26
ESTUDO Câmara dos Deputados Praça 3 Poderes Consultoria Legislativa Anexo III - Térreo Brasília - DF A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO Francisco José Rocha de Sousa Consultor Legislativo da Área XII Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos ESTUDO NOVEMBRO/2005

A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

  • Upload
    votuyen

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

ESTUDO

A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIAELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO

Francisco José Rocha de SousaConsultor Legislativo da Área XII

Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos

ESTUDONOVEMBRO/2005

Câmara dos DeputadosPraça 3 PoderesConsultoria LegislativaAnexo III - TérreoBrasília - DF

Page 2: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

2

SUMÁRIO

I) INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 3II) SALÁRIO MÍNIMO ........................................................................................................................................... 3II.1) Introdução .......................................................................................................................................................... 3II.2) Evolução do salário mínimo ............................................................................................................................ 4II.3) Perspectivas ........................................................................................................................................................ 4III) Tarifas de energia elétrica................................................................................................................................... 5III.1) Introdução......................................................................................................................................................... 5III.2) Regras de reajuste das tarifas de energia elétrica ......................................................................................... 5III.3) Valores das tarifas de energia elétrica ......................................................................................................... 10IV) CONCLUSÃO .................................................................................................................................................. 13ANEXOS................................................................................................................................................................... 14

© 2005 Câmara dos Deputados.Todos os direitos reservados. Este trabalho poderá ser reproduzido ou transmitido na íntegra, desde quecitados o autor e a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. São vedadas a venda, a reproduçãoparcial e a tradução, sem autorização prévia por escrito da Câmara dos Deputados.

Este trabalho é de inteira responsabilidade de seu autor, não representando necessariamente a opinião daCâmara dos Deputados.

Page 3: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

3

A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICAE DO SALÁRIO MÍNIMO

Francisco José Rocha de Sousa

I) INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar a evolução das tarifas deenergia elétrica e do salário mínimo, no período compreendido entre os anos de 1995 e 2005. Sãoavaliadas as tarifas médias de energia elétrica no Brasil e as tarifas médias das classes de consumoindustrial, comercial e residencial. Para esta última classe, estudam-se, ainda, as variações porregião geográfica.

Apresenta-se, também, a variação da inflação no mesmo período emestudo, medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado - IGPM, da Fundação Getúlio Vargas-FGV, e pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA, calculado pelo Instituto Brasileirode Geografia e Estatística – IBGE.

O presente estudo está estruturado em três capítulos, além destaintrodução e da conclusão. O primeiro capítulo é dedicado ao salário mínimo, sendo apresentadaa evolução do seu valor e comentários sobre as perspectivas dessa importante variável econômica

No segundo capítulo, discorre-se sobre as regras de reajuste das tarifas deenergia elétrica e sobre variáveis regulatórias que têm influenciado as tarifas nos últimos anos, taiscomo a reestruturação tarifária, e encargos tarifários. Adicionalmente, faz-se descrição daevolução das tarifas de energia elétrica no Brasil, com ênfase para as tarifas atinentes às classes deconsumo residencial, industrial e comercial.

II) SALÁRIO MÍNIMO

II.1) Introdução

A Constituição Federal estabelece no art. 7º, inciso IV, que é direito docidadão a percepção de “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atenderàs suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,lazer vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhepreservem o poder aquisitivo” (grifo nosso).

Page 4: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

4

ANO SALÁRIO MÍNIMOR$

1995 90,001996 108,001997 117,331998 126,671999 134,002000 147,252001 172,752002 195,002003 230,002004 253,332005 277,14Observação: As informações relativas a 2005 compreendem o período de janeiro a julho.

EVOLUÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO NOMINAL

Na prática, contudo, o salário mínimo não tem relação direta com ocusto de vida de uma família, nem há vinculação legal entre seu reajuste e a inflação passada. Emvirtude disso, a importância do salário mínimo no mercado de trabalho sofreu grande redução aolongo do tempo. Em 2002, apenas 6% da população ocupada (76,3 milhões de brasileiros comidade superior a 14 anos) recebiam o salário mínimo, de acordo com a Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílio – PNAD, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.Contudo, ele afeta sobremaneira a vida de aposentados e pensionistas, haja vista dispositivoconstitucional que determina que nenhum benefício previdenciário será inferior ao salário mínimo(art. 201, §2º).

II.2) Evolução do salário mínimo

Apresenta-se, a seguir, quadro mostrando a evolução do salário mínimo,de 1995 a 2005 (janeiro a julho).

