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UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
Realização:
Resumo: A inclusão educacionreceber a educação junto às depessoa com necessidades espeImplica na quebra de paradigeducação de qualidade, na quaAtualmente, vários debates formformação da identidade surda. Csurdo, é contextualizar cada gruoralizado; a identidade surdaconquistas dos direitos da pessolíngua; a paternidade da pessoada cultura surda e moldam o coescolhas, experiências e contatcultura surda em suas diferenteducacional da surdez, influênnovas identidades dos sujeitos dos surdos e de todos que facontribuir de forma gratificantePalavras-chave: Educação, Su
Direito a Educação
1 Coordenadora do Colegiado dUniversidade Federal do AmazonLiterária e Interpretações SociaiUNIOESTE/ Campus de CascavFaculdade Eficaz em Maringá –Americana de Ensino – UNIPUNIPAR/Campus de CascavelNecessidades Especiais – PEE naem Estudos [email protected] ; tai
ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
I CONALIBRAS-UFU
ISSN 24
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A CULTURA
EIXO: 2- Processo de Es2.1 – Educa
TAÍSA A. CARVA
cacional trata do direito à educação, comum a todas as às demais pessoas nas escolas e nas universidades. Ps especiais significa mudar de postura, de olhares aradigmas, reformulações do sistema de ensino parana qual o acesso e o atendimento independem de difees formam-se em torno da cultura surda e como ela infurda. Contemplar a cultura surda, mais do que o modo ada grupo surdo mediante seus conceitos em relação aosurda; a questão do implante coclear e demais ap
a pessoa surda; a atuação do Tradutor Intérprete da Línpessoa surda de um sujeito ouvinte ou surdo. Todos em o comportamento do sujeito que vai sendo influencia contato com outros sujeitos surdos. Este artigo se priferentes facetas e esclarecer o que cada tema, dentronfluência na construção da cultura surda e que, por sjeitos surdos, primando pelo respeito ao processo histue fazem parte desta comunidade e acreditando que
ficante com a mesma. ção, Surdez e cultura
ado de Letras Libras e Docente efetiva do Departamenmazonas – UFAM/MANAUS. Mestre em Letras, na linhaSociais: Estudos Comparados, na Universidade Estadualascavel; Especialista em Língua de Sinais Brasileira e
– PR; Especialista em Literaturas Inglesa e Norte-AmUNIPAN; Graduada em Letras Port./Ing. pela Univ
; Membro do Programa Institucional de Ações Rena UNIOESTE/ Campus de Toledo e Membro do grup
linares e Residuais, da Universidade Federal do [email protected] e [email protected]
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
URA SURDA
de Escolarização dos surdos Educação Inclusiva/Bilíngue
RVALHO SALES, UFAM1
das as pessoas e o direito de des. Promover a inclusão da hares acerca da deficiência. o para a conquista de uma e diferenças e necessidades. ela influencia no processo de modo de ser e agir do sujeito ção ao sujeito surdo; o surdo ais aparelhos auditivos; as
da Língua de sinais (TILS); a odos estes temas fazem parte uenciado de acordo com suas se propõe a desmistificar a dentro do contexto social e , por sua vez, influencia nas so histórico, social e cultural o que esta pesquisa poderá
rtamento de Letras Libras na linha de pesquisa Linguagem tadual do Oeste do Paraná – ira e Educação Especial pela
Americana pela União Pan-Universidade Paranaense –
es Relativas às Pessoas com grupo de pesquisa Literatura
do Amazonas - UFAM.
UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
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Muito tem se discut
escolar são fenômenos igua
insere o sujeito na escola, e
enquanto que a inclusão esco
ambiente, atitudes e percepçõ
A inclusão, em um
inclusão escolar uma parte
caminho novo e que evolui
com o movimento “Educação
políticas, quando fora aprova
A inclusão educacion
direito de receber a educação
sentido, promover a inclusã
sistema de ensino com vistas
Em um primeiro mo
dos surdos, abordando a traj
fundamentações teóricas, filo
são utilizadas na escolariz
movimentos feitos pela pes
metodologia empregada está
surda.
