,1

832,8

1 342,71 125,5

1 693,5

Total0-14 anos

16,0

1 972,41 656,6

2 488,1

29,2

20,0

28,525,5

18,6

2 592,02 451,92 508,7

1 358,91 628,11 610,81 479,6

8 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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B. Contas Nacionais

B.1. Produto Interno Bruto per capita

199719981999200020012002200320042005

Fonte: Comissão Europeia, Base de dados AMECO, Abril 2006. ppc - paridade poder de compra.

B.2. PIB - Óptica da Despesa

1997r 62 856 17 786 25 109 105 751 27 981 133 732 35 834 97 8981998r 67 702 19 166 29 032 115 899 30 843 146 742 40 343 106 4001999d 72 820 21 257 31 743 125 820 31 873 157 693 43 500 114 1932000d 78 100 23 624 33 861 135 584 36 387 171 971 49 701 122 2702001d 81 800 25 436 35 031 142 267 37 360 179 627 50 319 129 3082002d 85 385 27 144 34 160 146 689 37 879 184 568 49 135 135 4342003p 87 854 27 628 31 363 146 845 38 564 185 409 47 886 137 5232004pr 92 280 29 372 32 767 154 419 40 787 195 206 52 177 143 0292005pr 96 534 31 034 32 875 160 442 42 072 202 514 55 119 147 395

1998r 7,7 7,8 15,6 9,6 10,2 9,7 12,6 8,71999d 7,6 10,9 9,3 8,6 3,3 7,5 7,8 7,32000d 7,3 11,1 6,7 7,8 14,2 9,1 14,3 7,12001d 4,7 7,7 3,5 4,9 2,7 4,5 1,2 5,82002d 4,4 6,7 -2,5 3,1 1,4 2,8 -2,4 4,72003p 2,9 1,8 -8,2 0,1 1,8 0,5 -2,5 1,52004pr 5,0 6,3 4,5 5,2 5,8 5,3 9,0 4,02005pr 4,6 5,7 0,3 3,9 3,2 3,7 5,6 3,1

1998r 5,3 4,3 13,1 7,0 8,5 7,3 14,2 4,71999d 5,2 5,7 7,4 5,8 3,0 5,2 8,6 3,92000d 3,7 3,6 2,1 3,3 8,4 4,3 5,3 3,92001d 1,3 3,3 1,2 1,7 1,8 1,7 0,9 2,02002d 1,3 2,6 -4,7 0,1 1,4 0,4 -0,7 0,82003p 0,1 0,3 -9,7 -2,2 3,7 -0,9 -0,4 -1,12004pr 2,4 2,5 1,8 2,3 4,5 2,8 6,8 1,22005pr 2,0 1,8 -3,7 0,7 0,9 0,8 1,8 0,4

1998r 2,3 3,3 2,3 2,5 1,6 2,3 -1,4 3,81999d 2,3 5,0 1,8 2,6 0,3 2,1 -0,7 3,32000d 3,4 7,3 4,5 4,4 5,3 4,6 8,5 3,02001d 3,4 4,2 2,2 3,2 0,8 2,7 0,3 3,72002d 3,0 4,0 2,4 3,0 -0,1 2,4 -1,7 3,92003p 2,8 1,4 1,7 2,3 -1,8 1,4 -2,1 2,72004pr 2,6 3,8 2,6 2,8 1,2 2,4 2,0 2,82005pr 2,5 3,8 4,1 3,1 2,2 2,9 3,8 2,7Fonte: INE, Contas Nacionais. r - Dados retropolados, resultantes do rebaseamento da base 95 de acordo com os resultados da base 2000. d - Dados das Contas Nacionais Definitivas. p - Dados Provisórios. pr - Dados Preliminares.

Preços correntes, 106 EUR

Taxa de variação em valor, em percentagem

Taxa de variação em volume, em percentagem

Taxa de variação dos preços, em percentagem

11,212,0

Produto Interno Bruto

Despesa de consumo final

dos particulares

Formação bruta de capital

Procura interna

Despesa de consumo final

das APs

Exportações de bens e serviços

Importações de bens e serviçosProcura final

12,613,1

PIB per capita a preços correntes1000 PPCUE15=100

PIB per capita a preços correntes (em ppc)UE15=1001000 EUR

9,810,4

13,213,613,9

13,114,015,116,216,717,115,816,416,7

49,450,551,851,852,853,353,252,852,8

69,571,073,173,172,972,766,866,665,8

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 9

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B. Contas Nacionais

B.3. Produção - Valor Acrescentado Bruto

1997r 3 958,6 2 320,5 16 625,4 6 027,1 15 091,3 5 621,8 11 655,0 24 362,9 85 662,61998r 3 971,4 2 592,3 17 535,8 6 751,2 16 437,7 5 982,6 12 711,3 26 559,5 92 541,81999d 3 950,4 2 619,1 18 206,6 7 223,0 17 183,9 6 487,6 13 744,2 29 577,3 98 992,12000d 4 026,1 2 604,5 18 676,5 8 102,4 18 611,2 7 037,1 14 685,5 32 802,1 106 545,42001d 4 056,4 2 723,6 19 295,9 8 745,9 19 875,1 7 727,3 15 611,5 34 781,5 112 817,22002d 3 909,0 2 926,0 19 675,2 8 943,4 20 767,0 8 025,5 16 230,1 37 274,3 117 750,52003p 4 058,0 3 029,3 19 336,5 7 996,2 20 877,7 8 341,9 16 940,6 38 848,5 119 428,72004pr 4 053,8 3 170,8 19 848,3 8 091,7 21 771,6 8 716,6 17 533,1 41 068,1 124 254,02005pr 3 641,6 3 183,0 20 111,1 8 014,3 22 708,2 8 721,8 17 939,4 42 980,0 127 299,4

1997r 4,6 2,7 19,4 7,0 17,6 6,6 13,6 28,4 100,01998r 4,3 2,8 18,9 7,3 17,8 6,5 13,7 28,7 100,01999d 4,0 2,6 18,4 7,3 17,4 6,6 13,9 29,9 100,02000d 3,8 2,4 17,5 7,6 17,5 6,6 13,8 30,8 100,02001d 3,6 2,4 17,1 7,8 17,6 6,8 13,8 30,8 100,02002d 3,3 2,5 16,7 7,6 17,6 6,8 13,8 31,7 100,02003p 3,4 2,5 16,2 6,7 17,5 7,0 14,2 32,5 100,02004pr 3,3 2,6 16,0 6,5 17,5 7,0 14,1 33,1 100,02005pr 2,9 2,5 15,8 6,3 17,8 6,9 14,1 33,8 100,0

1998r -3,2 8,9 2,7 6,2 4,9 4,9 8,1 2,4 3,91999d 4,6 3,4 -0,2 1,9 2,1 7,0 7,7 3,7 3,32000d -4,2 9,5 2,1 6,3 4,4 9,7 4,0 3,5 3,92001d -3,2 3,6 1,5 2,8 0,8 8,5 5,5 1,7 2,42002d 2,4 0,3 -0,7 -4,0 -1,1 2,8 2,7 2,3 0,82003p -3,1 6,5 -0,7 -12,7 -2,6 0,3 3,2 0,7 -0,72004pr 0,8 5,5 0,2 -1,3 1,7 4,7 -0,4 1,7 1,22005pr -8,4 2,1 -1,6 -4,0 1,8 -1,2 0,8 0,9 -0,2Fonte: INE, Contas Nacionais. r - Dados retropolados, resultantes do rebaseamento da base 95 de acordo com os resultados da base 2000. d - Dados das Contas Nacionais Definitivas. p - Dados Provisórios. pr - Dados Preliminares.

B.4. Consumo das Famílias no Território Económico, por Função de Consumo

1996r 12 937 4 938 7 922 4 350 2 818 9 719 4 486 12 003 59 1731997r 13 351 5 251 8 401 4 719 3 018 10 691 4 858 12 986 63 2751998r 14 557 5 658 8 971 5 183 3 187 11 885 5 141 13 991 68 5731999d 15 313 5 801 9 524 5 509 3 424 13 403 5 514 15 109 73 5972000d 15 852 6 079 10 096 5 902 3 731 14 584 5 998 16 801 79 0432001d 17 112 6 414 10 752 6 015 3 992 14 855 6 234 17 646 83 0202002d 17 776 6 815 11 511 6 293 4 229 14 987 6 641 18 303 86 5552003p 18 411 7 039 12 027 6 300 4 397 14 672 6 927 19 093 88 866

1996r 21,9 8,3 13,4 7,4 4,8 16,4 7,6 20,3 1001997r 21,1 8,3 13,3 7,5 4,8 16,9 7,7 20,5 1001998r 21,2 8,3 13,1 7,6 4,6 17,3 7,5 20,4 1001999d 20,8 7,9 12,9 7,5 4,7 18,2 7,5 20,5 1002000d 20,1 7,7 12,8 7,5 4,7 18,5 7,6 21,3 1002001d 20,6 7,7 13,0 7,2 4,8 17,9 7,5 21,3 1002002d 20,5 7,9 13,3 7,3 4,9 17,3 7,7 21,1 1002003p 20,7 7,9 13,5 7,1 4,9 16,5 7,8 21,5 100Fonte: INE, Contas Nacionais. r - Dados retropolados, resultantes do rebaseamento da base 95 de acordo com os resultados da base 2000. d - Dados das Contas Nacionais Definitivas. p - Dados Provisórios. pr - Dados Preliminares.

Em percentagem do total

Outros serviços

Agricultura, silvicultura e

pesca

Electricidade, gás e água Construção

Habitação, água, electri-

cidade e combustíveis

Mobiliário, equipamento e despesas domésticas

Alimentação, bebidas e

tabaco

IndústriaComércio,

restaurante e hotéis

Transportes e comuni-

cações

Valor acrescen-tado bruto

Actividades financeiras e

imobiliário

Bens e serviços diversos

Total

Preços correntes, 106 EUR

Vestuário e calçado

Cuidados médicos e

despesas de saúde

Transportes e comuni-

cações

Recreio, distracções, educação e

cultura

Preços correntes, 106 EUR

Em percentagem do Valor Acrescentado Bruto nominal

Taxa de variação em volume, em percentagem

10 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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B. Contas Nacionais

B.5. Consumo Público

Efectivas Fictícias

1997r : : : : : : : : : : 17 7861998r : : : : : : : : : : 19 1661999d 12 498 2 305 797 15 600 4 679 1 926 2 090 - 138 2 899 5 658 21 2572000d 13 683 2 599 1 047 17 329 5 295 2 128 2 222 - 151 3 199 6 295 23 6242001d 14 790 2 597 1 129 18 516 5 606 2 120 2 485 - 135 3 155 6 920 25 4362002d 15 634 3 013 1 259 19 907 5 709 2 243 2 729 - 151 3 293 7 237 27 1442003p : : : : : : : : : : 27 6282004pr : : : : : : : : : : 29 3722005pr : : : : : : : : : : 31 034

1997r : : : : : : : : : : 1001998r : : : : : : : : : : 1001999d 58,8 10,8 3,8 73,4 22,0 9,1 9,8 -0,6 13,6 26,6 1002000d 57,9 11,0 4,4 73,4 22,4 9,0 9,4 -0,6 13,5 26,6 1002001d 58,1 10,2 4,4 72,8 22,0 8,3 9,8 -0,5 12,4 27,2 1002002d 57,6 11,1 4,6 73,3 21,0 8,3 10,1 -0,6 12,1 26,7 1002003p : : : : : : : : : : 1002004pr : : : : : : : : : : 1002005pr : : : : : : : : : : 100Fonte: INE, Contas Nacionais. r - Dados retropolados, resultantes do rebaseamento da base 95 de acordo com os resultados da base d - Dados das Contas Nacionais Definitivas. p - Dados Provisórios. pr - Dados Preliminares.

B.6. Formação Bruta de Capital

1997r 265,6 5 717,1 2 659,2 13 322,3 2 727,7 94,5 322,61998r 278,6 6 762,9 3 177,8 14 690,6 3 334,2 105,2 682,11999d 328,7 7 288,3 3 496,1 15 525,2 3 978,6 136,7 989,12000d 274,7 7 965,5 3 703,9 16 912,8 4 246,3 162,1 595,42001d 281,6 8 207,7 3 338,7 18 055,5 4 334,8 154,5 658,52002d 330,3 7 651,3 2 888,5 18 134,0 4 837,1 149,5 169,72003p 322,3 7 193,6 2 535,0 16 349,4 4 550,8 136,4 275,52004pr 405,3 7 469,8 2 689,4 16 676,1 4 691,5 135,8 699,02005pr 428,3 7 387,2 2 587,4 16 501,4 4 893,0 129,6 947,6

1997r 1,1 22,8 10,6 53,1 10,9 0,4 1,31998r 1,0 23,3 10,9 50,6 11,5 0,4 2,31999d 1,0 23,0 11,0 48,9 12,5 0,4 3,12000d 0,8 23,5 10,9 49,9 12,5 0,5 1,82001d 0,8 23,4 9,5 51,5 12,4 0,4 1,92002d 1,0 22,4 8,5 53,1 14,2 0,4 0,52003p 1,0 22,9 8,1 52,1 14,5 0,4 0,92004pr 1,2 22,8 8,2 50,9 14,3 0,4 2,12005pr 1,3 22,5 7,9 50,2 14,9 0,4 2,9

1997r1998r -1,6 17,2 19,7 7,7 13,6 12,91999d 24,4 9,6 5,4 3,7 9,2 43,42000d -17,8 4,6 3,0 4,1 1,1 9,22001d -0,1 4,6 -13,2 3,4 -2,7 -1,52002d 13,2 -5,7 -14,6 -3,3 7,9 -6,92003p -11,5 -4,6 -11,8 -11,9 -11,0 -10,92004pr 19,9 3,9 7,2 -1,6 -0,9 -2,62005pr 3,6 0,8 -5,2 -4,7 -3,4 -6,6Fonte: INE, Contas Nacionais. r - Dados retropolados, resultantes do rebaseamento da base 95 de acordo com os resultados da base 2000. d - Dados das Contas Nacionais Definitivas. p - Dados Provisórios. pr - Dados Preliminares.

Total

Remunerações Bens e serviços

Formação bruta de capital

Consumo final das administ. públicas

Ordenados e salários

Contribuições sociais Total Consumo intermédio

Consumo de capital fixo

Transferên-cias sociais em

espécie

Excedente de

exploraçãoVendas (-)

Preços correntes, 106 EUR

Em percentagem do total

Preços correntes, 106 EUR

Agricultura silvicultura e

pesca

Outros produtos Formação bruta de capital fixo

Aquisição líquida de

cessões de objectos de

valor

Variação de existências

Produtos metálicos e

equipamentos

Material de transporte Construção

24 691,9 25 109,028 244,1 29 031,430 616,9 31 742,733 103,2 33 860,734 218,3 35 031,333 841,2 34 160,430 951,1 31 363,031 932,1 32 766,931 797,3 32 874,5

Em percentagem do total

98,3 100,097,3 100,096,5 100,097,8 100,0

1,8

97,7 100,0

-3,0 -3,7

-3,5 -4,7-10,0 -9,7

0,9

1,0

99,1 100,0

97,5 100,098,7 100,0

1,2

96,7 100,0

Taxa de variação em volume, em percentagem

11,7 13,1

3,5 2,16,2 7,4

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 11

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B. Contas Nacionais

B.7. Formação Bruta de Capital Fixo por Sectores Institucionais

1997r

1998r

1999d

2000d

2001d

2002d

2003p

2004pr

2005pr

1997r

1998r

1999d

2000d

2001d

2002d

2003p

2004pr

2005pr

1997r

1998r

1999d

2000d

2001d

2002d

2003p

2004pr

2005prFonte: INE, Contas Nacionais. r - Dados retropolados, resultantes do rebaseamento da base 95 de acordo com os resultados da base 2000.

d - Dados das Contas Nacionais Definitivas. p - Dados Provisórios. pr - Dados Preliminares.1- Instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias

31 932,8

Formação bruta de capital fixo

Preços correntes, 106 EUR

Famílias e ISFLSF 1 Sociedades Administrações públicas

: : 24 691,9:

28 244,1

8 703,0 17 287,0 30 616,9

:

4 627,0

: :

31 765,7

Em percentagem do total

100: :

33 103,2

34 218,3

33 841,3

30 951,2

100

100

100

100

56,5

:

15,1

: :

:

:

9 299,0

9 576,0

9 585,0

:

19 219,0

19 651,0

19 464,0

:

4 585,0

4 992,0

4 793,0

:

:

:

:

:

3,2

-0,5

:

100

100

Taxa de variação, em percentagem

100

:

100

14,4

8,4

8,1

3,4

-1,1

-8,5

8,9

-4,0

:

:

:

:

:

-0,9

2,2

-1,0

:

:

:

:

11,2

0,1

:

:

:

:

:

6,8

3,0

:

:

:

28,3

28,0

28,1

28,4

: :

13,9

14,6

14,2

58,1

57,4

57,5

:

:

:

:

12 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

Page 107: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

B. Contas Nacionais

B.8. Repartição do Rendimento Nacional

1997r : : : : : : : : : 97 8981998r : : : : : : : : : 106 4001999d : : : : : : : : : 114 1932000d 13 683 34 814 48 497 9 961 2 583 61 042 46 071 17 199 2 041 122 2702001d 14 790 36 533 51 324 10 336 2 722 64 382 49 217 18 088 2 379 129 3082002d 15 634 38 264 53 898 10 920 2 863 67 681 50 764 19 698 2 710 135 4342003p : : : : : : : : : 137 5232004pr : : : : : : : : : 143 0292005pr : : : : : : : : : 147 395

1997r : : : : : : : : : :1998r : : : : : : : : : :1999d : : : : : : : : : :2000d 11,2 28,4 39,6 8,1 2,1 49,9 37,6 14,1 1,7 99,92001d 11,5 28,3 39,8 8,0 2,1 49,9 38,2 14,0 1,8 100,22002d 11,5 28,2 39,8 8,1 2,1 49,9 37,4 14,5 2,0 99,92003p : : : : : : : : : :2004pr : : : : : : : : : :2005pr : : : : : : : : : :

(continuação)

1997 : : : : : : : :1998 : : : : : : : :1999 : : : : : : : :2000 -2 892 709 522 119 193 3 210 86 016 24 346 12 0442001 -3 504 619 598 125 783 3 212 91 192 24 600 13 2032002 -2 472 476 618 133 102 2 452 94 988 26 673 13 8942003 : : : : : : : :2004 : : : : : : : :2005 : : : : : : : :

1997 : : : : : : : :1998 : : : : : : : :1999 : : : : : : : :2000 -2,4 0,6 0,4 97,4 2,6 70,3 19,9 9,82001 -2,7 0,5 0,5 97,5 2,5 70,7 19,1 10,22002 -1,8 0,4 0,5 98,2 1,8 70,1 19,7 10,22003 : : : : : : : :2004 : : : : : : : :2005 : : : : : : : :Fonte: INE, Contas Nacionais. r - Dados retropolados, resultantes do rebaseamento da base 95 de acordo com os resultados da base 2000. d - Dados das Contas Nacionais Definitivas. p - Dados Provisórios. pr - Dados Preliminares.1- Instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias

:100100100

:::

::

::

:

Em percentagem do Rendimento Nacional Disponível Bruto

135 555

Preços correntes, 106 EUR

128 994

:::

122 406

Transf. correntes do resto

do mundo (saldo)

Rendimento Nacional Disponível Bruto

TotalFamílias e ISFLSF1

Administr. públicas

Socie-dades

Rendimentos do resto do

mundo (saldo)

Impostos pagos ao resto do mundo

Subsídios recebidos

do resto do mundo

Rendimento nacional

bruto

Preços correntes, 106 EUR

Em percentagem do Rendimento Nacional Disponível Bruto

Administra-ções

públicasOutros Total Efectivas Imputadas

Impostos sobre a

produção e a

importação

Subsídios sobre a

produção e a importação

PIB a preços

de merca-

do

Ordenados e salários Contribuições sociais dos empregadores Remunera-

ções dos empregados

Excedente de exploração e rendimento

misto

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 13

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B. Contas Nacionais

B.9. Rendimento Disponível dos Particulares

1997 : : : : : : : : :1998 : : : : : : : : :1999 : : : : : : : : :2000 61 015 26 896 22 666 7 161 17 401 78 100 840 8 754 10,22001 64 359 28 160 24 733 7 605 18 456 81 800 574 9 965 10,92002 67 645 28 698 25 902 7 761 19 496 85 385 410 10 013 10,52003 : : : : : : : : :2004 : : : : : : : : :2005 : : : : : : : : :

1998 : : : : : : : : :1999 : : : : : : : : :2000 : : : : : : : : :2001 5,5 4,7 9,1 6,2 6,1 4,7 : 13,8 :2002 5,1 1,9 4,7 2,1 5,6 4,4 : 0,5 :2003 : : : : : : : : :2004 : : : : : : : : :2005 : : : : : : : : :Fonte: INE, "Contas Nacionais".

