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A Familia Roberto - Uma Dinastia de Toureiros (2ª edição)

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Informações sustentam que o o nome Robert, veio da Holanda, Valkenswaard, terra de Falcoaeiros, até Salvaterra de Magos, outras dizem que a família veio de Angra do Heroísmo, Açores. Os seus descendentes, Vicente Roberto da Fonseca e seu irmão Roberto Jacob da Fonseca, foram afamados bandarilheiros no final do séc. XIX, início do séc. XX, fizeram fortuna, e iniciaram casa agrícola nesta vila.

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FICHA TECNICA: Titulo: A Dinastia Roberto (s) * Uma família de Toureiros * Tipo de Encadernação: Brochado Autor: Gameiro. José Colecção: RECORDAR, TAMBÉM É RECONSTRUIR ! Editor: Gameiro, José Rodrigues

Morada: B.º Pinhal da Vila – Rua Padre Cruz, Lote 64 – R/c e 1º Andar Localidade: Salvaterra de Magos Código Postal: 2120-059 SALVATERRA DE MAGOS * Tel. 263 504 458 * Telem. 918905704 * Fax: 263 505 494 ISBN: 978– 989 – 8071 – 37 – 8 Depósito Legal: 256485 /07 Março de: 2007 2ª edição; online – sistema PDF * Abril 2015 Blogue: “http//:www.historiasalvaterra.blogs.sapo.pt”

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O meu contributo

Nem só os aficionados tauromáquicos, têm curiosidade em saber quem foram os irmãos Roberto (s), Qualquer enciclopédia, faz referência a

António Roberto da Fonseca., e seus irmãos, Antão José da Fonseca e Luís Roberto da Fonseca, são os iniciadores conhecidos desta linhagem artística. Quem visita Salvaterra de Magos, no largo da sua Igreja Matriz, vê ali construído um bonito edifício, todo ele com a sua fachada em azulejo de cor verde, forma de decoração, muita usada nos finais do séc. XIX, e primeiros anos do séc. XX. Segundo alguns documentos, dizem-nos que a classe rica da terra – os Lavradores, também receberam a influência dos novos-ricos, vindos de África e do Brasil. Escrever sobre os Roberto(s), ou das Casa Agrícola; Roberto & Roberto e, a sua sucessora; Irmãos Roberto, é de muita responsabilidade, pois é uma Dinastia, cujo passado enche de certo muitas páginas, e o nosso propósito é apenas um pequeno Apontamento. Eles muito deram à sua terra, através de várias gerações, mesmo para além do simples glorificar o nome de Salvaterra de Magos. A sua terra mãe, ainda não lhes fez o merecido agradecimento, dando ao menos o seu nome a uma rua. Por minha parte, aqui deixo registado o meu agradecimento à D. Elvira Roberto e seu esposo, Arq. Luís Vasconcellos, pelo apoio prestado na cedência de alguns documentos Para esta excelsa família, encaixa o provérbio popular. “ Quem dá o tem, a mais não é obrigado! Abril 2015 JOSE GAMEIRO (José Rodrigues Gameiro)

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ROBERTO (S) UMA DINASTIA DE TOUREIROS

A ORIGEM

Os nomes Jacob, ou Robert, referenciados em

Salvaterra de Magos, nos meados do séc. XVIII,

segundo alguns estudos estão ligado aos

falcoeiros, vindos da Holanda, da zona de

Valkenswaard. como mestres daquela arte.

Alguns deles casaram, com mulheres da vila, e

deixaram descendência como: Antão José

Roberto(1), nome já aportuguesado. Dos irmãos

Roberto(s); António Roberto da Fonseca, Luís

Roberto da Fonseca, e Antão José da Fonseca,

existem registos que vieram de Angra do

Heroísmo (Açores).

Os tempos passaram, este apelido, ainda se

mantém naquela ilha, desconhecendo-se serem

ou não desta genealogia, ou se ambos são

descendentes dos primitivos vindos da Holanda.

Segundo alguns registos, na última uma das três

invasões francesas, houve aqui em Salvaterra de

Magos, forte confronto tendo o povo local muito

ajudado, o exército anglo-português, quando da

retirada dos franceses. Sabe-se que, devido à

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invasão, muitas famílias se ausentaram de

Salvaterra, com destinos incertos.

A família Roberto, foi de abalada até Lisboa,

onde o Conde de Almada (2), os acolheu.