Em um segundo mo
medicalização e da “cura” d
de lidar com o fato de ter
concepção sócio antropológ
não deficiente, uma vez que
ser usuário de uma língua vis
CONTEXTO HISTÓRICO
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I CONALIBRAS-UFU
ISSN 24
discutido sobre a inclusão, no sentido de que in
s iguais. Entretanto, o que as distingue é o fato
cola, esperando uma adaptação deste ambiente es
ão escolar é o processo de redimensionamento das
rcepções dos educadores, alunos e comunidade.
um sentido mais amplo, significa o direito à
parte desse processo. A cidadania da pessoa co
volui de maneira tímida, pois tomou corpo, apen
ucação para Todos”, vindo a efetivar-se em 1948 p
aprovada a Declaração Universal dos Direitos Hum
cacional trata do direito à educação, comum a to
ucação junto às demais pessoas nas escolas e nas
inclusão do deficiente significa subverter paradig
vistas a alcançar uma educação de qualidade.
ro momento, este trabalho discutirá alguns aspect
a trajetória histórica de tais sujeitos numa perspe
as, filosóficas, políticas, ideológicas e metodológic
colarização dos surdos. Neste processo eviden
la pessoa surda para adquirir seu espaço na soci
a está baseada no estudo e na pesquisa bibliográ
do momento abordar-se-á o papel médico e clí
ura” da pessoa surda, cujo método influenciou a s
de ter um membro surdo na família. Também s
pológica, perspectiva esta que vê ao surdo como
z que o mesmo possui traços identitários e cultura
ua visual espacial.
RICO
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
que inclusão e integração
fato de que a integração
nte escolar já estruturado,
to das estruturas físicas do
eito à cidadania, sendo a
soa com deficiência é um
, apenas, na década de 90,
948 por meio de diretrizes
s Humanos.
a todas as pessoas, e do
e nas universidades. Nesse
aradigmas e reformular o
aspectos sobre a educação
perspectiva mais ampla: as
ológicas que foram e ainda
evidenciam-se as lutas e
a sociedade. Para tanto, a
bliográfica sobre a cultura
e clínico na questão da
ou a sociedade na maneira
bém será tratado sobre a
como alguém diferente, e
culturais próprios, além de
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A trajetória social da
e de cidadania. Antes de se
os sujeitos Surdos eram rejei
que esta seria uma forma de
Passada a Idade Mé
como exemplificou Consta
corte e costura de alfaiates.
para surdos, na qual Pedro
abordagem pedagógica. P
França, no século XVIII, Ch
No Brasil, a história
criado o Instituto dos Surdo
veio para o Brasil o profes
homens surdos para serem
abordagem educacional era a
leitura labial.
Um dos momentos m
Milão, realizado em 1880, qu
processo de aprendizagem d
defendia que só através da f
uma “perfeita” integração so
Do oralismo3 – que d
marcas e traumas que ficara
2 Neste artigo usa-se a terminologafirma que a mudança de estatuto também, de mudança de nomecdeficiente auditivo é pejorativa eexpressão utilizada por médicos surdez. Educadores, linguistas e anpela palavra Surdo é ideologicame 3 Segundo Goldfeld (2002), o oraliouvintes, dando-lhes condições de
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ial da pessoa Surda2 sempre esteve relacionada à c
de se tornar mais acirrada a discussão sobre a edu
rejeitados pela sociedade, que os isolava em asilo
a de protegê-los, tendo em vista a sua ‘anormalida
Média, os sujeitos Surdos passaram a ser mais a
stantinopla, onde os Surdos tiveram trabalho
tes. A partir do século XVI, na Espanha, fora cri
dro Ponce de Léon se valia da datilologia e d
. Posteriormente, muitos outros métodos se
Charles M. L’Epée fundou a primeira escola pa
stória da educação dos surdos só teve início em 1
Surdos Mudos – atual INES. Na ocasião, a convi
professor surdo, Ernest Huet, posto que na corte
erem educados. Ernest era surdo francês, discíp
l era a linguagem escrita, a datilologia, a língua d
ntos mais marcantes na história da pessoa Surda
880, quando um grupo de ouvintes decidiu excluir
gem da pessoa Surda, substituindo-a pelo oralismo
és da fala o indivíduo Surdo poderia ter seu desen
ção social.