II.3) Perspectivas

No futuro próximo, vislumbra-se dificuldade para a concessão degrandes aumentos reais para o salário mínimo, por vários motivos. Em primeiro lugar, avinculação constitucional do piso do benefício previdenciário a um salário mínimo faz com queessa medida aumente o já fortemente deficitário orçamento da previdência social e contribua parao desequilíbrio das finanças de municípios mais pobres. Além disso, aumentos reais do saláriomínimo aumentam o desemprego e favorecem o aumento da informalidade, a qual já é enorme

Page 5: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

5

no Brasil. Por fim, há evidências de que uma política de aumentos reais do salário mínimo não é aforma mais eficaz de reduzir a desigualdade social e a miséria.

III) TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA

III.1) Introdução

Os reajustes das tarifas de energia elétrica têm despertado grandeinteresse da sociedade. Os consumidores queixam-se de aumentos significativamente superioresao da inflação oficial nos últimos anos. Já as concessionárias alegam que não vêm tendo retornodesejável de suas inversões. Por fim, há grita generalizada contra o peso dos tributos e dosencargos no valor das tarifas.

Com o intuito de esclarecer algumas dessas dúvidas, apresenta-se, aseguir, relato sobre as regras de reajuste das tarifas de energia elétrica.

III.2) Regras de reajuste das tarifas de energia elétrica

Em cumprimento ao disposto na Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, achamada Lei do Plano Real, o contrato de concessão de serviço público de distribuição de energiaelétrica determina que o reajuste das tarifas ocorrerá a cada período de 12 meses. Para tanto,estabelece a seguinte fórmula de cálculo:

)())((

RAXIVIxVPBVPAIRT ±+

=

RA: Receita anual, calculada considerando-se as tarifas homologadas na"Data de Referência Anterior" e o "Mercado de Referência", não incluindo o ICMS;

Mercado de Referência: É o mercado de energia assegurada daCONCESSIONÁRIA, nos 12 (doze) meses anteriores ao reajuste em processamento;

IVI: Número índice obtido pela divisão dos índices do IGPM, daFundação Getúlio Vargas, ou do índice que vier a sucedê-lo, do mês anterior à data do reajusteem processamento e o do mês anterior à "Data de Referência Anterior". Na hipótese de nãohaver um índice sucedâneo, a ANEEL estabelecerá novo índice a ser adotado;

X: Número índice definido pela ANEEL, de acordo com SubcláusulaOitava desta Cláusula, a ser eventualmente subtraído ou acrescido ao IVI.

Page 6: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

6

VPB0: Valor da Parcela B, referida na Subcláusula anterior,considerando-se as condições vigentes na "Data de Referência Anterior" e o "Mercado deReferência", calculadas da seguinte forma:

VPB0 = RA - VPA0, onde:

VPA0: Valor da Parcela “A” referida na Subcláusula anterior,considerando-se as condições vigentes na “Data de Referência Anterior” e a energia compradaem função do "Mercado de Referência";

VPA1: Valor da Parcela “A”, referida na Subcláusula anterior,considerando-se as condições vigentes na data do reajuste em processamento e a energiacomprada em função do "Mercado de Referência".

A Parcela “A” é composta por itens de custo não gerenciáveis pelaconcessionárias. Compreende a energia comprada e os encargos tarifários (descrição de cada umdeles é apresentada a seguir). A esse propósito, faz-se mister destacar que apenas asconcessionárias de distribuição situadas nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão obrigadas,por força de lei1, a adquirir a energia.elétrica gerada pela usina hidrelétrica de Itaipu. A instituiçãodessa obrigação em lei tornou-se necessária para assegurar recursos para o serviço da dívidacontratada para financiar a construção da aludida usina. Isso porque a energia por ela gerada,responsável, presentemente, pelo atendimento de cerca de um quarto do mercado nacional, eramuito mais cara que a energia então disponível no país. No que tange ao custo relativo da energiagerada por Itaipu, registrou-se significativa melhora. Efetivamente, a energia gerada por Itaipuvem ganhando competitividade, recentemente, sobretudo por conta da apreciação do real emrelação ao dólar, o que faz supor que será competitiva com a energia gerada por novosempreendimentos (“energia nova”).

Já a Parcela “B” é apurada por diferença (receita anual menos Parcela“A”), sendo correspondente aos itens gerenciáveis pelas distribuidoras. Com relação aodenominado Fator X, cabe notar que o contrato de concessão determinou que, para os primeiros4 reajustes, o seu valor Fator “X “ fosse igual a zero.

Neste ponto, convém lembrar que o contrato de concessão obriga asdistribuidoras “a obter a energia elétrica requerida pelos seus consumidores ao menor custoefetivo, entre as alternativas disponíveis” (cláusula sétima, subcláusula décima quarta).