António Roberto da Fonseca, desde muito

novo, aos 12 anos de idade, mostrou aptidões

para enfrentar toiros de lide. Seus irmãos, Luís e

Antão, também exprimiam este gosto, e

tourearam alguns anos.

António Roberto, como bandarilheiro, esteve

durante anos em actividade, chegando a actuar

com os filhos: Vicente Roberto da Fonseca,

Roberto da Fonseca e João Roberto da Fonseca,

quer em Portugal, quer em Espanha, onde

fizeram alarde da sua magnifica destreza, em

praças de toiros, retirou-se das arenas em 1859.

ªªªªªªªªªª

(1)– Livro; Paço Real de Salvaterra de Magos

(2)- Um edifício apalaçado, ainda existente na vila, ostenta na sua

fachada a “ Pedra de Armas” daquela família “ Os Almadas”

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João Roberto da Fonseca, segundo algumas

crónicas, atingiu um plano pouco lisonjeiro, em

relação ao dois irmão; Vicente e Roberto. Um

filho do primeiro, com o mesmo nomedo pai, e

conhecido apenas por “João Roberto” teve lugar

de destaque, mesmo em confronto, com os tios,

nas arenas tauromáquicas.

Nesta dinastia dos toureiros Roberto(s),

alguns registos, fazem referência a um

descendente de nome Tito da Fonseca., que

também actuou com muita arte, perante animais

em praça, em dias de festa de toiros.

Alguns tratados da especialidade taurina,

ainda conservam uma ou outra crónica, das

actuações destes “monstros” da tauromaquia

portuguesa., que foram Vicente e Roberto da

Fonseca.

A tourear, ganharam fama e proveito, mas

foram humildes na vida cívica. Depois de

retirados das arenas, recolheram-se à vida da

agricultura, na sua terra natal- Salvaterra de

Magos.

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A agricultura, e a criação de gado bravo, foram

caminhos deixados em aberto, que seus

descendentes durante anos souberam aproveitar,

continuando a honrar os nomes de Roberto e

Fonseca.

SINTESE GENEALÓGICA

A casa agrícola Roberto (s), quer sob o nome

Roberto & Roberto, quer mais tarde com o ferro

Irmãos Roberto, chegou a dar trabalho,

sustentando muitas dezenas de famílias, de

Salvaterra, e da região ribatejana, na área da

campinagem.

ALGUNS REGISTOS DA DINASTIA ROBERTO

ANTÓNIO ROBERTO DA FONSECA,

natural de Angra de

Heroísmo, nasceu em

1801, muito novo veio

viver para Salvaterra de

Magos, com seus pais e

irmãos.

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Nele foi encontrada muita aficion, foi

bandarilheiro profissional, toureou na antiga

praça de toiros existente

no Salitre (Lisboa). * Retirou-se da profissão de

picar toiros, em 1859, veio a falecer em

Salvaterra de Magos, a 21 de Março de 1882

ANTÁO JOSE DA FONSECA,

nasceu em Angra do

Heroísmo (Açores) *

Depois de viver em

Salvaterra de Magos,

chegou a tourear a pé e a cavalo, como amador,

em algumas praças do país.

LUIZ ROBERTO DA FONSECA,

nascido em Angra do Heroísmo, tal como seus

irmãos, Antão José da Fonseca e Luiz Roberto

da Fonseca, veio a falecer em Lisboa em 1896.

* No continente, foi bandarilheiro profissional,

onde durante cerca de 20 anos actuou em praças

de toiros, e segundo algumas crónicas, era um

toureiro modesto entre os seus pares.

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JOÃO ROBERTO DA FONSECA,

natural de Salvaterra de Magos, onde nasceu a

8 de Fevereiro de 1827 * Filho de António

Roberto da Fonseca.

* Faleceu em Samora Correia, no dia 31 de

Dezembro de 1859. * Tal como seu pai, tios, e

irmãos, foi toureiro, na categoria de

bandarilheiro, não conseguiu atingir a fama que

seus irmãos Vicente e Roberto, tiveram perante

os aficcionados. VICENTE ROBERTO DA FONSECA,

– Nasceu em Salvaterra de Magos, a 28 de

Outubro de 1835, foi por ventura o mais famoso

no campo artístico, nas arenas de Portugal e

Espanha, de toda a família Roberto. Foi

bandarilheiro profissional, toureando com seu

irmão Roberto Jacob, aos 9 anos de idade foi

visto em público a lidar uma bezerra.

