12
UNIVERS CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL Realização: Resumo: A inclusão educacio receber a educação junto às d pessoa com necessidades es Implica na quebra de paradi educação de qualidade, na qu Atualmente, vários debates fo formação da identidade surda surdo, é contextualizar cada g oralizado; a identidade surd conquistas dos direitos da pes língua; a paternidade da pesso da cultura surda e moldam o c escolhas, experiências e cont cultura surda em suas difere educacional da surdez, influê novas identidades dos sujeito dos surdos e de todos que f contribuir de forma gratifican Palavras-chave: Educação, S Direito a Educação 1 Coordenadora do Colegiado Universidade Federal do Amazo Literária e Interpretações Socia UNIOESTE/ Campus de Casca Faculdade Eficaz em Maringá Americana de Ensino – UN UNIPAR/Campus de Cascavel Necessidades Especiais – PEE n em Estudos Transdisciplinare [email protected] ; ta SIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU UISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPEC L DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU ISSN 2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A CULTUR EIXO: 2- Processo de E 2.1 – Educ TAÍSA A. CARV onal trata do direito à educação, comum a todas demais pessoas nas escolas e nas universidades. speciais significa mudar de postura, de olhares igmas, reformulações do sistema de ensino pa ual o acesso e o atendimento independem de dif ormam-se em torno da cultura surda e como ela in a. Contemplar a cultura surda, mais do que o mod grupo surdo mediante seus conceitos em relação a da; a questão do implante coclear e demais ssoa surda; a atuação do Tradutor Intérprete da Lí oa surda de um sujeito ouvinte ou surdo. Todos comportamento do sujeito que vai sendo influenc tato com outros sujeitos surdos. Este artigo se p entes facetas e esclarecer o que cada tema, dent ência na construção da cultura surda e que, por os surdos, primando pelo respeito ao processo hi fazem parte desta comunidade e acreditando qu nte com a mesma. Surdez e cultura de Letras Libras e Docente efetiva do Departame onas – UFAM/MANAUS. Mestre em Letras, na linh ais: Estudos Comparados, na Universidade Estadua avel; Especialista em Língua de Sinais Brasileira e PR; Especialista em Literaturas Inglesa e Norte-A NIPAN; Graduada em Letras Port./Ing. pela Un ; Membro do Programa Institucional de Ações R na UNIOESTE/ Campus de Toledo e Membro do gru es e Residuais, da Universidade Federal do [email protected] e [email protected] CIAL – CEPAE DIA 2447-4959 RA SURDA Escolarização dos surdos cação Inclusiva/Bilíngue VALHO SALES, UFAM 1 as pessoas e o direito de Promover a inclusão da s acerca da deficiência. ara a conquista de uma ferenças e necessidades. nfluencia no processo de do de ser e agir do sujeito ao sujeito surdo; o surdo aparelhos auditivos; as íngua de sinais (TILS); a estes temas fazem parte ciado de acordo com suas propõe a desmistificar a tro do contexto social e r sua vez, influencia nas istórico, social e cultural ue esta pesquisa poderá mento de Letras Libras na ha de pesquisa Linguagem al do Oeste do Paraná e Educação Especial pela Americana pela União Pan- niversidade Paranaense Relativas às Pessoas com upo de pesquisa Literatura o Amazonas - UFAM.

A EDUCA O INCLUSIVA E A CULTURA SURDA.docx) · corte e costura de alfaiates. ... as e antropólogos devem ter como foco o sujeito, ... convite de Dom Pedro II, corte havia cerca de

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UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

Resumo: A inclusão educacionreceber a educação junto às depessoa com necessidades espeImplica na quebra de paradigeducação de qualidade, na quaAtualmente, vários debates formformação da identidade surda. Csurdo, é contextualizar cada gruoralizado; a identidade surdaconquistas dos direitos da pessolíngua; a paternidade da pessoada cultura surda e moldam o coescolhas, experiências e contatcultura surda em suas diferenteducacional da surdez, influênnovas identidades dos sujeitos dos surdos e de todos que facontribuir de forma gratificantePalavras-chave: Educação, Su

Direito a Educação

1 Coordenadora do Colegiado dUniversidade Federal do AmazonLiterária e Interpretações SociaiUNIOESTE/ Campus de CascavFaculdade Eficaz em Maringá –Americana de Ensino – UNIPUNIPAR/Campus de CascavelNecessidades Especiais – PEE naem Estudos [email protected] ; tai

ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI

I CONALIBRAS-UFU

ISSN 24

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A CULTURA

EIXO: 2- Processo de Es2.1 – Educa

TAÍSA A. CARVA

cacional trata do direito à educação, comum a todas as às demais pessoas nas escolas e nas universidades. Ps especiais significa mudar de postura, de olhares aradigmas, reformulações do sistema de ensino parana qual o acesso e o atendimento independem de difees formam-se em torno da cultura surda e como ela infurda. Contemplar a cultura surda, mais do que o modo ada grupo surdo mediante seus conceitos em relação aosurda; a questão do implante coclear e demais ap

a pessoa surda; a atuação do Tradutor Intérprete da Línpessoa surda de um sujeito ouvinte ou surdo. Todos em o comportamento do sujeito que vai sendo influencia contato com outros sujeitos surdos. Este artigo se priferentes facetas e esclarecer o que cada tema, dentronfluência na construção da cultura surda e que, por sjeitos surdos, primando pelo respeito ao processo histue fazem parte desta comunidade e acreditando que

ficante com a mesma. ção, Surdez e cultura

ado de Letras Libras e Docente efetiva do Departamenmazonas – UFAM/MANAUS. Mestre em Letras, na linhaSociais: Estudos Comparados, na Universidade Estadualascavel; Especialista em Língua de Sinais Brasileira e

– PR; Especialista em Literaturas Inglesa e Norte-AmUNIPAN; Graduada em Letras Port./Ing. pela Univ

; Membro do Programa Institucional de Ações Rena UNIOESTE/ Campus de Toledo e Membro do grup

linares e Residuais, da Universidade Federal do [email protected] e [email protected]

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

URA SURDA

de Escolarização dos surdos Educação Inclusiva/Bilíngue

RVALHO SALES, UFAM1

das as pessoas e o direito de des. Promover a inclusão da hares acerca da deficiência. o para a conquista de uma e diferenças e necessidades. ela influencia no processo de modo de ser e agir do sujeito ção ao sujeito surdo; o surdo ais aparelhos auditivos; as

da Língua de sinais (TILS); a odos estes temas fazem parte uenciado de acordo com suas se propõe a desmistificar a dentro do contexto social e , por sua vez, influencia nas so histórico, social e cultural o que esta pesquisa poderá

rtamento de Letras Libras na linha de pesquisa Linguagem tadual do Oeste do Paraná – ira e Educação Especial pela

Americana pela União Pan-Universidade Paranaense –

es Relativas às Pessoas com grupo de pesquisa Literatura

do Amazonas - UFAM.

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

Muito tem se discut

escolar são fenômenos igua

insere o sujeito na escola, e

enquanto que a inclusão esco

ambiente, atitudes e percepçõ

A inclusão, em um

inclusão escolar uma parte

caminho novo e que evolui

com o movimento “Educação

políticas, quando fora aprova

A inclusão educacion

direito de receber a educação

sentido, promover a inclusã

sistema de ensino com vistas

Em um primeiro mo

dos surdos, abordando a traj

fundamentações teóricas, filo

são utilizadas na escolariz

movimentos feitos pela pes

metodologia empregada está

surda.

Em um segundo mo

medicalização e da “cura” d

de lidar com o fato de ter

concepção sócio antropológ

não deficiente, uma vez que

ser usuário de uma língua vis

CONTEXTO HISTÓRICO

ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI

I CONALIBRAS-UFU

ISSN 24

discutido sobre a inclusão, no sentido de que in

s iguais. Entretanto, o que as distingue é o fato

cola, esperando uma adaptação deste ambiente es

ão escolar é o processo de redimensionamento das

rcepções dos educadores, alunos e comunidade.

um sentido mais amplo, significa o direito à

parte desse processo. A cidadania da pessoa co

volui de maneira tímida, pois tomou corpo, apen

ucação para Todos”, vindo a efetivar-se em 1948 p

aprovada a Declaração Universal dos Direitos Hum

cacional trata do direito à educação, comum a to

ucação junto às demais pessoas nas escolas e nas

inclusão do deficiente significa subverter paradig

vistas a alcançar uma educação de qualidade.

ro momento, este trabalho discutirá alguns aspect

a trajetória histórica de tais sujeitos numa perspe

as, filosóficas, políticas, ideológicas e metodológic

colarização dos surdos. Neste processo eviden

la pessoa surda para adquirir seu espaço na soci

a está baseada no estudo e na pesquisa bibliográ

do momento abordar-se-á o papel médico e clí

ura” da pessoa surda, cujo método influenciou a s

de ter um membro surdo na família. Também s

pológica, perspectiva esta que vê ao surdo como

z que o mesmo possui traços identitários e cultura

ua visual espacial.

