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A escola

(Paulo Freire)

Escola é...

O lugar onde se faz amigos,

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

o coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a

ninguém,

nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se “amarrar nela”!

Ora, é lógico...

Numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz.

ESCOLA

C O N H E C E R

F A Z E R

C O N H E C E R

C O N V I V E R

S E R

Ensinar a aprender e a descoberta como processo de aprendizagem,

Mas não aceita o erro como elemento de construção do conhecimento.

Considerar as diferenças individuais, Mas prevalece a impessoalidade; alunos e professores

são tratados como uma coletividade homogênea;

Desenvolver a autonomia,

Mas submete alunos e professores à ordens e rotinas discutíveis;

Muitas vezes a escola deseja...

Escola: Um lugar de diferenças e contradições?

“O sucesso nunca está assegurado e é

necessário, pelo contrário, aceitar uma

fração importante de semifracassos ou

fracassos graves”.

Perrenoud (1993)

Inimigos do convívio democrático

Autoridade x Autoritarismo

O autoritarismo, ou a permissividade dos professores e funcionários,

influencia o comportamento do gestor com os alunos e com os demais membros

da escola?

O autoritarismo ou a permissividade (da família, da escola e da sociedade) são

fatores que influenciam o comportamento das pessoas na escola?

Quais os limites da autoridade, sem resvalar para o autoritarismo?

Vivência autoritária

Ausência de diálogo;

Nas relações escolares há apenas um ganhador;

Desigualdade no exercício do poder. Determina-se quem dá as ordens e

quem as obedece;

Valorização da posição hierárquica, rejeição ao questionamento da ordem

institucional ou do poder instituído;

Autoridade exercida sem crítica, revisão ou avaliação.

Vivência democrática

Liberdade de expressão, diálogo;

A relação não é entre ganhadores e perdedores, mas um grupo em que

todos ganhem;

Estimula-se o comportamento de independência, solicitam-se opiniões, evita-se a distância

hierárquica;

Busca-se participação responsável, incentivo ao

questionamento, à descoberta;

Autoridade exercida possibilitando a crítica ao que está posto,

avaliando e revendo posições.

Relações entre a vivência autoritária e a vivência

democrática

De que ações democráticas interventivas a sua

escola está precisando, urgentemente?

Historicamente, a forma de organização da escola tem sido marcada

pela necessidade de ordem, regras, silêncio, imobilidade, horários

padronizados, fila.

Ouvimos e lemos sobre diferenças individuais, respeito aos ritmos e

características próprias de cada pessoa. No entanto, o que importa

para pessoas autoritárias é o que querem fazer ou o que desejam que

as pessoas sejam ou façam.

Que consequências tais atitudes provocam?

Indiferença, resignação, agressividade, violência, vigilância,

fiscalização.

Como gerir a violência, os conflitos e o antagonismo?

A violência relaciona-se intimamente com o desrespeito permanente

aos direitos das pessoas, à justiça. É mais forte onde as leis não são

feitas para atender a todos.

O conflito está presente em quase todos os tipos de interação humana

e assume várias formas e dimensões: de ideias, de interesses, gostos,

aspirações, gerações e muitas outras.

Antagonismo é uma forma de interação social que caracteriza-se pela

incompatibilidade entre os opostos. Cada um quer impor, a todo custo,

pela força e pela violência implícita ou explícita, seus interesses,

ambições, desmandos e dominações.

Como o gestor escolar pode ser um gerenciador de

conflitos?

O primeiro passo é analisar a situação identificando suas origens.

São fontes de conflitos na escola:

Conflito de interpretação

Conflito de projetos

Conflito de poderes

Os níveis dos conflitos são diversos:

Pessoais

Interpessoais

Institucionais

O segundo passo é a gestão do conflito. A gestão envolve estratégias

que tem como base a comunicação, ponto de partida para que todos

se entendam. Assim, é importante:

Deixar claras as intenções e os critérios de análise que serão

adotados na escola;

Discutir soluções possíveis e procurar negociações;

Assumir responsabilidades e deixar que os outros também assumam;

Ouvir o outro e fazer com que os outros nos escutem;

Avaliar, valorizando os aspectos positivos dos outros e pedindo que

façam o mesmo conosco.

Escola: espaço de convivência da comunidade ou

alvo de depredações?

Noção de público

A escola é um patrimônio

público. logo, é um patrimônio da

comunidade.

A violência contra o patrimônio

público afeta apenas o coletivo

ou também quem a pratica?

O que leva alguém a depredar

um patrimônio público, como a

escola?

A incapacidade/dificuldade de

se submeter às regras sociais ou

ao autoritarismo.

O que fazer para se evitar a

depredação?

É preciso, então, desenvolver ações e

atitudes que promovam o sentimento de

pertencimento!

A escola é um patrimônio de todos, portanto, todos são prejudicados

se a escola sofre depredação;

É preciso mostrar que é dever do aluno e da comunidade, zelar pela

preservação deste patrimônio, para que o tempo não destrua tantas

histórias e vivências construídas;

É necessário que se realize programas de conscientização da

comunidade escolar, sobre a importância de se cuidar da escola.

“O educador consciente e responsável é

aquele que, ao mesmo tempo, tem razões e

vontade de pensar e agir como age”.

Hubert Hannoun (1998)

Obrigado!

Danival Falcão

(79)9903-9229/3044-6352

[email protected]