Nesse sentido, o novo modelo do setor elétrico, instituído pela Lei nº10.848, de 15 de março de 2004, e regulamentado pelo Decreto nº 5.163, de 30 de julho de2004, contempla o estabelecimento, pela ANEEL, de Valor Anual de Referência – VR pararepasse dos custos de aquisição de energia elétrica às tarifas dos consumidores finais, o qual serádeterminado com base no valor de aquisição de energia nos leilões de compra de energia elétrica. 1 Lei nº 5.899, de 5 de julho de 1973.

Page 7: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

7

As tarifas de energia são oneradas, ainda, por componentes financeirosexternos ao simples reajuste contratual, o denominado de passivo regulatório, o qual decorre donão-repasse integral às tarifas, nas datas dos reajustes ou revisões contratuais, dos seguintescustos:

i) adicional para fazer frente às perdas de receita das companhiasdistribuidoras durante o racionamento verificado de junho de 2001 a fevereiro de 2002, adenominada Recomposição Tarifária Extraordinário (RTE), instituída pela Medida Provisórianº 14, de 21 de dezembro de 2001, posteriormente convertida na Lei nº 10.438, de 26 de abril de2002. A referida compensação levará, em média, 6 anos, contados a partir de janeiro de 2002,havendo, contudo, casos em que essa parcela irá onerar as faturas de energia elétrica por cerca de10 anos;

ii) Parcela da Conta de Variação de Valores de Itens da Parcela “A” -CVA referentes aos reajustes tarifários que ocorreram entre 8 de abril de 2003 e 7 de abril de2004, apurada no período de 2002 a 2003 e não considerada nesses reajustes2, a qual vem sendocompensada nas tarifas de fornecimento de energia elétrica nos 24 meses subseqüentes ao reajustetarifário anual que ocorrer entre 8 de abril de 2004 e 7 de abril de 2005;

iii) reavaliação da base de ativos a ser remunerada – Muitasconcessionárias não apresentaram relatório de avaliação de seus ativos durante o processo derevisão tarifária periódica, na forma exigida pela ANEEL3, razão pela qual o órgão reguladorestabeleceu um base de remuneração regulatória provisória. Quando da definição da base deativos definitiva, a ANEEL reconhece os efeitos dessa nova base desde a data da revisão tarifária,promovendo os respectivos acertos no próximo reajuste tarifário, uma vez que a Lei do PlanoReal veda reajustes com periodicidade inferior a um ano.

Importa registrar que o passivo regulatório respondeu por parcelaexpressiva de reajustes tarifários já ocorridos em 2005. No caso do reajuste das tarifas daCompanhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, por exemplo, que foi de 23,88%, 11,48%referem-se aos componentes financeiros externos ao reajuste anual. A seguir, apresenta-sequadro consignando a participação dos componentes financeiros externos em alguns reajustestarifários ocorridos em 2005.

2 Essa medida foi determinada pela Portaria Interministerial nº 116, de 4 de abril de 2003. 3 Resolução ANEEL nº 493, de 3 de setembro de 2002.

Page 8: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

8

Reajuste

Normal4

(%)

Componentesfinanceiros

(%)

Reajuste

total

(%)

CEMIG 12,40 11,48 23,88

CEMAT 5,93 7,25 13,18

COELBA 12,46 10,95 23,40

COELCE 15,28 8,31 23,59

COPEL -1,25 9,05 7,80

CPFL 10,58 7,16 17,74

ELETROPAULO -6,77 8,89 2,12

Fonte: ANEEL

Oneram, ainda, a fatura de energia elétrica(“conta de luz”) o Encargo deCapacidade Emergencial e a Contribuição para Iluminação Pública, os quais são descritos a seguir:

Encargo de Capacidade Emergencial (ECE) – Também conhecidocomo “seguro apagão”, foi instituído pela Medida Provisória nº 2.209, de 29 de agosto de 2001,para assegurar a cobertura dos custos de capacidade das termelétricas emergenciais contratadaspela Companhia Brasileira de Energia Emergencial – CBEE. O valor atual do ECE, estabelecidopela Resolução nº 154, de 18 de julho de 2005, da ANEEL, é de R$ 0,0035/kWh, o qual vemsendo cobrado nas contas de energia de todas as classes de consumidores finais atendidas pelosSistema Elétrico Nacional Interligado, com exceção dos consumidores da classe residencial debaixa renda. Por fim, cabe notar que este encargo será extinto proximamente, haja vista que oscontratos com as termelétricas emergenciais expirarão em dezembro de 2005 ;

Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública –Trata-se de contribuição, instituída pela Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de2002, que é cobrada por grande parte dos municípios e pelo Distrito Federal, em geral, na faturade consumo de energia elétrica. De se assinalar, outrossim, que os critérios de cálculo do seu valorvariam bastante.

