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A Evolução do mapa brasileiro A formação do atual território do Brasil remonta ao século XIV, ao início da chamada Era dos Descobrimentos quando se impôs a partilha das terras descobertas e a descobrir entre as monarquias ibéricas, pioneiras nas grandes navegações. Sucedem-se, a partir de então, uma série de iniciativas e questões, que culminam no ínício do século XX, com a definição das fronteiras terrestres, e prosseguem em nossos dias, no tocante à fixação das fronteiras marítimas, na questão denominada pela Marinha do Brasil como "Amazônia Azul". DIVISÃO REGIONAL DE 1940 · Norte: Amazonas, Pará, Território do Acre, Maranhão e

A Evolução do mapa brasileiro

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Page 1: A Evolução do mapa brasileiro

A Evolução do mapa brasileiro

A formação do atual território do Brasil remonta ao século XIV,

ao início da chamada Era dos Descobrimentos quando se impôs a partilha das

terras descobertas e a descobrir entre as monarquias ibéricas, pioneiras nas

grandes navegações. Sucedem-se, a partir de então, uma série de iniciativas e

questões, que culminam no ínício do século XX, com a definição das fronteiras

terrestres, e prosseguem em nossos dias, no tocante à fixação das fronteiras

marítimas, na questão denominada pela Marinha do Brasil como "Amazônia

Azul".

DIVISÃO REGIONAL DE 1940

· Norte: Amazonas, Pará, Território do Acre, Maranhão e Piauí.· Nordeste: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.· Leste: Sergipe, Bahia e Espírito do Santo.· Centro: Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.· Sul: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Page 2: A Evolução do mapa brasileiro

DIVISÃO REGIONAL DE 1960

Em 1960, Brasília foi construída e o Distrito Federal, capital do

país, foi transferido para o Centro-Oeste. Na região Leste, o antigo Distrito

Federal tornou-se o estado da Guanabara. Em 1969, uma nova divisão regional

foi proposta porque a divisão de 1942 já não era considerada útil para o ensino

de geografia ou para a coleta e divulgação de dados sobre o país.

Na região Norte estão os estados do Acre, Amazonas e Pará;

Territórios de Rondônia, Roraima e Amapá. Na região Nordeste, os estados de

Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,

Sergipe e Bahia, e o Território de Fernando de Noronha. A região Leste sumiu!

Quem a substituiu foi a região Sudeste, formada por Minas Gerais, Espírito

Santo, Rio de Janeiro, estado da Guanabara e São Paulo. Na região Sul

localizava-se Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na região Centro-

Oeste, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (a cidade de Brasília).

DIVISÃO REGIONAL DE 1980

O Brasil vivia um momento de grandes transformações, o

processo de anistia aos presos políticos, diretas já, mudança de governo.

Grandes discussões sobre a expansão do capitalismo, entram

em cenas pesquisadores interessados em dar um novo rumo nas discussões

sobre a regionalização, entre eles Milton Santos, que introduz novas teorias a

geografia:

Formação do espaço em uma visão social

A dialética do espaço

E o modo de produção

Aluízio Duarte propunha a totalidade social:

Regionalização como diferenciação de áreas

Regionalização como classificação

Regionalização como instrumento de ação

Regionalização como processo.

Page 3: A Evolução do mapa brasileiro

Constituição de 1988

Uma nova tentativa de emancipação foi durante a Assembleia

Nacional Constituinte que estabeleceu no Artigo 13 do "Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias" as condições para a criação do novo estado no

bojo de uma reforma que extinguiu os territórios federais existentes e concedeu

plena autonomia política ao Distrito Federal.

Em 5 de outubro de 1988 o norte de Goiás finalmente é

emancipado e passa a se chamar Tocantins. Em 1º de janeiro de 1989 a

Unidade Federativa do Tocantins é oficialmente instalada.

O girassol tornou-se a planta símbolo do estado. Sua flor

amarela, aberta em várias pétalas, simboliza o sol que nasce para todos. As

cores oficiais do estado são o amarelo, o azul e o branco.

AS MACRORREGIÕES

O Brasil é o maior país da América do Sul. De acordo com

dados de 1999, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua

área é de 8.547.403,5 quilômetros quadrado.

A razão é simples: os estados que formam uma grande região

não são escolhidos ao acaso. Eles têm características semelhantes. As

primeiras divisões regionais propostas para o país, por exemplo, eram

baseadas apenas nos aspectos físicos -- ou seja, ligados à natureza, como

clima, vegetação e relevo. Mas logo se começou a levar em conta também as

características humanas -- isto é, as que resultam da ação do homem, como

atividades econômicas e o modo de vida da população, para definir quais

estados fariam parte de cada região.

Então, se os estados de uma região brasileira têm muito em

comum, o que é mais útil: estudá-los separadamente ou em conjunto? Claro

que a segunda opção é melhor. Para a pesquisa, coleta e organização de

dados, também. Assim é possível comparar informações de uma região com as

de outra e notar as diferenças entre elas. Dessa forma, por exemplo, os

Page 4: A Evolução do mapa brasileiro

governantes podem saber em qual região há mais crianças fora da escola. E

investir nela para resolver o problema.

Centro-Sul

Abrange as regiões Sul e Sudeste (exceto o norte de Minas

Gerais), Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e o sul de

Tocantins. Compreende aproximadamente 2,2 milhões de km2.

É a região mais dinâmica do ponto de vista econômico. São

Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as cidades de maior destaque.

O Centro-Sul é o principal destino de migrantes de diversos

pontos do país e onde se encontra cerca de 70% de toda a população

brasileira.

Possui a economia mais diversificada, baseada na agricultura

de exportação e, principalmente, na indústria. É responsável pela produção da

maior parte do Produto Interno Bruto nacional.

Nordeste

Com uma área de aproximadamente 1,5 milhões de

quilômetros quadrados, é a segunda do país em população. Inclui todo o

Nordeste da divisão oficial (com exceção do oeste do Maranhão) e o norte de

Minas Gerais, onde se localiza o Vale do Jequitinhonha.

Historicamente, é a mais antiga do Brasil. É também a mais

pobre das regiões, com números elevados de mortalidade infantil,

analfabetismo, fome e subnutrição.

Assim como acontece em grande parte do território brasileiro, a

população nordestina é mal distribuída. Cerca de 60% fica concentrada na

faixa litorânea e nas principais capitais. Já no sertão e no interior, os níveis de

densidade populacional são baixos, devido, em grande parte, à seca.

Contudo, possui muitas riquezas históricas e culturais, tanto do

ponto de vista arquitetônico, como de costumes e tradições.

Amazônia

É a maior das três. Tem aproximadamente 5 milhões de km2,

extensão que corresponde a quase 60% do território brasileiro. Compreende

Page 5: A Evolução do mapa brasileiro

todos os Estados da região Norte (com exceção do extremo sul de Tocantins),

o oeste do Maranhão e praticamente todo o Mato Grosso.

Apesar de sua dimensão, possui o menor número de habitantes do país. Em

muitos pontos da região acontecem os chamados "vazios demográficos". A

maioria da população está localizada nas duas principais capitais do complexo,

Manaus e Belém.

Na economia predominam o extrativismo animal, vegetal e

mineral. Destacam-se também o pólo petroquímico da Petrobras e a Zona

Franca de Manaus, que fabrica a maior parte dos produtos eletrônicos

brasileiros.

ASPECTOS QUE UTILIZAM PARA DIVIDIR AS REGIÕES

GEOECONÔMICOS

Centro-sul

A Região geoeconômica Centro-Sul abrange os estados das

regiões Sul e Sudeste brasileiros (com exceção do norte de Minas Gerais),

além dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, sul do Tocantins e do Mato

Grosso, e o Distrito Federal. Compreende aproximadamente 2,2 milhões de

km² (cerca de 25% do território brasileiro).

Nordeste

A Região geoeconômica do Nordeste do Brasil é a área de

povoamento mais antigo e atualmente é a segunda do país em população

(42.822.100 habitantes em 1990). Tem uma área de aproximadamente

1.542.271 km², o que representa 15% do território brasileiro. Inclui todo o

Nordeste da divisão oficial (menos a metade oeste do Maranhão) e o norte de

Minas Gerais onde se localiza a região do Vale do Jequitinhonha.

A maior parte de seu território é formada por extenso planalto,

antigo e aplainado pela erosão. Em função das diferentes características físicas

que apresenta, a região encontra-se dividida em quatro sub-regiões: meio-

Page 6: A Evolução do mapa brasileiro

norte, zona da mata, agreste e sertão. Tendo níveis muito variados de

desenvolvimento humano ao longo das regiões.

Amazonas

A Região geoeconômica da Amazônia ou Complexo regional

Amazônico compreende todos os estados da região Norte do Brasil (com

exceção do extremo sul do Tocantins), praticamente todo o Mato Grosso e o

oeste do Maranhão, numa área de aproximadamente 5,1 milhões de

quilômetros quadrados (cerca de 60% do território do país) distribuído em nove

estados, constituindo-se na região geoconômica menos populosa.

POLÍTICOS

A divisão política e administrativa do Brasil nem sempre foi a

mesma. Do século XVI ao século XX, o país teve diversos

arcabouços político-administrativos, a saber: as donatarias, as

capitanias hereditárias, as Províncias e finalmente os Estados, os

Distritos e os municípios.

O quadro abaixo resume , por período, as transformações na

divisão político-administrativa brasileira.

A seguir é apresentada a atual divisão político-administrativa do

país.