RICO

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

que inclusão e integração

fato de que a integração

nte escolar já estruturado,

to das estruturas físicas do

eito à cidadania, sendo a

soa com deficiência é um

, apenas, na década de 90,

948 por meio de diretrizes

s Humanos.

a todas as pessoas, e do

e nas universidades. Nesse

aradigmas e reformular o

aspectos sobre a educação

perspectiva mais ampla: as

ológicas que foram e ainda

evidenciam-se as lutas e

a sociedade. Para tanto, a

bliográfica sobre a cultura

e clínico na questão da

ou a sociedade na maneira

bém será tratado sobre a

como alguém diferente, e

culturais próprios, além de

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

A trajetória social da

e de cidadania. Antes de se

os sujeitos Surdos eram rejei

que esta seria uma forma de

Passada a Idade Mé

como exemplificou Consta

corte e costura de alfaiates.

para surdos, na qual Pedro

abordagem pedagógica. P

França, no século XVIII, Ch

No Brasil, a história

criado o Instituto dos Surdo

veio para o Brasil o profes

homens surdos para serem

abordagem educacional era a

leitura labial.

Um dos momentos m

Milão, realizado em 1880, qu

processo de aprendizagem d

defendia que só através da f

uma “perfeita” integração so

Do oralismo3 – que d

marcas e traumas que ficara

2 Neste artigo usa-se a terminologafirma que a mudança de estatuto também, de mudança de nomecdeficiente auditivo é pejorativa eexpressão utilizada por médicos surdez. Educadores, linguistas e anpela palavra Surdo é ideologicame 3 Segundo Goldfeld (2002), o oraliouvintes, dando-lhes condições de

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ISSN 24

ial da pessoa Surda2 sempre esteve relacionada à c

de se tornar mais acirrada a discussão sobre a edu

rejeitados pela sociedade, que os isolava em asilo

a de protegê-los, tendo em vista a sua ‘anormalida

Média, os sujeitos Surdos passaram a ser mais a

stantinopla, onde os Surdos tiveram trabalho

tes. A partir do século XVI, na Espanha, fora cri

dro Ponce de Léon se valia da datilologia e d

. Posteriormente, muitos outros métodos se

Charles M. L’Epée fundou a primeira escola pa

stória da educação dos surdos só teve início em 1

Surdos Mudos – atual INES. Na ocasião, a convi

professor surdo, Ernest Huet, posto que na corte

erem educados. Ernest era surdo francês, discíp

l era a linguagem escrita, a datilologia, a língua d

ntos mais marcantes na história da pessoa Surda

880, quando um grupo de ouvintes decidiu excluir

gem da pessoa Surda, substituindo-a pelo oralismo

és da fala o indivíduo Surdo poderia ter seu desen

ção social.

que dominou durante 100 anos – se encontram, atu

ficaram nas vidas das pessoas Surdas. Pesquisas

inologia Surdo e não deficiente auditivo , com base na fala tatuto da surdez, de patologia para fenômeno social ou diferomeclatura, não só na terminologia, mas conceitual. Pa

ativa e carrega o estereótipo de doença incurável, de défdicos e fonoaudiologistas que se ocupam com do aspecas e antropólogos devem ter como foco o sujeito, e não a deicamente marcada.

o oralismo ou filosofia oralista visa integração das crianças ões de desenvolver a língua oral, sendo um treinamento da f

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

da à concepção de homem

a educação na atualidade,

m asilos, pois se acreditava

malidade’.

is aceitos pela sociedade,

lhos como auxiliares de

criada a primeira escola

e de alguns sinais como

se desenvolveram. Na

para surdos em Paris.

em 1857, ano em que foi

convite de Dom Pedro II,

corte havia cerca de oito

discípulo de L’Epée, cuja

ngua de sinais francesa e a

urda fora o Congresso de

xcluir a língua de sinais do

ralismo. A visão ouvintista

desenvolvimento pleno e

am, atualmente, resquícios,

quisas desenvolvidas com

a fala de Sueli Fernades, a qual u diferença, vem acompanhada, al. Para o grupo, a expressão de déficit e de limitação. É a aspecto clínico-terapêutico da o a deficiência. Assim, a opção

anças surdas na comunidade de to da fala.

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

Surdos, nos Estados Unidos

que o Surdo fora inserido.

poucos sabem a língua de sin

até chegarem ao momento em

a recuperação da pessoa Sur

tanto, a língua oral em te

crianças surdas gastam anos

cerca de 20% da mensagem

muito compreendida por pess

Diante desse difícil c

sinais com o objetivo de des

sinais era usada como um r

utilizados pelos profissiona

portuguesa. Esse sistema a

Bimodalismo. O ensino não

proposta se caracterizava pel

As duas primeiras fa

as comunidades Surdas, com

da linguagem, a partir dos a

Surgiram rumores de uma n

proposta esta usada por esco

no contexto escolar.

