33
A EXPANSÃO PORTUGUESA NO TEMPO DO INFANTE NO TEMPO DO INFANTE D. HENRIQUE Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons

A EXPANSÃO PORTUGUESA NO TEMPO DO INFANTE D. …paginasdahistoria.yolasite.com/resources/A EXPANSÃO PORTUGUESA NO... · MAR PORTUGUÊS Ó Mar Salgado, quanto do teu sal. São lágrimas

Embed Size (px)

Citation preview

A EXPANSÃO PORTUGUESA NO TEMPO DO INFANTE NO TEMPO DO INFANTE

D. HENRIQUE

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons

5ª AULA - SUMÁRIO

• A redescoberta e colonização daMadeira e dos Açores.

• A exploração da costa ocidental• A exploração da costa ocidentalafricana.

• A descoberta do arquipélago de CaboVerde.

REDESCOBERTA DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA

� 1418 – Porto Santo– João GonçalvesZarco e TristãoVaz Teixeira

In FLAMA, ANO VI, Nº 94, 23 DE DEZEMBRO DE 1949, pág. 3

Vaz Teixeira� 1419 – Madeira -João GonçalvesZarco, Tristão VazTeixeira eBartolomeuPerestrelo

POVOAMENTO E COLONIZAÇÃO DA MADEIRA

�O arquipélago da Madeira foi doado a D.Henrique que o entregou a capitães–donatáriosda sua confiança, senhores à maneira feudal, quepromoveram o seu povoamento e exploraçãoeconómica. O povoamento do arquipélago foifeito essencialmente com gente do continente.

In FLAMA, ANO VI, Nº 94, 23 DE DEZEMBRO DE 1949, pág. 3

CAPITANIAS E CAPITÃES DONATÁRIOS

�Capitania do Funchal - João Gonçalves Zarco

�Capitania da �Capitania da Madeira - Tristão Vaz Teixeira

�Capitania de Porto Santo – Bartolomeu Perestrelo

EXPLORAÇÃO ECONÓMICA

�As ilhas têm um clima ameno, chuvasabundantes e solos férteis. Inicialmenteos colonos exploraram recursos naturaiscomo as madeiras e, como o mar eracomo as madeiras e, como o mar eramuito rico, pescavam e apanhavammarisco. Introduziram os cereais, comoo trigo, o centeio e a cevada, e legumesvariados; introduziu-se a cana de açúcare a vinha.

O ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES(DOS PÁSSAROS AÇORES QUE AÍ EXISTIAM EM

GRANDE NÚMERO)CORVO FLORES FAIAL PICO S. JORGE GRACIOSA TERCEIRA

�GRUPO ORIENTAL: S. Miguel e Sta. Maria;

�GRUPO CENTRAL: Terceira, Graciosa,

S. MIGUEL STA. MARIA

DESENHO DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES

�GRUPO CENTRAL: Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial;

�GRUPO OCIDENTAL: Flores e Corvo.

A REDESCOBERTA DO ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES

• 1427 – grupo oriental: Santa Mariae S. Miguel - Diogo de Silves;

• 1431 – grupo central: Terceira, S.• 1431 – grupo central: Terceira, S.Jorge, Faial, Graciosa e Pico –Gonçalo Velho Cabral;

• 1452 – grupo ocidental: Flores eCorvo – Diogo de Teive e João deTeive (partem do Faial)

POVOAMENTO E COLONIZAÇÃO

�O primeiro documento conhecido sobre opovoamento dos Açores data de 1439 eestá assinado pelo regente D. Pedro, jáque D. Afonso V tinha, à data, somenteseis anos. Nesta carta D. Pedro autoriza oseis anos. Nesta carta D. Pedro autoriza oseu irmão D. Henrique a enviar colonospara os Açores e dá-nos a informação queo infante D. Henrique já anteriormentetinha mandado soltar ovelhas em sete dasnove ilhas dos Açores.

CARTA DE SOLIGO - CURIOSIDADE

O primeiro mapa completo doarquipélago dos Açores é a “Carta deSoligo”, feito algures entre 1475 e1482, por um italiano chamadoSoligo”, feito algures entre 1475 e1482, por um italiano chamadoCristóforo Soligo. Pela primeira vezas nove ilhas são representadas combastante precisão.