que dominou durante 100 anos – se encontram, atu
ficaram nas vidas das pessoas Surdas. Pesquisas
inologia Surdo e não deficiente auditivo , com base na fala tatuto da surdez, de patologia para fenômeno social ou diferomeclatura, não só na terminologia, mas conceitual. Pa
ativa e carrega o estereótipo de doença incurável, de défdicos e fonoaudiologistas que se ocupam com do aspecas e antropólogos devem ter como foco o sujeito, e não a deicamente marcada.
o oralismo ou filosofia oralista visa integração das crianças ões de desenvolver a língua oral, sendo um treinamento da f
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
da à concepção de homem
a educação na atualidade,
m asilos, pois se acreditava
malidade’.
is aceitos pela sociedade,
lhos como auxiliares de
criada a primeira escola
e de alguns sinais como
se desenvolveram. Na
para surdos em Paris.
em 1857, ano em que foi
convite de Dom Pedro II,
corte havia cerca de oito
discípulo de L’Epée, cuja
ngua de sinais francesa e a
urda fora o Congresso de
xcluir a língua de sinais do
ralismo. A visão ouvintista
desenvolvimento pleno e
am, atualmente, resquícios,
quisas desenvolvidas com
a fala de Sueli Fernades, a qual u diferença, vem acompanhada, al. Para o grupo, a expressão de déficit e de limitação. É a aspecto clínico-terapêutico da o a deficiência. Assim, a opção
anças surdas na comunidade de to da fala.
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Surdos, nos Estados Unidos
que o Surdo fora inserido.
poucos sabem a língua de sin
até chegarem ao momento em
a recuperação da pessoa Sur
tanto, a língua oral em te
crianças surdas gastam anos
cerca de 20% da mensagem
muito compreendida por pess
Diante desse difícil c
sinais com o objetivo de des
sinais era usada como um r
utilizados pelos profissiona
portuguesa. Esse sistema a
Bimodalismo. O ensino não
proposta se caracterizava pel
As duas primeiras fa
as comunidades Surdas, com
da linguagem, a partir dos a
Surgiram rumores de uma n
proposta esta usada por esco
no contexto escolar.
Os Surdos buscaram
Identidade Surda, em que o r
sociais entre surdos, determ
linguagem é fundamental pa
social, política, cultural e cie
4 Conforme Goldfeld (2002), o bilmaterna a língua de sinais e, como
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nidos da América, mostraram um esmagador fra
rido. Alguns deles, hoje são adultos, não sabem
de sinais, pois os mesmos passaram por vários pro
ento em que se está atualmente. A fase oralista tev
oa Surda – que foi tratada como deficiente auditivo
em termos terapêuticos. Pesquisadores american
anos de suas vidas com o processo de oralização
sagem da fala e, além disso, a fala dessa criança
or pessoas que não convivem com ela.
ifícil contexto, surgiu uma proposta que permitiria
de desenvolver a linguagem na criança Surda. En
um recurso para o ensino da língua oral. Os si
issionais em contato com o Surdo dentro da
ema artificial passou a ser chamado de Portu
no não enfatizava mais o oral exclusivamente,
va pelo uso simultâneo de sinais e da fala.
iras fases constituíram grande parte da educação d
s, com os avanços das pesquisas relacionadas à ed
dos anos 60, passaram a perceber a importância
uma nova proposta de ensino a partir dos anos
r escolas que propunham tornar acessível à crianç
caram, ao longo da história, por meio da língu
que o reconhecimento da própria imagem acontece
determinando a significação do próprio eu. Porta
ntal para que o sujeito Surdo possa se reescrever
l e científica.
, o bilinguismo tem como pressuposto básico que o surdo de
, como segunda língua, a língua oficial de seu país.
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
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or fracasso acadêmico em
sabem escrever nem ler, e
ios processos educacionais
ista teve como fundamento
uditivo – enfatizando, para
ericanos constataram que
ização para captar somente
riança normalmente não é
mitiria o uso da língua de
da. Entretanto, a língua de
Os sinais passaram a ser
o da estrutura da língua
Português Sinalizado ou
ente, mas o bimodal. Tal
ação dos surdos. Contudo,
s à educação e à aquisição
tância da língua de sinais.
anos 90, o Bilinguismo4,
criança surda duas línguas
língua, a constituição da
ontece através das relações
. Portanto, a aquisição da
rever através da interação
rdo deve adquirir como língua
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Rita Magalhães (2002
“outro” e doo diferente: o s
deve ser encarada como parte
A disapontdemadiantecomp
Ao longo dos anos,
obteve alguns avanços, poré
aspectos da vida social da
pesquisa, o sujeito surdo.
