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A ENFERMAGEM E A SAÚDE PÚBLICA COLÉGIO SENES Disciplina: Saúde Pública Profº: Daniel Pires Turma: ________ Dia: ___________________________________________________________ Horário: ________________________________________________________ Aluno: _________________________________________________________ Avaliação: ______/________/__________. Trabalho: ______/________/___________.

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A ENFERMAGEM E A SAÚDE PÚBLICA

COLÉGIO SENES Disciplina: Saúde Pública Profº: Daniel Pires Turma: ________ Dia: ___________________________________________________________ Horário: ________________________________________________________ Aluno: _________________________________________________________ Avaliação: ______/________/__________. Trabalho: ______/________/___________.

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Saúde Pública ............................................................................................................................ 02

História Natural da Doença ....................................................................................................... 02

o Período Pré-Patológico .............................................................................. .................. 03

o Período Patológico ........................................................................................................ 03

Níveis de Prevenção .................................................................................................................. 03

o Prevenção Primária ...................................................................................................... 04

o Prevenção Secundária .................................................................................................. 04

o Prevenção Terciária ..................................................................................................... 04

Equipe de Saúde ...................................................................................................................... 05

Infecção ................................................................................................................................... 05

o Tipos de Infecção ........................................................................................................ 06

Endemia, Epidemia e Pandemia .............................................................................................. 06

Inoculação ................................................................................................................................ 07

Indicadores de Saúde ............................................................................................................... 07

Imunização ............................................................................................................................... 08

Programa de Prevenção, Controle e Tratamento de Hanseníase: ............................................ 11

Programa de Prevenção, Controle e Tratamento de Tuberculose: .......................................... 13

Programa de Controle de Hipertensão Arterial ....................................................................... 15

Programa de Prevenção, Controle de Diabetes Mellitus ......................................................... 15

Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso ..................................................................... 16

Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança .................................................................. 16

Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher ................................................................... 17

Programa de Atenção Primária a Saúde ................................................................................... 17

Programa de Saúde da Família ................................................................................................. 18

Programa de Atenção á Saúde do Trabalhador ......................................................................... 19

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 20

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Saúde Pública Em meados de 1900, o governo começou a se preocupar com as condições de vida e de saúde principalmente das populações que moravam nas capitais dos Estados.

Os principais problemas de Saúde estavam relacionados aos agravos infecciosos e a condições precárias nas áreas de:

• habitação • higiene • trabalho (longos períodos sem descanso) • alimentação • saneamento básico Desde a antiguidade, é preocupação do homem proteger sua saúde. A arte de curar por muitos anos

ficou entregue a curandeiros, que se incubiam da assistência às populações. Hoje, esse “poder” está em nossas mãos, vamos então lutar por esse “poder” que nos foi

concedido. Saúde Pública: é a “arte de evitar a doença, prolongar a vida e promover a saúde física e mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade”. (Wislow, 1920). Saúde: “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de afecção ou doença”. (OMS) Doença: “qualquer condição ou fator que possa impedir a realização das funções.” (OMS). Epidemiologia: estuda o processo saúde-doença e analisa a distribuição e os fatores que determinam as enfermidades e os agravos à saúde coletiva, seguindo medidas de prevenção, controle ou eliminação das doenças.

História Natural da Doença:

Adoecer ou não adoecer, mais uma vez eis a questão. Determinar sinais, sintomas e características de adoecimento tem sido tema constante na prática e nas pesquisas realizadas pelos vários profissionais da área de saúde. A expressão “história natural da doença” refere-se a um conjunto de relações específicas existentes entre três elementos:

• o agente causador da doença • o suscetível ao adoecimento • o meio ambiente repleto de interações e subjetividades humanas que se objetivam no ato de

viver.