POVOAMENTO E COLONIZAÇÃO

�O arquipélago dos Açores foi doado a D.Henrique que o entregou a capitães–donatários da sua confiança para promoveremo seu povoamento e exploração económica. Oseu povoamento foi feito essencialmente comgente do continente, principalmente doAlentejo e Algarve, e da Flandres.

FOTOGRAFIA DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

CAMPOS FÉRTEIS DE S. MIGUEL

FOTOGRAFIA DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

�As ilhas têm um clima ameno, chuvas abundantese solos férteis. Inicialmente os colonosexploraram a urzela (líquenes de que se obtinhatinta castanha utilizada na tinturaria) emadeiras como a faia e o cedro e, como o marera muito rico, pescavam e apanhavam marisco.

CRIAÇÃO DE GADO EM S. MIGUEL

FOTOGRAFIA DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

� Introduziram os cereais, como o trigo, o centeioe a cevada, legumes variados e o pastel, de quese obtinha um corante azul; introduziu-se a canade açúcar e a criação de gado tão importante,ainda hoje, para a economia do arquipélago.

MONSTROS MARÍTIMOS E AFRICANOS�Existiriam serpentes no mar que engoliam os barcos? E dragões? E sereias que encantavam os marinheiros? E as águas ferviam para Sul? E os homens brancos ficavam

DESENHO DE CLÁUDIA QUEIRÓS

Sul? E os homens brancos ficavam pretos? E em África havia homens só com um pé gigante? E com duas cabeças? E sem cabeça e com o rosto no tronco? E só com um olho? E com cabeça de cão? E…?

COSTA DO SAHARA OCIDENTAL� Nos inícios do século xv,

acreditava-se que a seguir aoCabo Bojador (localizado no queé hoje o Sahara ocidental)começava o mar tenebroso,onde a água fumegaria sob o sol,imensas serpentes comeriam osdesgraçados que caíssem aomar, o ar estaria envenenado,os brancos ficariam negros,os brancos ficariam negros,haveria cobras com rostoshumanos, gigantes, dragões ecanibais com a cabeça embutidano ventre.Por outro lado, o estrondo

das ondas nos penhascos dacosta, as correntes fortíssimase as névoas de areiaprovocariam o pânico dospilotos.”

MAURICE CROUZET, HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO

FOTOGRAFIAS DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

DOIS NAUFRÁGIOS RECENTES PERTO DO CABO BOJADOR

(O MAR TENEBROSO CONTINUA A FAZER AS SUAS VÍTIMAS)

FOTOGRAFIAS DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

�Perigos colocados à navegação no caboBojador: baixios, correntes perigosas,ventos fortes que arrastam as areias doSahara.

BARCA

�Utilizada até ao século XV na navegação fluvial e na navegação marítima de cabotagem.

�Utilizada por Gil Eanes, em 1434, na passagem do cabo Bojador.

CRÓNICA DA GUINÉ GOMES EANES DE ZURARA - 1453

“O navio que por lá passe jamais poderá tornar. E, porisso, os nossos antecessores nunca se atreveram a passá-lo. (…)Depois de doze anos, mandou o infante armar uma barca

da qual fez capitão Gil Eanes, seu escudeiro, o qual,da qual fez capitão Gil Eanes, seu escudeiro, o qual,seguindo a viagem dos outros e tocado daquele mesmotemor, não passou das ilhas Canárias. Mas, no anoseguinte, o infante fez armar outra vez a dita barca e,chamando Gil Eanes de parte, o encarregou muito que seesforçasse para passar aquele cabo (…) De facto, GilEanes, desprezando todo o perigo, dobrou naquela viagemo cabo Bojador e passou além, onde achou as coisas muitoao contrário do que ele e os outros até ali presumiam.”

RÉPLICA DO PADRÃO PORTUGUÊS EXISTENTE EM BOUJDOUR

FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃESFOTOGRAFIA DE EUGÉNIO QUEIRÓZ

MAR PORTUGUÊS

Ó Mar Salgado, quanto do teu sal.São lágrimas de Portugal!.