Histórias, estão registadas nos manuais do

mundo dos toiros, que os dois, para além de

fazem a sorte da gaiola, e da cadeira, chegaram

ao ponto de colocar armas brancas, amarradas

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aos cornos dos toiros, especialmente em corridas

em Espanha, onde eram muito solicitados para

este tipo de espectáculos.

A SUA MORTE

No dia da passagem dos 76 anos da sua morte,

o autor deste Apontamento, sendo colaborador

do jornal “Diário do Ribatejo”, que se publicava

em Santarém, remeteu ao articulista do mesmo,

na área da tauromaquia – Eusébio Jorge, uma

crónica que tinha em arquivo,

extraída de uma antiga

publicação com o nome

“BRANCO e NEGRO”, da

autoria de António Júlio Valle

de Sousa – Coimbra, 1 de Julho

de 1897.

Mais tarde, em 1992, voltou a utiliza-la, nas

colunas do Jornal Vale do Tejo, com redacção

em Salvaterra de Magos, pela sua importância

histórica, aqui também a deixamos: “Vimos

hoje, com a alma alanceada por uma profunda

saudade, registar o primeiro aniversário do

falecimento dessa simpática individualidade que

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se chamou Vicente, prestando a devida

homenagem a esse incomparável amigo que

soube conquistar um nome imorredoiro no

toureio português, onde é contado entre os seus

grandes mestres, nobilitar-se por actos de

filantropia em que se reflectiu a bondade da sua

alma.

Amigo delicado galgava por cima das

maiores dificuldades e sacrifícios para servir os

seus amigos, fazendo um perfeito contraste com

a sociedade actual, tão degenerada; filantropo

benemérito, via na felicidade dos outros a sua

própria felicidade; era assim que despendia uma

grande parte da sua fortuna, angariada nas

arenas de Portugal e Espanha.

Protegeu hospitais, montepios e outras casas

de beneficência, e em socorrer muita pobreza

ignorada, fazendo renascer a esperança no peito

dos desgraçados. Como bandarilheiro Vicente

Roberto, ocupou desde muito novo um dos

primeiros lugares entre os mais ilustres artistas

da tauromaquia Portuguesa.

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Vicente Roberto, nasceu em Salvaterra de

Magos em 1836, sua mãe Maria Gestrudes,

preocupada com o seu futuro, ainda o

recomendou a um alfaiate de Vila Franca de

Xira, onde aprendeu o ofício. Com 13 anos de

idade, toureou em Almada, onde o Conde de

Vimioso, estando presente, desceu à arena

abraçando-o e lhe ofereceu um fato completo de

bandarilheiro. Aos 18 anos começou a

apresentar-se como toureiro de profissão,

juntamente com seu pai e seu irmão Vicente, que

foi igualmente um excelente artista.

Em 1858, estreou-se na praça do Campo de

Sant’ Ana, e estão bem vivas na memória de

todos as ovações que ali alcançou. Em 1865,

correndo toiros desembolados, toureou com seu

irmão Roberto na corrida à portuguesa que

inaugurou a praça do Campo Pequeno. Quando

toureava, em 1888, na praça da Figueira da Foz

ficou gravemente ferido, e teve que recolher ao

hospital da Misericórdia local.

Durante vários dias, esteve entre a vida e a

morte, acabando por se recompor com grande

carinho e cuidados médicos daquele

estabelecimento hospitalar.

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Já recomposto, doou àquela instituição um

importante donativo, e no seu testamento deixou-

lhe um legado, manifestando assim a sua

gratidão.

Depois deste lamentável desastre, agravou-se

cada vez mais a sua saúde e após um doloroso e

prolongado martírio, que suportou com

paciência dum

mártir, faleceu às 11

horas, do dia 1 de

Junho de 1896.

A lúgubre notícia

do seu falecimento,

se bem que há muito

esperada, trouxe a

Salvaterra de Magos, uma multidão de

admiradores e amigos, que na companhia do

povo da terra desfilaram perante o féretro e

espargindo mil benções sobre aquele que foi um

dos seus filhos mais dilectos e um dos seus mais

devotados protectores.

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Vicente Roberto, evidenciando mais uma vez

os seus sentimentos piedosos, deixou em

testamento vários legados à Misericórdia de

Salvaterra de Magos, Figueira da Foz, Coruche

e ao Montepio da terra que o viu nascer”.

ROBERTO JACOB DA FONSECA,

nasceu em Salvaterra de Magos, a 20 de

Outubro de 1840. Começou por acompanhar

seus irmãos, Vicente e João revelando-se um

valor a aproveitar na tauromaquia portuguesa. Apesar disso, só lhe foi permitida a sua

apresentação pública na praça

da Azaruja, em 1859, obteve tal

êxito na sorte de bandarilhas,

que os críticos o viram como

um vanguardista dos toureiros

portugueses da época.