Os Surdos buscaram

Identidade Surda, em que o r

sociais entre surdos, determ

linguagem é fundamental pa

social, política, cultural e cie

4 Conforme Goldfeld (2002), o bilmaterna a língua de sinais e, como

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I CONALIBRAS-UFU

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nidos da América, mostraram um esmagador fra

rido. Alguns deles, hoje são adultos, não sabem

de sinais, pois os mesmos passaram por vários pro

ento em que se está atualmente. A fase oralista tev

oa Surda – que foi tratada como deficiente auditivo

em termos terapêuticos. Pesquisadores american

anos de suas vidas com o processo de oralização

sagem da fala e, além disso, a fala dessa criança

or pessoas que não convivem com ela.

ifícil contexto, surgiu uma proposta que permitiria

de desenvolver a linguagem na criança Surda. En

um recurso para o ensino da língua oral. Os si

issionais em contato com o Surdo dentro da

ema artificial passou a ser chamado de Portu

no não enfatizava mais o oral exclusivamente,

va pelo uso simultâneo de sinais e da fala.

iras fases constituíram grande parte da educação d

s, com os avanços das pesquisas relacionadas à ed

dos anos 60, passaram a perceber a importância

uma nova proposta de ensino a partir dos anos

r escolas que propunham tornar acessível à crianç

caram, ao longo da história, por meio da língu

que o reconhecimento da própria imagem acontece

determinando a significação do próprio eu. Porta

ntal para que o sujeito Surdo possa se reescrever

l e científica.

, o bilinguismo tem como pressuposto básico que o surdo de

, como segunda língua, a língua oficial de seu país.

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

or fracasso acadêmico em

sabem escrever nem ler, e

ios processos educacionais

ista teve como fundamento

uditivo – enfatizando, para

ericanos constataram que

ização para captar somente

riança normalmente não é

mitiria o uso da língua de

da. Entretanto, a língua de

Os sinais passaram a ser

o da estrutura da língua

Português Sinalizado ou

ente, mas o bimodal. Tal

ação dos surdos. Contudo,

s à educação e à aquisição

tância da língua de sinais.

anos 90, o Bilinguismo4,

criança surda duas línguas

língua, a constituição da

ontece através das relações

. Portanto, a aquisição da

rever através da interação

rdo deve adquirir como língua

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

Rita Magalhães (2002

“outro” e doo diferente: o s

deve ser encarada como parte

A disapontdemadiantecomp

Ao longo dos anos,

obteve alguns avanços, poré

aspectos da vida social da

pesquisa, o sujeito surdo.

A CULTURA

A língua de sinais,

sociedade como gestos sim

surdas que não conseguiram

de 24 de abril de 2002, a líng

O sujeito surdo que domina

está fadado ao processo de tr

A partir do momento

obtém uma ferramenta de co

Segundo Silva (2003), os

principalmente pela língua de

de qualquer outra criança, e

Assim, a criança se torna a

Surda, que diz respeito ao se

sua própria aprendizagem.

Ao longo da história,

por cultura os hábitos por

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(2002, p. 28) trata sobre os conflitos sociais causa

te: o surdo na sociedade brasileira. Segundo a au

o parte do contexto social e não como marginal a e

A discussão a cerca de uma ordem ética pautada no rapontam para a urgência em se atender no âmbitodemandas de todos os alunos, mas historicamente esdiante dos séculos de intolerância que geraram formascomportamentos julgados inadequados (MAGALHÃE

anos, a busca pela inclusão da pessoa surda na

s, porém, o preconceito e a discriminação ainda p

ial das pessoas com necessidades especiais, se

inais, língua natural dos surdos, ainda é consid

s simbólicos ou medida alternativa para comun

uiram desenvolver a fala. Entretanto, hoje, de acor

, a língua de sinais recebeu o status de segunda lín

mina a língua de sinais tem um vasto campo de in

o de transmissão de comunicação da visão ouvintis

mento em que o sujeito surdo se apropria de sua lín

de construção de sua própria identidade e de divul

3), os surdos conseguem adquirir uma comp

gua de sinais, permitindo que eles tenham um dese

nça, em todos os aspectos: linguístico, emocional

orna agente de sua história, produtora e reconstr

ao seu modo de ver o mundo a partir de suas expe

stória, o conceito de cultura tem passado por modi

s por meio dos quais os sujeitos constroem su

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

causados pela presença do

o a autora, essa diferença

nal a este contexto.

a no respeito e na tolerância mbito da escola regular às nte esta discussão é recente formas de disciplinar e punir LHÃES, 2002, p. 28).