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Segundo Leavell & Clark (1976) a história natural da doença compreende: “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as

primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar,

passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a defeitos, invalidez,

recuperação ou morte.” Período Pré-Patológico: É a fase inicial, em que há apenas condições favoráveis ao aparecimento da doença. São característicos do período pré-patológico os primeiros estímulos ao adoecimento, presentes no meio ambiente ou em outro lugar. Como exemplo temos:

ü falta de saneamento básico ü poluição atmosférica ü ingestão de água contaminada ü idade ü estado nutricional ü situação vacinal

Período Patológico: Compreende o desenvolvimento do processo de adoecimento, a instalação da doença, sua evolução, as alterações provocadas no organismo afetado e os seus possíveis “desfechos” (de recuperação, a invalidez crônica e morte).

Neste período, três fases distintas podem ser identificadas:

ü FASE PRIMÁRIA: a doença já existe, mas o organismo ainda não manifesta seus sintomas.

ü FASE SECUNDÁRIA: aparecimento dos sinais e sintomas característicos da doença. O grau de acometimento da doença dependerá de fatores como: características da doença, condições do paciente, assistência prestada.

ü FASE TERCIÁRIA: desfecho da doença não é a cura completa ou a morte; é possível que

não haja reabilitação capazes de melhorar o funcionamento da parte afetada e reduzir incapacidades.

Níveis de Prevenção: Prevenir: significa atuar antecipadamente, impedir determinados desfechos indesejáveis, que seriam: o adoecimento, a invalidez, a cronicidade de uma doença ou a morte clínica.

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PREVENÇÃO PRIMÁRIA: É um conjunto de ações voltadas para a prevenção da ocorrência. Engloba medidas que tem como objetivo atuar sobre o período que antecede a ocorrência da doença, destinada a evitar o desencadeamento de fatores que podem causá-la. Visa a promoção da saúde por meio da prevenção de doenças, ou seja, da proteção específica. As ações de promoção de incluem o conjunto de medidas que não se dirigem a uma doença específica, mas à manutenção do bem-estar geral.

ü Saneamento básico ü Habitação em condições adequadas ü Recreação e laser ü Remuneração adequada ü Condições de trabalho favoráveis e seguras ü Educação sexual ü Planejamento familiar

As ações de proteção específicas incluem o conjunto de medidas voltadas para o combate de uma

doença ou de um conjunto de doenças específicas. São exemplos: ü Acompanhamento pré-natal ü Vacinação contra doenças imunopreveníveis (poliomelite, tétano, sarampo, difteria

e coqueluche). ü Controle dos vetores ü Desinfecção concorrente e terminal ü Proteção contra os riscos ocupacionais ü Cloração da água

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA:

Conjunto de medidas voltadas para o período em que a doença já existe, visando impedir sua evolução e suas complicações. As ações voltadas para o diagnóstico e tratamento precoce englobam medidas que tem por objetivos identificar o processo patológico antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Enquadram-se:

ü Descobertas de casos em levantamentos e exames seletivos ü Notificação de casos ü Tratamento dos contatos ü Empregar os recursos em diagnósticos e tratamentos adequados ü Uso de emergência domiciliar e hospitalização

PREVENÇÃO TERCIÁRIA:

Nessa etapa a doença já se instalou e o seu desenvolvimento deixou algum tipo de seqüela. As medidas relacionadas englobam ações voltadas para a limitação do dano e a reabilitação do indivíduo após a cura da doença. Destina-se também ao controle da doença e a reintegração do trabalhador e cidadão a uma nova vida. As ações voltadas para limitação do dano incluem medidas que visam prevenir ou limitar a extensão das seqüelas e as complicações causadas por doenças clinicamente avançadas.

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A reabilitação engloba medidas que objetivam readaptar uma pessoa com deficiência a uma nova condição em que possa manter uma vida útil e produtiva.

Equipe de Saúde: Para um melhor desempenho, a equipe de saúde deve conhecer e estabelecer relações com:

ü O dia-a-dia da comunidade ü As necessidades ü As autoridades ü As entidades ü Associações locais ü Os políticos ü Os religiosos ü Os líderes ü Etc

Com isso conseguiremos prestar um melhor atendimento e estimularemos a participação dos

problemas. A equipe de saúde pública é um objetivo a ser alcançado a curto, médio e longo prazo, e essa

equipe está responsável pela conscientização da comunidade.