Passou a fazer dupla com seu irmão Vicente,

figurando em cartaz com outras grandes figuras.

Em 1860, na arena do Campo Sant’ana, foi a sua

consagração. Esteve na inauguração da Praça

de Toiros de sua terra – Salvaterra de Magos,

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em 1 de Agosto de 1920, onde dirigiu a corrida,

tendo vindo a falecer em Dezembro daquele ano.

Após a sua morte, em testamento aperfilhou o

filho - Roberto da Fonseca Júnior, tendo este três

descendentes, duas raparigas e um rapaz.

Este, foi viver para Coruche, continuando a sua

genealogia, também a viver em Famalicão.

JOÃO ROBERTO DA FONSECA,

nasceu em Salvaterra de Magos, a 19 de Março

de 1860. Por ter o mesmo nome do pai, era

conhecido apenas por “João Roberto”, ficando

órfão de pai muito cedo,

encontrando nos seus tios

(Roberto da Fonseca e

Vicente Roberto), a necessária

protecção familiar. Também

enveredou pela vida artística,

como bandarilheiro,

influenciado pela fama dos

seus tios. A sua estreia nas arenas, foi em

Alcácer do Sal, a convite do avô do que viria,

mais tarde a ser “ mestre “ do cavaleiro, João

Núncio, onde a critica da especialidade lhe

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teceu grandes elogios e augurou bom futuro na

tauromaquia portuguesa.

Depressa os convites para actuar em praças

do país, surgiram, toureou em Vila Franca de

Xira, Santarém, Coruche. Numa corrida, em

1879, na Barquinha, fez parte do cartel,

actuando com as primeiras figuras, como seus

tios (Vicente Roberto e Roberto da Fonseca), e

Marcel Botas, os toiros eram da afamada

ganadaria Dr. Máximo da Silva Falcão, teve

uma actuação brilhante, ofuscando os seus

opositores.

Em muitas outras actuações, em praças de

Portugal e Espanha, esteve em confronto com o

também famoso bandarilheiro, José Peixinho.

Em 1882, ofereceu os seus préstimos em

benefício de uma creche, na praça do Campo

Sant`Ana (Lisboa). Por motivo de doença de

seu tio, Vicente Roberto, o público exigia a sua

presença com mais frequência. a actuar em

Lisboa, foi contratado por seis épocas. . Actuou

em todas praças de toiros do país, incluindo a

do Campo Pequeno.

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Na sua terra – Salvaterra de Magos, também

bandarilhou muitas vezes, em corridas

realizadas em praças construídas em locais

diferentes da vila.

Foi em Portalegre, no ano de 1895, que fez a

sua despedida das arenas, numa corrida em que

esteve magnifico a bandarilhar, conforme consta

nas crónicas da época.

Mais tarde, na sua terra, actuou num festival

de beneficência, mas sem o traje de luces.

Com a sua morte terminou, a mais notável

dinastia de toureiros que existiu em todos os

tempos, em Portugal.

A CASA AGRICOLA

O Toureiro João Roberto, retirado dos

aplausos das multidões, recolhe-se ao sossego

dos campos, e passou gerir a casa agrícola, e o

testamento, que seu tio Roberto Jacob da

Fonseca, que achou por bem deixá-lo como

testamenteiro. No seu solar, em várias salas,

guardava as recordações e valiosas prendas de

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que foi alvo., quando os aficcionados o

consideravam um ídolo em arena

Possuindo propriedades, nos concelhos de

Salvaterra de Magos, Benavente e Coruche, a

sua casa agrícola, para além de produzir cereais

de sequeiro, tinha no gado, especialmente nos

toiros o seu maior símbolo.

O ferro RR (Roberto & Roberto), era sempre

solicitado para actuar em arenas do país, e em

1931, 16 toiros da sua ganadaria, tinham sido

corridos, 8 em Tomar, e 8 em Estremoz.

.

Em 1939, já com 78 anos de idade era a

imagem viva da gratidão dos que ainda o não

tinha esquecido como ídolo, das arenas.

