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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE” A ESCOLA NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA por Regina Maria de Almeida Gomes Orientadora Yasmin Maria R. Madeira da Costa RIO DE JANEIRO, RJ / Fevereiro de 2002

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

A ESCOLA NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

por

Regina Maria de Almeida Gomes

Orientadora

Yasmin Maria R. Madeira da Costa

RIO DE JANEIRO, RJ / Fevereiro de 2002

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II

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

A ESCOLA NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

por

Regina Maria de Almeida Gomes

Trabalho monográfico apresentado como

requisito parcial para a obtenção do grau de

Especialista em Psicopedagogia.

RIO DE JANEIRO, RJ/ FEVEREIRO DE 2002

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III

“Agradecer é admitir que houve um momento

em que se precisou de alguém...”

E foram muitas as pessoas que estiveram

comigo, colocando-se disponíveis para que

eu pudesse concluir mais esta etapa: família,

amigos, colegas, professores.

Meu agradecimento a todos; tentei fazer

o melhor.

A Deus

“Você se fez presente em todos os

momentos firmes ou trêmulos.

E, passo a passo, pude sentir a sua mão

na minha, transmitindo-me a segurança

necessária para enfrentar meu caminho e

seguir...

A tua presença é qualquer coisa como a

luz e a vida e eu sinto que em meu gesto,

existe o Teu gesto e em minha voz a Tua

voz.” (Vinícius de Morais)

A meu pai

“ As mãos que hoje não batem palmas, são

as mesmas que abençoaram.

E virando estrelas continuam

abençoando”.

Pai, obrigada por ter me dado a vida, siga

tranqüilo o seu caminho.

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IV

“As circunstâncias unem e separam as

pessoas .As circunstâncias passam e as

pessoas ficam, e cada pessoa que passa

deixa um pouco de si em cada um que fica .

Por isso, tudo que é bom dura o tempo

suficiente para ser inesquecível”.

A você Leandro, mais do que meu filho, meu

amigo dedico essa monografia.

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V

"Um homem demonstra sua racionalidade,

não pela adesão à idéias fixas,

procedimentos esteriotipados ou conceitos

imutáveis, mas pela maneira e nas ocasiões

em que muda essas idéias, procedimentos e

conceitos."

S. TOULMIN

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VI

RESUMO

O presente trabalho busca enfatizar que com as mudanças sociais e

culturais, a escola precisa definir o seu papel repensando a sua ação educativa. Por

isso, percebe-se a importância da escola se autoconduzir começando pela Proposta

Pedagógica.

Daí iniciar-se a pesquisa com o seguinte problema: Como se elabora a

Proposta Pedagógica?

Ao partir deste problema, foram levantados alguns objetivos: conhecer

os procedimentos necessários para a organização da Proposta Pedagógica, a partir da

realidade da escola, e apresentar uma indicação de como fazê-la a partir de uma ação

coletiva.

Com o propósito de alcançar esses objetivos, foram elaboradas as

seguintes questões: O que é Proposta Pedagógica? Quem deve estar envolvido na

elaboração da Proposta Pedagógica? Quais os pressupostos da Proposta Pedagógica?

Na análise dessas questões trabalhei com alguns autores como:

Gadotti, Marques, Moretto, Veiga e foi também analisada a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional n. 9394/96.

Procurando atender às expectativas no que diz respeito ao assunto

escolhido, orientei a pesquisa de forma a desenvolvê-la qualitativamente, através da

pesquisa bibliográfica e análise documental.

Pude constatar, através do resultado da pesquisa, que uma das

maneiras de fazer funcionar a escola, de organizá-la com melhoria na qualidade de

ensino é através da elaboração democrática e coletiva de sua Proposta Pedagógica.

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VII

SUMÁRIO

Capítulo Página

I. Introdução ..............................................................................08

II. O que é Proposta Pedagógica?.............................................11

III. Quem deve estar envolvido na elaboração da Proposta

Pedagógica de uma escola?..................................................14

IV. Pressupostos da Proposta Pedagógica................................. 17

V. Procedimentos Metodológicos.................. .............................22

VI. Resultados da Pesquisa ...................................................... 27

Conclusão .....................................................................................30

Anexos ..........................................................................................33

1. Questionário ........................................................................34

2. Texto Complementar ...........................................................35

Bibliografia ....................................................................................37

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

A História da Educação no Brasil é cheia de sobressaltos. A grande

preocupação que parece nortear as unidades escolares, agora, num primeiro

momento, é a apresentação do documento, sendo a expressão da sua identidade.

Pela experiência histórica e cultural, alguns indícios refletem aquilo

que se poderia chamar de obstáculos que dificultam a elaboração serena e

consciente da Proposta Pedagógica e que com muita clareza Gadotti ( 1994, p.21)

os destaca:

“1º a nossa pouca experiência democrática; 2º a mentalidade que atribui

aos técnicos, e apenas a eles a capacidade de governar; 3º a própria estrutura

do sistema educacional que é vertical; 4º o autoritarismo que impregna nesse

ethos educacional, e 5º o tipo de liderança que tradicionalmente, domina nossa

atividade política no campo educacional: burocrática por dentro e corporativista

por fora.”

Analisando tais itens a Proposta Pedagógica é caracterizada como

uma tarefa árdua, mecânica e meramente, como resposta ao cumprimento legal, é

que foi destacado a relevância deste estudo tendo a intenção de refletir acerca da

atuação da escola de modo a proporcionar uma educação de qualidade.

Fica claro que a escola faz parte de um contexto social no qual

sofre e exerce influência.

Com as mudanças sociais e culturais, a escola precisa definir qual é

o seu papel social, repensando a sua ação educativa, fundamentando-se nos

valores que devem ser vivenciados e aplicados em toda estrutura da escola.