4 As principais razões para o reajuste negativo foram a exclusão da base tarifária das contribuições sociaisPIS/PASEP e COFINS, a redução do custo da energia comprada e, em alguns casos, os efeitos econômicos dosresultados finais da revisão tarifária periódica de 20003.

Page 9: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

9

Item C E E E E L E T R O P A U L O

Encargos setoriais R$ % receita R$ % receita

RGR 21.257.431,36 1,5% 67.991.702,91 1,0%Taxa de fiscalização da ANEEL 4.051.824,61 0,3% 14.116.947,10 0,2%CCC 70.786.469,52 4,9% 240.402.217,24 3,6%CDE 29.658.642,59 2,1% 155.705.876,92 2,3%Subtotal 125.754.368,08 8,7% 478.216.744,17 7,1%P & D e Eficiência energética 14.481.708,58 1,0% 67.456.580,92 1,0%Total (I) 140.236.076,66 9,7% 545.673.325,09 8,1%

Encargos de transmissão e distribuição R$ % receita R$ % receita

Rede Básica 43.178.670,90 3,0% 366.431.968,82 5,4%Conexão 8.628.858,87 0,6% 177.846.706,60 2,6%Transporte de energia de ITAIPU 9.371.101,72 0,7% 59.581.502,63 0,9%ONS 88.201,00 0,0% 180.714,33 0,0%Uso do sistema de transmissão não cobertoPelos contratos inciais 60.158.953,45 4,2% 117.612.275,49 1,7%Transporte da Energia Proveniente de ITAIPU 5.706.890,35 0,4% 17.907.815,22 0,3%Contrato de uso do sistema de distrib. - CUSD 37.701.306,00Total (II) 127.132.676,29 8,8% 777.262.289,09 11,5%

Encargos (Total I + Total II) 267.368.752,95 18,6% 1.322.935.614,18 19,6%

Receita de fornecimento requerida 1.439.542.699,71 100,0% 6.737.907.581,31 100,0%Observações:i) Integram, ainda, a receita de de fornecimento requerida o custo da energia comprada e o valor da Parcela B;ii) As revisões tarifárias da CEEE e ELETROPAULO foram realizadas em out/2004 e abr/2003, respectivamente.

À guisa de ilustração, apresenta-se, a seguir, quadro consignando o valorde cada encargo calculado por ocasião das revisões tarifárias de duas concessionárias dedistribuição de energia elétrica, a saber: Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE),responsável por atendimento de parte do estado do Rio Grande do Sul, e EletropauloMetropolitana Eletricidade de São Paulo S.A, responsável pelo atendimento da RegiãoMetropolitana de São Paulo.

Daanálise do quadro anterior, sobressai a elevada participação dos encargos totais nas receitas defornecimento (18,6% no caso da CEEE e 19,6% no caso da ELETROPAULO), sendo osencargos setoriais responsáveis por 9,7% e 8,1% desses totais, respectivamente.

Por oportuno, reitere-se que as tarifas de energia estabelecidas pelaANEEL não incluem o Encargo de Capacidade Emergencial e Contribuição para o Custeio doServiço de Iluminação Pública, ICMS (alíquotas variáveis por unidade da federação e por classede consumo. Em São Paulo, 18% para as classes industrial e comercial; consumidores de baixarenda são isentos) e, a partir de abril de 2005, as contribuições sociais PIS/PASEP e COFINS

Page 10: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

10

(9,25% do valor faturado5). Assim, percebe-se que os tributos e encargos setoriais respondem poraproximadamente 40% da fatura de energia elétrica aos consumidores (conta de luz).

Outro item que tem grande impacto nas tarifas de energia elétrica é ochamado reestruturação tarifária, isto é, o fim do subsídio cruzado existente na componenterelativa à energia (commodity). Hoje, os consumidores industriais pagam bem menos por essacomponente que os consumidores residenciais. Esse processo será concluído em 2007, de acordocom o Decreto nº 4.562, de 31 de dezembro de 2002. Nessa ocasião, todas as classes deconsumidores pagarão o mesmo preço pela componente energia. Já a outra componente,referente à tarifa de uso do sistema de distribuição - TUSD, será totalmente baseada no custoimposto ao sistema. Em conseqüência, a TUSD dos consumidores residenciais será muito maiorque a TUSD dos consumidores industriais, haja vista, no primeiro caso, a necessidade de maiortransformação.