Distrito Federal

é a unidade onde tem sede o Governo Federal, com seus poderes:

Judiciário, Legislativo e Executivo;

Estados

em número de 26, constituem as unidades de maior hierarquia

dentro da organização político-administrativa do País. A localidade

que abriga a sede do governo denomina-se Capital;

Municípios

os municípios constituem as unidades de menor hierarquia dentro

da organização político-administrativa do Brasil. A localidade onde

está sediada a Prefeitura Municipal tem a categoria de cidade;

Distritos

são unidades administrativas dos municípios. A localidade onde

Page 7: A Evolução do mapa brasileiro

está sediada a autoridade distrital, excluídos os distritos das sedes

municipais, tem a categoria de Vila.

Divisão Regional - O IBGE elabora divisões regionais do território

brasileiro, com a finalidade básica de viabilizar a agregação e a

divulgação de dados estatísticos.

Em consequência das transformações havidas no espaço

brasileiro, no decorrer das décadas de 50 e 60, uma nova divisão

em macrorregiões foi elaborada em 1970, definindo as Regiões:

Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que permanecem

em vigor até o momento.

O desenvolvimento da economia e do bem-estar social, a

preservação ambiental, a exploração de recursos minerais, a

extração do petróleo, entre outras, são necessidades que

freqüentemente levam à realização de estudos, à instituição de

planos de desenvolvimento e à criação de organismos que os

promovam e executem. Com base na atualidade desta questão,

concluiu-se por agrupar os municípios segundo áreas de interesse

específico, as quais são as seguintes:

Amazônia Legal - Abrange todos os Estados da Região Norte e

mais os Estados de Mato Grosso, Maranhão (parte oeste do

meridiano 44º) e Goiás(parte norte do paralelo 13º). A

Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM),

com sede em Belém-PA, tem como objetivo principal planejar,

promover a execução e controlar a ação federal na Amazônia.

761 municípios

Faixa de Fronteira - É a faixa de 150 km de largura paralela à

linha divisória terrestre do território nacional, considerada como

área indispensável à segurança nacional, que está sujeita a

critérios e condições de utilização específicos.

569 municípios

Zona Costeira - É referenciada por uma faixa terrestre de 20 km

de largura e uma faixa marítima de 6 milhas, contadas sobre uma

perpendicular a partir da linha de costa, conforme estabelecido pelo

Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC). Este plano

Page 8: A Evolução do mapa brasileiro

estabelece as diretrizes para que os Estados e Municípios

costeiros desenvolverem suas políticas, planos e programas de

gerenciamento.

478 municípios

Regiões Metropolitanas - São constituídas por agrupamentos de

municípios limítrofes, instituídas por legislação estadual, com vistas

ao planejamento e execução de funções públicas e de interesse

comum. As Regiões Metropolitanas definidas, até o presente (abril

de 1999), são em número de 17: Belém, Fortaleza, Natal, Recife,

Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Riode Janeiro, São Paulo,

Baixada Santista, Curitiba, Londrina, Maringá, Norte-Nordeste

Catarinense, Vale do Itajaí, Florianópolis e Porto Alegre.

187 municípios (em 31.08.1997)

Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal:

Instituida por legislação federal, com o objetivo de articular a ação

administrativa da União, dos Estados de Goiás e Minas Gerais e do

Distrito Federal.

Esta região é formada por municípios limítrofes, situados no

entorno do Distrito Federal.

VEGETAÇÃO PREDOMINANTE

Região Sul

A vegetação acompanha a variação da temperatura regional: nos locais mais

frios predominam as matas de araucária (pinhais) e nos pampas, os campos de

gramíneas.

Região Sudeste

A mata tropical que existia no litoral foi devastada durante o povoamento, em

especial nos séculos XVIII e XIX, no período de expansão do cultivo do café.

Na serra do Mar, a dificuldade de acesso contribui para a preservação de parte

dessa mata. No estado de Minas Gerais - o mais montanhoso dos estados

brasileiros -, predomina a vegetação de cerrado, com arbustos e gramas,

Page 9: A Evolução do mapa brasileiro

sendo que no vale do rio São Francisco e no norte do estado, encontra-se a

caatinga, típica do Nordeste.

Região Norte

Formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima

e Tocantins. Localizada entre o maciço das Guianas ao norte; o Planalto

Central, ao sul; a cordilheira dos Andes, a oeste; e o Oceano Atlântico, a

nordeste, a Região Norte é banhada pelos grandes rios das bacias Amazônica

e do Tocantins. A maior parte da região apresenta clima equatorial. No norte do

Pará e em Rondônia, o clima é tropical. A floresta Amazônica é a vegetação

predominante.

Região Nordeste

Formada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,

Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, a maior parte

desta região está em um extenso planalto, antigo e aplainado pela erosão. Em

função das diferentes características físicas que apresenta, a região encontra-

se dividida em sub-regiões: meio-norte, zona da mata, agreste e sertão.

O meio-norte compreende da faixa de transição entre o sertão

semi-árido do Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido e

vegetação exuberante, à medida que avança para o oeste.

A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte

ao sul da Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é

tropical úmido, com chuvas mais frequentes no outono e inverno. O solo é fertil

e a vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída

por lavouras de cana-de-açúcar desde o início da colonização.

O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região

úmida e cheia de brejos, e o sertão semi-árido. Nessa sub-região, os terrenos

mais férteis são ocupados por minifúndios, onde predominam as culturas de

subsistência e a pecuária leiteira.

O sertão, uma extensa área de clima semi-arido, chega até o

litoral, nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas

sofrem grande limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas,

Page 10: A Evolução do mapa brasileiro

escassas e mal distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São

Francisco é a única fonte de água perene.

Região centro-Oeste e suas características

A região Centro-Oeste engloba os estados de Goiás, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. O relevo da região, localizada

no planalto central, caracteriza-se por terrenos antigos e aplainados pela

erosão, que originaram chapadões. A oeste do estado de Mato Grosso do Sul e

a sudoeste de Mato Grosso, encontra-se a depressão do Pantanal Mato-

Grossense, cortada pelo Rio Paraguai e sujeita a cheias durante parte do ano.

O clima da região é tropical semi-umido, com frequentes

chuvas de verão. A vegetação, de cerrado nos planaltos, é variada no

Pantanal. No sudoeste de Goiás e no oeste de Mato Grosso do Sul, o solo é

fértil, em contraste com a aridez do nordeste goiano. Os recursos minerais

mais importantes são calcário (em Goiás e Mato Grosso), água mineral, cobre,

amianto (no norte goiano), níquel e ferro-nióbio (em Goiás). O Brasil é o maior

produtor mundial de nióbio, muito utilizado na indústria automobilística. Em

Mato Grosso, aumenta a exploração da madeira, cuja retirada predatória cria

um dos mais graves problemas ambientais do estado.

OS ESTADOS BRASILEIROS E SUAS CAPITAIS

Acre – Rio Branco

Rio Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre. Localizado no Vale do Acre, na região Norte do Brasil, é o mais populoso município do Estado, com 305.954 habitantes, segundo estimativa de 2009[6] ― quase metade da população estadual.

Rio Branco foi também um dos primeiros povoados a surgir nas margens do rio Acre. Em 1913, tornou-se município. Em 1920, capital do território do Acre e, em 1962, capital do estado. O município de Rio Branco é adotante da cultura da faixa prefeital.

É o centro administrativo, econômico e cultural da região.

Rio Branco situa-se em ambas as margens do Rio Acre, sua topografia à direita (na região hoje denominada pelo Segundo Distrito) formada por imensa planície de aluvião, enquanto que o solo na margem esquerda (onde fica o centro da cidade), caracteriza-se por sucessão de aclives suaves

Page 11: A Evolução do mapa brasileiro

Alagoas – Maceió

Maceió é a capital do estado brasileiro de Alagoas. Localizada

no Nordeste do país, tem uma população de 936.314 habitantes (2008) e um

território de, aproximadamente, 511 km². Integra, com outros dez municípios, a

Região Metropolitana de Maceió, somando um total de cerca de 1.160.393

milhão de habitantes (IBGE/2007). Sua altitude média é de sete metros acima

do nível do mar, e tem uma temperatura média de 25 °C. O município situa-se

entre o oceano Atlântico e a lagoa Mundaú, que tem grande importância

econômica para os povoados de pescadores que vivem em sua margem. É

sede da Universidade Federal de Alagoas.

O relevo do município de Maceió apresenta um predomínio de

terras baixas com altitudes inferiores a 100 metros, ocorrendo, no entanto na

porção norte-noroeste áreas que alcançam mais de 160 metros. A Serra da

Saudinha alcança 300 metros.

Estruturalmente são encontradas três unidades: a Planície ou

Baixada Litorânea, os Tabuleiros Costeiros e o Maciço Cristalino da Saudinha.

A Planície Litorânea compreende a área de menor expressão

espacial e de menor altitude, 0 a 10 metros. De origem recente (quaternária),

nela predominam as formas de acumulação marinha, fluvial, fluviomarinha,

fluviolacustre e eólica, representadas por terraços, pontas arenosas, restingas,

cordões litorâneos, ilhas fluviomarinhas, recifes e lagunas.

Os Tabuleiros Costeiros são uma superfície de agradação

composta basicamente por terrenos plio-pleistocênicos, também conhecidos

como baixo planalto sedimentar costeiro. Apresenta relevo tipicamente plano

com suaves ondulações e altitudes em geral inferiores a 100 metros.

Na faixa costeira, o trabalho de abrasão marinha (antes do

presente), estabelecia contato direto do oceano sobre as encostas do tabuleiro

deram origem às falésias fósseis, separadas atualmente do oceano por

depósitos quaternários.