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Assim sendo ,acentua-se a importância da escola se autoconduzir

começando com a elaboração da Proposta Pedagógica, definindo metas e

compromissos com a comunidade escolar, na procura de novos caminhos para a

cidadania efetiva, preparando o educando para usufruir dos bens culturais, sociais e

materiais existentes na sociedade em acelerada evolução cultural, científica e

tecnológica.

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º

9.394/96, no artigo 12, inciso I, expressa que entre as “incumbências” de todas as

escolas está a de “elaborar e executar sua Proposta Pedagógica.”

Este inciso está sustentado na idéia de que a escola deve refletir

sua ação, autoconduzindo-se na elaboração deste documento.

Desta forma a Proposta Pedagógica aponta um rumo, uma direção,

um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente.

Na base da Proposta Pedagógica da escola estão as seguintes

perguntas:

• Qual o tipo de sociedade que a escola reflete?

• A escola prioriza a identidade de cada um, a criatividade, a

pluralidade ou prefere uma unidade homogênea?

Tais questionamentos levaram a entender que os valores devem ser

vivenciados e aplicados na estrutura da escola, na dinâmica curricular, na

especificação dos conteúdos do ensino-aprendizagem, na mediação da docência em

sala de aula, na sistematização do aprender, na avaliação e na gestão democrática.

A implantação da Proposta Pedagógica deve estimular a

comunidade escolar a repensar sua ação, diagnosticar, avaliar e refletir sobre os

problemas pedagógicos.

Os objetivos da presente pesquisa foram:

1. Conhecer os procedimentos necessários para a organização da

Proposta Pedagógica, a partir da realidade escolar, visando:

• proporcionar aos profissionais de educação, subsídios para que

possam elaborar e executar a Proposta Pedagógica em suas unidades escolares em

consonância com o regimento escolar e os princípios norteadores, indicados pela

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394/96.

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2. Apresentar uma indicação de como fazer uma Proposta

Pedagógica a partir de uma ação coletiva.

Com o propósito de alcançar o objetivo geral da pesquisa foram

levantadas as seguintes questões:

1. O que é Proposta Pedagógica?

2. Quem deve estar envolvido na elaboração da Proposta

Pedagógica?

3. Quais os pressupostos da Proposta Pedagógica?

Os próximos capítulos deste relatório tratam de apresentar

definições sobre a Proposta Pedagógica, seus pressupostos, os procedimentos

metodológicos, o resultado da pesquisa e a conclusão, decorrentes deste estudo.

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CAPITULO IIO QUE É PROPOSTA PEDAGÓGICA?

Para compor o presente capítulo foram selecionados os documentos

legais que tratam das questões relativas a Proposta Pedagógica e autores que

abordam o tema, permitindo, fazer uso de conceitos e pressupostos orientadores

para a elaboração da mesma.

1. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394/96,

especificamente os artigos:

“Artigo 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns

e as do sistema de ensino, terão a incumbência de:

I. elaborar e executar sua Proposta Pedagógica.

Artigo 13 Os docentes incumbir-se-ão de:

I. participar da elaboração da Proposta Pedagógica do

estabelecimento de ensino.

Artigo 14 Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática

do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e

conforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração da

Proposta Pedagógica da escola;

II - participação das comunidades escolas e local em conselhos

escolares ou equivalentes.”

2. Alguns autores sinalizaram as diretrizes e orientações para as

reflexões em torno da Proposta Pedagógica.

Sentindo a necessidade de esclarecer as várias terminologias

citadas na LDB n.º 9.394/96 foram considerados como base as definições:

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Veiga ( 1998),

"A Proposta Pedagógica ou projeto pedagógico relaciona-se a organização

do trabalho pedagógico da escola; plano de trabalho está ligado à organização

da sala e as outras atividades pedagógicas e administrativas. Isso significa que

Plano de Trabalho é o detalhamento da Proposta ou Projeto."

Na visão de Gadotti ( 1998 p. 23), a Proposta Pedagógica da escola

apoia-se:

“a)no desenvolvimento de uma consciência crítica; b) no desenvolvimento

das pessoas: comunidade interna e externa à escola; c) na participação e na

cooperação das várias esferas de governo; d) na autonomia, responsabilidade

e criatividade como processo e como produto do projeto, podemos destacar: 1º

comunicação eficiente. Um projeto deve ser factível e seu enunciado facilmente

compreendido. 2º adesão voluntária e consciente do projeto. Todos precisam

estar envolvidos. A co-responsabilidade é um fator decisivo no êxito de um

projeto; 3º suporte institucional e financeiro.”

Segundo Martins ( 1999):

“Proposta Pedagógica é: um documento que sintetiza as reflexões e

decisões assumidas pela equipe escolar. Essas reflexões e decisões traduzem

os princípios, objetivos e diretrizes que serão consolidadas no regimento. Não

tem modelo”(Ind. Cresp. 13/97)

A elaboração da Proposta Pedagógica pode obedecer às seguintes

diretrizes:

• estudo completo da realidade da Unidade Escolar;

• estabelecimento de metas, critérios e ações para alcançar os

objetivos;

• hierarquização de prioridades;

• linhas norteadoras para o acompanhamento e avaliações de

propostas;

• avaliação no processo para detectar as mudanças ocorridas na

escola.

Segundo Moretto ( 1999,p. 168),

“Proposta Pedagógica é : um conjunto de princípios orientadores do

Planejamento. Aqui vem a primeira e forte distinção; o planejamento é feito,

refeito, ajustado e flexibilizado nas medidas em que as ações forem sendo

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realizadas. Os princípios não se mudam a toda hora. Eles são bem pensados e

se mantém por um tempo razoável, até o momento que não mais respondam

às exigências da sociedade em transformação. Por outro lado o regimento

escolar é uma peça normativa, coerente com os fundamentos do Projeto

Pedagógico, mas balizados na legislação em vigor.”