Há também custos que foram gerados por alterações regulatórias que serevelaram contraproducentes. No caso da revisão tarifária da Companhia Energética dePernambuco – CELPE, por exemplo, a parcela relativa à compra de energia pressionoufortemente o índice de reajuste. Isso porque a CELPE fez valer contrato de compra de energiacelebrado com a Termopernambuco, empresa que tem o mesmo controlador que a referidaconcessionária. Assim, as tarifas viram-se oneradas pela compra de energia a um preço cerca deduas vezes maior que o preço de mercado por conta de um contrato que, é bom que se diga,atendia a todas as normas vigentes à época.

III.3) Valores das tarifas de energia elétrica

Apresenta-se, a seguir, quadro consignando a variação do valor médio dosalário mínimo e da tarifa média de energia elétrica no Brasil no período compreendido de 1995 a2005 (janeiro a julho).

5 Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

Page 11: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

11

ANOvariação acumul. variação acumul. variação acumul.

R$/MWh % % R$/MWh % % R$/MWh % %1995 76,26 43,59 85,441996 106,63 39,8% 39,8% 50,45 15,7% 15,7% 99,62 16,6% 16,6%1997 119,80 12,4% 57,1% 54,61 8,2% 25,3% 107,99 8,4% 26,4%1998 126,18 5,3% 65,5% 56,54 3,5% 29,7% 111,60 3,3% 30,6%1999 138,93 10,1% 82,2% 63,11 11,6% 44,8% 121,70 9,1% 42,4%2000 158,87 14,4% 108,3% 71,03 12,5% 63,0% 136,76 12,4% 60,1%2001 179,78 13,2% 135,7% 82,18 15,7% 88,5% 156,17 14,2% 82,8%2002 209,74 16,7% 175,0% 95,77 16,5% 119,7% 185,60 18,8% 117,2%2003 239,30 14,1% 213,8% 111,86 16,8% 156,6% 210,30 13,3% 146,1%2004 270,49 13,0% 254,7% 137,11 22,6% 214,5% 238,50 13,4% 179,1%2005 287,72 6,4% 277,3% 177,84 29,7% 308,0% 257,55 8,0% 201,4%

Observações:i) Tarifa média do Brasil informada pela ANEEL;ii) As informações relativas a 2005 compreendem o período de janeiro a julho; iii)Elaboração: CONLE

Tarifa média classe industrial (i) Tarifa média classe comercial (i)Tarifa média classe residencial (i)

Valor do SMvariação acumul. variação acumul. em kWh

R$ % % R$/MWh % % kWh1995 90,00 59,58 1.510,61996 108,00 20,0% 20,0% 74,47 25,0% 25,0% 1.450,21997 117,33 8,6% 30,4% 82,16 10,3% 37,9% 1.428,11998 126,67 8,0% 40,7% 86,57 5,4% 45,3% 1.463,21999 134,00 5,8% 48,9% 95,86 10,7% 60,9% 1.397,92000 147,25 9,9% 63,6% 108,50 13,2% 82,1% 1.357,12001 172,75 17,3% 91,9% 122,88 13,3% 106,2% 1.405,82002 195,00 12,9% 116,7% 143,05 16,4% 140,1% 1.363,22003 230,00 17,9% 155,6% 167,15 16,8% 180,5% 1.376,02004 253,33 10,1% 181,5% 197,35 18,1% 231,2% 1.283,72005 277,14 9,4% 207,9% 231,52 17,3% 288,6% 1.197,0

Observações:i) Tarifa média do Brasil informada pela ANEEL(site acessado em 20/10/2005);ii) As informações relativas a 2005 compreendem o período de janeiro a julho; iii)Elaboração: CONLE

Salário Mínimo Tarifa média de eletricidade (i)

Como se pode observar, a variação da tarifa média de energia elétrica noBrasil, no período em exame, foi de 288,6%, enquanto que a variação do valor do salário mínimofoi de 207,9%. Também se pode constatar que 1 (um) salário mínimo, em 1995, comprava 1511kWh e que, em 2005, (janeiro a julho) é capaz de adquirir apenas 1197 kWh. Dito de outramaneira, a tarifa média de eletricidade, expressa em salários mínimos, aumentou, no horizonte emestudo.

Ressalve-se, contudo, que a variação das tarifas médias de energia elétricapor classe de consumo apresenta resultados bem diferentes. De fato, no período em questão, asvariações das tarifas médias das classes residencial, industrial e comercial foram de 277,3%,308,0% e 201,4%, respectivamente. Apresenta-se, a seguir, quadro consignando essas tarifas.

Page 12: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

12

ANO% % acum. % % acum.

1995 15,24 15,24 22,41 22,411996 9,20 25,84 9,56 34,111997 7,74 35,58 5,22 41,121998 1,78 37,99 1,65 43,451999 20,10 65,73 8,94 56,282000 9,95 82,22 5,97 65,612001 10,38 101,14 7,67 78,322002 25,31 152,05 12,53 100,662003 8,71 174,00 9,30 119,332004 12,41 208,00 7,60 136,002005 5,37 224,55 6,57 151,49

Observação: As informações relativas a 2005 compreendem o período de janeiro a julho.