A CULTURA
A língua de sinais,
sociedade como gestos sim
surdas que não conseguiram
de 24 de abril de 2002, a líng
O sujeito surdo que domina
está fadado ao processo de tr
A partir do momento
obtém uma ferramenta de co
Segundo Silva (2003), os
principalmente pela língua de
de qualquer outra criança, e
Assim, a criança se torna a
Surda, que diz respeito ao se
sua própria aprendizagem.
Ao longo da história,
por cultura os hábitos por
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(2002, p. 28) trata sobre os conflitos sociais causa
te: o surdo na sociedade brasileira. Segundo a au
o parte do contexto social e não como marginal a e
A discussão a cerca de uma ordem ética pautada no rapontam para a urgência em se atender no âmbitodemandas de todos os alunos, mas historicamente esdiante dos séculos de intolerância que geraram formascomportamentos julgados inadequados (MAGALHÃE
anos, a busca pela inclusão da pessoa surda na
s, porém, o preconceito e a discriminação ainda p
ial das pessoas com necessidades especiais, se
inais, língua natural dos surdos, ainda é consid
s simbólicos ou medida alternativa para comun
uiram desenvolver a fala. Entretanto, hoje, de acor
, a língua de sinais recebeu o status de segunda lín
mina a língua de sinais tem um vasto campo de in
o de transmissão de comunicação da visão ouvintis
mento em que o sujeito surdo se apropria de sua lín
de construção de sua própria identidade e de divul
3), os surdos conseguem adquirir uma comp
gua de sinais, permitindo que eles tenham um dese
nça, em todos os aspectos: linguístico, emocional
orna agente de sua história, produtora e reconstr
ao seu modo de ver o mundo a partir de suas expe
stória, o conceito de cultura tem passado por modi
s por meio dos quais os sujeitos constroem su
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
causados pela presença do
o a autora, essa diferença
nal a este contexto.
a no respeito e na tolerância mbito da escola regular às nte esta discussão é recente formas de disciplinar e punir LHÃES, 2002, p. 28).
da na sociedade brasileira
ainda persistem em alguns
is, sendo, no caso desta
considerada por parte da
omunicação com pessoas
e acordo com a Lei 10.436
da língua oficial do Brasil.
o de informações, pois não
vintista.
sua língua natural (L1), ele
divulgação de sua cultura.
competência na língua,
desenvolvimento como o
cional, social e cognitivo.
construtora de sua cultura
s experiências visuais e de
r modificações. Entende-se
em sua linguagem e sua
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identidade. Assim, acredita
cresce e constrói sua iden
peculiaridades, parte do pre
uma herança que o grupo em
social e cultural deve ser pen
suas decisões e escolhas q
bagagem sociocultural. É a p
Durante séculos suste
e que, portanto, eles seriam
qual o sujeito surdo compree
tornando-o acessível e ajust
surdo é construir uma nova
diferenças, na valorização d
cultural. A cultura permite ao
ao próprio homem e às suas n
Para a comunidade ouv
necessidade de modificação na m
de tabus para uma melhor aceita
por parte do ouvinte quanto à rea
para manter um relacionamento
estabelece através da oralização.