Segundo Marques ( 1994, p.18),

“Por sua Proposta Pedagógica insere-se a escola no espaço público da

práxis política, desde seu próprio espaço interno e daí para as esferas sociais

diferenciadas que cumprem as dimensões específicas das aprendizagens por

elas supostas ao mesmo tempo que se inscrevem no espaço público exigente

da permanente publicidade e debate crítico.”

Por tudo o que foi dito, a Proposta Pedagógica da escola pode ser

considerada como um momento importante de renovação da escola que pressupõe

uma ação intencionada, com um sentido definido, explícito, sobre o que se deseja

inovar.

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CAPÍTULO III

QUEM DEVE ESTAR ENVOLVIDO NA ELABORAÇÃO DA

PROPOSTA PEDAGÓGICA?

É preciso substituir a indiferença por solidariedade tendo a

democracia como o único instrumento que poderá atender as questões da

integração social observando: igualdade, diversidade, participação, solidariedade e

liberdade.

Dessa forma a educação apresenta como objetivo primeiro a

formação da cidadania onde o educador se vê como cidadão participativo, criativo,

capaz de mudar a ordem social onde atua junto com o todo educacional.

A escola é constituída de professores, funcionários, alunos, pais e

coletivamente deve elaborar a sua Proposta Pedagógica, pensando, diagnosticando

e refletindo sobre os problemas pedagógicos da unidade escolar. É a consciência

coletiva. Surge assim o desafio para a escola buscar sua identidade, de acordo com

a sua realidade, suas características, clientela tendo sempre em mente seu objetivo

mais amplo: formar cidadãos que participem ativamente d0 seu meio social.

Cada escola poderá Ter a Proposta diferenciada de atuação, pois

respeita a participação dos seus diferentes membros e admite a diversidade das

metodologias.

A atuação coletiva exige partilhar ações, bem como indicar a função

de cada um dos envolvidos na construção da Proposta Pedagógica.

Com isso não se busca um modelo único de escola e sim a busca de

uma escola democrática, onde todos assumem com responsabilidade o seu papel,

garantindo para todos os educandos a aprendizagem do saber construído através do

“aprender a aprender”.

A escola necessita romper com o modelo burocrático que regula o

trabalho pela conformidade às regras fixadas e obediência às leis, não dando

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espaço para o novo, para a participação , a criatividade e sim que envolva a todos

os professores da escola numa dinâmica de mudança.

A Proposta Pedagógica implica na troca e cooperação dos

envolvidos em torno de um trabalho essencialmente coletivo, juntando esforços para

repensar sua atuação, partindo de uma reflexão sobre a qualidade do trabalho.

A direção da escola assume um papel fundamental na articulação e

liderança da elaboração da Proposta Pedagógica, de modo a permitir que cada um

dos envolvidos se sinta engajado e identificado com o coletivo da escola no alcance

de metas comuns.

“Saber, acreditar e fazer imbricam-se sempre em relação a um

projeto.”(Hutmacher 1992, p. 15 )

Segundo a professora Glaura Vasquez de Miranda a formulação da

Proposta Pedagógica é uma inovação que leva a descentralizar e democratizar o

processo de tomada de decisões, buscando uma maior participação da comunidade

e o comprometimento de todos os seus membros com as soluções dos problemas

da unidade escolar.

Na sua explanação ela cita eixos que devem ser observados

buscando um consenso entre o grupo:

1. “A sensibilidade para a construção, para a vivência de sujeitos sócio-

culturais.

2. A vivência de cada idade de formação, sem interrupção.

3. A escola como tempo de vivência cultural.

4. A escola como experiência de produção coletiva.

5. As virtualidades educativas da materialidade da escola.

6. Nova identidade da escola, nova identidade de seu profissional.

7. Currículos mais equilibrados.” (Miranda 1994, p.29 e 30)

A escola, dessa forma, passa a caminhar com novos currículos, em

direção a uma vivência de cada idade de formação, sem interrupção. É concebida

como um espaço cultural mais amplo para a realização do sujeito cultural onde

busca a mudança de atitudes dos professores e alunos para a construção dessa

escola plural.

“O educador, pelo menos o ideal que minha imaginação constrói, habita

num mundo em que a interioridade faz uma diferença, em que as pessoas se

definem por suas visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos. O

professor, ao contrário é funcionário de um mundo dominado pelo Estado e

pelas empresas. É uma entidade gerenciada, administrada segundo sua

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excelência esta que é sempre julgada a partir dos interesses do sistema.

Frequentemente o educador é mau funcionário, porque o ritmo do mundo do

educador não segue o ritmo do mundo da instituição.”(Rubem Alves RBAE 12(

2 ), jul/ dez. 1996, p. 85-86)

A gestão democrática que compartilha com os professores faz

começar a cair os sentimentos e rejeições recíprocas. Uma administração concreta e

pedagógica faz o exercício possível da arte de entender o educador como um

mediador que coopere para o crescimento do seu aluno.

A educação, lugar da prática do administrador, trabalha

fundamentalmente ao nível do desenvolvimento da consciência humana e por tanto

exige além da razão a emoção.

O compromisso sócio- político e pedagógico da administração indica

a direção do efetivo planejamento participativo de transformação da escola e da

sociedade sem perder de vista que a educação só acontece na sua unidade

dialética com a totalidade, no todo do seu contexto histórico-social.