da na sociedade brasileira

ainda persistem em alguns

is, sendo, no caso desta

considerada por parte da

omunicação com pessoas

e acordo com a Lei 10.436

da língua oficial do Brasil.

o de informações, pois não

vintista.

sua língua natural (L1), ele

divulgação de sua cultura.

competência na língua,

desenvolvimento como o

cional, social e cognitivo.

construtora de sua cultura

s experiências visuais e de

r modificações. Entende-se

em sua linguagem e sua

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

identidade. Assim, acredita

cresce e constrói sua iden

peculiaridades, parte do pre

uma herança que o grupo em

social e cultural deve ser pen

suas decisões e escolhas q

bagagem sociocultural. É a p

Durante séculos suste

e que, portanto, eles seriam

qual o sujeito surdo compree

tornando-o acessível e ajust

surdo é construir uma nova

diferenças, na valorização d

cultural. A cultura permite ao

ao próprio homem e às suas n

Para a comunidade ouv

necessidade de modificação na m

de tabus para uma melhor aceita

por parte do ouvinte quanto à rea

para manter um relacionamento

estabelece através da oralização.

língua de sinais, se dá com a troc

Tão complexo quanto o

chama a atenção para a diferenç

estão unidas por uma origem, ou

que estão a sua volta, se relaciona

Cabe ressaltar que Strobe

pessoas surdas, saber se realment

ouvido ou na reconstrução do ser

comunidade surda e ao povo surd

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edita-se que o homem, inserido em uma cultura, de

a identidade. Strobel (2008), que analisa a cu

o pressuposto de que é melhor pluralizar o term

po em sociedade transmite através do convívio e da

ser pensada a partir da vida prática dos indivíduos,

lhas que provêm de um campo de possibilidad

. É a partir dessa bagagem que os indivíduos fazem

s sustentou-se o equívoco de que para os surdos não

eriam incapazes de produzir uma cultura. Cultura S

mpreende o mundo e pode, assim, modificá-lo atra

ajustável às suas necessidades e percepções. O

nova história cultural, baseada no reconhecimen

ação de sua língua natural e no desenvolviment

mite ao homem adaptar-se a seu meio como, també

suas necessidades, transformando a cultura do surd

de ouvinte reconhecer a existência da cultura surda nã

ão na maneira como o conceito de surdo é abordado, be

r aceitação de igualdade entre os surdos e os ouvintes. H

to à realidade da cultura surda. Ouvintes leigos do contex

amento com outra pessoa, é necessário falar e ouvir,

lização. Com isso, esquece-se que o relacionamento da p

a troca visual-espacial.

uanto o conceito de cultura são os de comunidade surda

iferença existente entre comunidade e povo. Esta última s

em, ou seja, os surdos. Já a comunidade surda engloba, al

elacionando com ele: tradutor/intérprete, professores, ouvin

Strobel faz uma análise muito importante que busca, atravé

almente é necessário ter audição para poder ouvir, e se a c

do ser humano. Ela discute sobre o olhar da sociedade em

vo surdo, afirmando que: a cultura surda exprime valores, cr

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

ra, desenvolve-se, ou seja,

a cultura surda e suas

termo cultura, sendo ela

io e da experiência. A vida

íduos, do seu cotidiano, de

lidades oriundo de uma

fazem suas escolhas.

os não havia comunicação

ltura Surda é o modo pelo

lo através de suas escolhas,

O desafio para o povo

ecimento e no respeito às

imento de sua identidade

também, adaptar este meio

do surdo no seu convívio.

rda não é fácil, ou seja, há a

ado, bem como o rompimento

intes. Há uma visão distorcida

contexto surdo acreditam que,

ouvir, que a comunicação se

to da pessoa surda, usuária da

e surda e povo surdo. Strobel

última se refere às pessoas que

loba, além dos surdos, todos os

s, ouvintes, entre outros.

a, através da história cultural das

e se a cura está em readaptar o

de em relação à pessoa surda, à

lores, crenças que, muitas vezes,

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

se originaram e foram transmitida

através das associações de surdos.

A partir dos fatos ana

para surdos no Brasil. Uma

sociedade brasileira oitocen

especiais não somente a vida

das suas capacidades.