B.10. Rendimento Disponível das Sociedades

1997 : : : : : :1998 : : : : : :1999 : : : : : :2000 560 376 38 276 23 776 -6 823 -8922001 765 451 40 084 25 991 -7 603 -1 2342002 1 013 740 41 824 26 902 -6 646 -1 9592003 : : : : : :2004 : : : : : :2005 : : : : : :

1997 : : : :1998 : : : :1999 : : : :2000 9,2 19 792 1 482 -7,32001 9,8 20 318 1 342 -6,82002 10,0 19 674 2 062 -6,52003 : : : :2004 : : : :2005 : : : : : :Fonte: INE, "Contas Nacionais".

:

Remune-rações

Rendi-mento de proprie-

dade

Transfe-rências

Impostos correntes s/ rend. e património

86 016

6,04,2

Taxa de poupança

(%)

:

Contribui-ções

sociaisRendimento disponível

Despesa de consumo

final

Ajust. pela var. liq. famílias

fundos de pensões

Poupan-ça bruta

4 8564 5254 813

Impostos correntes s/ rend. e património

Preços correntes, 106 EUR

::

Preços correntes, 106 EUR

::

:

91 19294 988

:::

Taxa de variação, em percentagam

:::

:::

:::

Remunera-ções dos

empregados

Excedente bruto de

exploração

Rendi-mentos de

proprie-dade

Transfe-rências

correntes, liq.

VABpm

Subsídios de

exploração

Impostos sobre

prod. e importaçã

o

::

:61 86865 76068 453

:::

(continuação)

Poupança bruta Transferências de capital, líquidas Investimento

Total em % do PIB

Aqui. liq. de activos não financ. não

prod.

Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento

Total em % do PIB

Preços correntes, 106 EUR

: :: : :

:

: : :11 204 1 194 -8 87812 629 23613 484 -492 -8 745

-8 795

: : :: : ::

14 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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B. Contas Nacionais

B.11. Capacidade(+) ou Necessidade(-) de Financiamento, por Sectores Institucionais

(continua)

1997 : : : : : : : :1998 : : : : : : : :1999 : : : : : : : :2000 8 754 11 204 19 958 722 20 680 16,9 13 182 33 8612001 9 965 12 629 22 594 -836 21 759 16,8 13 273 35 0312002 10 013 13 484 23 497 -471 23 026 17,0 11 135 34 1592003 : : : : : : : :2004 : : : : : : : :2005 : : : : : : : :

(continuação)

1997 : : : : : : : :1998 : : : : : : : :1999 : : : : : : : :2000 9 298 19 219 4 586 33 103 185 573,0 0 7582001 9 576 19 651 4 992 34 218 146 667,0 0 8132002 9 584 19 463 4 793 33 840 108 211,0 0 3192003 : : : : : : : :2004 : : : : : : : :2005 : : : : : : : :

(continuação)

1997 : : : : : : : :1998 : : : : : : : :1999 : : : : : : : :2000 -1 262 1 482 -238 18 804 1 194 4 -2 0022001 -1 330 1 342 4 -17 1 808 236 245 -2 2892002 -1 422 2 062 -642 2 2 239 -492 709 -2 4562003 : : : : : : : :2004 : : : : : : : :2005 : : : : : : : :

(continuação)

% do PIB

1997 : :1998 : :1999 : :2000 -11 163 -9,12001 -11 000 -8,52002 -8 675 -6,42003 : :2004 : :2005 : :Fonte: INE, "Contas Nacionais".--- Quebra de série de SEC 95 (base 1995) para SEC 95 (base 2000). 1- Instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.

:

:

-8 795-8 745

:::

3 3823 983

::

1 336-5 587-3 913

-3 622-8 878

:

Preços correntes, 106 EUR

Famílias e ISFLSF 1 Sociedades Administrações públicas Total

Preços correntes, 106 EUR

Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento

Famílias e ISFLSF 1

Sociedades Administrações públicas Resto do mundo

Famílias e ISFLSF 1

Sociedades Administra-ções públicas

Resto do mundo

Preços correntes, 106 EUR

Aqui. Liq. de activos não financeiros não produzidos Tranferências de capital

Famílias e ISFLSF 1

Sociedades Administrações públicas Total

Famílias e ISFLSF 1

Sociedades Administra-ções públicas Total

Preços correntes, 106 EUR

Formação bruta de capital fixo Variação de existências e aq. liq. objectos de valor

Famílias e ISFLSF 1

Sociedades Total Total em % do PIB

Poupança privada Poupança das adminis-trações públicas

Poupança internaPoupança externa Poupança bruta =

investimento

:::

:

:::

:::

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 15

Page 110: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

C. Mercado de Trabalho

C.1. População e População Activa

1995 4 494,3 4 862,3 2 491,4 2 059,2 4 550,6 67,2 55,4 42,4 48,61996 4 506,2 4 865,9 2 504,5 2 078,3 4 582,8 67,5 55,6 42,7 48,91997 4 474,8 4 907,4 2 533,5 2 111,4 4 644,9 68,5 56,6 43,0 49,51998 4 884,4 5 244,5 2 805,0 2 290,7 5 095,7 70,4 57,4 43,7 50,31999 4 904,5 5 262,8 2 818,1 2 318,0 5 136,2 70,6 57,5 44,0 50,52000 4 933,8 5 289,5 2 854,5 2 371,9 5 226,4 71,2 57,9 44,8 51,12001 4 971,1 5 323,1 2 901,3 2 424,0 5 325,2 72,0 58,4 45,5 51,72002 5 009,0 5 356,7 2 937,8 2 470,0 5 407,8 72,6 58,7 46,1 52,22003 5 052,0 5 393,1 2 947,9 2 512,3 5 460,3 72,8 58,4 46,6 52,32004 5 087,4 5 421,1 2 957,0 2 530,8 5 487,8 72,9 58,1 46,7 52,22005 5 115,3 5 447,9 2 963,6 2 581,3 5 544,8 73,4 57,9 47,4 52,5

Fonte: INE, "Inquérito ao Emprego".--- Quebra de série. Continente até 1997, Nacional desde 1998.

C.2. Emprego e Desemprego - Milhares

1995 3 040,1 1 099,4 2 331,1 1 894,1 4 225,2 160,3 165,1 325,4 47,9 52,1 39,31996 3 027,5 1 149,3 2 342,4 1 908,1 4 250,5 162,1 170,2 332,3 48,0 52,0 42,01997 3 070,2 1 190,7 2 379,8 1 952,0 4 331,8 153,7 159,4 313,1 48,5 51,5 43,61998 3 452,5 1 244,8 2 694,4 2 149,4 4 843,8 110,6 141,3 251,9 43,0 57,0 43,41999 3 552,0 1 209,9 2 709,2 2 201,1 4 910,4 108,9 116,9 225,8 45,8 54,2 38,52000 3 649,6 1 179,2 2 765,2 2 255,7 5 020,9 89,3 116,2 205,5 44,9 55,1 41,42001 3 710,9 1 258,0 2 809,7 2 302,0 5 111,7 91,6 122,0 213,6 42,7 57,3 37,62002 3 747,9 1 270,7 2 816,4 2 320,9 5 137,3 121,4 149,2 270,5 42,8 57,2 35,02003 3 736,0 1 277,6 2 787,1 2 330,9 5 118,0 160,9 181,4 342,3 43,8 56,2 35,02004 3 782,3 1 238,6 2 784,2 2 338,6 5 122,8 172,9 192,2 365,0 46,0 54,0 43,82005 3 813,8 1 204,0 2 765,4 2 357,2 5 122,6 198,1 224,2 422,3 46,0 54,0 46,9

Fonte: INE, "Inquérito ao Emprego".--- Quebra de série. Continente até 1997, Nacional desde 1998. a Desempregados há 13 e mais meses. b Em percentagem do desemprego total.

C.3. Taxas de Emprego e Desemprego

1995 70,3 54,5 57,8 33,7 6,4 8,0 7,21996 70,3 54,8 58,9 35,6 6,5 8,2 7,31997 71,5 56,3 58,9 37,6 6,1 7,6 6,71998 75,6 58,2 63,0 38,0 3,9 6,2 4,91999 75,5 59,4 61,5 40,4 3,9 5,0 4,42000 76,3 60,5 62,1 40,8 3,1 4,9 3,92001 76,7 61,3 61,6 40,3 3,2 5,0 4,02002 76,3 61,4 61,9 42,2 4,1 6,0 5,02003 74,8 61,4 62,1 42,4 5,5 7,2 6,32004 74,1 61,7 59,1 42,5 5,8 7,6 6,72005 73,4 61,7 58,1 43,7 6,7 8,7 7,6

Fonte: INE, "Inquérito ao Emprego".--- Quebra de série. Continente até 1997, Nacional desde 1998.

63,766,7

Percentagem

62,262,3 46,5

45,2

Homens

67,3 50,3

Desemprego de longa duração (DLD) a (percentagem)

Total b

Mulheres Total

Do total DLDPor conta

própria Homens MulheresMulheres

Homens Mulheres Total

Total Mulheres Total

Homens

10 365,7

10 508,5

68,3

10 445,1

Taxa de emprego (15 - 64 anos)

Homens Mulheres

Emprego (milhares)

Total

Por conta de outrém

Homens Mulheres Total

9 382,2

9 356,59 372,1

Mulheres

Homens

50,2

Total 15 - 64 anos Mulheres

Taxa de desemprego

Homens

10 128,810 167,310 223,210 294,2

10 563,1

Desemprego (milhares)

População (milhares)

População activa (milhares)

Taxa de actividade (percentagem)

Homens Total

50,7

Taxa de emprego (55 - 64 anos)

67,5 50,5

68,9

49,747,6

51,668,068,7 51,4

67,8 50,3

16 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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C. Mercado de Trabalho

C.4. População Activa, Emprego e Desemprego - Variação em percentagem

1995 -1,0 1,5 -0,9 -0,3 -0,6 6,2 2,4 4,2 -0,5 -0,1 -0,31996 -0,4 4,5 0,5 0,7 0,6 1,1 3,0 2,1 0,5 0,9 0,71997 1,4 3,6 1,6 2,3 1,9 -5,2 -6,3 -5,8 1,2 1,6 1,41998 : : : : : : : : : : :1999 2,9 -2,8 0,6 2,4 1,4 -1,5 -17,3 -10,4 0,5 1,2 0,82000 2,7 -2,5 2,1 2,5 2,3 -18,0 -0,6 -9,0 1,3 2,3 1,82001 1,7 6,7 1,6 2,1 1,8 2,5 5,0 3,9 1,6 2,2 1,92002 1,0 1,0 0,2 0,8 0,5 32,6 22,3 26,7 1,3 1,9 1,62003 -0,3 0,5 -1,0 0,4 -0,4 32,6 21,6 26,5 0,3 1,7 1,02004 1,2 -3,1 -0,1 0,3 0,1 7,4 5,9 6,6 0,3 0,7 0,52005 0,8 -2,8 -0,7 0,8 0,0 14,6 16,7 15,7 0,2 2,0 1,0

Fonte: INE, "Inquérito ao Emprego".--- Quebra de série. Continente até 1997, Nacional desde 1998.

C.5. Emprego por Sectores de Actividade

1995 11,3 0,4 23,0 8,1 0,8 4,3 19,4 29,5 1001996 12,2 0,4 22,2 8,1 0,7 4,1 19,7 29,4 1001997 13,6 0,4 21,5 9,0 0,8 3,9 18,8 29,0 1001998 13,5 0,3 23,5 10,6 0,7 3,8 19,2 22,8 1001999 12,7 0,3 22,5 10,9 0,7 3,6 19,7 23,5 1002000 12,7 0,3 21,8 11,8 0,6 3,7 20,0 23,1 1002001 12,8 0,3 21,4 11,3 0,7 4,0 20,2 22,9 1002002 12,4 0,3 20,5 12,0 0,8 4,0 20,3 23,3 1002003 12,5 0,3 19,9 11,4 0,7 4,2 20,2 24,0 1002004 12,1 0,3 19,6 10,7 0,6 4,2 20,4 24,6 1002005 11,8 0,4 18,9 10,8 0,5 4,3 20,5 25,4 100

Fonte: INE, "Inquérito ao Emprego".--- Quebra de série. Continente até 1997, Nacional desde 1998.

C.6. População em Idade Activa, segundo o Nível de Instrução, por Grupo Etário

10,1 34,6 19,2 16,7 7,14,9 28,5 19,0 20,0 11,1

2,2 7,5 29,2 36,2 2,81,0 3,1 20,1 43,4 3,6

4,7 33,1 24,4 13,8 10,22,8 18,9 26,1 17,6 16,0

21,9 54,2 6,2 7,4 6,09,6 53,5 9,5 11,1 8,9

Fonte: INE, "Inquérito ao Emprego".a Quatro anos de escolaridade. b Seis anos de escolaridade. c Nove anos de escolaridade. d Doze anos de escolaridade.

4,42005 7,3

45-64 1998

13,72005 18,6

25-44 1998

22,22005 28,8

15-24 1998

15-64 1998 12,42005 16,4

Superior

Distribuição em percentagem de cada grupo etário

Básico 2º ciclo b

Básico 3º ciclo c Secundário dGrupo etário Ano Nenhum

Básico 1º ciclo a

6,46,87,67,4

5,76,16,16,3

3,33,23,1

Intermediação financeira e seguros

Serviços pessoais Total

Percentagem do total

Mulheres Total

Variação em percentagem

Agricultura Indústria extractiva

Indústria transformadora

Constru-ção

Electricidade, gás e água

Transportes e comunicações Comércio

População activa

Por conta de outrém

Por conta própria Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens

Emprego Desemprego

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 17

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C. Mercado de Trabalho

C.7. Salários

1998 3,2 3,91999 3,6 4,12000 3,4 4,12001 4,0 5,02002 3,7 4,12003 2,9 2,52004 2,9 2,52005 2,7 2,52006 : 1,5 3,0 385,9

Fontes: Ministério das Finanças e da Administração Pública; Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social; INE.a Total, excluindo Administração Pública. b Para salários até 1000 euros e congelamento para salários superiores.

C.8. Nível dos Salários Mínimos Mensais

2003 1 163 605 526 1 154 1 073 1 369 1 249 416 1 106 8772004 1 186 605 537 1 173 1 073 1 403 1 265 426 1 083 7272005 1 210 668 599 1 197 1 183 1 467 1 265 437 1 197 666

Fonte: EUROSTAT, "Statistics in Focus - Minimum Wages in the European Union".

Salário mínimo

Variação, em % EUR

Índice de custo do trabalho (variação, em %)a

Remunerações por trabalhador na indústria

(variação, em %)

Contratação colectiva

(variação, em %)a

Tabela salarial da função pública

(variação, em %)

: 4,3 2,8 293,8 : 5,1 3,0 305,8 : 6,0 2,5 318,2

5,5 5,1 3,7 334,25,3 4,5 2,8 348,0

2.0 b 365,62,5 2,9 1.5 b 356,63,4 2,9

Nota: Os níveis apresentados referem-se à média mensal do total de SMN pagos durante o ano, portanto incluindo subsídio de férias e 13º mês, nos países em que está prevista a sua inclusão.

Irlanda Luxemburgo Países Baixos PortugalBélgica Grécia Espanha Reino Unido EUA

EUR

1,9 3,4 2,2 374,7

França

: :

18 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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D. Preços

D.1. Preços no Consumidor

1993 : 6,51994 : 5,21995 : 4,11996 2,9 3,11997 1,9 2,21998 2,2 2,81999 2,2 2,32000 2,8 2,92001 4,4 4,42002 3,7 3,62003 3,3 3,32004 2,5 2,42005 2,1 2,3

Fontes: Ministério das Finanças e da Administração Pública; INE.a 1996=100. b 1991-1997:Base 1991, Continente; 1998-2002:Base 1997, Nacional; 2003-2005:Base 2002, Nacional.c Excluindo rendas até 1997, incluindo rendas desde 1998.

D.2. Preços na Produção Industrial

1997 1,4 -0,5 3,7 2,2 2,3 3,5 0,9 :1998 1,7 -0,3 -4,7 1,8 0,7 -11,1 0,3 :1999 1,5 -6,3 3,6 1,4 0,7 4,4 -0,8 :2000 2,2 -0,2 20,5 2,4 2,8 39,3 5,0 :2001 0,9 3,1 2,7 0,5 4,0 3,8 1,1 1,72002 0,9 0,4 0,4 2,0 1,1 0,5 -0,5 0,72003 -1,2 2,2 0,4 -0,1 0,8 1,9 -0,1 0,62004 -0,4 2,2 2,9 0,8 0,9 4,9 2,4 1,42005 0,1 6,0 3,5 2,2 0,9 9,6 1,2 1,8

Fonte: INE, "Índice de Preços na Produção Industrial". 1996- 2000: Índice 1995=100, 2001- 2005: Índice 2000=100.

Indústrias extractivas

Prod. distrib. electric.

gás, água

Indústria transforma-

dora

Bens consumo

duradouros

Bens consumo não duradouros Energia Bens

intermédiosBens de

investimento

1,6

Não transaccionáveis

10,87,06,04,54,14,42,9

4,32,62,61,5

1,32,02,02,2

Índice de preços no consumidor b

Transaccionáveis

4,84,5

Subjacente Totalc

6,2

1,41,20,4

-0,1

Índice harmonizado de preços no consumidora

1,11,00,7

Portugal - total Dif. vs EUR-12 (p.p.)

0,80,3

2,1

9,5

Secções Grandes Agrupamentos Industriais

Total

4,1 2,73,64,5

4,01,8

Variação em percentagem

2,4

::: 3,3

2,55,23,6

4,1

2,7

0,8

Variação, em percentagem

2,3-3,71,4

0,4

16,1

2,7

3,5

4,55,44,5 3,2

2,9

2,82,9

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 19

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E. Comércio Externo

E.1. Importações e Exportações - Principais Parceiros Comerciais

1995 18 685,7 5 308,5 3 700,0 2 962,4 2 098,3 1 655,8 1 262,0 821,8 554,4 25 083,01996 20 652,5 6 157,5 4 196,2 3 026,6 2 285,9 1 819,5 1 202,2 849,9 585,0 27 070,41997 23 366,0 7 221,4 4 552,7 3 295,8 2 483,1 2 230,0 1 355,4 965,2 733,5 30 624,71998 26 946,4 8 418,8 5 248,8 3 881,2 2 725,9 2 350,3 993,4 945,0 507,1 34 490,81999 29 299,5 9 472,1 5 521,7 4 282,5 2 904,1 2 553,3 1 154,6 1 059,0 538,4 37 505,72000 32 493,6 11 204,6 5 939,0 4 592,1 3 084,8 2 591,3 2 140,4 1 324,1 1 060,7 43 257,22001 33 118,4 12 068,1 6 077,8 4 502,8 3 017,7 2 220,3 1 906,5 1 601,2 814,5 44 781,62002 33 066,2 12 249,6 6 356,2 4 348,1 2 857,3 2 207,1 1 638,5 883,5 721,2 43 177,72003 32 383,4 12 496,3 6 087,7 4 093,6 2 675,7 2 041,0 1 771,3 789,9 669,7 42 468,7

2004p 36 440,2 14 241,2 6 558,3 4 335,4 2 826,0 2 131,0 2 197,2 1 058,1 651,3 46 597,92005p 37 574,3 15 094,5 6 780,2 4 306,3 2 695,3 2 134,6 3 307,4 1 055,4 581,6 49 145,9

1995 74,5 21,2 14,8 11,8 8,4 6,6 5,0 3,3 2,2 1001996 76,3 22,7 15,5 11,2 8,4 6,7 4,4 3,1 2,2 1001997 76,3 23,6 14,9 10,8 8,1 7,3 4,4 3,2 2,4 1001998 78,1 24,4 15,2 11,3 7,9 6,8 2,9 2,7 1,5 1001999 78,1 25,3 14,7 11,4 7,7 6,8 3,1 2,8 1,4 1002000 75,1 25,9 13,7 10,6 7,1 6,0 4,9 3,1 2,5 1002001 74,0 26,9 13,6 10,1 6,7 5,0 4,3 3,6 1,8 1002002 76,6 28,4 14,7 10,1 6,6 5,1 3,8 2,0 1,7 1002003 76,3 29,4 14,3 9,6 6,3 4,8 4,2 1,9 1,6 100

2004p 78,2 30,6 14,1 9,3 6,1 4,6 4,7 2,3 1,4 1002005p 76,5 30,7 13,8 8,8 5,5 4,3 6,7 2,1 1,2 100

1995 14 798,6 3 761,7 2 615,7 2 462,3 594,0 1 940,8 111,5 789,2 133,0 17 467,01996 15 244,1 3 990,7 2 787,3 2 726,5 707,0 2 048,5 112,2 834,2 138,2 18 933,71997 16 908,0 4 148,9 3 052,0 2 957,7 817,7 2 544,2 117,9 978,1 132,1 20 924,81998 18 246,6 4 522,8 3 531,2 3 154,2 901,6 2 676,3 117,7 1 071,5 45,0 22 251,51999 19 160,8 4 547,8 4 160,4 3 210,5 960,2 2 773,0 116,4 1 140,2 60,1 23 025,92000 21 173,5 4 760,9 5 085,9 3 342,2 1 046,2 2 868,2 158,3 1 525,0 119,5 26 378,82001 21 489,0 5 199,8 5 111,6 3 422,9 1 194,9 2 748,7 209,0 1 538,7 108,9 27 149,32002 21 884,3 5 753,4 4 842,5 3 705,6 1 248,1 2 844,4 196,2 1 570,6 94,4 27 639,82003 22 294,2 6 683,8 4 152,0 3 702,5 1 334,3 2 887,6 199,3 1 599,9 94,3 28 359,22004p 24 083,5 7 714,8 3 968,4 4 132,8 1 293,4 2 816,5 231,6 1 746,5 90,4 29 870,02005p 24 451,3 8 265,3 3 717,2 4 184,1 1 343,8 2 640,6 315,1 1 647,0 82,7 30 652,5

1995 84,7 21,5 15,0 14,1 3,4 11,1 0,6 4,5 0,8 1001996 80,5 21,1 14,7 14,4 3,7 10,8 0,6 4,4 0,7 1001997 80,8 19,8 14,6 14,1 3,9 12,2 0,6 4,7 0,6 1001998 82,0 20,3 15,9 14,2 4,1 12,0 0,5 4,8 0,2 1001999 83,2 19,8 18,1 13,9 4,2 12,0 0,5 5,0 0,3 1002000 80,3 18,0 19,3 12,7 4,0 10,9 0,6 5,8 0,5 1002001 79,2 19,2 18,8 12,6 4,4 10,1 0,8 5,7 0,4 1002002 79,2 20,8 17,5 13,4 4,5 10,3 0,7 5,7 0,3 1002003 78,6 23,6 14,6 13,1 4,7 10,2 0,7 5,6 0,3 1002004p 80,6 25,8 13,3 13,8 4,3 9,4 0,8 5,8 0,3 1002005p 79,8 27,0 12,1 13,7 4,4 8,6 1,0 5,4 0,3 100

Fonte: INE, "Comércio Internacional". p - provisório. Nota: UE-15 até 2003, UE-25 a partir 2004.