São cortados transversalmente por rios que correm em cursos

paralelos, separados por interflúvios tabuliformes (dissecados e aplanados),

formando vales e encostas fluviais, várzeas e lagunas. Destacam-se o Prataji e

Page 12: A Evolução do mapa brasileiro

seus afluentes Messias ou Prata (integrante do Sistema Pratagy); Meirim e seu

afluente, o Saúde; o Estiva e o Sauaçuí (divisa com Paripueira); além dos

riachos: Carrapatinho, do Silva (que já abasteceu Maceió até a década de 50),

Reginaldo, Jacarecica, Garça Torta, Doce. Nos baixos cursos dos rios a ação

das marés dão origem a manguezais que ocorrem ao longo de todo litoral,

principalmente na ilha do Lisboa e na foz dos rios Prataji, Meirim, Estiva e

Sauaçuí.

No extremo norte-noroeste do município, cercado pelos

Tabuleiros Costeiros, ocorre uma área de rochas cristalina (serra da Saudinha),

formada por um esporão granítico, profundamente dissecados em encostas

com níveis entre 160 e 300 metros, que corresponde a borda residual da

porção meridional do Planalto da Borborema comandada pela referida serra,

uma rede hidrográfica divergente drena suas águas diretamente para o Oceano

Atlântico.

Amapá – Macapá

A cidade está localizada na mesorregião do sul do Amapá e na

microrregião de Macapá. A maior parte de seu território encontra-se acima da

linha do Equador. Limita-se ao norte com o município de Ferreira Gomes, ao

leste com o Oceano Atlântico, ao sudeste com Itaubal e ao sudoeste com

Santana ( cidade com a qual é conurbada). Macapá é uma cidade bem traçada.

Relevo

O relevo de Macapá é de formação rochosa, com grande

potencial turístico, com uma altitude de 14 metros acima do nível do mar.

Solo

Existe a predominância de latossolos amarelos nos terrenos

terciários detrítico-argilosos.

Clima

Page 13: A Evolução do mapa brasileiro

O clima do município de Macapá é equatorial quente-úmido,

com temperatura máxima entre 32,6 °C e a mínima entre 20 °C. A sensação

térmica no verão pode passar dos 45 °C.

As chuvas ocorrem nos meses de dezembro a agosto, não

chegando a atingir 3.000 mm. A estação das secas se inicia no mês de

setembro e vai até meados de dezembro, quando se registram as temperaturas

mais altas.

Vegetação

A vegetação de Macapá constitui-se principalmente de

florestas, que predominam ainda em quase todo o município, onde o

desmatamento provocado pela ação do homem ainda é pouco acentuado. Há

árvores de grande porte como a samaumeira, acariquara, angelim,

maçaranduba,etc.

Hidrografia

O município está inserido, quase que integralmente, na Bacia

Hidrográfica do rio Jari, com exceção da parte sul, que é de domínio do rio

Cajari.

A hidrografia da capital é diversificada, caracterizando-se por

rios, igarapés, lagoas e cachoeiras, tendo como seus principais rios o

Amazonas, que passa em frente à cidade e, além de ser um dos seus cartões

postais, é um dos maiores rios pesqueiros do mundo; o Araguari, que

desemboca no rio Amazonas, é onde há a maior concentração de cachoeiras

do Estado do Amapá.

O igarapé da Fortaleza é um dos mais importantes, pois separa o município de

Macapá do município de Santana e a lagoa do Curiaú, onde há várias espécies

de peixes.

Amazonas – Manaus

Caracterizado por planícies, baixos planaltos e terras firmes, com uma altitude média inferior a 100 metros. As planícies são constituídas por sedimentos recentes da Era Antropozóica; tornam-se bastante visíveis nas proximidades

Page 14: A Evolução do mapa brasileiro

dos rios. As elevações são encontradas nos limites com Roraima e Venezuela, onde encontramos as serras de Itapirapecó, Imeri, Urucuzeiro e Cupim.

Bahia – Salvador

O relevo de Salvador é acidentado e cortado por vales

profundos. Conta com uma estreita faixa de planícies, que em alguns locais se

alargam. A cidade está a 8 metros acima do nível do mar.

A capital baiana é dividida em duas partes: a Cidade Alta, a

maior delas (e mais recente), e a Cidade Baixa, cortada por faixas litorâneas.

Existem elevadores que fazem o transporte entre as duas.

Ceará – Fortaleza

O meio ambiente de Fortaleza tem características semelhantes

às que ocorrem em todo o litoral do Brasil. O clima é quente, com temperatura

anual média de 26,5 °C. A vegetação predominante é de mangue e restinga

sendo o Parque Ecológico do Cocó a maior área verde da cidade. Seu relevo

tem altitude média de 21 metros e o maior rio é o Cocó.

Clima

Apesar de estar inserida no clima semi-árido, sua localização

modifica esta realidade por estar entre serras próximas, fazendo com que as

chuvas de verão ocorram com mais frequência na cidade e entorno do que no

resto do Estado. A temperatura média anual é de 26 °C, sendo dezembro e

janeiro os meses mais quentes e julho o mais frio, porém com diferenças

mínimas de temperatura. A média pluviométrica é de 1600mm

aproximadamente, sendo que as chuvas se concentram entre fevereiro e maio.

Sem ter bem definidas as estações do ano, existem apenas a

época chuvosa (chamada localmente de "inverno"), de janeiro a julho, e a seca,

Page 15: A Evolução do mapa brasileiro

de agosto a dezembro. O mês mais chuvoso é abril (348 mm) e o mais seco é

novembro (13 mm). Com a maior parte do solo arenoso, a agricultura tornou-se

de pouco expressão econômica e já na década de 1990 toda a extensão do

município foi considerada área urbana.

Distrito Federal – Brasília

Áreas planas e elevadas, colinas arredondadas e chapadas

intercaladas por escarpas. Assim é caracterizado o relevo dominante do Distrito

Federal. Ao norte e ao sul pequenas diferenças podem ser percebidas na

paisagem.

Norte: relevo acidentado, com vales profundos chamados "vãos".

Sul: são comuns os vales abertos e as encostas pouco íngremes.

Altitudes. 1.100 metros é a média, tendo como ponto mais

elevado a Chapada da Vendinha, localizada a noroeste com 1.349 metros.

Situada em uma vertente está a cidade de Brasília; quanto mais

próxima do rio Paranoá menor será sua altitude, chegando a 1.152 metros no

centro de Brasília.

Espírito Santo – Vitória

O relevo das ilhas é um prolongamento do continente, de constituição granítica, circundado pelo mar e áreas de mangue e restinga. O maciço central da ilha de Vitória, Morro da Fonte Grande, possui altitude de 308,8m e os principais afloramentos graníticos são a Pedra dos Dois Olhos, com 296m, e o Morro de São Benedito, com 194m de altitude. O ponto mais alto da cidade é o Pico do Desejado, na ilha de Trindade, com 601m de altitude.

Goiás – Goiânia

O município de Goiânia é limitado ao norte pelos municípios de Goianira, Nerópolis e Goianápolis; ao sul, pelo de Aparecida de Goiânia; a leste, pelo de Senador Canedo e Bela Vista de Goiás; e a oeste, pelos de Goianira e Trindade. Situado em uma região de topografia quase plana, o território surge como um degrau de acesso às terras mais elevadas do Brasil Central.

Maranhão – São Luís

Page 16: A Evolução do mapa brasileiro

A capital maranhense encontra-se a altitude de quatro metros acima do nível

do mar. Existem baixadas alagadas, praias extensas e dunas que formam a

planície litorânea.

Mato Grosso – Cuiabá

Cuiabá é famosa pelo seu forte calor, apesar de a temperatura

no inverno poder chegar esporadicamente aos 10 graus, fato atípico, causado

pelas frentes frias que vem do sul, e que pode durar apenas um ou dois dias

consecutivos, para logo em seguida voltar ao calor habitual. A temperatura

média em Cuiabá gira em torno de 24ºC. O clima é tropical e úmido. As chuvas

se concentram de setembro a maio, enquanto que no resto do ano as massas

de ar seco sobre o centro do Brasil inibem as formações chuvosas. As frentes

frias quando se dissipam, o calor, associado à fumaça produzida pelas

constantes queimadas nessa época, faz a umidade relativa do ar cair a níveis

muito baixos, às vezes abaixo dos 15%, aumentando os casos de doenças

respiratórias. A precipitação média anual é de 1.469,4 mm, com intensidade

máxima em janeiro, fevereiro e março.[12] A temperatura máxima média chega

aos 35°C, mas as máximas absolutas podem chegar aos 40ºC nos meses mais

quentes e abafados; em dias chuvosos, a temperatura máxima não passa de

20 graus.[12] A mínima média em julho, o mês mais frio, é de 9,0°C com

sensação térmica de 4,9°C.[12] Segundo o INMET (1961-1990), a menor

temperatura registrada foi de 1,3°C em 18 de julho de 1997 e a maior de

33,1°C, em 16 de outubro de 2009.

Mato Grosso do Sul – Campo Grande

Vegetação: Campo Grande possui um conjunto geográfico uniforme.

Localiza-se na zona neotropical e pertence aos domínios da região

fitogeográfica da savana. Sua cobertura vegetal autóctone apresenta-se

com as fisionomias de savana arbórea densa, savana arbórea aberta,

savana parque e savana gramíneo lenhosa (campo limpo), além das áreas

de tensão ecológica representadas pelo contato savana/floresta estacional

Page 17: A Evolução do mapa brasileiro

e áreas das formações antrópicas. Os tipos de vegetação originais do

município são:

Cerrado: caracteriza-se por árvores baixas, de troncos retorcidos e

cascas grossas, espalhadas pelo terreno.