Por inúmeras vezes a

que o sujeito surdo é um s

assim, o fato de que, atualm

orgulho de ser surda e busca

da pessoa ouvinte, ou seja:

[...] próprusar apensapor islínguaapud

Buscar o reconhecim

surda faz parte da luta do su

igualdade em termos de ace

época do oralismo imposto, p

jeito de ser, conforme enfatiz

Sou sdiferea repcomu(MIR

Voltando à questão

bilinguismo é uma proposta

pessoa surda duas línguas –

escolar. Os estudos têm apo

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smitidas pelos sujeitos surdos de gerações passadas ou de seu

surdos.

os analisados, pode-se perceber a difícil trajetória

. Uma concepção de normalidade de desenvolvi

itocentista, negou aos surdos e a outros portado

a vida em sociedade, mas, também, a possibilidade

ezes a cultura “ouvintista” tentou sufocar a cultur

um ser possível de ser “corrigido” através da o

atualmente, a pessoa surda, resolvida em sua id

busca o reconhecimento e a aceitação de uma cultu

não é só o orgulho que eles têm da sua língua próprio orgulho de ser surdo, [...] diga para um ouvinteusar a língua de sinais brasileira”. Qual pode ser a pensar, “Sim, claro! Os gestos são muito bonitos e expor isso que você tem orgulho! Você tem orgulho porlíngua de sinais, você pode ser surdo e feliz ao mesmopud QUADROS, 2003, p.1).

hecimento de uma cultura surda e o direito de ass

do sujeito surdo. Atualmente, o surdo não busca

acessibilidade. A diferença em ser surdo não é m

osto, porque agora o Surdo se assume e busca o re

enfatiza Strobel.

Sou surdo! O meu jeito de ser já marca a diferença! [.diferentes comunidades dos surdos, conhecer a cultur

representação que atua simbolicamente distinguincomunidade surda é uma marcação para sustentar(MIRANDA, 2001, p. 8, apud STROBEL).

estão das fases do processo educacional, para

posta de ensino usada por escolas que se propõem

– a língua brasileira de sinais e a língua portu

m apontado para essa proposta como sendo a m

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

u de seus líderes bem sucedidos,

etória da educação especial

nvolvimento, instituída na

ortadores de necessidades

ilidade de desenvolvimento

cultura surda, acreditando

s da oralidade, ignorando,

sua identidade surda, tem

a cultura diferente daquela

língua e da sua cultura. É o ouvinte “Eu tenho orgulho de ser a reação dele? Ele pode s e expressivos!” Mas não é

ho porque quando você usa a mesmo tempo (MCCLEARY

de assumir uma identidade

busca a igualdade, mas a

não é mais velada como na

a o reconhecimento de seu

nça! [...] Ser surdo, viver nas cultura, a língua, a história e tinguindo a nós surdos e à stentar o tema em questão

para Quadros (2005), o

opõem a tornar acessível à

portuguesa – no contexto

o a mais adequada para o

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

ensino de crianças surdas, te

natural e parte do pressupos

dos Surdos enquanto pessoa

mais geral do bilinguismo.

Bilinguismo não é um

ser usuário de duas língu

possibilidade de integração d

ou seja, a comunidade de S

com o bilinguismo é “cuida

garantir que os processos n

mostra instrumento indispens

O processo escolar, s

objetivo fazer com que ele s

ao passo que os ouvintes pos

acrescenta que as línguas pre

interferência e uso do bimo

sinalizado. Isso também exi

por outro lado, dos surdos o

O filósofo Wittgens

significam os limites do meu

também seus limites”. Amb

devem fazer parte do proc

apresentam, apenas, projetos

linha a escola pertence, a ora

língua de sinais e a língu

fluentemente não está aconte

Ademais, crianças su

de espera para a cirurgia do

ações estão em diálogo co

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das, tendo em vista que ela considera a língua de

suposto para o ensino da língua escrita. No entant

essoa surda e da sua comunidade linguística faz p

o é um método de educação, mas define-se pelo f

línguas, diz Fernandes (2002). O bilinguism

ação do indivíduo ao meio sociocultural que ele na

e de Surdos e de ouvintes. Fernandes continua af

“cuidar” para que, através do acesso a duas língu

ssos naturais de desenvolvimento do indivíduo, n

ispensável, sejam preservados.

olar, sem mais querer integrar o surdo à comunid

e ele seja integrado à sua própria comunidade e à

tes possam estar integrados a ambas as comunidad

uas precisam ser respeitadas em sua integridade, de

bimodalismo – uso simultâneo da fala e sinais

m exigirá dos profissionais ouvintes o domínio d

dos o domínio da língua portuguesa.

ittgenstein (1980) declarou que “os limites de

o meu mundo” e “a lógica preenche o mundo; os l

. Ambas as línguas, a língua de sinais e a língu

processo de ensino-aprendizagem do surdo. En

rojetos de bilinguismo, visto que, na prática, seu e

, a oralista ou a sinalista. Ou seja, o objetivo princ

língua portuguesa para que a pessoa surda p

acontecendo.