TOTALOPEPItália Reino Unido EUA JapãoFrança

Preços correntes, 106 EUR

Em percentagem do total

UE-15 / UE-25

Reino Unido OPEP EUA

Preços correntes, 106 EUR

Japão TOTAL

IMPORTAÇÕES

EXPORTAÇÕES

UE-15 / UE-25 Espanha Alemanha França Itália

Espanha Alemanha

Em percentagem do total

20 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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E. Comércio Externo

E.2. Importações e Exportações - Principais Produtos

1996 3 733,1 2 062,2 3 476,7 1 127,7 2 384,2 886,5 2 250,2 5 746,2 3 869,3 1 534,4 27 070,41997 3 892,1 2 390,8 3 913,8 1 286,3 2 636,3 1 013,5 2 751,4 6 623,9 4 385,3 1 731,2 30 624,71998 4 435,7 1 825,4 4 240,5 1 519,2 2 870,2 1 158,1 3 149,4 7 861,9 5 481,6 1 949,0 34 490,81999 4 690,1 2 538,3 4 582,1 1 564,7 2 630,4 1 239,6 3 359,8 8 316,4 6 473,1 2 111,2 37 505,72000 4 887,2 4 439,6 5 149,0 1 856,4 2 860,1 1 345,6 3 951,2 9 327,6 6 961,7 2 478,7 43 257,22001 5 389,6 4 296,8 5 509,0 1 876,4 2 900,4 1 444,6 4 027,5 9 675,6 6 543,6 2 429,6 44 093,22002 5 341,9 4 089,4 5 843,8 1 831,9 2 645,2 1 530,4 4 041,2 8 922,0 5 761,4 2 445,8 42 452,92003 5 334,1 4 222,4 5 896,9 1 769,5 2 428,0 1 524,3 3 936,8 8 804,4 5 440,1 2 349,7 41 706,12004p 5 710,5 5 046,5 6 435,9 1 853,1 2 368,8 1 675,0 4 818,2 9 691,6 6 427,0 2 571,4 46 597,92005p 5 784,0 7 235,7 6 681,4 1 885,5 2 171,1 1 724,2 5 031,2 9 773,8 6 150,2 2 708,8 49 145,9

1996 13,8 7,6 12,8 4,2 8,8 3,3 8,3 21,2 14,3 5,7 1001997 12,7 7,8 12,8 4,2 8,6 3,3 9,0 21,6 14,3 5,7 1001998 12,9 5,3 12,3 4,4 8,3 3,4 9,1 22,8 15,9 5,7 1001999 12,5 6,8 12,2 4,2 7,0 3,3 9,0 22,2 17,3 5,6 1002000 11,3 10,3 11,9 4,3 6,6 3,1 9,1 21,6 16,1 5,7 1002001 12,2 9,7 12,5 4,3 6,6 3,3 9,1 21,9 14,8 5,5 1002002 12,6 9,6 13,8 4,3 6,2 3,6 9,5 21,0 13,6 5,8 1002003 12,8 10,1 14,1 4,2 5,8 3,7 9,4 21,1 13,0 5,6 1002004p 12,3 10,8 13,8 4,0 5,1 3,6 10,3 20,8 13,8 5,5 1002005p 11,8 14,7 13,6 3,8 4,4 3,5 10,2 19,9 12,5 5,5 100

1996 1 407,8 433,3 1 113,2 1 763,1 1 419,9 4 436,2 1 682,0 3 057,0 2 947,3 673,9 18 933,71997 1 552,5 482,3 1 334,3 2 014,4 1 657,2 4 668,5 1 857,9 3 329,5 3 242,5 785,8 20 924,81998 1 590,9 352,9 1 442,5 2 102,0 1 754,9 4 703,3 2 035,5 3 928,6 3 524,9 816,1 22 251,61999 1 601,2 422,6 1 555,4 2 170,2 1 792,7 4 639,1 2 128,1 4 381,3 3 531,2 804,1 23 025,92000 1 801,7 673,6 1 989,5 2 709,4 1 979,5 4 643,6 2 500,9 5 260,8 3 888,4 931,5 26 378,82001 1 878,5 505,3 2 002,6 2 602,9 2 133,0 4 746,4 2 505,8 5 217,9 4 224,3 1 101,6 26 918,32002 2 058,4 538,2 2 206,3 2 626,4 2 125,3 4 552,0 2 634,7 5 402,7 4 078,7 1 189,9 27 412,62003 2 100,5 684,9 2 453,1 2 698,1 1 720,3 4 390,7 2 772,1 5 544,3 4 301,9 1 422,8 28 088,62004p 2 300,4 856,4 2 821,9 2 743,9 1 667,4 4 186,2 3 496,0 5 668,9 4 563,2 1 565,7 29 870,02005p 2 453,9 1 304,9 3 222,0 2 788,1 1 652,3 3 844,1 3 803,1 5 736,0 4 290,0 1 558,2 30 652,5

1996 7,4 2,3 5,9 9,3 7,5 23,4 8,9 16,1 15,6 3,6 1001997 7,4 2,3 6,4 9,6 7,9 22,3 8,9 15,9 15,5 3,8 1001998 7,1 1,6 6,5 9,4 7,9 21,1 9,1 17,7 15,8 3,7 1001999 7,0 1,8 6,8 9,4 7,8 20,1 9,2 19,0 15,3 3,5 1002000 6,8 2,6 7,5 10,3 7,5 17,6 9,5 19,9 14,7 3,5 1002001 7,0 1,9 7,4 9,7 7,9 17,6 9,3 19,4 15,7 4,1 1002002 7,5 2,0 8,0 9,6 7,8 16,6 9,6 19,7 14,9 4,3 1002003 7,5 2,4 8,7 9,6 6,1 15,6 9,9 19,7 15,3 5,1 1002004p 7,7 2,9 9,4 9,2 5,6 14,0 11,7 19,0 15,3 5,2 1002005p 8,0 4,3 10,5 9,1 5,4 12,5 12,4 18,7 14,0 5,1 100

Fonte: INE. p - provisório.

Peles, couros e têxteis

Vestuário e calçado

Minérios e metais Máquinas

TOTALMinérios e metais Máquinas Material de

transporte Outros

Agro-alimentares Combustíveis

IMPORTAÇÕES

Agro-alimentares Combustíveis

Químicos, borrachas e

plásticos

Madeira, cortiça e

papel

Peles, couros e têxteis

Vestuário e calçado

Outros TOTAL

Em percentagem do total

Preços correntes, 106 EUR

Preços correntes, 106 EUR

Em percentagem do total

EXPORTAÇÕES

Químicos, borrachas e

plásticos

Madeira, cortiça e

papel

Material de transporte

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 21

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E. Comércio Externo

E.3. Comércio Intra-Industrial1

1992 71,2 63,4 55,8 54,2 44,6 44,6 36,31993 68,8 69,5 62,1 50,1 45,9 43,8 39,21994 70,2 67,0 68,4 50,1 50,7 41,7 48,21995 72,3 63,0 72,7 54,2 50,6 68,5 42,91996 73,4 63,7 68,7 54,4 48,5 87,8 34,71997 74,6 60,9 66,2 56,7 50,8 86,3 33,61998 78,9 60,5 65,9 52,6 50,8 79,5 32,41999 77,7 61,2 68,2 51,1 50,7 71,7 28,52000 79,0 61,0 71,4 54,2 55,7 72,6 26,32001 79,5 60,1 69,4 52,6 53,3 84,0 21,22002 78,7 63,2 74,8 56,6 54,8 92,1 23,22003 78,9 67,4 76,6 57,3 58,8 89,0 27,92004p 80,6 70,4 74,9 58,2 61,5 84,7 29,0

E.4. Turismo

Portugal Estrangeiro

1996 28 063 8 101 19 962 987 3 687 44,1 208 2051997 29 350 8 499 20 851 1 046 4 063 45,4 211 3151998 32 404 9 164 23 241 1 243 4 903 48,5 215 5721999 32 728 9 397 23 331 1 283 4 958 49,2 216 8282000 33 795 9 693 24 102 1 439 5 720 53,4 222 9582001 36 276 10 892 25 384 1 477 6 125 51,7 233 6362002 34 209 10 846 23 363 1 466 6 094 49,7 239 9032003 33 876 10 661 23 215 1 479 5 849 47,5 245 7782004 34 141 11 139 23 002 1 561 6 307 44,9 253 9272005p 35 521 11 648 23 873 1 594 6 375 46,6 :

1997 4,6 4,9 4,5 6,0 10,2 1,3 1,51998 10,4 7,8 11,5 18,8 20,7 3,1 2,01999 1,0 2,5 0,4 3,2 1,1 0,7 0,62000 3,3 3,1 3,3 12,2 15,4 4,2 2,82001 2,0 3,0 -2,2 2,6 7,1 -1,7 2,62002 -5,7 -0,4 -8,0 -0,7 -0,5 -2,0 2,72003 -1,0 -1,7 -0,6 0,9 -4,0 -2,2 2,42004 0,8 4,5 -0,9 5,5 7,8 -2,6 3,32005p 4,0 4,6 3,8 2,1 1,1 : :

Fontes: INE; DGT e Banco de Portugal.

E.5. Peso do Comércio Externo no PIB

199519961997199819992000200120022003p2004p2005p

Fonte : INE, Contas Nacionais.

34,836,537,428,5

38,140,638,936,3

35,035,136,637,9

28,028,028,5

28,9

Em percentagem do PIB28,628,228,629,027,929,8

Variação em percentagem ou em pontos percentuais

Exportações (bens e serviços)

Importações (bens e serviços)

1 Quebra de série em 2001: os dados a partir de 2001 não são comparáveis com os dados dos anos anteriores; 2 Dados referentesao final do mês de Julho de cada ano. p provisório.

Em percentagem

Dormidas1 (103) Proveitos Totais de Hotelaria (106 EUR)

Receitas de viagens e turismo

(106 EUR)

Taxa de ocupação / cama (%)

Capacidade de alojamento1,2

(nº de camas)TotalResidência

Fontes: Comissão Europeia, "The Economic and Financial Situation in Portugal in the Transition to MEU" - 1996/98; DGREI - 1999/2001 e GEE - 2002/2003/2004.1Medido pelo indicador: 1-|Xi-Mi|/(Xi+Mi): M -importações; X -exportações. 2 Madeira, cortiça, papel, curtumes, têxteis, vestuário ecalçado. p provisório.

Químicas Material de transporte Energia

Sectores industriais

"tradicionais"2Minérios Maquinaria Alimentares

22 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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E. Comércio Externo

E.6. Indicadores de Abertura e Exposição Internacional

1993199419951996199719981999200020012002200320042005

Fonte: INE, "Contas Trimestrais".

E.7. Perfomance das Exportações

199419951996199719981999200020012002200320042005

Fonte: OCDE, "Economic Outlook - Maio 2006".

E.8. Indicador de Competitividade de Custos*

1993 126,3 102,2 92,2 94,3 66,61994 124,3 103,5 95,7 91,5 68,01995 122,6 113,0 100,8 92,3 67,51996 122,1 109,4 92,4 96,8 69,31997 113,6 103,1 94,1 96,3 84,01998 108,7 106,0 95,7 98,7 94,51999 105,7 105,0 98,7 99,2 96,82000 100,0 100,0 100,0 100,0 100,02001 98,1 98,8 103,0 102,8 96,82002 98,8 100,2 105,5 105,7 101,22003 107,5 103,9 109,1 109,3 97,02004 110,0 102,8 111,9 112,3 101,12005 108,7 97,5 110,6 111,9 99,7

Fonte: OCDE, "Economic Outlook - Dezembro 2005". * Medido pelos Custos Unitários de Trabalho.

52,151,552,753,166,0

50,052,152,151,852,853,752,855,554,067,8

64,262,965,1

65,266,966,070,4

60,763,863,663,3

Reino Unido

5,76,1

França Alemanha Portugal Espanha

1,8

0,9

8,5

Aberturaa Exposiçãob

Índice 2000 = 100**

Taxas de variação, em percentagem

8,48,8

A - Exportações (crescimento real)

B - Crescimento do Mercado Performance (A-B)

a Exportações mais importações em % do PIB. b X/Y+(1-X/Y)*M/D, X-exportações, Y -PIB, M -importações e D-Procura Interna.

3,7

2,2

** Um aumento do índice indica uma apreciação efectiva real, correspondendo a uma deterioração da posição competititva.

1,5

3,08,4

8,4 0,07,8 1,0

-0,110,0 -3,5

5,8

-0,54,0 -0,3

-0,9-4,4

10,7 -2,17,8

2,0

9,5

6,5 -5,3

-0,4

4,5 8,1 -3,3

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 23

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F. Competitividade

F.1. Índice de Competitividade

Posição relativa

Finlândia 1 1 1 1 1 Suécia 9 3 3 3 3 Dinamarca 14 4 4 5 4 Países Baixos 17 13 12 12 11 Reino Unido 12 11 15 11 13 Alemanha 8 14 13 13 15 Áustria 18 18 17 17 21 Portugal 25 19 25 24 22 Irlanda 11 23 30 30 26 Espanha 22 20 23 23 29 França 20 28 26 27 30 Bélgica 19 21 27 25 31 Grécia 36 31 35 37 46 Itália 26 33 41 47 47

Nota: O Índice de Competitividade procura medir os factores que contribuem para o crescimento futuro das economias.

F.2. Índice de Competitividade 2005: Sub-índices

Posição relativa

Finlândia Suécia Dinamarca Países Baixos Alemanha Reino Unido Portugal Áustria França Espanha Bélgica Irlanda Grécia ItáliaFonte: World Economic Forum , "Global Competitiveness Report 2005 - 2006 " Posição relativa num total de 117 países.

F.3. Índice de Competitividade Microeconómica

Posição relativa

Finlândia 1 2 1 2 2 Alemanha 4 4 5 3 3 Dinamarca 8 8 4 7 4 Reino Unido 7 3 6 6 6 Países Baixos 3 7 9 9 9 Áustria 11 12 17 16 10 França 13 15 10 12 11 Suécia 6 6 3 4 12 Bélgica 15 13 15 14 16 Irlanda 22 20 21 22 19 Espanha 24 25 25 26 25 Portugal 33 36 36 33 30 Itália 23 24 24 34 38 Grécia 46 43 39 41 40

Nota: O índice de competitividade microeconómica procura medir as condições que determinam a sustentabilidade do nível de produtividade de uma nação.

Fonte: 2003-2004: World Economic Forum , "Global Competitiveness Report 2004 - 2005 " Posição relativa num total de 104 países, 2005 " Global Competitiveness Report 2005 - 2006 " Posição relativa num total de 117 Países, 2001-2002: edições anteriores do " Global Competitiveness Report ".

Fonte: 2003-2004: World Economic Forum , "Global Competitiveness Report 2004 - 2005 " Posição relativa num total de 104 países, 2005 "Global Competitiveness Report 2005 - 2006" Posição relativa num total de 117 Países, 2001-2002: edições anteriores do " Global Competitiveness Report ".

2005

2002 2003 2004 2005

Tecnologia Instituições Ambiente

5131

2001 2002 2003 2004

2 5 4Públicas Macroeconómico

44 46 47

27

43

8 2811 16 101617 12 18

4 17 125 2 3

20

36 24

15 37

20 2724

7

21 11 22

28 28 29

2001

3713

24 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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G.1. Balança de Pagamentos - Principais Componentes(continua)

-7 583,1 1 084,3 -775,5 2 581,6 3 401,6 1 723,6 1 724,0-9 179,4 1 273,6 -1 285,0 2 843,1 3 314,7 2 403,9 2 445,9

-11 513,8 1 719,6 -1 465,8 2 914,8 3 670,2 2 212,9 2 248,2-13 570,8 1 839,4 -1 668,4 2 988,4 3 613,6 2 317,2 2 323,8-15 752,7 2 172,0 -2 743,5 3 269,2 3 637,6 1 649,2 1 669,8-15 543,3 2 868,7 -3 760,2 3 326,7 3 735,1 1 207,7 1 198,1-14 094,0 3 339,2 -2 820,4 2 382,4 2 949,4 2 049,3 1 996,0-12 506,6 3 577,6 -2 059,4 1 966,7 2 873,0 2 721,5 2 651,9-14 984,9 4 173,5 -2 374,5 1 956,6 2 789,9 2 303,4 2 230,9-16 774,5 4 094,1 -3 160,6 1 713,9 2 195,7 1 793,6 1 739,8

-9 846,0 1 407,9 -1 006,9 3 352,0 4 416,7 2 237,9 2 238,5-10 479,8 1 454,1 -1 467,1 3 245,9 3 784,2 2 744,5 2 792,4-12 787,9 1 909,9 -1 628,1 3 237,4 4 076,3 2 457,8 2 497,0-12 733,0 1 725,9 -1 565,4 2 803,9 3 390,5 2 174,2 2 180,3-17 055,7 2 351,7 -2 970,4 3 539,6 3 938,5 1 785,6 1 807,9-17 355,2 3 203,1 -4 198,5 3 714,5 4 170,5 1 348,5 1 337,8-14 905,3 3 531,4 -2 982,7 2 519,5 3 119,1 2 167,2 2 110,9-11 056,4 3 162,7 -1 820,6 1 738,6 2 539,9 2 406,0 2 344,4-12 038,8 3 352,9 -1 907,7 1 571,9 2 241,4 1 850,6 1 792,3-13 483,3 3 290,8 -2 540,5 1 377,6 1 764,9 1 441,7 1 398,4

-8,4 1,2 -0,9 2,9 3,8 1,9 1,9-9,4 1,3 -1,3 2,9 3,4 2,5 2,5

-10,8 1,6 -1,4 2,7 3,4 2,1 2,1-11,9 1,6 -1,5 2,6 3,2 2,0 2,0-12,9 1,8 -2,2 2,7 3,0 1,3 1,4-12,0 2,2 -2,9 2,6 2,9 0,9 0,9-10,4 2,5 -2,1 1,8 2,2 1,5 1,5

-9,1 2,6 -1,5 1,4 2,1 2,0 1,9-10,5 2,9 -1,7 1,4 2,0 1,6 1,6-11,4 2,8 -2,1 1,2 1,5 1,2 1,2

(continuação)

-560,6 1 033,7 473,1 -4 414,8 3 186,0 -1 228,8 4 377,5 -22,8 -564,8 3 034,3 -885,6-1 827,8 2 063,4 235,6 -6 633,0 7 156,2 523,3 4 195,8 -19,8 -1 097,6 3 837,2 -407,0-3 619,9 2 699,9 -920,0 -5 452,2 4 868,4 -583,7 6 621,3 115,2 -478,5 4 754,3 587,3-2 995,5 1 085,7 -1 909,7 -6 081,7 9 489,9 3 408,2 7 056,3 189,1 -291,9 8 451,9 -989,5-8 826,6 7 202,0 -1 624,6 -5 040,3 2 962,3 -2 078,0 14 784,9 338,4 -405,1 11 015,6 1,2-6 997,3 6 962,8 -34,5 -8 761,8 11 896,3 3 134,5 8 485,0 389,5 -969,8 11 004,7 496,7