“A direção administrativa da escola, como garantia da vida escolar

integrada, torna-se legítima enquanto co-responsabilidade assumida pelo coletivo

dos educadores e educandos”.”(Cf. Gianotti :17-9)

Algumas características precisam ser observadas no momento da

elaboração da Proposta Pedagógica por todos os envolvidos nesse processo:

• traduzir a história da instituição, visto que a maioria das

instituições apresentam uma vivência de educação;

• seguir o documento da escola, seu regimento interno;

• não deve ser feito hoje para ser mudado amanhã, por ser

formado de princípios que orientam o planejamento em todas as etapas da escola;

• ter um tempo para que a elaboração seja sólida, participativa e

adequada às novas realidades sociais da estrutura escolar.

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CAPÍTULO IV

PRESSUPOSTOS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Foram adotados para a pesquisa os pressupostos que vão

nortear os fundamentos na elaboração da Proposta Pedagógica. Segundo Veiga

(1999, p.19 -20):

“Filosófico-sociológico - consideram a educação como compromisso

político do Poder Público para com a população, com vistas à formação do

cidadão participativo para um determinado tipo de sociedade. A educação

básica deve estar alicerçada nas múltiplas necessidades humanas. Trata-se de

um processo articulador das relações sociais, culturais e educacionais.

Epistemológicos levam em conta que o conhecimento é construído e

transformado coletivamente. Nesse sentido o processo de produção do

conhecimento deve pautar-se sobretudo, na socialização e democratização do

saber. O conhecimento deixa de ser visto numa perspectiva estática e passa a

ser enfocado como processo. Didático-metodológico - entende-se que a

sistematização do ensino aprendizagem precisa favorecer o aluno na

elaboração crítica dos conteúdos, por meio de métodos e técnicas de ensino e

pesquisa que valorizem as relações solidárias e democráticas. Devem pautar-

se em um trabalho interdisciplinar.”

Estes fundamentos vão nortear uma direção para dinamizar a prática

pedagógica buscando responder as necessidades de uma mudança nos níveis

social, político, ético e tecnológico. Havendo um envolvimento de todos os

comprometidos no processo educacional.

A autonomia e a gestão democrática da escola são exigências da

sua Proposta Pedagógica.

Segundo Veiga (1999, p.15),

“para ser autônoma a escola não pode depender somente dos órgãos

centrais e intemediários que definem a política da qual ela não passa de mera

executora. Ela concebe sua Proposta Pedagógica e tem autonomia para

executá-la e avaliá-la ao assumir uma nova atitude de liderança, no sentido de

refletir sobre as finalidades sócio, políticas e culturais da escola”.

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A autonomia é questão fundamental numa instituição educativa

envolvendo quatro dimensões básicas, relacionadas e articuladas entre si:

administrativa, jurídica, financeira e pedagógica.

Graficamente, pode-se representar o processo interativo da

autonomia escolar que é questão importante para o delineamento de sua identidade.

A autonomia administrativa consiste na possibilidade de elaborar

e gerenciar seus planos, programas e projetos adequando-os a sua realidade e ao

momento histórico vivido.

A autonomia jurídica possibilita a elaboração de normas e

orientações escolares, realizadas pela própria escola com o cuidado de não tornar-

se numa instância burocrática.

A autonomia financeira refere-se a existência de recursos

financeiros capazes de dar a escola condições de um efetivo funcionamento. Sua

autonomia pode ser total quando a escola administra todos os recursos a ela

destinados pelo poder público ou parcial - a escola só administra a parte que lhe é

repassada.

A autonomia pedagógica envolve a função social, os educandos,

a organização curricular, à avaliação, bem como aos resultados ou seja a essência

da Proposta Pedagógica da escola.

Como foi observado, a Proposta Pedagógica da escola hoje está

inserida num patamar marcado pela diversidade. Cada instituição escolar é resultado

de um processo de desenvolvimento de suas próprias concepções. Nenhuma escola

Administrativo

Financeiro

Pedagógico

EscolaJurídico

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é igual a outra e por isso não existe a pretensão de que todas tenham o mesmo

resultado.

Sendo assim, não pode existir um único padrão que conduza a

escolha da proposta de nossas instituições escolares. Não se concebe um espaço

sem autonomia: -- autonomia para estabelecer a sua proposta e autonomia para

executá-la e avaliá-la.

A relatividade dessa autonomia evidencia-se quando existem

interferências, como por exemplo, currículo mínimo de cursos predefinidos, e se

amplia com as possibilidades prescritas na LDB n.º 9.394/96 no artigo 26:

“Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional

comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento

escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e

locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger,

obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o

conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,

especialmente do Brasil.

§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos

diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento

cultural dos alunos.

§ 3º A educação física, integrada à Proposta Pedagógica da escola, é

componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e as

condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das

diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente

das matrizes indígena, africana e européia.

§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a

partir da 5ª série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna,

cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades

da instituição.”

A gestão democrática da escola vai exigir uma mudança de

mentalidade onde pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de

responsabilidade, na elaboração da Proposta Pedagógica. É um passo primordial no

aprendizado da democracia passando a escola a servir a comunidade, buscando

criar um espírito comunitário.

Cabe também a gestão democrática melhorar o que é próprio da

escola: o ensino-aprendizagem, proporcionando um melhor conhecimento do seu

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funcionamento e de todos os seus envolvidos, bem como, um contato permanente

entre professores e alunos, o que leva a uma troca de conhecimento significativo.

O aluno aprende porque se torna sujeito de sua aprendizagem e

para tal necessita participar das decisões que dizem respeito a Proposta da escola.

A gestão democrática necessita de métodos democráticos de efetivo

exercício da democracia. É também aprendizado onde tempo, atenção, trabalho,

deverão ser observados.