língua de sinais, se dá com a troc
Tão complexo quanto o
chama a atenção para a diferenç
estão unidas por uma origem, ou
que estão a sua volta, se relaciona
Cabe ressaltar que Strobe
pessoas surdas, saber se realment
ouvido ou na reconstrução do ser
comunidade surda e ao povo surd
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edita-se que o homem, inserido em uma cultura, de
a identidade. Strobel (2008), que analisa a cu
o pressuposto de que é melhor pluralizar o term
po em sociedade transmite através do convívio e da
ser pensada a partir da vida prática dos indivíduos,
lhas que provêm de um campo de possibilidad
. É a partir dessa bagagem que os indivíduos fazem
s sustentou-se o equívoco de que para os surdos não
eriam incapazes de produzir uma cultura. Cultura S
mpreende o mundo e pode, assim, modificá-lo atra
ajustável às suas necessidades e percepções. O
nova história cultural, baseada no reconhecimen
ação de sua língua natural e no desenvolviment
mite ao homem adaptar-se a seu meio como, també
suas necessidades, transformando a cultura do surd
de ouvinte reconhecer a existência da cultura surda nã
ão na maneira como o conceito de surdo é abordado, be
r aceitação de igualdade entre os surdos e os ouvintes. H
to à realidade da cultura surda. Ouvintes leigos do contex
amento com outra pessoa, é necessário falar e ouvir,
lização. Com isso, esquece-se que o relacionamento da p
a troca visual-espacial.
uanto o conceito de cultura são os de comunidade surda
iferença existente entre comunidade e povo. Esta última s
em, ou seja, os surdos. Já a comunidade surda engloba, al
elacionando com ele: tradutor/intérprete, professores, ouvin
Strobel faz uma análise muito importante que busca, atravé
almente é necessário ter audição para poder ouvir, e se a c
do ser humano. Ela discute sobre o olhar da sociedade em
vo surdo, afirmando que: a cultura surda exprime valores, cr
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
ra, desenvolve-se, ou seja,
a cultura surda e suas
termo cultura, sendo ela
io e da experiência. A vida
íduos, do seu cotidiano, de
lidades oriundo de uma
fazem suas escolhas.
os não havia comunicação
ltura Surda é o modo pelo
lo através de suas escolhas,
O desafio para o povo
ecimento e no respeito às
imento de sua identidade
também, adaptar este meio
do surdo no seu convívio.
rda não é fácil, ou seja, há a
ado, bem como o rompimento
intes. Há uma visão distorcida
contexto surdo acreditam que,
ouvir, que a comunicação se
to da pessoa surda, usuária da
e surda e povo surdo. Strobel
última se refere às pessoas que
loba, além dos surdos, todos os
s, ouvintes, entre outros.
a, através da história cultural das
e se a cura está em readaptar o
de em relação à pessoa surda, à
lores, crenças que, muitas vezes,
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se originaram e foram transmitida
através das associações de surdos.
A partir dos fatos ana
para surdos no Brasil. Uma
sociedade brasileira oitocen
especiais não somente a vida
das suas capacidades.
Por inúmeras vezes a
que o sujeito surdo é um s
assim, o fato de que, atualm
orgulho de ser surda e busca
da pessoa ouvinte, ou seja:
[...] próprusar apensapor islínguaapud
Buscar o reconhecim
surda faz parte da luta do su
igualdade em termos de ace
época do oralismo imposto, p
jeito de ser, conforme enfatiz
Sou sdiferea repcomu(MIR
Voltando à questão
bilinguismo é uma proposta
pessoa surda duas línguas –
escolar. Os estudos têm apo
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smitidas pelos sujeitos surdos de gerações passadas ou de seu
surdos.
os analisados, pode-se perceber a difícil trajetória
. Uma concepção de normalidade de desenvolvi
itocentista, negou aos surdos e a outros portado
a vida em sociedade, mas, também, a possibilidade
ezes a cultura “ouvintista” tentou sufocar a cultur
um ser possível de ser “corrigido” através da o
atualmente, a pessoa surda, resolvida em sua id
busca o reconhecimento e a aceitação de uma cultu
não é só o orgulho que eles têm da sua língua próprio orgulho de ser surdo, [...] diga para um ouvinteusar a língua de sinais brasileira”. Qual pode ser a pensar, “Sim, claro! Os gestos são muito bonitos e expor isso que você tem orgulho! Você tem orgulho porlíngua de sinais, você pode ser surdo e feliz ao mesmopud QUADROS, 2003, p.1).
hecimento de uma cultura surda e o direito de ass
do sujeito surdo. Atualmente, o surdo não busca
acessibilidade. A diferença em ser surdo não é m
osto, porque agora o Surdo se assume e busca o re
enfatiza Strobel.