158,4 1 911,8 2 070,1 -7 545,3 10 666,2 3 121,0 3 682,6 -9,8 -1 114,9 7 749,1 880,8-7 112,7 7 613,5 500,8 -18 945,6 13 855,9 -5 089,7 4 954,8 61,9 5 798,3 6 226,1 -762,6-6 409,1 1 906,0 -4 503,0 -10 936,9 11 603,4 666,4 11 498,4 -71,6 1 533,0 9 123,2 -958,0

-921,9 2 503,6 1 581,7 -15 418,0 13 831,7 -1 586,4 11 619,3 -172,3 1 430,7 12 873,0 -967,5

-727,8 1 342,1 614,3 -5 732,2 4 136,7 -1 595,5 5 683,8 -29,7 -733,3 3 939,7 -1 149,9-2 086,7 2 355,7 269,0 -7 572,6 8 170,0 597,4 4 790,2 -22,6 -1 253,1 4 380,8 -464,7-4 020,5 2 998,7 -1 021,8 -6 055,5 5 407,2 -648,3 7 354,0 127,9 -531,4 5 280,5 652,3-2 810,6 1 018,7 -1 791,8 -5 706,2 8 904,0 3 197,8 6 620,7 177,5 -273,9 7 930,1 -928,4-9 556,7 7 797,7 -1 759,0 -5 457,3 3 207,3 -2 249,9 16 007,9 366,4 -438,6 11 926,8 1,3-7 813,0 7 774,4 -38,6 -9 783,1 13 283,1 3 499,9 9 474,1 434,9 -1 082,8 12 287,6 554,6

167,5 2 021,8 2 189,3 -7 979,6 11 280,2 3 300,6 3 894,6 -10,3 -1 179,0 8 195,1 931,5-6 288,0 6 730,7 442,7 -16 748,8 12 249,3 -4 499,6 4 380,3 54,7 5 126,0 5 504,2 -674,2-5 149,0 1 531,3 -3 617,7 -8 786,7 9 322,1 535,4 9 237,7 -57,5 1 231,6 7 329,5 -769,7

-741,0 2 012,4 1 271,4 -12 393,0 11 117,9 -1 275,1 9 339,6 -138,5 1 150,0 10 347,3 -777,7

-0,6 1,1 0,5 -4,9 3,5 -1,4 4,8 0,0 -0,6 3,4 -1,0-1,9 2,1 0,2 -6,8 7,3 0,5 4,3 0,0 -1,1 3,9 -0,4-3,4 2,5 -0,9 -5,1 4,6 -0,5 6,2 0,1 -0,4 4,5 0,6-2,6 1,0 -1,7 -5,3 8,3 3,0 6,2 0,2 -0,3 7,4 -0,9-7,2 5,9 -1,3 -4,1 2,4 -1,7 12,1 0,3 -0,3 9,0 0,0-5,4 5,4 0,0 -6,8 9,2 2,4 6,6 0,3 -0,7 8,5 0,40,1 1,4 1,5 -5,6 7,9 2,3 2,7 0,0 -0,8 5,7 0,7

-5,2 5,5 0,4 -13,8 10,1 -3,7 3,6 0,0 4,2 4,5 -0,6-4,5 1,3 -3,1 -7,6 8,1 0,5 8,0 -0,1 1,1 6,4 -0,7-0,6 1,7 1,1 -10,5 9,4 -1,1 7,9 -0,1 1,0 8,7 -0,7

Fonte: Banco de Portugal, INE (nova série do PIB - base 2000) e Ministério das Finanças e da Administração Pública.a Inclui investimento imobiliário. p provisório.

2005p

2003

-8,1-5,7-4,0

2005p -9,3

199619971998

-6,0-7,1

-5,9-7,32004p

-5 876,1

Remessas emigrantes Total

Tranferências correntes

-3 872,7

Balança corrente +Balança de capital

-2 148,6

-11 016,8-11 501,5

-3 430,2-5 341,6-7 462,41999

2000

-9 569,6

-11 905,5

1997

Balança corrente Balança de capital

TotalBens Serviços

1996

Tranferên-cias públicasTotalRendimentos

Valores líquidos anuais, 10 6 EUR

1998

-12 842,2

-5 932,7-7 001,7

-11 928,1

-2,4

-6 559,8

-9 126,5-4 830,0

-8 629,8

2003

-9 182,0

-11 237,5-7 174,4

20012002

19992000

-5 463,5

1996

20022003

2005p

2001

1997

-10 396,0 -8 165,2

-3 916,1

2004p

-2 789,8

-10 625,8-8 115,4

-5 028,3

1998

-13 645,3

Total Activos

Investimento directoa Investimento de carteira

Passivos

-8 429,7

-8 352,1-10 968,1

2004p2005p

1999

20032002

20002001

2000200120022003

199719981999

2004p

2004p

200020012002

Em percentagem do PIB

2005p

1996

-7 589,8-9 786,2

-6 708,5

-6,4

Valores líquidos anuais, 10 6 USD

Em percentagem do PIB

-4,3

-13 736,0

-7,8

-5,0-6,5-9,0-8,9

-10,4-8,6

2004p

-14 180,0

-9,8

199719981999

Valores líquidos anuais, 10 6 EUR

1996

Activos de reserva

-3,5

1999

-12 686,6-12 699,6

1998

2003

20012002

2000

Valores líquidos anuais, 10 6 USD

19961997

Erros e omissões

Total

Balança financeira

Outro inves-timentoTotalDo exterior

em PortugalDe Portugal no exterior

Derivados financeiros

2005p

Page 120: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

G.2. Investimento Directo - Por Zona Económica

-9,7 -55,0 11,4 0,5 -156,1 -11,2 -288,6 -1,1 -32,3 -393,3 -560,6-0,3 -253,0 -11,0 -25,0 -783,0 -67,6 -574,3 0,6 -32,2 -977,2 -1 827,8

-54,6 -366,4 -40,7 -96,1 -1 526,4 -71,7 -4 081,9 -1,3 -38,3 -2 021,8 -3 619,9-52,0 706,1 -216,1 -81,1 1 622,5 -143,4 -1 501,1 -9,6 -44,2 -4 474,6 -2 995,5-42,6 -1 816,6 -22,2 -317,6 -3 780,8 -195,7 -2 926,4 -8,2 -181,7 -4 850,1 -8 826,6-8,0 -3 115,5 -14,5 -270,8 -5 453,7 -113,6 -1 122,1 -9,0 -61,8 -1 430,0 -6 997,344,3 1 104,2 3,2 51,4 -2 678,5 -17,8 2 325,3 -20,6 -173,1 2 854,7 158,4

131,8 -928,1 87,0 -65,4 -3 069,7 -36,2 22,1 -9,3 -12,3 -4 006,8 -7 112,724,3 -2 181,5 -131,2 -115,8 -5 360,1 -30,5 -292,1 -19,7 -198,4 -1 018,6 -6 409,117,5 -399,1 -41,4 -11,4 -1 663,8 -58,7 987,3 -28,7 -88,9 800,6 -921,9

50,0 492,8 42,2 170,8 955,1 12,6 161,8 -21,4 78,6 1 033,7 -2 586,3279,6 437,9 126,9 154,0 1 572,5 144,6 -2,9 229,1 490,9 2 063,4 -932,1178,1 427,4 -28,5 199,5 1 111,9 68,1 22,1 248,1 1 588,0 2 700,0 -6 126,643,6 -422,1 236,9 266,7 1 059,0 -140,6 47,2 132,4 26,7 1 085,7 -5 911,6

341,1 2 573,4 183,6 483,9 6 904,2 137,5 29,2 -91,9 297,8 7 202,0 7 360,3-166,4 992,7 79,7 3 085,5 6 716,1 -543,1 67,1 311,0 246,6 6 962,8 -150,0113,7 1 094,1 -31,4 330,4 1 668,6 131,6 146,3 184,6 243,2 1 911,8 -4 497,3-95,4 2 247,7 238,6 726,0 1 645,2 -5,6 -243,8 -184,8 5 968,3 7 613,5 6 691,7-23,3 2 651,7 -163,7 -2 212,2 -257,0 -1,9 127,9 105,4 2 163,0 1 906,0 1 906,0

-313,1 1 487,1 552,0 489,8 2 950,7 10,4 -29,5 -138,9 -447,2 2 503,6 2 503,6Fonte: Banco de Portugal. p provisório. PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.

G.3. Investimento de Carteira - Por Zona Económica

-34,9 -482,3 -43,7 -402,8 -2 434,7 -932,6 -177,1 -115,1 -486,4 -1 047,5 -4 414,8-432,0 -416,6 -111,1 -517,2 -4 068,0 -1 975,3 -394,7 338,7 -17,4 -589,7 -6 633,0-874,9 -397,1 -526,2 -995,2 -5 188,0 -308,2 -82,7 -50,1 41,5 44,1 -5 452,2

-1 367,1 149,5 680,3 -1 295,7 -5 282,5 95,8 -207,4 -22,7 198,8 -895,0 -6 081,7-709,3 -726,3 -1 789,4 -803,1 -5 865,9 -450,0 136,9 -8,8 -776,2 1 275,5 -5 040,3-448,4 -618,5 133,9 -1 115,9 -3 509,1 -2 204,5 -268,1 -81,0 -521,5 -3 048,2 -8 761,8

-1 330,6 355,9 -1 873,3 -1 807,7 -7 867,3 -1 289,8 123,7 60,3 -634,5 1 611,9 -7 545,3-2 551,5 -890,8 -3 730,8 -1 238,6 -15 728,0 -1 612,2 -81,3 -51,1 -860,3 -1 605,4 -18 945,6-2 814,7 -499,9 -1 129,8 215,7 -8 757,9 -2 486,2 -142,0 -76,9 -459,9 307,2 -10 936,9

-917,6 -489,1 -3 475,9 -1 491,4 -13 389,5 -482,9 -449,7 -215,3 -859,1 -1 545,7 -15 418,0

-14,7 -52,1 395,3 973,8 2 084,3 -75,1 66,7 924,7 1 176,8 3 186,0 -1 228,8964,5 357,0 340,3 3 142,1 5 621,4 -1,9 85,3 1 108,3 1 536,7 7 156,2 523,3

2 591,5 -13,0 1 955,5 -1 571,4 4 265,8 126,3 67,9 356,2 476,3 4 868,4 -583,73 988,3 140,4 1 727,5 1 125,2 9 124,8 755,5 311,6 -491,1 -390,4 9 489,9 3 408,2

695,0 376,5 -275,4 60,7 3 346,3 816,5 -881,0 -257,6 -1 200,5 2 962,3 -2 078,0719,3 360,1 1 065,7 4 499,1 9 467,6 672,0 1 447,1 536,0 1 756,7 11 896,3 3 134,5871,2 871,4 573,5 -3 619,9 7 520,2 595,2 608,8 2 432,0 2 550,9 10 666,2 3 121,0588,6 411,6 1 384,0 -571,2 12 138,3 77,3 619,5 866,0 1 640,3 13 855,9 -5 089,7

1 725,5 598,0 4 686,4 1 690,9 8 071,2 -137,7 185,2 3 475,8 3 669,8 11 603,4 666,43 179,1 95,7 8 816,8 2 059,0 8 850,2 -297,5 94,1 5 210,8 5 278,9 13 831,7 -1 586,4

Fonte: Banco de Portugal. p provisório.2005p

2005p

2003

2005p

2005p

Total

Proveniente do Resto do Mundo

200120022003

Saldo doinvest. de carteira(A + B)

(B) - Passivos

Off-shoresAlemanha Espanha

2004p

2000

19981999

2004p

Suíça EUA

106 EUR

Espanha FrançaAlemanha

20032004p

Brasil

19961997

SuíçaPalop

106 EUR

Na União Europeia Resto do Mundo

Espanha França Reino Unido TotalAlemanha

TotalOff-shores

19981999

Total Brasil Total

Na União Europeia Resto do Mundo

Alemanha Espanha França Reino Unido Total Brasil Suíça

(B) - Investimento estrangeiro em Portugal

EUA

EUA Total

(A) - Investimento de Portugal no exterior

Total

Total

Proveniente do Resto do Mundo

Total

TotalTotal Suíça

106 EUR

Saldo do invest. directo(A + B)

19961997

Proveniente da União Europeia

(A) - Activos

2000

19992000

1998

20012002

Proveniente da União Europeia

20012002

199619971998

20032004p

Reino Unido

19961997

106 EUR

Reino Unido EUAFrança

1999200020012002

Page 121: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

G.4. Posição de Investimento Internacional - Principais componentes

1996 2 992,9 16 473,1 -13 480,2 13 302,9 17 725,6 -4 422,7 343,4 35 505,5 44 287,9 -8 782,4 16 968,8 -9 373,01997 4 928,7 20 476,3 -15 547,6 18 398,4 33 824,6 -15 426,2 363,1 51 229,1 57 361,8 -6 132,7 18 593,1 -18 150,31998 8 480,2 25 788,5 -17 308,3 24 417,0 40 225,8 -15 808,8 250,0 58 645,8 71 632,0 -12 986,2 18 515,7 -27 337,51999 11 132,5 26 787,2 -15 654,7 36 292,2 51 480,8 -15 188,6 639,9 59 341,7 81 418,8 -22 077,1 14 035,1 -38 245,52000 21 011,8 34 436,5 -13 424,7 43 698,9 56 328,3 -12 629,4 574,9 72 250,1 109 493,3 -37 243,2 15 289,1 -47 433,32001 25 061,1 40 875,2 -15 814,1 52 099,2 65 183,6 -13 084,4 844,9 82 327,4 127 350,0 -45 022,6 17 112,4 -55 963,82002 20 165,9 42 563,9 -22 398,0 59 354,3 72 475,5 -13 121,2 479,4 86 304,7 134 362,0 -48 057,3 16 878,8 -66 218,22003 28 410,8 49 248,3 -20 837,5 77 415,9 88 085,7 -10 669,8 -27,6 90 932,1 143 517,1 -52 585,0 10 145,9 -73 974,02004p 35 486,1 51 807,3 -16 321,2 90 536,7 102 352,3 -11 815,6 -613,5 89 918,6 154 139,4 -64 220,8 8 577,6 -84 393,52005p 37 684,8 54 689,4 -17 004,6 109 011,3 118 788,5 -9 777,2 -63,6 91 782,2 168 076,5 -76 294,3 8 785,0 -94 354,8

1996 3,3 18,2 -14,9 14,7 19,6 -4,9 0,4 39,2 48,9 -9,7 18,7 -10,41997 5,0 20,9 -15,9 18,8 34,6 -15,8 0,4 52,3 58,6 -6,3 19,0 -18,51998 8,0 24,2 -16,3 22,9 37,8 -14,9 0,2 55,1 67,3 -12,2 17,4 -25,71999 9,7 23,5 -13,7 31,8 45,1 -13,3 0,6 52,0 71,3 -19,3 12,3 -33,52000 17,2 28,2 -11,0 35,7 46,1 -10,3 0,5 59,1 89,6 -30,5 12,5 -38,82001 19,4 31,6 -12,2 40,3 50,4 -10,1 0,7 63,7 98,5 -34,8 13,2 -43,32002 14,9 31,4 -16,5 43,8 53,5 -9,7 0,4 63,7 99,2 -35,5 12,5 -48,92003 20,7 35,8 -15,2 56,3 64,1 -7,8 0,0 66,1 104,4 -38,2 7,4 -53,82004p 24,8 36,2 -11,4 63,3 71,6 -8,3 -0,4 62,9 107,8 -44,9 6,0 -59,02005p 25,6 37,1 -11,5 74,0 80,6 -6,6 0,0 62,3 114,0 -51,8 6,0 -64,0

Fontes: Banco de Portugal, INE (nova série do PIB - base 2000) e Ministério das Finanças e da Administração Pública. Posições em fim de período. p - provisório.

G.5. Posição do Investimento Directo / Posição do Investimento de Carteira

No capital de empre-sas e

lucros reinvestidos

(líquido)

Outros capitais (líquido)

Total

No capital de empresas e

lucros reinvestidos

(líquido)

Outros capitais (líquido)

Total Activos Passivos Activos Passivos Activos Passivos

1996 2 614,0 378,9 2 992,9 13 987,4 2 485,7 16 473,1 3 687,1 5 109,9 7 974,4 12 457,4 1 641,5 158,11997 4 365,3 563,4 4 928,7 18 822,9 1 653,4 20 476,3 4 357,6 11 538,3 13 702,1 21 034,0 338,7 1 252,31998 7 276,5 1 203,7 8 480,2 24 296,7 1 491,8 25 788,5 5 149,1 16 118,3 18 671,0 23 775,3 596,8 332,31999 10 032,3 1 100,2 11 132,5 23 960,6 2 826,6 26 787,2 7 193,3 19 397,9 23 175,4 29 617,8 5 923,4 2 465,12000 19 097,9 1 913,9 21 011,8 31 275,9 3 160,6 34 436,5 8 193,2 20 282,5 29 645,6 33 964,8 5 860,2 2 081,02001 23 121,0 1 940,1 25 061,1 32 905,7 7 969,5 40 875,2 8 573,7 17 707,1 37 284,0 41 161,1 6 241,4 6 315,62002 16 262,8 3 903,1 20 165,9 34 340,6 8 223,3 42 563,9 8 007,2 16 679,3 44 582,7 48 238,3 6 764,3 7 557,92003 24 008,5 4 402,3 28 410,8 40 455,8 8 792,5 49 248,3 8 721,8 27 421,8 57 173,6 50 979,4 11 520,6 9 684,52004p 30 478,2 5 007,9 35 486,1 45 879,0 5 928,3 51 807,3 10 724,6 35 259,8 70 835,7 52 840,7 8 976,2 14 251,92005p 31 588,4 6 096,4 37 684,8 49 229,2 5 460,2 54 689,4 13 539,8 42 926,4 83 440,9 57 973,0 12 030,6 17 889,1

1996 2,9 0,4 3,3 15,5 2,7 18,2 4,1 5,6 8,8 13,8 1,8 0,21997 4,5 0,6 5,0 19,2 1,7 20,9 4,5 11,8 14,0 21,5 0,3 1,31998 6,8 1,1 8,0 22,8 1,4 24,2 4,8 15,1 17,5 22,3 0,6 0,31999 8,8 1,0 9,7 21,0 2,5 23,5 6,3 17,0 20,3 25,9 5,2 2,22000 15,6 1,6 17,2 25,6 2,6 28,2 6,7 16,6 24,2 27,8 4,8 1,72001 17,9 1,5 19,4 25,4 6,2 31,6 6,6 13,7 28,8 31,8 4,8 4,92002 12,0 2,9 14,9 25,4 6,1 31,4 5,9 12,3 32,9 35,6 5,0 5,62003 17,5 3,2 20,7 29,4 6,4 35,8 6,3 19,9 41,6 37,1 8,4 7,02004p 21,3 3,5 24,8 32,1 4,1 36,2 7,5 24,7 49,5 36,9 6,3 10,02005p 21,4 4,1 25,6 33,4 3,7 37,1 9,2 29,1 56,6 39,3 8,2 12,1

Fontes: Banco de Portugal, INE (nova série do PIB - base 2000) e Ministério das Finanças e da Administração Pública. Posições em fim de período. p - provisório. 1 Inclui acções, unidades dparticipação em fundos de investimento e outros títulos de participação no capital. 2 Inclui obrigações e outros títulos de dívida pública ou privada. 3 Inclui bilhetes do Tesouro, papel comercial, certificados de depósito não superior a um ano e outros títulos de prazo não superior a um ano.

1 - Estimativas trimestrais calculadas pelo Banco de Portugal com base na acumulação de fluxos mensais e nos últimos dados anuais obtidos através dos Inquéritos ao Investimento Directo.

2 - Estimativas trimestrais calculadas pelo Banco de Portugal com base na acumulação de fluxos mensais e nos últimos dados anuais obtidos através do "Inquérito ao stock de títulos

estrangeiros na posse de residentes". 3 - Inclui, em algumas componentes, estimativas trimestrais calculadas pelo Banco de Portugal com base na acumulação de fluxos mensais.