Segundo Gadotti (1994, p.23),

“uma Proposta Pedagógica da escola apoia-se:

a) no desenvolvimento de uma consciência crítica e cidadã;

b) no envolvimento da comunidade interna e externa à escola;

c) na participação e na cooperação das várias esferas do governo; e

d) na autonomia, responsabilidade e criatividade como processo e como

produto da Proposta.”

Torna-se necessário que os gestores sejam ousados na elaboração

da Proposta e que não haja apenas uma troca de teorias e sim uma renovação

“lançar-se para a frente”.

“Sendo a educação reconhecida como um problema político e não como

algo imposto em nome de uma administração racional, a serviço do

desenvolvimento do capital, o diretor da escola terá uma função política cada

vez mais relevante na luta pelo controle da educação e de sua administração”

(Arroyo, 1996, p.33).

Elementos facilitadores para o êxito da Proposta Pedagógica

segundo Gadotti (1994, p.24):

1) “uma comunicação eficiente. Uma proposta deve ser factível e seu

enunciado facilmente compreendido;

2) adesão voluntária e consciente à proposta. Todos precisam estar

envolvidos. A co-responsabilidade é um fator decisivo no êxito de uma

proposta;

3) bom suporte institucional e financeiro: vontade política, pleno

conhecimento de todos – principalmente dos dirigentes – e recursos financeiros

claramente definidos;

4) controle, acompanhamento e avaliação da proposta. Uma proposta

que não pressupõe constante avaliação, não consegue saber se seus objetos

estão sendo atingidos;

5) uma atmosfera, um ambiente favorável. Não é desprezível um certo

componente mágico-simbólico para o êxito de uma proposta, uma certa mística

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( ou ideologia ) que alimenta a todos os que se envolvem no “design” de uma

proposta;

6) credibilidade. As idéias podem ser boas, mas, se os que as defendem

não têm prestígio, comprovada competência e legitimidade só pode

obstaculizar a proposta; e

7) um bom referencial teórico que facilita encontrar os principais

conceitos e a estrutura da proposta.”

A Proposta Pedagógica da escola deve ser constituída de uma

verdadeira conscientização e de uma real formação cívica.

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CAPITULO V

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Procurando com empenho atender às expectativas no que diz

respeito ao assunto escolhido, a pesquisa foi orientada de forma a ser desenvolvida

qualitativamente, devido ao desejo de compreender o tema abordado realizando

descrições cuidadosas da realidade, trazendo o mais próximo possível da

elaboração e reflexão da Proposta Pedagógica dentro das Unidades Escolares.

A pesquisa bibliográfica foi fundamental para definir e resolver as

dúvidas que surgiram na pesquisa de campo.

Foram descritos aspectos importantes ao leitor, para que tenha uma

visão ampliada de cada escola pesquisada, dentre eles: histórico, filosofia e

metodologia educacional, cursos existentes, clientela escolar, utilização dos espaços

e dos recursos disponíveis.

Ao classificar e organizar as informações coletadas decidiu-se

nomear cada instituição por A e B para manter oculta a identidade das mesmas.

O primeiro espaço observado foi denominado escola A, localizada

no centro de Petrópolis. A escola A iniciou suas atividades no dia vinte e sete de

fevereiro de mil novecentos e sessenta nove, oferecendo os seguintes cursos:

Primário e Ginasial depois fundados pela Lei 5692/71 em primeiro grau e curso

Clássico e Normal, mais tarde denominado de curso Colegial pela mesma

legislação.

Em 1970 e escola A tornou-se um Centro Experimental de Ensino.

Atualmente a escola possui cerca de um mil e quatrocentos alunos

matriculados nos seguintes cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio,

funcionando em dois turnos: manhã e tarde. A escola está dividida em dois prédios:

um atendendo da Educação Infantil até o primeiro Segmento do Ensino

Fundamental e o outro o segundo Segmento do Ensino Fundamental e Ensino

Médio.

Seus professores estão empenhados com a construção de um

Projeto Pedagógico capaz de defender a missão educativa, tendo como centro a

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formação da pessoa em seus aspectos físico, intelectual, social, moral e afetivo, pelo

desenvolvimento da sensibilidade, da capacidade de reflexão, de pensamento

autônomo e de ação, de modo a levá-la a assumir um posicionamento diante da

vida, a autodeterminar-se consciente e a contribuir para a construção de um mundo

melhor.

A filosofia educacional da escola A é humanista e cristã, que busca

a compreensão e transformação com sabedoria e justiça.

A escola já utilizou diversas metodologias, inclusive a

Montessoriana. Atualmente a metodologia está sendo montada juntamente com os

professores, supervisores, administradores e comunidade escolar. A maioria dos

professores que atuam na escola A têm formação de nível superior, alguns pós-

graduados e mestres.

A escola A é administrada por um diretor geral e três diretores

adjuntos. A direção é acessorada por um secretário, dois auxiliares de secretária,

quatro coordenadores pedagógicos, dois orientadores educacionais e três

psicólogos. Conta ainda, com a colaboração de um coordenador de eventos, de

Ensino Religioso e de Educação Física.

Fazem parte da equipe também, quatro inspetores, quatro

enfermeiras, quatro guardas, um vigia, sete serventes e dezessete estagiários.

A clientela escolar atendida pela escola faz parte da classe média.

No decorrer do ano letivo, toda comunidade educativa participa de

eventos e atividades desenvolvidas:

∗ Festa do Folclore;

∗ Festa Junina;

∗ Feira de Ciências;

∗ Festas Religiosas Católicas;

∗ Festas comemorativas;

∗ Palestras;

∗ Excursões;

∗ Olimpíadas;

∗ Exposições;

∗ Palestras com profissionais;

∗ Montagem de murais;

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∗ Utilização dos laboratórios em aulas de Biologia, Física, Química

e Informática;

∗ Recursos audiovisuais.