Florestas ou matas: caracteriza-se pelo predomínio de árvores altas

que crescem bem próximas umas das outras.

Campos: caracteriza-se pela formação de plantas rasteiras,

predominando o capim e a grama.

Hidrografia: Campo Grande localiza-se sobre o divisor de águas das bacias

dos rios Paraná e Paraguai. O Aquífero Guarani passa por baixo da cidade,

sendo capital do estado detentor da maior porcentagem do Aquífero dentro

do território brasileiro. O município não tem grandes rios, sendo cortado

apenas por córregos, ribeirões e rios de pequeno porte. Seguem as

informações sobre a hidrografia:

Minas Gerais – Belo Horizonte

Região de contato entre séries geológicas diferentes do

proterozoico, compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens

diferenciadas. Insere-se na grande unidade geológica conhecida como cráton

do São Francisco, referente ao extenso núcleo crustal do centro-leste do Brasil,

estável tectonicamente no final do paleoproterozoico e margeando áreas que

sofreram regeneração no neoproterozoico.

Predominam as rochas arqueanas integrantes do Complexo

Belo Horizonte e sequências supracrustais do período paleoproterozoico. O

domínio do Complexo Belo Horizonte integra a unidade geomorfológica

denominada Depressão de Belo Horizonte, que representa cerca de 70% do

território da capital mineira e tem sua área de maior expressão ao norte da

calha do Ribeirão Arrudas. O domínio das sequências metassedimentares tem

sua área de ocorrência a sul da calha do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca

de 30% do território de Belo Horizonte. As características deste domínio são as

Page 18: A Evolução do mapa brasileiro

diversidades litológicas e o relevo acidentado que encontra expressão máxima

na Serra do Curral, limite sul do município.

Engloba uma sucessão de camadas de rochas de composição

variada, representada por itabiritos, dolomitos, quartzitos, filitos e xistos

diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste.

As serras de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do

Espinhaço e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o

município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral. O

ponto culminante do município encontra-se na Serra do Curral, atingindo 1.538

metros. A sede da capital mineira encontra-se a 852,19 metros de altitude. A

maior área está entre 751 e 1000 metros, de norte para sudoeste. As menores

altitudes ocorrem a nordeste, entre 650 e 750 metros; as maiores, nos limites a

sul e sudeste, entre 1001 e 1150 metros nas encostas, podendo atingir 1500

metros, no topo da Serra do Curral.

Pará – Belém

Os rios que passam por Belém são o rio Amazonas, rio

Maguari e rio Guamá. A Baía do Guajará é uma baía que banha diversas

cidades do estado do Pará, inclusive sua capital. É formada pelo encontro da

foz do rio Guamá com a foz do rio Acará. Ocupando uma área de 1.065 km²,

Belém conta atualmente com 1.437.600 habitantes, é a segunda cidade mais

populosa da Amazônia. Limita-se com o município de Ananindeua.

Relevo: Planície amazônica

Vegetação: Floresta Amazônica

Paraíba – João Pessoa

A cidade localiza-se na porção mais oriental das Américas e do

Brasil, com longitude oeste de 34º47'30" e latitude sul de 7º09'28. O local é

conhecido como a Ponta do Seixas.

A altitude média em relação ao nível do mar é de 37 metros,

com altitude máxima de 74 metros nas proximidades do rio Mumbaba,

Page 19: A Evolução do mapa brasileiro

predominando em seu sítio urbano terrenos planos com cotas da ordem de 10

metros, na área inicialmente urbanizada.

O clima da cidade é quente e úmido, do tipo intertropical, com

temperaturas médias anuais de 26 °C. A menor temperatura já registrada na

cidade foi a de 15°C e a maior registrada foi a de 35°C. O "inverno" inicia-se

em março e termina em agosto. São duas estações climáticas definidas apenas

pela quantidade pluviométrica, sem alteração significativa na temperatura (vide

climograma). As chuvas ocorrem no período de "outono e inverno" e durante

todo o resto do ano o clima é de muito sol. A denominação mais usual para o

clima da cidade é o de tropical úmido. O excesso de calor e a umidade relativa

do ar, alta o ano todo, torna o clima desconfortável para trabalho e produção.

Umidade relativa do ar: a média anual é de 80%. Entre os

meses de maio a julho, o índice atinge o máximo, 87%, correspondendo à

"época das chuvas". No período mais seco, é reduzido para 68%.

Vegetação: Mata Latifoliada Perenifólia Costeira (Mata

Atlântica). Embora bastante devastada, a cidade conta com importantes

resquícios da Mata Atlântica original preservados. (vide item: Meio Ambiente,

abaixo)

Paraná – Curitiba

Curitiba possui superfície de 434,967 km² no Primeiro Planalto

Paranaense, o qual foi descrito por Reinhard Maack (1981) como "uma zona de

eversão entre a Serra do Mar e a Escarpa Devoniana", mostrando um plano de

erosão recente sobre um antigo tronco de dobras. Uma série de terraços

escalonados são dispostos em intervalos altimétricos caracterizando Curitiba

com uma topografia ondulada de colinas suavemente arredondadas, ou seja,

um relevo levemente ondulado, dando-lhe uma fisionomia relativamente

regular.

O município possui uma altitude média de 945 m acima de

nível do mar, sendo que o ponto mais alto está ao norte, correspondendo à

cota de 1.021 metros, no bairro Lamenha Pequena, dando-lhe uma feição

topográfica relativamente acidentada e composta por declividades mais

acentuadas, devido à proximidade com a Região Serrana de Açungui. Ao sul

Page 20: A Evolução do mapa brasileiro

encontra-se a situação de mais baixo terraço, com cota de 912 m, localizada no

bairro do Caximba, na cabeceira do rio Iguaçu.

Há cadeias montanhosas e conjuntos de elevações rochosas

em praticamente todo o entorno da cidade, sendo o mais notável e imponente

destes a Serra do Mar, localizada a leste e que separa o planalto do litoral do

Paraná.

Ao norte, há elevações na região de Rio Branco do Sul e ao

oeste, singelos conjuntos de morros em Campo Magro. Já ao sul da cidade não

há elevações sensíveis, a não ser próximo da fronteira com Santa Catarina.

Pernambuco – Recife

A cidade do Recife está situada sobre uma planície aluvional

(fluviomarinha), constituída por ilhas, penínsulas, alagados e manguezais

envolvidos por 5 rios: Beberibe, Capibaribe, Tejipió e braços do Jaboatão e do

Pirapama, conferindo-lhe características peculiares. Essa planície é circundada

por colinas em arco que se estendem do norte ao sul, de Olinda até Prazeres

(Jaboatão).[17]

O Recife tem um clima tropical, com alta umidade relativa do

ar. Apresenta temperaturas equilibradas ao longo do ano devido à proximidade

com o mar. Janeiro possui as temperaturas mais altas, sendo a máxima de

30 °C e a mínima de 25 °C, com muito sol. Julho possui as temperaturas mais

baixas, sendo a máxima de 27 °C e a mínima de 20 °C, recebendo muita

precipitação. A temperatura média anual é de 25,2 °C.

O Recife possui uma pequena área de Mata Atlântica no bairro

de Dois Irmãos, onde se localiza o Parque Dois Irmãos, o maior parque do

município. Além disso, várias áreas do município são de manguezal. As

principais encontram-se próximas ao Rio Capibaribe, na zona sul e na fronteira

com Olinda. Com 215 hectares de área, o Parque dos Manguezais,

pertencente à Marinha do Brasil, está situado entre os bairros do Pina, Boa

Viagem e Imbiribeira, na zona sul do Recife, e é banhado pelos rios Jordão e

Pina. É um dos maiores manguezais urbanos do mundo, do qual fazem parte a

Ilha de Deus, a Ilha de São Simão e a Ilha das Cabras.

O Recife é conhecido como "Veneza Brasileira" graças à

semelhança fluvial com a cidade europeia de Veneza. Cercado por rios e

Page 21: A Evolução do mapa brasileiro

cortado por pontes, é cheio de ilhas e mangues. Ali acontece o encontro dos

rios Beberibe e Capibaribe que deságuam no Oceano Atlântico. O município

conta com dezenas de pontes, entre elas a mais antiga do Brasil, a ponte

Maurício de Nassau.

A altitude média em relação ao nível do mar é de 4 metros,

porém há algumas áreas do município que se localizam abaixo do nível do mar.

O município se localiza na latitude de 8º 04' 03''S e longitude de 34º 55' 00''O.

Piauí – Teresina

O centro da cidade localiza-se em uma depressão, e na maior

parte da área do município, o relevo é bastante plano, com destaque para a

região do bairro Monte Castelo (zona Sul), onde se verificam as maiores

altitudes, e as adjacências dos bairros Satélite e Vila Bandeirante (ambos na

zona Leste), onde existem muitos morros.

Roraima – Boa Vista

É um município plano quase em sua totalidade, o que favorece

seu status de organização. Apenas 10% de suas terras possuem uma pequena

inclinação (inclusas as áreas de planície fluvial inundável).

Os principais solos encontrados em Boa Vista são:

Latossolo amarelo

Areia Quartzosa Hidromórfica

Litólicos

Latossolo Vermelho Escuro

Areia Quartzosa

Solos Hidromórficos Cinzentos

Latossolo Vermelho-Amarelo

Rondônia – Porto Velho

O relevo do município é pouco acidentado, não apresentando

grandes elevações ou depressões, com variações de altitudes que vão de 70

metros a pouco mais de 500 metros. A região situa-se no vale do rio Madeira,

entre a planície amazônica e o planalto central brasileiro.