106 EUR

Em percentagem do PIB

Total

Outro investmento3

TotalDe Portugal no exterior

106 EUR

Em percentagem do PIB

Investimento directo - por tipo de operação Investimento de carteira - por tipo de instrumento

De Portugal no exterior Do exterior em PortugalAcções e outras participações1

Obrigações e outros tít. dívida de l. prazo2

Títulos de dívida de curto prazo3

Do exterior em Portugal Total Activos2

Investimento de carteira

Passivos

Investimento directo1 Deriva-dos

financei-ros

TotalActivos Passivos

Activos de reserva

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G.6. Fluxos financeiros com a União Europeia

1990 191,0 202,5 369,6 148,1 : 88,3 999,6 240,4 138,2 19,0 397,5 602,01991 282,3 206,0 734,7 132,7 : 102,8 1 458,5 401,0 188,0 19,0 608,0 850,51992 371,1 320,7 1 374,2 578,1 : 134,7 2 778,8 540,2 182,6 5,0 727,7 2 051,11993 431,0 308,8 1 426,6 762,2 78,3 83,3 3 090,1 636,0 175,6 : 811,5 2 278,51994 696,8 261,1 1 101,8 267,7 168,1 37,6 2 533,2 1 032,2 199,2 2,7 1 234,1 1 299,11995 690,8 283,3 1 492,4 542,4 411,4 18,6 3 438,9 648,2 200,7 1,4 850,3 2 588,51996 630,6 315,0 1 517,8 637,8 187,5 69,2 3 357,9 701,3 132,7 1,0 835,0 2 522,91997 645,2 317,0 1 722,2 376,7 576,0 100,1 3 741,3 927,3 153,3 4,4 1 085,0 2 671,11998 638,1 359,2 1 524,2 713,8 627,9 117,8 3 989,8 977,1 175,7 12,1 1 165,0 2 825,31999 647,3 388,8 1 670,0 412,7 479,8 160,0 3 829,5 990,1 181,8 73,8 1 245,7 2 883,42000 652,8 318,6 1 348,5 508,6 116,5 211,7 3 156,8 1 063,6 179,0 5,0 1 247,6 1 909,12001 1 092,9 42,9 872,7 252,1 448,7 51,6 2 777,1 1 051,5 178,3 149,9 1 379,7 1 397,42002 753,6 265,6 1 561,2 915,7 395,4 37,1 4 023,7 1 122,4 111,6 95,7 1 329,7 2 694,02003 849,5 269,7 2 581,6 764,8 254,8 181,8 4 902,1 1 152,3 96,5 7,2 1 256,0 3 646,12004e 823,2 334,9 1 993,6 735,9 316,5 121,3 4 325,4 1 247,2 120,1 25,6 1 392,9 2 932,42005e 891,9 229,7 1 602,9 696,2 270,3 34,0 3 768,9 1 384,8 105,7 -102,5 1 388,1 2 380,9

1990 268,3 284,4 519,0 208,0 : 124,0 1 403,7 337,6 194,0 26,6 558,2 845,41991 391,2 285,4 1 018,0 183,8 : 142,4 2 020,8 555,6 260,5 26,3 842,4 1 178,31992 550,3 475,6 2 037,7 857,2 : 199,7 4 120,6 801,0 270,7 7,4 1 079,1 3 041,41993 536,6 384,4 1 776,2 949,0 97,5 103,7 3 847,3 791,8 218,6 : 1 010,4 2 836,91994 840,7 315,0 1 329,3 323,0 202,9 45,4 3 056,3 1 245,3 240,3 3,3 1 488,9 1 567,41995 921,9 378,0 1 991,5 723,8 549,0 24,8 4 589,0 865,0 267,8 1,9 1 134,7 3 454,31996 818,8 408,9 1 970,8 828,1 243,4 89,9 4 360,0 910,6 172,3 1,3 1 084,2 3 275,81997 736,6 361,9 1 966,2 430,1 657,6 114,3 4 271,3 1 058,7 175,0 5,0 1 238,7 3 049,51998 708,7 399,0 1 692,9 792,8 697,3 130,9 4 431,3 1 085,3 195,2 13,5 1 293,9 3 138,01999 607,4 364,8 1 566,9 387,2 450,2 150,1 3 593,1 929,0 170,6 69,2 1 168,8 2 705,32000 706,8 345,0 1 460,1 550,7 126,1 229,2 3 417,9 1 151,6 193,8 5,5 1 350,9 2 067,02001 1 220,3 47,9 974,4 281,5 501,0 57,6 3 100,8 1 174,1 199,1 167,4 1 540,6 1 560,32002 797,0 280,9 1 651,1 968,4 418,1 39,2 4 255,3 1 187,0 118,0 101,2 1 406,2 2 849,12003 751,0 238,4 2 282,2 676,1 225,2 160,7 4 333,7 1 018,7 85,3 6,4 1 110,4 3 223,32004e 661,3 269,1 1 601,6 591,2 254,3 97,5 3 475,0 1 002,0 96,5 20,6 1 119,1 2 355,92005e 716,9 184,6 1 288,4 559,6 217,3 27,3 3 029,5 1 113,1 85,0 -82,4 1 115,7 1 913,8

1990 0,5 0,5 1,0 0,4 : 0,2 2,7 0,6 0,4 0,1 1,1 1,61991 0,7 0,5 1,7 0,3 : 0,2 3,4 0,9 0,4 0,0 1,4 2,01992 0,8 0,7 3,0 1,3 : 0,3 6,1 1,2 0,4 0,0 1,6 4,51993 0,8 0,5 2,5 1,3 0,1 0,1 5,4 1,1 0,3 : 1,4 4,01994 1,1 0,4 1,7 0,4 0,3 0,1 3,9 1,6 0,3 0,0 1,9 2,01995 1,1 0,4 2,3 0,9 0,6 0,0 5,4 1,0 0,3 0,0 1,3 4,11996 0,9 0,5 2,2 0,9 0,3 0,1 4,8 1,0 0,2 0,0 1,2 3,61997 0,8 0,4 2,0 0,4 0,7 0,1 4,4 1,1 0,2 0,0 1,3 3,11998 0,7 0,4 1,6 0,7 0,7 0,1 4,2 1,0 0,2 0,0 1,2 2,91999 0,5 0,3 1,4 0,3 0,4 0,1 3,1 0,8 0,1 0,1 1,0 2,42000 0,6 0,3 1,2 0,5 0,1 0,2 2,8 0,9 0,2 0,0 1,1 1,72001 0,9 0,0 0,8 0,2 0,4 0,0 2,4 0,9 0,2 0,1 1,2 1,22002 0,6 0,2 1,2 0,7 0,3 0,0 3,1 0,9 0,1 0,1 1,0 2,12003 0,5 0,2 1,7 0,5 0,2 0,1 3,2 0,7 0,1 0,0 0,8 2,32004e 0,5 0,2 1,1 0,4 0,2 0,1 2,4 0,7 0,1 0,0 0,8 1,62005e 0,5 0,1 0,9 0,4 0,1 0,0 2,1 0,8 0,1 -0,1 0,8 1,3

Fontes: Ministério das Finanças e da Administração Pública, INE (nova série do PIB - base 2000) e Banco de Portugal.a Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola - Secção «Garantia». b Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola - Secção «Orientação».c Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. d Até 1994, inclui o Programa Específico de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa.e - estimativa. f - previsão da Proposta de Orçamento de Estado para 2006, Outubro 2005.

106 EUR

Saldo(A-B)Fundo Social

Europeu

Instrumento Financeiro de Coesão

Outrasentradasd

Direitos aduan. e

niveladores agrícolas

Total

106 USD

Em percentagem do PIB

(A) - Entradas (B) - PagamentosRecursos próprios

(líquidos de restituições)

Outras saídas Total

FEOGA - Garantiaa

FEOGA - Orientaçãob FEDER c

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H. Finanças Públicas – Contas Nacionais

H.1. Conta das Administrações Públicas (continua)

1999 15 962 10 662 12 328 11 531 5 319 44 271 4 679 15 600 14 945 3 446 1 963 2 091 42 7242000 16 490 12 016 13 682 12 636 5 269 47 457 5 295 17 329 16 500 3 655 1 519 2 357 46 6552001 17 469 12 130 14 738 13 609 5 328 49 665 5 606 18 516 18 001 3 851 1 781 2 674 50 4292002 19 223 12 574 15 872 14 613 6 025 53 693 5 709 19 907 19 772 3 868 2 092 2 769 54 1162003 20 404 11 954 16 916 15 340 5 970 55 244 5 302 19 627 23 335 3 775 2 499 2 596 57 1342004 20 435 12 388 17 692 16 125 6 087 56 602 5 532 20 589 24 306 3 785 2 218 3 351 59 7822005 22 487 12 717 18 341 16 628 6 018 59 563 5 905 21 386 26 467 4 019 2 325 3 705 63 807

1999 14,0 9,3 10,8 10,1 4,7 38,8 4,1 13,7 13,1 3,0 1,7 1,8 37,42000 13,5 9,8 11,2 10,3 4,3 38,8 4,3 14,2 13,5 3,0 1,2 1,9 38,22001 13,5 9,4 11,4 10,5 4,1 38,4 4,3 14,3 13,9 3,0 1,4 2,1 39,02002 14,2 9,3 11,7 10,8 4,4 39,6 4,2 14,7 14,6 2,9 1,5 2,0 40,02003 14,8 8,7 12,3 11,2 4,3 40,2 3,9 14,3 17,0 2,7 1,8 1,9 41,52004 14,3 8,7 12,4 11,3 4,3 39,6 3,9 14,4 17,0 2,6 1,6 2,3 41,92005 15,3 8,6 12,5 11,3 4,1 40,5 4,0 14,5 18,0 2,7 1,6 2,5 43,3

(continuação)

1999 1 547 1 921 4 627 1 939 6 567 39 278 45 845 46 192 49 290 347 26 -3 125 -3 0982000 802 1 657 4 585 1 419 6 005 42 999 49 004 49 114 52 659 110 81 -3 626 -3 5452001 -765 2 180 4 992 1 939 6 931 46 579 53 509 51 844 57 360 -1 665 71 -5 587 -5 5162002 -423 2 338 4 793 987 5 780 50 248 56 028 56 032 59 896 4 49 -3 913 -3 864

2003 -1 890 3 782 4 319 1 573 5 892 53 359 59 250 59 026 63 025 -225 64 -4 064 -4 0002004 -3 180 5 078 4 292 2 171 6 463 55 997 62 460 61 680 66 245 -780 32 -4 598 -4 5652005e -4 244 2 018 4 500 2 141 6 641 59 789 66 429 61 582 70 448 -4 848 -68 -8 798 -8 8672006p : : 4 400 : : : : : : -2 585 : : -6 977

1999 1,4 1,7 4,1 1,7 5,8 34,4 40,1 40,5 43,2 0,3 0,0 -2,7 -2,72000 0,7 1,4 3,8 1,2 4,9 35,2 40,1 40,2 43,1 0,1 0,1 -3,0 -2,92001 -0,6 1,7 3,9 1,5 5,4 36,0 41,4 40,1 44,4 -1,3 0,1 -4,3 -4,32002 -0,3 1,7 3,5 0,7 4,3 37,1 41,4 41,4 44,2 0,0 0,0 -2,9 -2,9

2003 -1,4 2,7 3,1 1,1 4,3 38,8 43,1 42,9 45,8 -0,2 0,0 -3,0 -2,92004 -2,2 3,6 3,0 1,5 4,5 39,2 43,7 43,2 46,4 -0,5 0,0 -3,2 -3,22005e -2,9 1,4 3,1 1,5 4,5 40,6 45,1 41,8 47,8 -3,3 0,0 -6,0 -6,02006p : : 2,9 : : : : : : -1,7 : : -4,6

Receita corrente Despesa corrente

106 EUR

Consumo intermé-dio

Despesas com

pessoal

Presta-ções

sociais

Juros da dívida pública

TotalOutras Total Subsídios Outras

Impostos s/ a

produção e a impor-

tação

Impostos s/ o rendi- mento e o

patri-mónio

Contri-buições sociais

das quais: Contrib.

soc. efectivas

Em percentagem do PIB

Poupança bruta

Receita de capital

Despesa de capital Despesa corrente primária

106 EUR

Formação bruta de

capital fixoOutras

e - estimativa; p - previsão; (a) De acordo com a definição das Contas Nacionais, a despesa com juros é registada antes dos swaps de juros, e de acordo com as regras do Procedimento dos Défices Excessivos depois dos swaps de juros.

TotalDespesa primária

Receita total

Despesa total

swaps de juros

Saldo primário

Fontes: INE; Ministério das Finanças e da Administração Pública.

Capacidade(+)/ Necessidade(-) de

financiamentoexcluindo swaps a

incluindo swaps a

Em percentagem do PIB

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 29

Page 124: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

H. Finanças Públicas – Contas Nacionais

H.2. Conta das Administrações Públicas por Subsectores(continua)

1999 13 745 10 044 839 100 4 006 28 634 3 294 13 335 2 812 3 399 1 341 4 619 28 8002000 14 074 11 380 1 088 108 4 359 30 901 3 664 14 873 3 220 3 579 1 300 5 241 31 8772001 15 011 11 472 1 171 120 4 213 31 868 3 944 15 782 3 544 3 739 1 432 5 535 33 9752002 16 501 11 859 1 276 122 4 726 34 363 3 820 16 892 3 871 3 878 1 414 6 820 36 6942003 17 540 11 305 1 525 122 4 695 35 066 3 412 16 423 5 634 3 794 1 929 6 916 38 1082004 17 463 11 491 1 542 121 4 724 35 220 3 510 17 354 5 387 3 801 1 618 8 104 39 7732005e 19 184 11 804 1 699 125 4 315 37 001 3 744 17 979 5 930 4 096 1 615 9 166 42 530

1999 1 725 619 55 4 2 303 4 702 1 272 1 986 158 69 90 250 3 8242000 1 886 635 62 5 2 562 5 145 1 502 2 164 159 92 97 291 4 3042001 1 893 658 73 5 2 724 5 347 1 535 2 397 188 134 119 303 4 6772002 2 100 715 95 6 3 054 5 963 1 709 2 603 214 128 160 312 5 1252003 2 091 649 126 6 3 131 5 998 1 761 2 669 261 128 163 393 5 3762004 2 283 896 138 6 3 243 6 560 1 918 2 720 195 133 134 431 5 5302005e 2 461 913 130 7 3 402 6 906 2 056 2 879 372 126 148 381 5 963

1999 492 0 11 434 11 426 3 064 14 989 112 279 11 975 1 533 1 253 14 1532000 531 0 12 532 12 523 3 019 16 081 128 292 13 121 1 122 1 478 15 1442001 565 0 13 493 13 483 3 170 17 228 126 337 14 269 4 231 1 589 16 5562002 621 0 14 501 14 485 4 496 19 619 180 412 15 688 4 517 1 747 18 5482003 772 0 15 264 15 212 4 610 20 646 129 535 17 439 3 406 1 604 20 1162004 690 0 16 013 15 998 5 346 22 049 105 516 18 725 4 467 1 888 21 7042005e 843 0 16 512 16 496 6 290 23 644 105 528 20 165 8 563 1 934 23 302

Administração Regional e Local

Segurança Social

Fontes: INE; Ministério das Finanças e da Administração Pública.e - estimativa.

Total

106 EUR

Presta-ções

sociais

Juros da dívida pública

Subsídios Outras

Receita corrente Despesa corrente

Impostos sobre a

produção e a im-

portação

Impostos s/ o rendi-mento e o

patri-mónio

Contri-buições sociais

das quais: Contrib. Sociais

efectivas

Outras Total Consumo intermédio

Despesas com

pessoal

Administração Central

30 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

Page 125: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

H. Finanças Públicas – Contas Nacionais

H.2. Conta das Administrações Públicas por Subsectores

(continuação)

1999 -167 1 911 2 101 3 218 5 319 25 401 30 720 30 545 34 119 -175 26 -3 600 -3 5742000 -976 1 909 1 832 2 316 4 148 28 298 32 446 32 811 36 025 365 81 -3 296 -3 2142001 -2 107 2 145 1 717 3 085 4 801 30 236 35 038 34 013 38 776 -1 025 71 -4 835 -4 7642002 -2 331 1 572 1 606 1 925 3 531 32 817 36 348 35 935 40 225 -413 49 -4 340 -4 2902003 -3 042 1 987 1 469 2 703 4 171 34 314 38 485 37 053 42 279 -1 433 64 -5 291 -5 2272004 -4 553 1 459 1 688 3 167 4 855 35 972 40 826 36 679 44 628 -4 147 32 -7 981 -7 9492005e -5 529 1 400 1 526 3 227 4 753 38 434 43 187 38 401 47 283 -4 785 -68 -8 308 -8 376

1999 878 2 111 2 463 250 2 713 3 755 6 468 6 813 6 537 345 :2000 841 1 672 2 689 298 2 986 4 212 7 198 6 817 7 290 -381 :2001 670 2 325 3 180 313 3 493 4 543 8 036 7 672 8 170 -363 :2002 838 2 071 3 110 390 3 501 4 997 8 498 8 034 8 626 -463 :2003 622 2 014 2 799 161 2 959 5 248 8 208 8 011 8 335 -196 :2004 1 030 2 101 2 551 542 3 093 5 397 8 490 8 661 8 623 171 :2005e 943 2 148 2 932 449 3 381 5 837 9 218 9 054 9 344 -164 :

1999 836 103 64 675 739 14 153 14 892 15 092 14 892 200 :2000 937 19 65 749 814 15 142 15 957 16 100 15 958 144 :2001 672 55 95 887 982 16 552 17 534 17 283 17 538 -251 :2002 1 071 38 77 14 91 18 544 18 635 19 657 18 639 1 022 :2003 530 1 106 52 34 86 20 113 20 199 21 753 20 202 1 554 :2004 344 3 086 54 31 85 21 700 21 785 25 135 21 789 3 350 :2005e 342 40 42 35 77 23 295 23 372 23 685 23 380 313 : 305

Fontes: INE; Ministério das Finanças e da Administração Pública. e - estimativa p - previsão; (a) De acordo com a definição das Contas Nacionais, a despesa com juros é registada antes dos swaps de juros, e de acordo com as regras do Procedimento dos Défices Excessivos depois dos swaps de juros.

Administração Regional e Local

38-290

Segurança Social

200142

276-473-497-592-324

-2551 0181 5513 345

106 EUR

swaps de juros

Capacidade(+)/ Necessidade(-) de

financiamentoFormação bruta de

capital fixoOutras Total excluindo

swaps aincluindo swaps a

Despesa primária

Receita total

Despesa total

Saldo primário

Poupança bruta

Receita de capital

Despesa de capital Despesa corrente primária

Administração Central

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 31

Page 126: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

H. Finanças Públicas – Contas Nacionais

H.3. Despesa das Administrações Públicas por Função

0,4 3,8 0,0 6,7 0,0 1,5 1,5 1,40,1 2,2 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 0,00,2 3,1 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1 0,13,7 2,1 2,0 0,0 0,0 1,3 0,7 2,50,8 0,4 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,01,2 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3 0,1 0,20,4 6,7 0,0 0,0 4,9 2,8 0,0 0,00,7 0,4 0,2 0,0 0,0 0,5 0,5 0,31,0 11,5 0,7 0,0 0,7 1,2 0,3 0,00,2 1,2 0,0 0,0 25,4 0,3 1,4 0,18,6 31,8 2,9 6,7 31,0 9,6 4,6 4,7

-0,2 3,9 0,0 6,4 0,0 1,6 1,5 1,6 0,1 2,4 0,0 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0 0,1 3,4 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1 0,0 2,8 2,0 1,9 0,0 0,0 1,3 0,7 2,0 0,7 0,4 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 1,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3 0,1 0,2 0,4 6,7 0,0 0,0 4,9 2,8 0,0 0,0 0,8 0,4 0,3 0,0 0,0 0,4 0,5 0,2 0,9 12,0 1,1 0,0 0,7 1,2 0,2 0,1 0,2 1,3 0,0 0,0 26,9 0,4 1,4 0,1

TOTAL 6,8 32,8 3,3 6,4 32,5 9,4 4,6 4,2

0,5 3,9 0,0 6,1 0,0 1,5 1,7 0,0 0,1 2,4 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,1 3,4 0,0 0,0 0,0 0,4 0,2 0,0 2,8 2,0 2,2 0,0 0,0 1,1 0,9 1,9 0,6 0,4 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,8 0,3 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1 0,2 0,3 5,2 0,0 0,0 6,7 1,9 0,0 0,0 0,7 0,4 0,4 0,0 0,0 0,4 0,6 0,3 0,8 11,9 0,8 0,0 0,8 1,1 0,3 0,1 0,1 1,4 0,0 0,0 28,6 0,3 1,4 0,1

TOTAL 7,0 31,4 3,4 6,1 36,1 8,0 5,3 2,7

0,5 3,4 0,0 5,3 0,0 1,3 10,9 2,1 0,1 2,1 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,1 3,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,1 0,0 2,4 1,7 1,7 0,0 0,0 1,0 0,8 1,7 0,5 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,7 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3 0,1 0,2 0,3 4,6 0,0 0,0 5,5 2,2 0,0 0,0 0,6 0,4 0,3 0,0 0,0 0,3 0,5 0,2 0,7 10,4 0,9 0,0 0,8 0,9 0,2 0,1 0,1 1,2 0,0 0,0 26,1 0,2 1,3 0,1 6,0 27,4 2,9 5,3 32,5 7,4 14,0 4,5

Fonte: INE, Contas Nacionais.

1,21,6

12,62,3

23,62,73,79,3

11,01,42,0

14,1

4,2

2003

Serviços Gerais da Administração PúblicaDefesa NacionalSegurança e Ordem Públicas

30,2100,0

13,73,1

1,914,92,6

16,2

100,0

4,210,61,5

14,82,5

15,428,7

12,21,52,2

EducaçãoSegurança e Acção SociaisTOTAL

a - Aquisições líquidas de activos não financeiros; b - Outros impostos sobre a produção + Impostos sobre o rendimento e património + Ajustamento devido à alteração dos fundos de pensões; c - não consolidado.