Sou surdo! O meu jeito de ser já marca a diferença! [.diferentes comunidades dos surdos, conhecer a cultur
representação que atua simbolicamente distinguincomunidade surda é uma marcação para sustentar(MIRANDA, 2001, p. 8, apud STROBEL).
estão das fases do processo educacional, para
posta de ensino usada por escolas que se propõem
– a língua brasileira de sinais e a língua portu
m apontado para essa proposta como sendo a m
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
u de seus líderes bem sucedidos,
etória da educação especial
nvolvimento, instituída na
ortadores de necessidades
ilidade de desenvolvimento
cultura surda, acreditando
s da oralidade, ignorando,
sua identidade surda, tem
a cultura diferente daquela
língua e da sua cultura. É o ouvinte “Eu tenho orgulho de ser a reação dele? Ele pode s e expressivos!” Mas não é
ho porque quando você usa a mesmo tempo (MCCLEARY
de assumir uma identidade
busca a igualdade, mas a
não é mais velada como na
a o reconhecimento de seu
nça! [...] Ser surdo, viver nas cultura, a língua, a história e tinguindo a nós surdos e à stentar o tema em questão
para Quadros (2005), o
opõem a tornar acessível à
portuguesa – no contexto
o a mais adequada para o
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ensino de crianças surdas, te
natural e parte do pressupos
dos Surdos enquanto pessoa
mais geral do bilinguismo.
Bilinguismo não é um
ser usuário de duas língu
possibilidade de integração d
ou seja, a comunidade de S
com o bilinguismo é “cuida
garantir que os processos n
mostra instrumento indispens
O processo escolar, s
objetivo fazer com que ele s
ao passo que os ouvintes pos
acrescenta que as línguas pre
interferência e uso do bimo
sinalizado. Isso também exi
por outro lado, dos surdos o
O filósofo Wittgens
significam os limites do meu
também seus limites”. Amb
devem fazer parte do proc
apresentam, apenas, projetos
linha a escola pertence, a ora
língua de sinais e a língu
fluentemente não está aconte
Ademais, crianças su
de espera para a cirurgia do
ações estão em diálogo co
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das, tendo em vista que ela considera a língua de
suposto para o ensino da língua escrita. No entant
essoa surda e da sua comunidade linguística faz p
o é um método de educação, mas define-se pelo f
línguas, diz Fernandes (2002). O bilinguism
ação do indivíduo ao meio sociocultural que ele na
e de Surdos e de ouvintes. Fernandes continua af
“cuidar” para que, através do acesso a duas língu
ssos naturais de desenvolvimento do indivíduo, n
ispensável, sejam preservados.
olar, sem mais querer integrar o surdo à comunid
e ele seja integrado à sua própria comunidade e à
tes possam estar integrados a ambas as comunidad
uas precisam ser respeitadas em sua integridade, de
bimodalismo – uso simultâneo da fala e sinais
m exigirá dos profissionais ouvintes o domínio d
dos o domínio da língua portuguesa.
ittgenstein (1980) declarou que “os limites de
o meu mundo” e “a lógica preenche o mundo; os l
. Ambas as línguas, a língua de sinais e a língu
processo de ensino-aprendizagem do surdo. En
rojetos de bilinguismo, visto que, na prática, seu e
, a oralista ou a sinalista. Ou seja, o objetivo princ
língua portuguesa para que a pessoa surda p
acontecendo.
ças surdas estão sendo afastadas do ensino bilíngu
gia do implante coclear, o que acontece por orien
go com o Congresso de Milão, pois sublimina
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gua de sinais como língua
entanto, o reconhecimento
faz parte de um conceito
pelo fato de um indivíduo
guismo atua como uma
ele naturalmente pertence,
nua afirmando que educar
línguas, se torne possível
duo, nos quais a língua se
munidade ouvinte, tem por
e e à comunidade ouvinte,
nidades. Fernandes (2002)
ade, de modo que não haja
sinais – ou do português
ínio da língua de sinais e,
tes de minha linguagem
o; os limites do mundo são
língua portuguesa escrita
o. Entretanto, as escolas
, seu enfoque está em qual
o principal, que é ensinar a
urda possa se comunicar
ilíngue por estarem na fila
orientações médicas. Tais
liminarmente sustentam o
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discurso de que a pessoa surd
língua portuguesa.