O espaço físico da escola A é agradável, cercado do verde da

vegetação; as salas bem organizadas atendendo as necessidades dos alunos.

Além das atividades de salas, os alunos possuem aulas

diversificadas em diversos ambientes:

∗ Educação Física;

∗ Ensino Religioso;

∗ Artes;

∗ Música;

∗ Informática;

∗ Laboratório.

A Instituição possui variados recursos disponíveis aos professores

da Educação Básica:

∗ Biblioteca;

∗ Mecanografia;

∗ Gráfica;

∗ Carpintaria;

∗ Recursos audiovisuais;

∗ Laboratórios;

∗ Cantinas;

∗ Quadras e Ginásio Poliesportivo.

A avaliação da Educação Infantil é bimestral, observando os

aspectos: afetivos, cognitivos, psicomotor e social. Já no Ensino Fundamental e

Médio a avaliação é continuada, acontecendo a recuperação paralela para os alunos

que não atingiram a média seis, sendo oferecido em horário oposto ao do aluno para

ser trabalhado de forma mais consciente.

O segundo espaço foi denominado escola B localizado na Rodovia

BR040, Km 60 – Rio da Cidade já foi de difícil acesso, hoje conta com ônibus

passando na porta e as crianças que moram mais afastadas recebem transporte

pago pela Prefeitura Municipal de Petrópolis em carros escolares.

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A escola B tem como entidade mantenedora a Mitra Diocesana de

Petrópolis, tendo como filosofia educacional promover a educação dos alunos dentro

dos princípios éticos,cristãos e morais, cujos objetivos são:

• Visar a transversalidade e a integração das séries, adequando o

plano de ensino aos conteúdos programáticos, estabelecendo padrões de

desempenho para todas as séries de acordo com os Parâmetros Curriculares

Nacionais;

• Propiciar condições adequadas num processo formativo e

contínuo do desenvolvimento humano para o mercado de trabalho;

• Fortalecer a participação dos alunos e pais nas atividades do

processo ensino-aprendizagem, promovendo mais dinâmicas onde estes participem

da organização de eventos escolares

• Fortalecer a integração escola e comunidade, mantendo um

diálogo cada vez mais aberto com a mesma, convidando para participar das

reuniões e oferecendo o espaço escolar para diversas atividades comunitárias.

Atualmente a escola B atende aproximadamente a cento e trinta

alunos da Educação Infantil ( vinte e quatro alunos por turma) e o primeiro

Segmento do Ensino Fundamental ( vinte e oito alunos por turma ), em dois turnos

com carga horária de vinte horas semanais.

A escola B busca desenvolver as aptidões de seus alunos dentro

de uma proposta mesclada entre o construtivismo e o tradicional. A clientela

atendida pela unidade faz parte da classe média baixa, dentro de uma faixa etária

compatível cm os níveis que a escola oferece proporcionando a estes alunos todas

as atividades necessárias ao pleno desenvolvimento de suas capacidades.

Esta Unidade Escolar conta com uma equipe de trabalho formada

por: quatro professores, uma merendeira e uma diretora, além de contar com a

participação dos pais e amigos da escola.

A verificação do rendimento escolar na Educação Infantil é feita

mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento de cada aluno com fichas

individuais sendo bimestral. No primeiro segmento do Ensino Fundamental a

avaliação é continuada observando a participação, a responsabilidade,

comportamento, cooperação, assiduidade, desempenho nas atividades propostas

que fazem parte do processo ensino-apredizagem.

Na pesquisa foram envolvidos membros das equipes: administrativa

e pedagógica de uma escola privada e outra pública do Município de Petrópolis.

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Os instrumentos que deram sustentação para a coleta de dados

dentro de uma pesquisa qualitativa foram: a observação, a análise documental e o

questionário realizados, nas escolas selecionadas para a pesquisa.

Desta forma a observação não participante permitiu examinar

concretamente o cotidiano escolar (entrada, recreio, espaços físicos, ambiente

externo, exposições, teatro, hora do conto, bandinhas musicais, envolvimento do

professor com alunos, atendimento aos pais, reunião com a equipe pedagógica, aula

de reforço, término dos turnos).

A análise documental foi realizada através de leitura de:

organograma, calendário, regimento, histórico e por fim a Proposta Pedagógica,

nas próprias unidades escolares, encontrando a estrutura organizacional e

pedagógica das escolas pesquisadas.

Já o questionário foi empregado com questões pertinentes ao tema

escolhido da pesquisa, direcionado à Equipe Pedagógica e Administrativa do

primeiro segmento do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, com prévia

conversa informal, esclarecendo o que seria utilizado como instrumento para coleta

de dados.

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CAPÍTULO VI

RESULTADOS DA PESQUISA

A análise dos dados foi feita na tentativa de organizar as

informações coletadas tendo em vista dar respostas às questões de estudo e

atender os objetivos da pesquisa.

A utilização da pesquisa qualitativa deu uma visão holística do

processo de investigação, tomando como diretriz o referencial teórico que propiciou

subsídios para as recomendações finais.

Levantou-se dados pertinentes ao tempo, tendo sido possível

detectar pontos comuns e divergentes entre as duas escolas pesquisadas através

do questionário.

Na escola A foi detectado maior autonomia no que se refere às

decisões de rotina por ser uma unidade escolar particular. Na área pedagógica e

financeira há nas suas ações, orientações da Entidade Mantenedora.

Já na escola B a autonomia na área pedagógica e administrativa é

executada com relativa liberdade, uma vez que há certa interferência da Secretária

de Educação, no que diz respeito ao cumprimento do calendário escolar, sendo

também orientada pela Mitra Diocesana de Petrópolis.