14,129,0

100,0

Protecção do AmbienteHabitação e Serviços ColectivosSaúdeServiços Culturais, Recreativos e Religiosos

Serviços Gerais da Administração PúblicaDefesa NacionalSegurança e Ordem PúblicasFunções Económicas

Serviços Culturais, Recreativos e ReligiososEducaçãoSegurança e Acção Sociais

2004c

2,715,732,0

100,0

Funções EconómicasProtecção do AmbienteHabitação e Serviços ColectivosSaúde

SaúdeServiços Culturais, Recreativos e ReligiososEducaçãoSegurança e Acção Sociais

Segurança e Ordem PúblicasFunções EconómicasProtecção do AmbienteHabitação e Serviços Colectivos

2002

Serviços Gerais da Administração PúblicaDefesa Nacional

14,83,1

Serviços Culturais, Recreativos e ReligiososEducaçãoSegurança e Acção SociaisTOTAL

Funções EconómicasProtecção do AmbienteHabitação e Serviços ColectivosSaúde

2001

Serviços Gerais da Administração PúblicaDefesa NacionalSegurança e Ordem Públicas

15,33,24,0

Em percentagem da despesa total

Subsídios

Rendi-mento de proprie-

dade

Presta-ções

sociais

Consumo intermédio + Outros b

Formação bruta de

capital fixo + Aquisi-

ções a

Despesas com

pessoalOutros

Transfe-rências

de capitalDespesa total

32 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

Page 127: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

H. Finanças Públicas – Procedimento dos Défices Excessivos

H.4. Défice das Administrações Públicas, FBCF e Juros

% do PIB % do PIB % do PIB % do PIB % do PIB % do PIB

2002 e -4 290,5 -3,2 -591,6 -0,4 1 018,0 0,8 -2,9 4 793,2 3,5 3 917,0 2,92003 e -5 226,5 -3,8 -323,7 -0,2 1 550,7 1,1 -2,9 4 662,5 3,4 3 809,3 2,82004 e -7 948,8 -5,6 38,1 0,0 3 345,3 2,3 -3,2 4 291,9 3,0 3 785,0 2,62005 e -8 881,7 -6,0 -290,1 -0,2 305,1 0,2 -6,0 4 499,8 3,1 4 018,7 2,72006 p -7 092,1 -4,7 -0,2 0,0 115,3 0,1 -4,6 4 400,0 2,9 4 391,9 2,9

H.5. Dívida Pública Bruta - Definição do Eurostat

2002 e 10 634 286 58 120 337 5 8342003 e 10 779 3 804 57 587 454 5 8102004 e 10 804 9 583 55 984 1 456 5 9542005 e 11 015 12 110 64 011 934 6 0022006 p : : : : :

H.6. Défice das Administrações Públicas e outras Transacções(continua)

Aumento Diminuição Aumento Diminuição

2002 e 3 864 358 -62 1 472 -9482003 e 4 000 477 -84 654 -1452004 e 4 565 478 -390 1 628 -1 8692005 e 8 867 426 -126 1 571 -1 331

(continuação)

2002 e -807 1 6 8472003 e -427 19 3 2222004 e -225 -58 5 3472005 e 1 028 -45 10 290

Fonte: INE e Ministério das Finanças, "Notificação ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos, Contas Nacionais - Março de 2006". a - consolidado; e - estimativa. b - uma entrada positiva (negativa) nesta coluna significa que a dívida nominal aumenta (diminui).

58 40661 39165 56776 121

:

6 1716 264

6 936:

7 410

11 305 -25 -264 12

5-2 -23 -243 18 26

-237 25 -37 -185

106 EUR

-574 19 -353 101 1

Ajustamentos a

Discre-pâncias estatís-

ticas

Variação da dívida bruta das Adminis-trações

Públicasb

Acumulação líquida de passivos excl.

derivados financeiros

Emissões acima ou abaixo do par

Diferença entre juros capitalizados e juros

pagos

Variações cambiais da dívida em moeda

estrangeira

Outras variações nos passivos financeiros Total

874 -751 440-227 1 107 1 064337

-223

-1 254 -57 -369

Total

106 EUR

1 574 707 3 79068941

103 348 67,9Fontes: INE e Ministério das Finanças, "Notificação ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos, Contas Nacionais - Março de 2006". e - estimativa. p - previsão.

Capacida-de/neces-sidade de

finan-ciamento

Aquisição líquida de activos financeiros a

Moeda e depósitos Títulos excluindo acções

Empréstimos Acções e outros activos Outros activos

financeiros

94 071 63,983 781 58,778 433 57,0

% do PIB

106 EUR

75 211 55,5

Curto-prazo

Longo-prazo Total Total

-8 866,7-6 976,9

Fontes: INE e Ministério das Finanças, "Notificação ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos, Contas Nacionais - Março de 2006". e - estimativa. p - previsão.

Moeda e depósitos

Títulos excluíndo acções e derivados financeiros Empréstimos Dívida Bruta das Administrações Públicas

Curto-prazo

Longo-prazo Total

106 EUR

-3 864,1-3 999,5-4 565,3

Capacidade(+)/ Necessidade(-) de financiamento Formação bruta de capital fixo Juros (consolidados)Administração central Administração

regional e local Segurança social Administrações públicas

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 33

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H. Finanças Públicas – Contabilidade Pública – Contas Consolidadas

H.7. Conta Consolidada da Administração Central e Segurança Social por Subsectores(continua)

1995 6 602 10 342 233 576 153 847 159 423 19 3341996 7 603 10 610 247 618 174 800 165 79 20 2971997 8 406 11 509 265 1 008 87 971 175 161 22 5811998 9 274 12 663 287 863 145 833 247 151 24 4641999 10 032 13 865 305 479 220 799 147 606 26 4522000 11 316 14 373 333 427 184 991 121 684 28 4292001 11 338 14 843 368 404 287 920 169 220 28 5502002 11 996 16 611 281 554 465 757 295 1 136 32 0952003 11 348 17 338 362 485 664 744 157 557 31 6552004 11 402 17 075 281 554 704 1 032 144 205 31 397

1995 0 210 2 430 178 5 443 988 2 145 1 11 3961996 0 232 2 713 176 5 949 1 043 2 579 52 12 7451997 0 250 2 994 169 6 236 1 169 3 395 28 14 2421998 0 250 3 427 165 6 781 1 398 3 145 34 15 2001999 9 224 3 765 179 7 540 1 284 3 779 22 16 8042000 12 286 4 277 203 8 306 1 328 3 667 17 18 0952001 18 322 4 320 245 9 138 1 601 3 648 224 19 5162002 4 023 304 810 147 10 602 1 697 2 989 345 20 9152003 4 826 309 1 198 108 9 762 886 3 645 26 20 7592004 5 472 290 1 252 110 12 158 919 4 280 72 24 553

1995 6 602 10 552 2 663 754 1 310 1 835 1 243 424 25 3831996 7 603 10 843 2 961 794 1 397 1 843 1 593 132 27 1651997 8 406 11 759 3 259 1 176 1 335 2 140 2 347 189 30 6101998 9 274 12 914 3 714 1 028 1 477 2 231 2 037 185 32 8591999 10 041 14 089 4 070 657 1 561 2 082 2 569 628 35 6972000 11 328 14 659 4 610 629 1 676 2 319 2 429 701 38 3532001 11 355 15 165 4 688 649 1 963 2 521 2 366 444 39 1522002 11 906 16 915 5 203 701 1 912 2 454 1 821 1 481 42 3932003 11 379 17 652 6 355 593 2 420 1 705 2 524 583 43 2112004 16 874 17 365 1 533 665 2 583 1 952 3 100 277 44 348

1995 5 772 224 0 81 916 50 424 27 7 4941996 6 112 388 0 96 1 783 64 664 27 9 1351997 6 847 361 0 100 1 931 146 397 24 9 8051998 7 405 389 0 87 2 081 44 755 13 10 7761999 8 031 399 0 69 2 332 42 643 9 11 5252000 8 769 434 0 92 2 636 65 511 4 12 5112001 9 570 484 0 105 2 634 56 481 5 13 3352002 10 161 503 0 190 3 488 112 648 16 15 1182003 10 448 676 0 239 4 400 125 27 10 15 9242004 10 429 551 0 238 5 409 194 22 6 16 849

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, Conta Geral do Estado, óptica de caixa.29

51548666437

691420769651

15 887

Nota: Conta Geral do Estado não inclui Fundo de Regularização da Dívida, Assembleia da República e Contas de Ordem ; a partir de 2000 os encargos correntes da dívida incluem os pagamentos de juros de Certificado de Aforro .

10 87311 99612 84914 454

8 4449 384

10 007

40 971

Segurança Social

7 043

3 376

451

39 091 3 30240 104 3 108

35 223 3 13036 342 2 810

30 638 2 22132 500 3 197

25 440 1 72528 074 2 536

17 088 3 671

Administração Central

23 715 1 667

20 201 4 351

15 645 3 87217 582 3 334

13 001 3 80214 412 3 683

10 818 3 42312 021 3 179

Fundos e Serviços Autónomos

9 249 2 14710 113 2 632

30 664 1 43130 941 714

27 624 80528 160 390

24 066 39825 698 754

20 052 24422 245 336

Total

106 EUR

Estado

18 752 582

Outras receitas

correntesTotal

Transfe-rências de

capital

Outras receitas de

capital

Receita

Receita Corrente Receita de Capital

TotalImpostos directos e cont. p/ a Seg. Soc.

Impostos indirectos

Taxas, multas e outras

penalid.

Rendi-mentos proprie-

dade

Transfe-rências

correntes

16 820

31 048 349

34 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

Page 129: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

H. Finanças Públicas – Contabilidade Pública – Contas Consolidadas

H.7. Conta Consolidada da Administração Central e Segurança Social por Subsectores

(continuação)

1995 6 673 1 401 3 949 7 148 493 19 666 700 1 837 2 537 22 203 1 080 -2 869 -3,41996 7 233 1 268 3 694 8 421 495 21 112 677 2 013 2 690 23 802 189 -3 505 -3,91997 7 831 1 203 3 387 9 173 454 22 048 725 2 185 2 910 24 958 1 010 -2 377 -2,51998 8 503 1 239 2 905 9 919 573 23 140 720 2 512 3 231 26 371 998 -1 907 -1,81999 9 169 1 363 2 949 11 098 647 25 227 726 2 583 3 309 28 535 865 -2 083 -1,82000 9 979 1 463 3 526 12 229 617 27 814 554 2 579 3 133 30 947 1 007 -2 518 -2,12001 10 758 1 356 3 765 12 955 616 29 451 624 2 926 3 550 33 000 -685 -4 451 -3,52002 12 052 1 448 3 828 15 587 774 33 688 467 2 890 3 357 37 045 -1 123 -4 950 -3,72003 12 245 1 361 4 030 14 611 846 33 093 612 2 803 3 415 36 508 -823 -4 853 -3,62004 13 110 1 473 3 741 18 036 712 37 073 621 2 952 3 573 40 645 -5 507 -9 248 -6,6

1995 2 707 2 439 33 3 095 762 9 036 1 190 997 2 187 11 223 207 173 0,21996 2 936 2 674 24 3 573 705 9 911 1 328 1 216 2 544 12 455 313 289 0,31997 3 236 2 748 20 3 846 662 10 511 1 391 1 192 2 583 13 093 1 168 1 148 1,21998 3 585 2 891 16 4 295 668 11 456 1 360 1 457 2 816 14 272 944 928 0,91999 3 918 3 274 10 4 676 721 12 600 1 387 1 644 3 031 15 630 1 184 1 173 1,02000 4 393 3 732 13 5 283 685 14 107 1 375 1 331 2 706 16 813 1 295 1 282 1,12001 5 080 3 883 17 5 670 848 15 499 1 468 1 624 3 092 18 591 943 925 0,72002 5 130 5 317 14 6 353 778 17 591 1 402 1 425 2 827 20 418 511 498 0,42003 3 895 3 766 42 8 162 1 316 17 181 1 160 1 342 2 502 19 683 1 118 1 076 0,82004 4 042 6 953 56 7 450 1 533 20 032 1 390 1 082 2 472 22 505 2 104 2 048 1,5

1995 9 380 3 840 3 983 5 960 1 255 24 419 1 890 1 774 3 663 28 082 1 283 -2 699 -3,21996 10 169 3 942 3 718 7 268 1 200 26 297 2 006 2 077 4 084 30 381 502 -3 216 -3,61997 11 066 3 950 3 407 8 030 1 116 27 570 2 117 2 153 4 269 31 839 2 178 -1 229 -1,31998 12 087 4 130 2 922 8 766 1 242 29 147 2 079 2 613 4 692 33 839 1 942 -980 -0,91999 13 086 4 637 2 959 9 575 1 368 31 627 2 113 2 868 4 980 36 607 2 049 -910 -0,82000 14 372 5 195 3 538 10 699 1 302 35 107 1 929 2 552 4 481 39 588 2 303 -1 235 -1,02001 15 838 5 238 3 783 11 163 1 464 37 487 2 092 3 099 5 190 42 678 257 -3 526 -2,82002 17 181 6 765 3 841 12 785 1 553 42 125 1 869 2 852 4 721 46 846 -611 -4 453 -3,32003 16 140 5 127 4 073 14 645 2 162 42 147 1 772 2 867 4 640 46 787 497 -3 575 -2,62004 17 152 8 426 3 797 15 208 2 245 46 827 2 012 2 709 4 721 51 548 -3 404 -7 200 -5,1

1995 156 69 82 7 236 0 7 543 64 488 553 8 096 -520 -602 -0,71996 164 72 4 7 728 0 7 968 73 634 707 8 676 464 460 0,51997 176 78 0 8 176 0 8 430 69 1 078 1 147 9 577 227 227 0,21998 198 85 0 8 907 0 9 189 101 1 309 1 411 10 599 177 177 0,21999 217 93 0 9 721 0 10 030 105 1 435 1 540 11 571 -46 -46 0,02000 226 97 0 10 669 0 10 993 112 1 186 1 297 12 290 221 221 0,22001 274 117 3 11 684 0 12 079 105 1 402 1 506 13 586 -247 -251 -0,22002 287 123 3 12 798 0 13 212 60 1 004 1 064 14 276 845 842 0,62003 292 125 0 14 526 274 15 218 57 19 76 15 293 631 631 0,52004 374 182 3 15 475 467 16 500 41 31 72 16 573 279 276 0,2

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, Conta Geral do Estado, óptica de caixa.Nota: Conta Geral do Estado não inclui Fundo de Regularização da Dívida, Assembleia da República e Contas de Ordem ; a partir de 2000 os encargos correntes da dívida incluem os pagamentos de juros de Certificado de Aforro .

Total

Aquisi-ções de bens de capital

Pessoal

Aquisição de bens,

serviços e outra

despesa corr

Encargos correntes da dívida

Transfe-rências

de capitalTotal

Transfe-rências

correntes

Subsí-dios

Estado

Fundos e Serviços Autónomos

Administração Central

Segurança Social

Em % do PIB

106 EUR

Despesa

Saldo primário

Capacidade (+)/ necessidade(-) de

financiamentoDespesa corrente Despesa de capital

Total

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 35

Page 130: A Economia Portuguesa - MarKZonE · 1999-11-30 · ˜˜˜H1 ˜˜HQuadro 2 ... ˜˜˜H2 ˜˜HQuadro 3. ... ˜˜˜H27 ˜˜HQuadro 13

H. Finanças Públicas – Contabilidade Pública – Estado

H.8. Execução Orçamental do Estado a

(continua)

1994 4 318 1 549 5 942 5 182 1 991 612 706 1 065 9 823 16 973 3781995 4 588 1 946 6 602 5 611 2 134 698 753 933 10 342 18 753 5811996 5 101 2 436 7 603 5 642 2 236 772 803 918 10 610 20 052 2441997 5 248 3 076 8 406 6 404 2 229 815 859 933 11 509 22 245 3361998 5 567 3 617 9 274 7 072 2 477 1 005 936 918 12 663 24 066 3981999 5 994 3 942 10 032 7 906 2 484 1 204 974 1 026 13 865 25 698 7532000 6 740 4 470 11 316 8 673 2 114 1 205 1 034 1 035 14 373 27 624 8052001 7 164 4 077 11 338 8 966 2 146 1 193 1 065 1 146 14 843 28 160 3892002 7 258 4 431 11 898 9 957 2 745 1 150 1 160 1 219 16 611 30 664 1 4312003 7 379 3 768 11 255 10 562 2 946 985 1 224 1 350 17 338 30 912 7462004 7 464 3 898 11 381 10 352 2 963 1 123 1 027 1 336 17 067 30 923 3602005 7 752 3 735 11 549 11 661 2 993 1 174 1 323 1 453 18 951 32 602 380

1995 6,2 25,6 11,1 8,3 7,2 14,2 6,7 -12,4 5,3 10,5 53,71996 11,2 25,2 15,2 0,6 4,8 10,6 6,6 -1,6 2,6 6,9 -57,91997 2,9 26,3 10,6 13,5 -0,3 5,5 7,0 1,6 8,5 10,9 37,31998 6,1 17,6 10,3 10,4 11,1 23,3 8,9 -1,6 10,0 8,2 18,61999 7,7 9,0 8,2 11,8 0,3 19,9 4,0 11,8 9,5 6,8 89,22000 12,4 13,4 12,8 9,7 -14,9 0,1 6,1 0,8 3,7 7,5 6,92001 6,3 -8,8 0,2 3,4 1,5 -1,0 3,0 10,7 3,3 1,9 -51,62002 1,3 8,7 4,9 11,0 27,9 -3,6 8,9 6,4 11,9 8,9 267,52003 1,7 -15,0 -5,4 6,1 7,3 -14,4 5,6 10,7 4,4 0,8 -47,92004 1,1 3,4 1,1 -2,0 0,6 14,0 -16,1 -1,0 -1,6 0,0 -51,72005 3,9 -4,2 1,5 12,6 1,0 4,5 28,8 8,8 11,0 5,4 5,5

(continuação)

1994 6 036 902 485 7 057 3 836 18 548 575 1 670 2 253 -3 449 -4,41995 6 674 1 097 493 7 148 3 949 19 666 691 1 838 2 538 -2 870 -3,41996 7 233 1 107 495 8 421 3 694 21 112 669 2 025 2 690 -3 505 -3,91997 7 831 1 014 454 9 172 3 387 22 047 705 2 205 2 910 -2 376 -2,51998 8 503 1 032 573 9 919 2 905 23 140 696 5 092 3 231 -1 907 -1,81999 9 169 1 133 647 11 098 2 949 25 227 698 2 610 3 309 -2 084 -1,82000 9 979 1 213 617 12 229 3 526 27 814 531 2 602 3 133 -2 518 -2,12001 10 758 1 121 616 12 956 3 766 29 451 624 2 926 3 550 -4 452 -3,52002 12 052 1 220 775 15 587 3 828 33 688 467 2 890 3 357 -4 950 -3,72003 12 245 1 057 847 14 613 4 030 33 096 612 2 803 3 415 -4 853 -3,62004 13 113 1 177 712 18 038 3 741 37 078 621 2 952 3 574 -9 368 -6,62005 13 671 1 209 652 18 864 3 969 38 629 653 2 798 3 451 -9 097 -6,3

1995 10,6 21,7 1,6 1,3 3,0 6,0 20,2 10,0 12,71996 8,4 0,9 0,3 17,8 -6,5 7,4 -3,2 10,2 6,01997 8,3 -8,4 -8,2 8,9 -8,3 4,4 5,3 8,9 8,21998 8,6 1,8 26,1 8,1 -14,2 5,0 -1,3 131,0 11,01999 7,8 9,8 13,0 11,9 1,5 9,0 0,4 -48,7 2,42000 8,8 7,1 -4,7 10,2 19,6 10,3 -23,9 -0,3 -5,32001 7,8 -7,6 -0,2 5,9 6,8 5,9 17,5 12,5 13,32002 12,0 8,8 25,7 20,3 1,6 14,4 -25,2 -1,2 -5,52003 1,6 -13,3 9,3 -6,3 5,3 -1,8 31,1 -3,0 1,72004 7,1 11,3 -15,9 23,4 -7,2 12,0 1,5 5,3 4,62005 4,3 2,7 -8,4 4,6 6,1 4,2 5,0 -5,2 -3,4

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, DGO, Boletim Informativo, óptica de caixa.a - óptica da contabilidade pública.