Da filantropia que sempre soube fazer,

recebeu muitos agradecimentos. Caso da

Misericórdia de Santarém, que em 14 de Maio de

1918, lhe atribuiu um diploma de honra, de

reconhecimento pela sua colaboração como

toureiro, e cedência dos toiros numa corrida

organizada pelo hospital. A Associação dos

Toureiros Portugueses, em 14 de Fevereiro de

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1924, confere-lhe em diploma o título de sócio

honorário. Em 1928, um diploma com data de

11 de Junho, é-lhe conferido pelo Ministério da

Guerra, pela presença do seu gado cavalar,

numa exposição de poldros. Depois da sua

morte, os seus filhos, Vicente Roberto da

Fonseca, (Dr.) Roberto da Fonseca, e João

Roberto Ferreira da Fonseca, deram seguimento

à actividade agrícola, e o gado passou a usar o

ferro: IR (Irmãos Roberto). Continuando a

criação de gado bravo, a nova ganadaria,

depressa ganhou respeito no público

aficcionado, e os artistas em praça só desejavam

lidar aquele tipo de gado, que lhes davam dias

de glória em praça. Entre eles contavam-se, os

mestres; Simão da Veiga, João Branco Núncio.

O século XX, estava a meio, a Casa do

Ribatejo, que nesse tempo vivia dias de grande

luzimento, não se esqueceu desta dinastia de

toureiros, que foram os Roberto (s). Em

aparatosa homenagem, onde o povo acorreu em

massa, descerrou uma placa de agradecimento,

que foi colocada na fachada num prédio da

família, na rua Cândido dos Reis, onde ainda se

encontra.

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Vicente Roberto

Ferreira da Fonseca

Dr. Roberto

Ferreira da

Fonseca

João Roberto

Ferreira da Fonseca

***********

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1920 – Toiros da Casa Roberto, na entrada para a corrida

Inaugural da Praça de Toiros de Salvaterra de Magos

1955 - Toiro da ganadaria IR (Irmãos Roberto), aproveitado

para reprodutor, depois de corrido em muitas praças

1957 - Manada de toiros bravos da ganadaria IR (Irmãos Roberto),

na Herdade dos Coelhos (Salvaterra de Magos)

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O TESTAMENTO

Roberto Jacob da Fonseca, que na sua

juventude foi bandarilheiro, tal como seu irmão

Vicente, granjeou fama e fortuna, nas arenas de

Portugal e Espanha. No seu último testamento,

deixou expresso toda a sua vontade, várias vezes

modificada, antes de falecer. Este último desejo,

foi fechado no dia 24 Agosto de 1920, tendo o

seu falecimento ocorrido no dia 8 de Maio de

1923, com 79 anos de idade.

. Uma certidão foi passada, por António Emiliano

Garrido da Silva, há época secretário da

administração do concelho de Salvaterra de

Magos, a pedido do seu testamenteiro, o sobrinho

João Roberto da Fonseca.

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“Eu, Roberto Jacob da Fonseca, solteiro, de setenta e nove

anos de edade, natural da freguesia da vila e concelho de

Salvaterra de Magos, onde resido, filho legítimo de António

Roberto da Fonseca e de Maria Gertrudes Roberto, já

falecidos, faço o meu testamento pela forma seguinte:

Seguinte: - Em primeiro lugar declaro que de mulher ser livre,

com quem podia casar: houve um filho que é Roberto da

Fonseca Júnior, casado, natural e morador em Salvaterra de

Magos e a quem pelo presente testamento eu reconheço e

perfilho, para que ele tenha e gose todos os direitos, que a lei

concede aos filhos perfilhados. – Pelas forças da metade livre

aliás, da metade, cuja livre desposição a lei me permite, deixo:

- A Dona Vitalina Paschoa (da Fonseca), solteira, de Salvaterra

de Magos, o seu uso fructo, de todas as minhas terras, para que

o gose enquanto viva for, ficando a propriedade das mesmas

terras a seus filhos, se, casando, e do matrimónio os vier a ter;

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e os não tendo, ficará do, aliás, ficará por sua morte a

propriedade dita a meu sobrinho João Roberto da Fonseca; no

caso de este ser falecido, ficará tal propriedade a seus filhos,

dele meu sobrinho. Ao dicto meu sobrinho João Roberto da

Fonseca deixo em plena propriedade todos os meus celeiros,

abegoarias e palheiros, incluindo o terreno das cavalariças, que

está por vedar, bem como a chamada casa da capela e da

machina.