Page 22: A Evolução do mapa brasileiro

Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

De um modo geral, os solos fluminenses são relativamente

pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-se em Campos

dos Goytacazes, Cantagalo, Cordeiro e em alguns municípios do vale do rio

Paraíba do Sul.

Existem no estado duas unidades de relevo: a Baixada

Fluminense, que corresponde às terras situadas em geral abaixo de 200m de

altitude, e o Planalto ou Serra Fluminense, acima de 300 metros.

Pico das Agulhas Negras, o ponto mais alto do estado do Rio

de Janeiro.

A Baixada Fluminense acompanha todo o litoral e ocupa cerca

de metade da superfície do estado. Apresenta largura variável, bastante

estreita entre as baías da Ilha Grande e de Sepetiba, alargando-se

progressivamente no sentido leste, até o rio Macacu. Nesse trecho, na capital,

erguem-se os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, que atingem altitudes um

pouco superiores a 1.000 metros. Da baía da Guanabara até Cabo Frio, a

baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de 200 a

500 metros de altura, os chamados maciços litorâneos fluminenses. A partir de

Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta

do rio Paraíba do Sul.

O Planalto ou Serra Fluminense ocupa o interior do estado, por

isso está localizado entre a Baixada Fluminense, ao sul e o vale do rio Paraíba

do Sul. A elevação da Serra do Mar, ao norte da baixada, forma o seu rebordo.

A Serra do Mar recebe diversas denominações locais: serra dos Órgãos, com o

Pico Maior de Friburgo (2.316 metros), a Pedra do Sino (2.263 metros) e

Pedra-Açu (2.232 metros), das Araras, da Estrela e do Rio Preto. A serra da

Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do rio Paraíba do Sul,

onde é paralela à Serra do Mar. O ponto mais alto do Rio de Janeiro, pico das

Agulhas Negras (2.791 metros) localiza-se no maciço de Itatiaia, que se ergue

da serra da Mantiqueira. Para o interior, o planalto vai diminuindo de altitude,

Page 23: A Evolução do mapa brasileiro

até chegar ao vale do rio Paraíba do Sul, onde a média cai para 250 metros. A

nordeste, observa-se uma série de morros e colinas de baixas altitudes.

Rio Grande do Norte – Natal

Sua vegetação é composta por mangues, vegetações

litorâneas rasteiras e fragmentos de Mata Atlântica na orla marítima,

provenientes da floresta conservada nos arredores e dentro do Parque das

Dunas.

O relevo é formado por planícies litorâneas, com depressões e

planaltos. Possui milhares de dunas espalhadas por todo o território e com as

mais variadas alturas. Grande parcela dessas dunas estão concentradas no

mais novo parque de Natal, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte.

Rio Grande do Sul – Porto Alegre

O relevo gaúcho é bastante variado, com um planalto ao norte,

depressões no centro e planícies costeiras. Ao norte, ultrapassando os 1000

metros e podendo chegar a menos de 100 metros no Vale do Taquari.

O ponto culminante do estado é o Pico do Monte Negro, em

São José dos Ausentes, nos Campos de Cima da Serra, com 1410 metros, à

beira da Serra Geral.

O Rio Grande do Sul tem quatro unidades morfológicas:

Planalto Norte-Riograndense (ou Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná ou

Planalto meridional), Depressão Central, Escudo Sul-riograndense (Serras de

Sudeste) e Planície Costeira.

Santa Catarina – Florianópolis

A ilha de Santa Catarina possui uma forma alongada e estreita,

com comprimento médio de 54 km e largura media de 18 km. Com litoral

bastante recortado, possui várias enseadas, pontas, ilhas, baías e lagoas. A

Page 24: A Evolução do mapa brasileiro

ilha está situada de forma paralela ao continente, separadas por um estreito

canal.

Seu relevo é formado por cristas montanhosas e descontínuas,

servindo como divisor de águas da ilha. As altitudes variam entre 400 e 532

metros. O ponto mais alto da ilha é o Morro do Ribeirão, com 532 metros de

altitude.

Paralelamente às montanhas surgem esparsas planícies, em

direção leste e na porção noroeste da ilha.

Na face leste da ilha, há presença de dunas formadas pela

ação do vento.

São Paulo – São Paulo

São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê, tendo as

sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua

configuração. São Paulo tem a altitude média de 760 metros. O ponto

culminante do município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros, localizado

Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também

a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.

Sergipe – Aracaju

Inicialmente Aracaju não era a capital de Sergipe.

Anteriormente a sede estadual era São Cristóvão. O solo da cidade, inclusive

no bairro do Santo Antônio composto por um areal, e em zonas mais próximas

ao mar (Bairros Salgado Filho, Grageru, São José) era uma área de

manguezal, constantemente inundada. Essa é a área mais urbanizada da

cidade, com enorme concentração de prédios, que por muitos anos possuíam

altura máxima de 12 andares. Com a aprovação do "Novo Plano Diretor", essa

altura máxima subiu para 23 andares.

Os prédios baixos facilitam a circulação de ar pela cidade, que

por natureza é bastante quente durante a maior parte do ano. Ao contrário do

que acontece nas capitais litorâneas, a zona mais rica da capital está às

margens do rio Sergipe, assim como o Centro. À beira-mar, estão os hotéis e

Page 25: A Evolução do mapa brasileiro

casas de veraneio, com exceção de bairros como a Atalaia e a Coroa do Meio,

que contém uma grande densidade demográfica.

Hoje, a área de manguezal está coberta por concreto e é onde

está localizada a parte mais nobre da cidade, com os bairros Jardins, 13 de

Julho, Grageru e outros. A vegetação original e o mangue, que ficava

principalmente às margens do rio Sergipe, foram quase que completamente

soterrados.

As unidades que compõem o quadro morfológico são os

tabuleiros sedimentares e Planície Flúvio marinha e Planície marinha. Relevo

dessecado do tipo colina. Aprofundamento de drenagem muito fraca e

extensão de suas formas. Os tabuleiros sedimentares são um conjunto de

baixas elevações, com forma de mesa, separadas por vales de fundo chato,

onde se desenvolvem amplas várzeas. O relevo plano faz com que seja

bastante apropriada a prática do ciclismo, sendo este o meio de transporte

incentivado pela Prefeitura. A escolha da bicicleta ajuda a diminuir os

congestionamentos e libera o transporte público. Apesar disso, o ciclismo ainda

é meio de transporte para as classes mais baixas. Existem algumas grandes

ciclovias na cidade. As mais antigas são da avenida Augusto Franco, avenida

Beira Mar, e mais recentemente, avenida São Paulo (em direção aos bairros

mais periféricos), e da praia de Atalaia.

Tocantins – Palmas

O relevo está caracterizado pelas Serras do Carmo e do

Lajeado, que constituem um relevo basicamente escarposo, sendo que a

cidade se mantêm em uma 'planície' entre a Serra e o lago represado.

PANGÉIA E A EVOLUÇÃO

Designa-se por Pangeia o continente que, segundo a teoria da

deriva continental, existiu até há 200 milhões de anos, durante a era

Mesozoica, porém, há relatos também de 540 milhões de anos. A palavra

origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (pan do grego, pâs,

pâsa, pân, todo, inteiro) e exprime a noção de totalidade, universalidade,

Page 26: A Evolução do mapa brasileiro

formando um único bloco de terra (gea) ou Géia, Gaia ou Ge como a Deusa

que personificava a terra com todos os seus elementos

Milhões de anos se passaram até que a Pangeia se

fragmentou, dando origem a dois mega-continentes. Separação esta que

ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando sobre um subsolo oceânico

de basalto.

A parte correspondente à América do Sul, África, Austrália e

Índia, denomina-se Gondwana (região da Índia). O resto do continente, onde

estava a América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico se denomina Laurásia.

A Pangeia era cercada por um único oceano Pantalassa.[1] Foi

inicialmente sugerida a hipótese no início do século XX pelo meteorologista

alemão Alfred Wegener, criando uma grande polêmica entre a classe científica

da época. Wegener teve como ponto de partida de sua teoria os contornos

semelhantes da costa da América com a da África, os quais formariam um

encaixe quase perfeito. Entretanto, não foi utilizado este fato na sua

fundamentação científica, mas a comparação dos fósseis encontrados nas

regiões brasileira e africana. Como estes animais não seriam capazes de

atravessar o oceano na época, então concluiu-se que eles teriam vivido em

mesmos ambientes em tempos remotos.

Esta teoria não foi aceita, sendo até ridicularizada pela classe

científica. Foi confirmada somente em 1940, após 15 anos da morte de

Wegener.

A EXTENSÃO DOS DINOSSAUROS

Os dinossauros divergiram dos seus antepassados

arcossauros há aproximadamente 230 milhões de anos durante o período

Triássico, rudemente 20 milhões de anos depois que o evento de extinção

Permo-Triássica apagou aproximadamente 95 % de toda a vida na Terra. A

datação de fósseis do primeiro gênero de dinossauro conhecido, o Eoraptor

estabelece a sua presença no registro de fóssil de 235 milhões de anos. Os

paleontólogos acreditam que Eoraptor se parece com o antepassado comum

de todos os dinossauros; se isto for verdadeiro, os seus traços sugerem que os

primeiros dinossauros fossem predadores pequenos, provavelmente bípedes.