IGPM IPCA

Importa notar que o maior reajuste das tarifas da classe de consumoindustrial está associado a reestruturação tarifária, levada a cabo a partir de 2003. Merecedestaque, também, o fato de os consumidores da classe comercial terem tido reajuste inferior àvariação do salário mínimo.

No que tange à variação das tarifas da classe residencial, por regiãogeográfica, ressalta que os maiores reajustes no período em exame foram observados nas áreasque são supridas com energia elétrica gerada pela Usina de Itaipu, a qual é vendida em dólaresnorte-americanos6, a saber: Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Os reajustes tarifários acumulados nessasregiões foram de 293,4%, 277,5% e 276,2%, respectivamente (vide anexo).

É importante notar, ainda, que os consumidores de energia elétrica debaixa renda7 são beneficiados por subvenção econômica, instituída pela Lei nº 10.604, de 17 dedezembro de 2002, com o objetivo de contribuir para a modicidade da tarifa de fornecimento deenergia elétrica.

Entre 1995 e 2005(janeiro a julho), a variação dos preços medida peloIGPM e pelo IPCA (índice oficial da inflação) foi de 224,6% e 151,5% respectivamente. Nessehorizonte de tempo, como já visto, a variação do salário mínimo foi de 207,9%. Houve, portanto,recuperação do valor do salário mínimo. Apresenta-se abaixo quadro mostrando a variação doIGPM e do IPCA nesse período.

6 Em 1999 e 2002, houve desvalorização acentuada do real. Em função disso, a tarifa da energia de Itaipu, expressaem reais, sofreu grande aumento.7 A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, que uniformizou os critérios de classificação dos consumidores de baixarenda, estabelece que se enquadra nesta categoria o consumidor que, atendido por circuito monofásico, tenhaconsumo inferior a 80 kWh/me ou cujo consumo situe-se entre 80 e 200 kWh/mês, de acordo com critériosdefinidos pela ANEEL.

Page 13: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

13

IV) CONCLUSÃO

A análise dos dados apresentados nesta nota revelou que, no períodocompreendido entre 1995 e 2005 (janeiro a julho), a variação da tarifa média de energia elétrica noBrasil foi superior à variação do salário mínimo e que a variação deste foi superior à variação dainflação oficial (medida pelo IPCA). De igual modo, constatou-se que a classe de consumo quesuportou maior reajuste tarifário, nesse período, foi a classe industrial.

Isso significa que a quantidade de energia elétrica que pode ser compradacom um salário mínimo diminuiu, nesse período. Não quer dizer, contudo, que o poder decompra de energia elétrica de toda a população diminuiu. Isso porque a renda de muitostrabalhadores teve aumento bem superior ao salário mínimo. Adicionalmente, os consumidoresde energia elétrica de baixa renda são beneficiados com subvenção econômica.

2005_14301_Comissão de Defesa do Consumidor_213

Page 14: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

14

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 266,37 236,14 307,53 284,24 288,92 287,72Industrial 185,78 166,77 183,48 167,07 199,61 177,84Comercial 261,38 249,53 261,67 241,93 286,17 257,55Rural 192,98 157,57 184,83 143,69 186,9 164,69Poder Público 266,89 262,91 264,07 265,27 302,65 266,53Iluminação Pública 153,42 150,88 165,66 146,54 160,88 158,16Serviço Público 164,55 147,7 166,5 165,1 184,61 162,6Consumo Próprio 270,47 264,3 292,25 238,09 231,65 277,8Tarifa Média Total 235,15 211,53 244,32 209,61 247,9 231,52

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 2005 - Janeiro a Julho

Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

ANEXOS

Page 15: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

15

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 244,84 220,93 287,4 274,16 261,55 270,49Industrial 100,13 105,09 145,3 152,15 165,37 137,11Comercial 217,83 227,53 243,3 235,29 246,45 238,5Rural 172,4 141,18 165,96 145,74 159,23 154,29Poder Público 242,11 245,39 247,08 251,34 260,13 248,15Iluminação Pública 146,62 140,15 154,52 140,48 142,53 147,64Serviço Público 153,45 137,77 143,82 153,82 146,22 144,48Consumo Próprio 237,03 245,18 116,37 129,78 280,66 143,07Tarifa Média Total 173,67 163,75 208,2 197,58 217,75 197,35Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 2004