- Com o ónus de ser meu primeiro testamenteiro. Como

especial demoustração da minha amizade, deixou-lhe todos os

meus brindes e objectos artísticos, que passarão para a sua

posse nas trez victrines que estão encerrados com os que

pertenceram a meu irmão Vicente Roberto, e a meu sobrinho já

pertencem, segundo disposição testamentaria do dito meu

irmão. Se á data da minha morte meu sobrinho fôr falecido

ficarão estes legados a seus filhos. – A cada um dos filhos de

meu sobrinho João Roberto da Fonseca, deixo a minha

corrente e relógio de ouro.

– Aos filhos de Roberto Anica, deixo duzentos escudos.

– A Vicente Anica deixo cento e cincoenta escudos.

– Deixo mais: - cento e cincoenta escudos a cada um dos

seguintes: António Anica- A João Carvalho Anica duzentos e

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cincoenta escudos, aos filhos do falecido Doutor Gregorio

Fernandes, um conto de reis para todos, e á Excelentíssima

Senhora Dona Sofia Rodrigues Fernandes trezentos escudos,

pedindo desculpa a todos da singela lembrança, que lhes deixo,

signal apenas da muito veneração em que tenho a memoria do

Doutor Gregorio Fernandes; a cada um dos meus afilhados:

Dona Amélia Garcia de Carvalho, Vicente Roberto Garcia de

Carvalho, Roberto Isaac da Nazareth, cento e cincoenta

escudos;

- A Vitalina Isaac, duzentos escudos; ao meu amigo Joaquim

Paulino Duarte, ou caso seja falecido, a sua esposa, duzentos

escudos, ao meu afilhado Armando Santos ficará pertencendo

o meu anel de brilhantes, que está em uma caixinha de metal

dentro da montra. A Manuel Aleixo de Carvalho, se á data

do meu falecimento estiver ao serviço da Sociedade Roberto &

Roberto, cento e cincoenta escudos; - aos meus velhos creados

Manoel Bernardino, Francisco Feijão, Miguel Galricho,

Roberto Gil e Francisco Morcego, se á data do meu

falecimento estiverem ao serviço da Sociedade Roberto &

Roberto, cem escudos a cada um; se alguns deles tiver

falecido no dito serviço, revertará a importância do seu legado

para seus legítimos herdeiros; - A cada creado que na minha

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casa, ou na sociedade Roberto & Roberto, tiver mais de cinco

anos de serviço, cincoenta escudos; - ao abegão Lino da Silva

duzentos escudos, se estiver de Roberto & Roberto, e, caso

tenha falecido nesse serviço, fica a mesma importância

cabendo a seus filhos; aos meus servidores Manoel Ribeiro e

Joaquim Almeida, se ainda o forem á data da minha morte,

cem escudos a cada; a Justa Pereira Lérias, duzentos escudos, e

a sua filha mais velha cincoenta escudos, a Maria das Dores

Carcereira, cem

escudos; a Urbina

Conceição e Rosa

Pirralha, se

estiverem ao meu

serviço, cem

escudos a cada uma; deixo ainda ao Hospital da Santa casa da

Misericórdia de Salvaterra de Magos, mil e quinhentos

escudos; ao Hospital da Santa

Casa da Misericórdia de Coruche, mil escudos, ao Hospital de

Jesus Christo da Santa casa da Misericórdia de Santarém,

Santarém, quinhentos escudos, ao Hospital da Misericórdia da

Figueira da Foz quinhentos escudos; Quero que aos pobres de

Salvaterra sejam distribuídos cento e cincoenta escudos em

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esmolas; e que por alma de meus paes e irmãos, se apliquem

trinta missas, e por minha alma vinte, todas de esmola não

inferior a um escudo; Se á data da morte existir Instituição que

destribua habitualmente sopa aos pobres de Salvaterra, quero

lhe sejam entregues duzentos escudos.

Se por enfelecidade dos que

precisam, tal instituição não

existir, será esta quantia

devidida por quinze jornaes,

sendo nove de Lisboa, á

escolha do meu

testamenteiro, e seis do Porto

á escolha do meu amigo

velho amigo Júlio Gama, Redactor das Gasetas das Aldeias, a

esses jornaes espero dever a fineza da distribuição pelos seus

pobres, das quantias que lhes forem entregues, deixando eu

aqui á Imprensa do meu paiz o meu agradecimento, pelo

carinho, com que sempre se referiu á minha família,

apreciando-nos como artistas. As contribuições a pagar pelo

usofructo das propriedades que fica a Dona Vitalina Paschoa

da Fonseca, e a devida pelos legados em dinheiro a

particulares, ficam a cargo da minha testamentaria. Todos os

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legados em dinheiro serão pagos em moeda corrente no paiz e

cumpridos dentro do ano posterior á minha morte. Quero que

por sua morte sejam depositados no meu jazigo a já referida

Dona Vitalina Paschoa da Fonseca e meu sobrinho João

Roberto da Fonseca, sua mulher e filhos, a não ser que, por sua

vontade ou de seus herdeiros hajam de o ser em outro local.