-1,4-1,25,4

12,4

8,38,17,50,4

32 095

106 EUR

::

30 947

::

::::

:

37 04536 511

Variação, em percentagem

6,7

26 37128 535

33 001

42 079

3,5 :

8,56,6

12,3-1,4

7,24,95,78,2

20 80022 20323 80224 957

% do PIB

Transfe-rências

correntes

Encargos correntes da dívida

TotalAquisição

de bens de capital

DespesaCapacidade (+)/

necessidade(-) de financiamento

Despesa corrente Despesa de Capital

TotalDespesas com

pessoal

Aquisição de bens e serviços

SubsídiosTransfe-rências

de capitalTotal

31 658

Variação, em percentagem

32 982

24 46426 45128 42928 549

IRC Total

20 29722 581

106 EUR

ISP IAImposto sobre o tabaco

Imposto de selo

Receita de capital Total

IRS IVA Total

19 334

31 283

Receita

Impostos directos Impostos indirectosReceita corrente

:

40 651

11,3

11,45,0

11,3

17 351

36 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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H. Finanças Públicas – Contabilidade Pública – Estado

H.9. Despesas de Estado - Classificação Económica a

1995 6 673 1 401 493 7 149 3 949 19 665 691 2 565 3 256 945 7 546 400 31 8131996 7 233 1 268 495 8 421 3 694 21 112 665 3 926 4 591 70 7 390 404 33 5661997 7 831 1 202 455 9 173 3 388 22 048 705 6 325 7 029 79 20 064 439 49 6591998 8 503 1 239 573 9 919 2 906 23 140 696 5 092 5 788 82 12 791 513 42 3141999 9 169 1 363 648 11 098 2 949 25 227 698 4 090 4 788 68 9 711 528 40 3222000 9 979 1 464 617 12 229 3 526 27 814 531 4 914 5 446 87 7 782 638 41 7672001 10 758 1 356 616 12 956 3 766 29 451 624 3 341 3 965 81 11 134 735 45 3662002 12 052 1 448 774 15 587 3 828 33 688 467 3 296 3 763 969 15 437 702 54 5592003 12 245 1 361 847 14 613 4 030 33 096 612 2 803 3 415 120 29 409 0 66 0392004 13 110 1 473 712 18 037 3 741 37 074 621 4 033 4 654 735 28 248 0 70 711

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, DGO, Conta Geral do Estado, óptica de caixa. a - óptica da contabilidade pública.

H.10. Despesas de Estado - Classificação Funcional a

(continua)

1995 1 197 1 447 1 214 4 014 3 481 3 083 558 2681996 1 060 1 475 1 289 4 430 3 776 3 190 595 3241997 1 164 1 369 1 360 4 864 4 019 3 601 654 3181998 1 319 1 387 1 461 5 354 4 313 3 899 804 3781999 1 461 1 502 1 566 5 813 4 924 4 167 883 4292000 1 637 1 711 1 607 6 203 5 319 4 771 861 4492001 1 614 1 758 1 849 6 730 5 824 4 825 872 4472002 1 648 1 729 2 261 7 277 8 062 5 999 946 4832003 1 499 1 684 2 303 7 005 6 329 6 303 891 4302004 2 314 1 872 2 355 7 132 8 454 7 519 661 488

(continuação)

1995 598 228 1 033 179 46 12 214 2 255 14 4691996 611 184 1 082 198 55 12 985 2 312 15 2981997 663 205 992 219 60 27 571 2 603 30 1731998 687 233 1 053 227 66 18 253 2 879 21 1321999 701 242 953 211 93 14 139 3 237 17 3762000 622 229 980 232 76 13 620 3 449 17 0692001 682 238 1 075 364 104 15 314 3 670 18 9842002 724 236 995 287 246 19 671 3 996 23 6662003 645 107 993 101 264 33 438 4 046 37 4842004 875 9 1 101 58 365 33 069 4 441 37 509

H.11. Despesa em Benefícios Fiscais

20002001200220032004

2005e2006p

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, "Orçamento do Estado para 2006 - Outubro 2005". e - estimativa. p - OE 2006.880235 260 118 194 72

73 1 239584 290 112 17975 1 256

528 270569 343 93 175

75 182

120 1 00583 1 11468 1 123

488 280 73 190464 199 67 155

106 EUR

405 173 66 157 77 878

ISP IA Total

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, DGO, Conta Geral do Estado, óptica de caixa.a - óptica da contabilidade pública; b - recreativos e religiosos; c -pecuária, silvivultura, caça e pesca.

IRS IRC IVA

2 490 54 5592 110 66 039

2 140 41 7672 463 45 366

2 267 42 3142 201 40 322

31 8132 129 33 5672 138 49 660

5 486 20 958

Funções económicas Outras funcções

TotalAgricultura e outras c

Indústria e energia

Transpor-tes e

comuni-cações

Comércio e turismo Outros

5 221 18 6975 637 22 766

4 530 16 2164 955 17 603

3 893 13 4564 167 14 748

3 858 11 4033 824 12 316

Habitação e serviços colectivos

Culturais e outrasb Total

106 EUR

106 EUR

Funções gerais de soberania Funções sociais

Serviços gerais

Defesa nacional

Segurança e ordem públicas

Total Educação SaúdeSegurança

e acção social

Contas de ordem TotalDespesas

com pessoal

Bens e serviços Subsídios

Transfe-rências

correntesJuros Total Bens de

capital

Transfe-rências

de capital

Despesa corrente Despesa de capitalActivos finan-ceiros

Passivos finan-ceirosTotal

6 540 24 254

2 408 70 711

Total

Opera-ções da dívida pública

Transfe-rências

entre AP'sTotal

106 EUR

2 084

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 37

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H. Finanças Públicas – Contabilidade Pública – Estado

H.12. Dívida Directa do Estado

% do PIB

1999 43 555 31 672 - 14 768 12 496 4 351 282 4 633 55,92000 46 271 34 894 - 15 969 13 672 3 685 251 3 937 55,02001 50 519 41 563 - 17 015 14 743 4 774 143 4 917 56,72002 57 924 51 702 - 18 887 15 537 2 584 80 2 664 59,42003 63 213 54 674 4 165 18 995 15 854 1 153 16 1 169 61,42004 69 795 56 478 10 137 20 573 15 903 356 15 371 64,32005 81 567 67 091 12 394 19 820 16 246 363 9 372 69,9

Fonte: Instituto de Gestão do Crédito Público.

H.13. Necessidades de Financiamento do Estado(continua)

2004 9 248 539 148 710 6 140 5 719 1 357 815 1302005e 9 904 1 500 560 689 7 246 13 266 1 294 0 222006p 7 994 813 1 600 1 280 7 137 16 333 1 504 0 13

(continuação)

20042005e2006p

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, "Orçamento do Estado para 2006 - Outubro 2005". e - estimativa; p - OE.

H.14. Saldos de Tesouraria do Estado

2001 Dez 892 18 84 250 457

: 72 153 83 12 62002 Dez 1 546 25 97 438 1 171

: 1 462 100 6 122003 Dez 1 634 23 55 569 295

: 3 168 79 2 102004 Jun 2 120 17 1 356 44

: 23 47 6 2 5Dez 1 351 13 21 381 217 6 196 79 10 62005 Jun 1 118 16 5 383 78 : 26 49 6 8 1

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, "Orçamento do Estado para 2006 - Outubro 2005".

2 839

1 688

2 2802 620

3 857

106 EUR

Total

2 027

106 EUR

TotalAlfânde-gas

Tesoura-rias

finançasIVA

Outros Cheques a cobrar

Aplica-ções finan-ceiras nas IC

Contas em divisas

Conta receb.

DGT-DUC

Conta caixas nas IC

Alfânde-gas

Tesoura-rias

finanças

Conta caixa do tesouro Outras

caixas do tesouro

33 224 1 990 0162

946 033 103 43 33 06134 113 0 34 113 34 113

9 127 24 986

106 EUR

23 385 363 23 184 23 548 193

3. Necessidades de financiamento brutas

(1. + 2.)

4. Fontes de financiamento5. Excesso de financiamento

(4. – 3.)Saldo de financiam.

de orçamentos anteriores

Emissões dívida relat. ao orçam. do

ano e no per. Total

Memoradum: emissões dívida relat. ao orçamen-to do ano

106 EUR

9 22611 275 21 828

14 160

Swaps de capital

(líquido)Total

Médio e longo prazos

Curto prazo

Total

Amortizável euro Certifica-dos de aforro

Amorti-zável não

euro

Cap (+)/ Nec (-)

liq. financiam

ento

Aquisição líquida de

activos finan-ceiros

Regulari-zação de dívidas e assunção

de passivos

Redução de dívida c/ receitas

de privatiza-ções (-)

82 208 83 377

1. Necessidades de financiamento líquidas 2. Amortizações e anulações (dívida fundada)

90 73990 368101 386 101 758

67 534 72 45076 810 79 475

Dívida total

Dívida em euro

Transac-cionável

da qual: OT Obriga-

ções do tesouro

da qual: BT

Bilhetes do tesouro

TotalNão

transac-cionável

da qual: Certifica-dos de aforro

Transac-cionável

Não transac-cionável

58 323 62 95662 239 66 176

Dívida em não euro

38 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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H. Finanças Públicas – Contabilidade Pública – Estado

H.15. Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

2001 2002 2001 2002

Total 59 660 62 602 6 204 6 400até 1 13 16de 1 a 3 500 862 853 6 9de 3 500 a 5 000 1 600 1 556 6 7de 5 000 a 7 500 4 002 4 205 41 40de 7 500 a 10 000 4 486 4 661 74 72de 10 000 a 13 500 2 748 2 837 153 146de 13 500 a 16 000 3 500 3 586 138 131de 16 000 a 19 000 8 095 8 335 210 197de 19 000 a 22 500 3 975 4 242 277 279de 22 500 a 27 500 4 543 4 607 422 403de 27 500 a 30 000 1 880 2 040 203 215de 30 000 a 40 000 1 645 1 799 773 806de 40 000 a 50 000 1 628 1 699 697 744de 50 000 a 75 000 7 129 7 695 1 181 1 258de 75 000 a 100 000 9 065 9 950 681 760de 100 000 a 250 000 3 370 3 649 931 1 006mais de 250 000 1 132 889 398 311Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, DGCI/DGITA.

H.16. Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas em 2003

positivo negativo positivo negativo

Total 20 901 8 742 18 888 8 2320 10 344 8 485 4 987 8 229

de 0 a 5 150 21 187 1de 5 a 18 357 19 635 0de 18 a 50 525 17 835 0de 50 a 250 1 340 50 1 782 2de 250 a 1 250 1 474 37 1 804 0de 1 250 a 25 000 3 392 113 4 191 0mais de 25 000 3 318 0 4 469 0Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, DGCI/DGITA.

H.17. Imposto sobre o Valor Acrescentado em 2003

Total 56 840 184 102 13 178 23 890 24 000 40 231 38 331

Continente 54 346 178 127 12 605 23 738 17 154 39 056 37 539Madeira 1 151 4 105 333 119 6 678 1 012 696Açores 1 343 1 869 240 32 168 163 96

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública, DGCI/DGITA.

1 033

1 253

Colecta 103 EUR

117

2608 472 1824 346

2 055 2074 803 394

34

106 EUR

74 148

904 10

63 015 6 258

716

106 EUR

323 05512 978

3 498

339 531

Volume de negócio por taxa de IVA

Volume de negócio Taxa reduzida

Taxa normal

Taxa intermédia

Trans-missões

intra-comuni-

tárias

Exporta-ções para

países terceiros

Trans-missões

isentas s/ direito

dedução

Aquisi-ções inter-comuni-

tárias

9153 238 8643 469

3571 614 3901 552

87765 159538

0128 13

011 306 2 785

Matéria colectável IRC liquidado

106 EUR

Lucro Tributável

6811 813

Resultado Líquido

7851 699

3 7761 047 374

7 5379 961

Rend. bruto EUR

Rendimento bruto IRS

2003 2003

9

3 6412 798 132

1 466

4 548 65

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 39

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H. Finanças Públicas – Contabilidade Pública – Segurança Social

H.18. Conta da Segurança Social - Dados Financeiros

1997 789 995 3 5851998 797 1 024 3 9321999 944 1 165 4 2802000 1 032 1 205 4 7722001 1 143 1 226 5 3602002 1 254 1 267 5 9122003 1 344 1 291 6 408

2004e 1 485 1 333 6 9842005e 1 547 1 341 7 7612006p 1 692 1 467 8 355

Fonte: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.e- estimativa p- orçamento.

H.19. Segurança Social - Dados Demográficos

1996199719981999200020012002200320042005

Fonte: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social. ----- Quebra de série.

H.20. Conta da Caixa Geral de Aposentações - Dados Financeiros

888 135 141 1 369 1,5 2 599 320 3,3928 141 150 1 559 1,6 2 887 352 4,2

1 013 158 153 1 726 1,6 3 138 378 4,11 111 183 169 1 807 1,6 3 388 433 4,51 217 197 187 2 020 1,7 3 726 439 4,91 346 218 197 2 003 1,5 : : 5,31 415 256 202 2 355 1,7 4 438 511 6,01 446 410 215 2 543 1,8 4 930 536 7,21 462 456 214 3 107 2,2 5 406 581 9,01 531 494 225 3 219 2,2 5 729 616 8,6

Fontes: Caixa Geral de Aposentações, INE (nova série do PIB - base 2000) e Ministério das Finanças e da Administração Pública. a - Administração Regional e Local e Fundos Autónomos.

H.21. Conta da Caixa Geral de Aposentações - Dados Demográficos

Fonte: Caixa Geral de Aposentações. 2005 740 378 127

38 295

2003 6 500

618 305 1 621 2 544

6 500

2001

1 51711 438

191243

163152177

Beneficiários de subsídio de desemprego

172

172

44

4442

5751

Milhares537 392 1 461 2 390 62 171

Total

1 10310 448 9 043

Subsídio de doença (106 dias)

11 514 1 886 488

Pensionistas

Sobrevivência Invalidez Velhice Total

778 355 122

771 316 120779 330 121

709 302 116747 309 117

654 285 111681 294 113

Milhares648 273 109

Subscritores activos Aposentados e reformados Pensionistas

7 821 7 8212004 8 179 8 1792005

4 797 4 7972002 5 446 5 446

1999 4 085 4 0852000 4 414 4 414

1997 3 824 3 8241998 3 726 3 726

106 EUR1996 2 977 2 977

Total % do PIBEmprega-dos

Emprega-doresa Total % do PIB

41

Fontes de financiamento Despesas

Contribuições de: Pensões a cargo do Estado

Subsídios do Estado

Total Pensões de velhice

Pensão de sobrevi-vência e outras

598 333 1 536 2 46838

577 336 1 474 2 387583 335 1 498 2 416

599 370 1 511 2 480585 394 1 462 2 441573 398 1 460 2 432557 398 1 460 2 415

1 30610 429 9 803 1 663 48610 955 10 649 1 803 466

1 2481 490 482 1 153

10 161 8 433 1 090 465

9449 602 7 728 870 468 9818 769 7 009 803 447

6318 031 6 388 732 421 7257 405 5 753 654 451

106 EUR6 847 5 369 660 454 540

Receitas Despesas

ContribuiçõesPensões Subsídio de desem-

prego Subsídio de doença Acção socialSobrevi-vência Invalidez Velhice

610 324 1 574 2 508 43 287

737 368 123

199619971998199920002001200220032004

40 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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H. Finanças Públicas – Crédito às Administrações Públicas

H.22. Financiamentoa

2000 -298 -405 375 375 627 626 -716 -90 -13 -200 2 663 2 463 2 4512001 1 201 -438 -140 100 419 404 1 968 2 388 3 448 -268 3 794 3 527 6 9752002 -3 085 -1 915 1 794 1 073 258 215 3 413 3 671 2 380 117 4 017 4 135 6 5152003 -541 -646 2 287 1 322 -137 -182 -1 231 -1 368 378 -61 4 887 4 826 5 2032004 302 -82 4 877 2 647 -449 -412 -1 977 -2 426 2 753 558 5 994 6 553 9 3062005 -280 268 -178 947 -107 -130 235 128 -331 -658 10 021 9 363 9 033

2000 792 -8 -423 -423 : : 8 8 378 -2 -462 -464 -862001 714 0 -95 -389 : : 14 14 633 -38 -522 -561 732002 -99 0 -1 371 -615 : : -24 -24 -1 494 2 -63 -62 -1 5562003 1 358 0 -1 236 -269 : : -14 -14 108 -2 -1 -3 1052004 441 0 -2 549 -383 : : 51 51 -2 057 -41 -59 -100 -2 1572005 1 0 1 067 15 : : -55 -55 1 013 3 -41 -39 974

2000 126 -191 -4 -4 : : 233 233 355 -6 1 -5 3502001 606 -34 -15 -1 : : -35 -35 557 33 76 108 6662002 463 2 -5 0 : : -22 -22 436 68 13 81 5172003 451 2 -1 -16 : : -2 -3 447 34 128 161 6082004 9 39 -29 0 : : -45 -45 -65 31 8 38 -272005 320 -2 24 0 : : -10 -10 334 -31 -17 -48 286

2000 -217 0 52 52 : : 0 0 -165 0 6 6 -1592001 -69 0 249 289 : : 0 0 180 0 209 209 3902002 -347 0 -418 -458 : : 0 0 -765 0 -403 -403 -1 1682003 -235 0 -1 049 -1 036 : : 0 0 -1 284 0 -281 -281 -1 5652004 12 0 -2 299 -2 263 : : 0 0 -2 287 0 -99 -99 -2 3862005 -231 0 -913 -961 : : 0 0 -1 144 0 -68 -67 -1 212

2001 2 452 -472 : : 419 404 1 947 2 367 4 390 -273 3 557 3 283 8 1042002 -3 068 -1 913 : : 258 215 3 367 3 625 731 187 3 564 3 751 4 3082003 1 033 -644 : : -137 -182 -1 247 -1 385 609 -29 4 733 4 703 4 3512004 764 -43 : : -449 -412 -1 971 -2 420 516 548 5 844 6 392 4 7362005 -190 266 : : -107 -130 170 63 1 016 -686 9 895 9 209 9 081

Fonte: Banco de Portugal. a - fluxos acumulados no ano; b - consolidado no sector; c - incluem-se, a partir de 2001, depósitos no Tesouro de entidades pertencentes ao SectoPúblico que não são classificadas como entidades da Administração Pública em termos estatísticos.

Administração Regional e Local b

Total do qual: títulos Total do qual:

títulos

Fundos de Segurança Social b

Administrações Públicas (não consolidado)

Total

106 EUR

Estado b

Serviços e Fundos Autónomos b

Emprés-timos e

depósitosTítulos Total

Títulos

Crédito líquido de residentesc Crédito líq. de não residentes

Total

Instituições financeiras e

monetárias (IFM)

Administrações públicas, excepto o sector respectivo

Outros sectores

TotalEmprésti-mos e de-

pósitos

dos quais:

certifica-dos de Aforro

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 41

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H. Finanças Públicas – Privatizações

H.23. Receitas de Privatizações 1989 - 2005

Em % do PIB Em % do PIB Em % do PIB

1989 0,9 0,6 0,5

1990 1,6 1,2 0,7

1991 1,4 0,9 0,6

1992 2,3 1,6 1,5

1993 0,6 0,5 0,4

1994 1,2 0,6 0,2

1995 2,1 0,8 0,7

1996 2,5 2,1 1,6

1997 4,4 4,2 3,2

1998 3,6 2,4 1,4

1999 1,4 1,2 0,5

2000 2,6 1,9 0,6

2001 0,4 0,3 0,2

2002 0,2 0,3 0,2

2003 0,0 0,0 0,0

2004 0,5 0,5 0,5

2005 0,0 0,0 0,00,0 0,0 0,0Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública e INE (nova série do PIB - base 2000). * - O montante de 710 m. € de amortização de dívida é superior à receita do Estado devido aoperações internas de recomposição de carteira dentro do SPA.

