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A Engenharia Costeira Portuguesa e a Defesa do Litoral Sessão 1: Ponto de Situação e Experiência Acumulada 30-04-2014 A Engenharia Costeira Portuguesa e a Defesa do Litoral A Experiência Acumulada e os Desafios do Futuro Sessão 1: Ponto de Situação e Experiência Acumulada nas Soluções de Defesa Costeira 30 Abril 2014 A Intervenção da Engenharia na Protecção Costeira em Portugal Carlos Abecasis, Consulmar

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A Engenharia Costeira Portuguesa e a Defesa do Litoral Sessão 1: Ponto de Situação e Experiência Acumulada 30-04-2014

A Engenharia Costeira Portuguesa e a Defesa do Litoral A Experiência Acumulada e os Desafios do Futuro

Sessão 1: Ponto de Situação e Experiência Acumulada nas Soluções de Defesa Costeira 30 Abril 2014

A Intervenção da Engenharia na Protecção Costeira em Portugal Carlos Abecasis, Consulmar

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A Engenharia Costeira Portuguesa e a Defesa do Litoral Sessão 1: Ponto de Situação e Experiência Acumulada 30-04-2014

A Intervenção da Engenharia na Protecção Costeira em Portugal

Ponto Prévio / Definição – Intervenções de engenharia com implicações na posição da linha de costa (obras fixas transversais ou paralelas à costa, e alimentação artificial)

1. Como actuámos nas últimas décadas

2. Qual a situação actual

3. O Futuro - Resta algum papel para a engenharia costeira na gestão da costa?

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COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

3 Períodos distintos

1. Até meio finais da década de 70

2. Meio / finais da década de 70 a finais da década de 80

3. Da década de 90 ao presente

Ditados por

• Fenómenos erosivos

• Responsabilidades e instrumentos administrativos

• Opinião / consciencialização pública e preocupações ambientais

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COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Até meio / finais da década de 70

Enquadramento

• Fenómenos erosivos pontuais e ainda localizados

• Responsabilidade administrativa DGP (ou DGSM, …) e administrações portuárias

• Opinião pública apenas focada na resolução dos problemas localizados, e ausência de preocupações ambientais

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COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Até meio / finais da década de 70

Fenómenos erosivos e actuação

Até ao final da década de 60

• Erosão em Espinho – finais séc. XIX / início séc. XX – construção dos primeiros esporões

• Erosão Cova do Vapor / Caparica – Década de 60 – construção dos primeiros esporões

Até final da década de 70

• Agravamento das erosões a sotamar de obras portuárias executadas ou prolongadas nos anos 60 e construção aí de campos de esporões

Molhes de Aveiro – esporões Costa Nova, Vagueira

Molhes da Figueira da Foz – esporões da Gala, Lavos e Leirosa

Molhes da Marina de Vilamoura – esporões da Quarteira

• Alimentação artificial da Praia da Rocha

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COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Meio / finais da década de 70 a finais da década de 80

Enquadramento

• Alargamento da erosão a sotamar das obras portuárias, e maior generalização do fenómeno (costa a norte de Leixões)

• Responsabilidade administrativa DGP e administrações portuárias

• Perspectiva de actuação limitada à linha de costa / instrumento DPM

• Crescentes opinião / consciencialização pública e preocupações ambientais

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COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Meio / finais da década de 70 a finais da década de 80

Actuação

• Promoção dos “Estudos dos Problemas Litorais e das Medidas Específicas a Adoptar” – troços definidos por critérios da dinâmica costeira (unidades fisiográficas independentes)

• Estudos propõem estratégia de fixação da linha de costa “média” (excepção Vilamoura – VRSA)

• Reforço dos campos de esporões existentes (novas unidades) e construção de novas obras (cerca de 50% do total actual)

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COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Da década de 90 ao presente

Enquadramento

• Generalização do fenómeno erosivo

• Responsabilidade administrativa Ministério do Ambiente / Ordenamento do Território