Nomeio meus testamenteiros: em primeiro lugar meu sobrinho

João Roberto da Fonseca, e em segundo lugar o meu amigo

Joaquim Ferreira Pedroza, a quem peço aceite este encargo e a

lembrança de trezentos escudos. Quero que dos benefícios

deste testamento seja excluído quem, sob qualquer protesto, ou

com qualquer intuito que não seja o de fazer cumprir

extremamente as suas, cláusulas. Tomar a iniciativa de sobre

ele levantar, aliás levantar litigio ou pleito. E, no caso por mim

não esperado, que tal se dê, se considedará como não excripto

tudo o que a esse referi. Quero que o meu funeral, modesto,

mas decente seja ordenado pelo meu testamenteiro. E assim

tenho feito o meu testamento, que quero revogue qualquer

outro que em data anterior, tenha feito. E declaro que o mandei

escrever, e que depois de o ter bem lido e conferido e achado

em tudo, conforme com a minha última vontade, rubriquei as

folhas e assigno no final, conscientemente e livre de qualquer

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coacção ou imposição. Em tempo declaro que os legados a

Urbina Conceição e Rosa Piralho serão de duzentos escudos, e

não de cem, como por lapso se escreveu. E tendo novamente

lido todo o meu testamento, achei em tudo conforme com a

minha ultima vontade e conscientemente e livremente o vou

assignar depois de ter rubricado as folhas, tendo tudo sido

encripto a meu rogo. Salvaterra de Magos, vinte e quatro de

agosto de mil novecentos e vinte. ainda em tempo uma

declaração: a meu sobrinho João Roberto da Fonseca, e na sua

falta a seus filhos, deixo como atrás digo todos os objectos

artísticos e brindes, com as vitrines em que estão guardados,

tanto os meus, como os que foram de meu irmão Vicente, quer

sobre este haja ou não disposição testamentária em favor do

dito meu sobrinho; porem quero que, comquanto se faça

arrolamento e avaliação desses objectos em qualquer tempo,

para efeitos convenientes, nunca a sua entrega possa ser

exigida sem que passe um ano sobre a minha morte. Uma vez

mais li todo o meu testamento, e parecendo-me nele deixar

bem expresso o meu pensamento o declaro a expressão da

minha última vontade, pelo que muito livre e espontaneamente

o vou assignar, depois de rubricar as folhas. Salvaterra de

Magos, vinte e quatro de Agosto de mil novecentos e vinte,

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aliás Salvaterra de Magos, vinte e quatro de Agosto de mil

novecentos e vinte (assignado) Roberto Jacob da Fonseca” -

Saibam quantos virem este auto de aprovação de testamento

cerrado, que aos vinte e quatro dias do mez de agosto do ano

de mil novecentos e vinte, nesta vila de Salvaterra de Magos e

escriptório da Firma Comercial Roberto & Roberto, na rua

denominada do almirante candido dos reis, onde vim eu

Notário Francisco César Gonçalves. O chamado do testador;

aqui estava pessoalmente presente Roberto Jacob da Fonseca,

solteiro, proprietário, de maior edade; Sui guris, anarador nesta

mesma vila de Salvaterra, e as trez testemunhas edoneas,

adeante nomeadas e no fim assignadas; e tanto eu notario

como as ditas testemunhas conhecemos aquele testador

Roberto Jacob da Fonseca pelo próprio e nos certificamos de

que ele está em seu perfeito juízo e de livre de toda e qualquer

coação. E por ele testador Roberto Jacob da Fonseca me foi

apresentado neste acto, em presença das mesmas testemunhas,

este testamento e disposição, declarando como ela é a sua

ultima vontade, o qual testamento, que eu vi, sem o ler está

escripto por pessoa diversa do testador, está rubricado e

assignado pelo mesmo testador, contem cinco laudas e mais

trez linhas de outra lauda e não tem borrão algum, entrelinhas,

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emenda, ou nota marginal. E por verdade lavrei este auto, que