Page 16: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

16

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 211,95 193,79 257,83 236,61 224,22 239,3Industrial 69,01 87,52 121,5 125,15 125,23 111,86Comercial 193,17 193,3 217,63 204,41 212,25 210,3Rural 152,56 120,39 155,57 122,94 134,1 135,66Poder Público 207,31 205,32 217,16 215,08 220,64 213,84Iluminação Pública 125,63 120,4 138,63 125,01 122,71 130,4Serviço Público 133,01 113,79 122,65 132,76 122,16 122,63Consumo Próprio 204,13 221,96 103,79 110,45 238,05 123,72

Tarifa Média Total 130,11 136,58 179,77 167,39 181,02 167,15Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 2003

Page 17: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

17

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 184,8 178,28 221,94 210,75 197,88 209,74Industrial 58,36 75 103,2 106,99 103,22 95,77Comercial 165,34 162,48 195,02 179,94 181,7 185,6Rural 127,01 103,04 121,63 107,65 114,06 112,88

Poder Público 171,17 170,9 191,72 187,27 186,53 184,54Iluminação Pública 106,77 101,82 120,35 109,21 105,85 112,66Serviço Público 109,74 97,16 107,89 116,53 101,98 106,73Consumo Próprio 172,59 169,76 88,8 102,49 200,14 102,86Tarifa Média Total 117,27 116,99 145,76 145,9 155,95 143,05Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 2002

Page 18: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

18

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 164,18 166,81 184,17 182,27 177,52 179,78Industrial 49,35 63,91 87,33 92,56 93,14 82,18Comercial 143,24 141,1 160,96 153,96 159,9 156,17Rural 112,39 87,36 106,41 90,48 102,77 97,26

Poder Público 147,43 143,97 155,53 157,78 164,96 153,84Iluminação Pública 93,28 88,07 100,65 93,35 90,96 95,55Serviço Público 93,49 84,05 89,62 98,45 92 90,04Consumo Próprio 150,96 154,83 76,22 101,74 173,12 92,25Tarifa Média Total 99,91 105,53 127,28 126,16 140,44 122,88Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 2001

Page 19: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

19

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 155,67 148,04 162,86 156,95 155,63 158,87Industrial 46,05 56,38 75,06 80,66 82,02 71,03Comercial 146,53 125,75 139,61 131,99 138,94 136,76Rural 102,38 79,33 92,51 78,41 88,73 85,35

Poder Público 142,28 126,24 137,45 139,66 138,28 135,98Iluminação Pública 87,53 82,67 90,05 79,4 81,9 85,81Serviço Público 89,9 76 78,83 83,73 78,28 79,37Consumo Próprio 138,9 136,14 62,79 81,51 149,52 80,16Tarifa Média Total 92,91 94,17 112,24 109,44 124 108,5Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 2000

Page 20: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

20

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 141,41 133,83 139,47 141,16 138,66 138,93Industrial 41,58 50,63 66,31 72,56 74,08 63,11Comercial 135,74 115,16 122,43 119,85 124,05 121,7Rural 94,26 71,29 80,88 69,71 78,59 75,49

Poder Público 132,5 115,78 118,03 120,27 122,75 119,54Iluminação Pública 79,15 76,17 77,08 70,97 72,56 75,51Serviço Público 82,75 69,94 68,98 76,6 68,66 70,6Consumo Próprio 134,45 120,94 60,84 83,81 130,1 81,03Tarifa Média Total 84,02 85,23 97,62 99,14 111,15 95,86Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 1999

Page 21: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

21

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 133,72 124,52 125,22 129,42 125,95 126,18Industrial 34,91 45,15 59,26 67,3 67,56 56,54Comercial 129,46 108,79 110,64 112,05 113,77 111,6Rural 90,23 67,24 73,01 64,58 71,62 69,25

Poder Público 123,33 110,78 105,77 112,11 113,59 109,77Iluminação Pública 75 71,09 68,57 65,48 65,64 68,53Serviço Público 80,13 66,28 62,73 71,23 61,95 64,99Consumo Próprio 124,4 113,75 43,74 79,65 130,66 68,18Tarifa Média Total 76,39 78,37 87,06 91,9 101,59 86,57Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 1998

Page 22: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

22

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 127,23 116,23 119,16 122,32 121,76 119,8Industrial 31,92 43,9 56,77 66,83 62,05 54,61Comercial 126,99 104,79 106,8 108,62 111,83 107,99Rural 87,79 69,17 69,71 62,73 70,64 67,27

Poder Público 121,53 106,9 100,58 110,46 113,73 106,1Iluminação Pública 72,94 67,98 64,69 63,6 63,16 65,31Serviço Público 76,32 64,79 59,83 70,53 59,16 62,65Consumo Próprio 119,17 110,29 45,67 74,64 121,38 68,59Tarifa Média Total 70,41 73,85 82,36 88,46 97,59 82,16Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 1997