Infecção: É a colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha. Em uma infecção, o organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para se multiplicar (com evidentes prejuízos para o hospedeiro). O organismo infectante, ou patógeno, interfere na fisiologia normal do hospedeiro e pode levar a diversas conseqüências. A resposta do hospedeiro é a inflamação. Os agentes infecciosos, na maioria das vezes, são seres microscópios tais como: vírus, bactérias, fungos, parasitas (muitos são macroscópicos), vírions e prions.

A inflamação é definida como a presença de: ü Edema ü Hiperemia ü Hiperestesia ü Aumento da temperatura local ü Perda de função (ás vezes)

Uma simples queimadura de sol já produz uma inflamação, pois fica vermelha, ardida, quente e

inchada. Mas, em princípio, não existe infecção pois não há bactérias ou vírus causando a inflamação.

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TIPOS DE INFECÇÃO: ü Infecção Aérea: adquirida através do ar e dos agentes contidos nele. ü Infecção Critogénica: porta de entrada desconhecida. ü Infecção Direta: contato com o indivíduo doente. ü Infecção Endógena: um microrganismo já existe no organismo, e que, por qualquer razão,

se torna patógeno. ü Infecção Exógena: microrganismo do meio. ü Infecção Focal: atua numa determinada região do organismo ü Infecção Indireta: através da água, dos alimentos ou por agentes infectantes. ü Infecção Nosocomial: adquirida em ambiente hospitalar. ü Infecção Oportunista: diminuição das defesas do organismo. ü Infecção Puerperal: após o parto. ü Infecção Secundária: consecutiva a outra e provocada por um microrganismo da mesma

espécie. ü Infecção Séptica ou Septicemia: infecção generalizada. ü Infecção Terminal: é causa de morte.

Endemia, Epidemia e Pandemia:

Endemia: Qualquer fator mórbido ou doença espacialmente localizada, temporalmente ilimitada, habitualmente presente entre os membros de uma população e cujo nível de incidência se situe sistematicamente nos limites de uma faixa endêmica que foi previamente convencionada para uma população e época determinadas. No Brasil, existem áreas endêmicas de febre amarela na Amazônia. Em Portugal, a hepatite A pode ser considerada uma endemia. Uma endemia pode evoluir para uma epidemia, existindo nesse caso, uma doença endemo-epidemiológica. Epidemia: Se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença. Um surto epidêmico ocorre quando há um grande desequilíbrio com o agente (ou surgimento de um). Pandemia: De acordo com a OMS, uma pandemia pode começar a partir de três condições:

ü O aparecimento de uma nova doença à população ü O agente infecta os humanos causando sérias doenças ü O agente espalha-se facilmente e sustentavelmente entre os humanos.

Uma doença ou condição, não pode ser considerada uma pandemia somente porque é difundida ou mata um número grande de pessoas; também deve ser infeccioso.

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Inoculação:

É o ato pelo qual o germe patogênico penetra no interior do organismo. Na maioria dos casos, precisa-se da existência de uma porta de entrada através das camadas que protegem interna e externamente o organismo. Esta porta de entrada pode ser uma mordedura de inseto, uma picada, ou uma ferida. Incubação: é o período que transcorre desde a inoculação ou entrada do micróbio, até que se declara a doença.

Indicadores de Saúde: É sugerido os seguintes componentes de nível de vida.

ü Saúde ü Alimentação e nutrição ü Educação, incluindo alfabetismo e técnico ü Condições de trabalho ü Mercado de trabalho ü Consumo e economias gerais ü Transporte ü Habitação ü Vestuário ü Recreação ü Segurança social ü Liberdade humana

Os indicadores de saúde são parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitária, a rigidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde.

1) MORTALIDADE INFANTIL:

Acontece com os seres humanos com menos de 1 ano de idade. Avalia o nível de saúde e também a qualidade de vida da população (desnutrição, má condições de higiene, diarréia, desmame, emterites).