O setor financeiro da escola B, rede pública, recebe uma verba

anual do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar) e do PGDREM (

Programa de Gestão Descentralizada dos Recursos da Educação Municipal) até de

dezembro de 2001, em quatro parcelas e a partir de 2002, mensalmente. Estas

verbas ainda não suprem totalmente às necessidades da escola. Mas já foi um

avanço na sua autonomia.

Em ambas as escolas, observamos a prioridade na formação da

pessoa reconhecendo suas características individuais, criatividade e respeito a

pluralidade de cultura.

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As escolas trabalham os valores éticos, cristãos e morais tais como:

o respeito ao próximo, a justiça, a liberdade, a responsabilidade, a verdade a

solidariedade. Estes valores são dinamizados nos currículos transversalmente.

A construção da Proposta Pedagógica foi elaborada pelas equipes

administrativa e pedagógica das escolas e discutida pelo corpo docente através de

encontros e reuniões, seguindo tais passos: discussão e definição da visão, da

missão e dos objetivos; eleição dos teóricos norteadores; encontros e reuniões

periódicas e redefinição de programas e elaboração de projetos.

Relatos destacados:

Escola A:

“A Proposta Pedagógica é a identidade da escola possibilitando sua

autonomia. Para sua elaboração foram realizados vários encontros. A escola

desempenha papel primordial na educação de tantos jovens e por isso exige

uma série de atividades, reuniões... que tomam muito tempo. Sendo assim a

Proposta Pedagógica não se constrói de imediato.” ( Coordenadora

Pedagógica)

“O crescimento da autonomia da escola trouxe envolvimento de todos na

elaboração da Proposta Pedagógica mostrando a importância de trabalhar por

setores para acabar com a fragmentação que ocorre na educação e por isto

esta escola esta trabalhando com projetos setoriais em cada segmento.” (

Diretora Adjunta ) .

Escola B:

“É importante a integração: família-comunidade-escola para que o processo

de ensino aprendizagem seja de qualidade onde as novas tecnologias tenham

uma realidade visando atingir os objetivos da Proposta Pedagógica. A Proposta

Pedagógica proporciona que os profissionais consigam momentos de

intercâmbio das atividades desenvolvidas dentro do seu trabalho.” ( Diretora

Geral)

Durante a elaboração foram encontrados os seguintes obstáculos:

formação dos professores, conscientização das famílias a respeito da importância do

proposta e tempo.

Os elementos facilitadores para implantação da Proposta

Pedagógica foram: a integração, o interesse e a participação dos profissionais.

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A mudança na práxis se deu no âmbito dos programas trabalhados,

na implantação de projetos e na integração dos professores dos diversos níveis de

ensino.

Foi constado que apesar das inúmeras dificuldades, os avanços

aconteceram.

A comunidade envolvida na proposta, sentiu-se e foi valorizada e,

por sua vez, passou a valorizar o espaço onde desenvolveu seu trabalho: a escola.

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CONCLUSÃO

A pesquisa foi centrada na elaboração da Proposta Pedagógica e

conclui que quando a comunidade escolar tem acesso às informações e lhe é

garantido o direito de participar das decisões, ela tem condições de compreender

melhor o funcionamento da escola e de se organizar para assegurar que os

interesses da maioria sejam atendidos. Uma das maneiras de fazer funcionar a

escola, de organizá-la com vistas a melhoria da qualidade do ensino é justamente a

elaboração democrática e coletiva de sua Proposta Pedagógica. Esse processo de

elaboração, além de ser trabalhoso para todos os envolvidos é também um processo

político, no sentido de que estabelece uma nova relação de forças no interior da

escola, onde novas lideranças são formadas exigindo uma reflexão coletiva, bem

como uma certa disponibilidade para além das atividades escolares do dia-a-dia.

Esta disponibilidade apresenta um custo social e econômico.

Houve uma provocação de um novo tipo de relação profissional

onde todos da comunidade escolar passaram a trocar informações, descobrindo

novas fontes de comunicação e valorização em função dos saberes, das culturas

populares nas escolas, redefinindo papéis, com uma mudança de olhar que se

processa de forma crítica, reflexiva e aberta.

A Proposta Pedagógica foi embasada no compromisso com os

valores éticos-políticos, na formação de cidadãos profissionalmente éticos,

competentes, atuando em busca da compreensão e transformação com sabedoria,

liberdade e justiça. A proposta prioriza uma educação de qualidade que possibilite

aos educandos participarem de forma ativa e consciente num projeto de sociedade

que tenha como valor fundamental, o valor da pessoa humana. Entender o aluno

não só como indivíduo, mas como ser espiritual, capaz de amar a si próprio e ao

outro. Para que isso aconteça, a educação deverá incluir não apenas o

desenvolvimento da razão mas especialmente, o da sensibilidade, permitindo

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conhecer os valores, a orientação da ação, atendendo para as três áreas do

psiquismo humano: o inteligir, o sentir e o agir.

O estudo e a análise da pesquisa realizada nas escolas por meio da

observação, análise documental (nas unidades escolares) e questionário, permitiu

formular e confirmar algumas proposições sobre o nosso tema, que podem resultar

em diretrizes sobre a elaboração da Proposta Pedagógica e melhoria das escolas e

real aprendizagem dos alunos.

Percebe-se o envolvimento da administração educacional em todas

as etapas do processo de elaboração da Proposta Pedagógica no que se refere à

condução de reuniões, nas orientações quanto ao referencial teórico e delineamento

das propostas apresentadas por todos os envolvidos. Focaliza a pesquisa de modo

a entender que o professor não é apenas sujeito, mas participante de investigações.

