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A FELICIDADE PARADOXAL O CONSUMO EMOCIONAL

A FELICIDADE PARADOXAL O CONSUMO EMOCIONAL. O CONSUMO DE STATUS O consumo conserva um forte potencial de prestígio. Os objetos...... são valorizados como

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A FELICIDADE PARADOXAL O CONSUMO EMOCIONAL

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O CONSUMO DE O CONSUMO DE STATUSSTATUS

O consumo conserva um forte potencial de prestígio. Os objetos...

... são valorizados como signos tangíveis de sucesso.

... são provas de ascensão e integração social.

... são vetores de consideração honorífica.

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O CONSUMO O CONSUMO EXPERIENCIALEXPERIENCIAL..

TESE: Passamos de um

consumo ostentatório a um consumo experiencial.

O status torna-se uma motivação secundária no consumo.

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A FELICIDADE A FELICIDADE PRIVADA.PRIVADA.

O julgamento do outro torna-se secundário diante do desejo de uma satisfação pessoal.

O consumo de status é substituído pelo consumo que visa o bem-estar pessoal.

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O CONSUMO O CONSUMO INTIMIZADO.INTIMIZADO.

A mercantilização moderna das necessidades é orquestrada por uma lógica desinstitucionalizada,subjetiva,emocional.

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Menos classificação...mais Menos classificação...mais experiência pessoal.experiência pessoal.

Hoje, queremos que o consumo nos permita: Ser mais independentes e

móveis. Sentir sensações. Viver experiências. Melhorar nossa qualidade de vida. Conservar juventude e saúde.

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A CIVILIZAÇÃO DO A CIVILIZAÇÃO DO HIPERCONSUMO.HIPERCONSUMO.

O império em que o sol da mercadoria e do individualismo extremo não se põe jamais.

Uma época na qual as despesas já não têm como motor o desafio, a diferença, os enfrentamentos simbólicos entre as pessoas.

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A CIVILIZAÇÃO DO A CIVILIZAÇÃO DO HIPERCONSUMO.HIPERCONSUMO.

A busca das felicidades privadas: a otimização de nossos

recursos corporais e relacionais;

a saúde ilimitada; a conquista de espaços e

tempos personalizados.

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O O CULTOCULTO DO NOVO. DO NOVO. Não é uma novidade. O interesse

pelo novo se impôs desde o fim da Idade Média a partir do surgimento da moda.

Mas durante muito tempo o culto do novo, “tudo o que é novo agrada”, restringiu-se ao círculo das pessoas abastardas.

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O O CULTOCULTO DO NOVO, DO NOVO, HOJE.HOJE.

Não possui mais fronteiras sociais, difundiu-se em todas as classes e em todas as idades.

Desejamos as novidades mercantis por si mesmas, em razão dos benefícios subjetivos que nos proporcionam.

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O O CULTOCULTO DO NOVO, DO NOVO, HOJE.HOJE.

O gosto pela mudança difundi-se universalmente quando o desejo de “moda” se espalha para além da esfera indumentária, colocando em segundo plano as lutas de concorrência por status.

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NOVAS FUNÇÕES SUBJETIVAS NOVAS FUNÇÕES SUBJETIVAS

DO CONSUMO.DO CONSUMO.

Os atos de compra, hoje, traduzem sobretudo as diferenças de idade, gostos particulares.

Traduzem ainda a identidade cultural e singular dos sujeitos sociais, mesmo que a partir dos produtos mais banais.

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UMA NOVA FUNÇÃO UMA NOVA FUNÇÃO IDENTITÁRIA.IDENTITÁRIA.

O consumo releva quem eu sou, como indivíduo singular, pelo que compro, pelos objetos que povoam meu universo pessoal e familiar, a maneira como os combino à minha maneira.

O consumidor da sociedade do hiperconsumo esforça-se mais ou menos conscientemente para responder à eterna questão antropológica: quem sou eu?

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O MARKETING O MARKETING EXPERIENCIAL.EXPERIENCIAL.

O consumo emocional: Louva-se, entre os teóricos do marketing

processos que possibilitem aos consumidores a vivência de experiências afetivas, imaginativas e sensoriais.

O ato de compra passa para uma lógica desinstitucionalizada e intimizada, centrada na busca das sensações e do maior bem-estar subjetivo.

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A PAIXÃO PELAS A PAIXÃO PELAS MARCASMARCAS

Qual o papel das marcas na sociedade do hiperconsumo? Não se vende mais um produto, mas

sim uma visão de mundo e de ser humano, um conceito, um estilo de vida associado ao imaginário que a marca desperta.

Por isso, a construção da identidade de marca encontra-se, hoje, no centro do trabalho da comunicação das empresas.

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A PAIXÃO PELAS A PAIXÃO PELAS MARCASMARCAS

A lógica subjetiva do neo-individualismo cria mais satisfações para si do que em vista da admiração e da estima de outrem.

O que importa não é mais “impressionar” os outros, mas sim confirmar seu valor aos seus próprios olhos, estar satisfeito consigo mesmo.

Trata-se do desejo de ser uma pessoa de qualidade, sem rivalizar com o outro.

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HIPERCONSUMO E HIPERCONSUMO E ANSIEDADE.ANSIEDADE.

A centralidade no sujeito provoca dúvidas e temores individuais relativos ao consumo que antigamente era organizados pelas tradições de classe e, portanto, eram evidentes.

Daí termos o desejo de não querer parecer menos que os outros, temos o imaginário da igualdade. A marca faz aqui seu papel na medida em que quer possibilitar a participação inteira e igual no mundo da moda, da juventude, do consumo.

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HIPERCONSUMO E HIPERCONSUMO E ANSIEDADE.ANSIEDADE.

É preciso entender o fenômeno do hiperconsumo como uma das manifestações do individualismo igualitário.

O logotipo, a marca, se reveste, pois, de uma grande importância porque permite a inclusão reivindicada pelo eu e não mais como sendo um destino social ou familiar, ou outro qualquer.

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PODER E IMPOTÊNCIA DO CONSUMIDOR

Consumo e aquisição de coisas se relaciona a um “mais-poder” sobre a organização da própria vida:

Tempo, espaço, corpo.

Vontade de poder: domínio sobre si mesmo e o mundo.

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MEDICALIZAÇÃO DO CONSUMO.

A saúde erigida em valor primeiro e aparecendo como preocupação onipresente: Curar doenças já não

basta. É preciso prever o

futuro.

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SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA.

Alimentos.

Turismo.

Habitat.

Cosméticos.

Medicalização da vida e do consumo.

Hiperconsumo médico: angústia crescente relacionada ao corpo e à saúde.

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O controle sobre o corpo: a produção farmacológica de si.

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O corpo, entregue à “livre” disposição do sujeito.

Cirurgia estética.

Psicotrópicos: substâncias químicas que “desde fora” modificam os estados psicológicos, os dissabores da vida: fadiga, ansiedade, insônia,...

Produção de estados afetivos sob encomenda.

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A MEDICALIZAÇÃO DO EXISTENCIAL.

O sujeito renuncia a todo esforço pessoal e entrega-se à onipotência dos produtos químicos que agem sobre ele, sem ele.