A alta taxa de mortalidade infantil indica um baixo nível de desenvolvimento. 2) CONDIÇÕES DE HABITAÇÃO:

A maioria da população tem um baixo nível econômico. Inúmeras doenças estão diretamente

relacionadas com o tipo de habitação. 3) CONDIÇÕES DE SANEMANETO:

4) SERVIÇOS MÉDICOS:

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Segundo a OMS (2005) a taxa satisfatória a proporção de um médico a cada mil habitantes e que cada município, dependendo da sua população, disponha de pelo menos um hospital.

5) EDUCAÇÃO:

É a base de tudo, educação não é só saber ler, escrever e se comportar diante das pessoas, educação

é também conhecer os direitos de saúde e lutar por eles. 6) DISPONIBILIDADES DE BENS:

Imunização:

O Programa de Prevenção e Controle das Doenças Imunopreveníveis tem como objetivo prevenir e manter sob controle as doenças passíveis de imunização. Entre as doenças imunopreveníveis estão:

ü Formas graves de tuberculose ü Hepatite b ü Difteria ü Tétano ü Coqueluche ü Meningites causadas por Haemophilus influenzae b ü Sarampo ü Cachumba ü Rubéola

Esse objetivo é alcançado através do Programa Nacional de Imunização (PNI), formulado em 1973 para normatizar a imunização em nível nacional.

Imunização: é o processo que confere proteção (imunidade) ao organismo, através de anticorpos

de ação específica contra os agentes infecciosos causadores de doenças. A imunização pode ser:

ü Ativa: adquirida em conseqüência de uma infecção ou artificialmente, mediante a inoculação de agente imunogênico (vacina).

ü Passiva: pode ser obtida naturalmente, por transferência da mãe para o filho, ou artificialmente, pela inoculação de anticorpos protetores específicos (soro).

O que impede uma pessoa de ser vacinada?

ü Imunodeficiência congênita ou adquirida ü Neoplasias malignas ü Uso de corticóides em esquema imunodepressores

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Falsas Contra-indicação:

ü Doenças benignas comuns ü Desnutrição ü Vacina contra raiva em andamento ü Doença neurológica estável ü Antecedente familiar de convulsão ü Alergias ü Prematuridade ou baixo peso ao nascer ü Internação hospitalar

Dever do profissional:

ü Organizar o setor de imunização ü Administrar os imunobiológicos ü Orientar quanto às reações vacinais ü Avaliação dos cartões de vacina ü Entre outras.

Conservação dos Imunobiológicos:

Uma questão primordial no PNI é a conservação dos imunobiológicos. Sem a adequada conservação, não há imunização. O sistema de conservação dos imunobiológicos consiste numa rede de frios, que inclui suporte para armazenamento, transporte e manipulação desses produtos em condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em que os mesmos são administrados. Na unidade de saúde, as vacinas ficam acondicionadas em refrigeradores exclusivos. A temperatura deve permanecer entre 2 e 8º C, sendo verificadas no início e no término do plantão. As vacinas devem ser arrumadas em bandejas perfuradas para melhor circulação do ar.

Vacinas Virais ficam na 1ª prateleira Vacinas Bacterianas, toxóides e soros ficam na 2ª e 3ª prateleiras.

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Calendário Básico de Vacinação da Criança

IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS

Ao nascer

BCG – ID dose única Formas graves de tuberculose

Vacina contra hepatite B (1)

1ª dose Hepatite B

1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose Hepatite B

2 meses

Vacina tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

VOP (vacina oral contra pólio) 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil)

VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (3)

1ª dose Diarréia por Rotavírus

Vacina tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

4 meses

VOP (vacina oral contra pólio) 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil)

VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (4)

2ª dose Diarréia por Rotavírus

6 meses

Vacina tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

VOP (vacina oral contra pólio)

3ª dose Poliomielite (paralisia infantil)

Vacina contra hepatite B

3ª dose Hepatite B

9 meses Vacina contra febre amarela (5)

dose inicial Febre amarela

12 meses SRC (tríplice viral) dose única Sarampo, rubéola e caxumba

15 meses VOP (vacina oral contra pólio)

reforço Poliomielite (paralisia infantil)

DTP (tríplice bacteriana)

1º reforço Difteria, tétano e coqueluche

4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche SRC (tríplice viral) reforço Sarampo, rubéola e caxumba

10 anos Vacina contra febre amarela

reforço Febre amarela

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(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. (2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos. (3) É possível administar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida).