ças surdas estão sendo afastadas do ensino bilíngu

gia do implante coclear, o que acontece por orien

go com o Congresso de Milão, pois sublimina

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

gua de sinais como língua

entanto, o reconhecimento

faz parte de um conceito

pelo fato de um indivíduo

guismo atua como uma

ele naturalmente pertence,

nua afirmando que educar

línguas, se torne possível

duo, nos quais a língua se

munidade ouvinte, tem por

e e à comunidade ouvinte,

nidades. Fernandes (2002)

ade, de modo que não haja

sinais – ou do português

ínio da língua de sinais e,

tes de minha linguagem

o; os limites do mundo são

língua portuguesa escrita

o. Entretanto, as escolas

, seu enfoque está em qual

o principal, que é ensinar a

urda possa se comunicar

ilíngue por estarem na fila

orientações médicas. Tais

liminarmente sustentam o

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

discurso de que a pessoa surd

língua portuguesa.

Hoje, o caminho par

cultural contemporânea sobr

pela defesa cultural: a educa

acontece no momento em q

aconteça a subjetivação e as

surdo ao que é do ouvinte, oc

TRADUTOR E INTÉRPRE

Outro aspecto import

LIBRAS - TILS, o qual é o

O tradutor é o profissional

aquele profissional que trad

podem ocorrer como traduç

se dá como tradução consec

processar a informação, e en

E, assim como em outras á

profissão: confiabilidade, fid

Na medida em que a

linguístico, em vista de man

vez processada a informaçã

escolhas lexicais, estruturais

aproximar de modo mais pró

indispensável ao intérprete p

mais apropriadas: o ato de in

dependem de frações de s

exemplo, em uma interpretaç

Este profissional ne

Letras/Libras Bacharel, curso

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ISSN 24

oa surda, aprendendo a língua de sinais, fica pregui

ho parece ser o de fundamentar a educação de

a sobre a identidade e a diferença. Entramos em mo

educação na diferença e na mediação intercultural

em que o surdo é colocado em contato com sua

o e as trocas culturais. A modalidade da diferença

nte, ocorrendo, assim, a aprendizagem nativa própr

RPRETE DE LIBRAS

importante na educação do surdo é o profissional t

al é o mediador da comunicação entre surdos e ou

ional que faz a tradução de um documento escri

e traduz a forma verbal. Os processos de tradu

dução simultânea, quando a tradução ocorre con

nsecutiva, que é quando o tradutor precisa ouvi

, e então passar para a outra língua de forma mais

tras áreas, também há aqui um Código de Ética

de, fidelidade, discrição, distância profissional.

que a atividade do intérprete envolve continuamen

e manter-se na presença de pessoas que usam lín

rmação dada na língua fonte, o tradutor e intér

uturais, semânticas e pragmáticas na língua alvo,

ais próprio possível a informação dada na língua f

prete possuir o conhecimento técnico para que su

o de interpretar envolve processos altamente comp

de segundos para ser corretamente encaminha

rpretação simultânea.

nal necessita, para sua formação, além do c

l, cursos de língua para LIBRAS com o teste de pro

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

preguiçosa para aprender a

o de surdos na teorização

em momentos que primam

ultural, em que a educação

m sua diferença, para que

ença rejeita a sujeição do

própria do surdo.

ional tradutor/intérprete de

s e ouvintes ou vice-versa.

o escrito, já o intérprete é

e tradução e interpretação

rre concomitantemente, ou

a ouvir e ler primeiro para

a mais objetiva e resumida.

Ética para se exercer esta

uamente um ato cognitivo-

m línguas diferentes, uma

térprete deve fazer as

alvo, à qual deve buscar

ngua fonte. Sendo assim, é

ue suas escolhas sejam as

complexos, e tais decisões

minhadas e tomadas, por

do curso de graduação

de proficiência – Prolibras,

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

certificado pelo MEC. A lei

contava antes com o decreto

salas de aulas e órgãos públic

Ainda sobre a cultura

familiar. Segundo Macedo (

prover um ambiente que sup

social e o sentimento de ser “

FAMÍLIA, ASPECTOS SO

No plano afetivo, é i

reação, no momento em que

surdo, é a culpa e a não acei

família se conscientize e se i

“a conscientização dos pais

Língua de Sinais, segundo

abordado, como passo deci

p.104).

Enquanto sujeitos ouvintes,

língua de sinais e cientes de

ão de forma distinta. Da me

respeitar o contexto social da

O implante Coclear é

como ouvido biônico, qu

permitindo a transmissão do

córtex cerebral. Segundo Jos

em casos de surdez profunda

uma bateria de exames antes

Desde 1960, médicos

nervo auditivo. O que vem se

surdez profunda, permitindo

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A lei que regulamentou a profissão do TILS é a

ecreto n° 5626/05 que mostrava a obrigatoriedade

públicos.

cultura surda, há outro aspecto que deve ser abor

cedo (apud ROSSI, 2003, p. 103), “o objetivo ma

ue supra as necessidades básicas: o desenvolvimen

e ser “aceito, cuidado e amado.”