A coordenação administrativa incorpora, portanto, a coordenação do

cotidiano sejam aqueles que suscitem o estudo sistematizado, desenvolvidos em

bases teórico-metodológico.

A análise do contexto escolar das unidades educacionais estudadas,

as principais características e obstáculos que dificultam a organização da escola,

acrescida paralelamente de estudos teóricos e resultados de pesquisa possibilitou

formular tais recomendações:

- a proposta deve ser factível e seu enunciado facilmente

compreendido;

- todos precisam estar envolvidos;

- deve haver constante avaliação do projeto para saber se seus

objetivos estão sendo atingidos;

- o referencial teórico deve facilitar o encontro dos principais

conceitos e estruturas da proposta;

- que professores profissionais de educação que tiverem acesso a

esta pesquisa se debrucem sobre as questões pesquisadas.

Sugestões de construção da Proposta Pedagógica:

I. Identificação da Instituição

a) nome da escola e localização

b) rede oficial a qual pertence

c) níveis de ensino que oferece

II. Finalidade e objetivos da Instituição

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Deve-se explicitá-los claramente e em coerência com o Regimento

Escolar, os documentos e os artigos da LDB n.º 9.394/96, artigos: 2º, 3º,

22,25,29,32,35 e 39.

III. Finalidades e objetivos da Educação

Os mesmos artigos acima excluído o 3º.

IV. Da organização curricular: descrever a proposta curricular de

cada nível e modalidade mantidos e LDB n.º 9.394/96 artigos: 12,13,23,24,25e 32.

V. Do desenvolvimento e implementação: descrever os meios,

observar os artigos da LDB n.º 9.394/96 : 2º, 12, 22,29,32,35,39.

VI. Da sistemática de Ensino: LDB n.º 9.394/96, artigos 12,13, 23,

24, 25, e 32.

VII. Da verificação do rendimento escolar e da progressão: detalhar

os critérios de verificação do rendimento escolar coerente com o regimento escolar e

LDB artigos 12, 13 e 31.

VIII. Documentos Básicos: LDB n.º 9.396/94, PCN, Regimento

Escolar.

Assuntos que merecem atenção especial na elaboração da Proposta

Pedagógica:

1. Apresentação;

2. Histórico e Identificação da escola;

3. Visão do homem, do cidadão e do mundo;

4. Objetivos;

5. Fundamentos: - ético-políticos;

- epistemológicos;

- didático-pedagógicos.

6. Articulação do corpo docente, técnico e pedagógico com o

planejamento pedagógico;

7. Considerações finais;

8. Articulação entre os níveis e componentes curriculares.

O próximo passo seria acompanhar a execução da Proposta e o

que efetivamente veio transformar a realidade educacional visando a participação

consciente do aluno como pessoa humana, capaz de amar a si próprio e ao outro.

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ANEXOS

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QUESTIONÁRIO

1. Quais são as circunstâncias visíveis sobre autonomia da escola,

nas áreas financeiras, jurídicas, administrativa e pedagógica?

2. Na escola é priorizada a identidade de cada um, a criatividade, a

pluralidade ou prefere-se uma unidade homogênea?

3. Quais são os valores que a escola prioriza? Como são

trabalhados nos currículo?

4. Durante a elaboração da Proposta Pedagógica, há a

participação de todos os funcionários atuando efetivamente?

5. Que passos foram usados na elaboração da Proposta

Pedagógica?

6. Quais são os obstáculos e os elementos facilitadores para a

implantação da Proposta pedagógica na escola?

7. Após a construção da Proposta Pedagógica houve alguma

mudança na práxis?

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TEXTO COMPLEMENTAR

“ O pedagogo preparara minuciosamente os seus métodos e,

segundo dizia, estabelecera cientificamente a escada que permite o acesso aos

diversos andares do conhecimento; medira experimentalmente a altura dos degraus,

para adaptá-la às possibilidades normais das pernas das crianças; arranjara, aqui e

ali, um patamar cômodo para se retomar o fôlego, e um corrimão benévolo

amparava os principiantes.

E o pedagogo zangava-se, não com a escada, que evidentemente,

fora concebida e construída com ciência, mas com as crianças que pareciam

insensíveis à solicitude dele.

Zangava-se porque tudo acontecia normalmente quando ele estava

presente, vigiando a subida metódica da escada, degrau por degrau, tomando fôlego

nos patamares e segurando o corrimão. Mas, se ele se ausentava uns momentos,

que desastre e que desordem! Apenas continuavam a subir metodicamente, degrau

por degrau, segurando no corrimão e tomando fôlego nos patamares os indivíduos

que a escola marcara suficientemente com a sua autoridade, como os cães de

pastor que a vida treinou para seguir passivamente o dono e que se resignaram a

não mais obedecer ao seu ritmo de cães transpondo matas e atalhos.

O bando de crianças retomava os seus instintos e as suas

necessidades: uma subia a escada de quatro, engenhosamente, outra tomava

impulso e subia os degraus de dois em dois, saltando os patamares, havia mesmo

as que tentavam subir de costas, adquirindo até algum desembaraço. Mas sobretudo

– incrível paradoxo – havia aquelas, e eram a maioria para quem a escada se

mostrava desprovida de atração e aventuras, e que, contornando a casa, segurando

nas calhas, saltando as balaustradas, chegavam em cima num tempo mínimo, muito

melhor e mais depressa do que pela escada pseudo metódica; uma vez que lá em

cima, escorregavam pelo corrimão... para recomeçarem a ascensão apaixonante.”

CELESTIN FREINET em “Pedagogia do Bom Senso”, Martins

Fontes, 1988.

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BIBLIOGRAFIA

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VEIGA, Ilma e RESENDE, Lúcia Maria,( Orgs). Espaço do Projeto Político -

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