(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas. (5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.

Programa de Prevenção, Controle e Tratamento de

Hanseníase: A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Microbacterium leprae, que acomete a pele, os nervos periféricos, a mucosa do trato respiratório, os olhos e outras estruturas. A hanseníase pode atingir pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Período de incubação é muito longo, freqüentemente dura de três a cinco anos. Transmissão: ocorre diretamente de pessoa para pessoa; entretanto é necessário um longo período de exposição, e apenas uma pequena parcela da população é acometida. Essa transmissão ocorre de uma pessoa não tratada para outra por meio das vias respiratórias ou pela pele. SINAIS E SINTOMAS:

ü Se a pessoa apresenta lesão hipopigmentada ou avermelhada, com perda de sensibilidade ü Lesão de nervos periféricos demonstrada por perda da sensibilidade e força músculos das

mãos, dos pés ou da face.

OBJETIVOS DO PROGRAMA:

ü Reduzir a morbidade expressa pela incidência e prevalência da doença ü Reduzir os danos causados pela doença, expressos pela gravidade das incapacidades físicas

e psicossociais.

NORMAS DE CONTROLE:

ü Diagnosticar precocemente os casos ü Tratar com poliquimioterapia (PQT/OMS) ü Prevenir incapacidades ü Aplicar BCG – ID

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O profissional de enfermagem pode atuar desde a prevenção da doença até a prevenção de incapacidades causadas pela hanseníase. Ações educativas de prevenção, diminuição do estigma e melhora da qualidade de vida do portador de hanseníase são de fundamental importância para o controle da doença.

FORMAS DA DOENÇA:

ü Indeterminadas ü Tuberculóide ü Dimorfa ü Virchowiana

Para fins de tratamento as formas indeterminadas e tuberculóide são classificadas como

paucibacilar; as formas dimorfas e a virchowiana, como multibacilar. TRATAMENTO:

Paucibacilar:

• Rifampicina: 1 vez ao mês (supervisionado) • Dapsona: 1 vez por mês (supervisionado) • Dapsona: 1 vez ao dia (auto-administrado)

Multibacilar: • Rifampicina: 1 vez ao mês (supervisionado) • Clofazimna: 1 vez ao mês (supervisionado) • Dapsona: 1 vez ao mês (supervisionado) • Dapsona: 1 vez ao dia (auto-administrado) • Clofazimna: 1 vez ao dia (auto-administrado)

Se seguir corretamente o tratamento, o doente paucibacilar levará 6 meses para se curar, pois ele precisará de 6 doses supervisionadas.

O multibacilar vai esperar de 12 a 24 meses. PREVENÇÃO DE INCAPACIDADES: A hanseníase é uma doença com alto poder incapacitante, porque o bacilo acomete nervos periféricos, acarretando atrofias, paralisias e diminuição de sensibilidade dos membros superiores e inferiores. O Ministério da Saúde (Brasil, 1994) dá algumas orientações básicas para prevenção de incapacidades. É essencial, para o sucesso da prevenção, a participação do doente na discussão sobre a viabilidade do uso de métodos e técnicas sobre a viabilidade do uso de métodos e técnicas simples a adaptadas à sua realidade.

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ü Proteção dos Olhos: recomenda-se a lubrificação artificial com colírio e a proteção dos olhos com óculos de sol ou óculos de pano (para noite).

ü Hidratação e Lubrificação da Pele: deve-se mergulhar o membro na água por 10 à 15 minutos, retirar o excesso de água, enxugar entre os dedos e aplicar a substância oleosa (glicerina, óleo vegetal ou mineral ou creme). O procedimento deve ser repetido, no mínimo, duas vezes ao dia.