Hoje, o caminho par
cultural contemporânea sobr
pela defesa cultural: a educa
acontece no momento em q
aconteça a subjetivação e as
surdo ao que é do ouvinte, oc
TRADUTOR E INTÉRPRE
Outro aspecto import
LIBRAS - TILS, o qual é o
O tradutor é o profissional
aquele profissional que trad
podem ocorrer como traduç
se dá como tradução consec
processar a informação, e en
E, assim como em outras á
profissão: confiabilidade, fid
Na medida em que a
linguístico, em vista de man
vez processada a informaçã
escolhas lexicais, estruturais
aproximar de modo mais pró
indispensável ao intérprete p
mais apropriadas: o ato de in
dependem de frações de s
exemplo, em uma interpretaç
Este profissional ne
Letras/Libras Bacharel, curso
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oa surda, aprendendo a língua de sinais, fica pregui
ho parece ser o de fundamentar a educação de
a sobre a identidade e a diferença. Entramos em mo
educação na diferença e na mediação intercultural
em que o surdo é colocado em contato com sua
o e as trocas culturais. A modalidade da diferença
nte, ocorrendo, assim, a aprendizagem nativa própr
RPRETE DE LIBRAS
importante na educação do surdo é o profissional t
al é o mediador da comunicação entre surdos e ou
ional que faz a tradução de um documento escri
e traduz a forma verbal. Os processos de tradu
dução simultânea, quando a tradução ocorre con
nsecutiva, que é quando o tradutor precisa ouvi
, e então passar para a outra língua de forma mais
tras áreas, também há aqui um Código de Ética
de, fidelidade, discrição, distância profissional.
que a atividade do intérprete envolve continuamen
e manter-se na presença de pessoas que usam lín
rmação dada na língua fonte, o tradutor e intér
uturais, semânticas e pragmáticas na língua alvo,
ais próprio possível a informação dada na língua f
prete possuir o conhecimento técnico para que su
o de interpretar envolve processos altamente comp
de segundos para ser corretamente encaminha
rpretação simultânea.
nal necessita, para sua formação, além do c
l, cursos de língua para LIBRAS com o teste de pro
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SN 2447-4959
preguiçosa para aprender a
o de surdos na teorização
em momentos que primam
ultural, em que a educação
m sua diferença, para que
ença rejeita a sujeição do
própria do surdo.
ional tradutor/intérprete de
s e ouvintes ou vice-versa.
o escrito, já o intérprete é
e tradução e interpretação
rre concomitantemente, ou
a ouvir e ler primeiro para
a mais objetiva e resumida.
Ética para se exercer esta
uamente um ato cognitivo-
m línguas diferentes, uma
térprete deve fazer as
alvo, à qual deve buscar
ngua fonte. Sendo assim, é
ue suas escolhas sejam as
complexos, e tais decisões
minhadas e tomadas, por
do curso de graduação
de proficiência – Prolibras,
UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
Realização:
certificado pelo MEC. A lei
contava antes com o decreto
salas de aulas e órgãos públic
Ainda sobre a cultura
familiar. Segundo Macedo (
prover um ambiente que sup
social e o sentimento de ser “
FAMÍLIA, ASPECTOS SO
No plano afetivo, é i
reação, no momento em que
surdo, é a culpa e a não acei
família se conscientize e se i
“a conscientização dos pais
Língua de Sinais, segundo
abordado, como passo deci
p.104).
Enquanto sujeitos ouvintes,
língua de sinais e cientes de
ão de forma distinta. Da me
respeitar o contexto social da
O implante Coclear é
como ouvido biônico, qu
permitindo a transmissão do
córtex cerebral. Segundo Jos
em casos de surdez profunda
uma bateria de exames antes
Desde 1960, médicos
nervo auditivo. O que vem se
surdez profunda, permitindo
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ISSN 24
A lei que regulamentou a profissão do TILS é a
ecreto n° 5626/05 que mostrava a obrigatoriedade
públicos.
cultura surda, há outro aspecto que deve ser abor
cedo (apud ROSSI, 2003, p. 103), “o objetivo ma
ue supra as necessidades básicas: o desenvolvimen
e ser “aceito, cuidado e amado.”