A descoberta de ornitodiros primitivos, parecido a um dinossauro foram animais

Page 27: A Evolução do mapa brasileiro

como Marasuchus e Lagerpeton em camadas de rochas triássicas da Argentina

apoia esta visão; a análise de fósseis recuperados sugere que esses animais

fossem predadores.

As poucas primeiras linhas de dinossauros primitivos

diversificados rapidamente pelo resto do período Triássico; as espécies de

dinossauro rapidamente desenvolveram as características especializadas e a

variedade de tamanhos. Durante o período da predominância dos dinossauros,

que abrangeu os seguintes períodos Jurássico e Cretáceo, quase cada animal

da terra conhecido eram maiores do que 1 metro de comprimento.

O Evento K-T, que ocorreu há aproximadamente 65 milhões de

anos no fim do período Cretáceo, causou a extinção de todos os dinossauros

exceto a linhagem que já tinha dado a origem aos primeiros pássaros. Outras

espécie diapsídeos relacionadas aos dinossauros também sobreviveram ao

evento.

A ECONOMIA DO TURISMO BRASILEIRO

Há décadas que os países compreenderam a importância do

setor turístico como indutor no caminho para a sustentabilidade do

desenvolvimento econômico e na geração de recursos econômicos através da

criação de emprego e renda.  Além do papel importante para os agentes

macroeconômicos, o setor de turismo quando é bem estruturado e com

planejamento adequado se transforma numa ferramenta eficaz no combate à

pobreza e a miséria das regiões carentes, principalmente entre as nações

subdesenvolvidas, como as da América Latina.

 De acordo com dados (2007) divulgados pela Organização

Mundial do Turismo, (OMT), os quatro países que mais receberam turistas no

mundo foram em sua ordem (em milhões de pessoas) a França, (81,90),

Espanha, (59,2) Estados Unidos (56,0), China, (54,7) o Brasil ficou com a

posição de Número 59º correspondente ao fluxo de turistas no mundo no

período numa lista de 124 países.

 Após o ano de 2009, ter sido muito difícil para o setor turístico

mundial com resultados negativos crescendo apenas 2% ao ano, o ano de

2010 vem mostrando uma nova realidade com a retomada do crescimento

sustentável no fluxo do turismo mundial.  Nos dois primeiros meses do ano,

Page 28: A Evolução do mapa brasileiro

janeiro e fevereiro o setor já atingiu um crescimento de 7%..  Para a

Organização Mundial do Turismo, (OMT) o ano de 2010, deverá ficar com um

crescimento entre 3 a 4%.

 No ranking de crescimento mundial do turismo em 2010 se

destacam países da Ásia e do Pacifico com 10% e a África com 7%.  O ritmo

de crescimento foi mais lento na Europa (+3%) e nas Américas com (+3%)

ambas regiões muito afetadas pela crise financeira internacional.

 

Entre janeiro e fevereiro de 2010, o movimento internacional de

turistas ficou em 119 milhões de pessoas.  No ranking dos dez países que mais

gastaram no ano de 2009 em turismo internacional, demonstra uma mudança

importante.  A China que em 2005 ocupava a 7ª posição, em 2009 ficou no 4º

lugar relativo ao gasto total, a pesar da crise internacional, a China teve no

aumento nas despesas no exterior de 21,0%.

 Segundo dados de Travel & Torurism a atividade turística tem

uma importância estratégica no mundo, por exemplo, em 2008 o setor turístico

empregou em torno de 225 milhões de pessoas no mundo, para a Organização

Mundial do Turismo (OMT), aproximadamente entre 6% a 8% de empregos

gerados no mundo estão diretamente vinculados com o setor de turismo.  Os

ingressos atrelados ao turismo internacional atingiram em 2008, US$856

milhões de dólares o que equivale a 625 milhões de Euros, um aumento de

5,6% quando comparado com os resultados de 2007 que foi de 3,30% das

exportações mundiais e de serviços.

 No mundo a atividade do setor turismo vem crescendo em

função do fortalecimento do produto Interno Bruto, em função da correlação

direta entre desempenho positivo do PIB e o setor turismo; quando a renda

aumenta existe uma maior disponibilidade das pessoas de realizarem viagens

e investirem em atividades de lazer. Para a CEPAL em 2009, a região do

Caribe teve um efeito positivo na geração de ingressos vinculados ao setor de

turismo como conseqüência do aumento de 20% do PIB, enquanto que a

região da América Central ficou entre 5 a 10%, provocado pela queda da renda

nacional.

Em efeito, a atividade turística na região da América Latina

vem sendo alavancada pela oferta de novas e criativas opções turísticas para

Page 29: A Evolução do mapa brasileiro

os visitantes estrangeiros, preços mais competitivos e melhoras na infra-

estrutura, energia, hospedagem, transporte, segurança entre outros.  Em 2008,

de acordo ainda com CEPAL, a chegada de turistas na América Central e

América do Sul ficou entre 9,4% e 7,2%.

O Brasil de acordo com o Fórum Econômico Mundial ficou em

45º lugar relativo ao nível de competitividade no setor de turismo e no 5º Os

setores que mais contribuíram para que o país atingisse esse lugar importante

foram: o segundo lugar em recursos naturais e o 14º em recursos culturais. 

Em relação ao item qualidade das estradas o Brasil ocupou o 110º enquanto a

questão dos portos ficou em 123º, e na questão de segurança ocupou 5º lugar

dentre os piores países avaliados, de acordo com (WEF, 2009, T & T

Competitiveness, 2009).

 Os resultados de um estudo divulgado pela BSH Travel

Research, empresa consultora de hotelaria, estimou que o Brasil terá até o final

de 2010 investimentos no setor turístico em torno de R5.6 bilhões.  Foram

identificados 172 investimentos em desenvolvimento, construção ou

implantados, que representam 36.602 unidades habitacionais.  O estudo ainda

divulgou que a maioria dos empreendimentos serão construídos na região

Sudeste e Nordeste, sendo que a região nordeste contará com 75 novos hotéis

com investimentos de R$3,73 bilhões,  gerando mais de 36 mil empregos

diretos.

 Dada a importância estratégica do setor turismo para o país o

governo brasileiro estruturou “O Plano Nacional de Turismo – PNT 2007/2010 –

Uma Viagem de Inclusão”, trata-se de um estudo realizado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, o Ministério do Turismo e o Instituto

Brasileiro de Turismo, tem como objetivo transformar o setor de turismo no

Brasil em um importante indutor de inclusão social através do viés da geração

de renda e emprego, produção e consumo no mercado interno.  A expectativa

é a geração de mais de um milhão de empregos e a entrada ao mercado

interno do Brasil de mais de US$7.7 bilhões de dólares em divisas (moeda

forte) para a economia do Brasil.

 Observando o quadro No.1 mostra o fluxo do movimento dos

cinco mais importantes emissores de turistas para o Brasil entre os anos de

2006-2007, se destacam países que sofreram importantes impactos em suas

Page 30: A Evolução do mapa brasileiro

estruturas econômicas como conseqüência da crise financeira internacional,

situação que terá efeito negativo no desempenho desses emissores de turistas

para o Brasil.

 

Nesse contexto o governo do Estado de Pernambuco

compreendeu a estratégica importância do setor de turismo na economia, e

vem realizando ações fundamentais no sentido de incrementar os resultados

positivos na geração de ingressos derivados da massificação do setor turismo

como viés para a geração de renda, emprego e ocupação tendo a atividade

turística como importante indutor na erradicação da pobreza no Estado, através

de um planejamento consistente de curto, médio e longos prazos que permita o

desempenho positivo nos resultados dos investimentos no setor de turismo.

 Nesse sentido foi elaborado o Plano Estratégico de Turismo de

Pernambuco, dentro do perfil do programa Pernambuco para o Mundo, nesse

estudo foram consideradas projeções de ações focadas no setor turismo para o

Estado tendo como base o período de 2006 e projeções até o ano de 2020,

como mostra o quadro No. 2

Page 31: A Evolução do mapa brasileiro

Em efeito, o quadro No.2  mostra as projeções de

investimentos dos três níveis da esfera do setor publico no setor turismo ou em

áreas correlatas vinculadas ao setor.  As projeções realizadas demonstram a

preocupação dos gestores do Estado, em realizar estimativas de investimentos

de médio e de longo prazo, através de ações diretas naqueles setores

geradores de ingressos via o turismo, assim como da inclusão de novas ofertas

do turismo direcionado para o turismo rural e na interiorização do setor.

 Para se ter uma idéia do impacto do fluxo do setor de turismo

em Pernambuco de 2005-2009, o quadro No.3 mostra a evolução das receitas

vinculadas ao setor de turismo.

 

 

Considerando os efeitos da crise financeira internacional de

outubro de 2008 que afetou diretamente a economia mundial, as projeções da

chegada de turistas do exterior tiveram efeitos pouco animadores, porém, o

espaço deixado pelos estrangeiros que não vieram foi substituído pelo turismo

doméstico que teve grande impacto, como mostra o quadro No.3.  Em 2005 as

receitas turísticas disparam para cima, de R$1.856,88 até atingirem um valor

importante de R$2.980,92 em 2009.

 O turismo como atividade representa para o Estado de

Pernambuco um dos setores estratégicos no sentido de atrair recursos

importantes através da promoção e divulgação das ofertas que em áreas

culturais, históricas, de lazer e de investimentos o Estado oferece para os

turistas tanto do mercado interno como do externo.

 Na última década, a atividade do turismo vem despertando

interesse em todos os países do mundo, o movimento internacional do turismo

de acordo com cifras da Organização Mundial do Turismo, em 2009 circularam

Page 32: A Evolução do mapa brasileiro

pelo mundo 880 milhões de pessoas, o que representou 4%.  Desse total o

Brasil ficou com cinco milhões de turistas que visitaram o país.