ü Massagens: estão indicadas para a pele seca e são contra-indicadas m reações inflamatórias, feridas e ulcerações, micoses, etc. Após hidratar e lubrificar o membro; apoiá-lo em superfície plana, firme e macia, deslizar a palma da mão lentamente sobre o membro, com leve pressão, preferencialmente no sentido proximal-distal.

Programa de Prevenção, Controle e Tratamento de

Tuberculose: A tuberculose é uma doença considerada um problema de saúde pública devido a sua morbi-mortalidade bastante relacionada com as condições precárias de vida. Os bolsões de pobreza das cidades mais populosas constituem terreno produtivo para disseminação da tuberculose. “De um lado a pobreza por si só, contribui decisivamente para a manutenção de um quadro geral propício ao avanço da doença. De outro lado, a emergência da aids e a desinformação vigente sobre nutrição, promoção da saúde e prática de vida saudável completam os requisitos para a escalada do problema”. (Brasil, 2001). IMPORTANTE:

Ø É responsável por 32% da letalidade de clientes HIV positivo, o triplo de qualquer outra causa patológica.

Ø Mata mais mulheres do que todas as causas maternas somadas. Ø Mata mais jovens e adultos do que qualquer outra doença infecciosa. Ø O M. tuberculosis é um agente infeccioso que acompanha o hospedeiro (o ser humano) até

sua morte, e está prestes a atacá-lo a qualquer momento, potencializando outras doenças ou substituindo-as como causa mortis.

Ø A infecção se dá pelo ar, diminuindo as chances de proteção humana.

A tuberculose pulmonar é transmitida pelo bacilo de koch através de gotículas expelidas ao tossir ou ao falar.

Os casos aumentariam significativamente após a epidemia da aids: a tuberculose pode ser considerada uma doença oportunista para as pessoas HIV positivo.

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SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIO: É chamado a pessoa que apresenta febre vespertina, tosse e expectoração, emagrecimento por mais de quatro semanas sem melhora após tratamento com xaropes e outros medicamentos. DIAGNÓSTICO INICIAL: O exame prioritário é a baciloscopia direta do escarro, um método simples e seguro. O exame consiste na coleta de duas amostras, uma primeira consulta e outra na manhã do dia seguinte. VISITA DOMICILIAR (VD): O profissional ao realizar a VD, deverá estar atento para as condições de ventilação da casa, o número de moradia, pois “toda pessoa, que coabite com um doente de tuberculose é considerado comunicante, grupo para o qual se recomenda uma atitude de busca ativa para diagnóstico precoce da doença”. (Brasil, 1995). Todos os comunicantes devem comparecer à unidade de saúde. Se houver disponibilidade de recurso radiológico, o raio X é solicitado. Crianças com menos de 5 anos que não foram vacinadas com BCG devem fazer a prova tuberculínica (PPD). PROVA TUBERCULÍNICA (PPD): É um método auxiliar de diagnóstico e indica uma possível infecção pelo bacilo de Koch ou por outros tipos de bacilos. A via de aplicação é ID, no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml. A leitura é realizada 72 à 96 horas após aplicação, medindo-se com régua ao maior diâmetro transversal de área de induração. Classificação:

• 0 à 4mm: não reator • 5 à 9mm: reator fraco • 10mm ou mais: reator forte.

TRATAMENTO:

É realizado em nível ambulatorial com duração aproximadamente de 6 meses. Ao longo do tratamento, o doente pode apresentar algumas reações indesejáveis ao longo do tratamento como: náuseas, vômitos, icterícia, asma, urticária, manifestações hemorrágicas, dentre outras. Tratamento Supervisionado: a OMS propôs esta estratégia que consiste basicamente em observar o doente “engolir” o medicamento. Isso pode diminuir o abandono.