OS SOCIAIS E CLÍNICOS

vo, é imprescindível o suporte familiar ao indivídu

m que as famílias ouvintes recebem a notícia de qu

o aceitação. No entanto, após o impacto inicial, é

e se informe sobre o processo de educação de um

s pais sobre a surdez do seu filho e a necessid

gundo Lodi & Harrison (1998), deve ser o prim

o decisivo para o desenvolvimento da criança”

intes, os pais de filhos surdos precisam estar apto

tes de que a percepção e a concepção de mundo do

a mesma forma que sujeitos surdos, pais de filho

cial da formação de cada sujeito.

clear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

o, que estimula eletricamente as fibras nervo

são do sinal elétrico para o nervo auditivo, a fim s

do José A. de Oliveira, “o implante coclear é o úni

ofunda bilateral em crianças e adultos” e, para isso

antes da cirurgia.

édicos vêm realizando estudos sobre como estim

vem se comprovando é que o implante pode restaur

itindo à pessoa, dependendo o caso, se comunicar

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

SN 2447-4959

S é a n° 12.319/10, a qual

edade do TILS em todas as

r abordado, que é o grupo

vo maior da família é o de

vimento afetivo, cognitivo,

divíduo surdo. A primeira

a de que possuem um filho

ial, é imprescindível que a

de uma criança surda, pois

cessidade da aquisição da

rimeiro aspecto a ser

ança” (apud Rossi, 2003,

r aptos à aprendizagem da

do do sujeito surdo dar-se-

e filhos ouvintes precisam

ologia, também conhecido

nervosas remanescentes,

fim ser decodificado pelo

é o único tratamento eficaz

a isso ocorrer, é necessário

estimular eletricamente o

restaurar parcialmente uma

unicar sem leitura labial e

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Realização:

sem a língua de sinais. Hoje

criança possa ser submetida

exigidos o apoio familiar e u

Estudos mostram que

plenamente conscientes do r

necessárias, eles continuam a

ato de ignorar os riscos da ci

numa cultura que é predomin

CONSIDERAÇÕES FINA

Destacar a Libras na

língua que o ser humano tran

A línsurdocomulevar unive

Assim, evidencia-se

discriminação e preconceit

participação sejam garantido

Constituição. É necessário e

subverter a formação preco

desenvolvimento. Assim sen

Portanto, esta pesquis

Surdos, o desenvolvimento d

sociais e clínicos. Expl

tradutor/intérprete de Libras

em lugares públicos e privad

REFERÊNCIAS

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. Hoje, é necessário que se tenha mais de um ano

etida à cirurgia. Além da idade e de vários outros a

iar e uma grande motivação dentro das expectativas

m que os pais de crianças que estão na espera de

s do resultado. Mesmo depois de terem recebido t

uam acreditando que seus filhos irão recuperar tota

s da cirurgia é consequência da pressão que os pais

dominantemente ouvintista.

FINAIS

ras na formação da cultura surda é imprescindível

o transmite seus costumes, crenças, artes, religião,

A língua de Sinais é uma das principais marcas da isurdo, pois é uma das peculiaridades da cultura comunicação que capta as experiências visuais dos sulevar o surdo a transmitir e proporcionar-lhe a aquisuniversal (STROBEL, 2008, p.47).

se que as pessoas com necessidades espe

onceito, apesar de os direitos de igualdade

antidos pela Declaração dos Direitos Humanos e r

ário enfrentar os obstáculos da diversidade e da d

preconceituosa que está ajustada a um modelo

m sendo, a cultura surda deve ser aceita pela socied

esquisa discutiu sobre a história e o desenvolvime

ento da família em relação ao filho surdo, bem c

Explanamos, também, sobre a importânci

ibras no processo educacional do surdo e a obriga

privados.

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m ano de vida para que a

utros aspectos clínicos, são

tativas adequadas.

era de implantes não estão

bido todas as informações

rar totalmente a audição. O

os pais sofrem por estarem

ndível, pois é por meio da

ligião, etc.

s da identidade de um povo ltura surda, é a forma de

dos sujeitos surdos, e que vai aquisição de conhecimento

especiais ainda sofrem

dade de oportunidades e

nos e reiterados pela nossa

e da diferença, bem como

odelo de normalidade de

sociedade oralista.

olvimento da educação dos

bem como alguns aspectos

rtância do profissional

obrigatoriedade do mesmo

UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

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