principiei em logo em seguida á assignatura do testamento e o

continuei sem interrupção, sendo testemunhas a tudo presentes

desde o principio até ao fim. Carlos de Novaes Barreiros,

Chefe da Secretaria da Câmara Municipal deste concelho –

Manoel da Silva Robeiro, Chefe da Repartição de Finanças

deste mesmo concelho – e José de Vasconcelos, Thesoureiro

da Fazenda Publica deste concelho. Todos trez casados, de

maior edade, cidadãos portuguezes, hábeis para testemunhas,

residentes nesta vila de Salvaterra de Magos, os quaes todos

assignam, com os seus nomes a dita primeira testemunha

Carlos de Novaes Barreiros, o qual efectivamente o leu neste

acto, em voz alta pelo testador em lugar deste e vão agora

todos assignar, como fica dito. E eu referido Notário Francisco

César Gonçalves o escrevi e assigno em raso depois de

egualmente lida em voz alta esta declaração por mim Notário e

pela dita primeira testemunha para esse fim indicado pelo

testador. Declaro que li este auto de aprovação do meu

testamenteiro e o reconheci conforme a minha vontade – (ass)

Roberto Jacob da Fonseca. (assignados sobre duas estampilhas

fiscaes no valor total de um escudo e cincoenta centavos, e

devidamente inutilizadas) Roberto Jacob da Fonseca - Carda

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Silva Ribeiro – José de Vasconcelos – O Notário Francisco

César Gonçalves. Emolumentos seis escudos e cincoenta

centavos. Tem mais coladas duas estampilhas de contribuição

industrial no valor total de oitenta e dois centavos e uma

estampilha fiscal de um centavo e meio todas devidamente

inutilisadas e assignadas pelo Notário Francisco César

Gonçalves . (Na capa do testamento) Testamento de Roberto

Jacob da Fonseca, aprovado nesta vila de Salvaterra de Magos

aos vinte e quatro de Agosto de mil novecentos e vinte perante

mim Notário (ass) Francisco César Gonçalves. E nada mais

constava do dito testamento cerrado que bem e fielmente para

aqui fiz copiar em mão e poder do apresentante a quem o

entreguei do que dou fé. Foi lavrado nesta Administração o

respectivo auto de abertura apresentação e publicação deste

mesmo testamento, como consta do livro numero dois de autos

de abertura ou publicação de testamentos cerrados de folhas

um a folhas dois sob numero um. Administração do Concelho

de Salvaterra de Magos, oito de Maio de mil novecentos e

vinte e trez. António Emiliano Garrido da Silva. E por ser

verdade fiz passar a presente cópia de certidão que assigno e

vae autenticada com o selo branco desta secretaria”

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Anexo Fotográfico:

1920 - Roberto da Fonseca, dirige a Corrida, inauguração da Praça de Toiros de Salvaterra de Magos

Nota: Foto cedida por Graziela Silva, ao Jornal “Aurora do Ribatejo ,

quando dos 75 anos da inauguração da Praça de Toiros

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Fotos do Autor:

2007 - Casa construída por Roberto Jacob da Fonseca, e onde viveu * depois ocupada por seu 2º sobrinho Joâo Roberto Ferreira da Fonseca* em cima a placa de

homenagem, em 1951 da Casa do Ribatejo aos “Irmãos Roberto”

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2007 – Casa construída por Vicente Roberto da Fonseca, e onde viveu até à sua morte

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2007 – Casa construída por João Roberto da Fonseca, e onde viveu, após a sua morte foi ocupada pelo seu filho, Vicente Roberto Ferreira da Fonseca

2013 – Aluno da Escola Secundária Salvaterra de Magos, pinta a casa

Família Roberto (s)

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2007 – Casa onde viveu Vitalina Paschoa (Roberto)

2007 – Casa onde viveu Roberto da Fonseca Júnior (2ª moradia do lado esquerdo)

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2007 – Jazigo da família Roberto – Cemitério de Salvaterra de Magos

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Bibliografia:

* Revista “Branco e Negro” – Coimbra – 1897

* Revista “A Hora” - 1936

* Jornal Vale do Tejo – JVT * 2000

* Documentos de recolha do autor * Cópia Testamento

Fotos Usados s/ Legenda

* Pág.13–Irmãos Roberto, em grupo com o

Bandarilheiro Peixinho

* Pág. 23 – Troféus guardados na Casa

onde viveu Roberto Jacob da Fonseca

* pág. 26 – Armário/Vitrine, de um conjunto de três

em posse da família Roberto

*pág. 27 - Medalhão dos artistas; Roberto Jacob da

Fonseca e seu irmão Vicente Roberto da Fonseca,

esculpido na frente do seu Jazigo, cemitério de Salvaterra

de Magos.

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