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Programa de Controle de Hipertensão Arterial:

A Hipertensão Arterial é outra doença caracterizada pela elevação da pressão sanguínea. Se não controlada, pode causar problemas cardíacos, cerebrais e renais, dentre outros. É considerado com hipertensão arterial o indivíduo que apresente, em verificações em momentos diferentes, a pressão sistólica maior que 140mmHg e a pressão diastólica maior que 90mmHg. FATORES QUE INFLUENCIAM:

v sal de forma excessiva v consumo de álcool v fumo v excesso e peso v estresse v falta de atividade física v portador de diabetes

SINAIS E SINTOMAS:

Na maioria das vezes, não há sintomas. Eles só aparecem quando a PA já está muito elevada, e incluem: dores no peito, dor de cabeça, tonturas, dor na nuca, visão embaçada e sangramento nasal.

Programa de Controle e Prevenção de Diabetes Mellitus:

Muito conhecido como a “doença do açúcar no sangue”, o diabetes ocorre quando não há produção de insulina ou quando esta não atua de forma eficaz no organismo. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que controla o nível de glicose no sangue, fazendo com que o corpo possa utilizar a glicose como fonte de energia. TIPOS DE DIABETES MELLITUS:

Ø Tipo I ou Insulinodependente: é comum em crianças, jovens e adultos jovens, geralmente acontece quando há acentuada diminuição na produção de insulina.

Ø Tipo II ou Não-Insulinodependente: ocorre a produção, mas está diminuída.

Ø Diabetes Gestacional: as mudanças hormonais ocorridas no organismo da mulher durante a

gravidez causam a diminuição da tolerância à glicose, sobretudo se ela tem mais de 30

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anos, se tem parentes próximos com DM, se já teve filhos pesando mais de 4kg ao nascer, se já teve aborto espontâneo ou natimortos, se é obesa ou se aumentou muito de peso na gestação. SINAIS E SINTOMAS: As vezes não possui sintomas. Nesse caso, ao realizar VD, atentar-se as pessoas que possuem características que possam levar a DM.

Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso:

A assistência de enfermagem ao idoso deve ter como objetivo a manutenção e valorização da autonomia. Para tanto, é necessário avaliar o grau de dependência e instituir medidas voltadas para o alcance do maior grau possível de independência funcional e autonomia. A comunicação exerce um papel de destaque nessa tarefa. A comunicação efetiva deve romper as barreiras impostas por limitações de fala, audição, confusão mental e diferenças culturais. A estratégia do Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso, envolve: promoção, prevenção e recuperação da saúde. Segundo a OMS (2001), o objetivo fundamental do PAISI é “conseguir a manutenção de um estado de saúde com a finalidade de atingir um máximo de vida ativa, na comunidade, junto à família, com maior grau possível de independência funcional e autonomia”.

No âmbito da promoção à saúde, a ênfase está na difusão de informações sobre o idoso para: ü O próprio idoso ü Sua família ü Seus cuidadores ü A sociedade em geral

No âmbito de prevenção, propõe: ü Protocolo de prevenção ü Vacinação do idoso

Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança:

Está voltado para a maximização do alcance e da assistência à saúde infantil. Envolve acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno e orientação para o desmame, controle de doenças diarréicas, controle de IRAs e controle de doenças que se podem prevenir com a imunização.

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Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Este programa nasceu com o objetivo de:

v Aumentar a cobertura do pré-natal v Melhorar a assistência ao parto v Aumentar os índices de aleitamento materno v Controle do câncer cérvico-uterino e de mama v Controle das DSTs v Controle de patologias da mulher v Atividades de regulação da fertilidade humana v Evitar aborto provocado e gravidez indesejada.

Programa de Atenção Primária da Saúde: “É um conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, tratamento e reabilitação”, segundo o MS, 2006. Segundo a OMS (2005) a Atenção Primária a Saúde é “... atenção especial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitáveis, tornando universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade por meios aceitáveis para eles a um custo que tanto a comunidade como o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento, um espírito de autoconfiança e autodeterminação”. O objetivo central é o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. Envolvendo os indivíduos, a família e a comunidade, com o Sistema Nacional de Saúde. HISTÓRICO: Um texto oficial em 1920 (Lord Dawson of Penn), tratava da organização do Sistema de Serviços de Saúde em três níveis principais: Centros de Saúde Primários, Secundários e Hospitais Escolas.