Total Receita do Estado

862,9

1 564,0

401,0

938,3

1 802,8

2 306,2

4 321,4

3 852,5

Amortização de dívida

106 EUR

393,4

845,8

1 553,0

3 214,7

547,0

260,4

43,0

785,9

106 EUR 106 EUR

284,8

651,9

542,7

1 102,3

331,7

467,9

720,8

1 900,9

4 119,6

2 556,3

1 370,2

2 312,9

414,6

406,3

43,0

658,2

223,5

357,6

364,1

997,1

255,9

149,6

612,5

1 448,0

3 166,4

1 443,0

623,5

735,2

280,0

327,6

8,6

710,0 *

42 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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H. Finanças Públicas – Privatizações

H.24. Principais Privatizações 1997 - 2004

106 EUR 106 USD

Banco Fomento e Exterior 3ª 07.02.97 3,5 27,9 33,5 BancárioEDP 1ª 18.06.97 16,2 1 053,0 1 210,9 ElectricidadeEDP 1ª 18.06.97 13,4 899,8 1 034,8 ElectricidadeLusosider-Aços Planos 2ª 23.07.97 0,3 0,3 0,3 SiderurgiaSN-Longos 2ª 04.08.97 2,3 2,3 2,5 SiderurgiaQuimigal 1ª 29.08.97 90,0 40,6 44,7 QuímicoPortugal Telecom 3ª 09.10.97 9,1 626,6 703,6 TelecomunicaçõesPortugal Telecom 3ª 09.10.97 16,9 1 184,9 1 330,4 TelecomunicaçõesBRISA 1ª 24.11.97 19,9 274,5 310,7 Conces.auto-estradasBRISA 1ª 24.11.97 15,1 215,3 244,1 Conces.auto-estradas

Total 4 325,3 4 915,3

CIMPOR 3ª 18.05.98 15,4 408,0 446,6 CimentoCIMPOR 3ª 18.05.98 9,1 246,4 269,7 CimentoEDP 2ª 29.06.98 2,3 289,8 313,5 ElectricidadeEDP 3ª 29.06.98 11,2 1 414,1 1 529,3 ElectricidadeEDP 3ª 29.06.98 5,7 729,9 789,5 ElectricidadeQuimigal 2ª 31.07.98 10,0 4,4 4,9 QuímicoBRISA 2ª 09.11.98 15,1 362,7 422,1 Conces.auto-estradasBRISA 2ª 09.11.98 15,5 387,3 450,8 Conces.auto-estradas

Total 3 842,7 4 226,4

Carbolis 1ª 03.03.99 100,0 3,0 3,2 QuímicoSOPORCEL 1ª 20.04.99 4,0 20,7 22,1 Pasta de PapelSOPORCEL 1ª 20.04.99 6,4 34,2 36,5 Pasta de PapelCª de Papel do Prado 1ª 20.05.99 95,0 30,7 32,6 PapelBRISA 3ª 25.05.99 10,8 276,4 293,7 Conces.auto-estradasBRISA 3ª 25.05.99 8,5 221,4 235,3 Conces.auto-estradasFapajal 1ª 28.06.99 99,3 4,1 4,3 PapelPortugal Telecom 4ª 12.07.99 3,8 267,1 270,4 TelecomunicaçõesPortugal Telecom 4ª 12.07.99 9,6 680,6 689,1 TelecomunicaçõesTabaqueira 2ª 24.09.99 25,0 71,0 75,6 Tabaco

Total 1 609,3 1 662,8

Dragapor 1ª 09.05.00 100,0 3,2 2,9 ConstruçãoGALP 2ª 13.07.00 15,0 433,5 400,3 Energético/PetrolíferoTabaqueira 3ª 13.07.00 0,9 2,5 2,3 TabacoTabaqueira 3ª 03.08.00 9,2 26,9 24,9 TabacoEDP 4ª 23.10.00 7,43 650,1 600,4 ElectricidadeEDP 4ª 23.10.00 12,0 1 096,9 1 013,1 ElectricidadePortugal Telecom, S.A. 5ª 04.12.00 3,6 379,5 350,5 TelecomunicaçõesPortugal Telecom, S.A. 5ª 04.12.00 2,5 282,4 260,8 TelecomunicaçõesPortugal Telecom, S.A. 5ª 04.12.00 2,6 294,9 272,3 Telecomunicações

Total (b) 2 875,0 2 655,3

BRISA (c) 4ª 16.07.01 4,0 111,7 103,4 Conces.auto-estradasBRISA (c) 4ª 16.07.01 0,8 22,2 20,6 Conces.auto-estradasCIMPOR (d) 4ª 30.07.01 10,0 410,1 379,6 Cimento

Total (e) 410,1 379,6

Banco Comercial dos Açores 5ª 04.03.03 15,0 8,3 8,9 BancárioGescartão, S.A. 2ª; 3.ª 14.07.03 35,0 43,0 46,5 Papel

Portucel-Emp. Pro. Pasta e Papel 2ª 06.04 30,0 159,7 198,0 Pasta de PapelEDP 5ª 15.11.04 19,0 498,5 618,1 Electricidade

Total 658,2 816,1Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública.

Principais Privatizações 1997-2004Empresa

Fase Data Encaixe LíquidoModalidade % do capital privatizado

OPVOPV

Venda directaOPVOPV

Concurso PúblicoOPV

Venda DirectaOPV

Venda Directa

OPVVenda directa

1998

Venda directaOPV

Venda directaOPV

OPV

OPVVenda directa

OPVVenda directa

Venda directaOPV

1999

Venda directaOPV

Venda directaVenda directa

OPVVenda directa

Sector

2002

2003

Concurso Público

Venda de referência 1

OPV

2004

1997

Venda Directa

2001

Venda DirectaConcurso Público

OPV

Venda directaOPV

Venda directa

a - A venda de referência representa uma troca de acções com a Caixa Geral de Depósitos - o proprietário inicial das acções - não havendo deste modo qualquer receita para o Estado. b -Excluindo a venda de referência da PT. c - Antes da privatização, estas acções pertenciam à Parpública, o que significa que a mesma não representa qualquer receita para o Estado. d - Vendade um lote indivisível de acções por Concurso Público. e - Excluindo a Brisa.

OPV

2000

OPVOPV

Venda directaVenda directa

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 43

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H. Finanças Públicas – Privatizações

H.25. Principais Privatizações 1989 - 1996

% do capitalprivatizado 106 EUR 106 USD

Unicer 1ª 26.04.89 49,0 46,7 60,4 BebidasBanco Totta & Açores 1ª 10.07.89 49,0 142,6 182,7 BancárioAliança Seguradora 1ª 02.10.89 49,0 35,4 44,7 SegurosTranquilidade 1ª 04.12.89 49,0 128,6 166,0 Seguros

Unicer 2ª 28.06.90 51,0 66,3 90,7 BebidasBanco Totta & Açores 2ª 31.07.90 31,0 111,5 159,0 BancárioTranquilidade 2ª 09.10.90 51,0 94,3 140,5 SegurosCentralcer 12.11.90 100,0 172,5 265,4 BebidasBanco Português do Atlântico 1ª 11.12.90 33,0 248,2 381,5 Bancário

Sociedade Financeira Portuguesa 06.05.91 100,0 80,1 107,3 FinanceiroAliança Seguradora 2ª 29.05.91 51,0 33,9 45,9 SegurosBonança 1ª 25.06.91 60,0 94,0 120,4 SegurosBanco Espírito Santo & C.L. 1ª 09.07.91 40,0 303,6 384,8 BancárioBanco Fonsecas & Burnay 1ª 27.08.91 80,0 180,0 240,9 Bancário

Banco Espírito Santo & C.L. 2ª 25.02.92 60,0 444,0 627,5 BancárioMundial Confiança 14.04.92 100,0 166,8 235,8 SegurosBanco Português do Atlântico 2ª 25.05.92 17,6 252,5 377,6 BancárioPetrogal 1ª 04.06.92 25,0 203,5 305,7 Energético/PetrolíferoBanco Fonsecas & Burnay 2ª 20.07.92 20,0 44,8 72,2 BancárioImpério 17.11.92 100,0 127,3 179,8 SegurosBanif 23.11.92 16,0 26,6 37,0 BancárioCrédito Predial Português 02.12.92 100,0 203,6 288,4 BancárioBonança 2ª 09.12.92 15,0 21,5 30,7 Seguros

União de Bancos Portugueses 1ª 03.02.93 61,1 121,8 164,0 BancárioBanco Português do Atlântico 3ª 07.07.93 17,5 161,5 200,3 Bancário

Banco Português do Atlântico 4ª 25.03.94 7,5 76,7 89,5 BancárioCimentos de Maceira e Pataias 1ª 31.05.94 80,0 158,7 186,6 CimentoSECIL 1ª 31.05.94 51,0 155,6 182,8 CimentoCIMPOR 1ª 04.07.94 20,0 197,6 241,0 CimentoBanco Pinto & Sotto Mayor 1ª 16.11.94 80,0 186,0 235,1 BancárioBonança 3ª 12.12.94 25,0 32,9 40,9 SegurosBanco de Fomento e Exterior 1ª 27.12.94 19,5 96,8 119,7 Bancário

Banco Português do Atlântico 5ª 24.03.95 24,4 374,7 507,7 BancárioBanco Pinto & Sotto Mayor 2ª 28.03.95 20,0 33,8 45,9 BancárioCimentos de Maceira e Pataias 2ª 29.05.95 20,0 38,8 53,2 CimentoSECIL 2ª 29.05.95 7,9 23,7 32,5 CimentoPortugal Telecom 1ª 01.06.95 14,5 373,4 495,7 TelecomunicaçõesPortugal Telecom 1ª 01.06.95 12,8 338,9 449,8 TelecomunicaçõesPortucel Industrial 1ª 27.06.95 12,1 51,7 71,0 Pasta de PapelPortucel Industrial 1ª 27.06.95 32,2 145,4 199,5 Pasta de PapelUnião de Bancos Portugueses 2ª 11.07.95 20,0 37,4 50,9 BancárioPetrogal 2ª 31.07.95 20,0 199,5 277,1 Energético/PetrolíferoSiderurgia Nacional - Planos 31.08.95 90,0 26,9 35,4 SiderurgiaSiderurgia Nacional - Longos 28.09.95 80,0 18,7 25,2 Siderurgia

Companhia Nacional Petroquímica 1ª 24.04.96 99,0 63,2 81,3 QuímicoPortugal Telecom 2ª 11.06.96 6,7 212,8 269,6 TelecomunicaçõesPortugal Telecom 2ª 11.06.96 15,1 517,3 655,3 TelecomunicaçõesBanco de Fomento e Exterior 2ª 28.08.96 65,0 678,3 895,9 BancárioCIMPOR 2ª 15.10.96 20,5 250,5 323,2 CimentoCIMPOR 2ª 15.10.96 24,5 325,7 420,2 CimentoCompanhia Nacional Petroquímica 2ª 18.10.96 1,0 0,6 0,8 QuímicoBanco Totta & Açores 3ª 19.11.96 3,1 22,4 29,5 BancárioBanco Totta & Açores 3ª 19.11.96 10,2 79,9 105,4 BancárioTabaqueira 1ª 19.12.96 65,0 165,4 211,2 TabacoFonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública.

EmpresaFase Data

Concurso Público

OPVOPV

OPVOPV

OPV

OPV

Encaixe Líquido

OPV

OPVOPV

OPV

OPV

OPV

Sector

OPVOPV

Modalidade

Principais Privatizações 1989-1996

OPVOPV

Concurso PúblicoOPVOPVOPVOPVOPV

OPVOPV

Venda DirectaConcurso PúblicoConcurso Público

OPVConcurso Público

OPVOPV

Venda DirectaOPVOPVOPVOPV

Venda DirectaOPV

Venda Directa

OPVVenda Directa

Venda DirectaConcurso PúblicoConcurso PúblicoConcurso Público

OPVVenda Directa

Concurso Público

Concurso PúblicoOPV

Venda DirectaOPV

Venda Directa

44 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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I. Agregados de Crédito, Taxas de Juro e de Câmbio

I.1. Agregados de Crédito

1994 78 6741995 89 4751996 102 7791997 117 6771998 141 7841999 173 2102000 213 5872001 241 5682002 258 5572003 264 4722004 278 7232005 292 139

Fonte: Banco de Portugal.

I.2. Endividamento das Famílias1

1999200020012002200320042005

I.3. Taxas de Juro

1998 3,85 3,83 3,78 3,78 4,14 3,98 16 3,86 28 5,33 -119 1,30 2841999 2,86 2,97 3,05 3,18 5,62 5,57 5 5,35 27 5,63 -1 1,76 3862000 4,23 4,39 4,55 4,78 5,22 5,13 9 4,84 39 6,03 -81 1,76 3462001 4,33 4,26 4,16 4,09 5,14 5,25 -11 5,00 14 5,01 13 1,34 3802002 3,31 3,32 3,35 3,49 4,32 4,27 5 4,19 13 4,59 -27 1,27 3052003 2,35 2,34 2,31 2,34 4,37 4,29 8 4,30 7 4,00 37 1,00 3372004 2,08 2,11 2,15 2,27 3,67 3,71 -4 3,68 -1 4,26 -59 1,50 2172005 2,14 2,19 2,23 2,33 3,38 3,48 -10 3,28 10 4,28 -90 1,39 199

Em % do PIB Em % do Rendimento Disponível

Empréstimos - taxas de variação ajustadas de operações de titularização (em fim de período)

Total Aquisição de habitação Consumo

Passivo Financeiro Bruto

106 EUR

Dif.c)

(1)-(5)

Taxas Euribora)

1 mês 3 meses 6 meses 1 ano Japão (5)

Portugal (1)

Espanha (2)

Dif.c) (1)-(2)

112 192 78 110 9,2

a) Média do período b) Fim do período c) Os diferenciais estão em pontos base.

Taxas de rendibilidade das obrigações do Estado (benchmark) - 10 anos b)

11,8 6,8101 689 74 104 9,6

16 077 1 228 27 054 17 116

Crédito interno

Crédito líquido à administração central

Crédito à administração pública (excepto adm. central)

Crédito às sociedades não financeiras Crédito a particulares Crédito a particulares -

habitação

Crédito a instituições financeiras não

monetáriasTotal

106 EUR

26 93314 985 1 396 28 890 21 54514 371 1 508 30 727

5 18615 006 7 653

24 087 11 13210 33618 904

12 013

9 679 1 744 37 093 33 9424 588 2 027 45 539 44 591

50 735 21 194-854 2 308 56 500 56 859

32 433 12 60642 180 16 217

57 365 23 253-399 2 469

1 627 3 175 80 085 76 06370 667 68 921

-955 3 635 86 352 83 363

70 835 18 461-59 3 935 91 589 84 675

64 838 21 32466 368 17 964

70 835 18 461782 4 133498 4 513 97 900 99 932

93 973 90 539

0,3123 751 84 117 9,8

11,6

11,1 1,910,5

61 615 54 76 :85 :

: :: :73 790 60

82 757 64

Fonte: Banco de Portugal., Contas Nacionais Financeiras e Relatório de Estabilidade Financeira, 2005.

14,9 8,290 12,215,9 0,992 494 68 97

Alemanha (3)

Dif.c)

(1)-(3)EUA (4)

Dif.c)

(1)-(4)

em percentagem

Fontes: ECB, Reuters, IGCP.

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 45

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I. Agregados de Crédito, Taxas de Juro e de Câmbio

I.4. Taxas de Câmbio e Índices Cambiais Efectivos

1999 97,74 0,62 1,00 102,73 1,61 8,56 4,16 90,222000 97,31 -0,44 0,62 0,93 106,92 1,52 8,83 3,85 87,972001 96,86 -0,46 0,61 0,88 115,33 1,48 9,30 3,50 86,032002 99,00 2,21 0,65 1,05 124,39 1,45 9,15 4,02 94,372003 101,46 2,48 0,70 1,26 135,05 1,56 9,08 4,70 105,842004 101,74 0,28 0,71 1,36 139,65 1,54 9,02 4,08 108,092005 100,41 -1,31 0,69 1,18 138,90 1,56 9,39 3,86 100,46

1999 99,09 99,16 0,66 1,07 121,43 1,60 8,81 4,23 95,99 95,902000 96,84 -2,27 97,23 -1,95 0,61 0,92 99,53 1,56 8,45 4,01 86,14 86,012001 97,12 0,28 99,38 2,21 0,62 0,90 108,73 1,51 9,26 3,67 86,68 86,822002 97,74 0,64 101,38 2,02 0,63 0,94 118,07 1,47 9,16 3,85 89,17 90,342003 100,30 2,61 105,17 3,73 0,69 1,13 130,96 1,52 9,12 4,40 99,85 101,702004 100,94 0,64 106,18 0,96 0,68 1,24 134,40 1,54 9,12 4,53 103,82 105,882005 100,76 -0,18 : : 0,68 1,24 136,87 1,55 9,28 4,02 102,98 :

Fonte: Banco de Portugal; Banco Central Europeu.(a) - (+) - apreciação;(-)depreciação(b) - (+) - perda de competitividade;(-) - ganho de competitividade(c) - Taxa Cambial Efectiva Nominal do Euro e Taxa Cambial Efectiva Real do Euro; Índice 1999 T1=100

I.5. Taxas de Conversão Irrevogáveis para o Euro

Xelim Franco Marco Peseta Markka Franco Libra Lira Florim Escudo Dracmaaustríaco belga a alemão espanhola finlandesa francês irlandesa italiana holandês português grego

ATS BEF DEM ESP FIM FRF IEP ITL NLG PTE GRD

100 ATS 100 BEF 100 DEM 100 ESP 100 FIM 100 FRF 1 IEP 1000 ITL 100 NLG 100 PTE 100 GRD

-293,16 -

14,21 4,85 -1 209,17 412,46 8 507,18 -

43,21 14,74 304,00 3,57 -47,67 16,26 335,39 3,94 110,32 -

5,72 1,95 40,27 0,47 13,25 12,01 -14 071,42 4 799,90 98 999,92 1 163,72 32 565,72 29 518,24 2 458,56 -

16,01 5,46 112,67 1,32 37,06 33,60 2,80 1,14 -1 456,96 496,98 10 250,48 120,49 3 371,86 3 056,33 254,56 103,54 9 097,48 -2 476,33 844,70 17 422,27 204,79 5 731,00 5 194,70 432,66 175,98 15 462,56 169,97 -

a Os arrendondamentos estão de acordo com o Regulamento do Conselho (CE) Nº 1103/97, de 17 de Junho de 1997.

Fim de período

SEKUSD JPY CHF PLN TCEN (c) TCER-IPC (c)

Índice cambial efectivo para Portugal Euro

Nominal (a) (%) Real (IPC)

(b) (%) GBP

Fonte: Taxas de conversão do euro - Banco Central Europeu. a A mesma conversão aplica-se ao franco luxemburguês.

Itália Holanda Portugal Grécia

Espanha Finlândia França Irlanda

1936,27 2,203716,55957 0,787564

Taxas de câmbio cruzadas

Áustria Bélgica/Luxemb. Alemanha

200,482 340,750

Valores médios

1 Euro=

13,7603 40,3399 1,95583 166,386 5,94573

46 MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006

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J. Mercado de Capitais

J.1. Mercado de Capitais

1998 90 53 611 62 564 52 42 228 2 427 10 999 352 42 524 49 625 42 6 125 1201999 98 67 991 68 263 62 38 210 2 732 11 961 373 47 461 47 650 44 3 533 1162000 78 116 017 107 896 100 59 280 2 508 10 404 385 52 200 48 546 45 2 783 1162001 65 96 640 85 169 78 30 689 2 031 7 831 109 55 034 48 501 45 1 626 1162002 : 73 239 76 806 57 21 688 1 611 5 825 : 65 103 68 274 50 1 002 :2003 : 91 365 115 394 70 19 024 1 891 6 747 : 62 380 49 390 48 1 268 :2004 : 113 264 140 310 : 27 745 2 232 7 600 : 53 689 66 828 : 654 :2005 : 132 947 : : 31 412 2 615 8 619 : 43 596 : : 531 :

Fonte: Euronext-Lisboa.

J.2. Fundos de Investimento

1996 : 6 956 3 792 : : : 158 51 184 392 : : :1997 : 5 036 4 808 : : : 394 0 31 424 : : :1998 : 7 660 5 926 : : : 767 0 42 809 : : :1999 1 782 5 582 6 091 5 997 : : 1 667 1 206 1 023 3 896 : : :2000 1 271 5 395 5 941 5 572 3 401 21 580 2 071 305 248 2 624 24 204 22 522 222001 824 6 193 7 122 4 665 4 166 22 969 1 577 212 386 2 175 25 144 22 160 212002 562 6 411 6 937 4 170 5 015 23 094 906 189 665 1 760 24 855 26 065 192003 641 7 977 9 193 3 077 5 850 26 745 1 017 184 7 1 201 28 708 36 258 282004 766 8 696 8 771 4 159 7 050 29 442 987 254 5 1 245 31 465 42 859 :

Fonte: APFIPP.

J.3. Alguns Activos Financeiros na Posse de Famílias

1997 53 475 1 489 7 436 8 925 62 400 57 060 67,1 11 871 12 987 12,8 4,1 4,1 4,71998 53 378 1 673 8 199 9 872 63 250 54 210 62,6 12 010 14 016 12,1 2,8 3,0 3,51999 55 786 1 925 8 682 10 607 66 393 66 698 61,5 12 496 12 546 11,8 2,6 2,4 3,22000 59 831 2 121 8 660 10 781 70 612 65 704 61,1 13 672 12 715 12,0 4,4 3,4 4,72001 60 853 2 266 8 818 11 084 71 937 63 398 58,7 14 743 12 993 10,6 3,0 2,9 3,02002 60 676 2 700 8 973 11 673 72 349 75 872 56,3 15 537 16 294 12,0 2,9 2,7 2,82003 59 578 2 983 9 122 12 105 71 683 90 536 55,2 15 854 12 553 9,6 : : 2,02004 61 353 3 190 8 902 12 092 73 445 100 039 : 15 903 21 661 : : : 2,0

a) Certificados de Aforro.

Total 106 USDEm % do

PIB

Obrigações

N.º de empre-

sas cotadas

Capitalização bolsista Volume de

transac-ções

Índice PSI geral

Índice PSI 20

Emprésti-mos

regista-dos

Capitalização bolsista

Acções

Total

Depósi-tos e

equipa-mentos

Depósitos a prazo específicos TotalDívida pública destinada

exclusivamente às famílias a)

Poupan-ça

reformaTotal 106 USD

Em % do PIB

106 EUR

Depósi-tos a prazo

comuns

106 USDEm % do

PIB

Taxas (em %)

Certifica-dos de aforro

Volume de

transac-ções

Índice IORF

Total 106 USD

Fontes: IGCP, Banco de Portugal e DGEP.

106 USDEm % do

PIB Total

106 EUR

Poupan-ça habita-

çãoTotal

Poupan-ça habita-

ção

Fundos nacionais Fundos internacionais Total

Fundos de acções

Fundos de obriga-

ções

Fundos de tesou-

raria

PPR, fundos de fundos e outros

Fundos imobiliá-

riosTotal Em % do

PIB

106 EUR

Fundos de acções

Fundos de obriga-

ções

Fundos de tesou-

rariaTotal

MFAP/DGEP - A Economia Portuguesa - Julho 2006 47