Dentro desse contexto o governo Brasileiro reconhece o papel

da atividade turística como atividade capaz de atrair investimentos diretos na

economia que agem com efeito multiplicador, gerando impostos, rendas, e

empregos para milhares de trabalhadores no país. 

Por seu lado o Estado de Pernambuco também estabeleceu

através do estudo intitulado “Plano Estratégico de Turismo em Pernambuco

importante documento que considera o setor turismo como o setor estratégico

capaz de melhorar as condições de vida de milhares de pernambucanos de

maneira consistente, capacitando a mão-de-obra para o setor, explorando a

capacidade de absorver novas oportunidades de investimentos com a devida

preservação do capital cultural, histórico e do meio ambiente, erradicando a

pobreza e melhorando as condições de vida da população vinculada ao setor

de turismo no Estado. 

As metas e projeções que foram incluídas no nesse estudo

estão alinhadas com as Metas do Milênio, que estabelece como objetivo a

erradicação da miséria e da pobreza através de ações de inclusão social,

sempre tendo como objeto dos projetos e programas ao cidadão.

HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL

Introdução

O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.

A República da Espada (1889 a 1894)

Page 33: A Evolução do mapa brasileiro

 

Proclamação da República (Praça da Aclimação, atual Praça da República, Rio de Janeiro, 15/11/1889)

Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto. 

O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.

A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.

República das OligarquiasO período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.

Política do Café-com-LeiteA maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso,

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dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.

Política dos GovernadoresMontada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.

O coronelismoA figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

O Convênio de TaubatéEssa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a

Page 35: A Evolução do mapa brasileiro

política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas. Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.

Galeria dos Presidente da República Velha :  Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a  15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).

MORTE DE TANCREDO NEVES

Tancredo de Almeida Neves (São João del-Rei, 4 de março

de 1910 — São Paulo, 21 de abril de 1985) foi um advogado, empresário e

político brasileiro.

Em 15 de janeiro de 1985 foi eleito presidente do Brasil pelo

voto indireto de um colégio eleitoral, mas adoeceu gravemente, em 14 de

março do mesmo ano, véspera da posse, morrendo 39 dias depois, sem ter

sido oficialmente empossado. Tancredo foi vítima de diverticulite, porém para

alguns, a causa da sua morte até hoje não foi devidamente esclarecida,

existindo suspeitas de que tenha sido envenenado por setores radicais das

Forças Armadas, que não admitiam a redemocratização. [1].

Apesar de ter falecido antes de ser empossado, pela lei nº

7.465, promulgada no primeiro aniversário de sua morte, seu nome deve figurar

em todas as galerias de presidentes do Brasil. Tancredo foi o último mineiro a

ser eleito presidente do Brasil no século XX, tendo o próximo presidente

Page 36: A Evolução do mapa brasileiro

brasileiro natural de Minas Gerais sido eleito somente com a candidatura de

Dilma Rousseff em 2010.

Foi casado com Risoleta Guimarães Tolentino, com quem teve

três filhos. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de

Coimbra. Era chamado por seus próximos por "Doutor Tancredo". É avô de

Aécio Neves, governador de Minas Gerais entre 2003 a 2010.

INFLAÇÃO E RECESSÃO

A inflação tornou-se um problema central para as economias

capitalistas na segunda metade do século XX. Nos velhos tempos do padrão

ouro e do capitalismo competitivo, a inflação era um fenômeno passageiro, que

caracterizava os períodos de expansão e auge do ciclo econômico ou então

desajustamentos extraordinários do sistema econômico causados, por

exemplo, por guerras. E geralmente a inflação era alternada com períodos de

deflação nos períodos de recessão.

Na fase do capitalismo oligopolista e tecnoburocrático, a partir da Segunda

Guerra Mundial, e principalmente a partir dos anos setenta, quando a economia

mundial entra em mais uma fase de desaceleração e crise de um ciclo longo de

Kondratieff, a inflação muda de natureza. Torna-se crônica em todos os países.

Em alguns, principalmente os países centrais, as taxas ainda são moderadas,

embora várias vezes tenha sido superior a 10% ao ano. Reduziram-se a partir

de 1982 às custas de severas políticas recessivas e, nos Estados Unidos, da

valorização artificial do dólar, mas definitivamente não existe mais "estabilidade

monetária".

Nos países subdesenvolvidos, as taxas subiram e se estabilizaram em

patamares muito mais elevados, não raro superiores a 100%, e tiveram que ser

acompanhadas por sistemas de indexação que moderaram os efeitos

distorcivos da inflação, mas ao mesmo tempo tornaram a inflação muito mais

difícil de ser reduzida. Tanto nos países capitalistas centrais quanto periféricos

os períodos de deflação desapareceram completamente. Temos agora apenas

períodos de aceleração ou de desaceleração da inflação em curso.

QUEDA E ASCENSÃO DE COLLOR

Page 37: A Evolução do mapa brasileiro

Fernando Affonso Collor de Mello (Rio de Janeiro, 12 de agosto

de 1949) é um político, jornalista, economista, empresário e escritor brasileiro,

tendo sido o 32º Presidente do Brasil, de 1990 a 1992, prefeito de Maceió de

1979 a 1982, Deputado federal de 1982 a 1986, Governador de Alagoas de

1987 a 1989, e Senador por Alagoas de 2007 até a atualidade.

Bacharelou-se em ciências econômicas na União Pioneira da

Integração Social. Ingressou na carreira política em 1979, filiado à Aliança

Renovadora Nacional (ARENA), foi nomeado prefeito de Maceió em 1979.

Migrou-se para o Partido Democrático Social (PDS), quando foi eleito Deputado

federal em 1982. Em sua incumbência parlamentar, votou favoravelmente à

proposição mal-sucedida das Diretas Já em 1984 e votou no deputado federal

Paulo Maluf na eleição presidencial brasileira de 1985. Em 1986, filiou-se ao

Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e foi eleito Governador

de Alagoas. Opondo-se ao governo do Presidente José Sarney, filiou-se ao

Partido da Reconstrução Nacional (PRN), renunciou ao governo alagoano, e

lançou sua candidatura à presidência em 1989. Escolheu como candidato a

seu Vice-presidente na chapa, o governador mineiro Itamar Franco. Em uma

eleição disputada, com a opinião pública dividida principalmente entre Collor,

Lula, Leonel Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, Guilherme Afif Domingos e

Ulysses Guimarães, conseguiu liderar o primeiro turno com 28,52% dos votos,

levando a disputa ao segundo turno com Lula. Conquistou a vitória com

49,94% dos votos, 5,71% a mais que o adversário petista.

Seu governo foi marcado pela implementação do Plano Collor

e a abertura do mercado nacional às importações e pelo início de um programa

nacional de desestatização. Seu Plano, que no início teve uma boa aceitação,

acabou por aprofundar a recessão econômica, corroborada pela extinção, em

1990, de mais de 920 mil postos de trabalho e uma inflação na casa dos

1200% ao ano; junto a isso, denúncias de corrupção política envolvendo o

tesoureiro de Collor, Paulo César Farias, feitas por Pedro Collor de Mello,

irmão de Fernando Collor, culminaram com um processo de impugnação de

mandato. O processo, antes de aprovado, fez com que o Presidente

renunciasse ao cargo em 2 de outubro de 1992, deixando-o para seu vice

Itamar Franco. Entretanto, Collor ficou inelegível durante os próximos 8 anos.

Page 38: A Evolução do mapa brasileiro

Em 2007, foi eleito Senador de Alagoas filiado ao Partido

Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), porém migrando para o Partido

Trabalhista Brasileiro (PTB) logo no primeiro dia no senado, vindo, dois anos

depois, a ser eleito membro da Academia Alagoana de Letras para ocupar a

cadeira de número 20. Em 2010, anunciou sua candidatura ao governo de

Alagoas pela segunda vez. Tendo sido derrtado não indo para o segundo turno

que ficara entre os candidatos Teotônio Vilella Fiho e Ronado Lessa (ambos

ex-governadores de Alagoas.

ERA FHC

Tomou posse como presidente em 1 de janeiro de 1995, tendo

nos dois mandatos como vice-presidente o ex-governador de Pernambuco e

senador Marco Maciel, do PFL, uma das principais lideranças civis que

apoiaram os governos militares pós 64.

A política de estabilidade e da continuidade do Plano Real foi o

principal apelo da campanha eleitoral de 1998 para a reeleição de FHC. Foi

reeleito já no primeiro turno.

FHC conseguiu para a sua eleição à presidência o apoio total

do PSDB, do PFL, do PTB (que o apoiou nas duas eleições presidenciais), do

Partido Progressista Brasileiro — PPB (atual PP) e de parte do PMDB, e

conseguiu manter estes apoios nos seus 8 anos de governo, o que deu relativa

estabilidade política ao Brasil neste período.