• Perspectiva de actuação de ordenamento do território

• Instrumentos: DL 302/90 (regras para os planos de ordenamento no litoral); DL 302/90, estabelece os POOC

• Opinião / consciencialização pública e preocupações ambientais elevadas

• (Novas ) obras fixas de protecção costeira não são opção (…)

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COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Da década de 90 ao presente

Actuação

• Elaboração dos POOC (troços definidos por concelhos), publicação:

1998 – Cidadela – S. Julião e Sines – Burgau

1999 – Caminha – Espinho, Sado – Sines, Burgau – Vilamoura

2000 – Ovar – Marinha Grande

2002 – Alcobaça – Mafra

2003 – Sintra – Sado

2005 – Vilamoura - VRSA

• “Defesa” da costa subalternizada ao ordenamento do território. Ausência de estratégia clara face ao recuo da costa

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A Engenharia Costeira Portuguesa e a Defesa do Litoral Sessão 1: Ponto de Situação e Experiência Acumulada 30-04-2014

COMO ACTUÁMOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Da década de 90 ao presente

Actuação

• Intervenções de defesa / protecção da costa

Reparação / manutenção das obras de existentes – excepção esporões das Praias do Areão e Poço da Cruz (POOC Ovar – Marinha Grande)

Alimentações artificiais (dragagem de canais portuários), transposição de barras na Ria Formosa

Intervenções “soft” - Recuperação dunar

• Intervenções para melhoria das condições balneares / urbanas – troços de costa mais abrigados (virados a Sul), com praias encaixadas. Alimentação artificial com obras de retenção (esporões):

POOC Cidadela – S. Julião – Praias da costa do Estoril

POOC Burgau – Vilamoura – Várias praias (Albufeira, 3 Castelos, D. Ana, entre outras)

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A SITUAÇÃO ACTUAL Enquadramento Natural

Fisiografia Geral da costa

• Cerca de 470 km de costa “móvel” (areia ou areia sobre substrato / afloramentos rochosos, mas com continuidade) – 55% a 60% do comprimento total

• Cerca de 350 km de arribas ou praias encaixadas / individualizadas – 40% a 45% do total

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A SITUAÇÃO ACTUAL

Obras Costeiras Existentes

Tipo de Obra Quantidade

Molhes Portuários 18 (por local)

Molhes Embocaduras 18 (por local)

Esporões 76

Obras Paralelas à Costa 4

Protecções Aderentes 25

Total 141

• Comprimento de costa “fixo / estabilizado” – 80 km (15 a 20% da extensão “móvel”)

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A SITUAÇÃO ACTUAL

Obras de Protecção Costeira

Objectivo Número %

Travar erosão “natural” (emergência) 34 40%

Travar erosão obras portuárias ou costeiras (emergência)

33 40%

Prevenção, componente de planeamento

6 7%

Melhoria condições balneares 11 13%

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A Engenharia Costeira Portuguesa e a Defesa do Litoral Sessão 1: Ponto de Situação e Experiência Acumulada 30-04-2014

A SITUAÇÃO ACTUAL

Obras de Protecção Costeira

Período de Construção %

Até início década de 70 10%

Anos 70 25%

Anos 80 50%

Anos 90 / 00’s 15%

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O PRESENTE / FUTURO

• Sucessivos Programas e grupos de trabalho

2003– Programa Finisterra

2005/06 – Grupo de Trabalho para a GIZC – “Bases para a Estratégia da GIZC Nacional”

2006 – Plano de Acção para o Litoral 2007 – 2013

2012 – Plano de Acção de Protecção e Valorização do Litoral 2012 - 2015

(…)

• Objectivos gerais coordenar implementação dos POOC, avaliação destes e bases para a sua revisão

• “Estratégia” de actuação na costa: proteger situações críticas (emergência), estudar e monitorizar

• As competências da Engenharia estarão a ser aproveitadas como elemento fundamental da definição de estratégias para actuação na costa?