Page 23: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

23

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 115,07 101,3 108,06 104,16 105,99 106,63Industrial 27,75 46,62 52,86 61,84 57,45 50,45Comercial 117,41 98,1 98,08 101,31 101,42 99,62Rural 82,56 62,6 64,22 58,64 64,62 62,21

Poder Público 112,93 100,62 93,62 103,37 99,95 98,34Iluminação Pública 68,49 63 59,98 57,04 59,28 60,31Serviço Público 70,88 60,54 54,83 65,38 52,96 57,47Consumo Próprio 115,85 101,3 47,19 70,56 106,84 66,79Tarifa Média Total 51,75 72,98 75,32 79,89 86,64 74,47Observação: média de janeiro a julhoFonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 1996

Page 24: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

24

Classe de Consumo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Brasil

Residencial 80,23 67,67 78,18 75,55 76,53 76,26Industrial 26,12 41,5 44,6 54,8 49,62 43,59Comercial 93,36 84,35 84,19 88,72 86,59 85,44Rural 71,24 55,12 57,52 52,32 54,8 55,19

Poder Público 85,83 86,05 81,21 92,08 84,04 84,07Iluminação Pública 55,76 53,26 50,69 51,89 50,73 51,59Serviço Público 55,07 52,37 48,68 55,42 50,59 50,45Consumo Próprio 64,42 86,61 66,26 65,33 86,41 69,59Tarifa Média Total 41,83 57,99 59,95 65,44 68,91 59,58

Fonte: ANEEL

Tarifas Médias por Classe de ConsumoRegional e Brasil ( R$/MWh)

Tarifas referentes ao ano 1995

Observação: média de janeiro a julho

Page 25: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

25

variação acumul. variação acumul. variação acumul.R$/MWh % % R$/MWh % % R$/MWh % %

1995 76,53 78,18 75,551996 105,99 38,5% 38,5% 108,06 38,2% 38,2% 104,16 37,9% 37,9%1997 121,76 14,9% 59,1% 119,16 10,3% 52,4% 122,32 17,4% 61,9%1998 125,95 3,4% 64,6% 125,22 5,1% 60,2% 129,42 5,8% 71,3%1999 138,66 10,1% 81,2% 139,47 11,4% 78,4% 141,16 9,1% 86,8%2000 155,63 12,2% 103,4% 162,86 16,8% 108,3% 156,95 11,2% 107,7%2001 177,52 14,1% 132,0% 184,17 13,1% 135,6% 182,27 16,1% 141,3%2002 197,88 11,5% 158,6% 221,94 20,5% 183,9% 210,75 15,6% 179,0%2003 224,22 13,3% 193,0% 257,83 16,2% 229,8% 236,61 12,3% 213,2%2004 261,55 16,6% 241,8% 287,40 11,5% 267,6% 274,16 15,9% 262,9%2005 288,92 10,5% 277,5% 307,53 7,0% 293,4% 284,24 3,7% 276,2%

Observações:i) Tarifa média do Brasil informada pela ANEEL(site acessado em 20/10/2005);ii) As informações relativas a 2005 compreendem o período de janeiro a julho; iii)Elaboração: CONLE

Tarifa média residencial Região CO (i) Tarifa média residencial Região SE (i) Tarifa média residencial Região Sul (i)

Page 26: A EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DO … · ELÉTRICA E DO SALÁRIO MÍNIMO ... higiene, transporte e previdência social, com reajustes ... Capacidade Emergencial e

26

variação acumul. variação acumul.R$/MWh % % R$/MWh % %

1995 80,23 67,671996 115,07 43,4% 43,4% 101,30 49,7% 49,7%1997 127,23 10,6% 58,6% 116,23 14,7% 71,8%1998 133,72 5,1% 66,7% 124,52 7,1% 84,0%1999 141,41 5,8% 76,3% 133,83 7,5% 97,8%2000 155,67 10,1% 94,0% 148,04 10,6% 118,8%2001 164,18 5,5% 104,6% 166,81 12,7% 146,5%2002 184,80 12,6% 130,3% 178,28 6,9% 163,5%2003 211,95 14,7% 164,2% 193,79 8,7% 186,4%2004 244,84 15,5% 205,2% 220,93 14,0% 226,5%2005 266,37 8,8% 232,0% 236,14 6,9% 249,0%

Observações:i) Tarifa média do Brasil informada pela ANEEL(site acessado em 20/10/2005);ii) As informações relativas a 2005 compreendem o período de janeiro a julho; iii)Elaboração: CONLE

Tarifa média residencial Região NE (i)Tarifa média residencial Região Norte (i)