No primeiro mandato, FHC conseguiu a aprovação de uma

emenda constitucional que criou a reeleição para os cargos eletivos do

Executivo,[17] sendo o primeiro presidente brasileiro a ser reeleito. Em seu

governo houve denúncias de corrupção,[18] dentre as quais merecem destaque

as acusações de compra de parlamentares para aprovação da reeleição[19] e de

favorecimento de alguns grupos financeiros no processo de privatização de

empresas estatais.[20] A Polícia Federal estima que entre 1992 e 2002 (governo

FHC) e 2003/2004 (governo Lula) aquele grupo girou mais de US$ 2 bilhões

através do Opportunity Fund[21] — e os escândalos do caixa dois de sua

campanha eleitoral, cujas planilhas mencionavam subsidiárias da empresa

Alstom que, segundo o Der Spiegel, está sendo acusada pelo governo suíço de

ter pago em 1998, através da Companía de Asesores de Energia, uma

Page 39: A Evolução do mapa brasileiro

empresa panamenha, propinas no valor de 200 milhões de dólares a

integrantes do governo brasileiro para obter a concessão da Usina Hidrelétrica

de Itá no Brasil,[22][23][24][25] no episódio conhecido como o Escândalo do caso

Alstom.[26][27]

O fim de seu segundo mandato foi marcado por uma crise no

setor energético, que ficou conhecida como Crise do apagão.[28] A crise ocorreu

por falta de planejamento e ausência de investimentos em geração e

distribuição de energia, e foi agravada pelas poucas chuvas.[29] Com a

escassez de chuva, o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas baixou

e os brasileiros foram obrigados a racionar energia. A crise acabou afetando a

economia,[30] e consequentemente provocou uma grande queda na

popularidade de FHC.

No início de seu segundo mandato, uma forte desvalorização

da moeda provocada por crises financeiras internacionais (México, Rússia e

Ásia) leva o Brasil a uma grave crise financeira que, para ser controlada, teve

como consequência um aumento dos juros, o que levou aos juros reais mais

altos de sua história e a um aumento enorme na dívida interna[31]

No governo FHC, foi implantado o gasoduto Brasil-Bolívia. Foi

criado o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), que

garante mais recursos para o ensino fundamental. Em 1997, entrou em vigor a

atual lei eleitoral que se pretende definitiva, pois, antes, havia uma lei eleitoral

nova a cada eleição.

Foram criadas novas legislações como o atual Código de

Trânsito Brasileiro.

Nas eleições de 2002, seu partido, o PSDB, lança como

candidato à presidência o ex-ministro da saúde, planejamento e senador por

São Paulo José Serra, um dos principais colaboradores do governo de FHC.

Todavia, sai como vencedor do pleito o ex-sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva

do PT, adversário político e crítico ardoroso da política econômica nos seus

dois governos.

O segundo mandato do presidente FHC findou-se no dia 1º de

janeiro de 2003, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

FHC foi o primeiro civil eleito pelo voto direto que conseguiu

terminar o mandato de presidente desde Juscelino Kubitschek e até, aquele

Page 40: A Evolução do mapa brasileiro

momento, o segundo presidente brasileiro que governou por mais tempo,

depois de Getúlio Vargas.

PLANO REAL

Plano Real foi um programa brasileiro com o objetivo de

estabilização econômica, iniciado oficialmente em 27 de fevereiro de 1994 com

a publicação da Medida Provisória nº 434 no Diário Oficial da União. Tal

Medida Provisória instituiu a Unidade Real de Valor (URV), estabeleceu regras

de conversão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da

economia, e determinou o lançamento de uma nova moeda, o Real.[1]

O programa foi o mais amplo plano econômico já realizado no

Brasil, e tinha como objetivo principal o controle da hiperinflação que assolava

o país. Utilizou-se de diversos instrumentos econômicos e políticos para a

redução da inflação que chegou a 46,58% ao mês em junho de 1994, época do

lançamento da nova moeda. A idealização do projeto, a elaboração das

medidas do governo e a execução das reformas econômica e monetária

contaram com a contribuição de vários economistas, reunidos pelo então

Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

O presidente Itamar Franco, autorizou que os trabalhos se

dessem de maneira irrestrita e na máxima extensão necessária ao seu êxito, o

que tornou o Ministro da Fazenda no homem mais forte e poderoso de seu

governo, e no seu candidato natural à sua sucessão. Assim, Fernando

Henrique Cardoso elegeu-se Presidente do Brasil em outubro do mesmo ano.

O Plano Real mostrou-se nos meses e anos seguintes o plano

de estabilização econômica mais eficaz da história, reduzindo a inflação

(objetivo principal), ampliando o poder de compra da população, e

remodelando os setores econômicos nacionais.

A ERA LULA

Lula acaba de vencer as prévias internas do PT. Alguns anos

atrás a disputa entre Lula e Suplicy não seria imaginada nem mesmo pelos

mais criativos militantes petistas. Primeiro, porque entre os dois existem

poucas diferenças ideológicas e programáticas. Segundo, porque a liderança

Page 41: A Evolução do mapa brasileiro

de Lula no PT era, até então, inquestionável. A novidade, acredito, sinaliza uma

mudança nas práticas políticas brasileiras, em especial, aquelas vinculadas aos

movimentos sociais iniciados nos anos 70 e 80 do século passado, das quais

Lula é herdeiro direto.

Nos anos 80, na esteira do processo de redemocratização do

país, movimentos sociais pipocaram por diversas regiões. O mais pujante de

todos foi o movimento sindical, com destaque para as greves protagonizadas

pelos metalúrgicos, seguidos por petroquímicos, bancários, professores e

trabalhadores rurais. A ditadura militar havia imposto tal limitação à ação

pública, além de um modelo de desenvolvimento tão seletivo, que os

movimentos sociais que emergiam no cenário político eram marcados pela

desconfiança e revolta. Seus líderes, invariavelmente, adotavam um semblante

fechado, eram irônicos, discursavam raivosamente, denunciavam os

desmandos dos governos e não aceitavam participação em nenhuma instância

de governo. Rejeitavam quase todas formas de representação política e

privilegiavam as formas de democracia direta, como plenárias e assembléias.

Os pesquisadores sociais denominaram tal ideário de "antiinstitucionalismo".

Ocorre que as reviravoltas por que passou o mundo na virada

de século alteraram profundamente o perfil das lideranças sociais. No Brasil, tal

mudança foi ainda mais acentuada já que várias lideranças

antiinstitucionalistas acabaram se elegendo nos anos 80 e 90 para cargos que

antes desdenhavam. Tornaram-se vereadores, prefeitos, deputados e

senadores. Obviamente que os novos cargos redefiniram seus valores

políticos. Inicialmente, alguns novos parlamentares afirmaram que o Legislativo

era uma tribuna de denúncia. Aos poucos, contudo, muitos deles revelaram-se

especialistas no regimento interno dessas instâncias da política brasileira.

Finalmente, criaram múltiplas alianças políticas, alargando o espectro

ideológico inicial.

A globalização parece ter provocado mudanças mais

significativas. Vou citar duas delas, como mote para entendermos o que se

passa no interior do PT:

o recuo da capacidade dos governos regularem a economia

globalizada gerou um certo vazio político. É fato que a pauta neoliberal que

Page 42: A Evolução do mapa brasileiro

assolou o mundo nos anos 80 contribuiu para uma "orfandade" política

crescente. Mas mesmo os governos que não compactuaram com a agenda

neoliberal reduziram a intervenção estatal, ainda que não totalmente. Por

este espaço aberto esboçaram-se vários movimentos sociais que passaram

a elaborar estratégias políticas de participação nas gestões públicas. Os

exemplos são vários. Desde transferência de recursos públicos para ONGs

implementarem ações públicas até modelos de co-gestão em

reassentamentos rurais;

as mudanças súbitas e a flexibilidade constante de produção

impostas pela globalização geraram uma nova sociedade que Anthony

Giddens resumiu num conceito: sociedade reflexiva. O que Giddens queria

afirmar é que a nova sociedade, extremamente dinâmica, cria dilemas novos

a cada dia para todos nós, o que nos obriga a tomar decisões - a refletir - a

todo instante sobre tudo. Somos, então, mais reflexivos que em toda história

da humanidade.

Se juntarmos as duas novidades citadas acima, podemos

entender que as lideranças sociais deste novo século devem ser mais

propositivas, reflexivas e institucionalizantes. Necessitam, ao menos, saber

manusear informações gerenciais, elaborar projetos e propostas, gerir projetos

e fiscalizar. Obviamente que esta mudança de perfil implica numa mudança da

ação do Estado, mais aberto à co-gestão e à participação direta da sociedade

civil.

Mas o interesse maior recai sobre a nova exigência dos

atributos dos líderes de movimentos sociais contemporâneos. Não basta a

capacidade de mobilização e convencimento, mas a capacidade de formular e

negociar, além da capacidade de governar.

Acredito que este é o pano de fundo para entendermos o que

ocorre no momento com o PT e com Lula. Estamos vivenciando uma sutil

transição no comportamento político. Não por outro motivo, na semana em que

se anuncia a vitória de Lula - defensor da aliança política com o PL - sobre

Suplicy, Tarso Genro é proclamado candidato ao governo gaúcho pelo PT,

derrotando Olívio Dutra (outro herdeiro direto dos anos 80. Há algo de mais

Page 43: A Evolução do mapa brasileiro

profundo que mero maquiavelismo político. São sinais de mudança de uma

Era.

Enfim, imagino que esteja chegando o momento em que

lideranças populares e de esquerda serão obrigadas a redesenhar o Estado

brasileiro. Não bastam mais as conquistas de cunho "participacionista" inscritas

na Constituição de 88. Os tantos conselhos de gestão criados estão em lugar

incerto na tomada de decisão dos governos. A descentralização da gestão

pública ainda é tímida e sempre é acompanhada de movimentos contrários.

Se uma nova Era do comportamento político de movimentos

sociais e lideranças de esquerda parece se desenhar, ainda resta aguardar o

novo desenho de suas propostas políticas.

Page 44: A Evolução do mapa brasileiro

QUESTÕES PARA FIXAÇÃO