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!.Quantas noivas ficaram por casar.Para que fosses nosso, ó Mar!.Valeu a pena? Tudo vale a pena.Para que fosses nosso, ó Mar!.Valeu a pena? Tudo vale a pena.

Se a alma não é pequena...Quem quer passar além do Bojador.

Tem que passar além da dor...Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu...

Fernando Pessoa

DESCOBERTAS E CONQUISTAS NO TEMPO DE D. DUARTE (1433-1438)PERÍODO HENRIQUINO

�1434 – Gil Eanes passa o Cabo Bojador.�1435 – Gil Eanes e Afonso Baldaiachegam a Angra dos Ruivos.

�1435 – Gil Eanes e Afonso Baldaiachegam a Angra dos Ruivos.

�1436 – Afonso Baldaia chega ao Rio doOuro e à Pedra da Galé.

�1437 – Desastre de Tânger.

DESASTRE DE TÂNGER - 1437

�Armada comandada pelos infantes D.Henrique e D. Fernando; este último ficacomo refém e serve como garantia daentrega de Ceuta aos mouros pelosentrega de Ceuta aos mouros pelosportugueses.

�Portugal não entregou Ceuta e D.Fernando morreu no cativeiro em 1443,na cidade de Fez, ficando conhecido pelonome de Infante Santo.

TÚMULO DE D. FERNANDO, O INFANTE SANTO - MOSTEIRO DA BATALHA

FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES

A EXPLORAÇÃO DA COSTA OCIDENTAL AFRICANA NO PERÍODO HENRIQUINO

CABO BOJADOR(GIL EANES -1434)

RIO DO OURO(AFONSO BALDAIA – 1436)

CABO BRANCOCABO BRANCO(NUNO TRISTÃO – 1441)

BAIXOS DE ARGUIM(NUNO TRISTÃO – 1443)

CABO VERDE(DINIS DIAS – 1444)

SERRA LEOA(PEDRO DE SINTRA – 1460) DESENHO DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES

FEITORIA/FORTALEZA DE ARGUIM�Construção iniciada em 1445, provavelmente por Soeiro Mendes de Évora, primeiro Alcaide-mor do castelo.

�Serviu de modelo a

FOTOGRAFIA DE ALEXANDRE BRAZ MIMOSO

�Serviu de modelo a posteriores feitorias como S. Jorge da Mina.

�Os holandeses conquistam esta fortaleza em 1638.

�Dinamitada pelos franceses em 1728.

CORTE, PLANTA E LOCALIZAÇÃO DA FEITORIA DE ARGUIM

Théodore Monot, Instituto de Investigação Científica e Tropical de Lisboa

O ARQUIPÉLAGO DE CABO VERDE

SANTO ANTÃO SAL

S. VICENTE BOAVISTA

SANTA LUZIA

S. NICOLAU

FOGO MAIO

BRAVA SANTIAGO

DESENHO DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES

DESCOBERTA E COLONIZAÇÃO DE CABO VERDE

FOTOGRAFIAS DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

�O arquipélago encontrava-se despovoadoà data da descoberta por Luís Cadamostoem 1456.

�A colonização foi lenta devido ao clima,falta de água e aridez dos solos.

A COLONIZAÇÃO DE CABO VERDE

�Introduziu-se a agricultura e a criação de gado.

�O arquipélago

FOTOGRAFIA DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

�O arquipélago serviu de apoio às longas viagens para Oriente.

FORTALEZA DE S. FILIPE/SANTIAGO�Cabo Verde serviu de plataforma comercial no tráfico de escravos da África para a Europa e América.

FOTOGRAFIAS DE ARTUR MATIAS DE MAGALHÃES

África para a Europa e América.

A MISCIGENAÇÃO EM CABO VERDEILHA DO FOGO

FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES

BIBLIOGRAFIADiniz, Maria Emília; Tavares, Adérito; Caldeira, Arlindo M., História 8, Editorial o LivroBarreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Rumos da História 8, Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Rumos da História 8, Edições Asa Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Sinais da História 8, Edições Asa

AUTORIAANABELA MATIAS DE MAGALHÃES