OS SOCIAIS E CLÍNICOS
vo, é imprescindível o suporte familiar ao indivídu
m que as famílias ouvintes recebem a notícia de qu
o aceitação. No entanto, após o impacto inicial, é
e se informe sobre o processo de educação de um
s pais sobre a surdez do seu filho e a necessid
gundo Lodi & Harrison (1998), deve ser o prim
o decisivo para o desenvolvimento da criança”
intes, os pais de filhos surdos precisam estar apto
tes de que a percepção e a concepção de mundo do
a mesma forma que sujeitos surdos, pais de filho
cial da formação de cada sujeito.
clear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia
o, que estimula eletricamente as fibras nervo
são do sinal elétrico para o nervo auditivo, a fim s
do José A. de Oliveira, “o implante coclear é o úni
ofunda bilateral em crianças e adultos” e, para isso
antes da cirurgia.
édicos vêm realizando estudos sobre como estim
vem se comprovando é que o implante pode restaur
itindo à pessoa, dependendo o caso, se comunicar
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SN 2447-4959
S é a n° 12.319/10, a qual
edade do TILS em todas as
r abordado, que é o grupo
vo maior da família é o de
vimento afetivo, cognitivo,
divíduo surdo. A primeira
a de que possuem um filho
ial, é imprescindível que a
de uma criança surda, pois
cessidade da aquisição da
rimeiro aspecto a ser
ança” (apud Rossi, 2003,
r aptos à aprendizagem da
do do sujeito surdo dar-se-
e filhos ouvintes precisam
ologia, também conhecido
nervosas remanescentes,
fim ser decodificado pelo
é o único tratamento eficaz
a isso ocorrer, é necessário
estimular eletricamente o
restaurar parcialmente uma
unicar sem leitura labial e
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Realização:
sem a língua de sinais. Hoje
criança possa ser submetida
exigidos o apoio familiar e u
Estudos mostram que
plenamente conscientes do r
necessárias, eles continuam a
ato de ignorar os riscos da ci
numa cultura que é predomin
CONSIDERAÇÕES FINA
Destacar a Libras na
língua que o ser humano tran
A línsurdocomulevar unive
Assim, evidencia-se
discriminação e preconceit
participação sejam garantido
Constituição. É necessário e
subverter a formação preco
desenvolvimento. Assim sen
Portanto, esta pesquis
Surdos, o desenvolvimento d
sociais e clínicos. Expl
tradutor/intérprete de Libras
em lugares públicos e privad
REFERÊNCIAS
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. Hoje, é necessário que se tenha mais de um ano
etida à cirurgia. Além da idade e de vários outros a
iar e uma grande motivação dentro das expectativas
m que os pais de crianças que estão na espera de
s do resultado. Mesmo depois de terem recebido t
uam acreditando que seus filhos irão recuperar tota
s da cirurgia é consequência da pressão que os pais
dominantemente ouvintista.
FINAIS
ras na formação da cultura surda é imprescindível
o transmite seus costumes, crenças, artes, religião,
A língua de Sinais é uma das principais marcas da isurdo, pois é uma das peculiaridades da cultura comunicação que capta as experiências visuais dos sulevar o surdo a transmitir e proporcionar-lhe a aquisuniversal (STROBEL, 2008, p.47).
se que as pessoas com necessidades espe
onceito, apesar de os direitos de igualdade
antidos pela Declaração dos Direitos Humanos e r
ário enfrentar os obstáculos da diversidade e da d
preconceituosa que está ajustada a um modelo
m sendo, a cultura surda deve ser aceita pela socied
esquisa discutiu sobre a história e o desenvolvime
ento da família em relação ao filho surdo, bem c
Explanamos, também, sobre a importânci
ibras no processo educacional do surdo e a obriga
privados.
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m ano de vida para que a
utros aspectos clínicos, são
tativas adequadas.
era de implantes não estão
bido todas as informações
rar totalmente a audição. O
os pais sofrem por estarem
ndível, pois é por meio da
ligião, etc.
s da identidade de um povo ltura surda, é a forma de
dos sujeitos surdos, e que vai aquisição de conhecimento
especiais ainda sofrem
dade de oportunidades e
nos e reiterados pela nossa
e da diferença, bem como
odelo de normalidade de
sociedade oralista.
olvimento da educação dos
bem como alguns aspectos
rtância do profissional
obrigatoriedade do mesmo
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Realização:
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