1) Em 1978 - Surge a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, nesta elaborou-se a proposta mundial para a saúde para toda a população do mundo.

2) Em 1986 – acontece a Primeira Conferência Internacional Sobre Promoção de Saúde. Retomam os critérios sobre a importância da Promoção e Prevenção na Atenção à Saúde. È chamada de Carta de Ottawa, e declara inequivocadamente que as condições fundamentais para a saúde são: paz, lar, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade.

3) Em 1988 – criação do SUS.

ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA: Com base na Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990:

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1) Saúde como Direito: “Saúde é direito de todos e dever do estado e deverá ser garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos”.

2) Integralidade da Assistência: “Conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, em todos os níveis de complexidade do sistema”.

3) Universalidade: “Acesso garantido aos serviços de saúde para toda a população, em todos os níveis de assistência, sem preconceitos ou privilégios”.

4) Equidade: “Igualdade na assistência à saúde , com ações e serviços priorizados em função de situações de risco, condições de vida e da saúde de determinados indivíduos e grupos populacionais”.

5) Resolutividade: “Eficiência na capacidade de resolução das ações e serviços de saúde através de assistência integral, contínua e de boa qualidade”.

6) Intersetoriedade: “Ações planejadas e executadas por outros setores de governo, muitas vezes com a colaboração do setor de saúde, mas com recursos próprios desses setores (alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer, bem-estar físico, mental e social)”.

7) Humanização do Atendimento: “Responsabilidade mútua entre os serviços de saúde e a comunidade e estreitamento do vínculo entre as equipes de profissionais e a população”.

8) Participação Popular: “Democratização do conhecimento do processo saúde/doença e dos serviços, estimulando a organização da comunidade para o efetivo exercício do controle social na gestão do sistema”.

Programa de Saúde da Família:

Tem como principal objetivo contribuir para a reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do SUS (MS, 1991). O PSF visa tanto prestar assistência na unidade de saúde quanto desenvolver tradicionalmente as ações de saúde no domicílio, numa perspectiva de ação integral em que todos os membros de uma família são acompanhados. A proposta do PSF nasceu em 1994, quando foi sugerida a descentralização e a municipalização dos serviços de saúde em que era um desafio a implementação efetiva do SUS. O programa propõe a orientação do modelo assistencial tomando como foco a família no seu espaço físico e social. Isso proporciona à equipe de saúde uma compreensão ampliada do processo saúde-doença, que permite intervenções para além das práticas curativas. Esse programa tem dado aos profissionais enganjados a possibilidade de desenvolverem uma ação interdisciplinar que vincula o saber das ciências sociais às questões de saúde, demografia e epidemiologia, entre outras. Algumas atividades básicas são:

v Executar, no nível de suas competências, ações de assistência básica de vigilância epidemiológica e sanitária nas áreas de atenção à mulher, à criança, ao adolescente, ao trabalhador e ao idoso

v Desenvolver ações para capacitação dos ACS, bem como dos técnicos de enfermagem

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v Desenvolver atividades educativas com enfoque na promoção da qualidade de vida, discutindo permanentemente junto à equipe de trabalho e à comunidade o conceito de cidadania, enfatizando os direitos de saúde e compartilhando das bases legais que os legitimam.

Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador:

A saúde do Trabalhador é a mais moderna forma de se estudar, discutir e pensar o binômio trabalho-saúde, já que trás uma visão mais ampliada do que a estabelecida inicialmente a partir da saúde ocupacional. É uma área do conhecimento científico que tem como objeto de estudo a relação entre o trabalho e o processo saúde-doença nos grupos humanos. A saúde do trabalhador busca estabelecer vínculos e explicações acerca do adoecimento e da morte de trabalhadores a partir do estudo dos processos de trabalho. A saúde do trabalhador engloba ações destinadas à promoção, recuperação e reabilitação de todos os trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: QUEIROZ, M. F. M. Enfermagem – Prevenção, Saúde e Vida. 1ª Edição – 2007 Vol. 1 FIGUEIREDO, N. M. A. Ensinado a Cuidar em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Yendis Editora, 2005. Legislações do SUS