10
A FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE Consiste no não cumprimento da Constituição, por acção ou omissão, órgãos do poder político. 1. Enquanto desconformidade de um acto do poder político em relaçã é um corolário do princípio da hierarquia das normas necessidade de garantia da própria Constituição ". #eis que contenham normas opostas às constitucionalmente consagradas, os tri!unais não a aplicam aos casos concretos que forem surgindo $. #eis que pro%enham do órgão que a Constituição não considere co inconstitucional é declarada como ine&istente, logo que o órgão competente %erifique o seu defeito. A inconstitucionalidade por acção e oissão ' 1. !or acção ' deri%a de um comportamento positi%o dos órgãos político tradu()se numa actuação do poder político contrária às normas c *"++. - ". !or oissão ' resulta de um comportamento negati%o, de um órgão se editar um acto cua prática sea e&igida pela Constituição Fiscali"ação da constitucionalidade das leis 1. #r$ãos pol%ticos ' / *comum- e quem rece!a missão especial de e&amin constituição das leis *especial- ". #r$ãos &urisdicionais ' qualquer tri!unal ordinário *comum- e o 0C *esp quem ca!e a e&clusi%idade da declaração da inconstitucionalidad A inconstitucionalidade aterial' (oral e or$)nica ' 1. *aterial ') uando e&iste uma contradição entre o conte2do do político e o conte2do das normas constitucionais, ou sea, se r preceitos que esteam em contradição com a doutrina constituc esta!eleça pena de morte, %iola o artigo "5. - ". Foral ') uando um acto do poder político é praticado sem que se todos os tr6mites pre%istos nas normas constitucionais ou sea, sido pu!licada sem terem seguido, na sua ela!oração, os tr6mite Constituição3 * 4ma lei que sea pu!licada, sem ter a assinatur sido promulgada, %iola os artigos 1$+. e 1$8. - $. Or$)nica ') uando o acto do poder político é emanado de um órgão de compet:ncia para a sua prática, face às normas constituciona

A Fiscalização Da Constitucionalidade

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A Fiscalização Da Constitucionalidade

Citation preview

A FISCALIZAO DA CONSTITUCIONALIDADEConsiste no no cumprimento da Constituio, por aco ou omisso, por parte dos rgos do poder poltico.1. Enquanto desconformidade de um acto do poder poltico em relao constituio, um corolrio do princpio da hierarquia das normas jurdicas e tambm da necessidade de garantia da prpria Constituio2. Leis que contenham normas opostas s constitucionalmente consagradas, os tribunais no a aplicam aos casos concretos que forem surgindo3. Leis que provenham do rgo que a Constituio no considere competente, a lei inconstitucional declarada como inexistente, logo que o rgo competente verifique o seu defeito.A inconstitucionalidade por aco e omisso:1. Por aco: deriva de um comportamento positivo dos rgos polticos do Estado e traduz-se numa actuao do poder poltico contrria s normas com constitucionais (277.)2. Por omisso: resulta de um comportamento negativo, de um rgo se abstenha de editar um acto cuja prtica seja exigida pela ConstituioFiscalizao da constitucionalidade das leis1. rgos polticos: AR (comum) e quem receba misso especial de examinar a constituio das leis (especial)2. rgos jurisdicionais: qualquer tribunal ordinrio (comum) e o TC (especial) a quem cabe a exclusividade da declarao da inconstitucionalidadeA inconstitucionalidade material, formal e orgnica:1. Material:- Quando existe uma contradio entre o contedo do acto do poder poltico e o contedo das normas constitucionais, ou seja, se resulta de a lei conter preceitos que estejam em contradio com a doutrina constitucional; (Uma lei que estabelea pena de morte, viola o artigo 24.)2. Formal:- Quando um acto do poder poltico praticado sem que se tenham seguido todos os trmites previstos nas normas constitucionais ou seja, se resulta de a lei ter sido publicada sem terem seguido, na sua elaborao, os trmites estabelecidos na Constituio; (Uma lei que seja publicada, sem ter a assinatura do PR, isto sem ter sido promulgada, viola os artigos 137. e 139.)3. Orgnica:- Quando o acto do poder poltico emanado de um rgo que no dispe de competncia para a sua prtica, face s normas constitucionais, ou seja, se resulta de a lei provir de um rgo que no aquele de que constitucionalmente deve emanar. (Um DL emanado do Governo sobre as Bases do Sistema de Ensino, viola o artigo 164-I). que s reconhece competncia para legislar sobre esta matria AR)Inconstitucionalidade originria: implica que um acto jurdico-pblico colida desde o momento da sua formao com a Constituio (282.-1) (a norma contraria a constituio desde o momento em que surge no ordenamento)Inconstitucionalidade superveniente: ocorre quando um acto originariamente conforme com a Constituio entra posteriormente em confronto com uma norma constitucional que inicia vigncia em momento sucessivo ao primeiro acto (282.-2) (no momento em que a lei aparece no h problemas de inconstitucionalidade, que surgem depois, ora porque aparece uma nova Constituio, ora porque h uma reviso constitucional)Vcios: Consiste na deformidade de que um acto enferma pelo facto de os seus pressupostos ou elementos violarem a ConstituioO desvalor pode ser:1. Inexistente (Promulgao):- um vcio to grave, que implica a no produo de quaisquer efeitos jurdicos, independentemente da declarao de qualquer rgo ( falta de assinatura do PR) (Inidentificabilidade formal e material: Improduo total de efeitos jurdicosInsanabilidade.Totalidade.Inconvertibilidade.Inexecutoribilidade pelo poder poltico.Motiva o direito de resistncia.No necessita de declarao jurisdicional.No vincula ao princpio do respeito dos casos julgados)2. Invalidades inaptido de um acto inconstitucional para produzir a totalidade das consequncias jurdicas que lhe corresponderiam se o mesmo fosse conforme a Constituio e cujo regime, (o desvalor-tipo 3.-3) e modalidades sancionatrias, a nulidade atpica (fiscalizao abstracta sucessiva) e a privao de eficcia (fiscalizao sucessiva concreta) Nulidade e Anulabilidade, Imediatidade. Insanabilidade. Redutibilidade. Incaducabilidade. Absolutidade. Necessidade de conhecimento e declarao jurisdicionais. Susceptibilidade de apreciao por qualquer tribunal. Oficiosidade. Natureza declarativa da interveno jurisdicional no tocante apreciao da inconstitucionalidade e da invalidade3. Irregularidade um desvalor imprprio, desprovido de sano, que pressupe que actos inconstitucionais existentes e viciados por deformidades orgnico-formais no graves possam continuar a produzir os seus efeitos jurdicos, como se de normas vlidas tratassem e cujo regime, o tpico do 277.-2 e o seu alargamento para outras situaes anlogas Existe acto.O vicio respeita competncia ou forma.Menor gravidade do vicio em comparao com invalidade.Relevo de interesse pblico julgado em concreto4. Ineficcia jurdica (publicao):- os rgos com competncia para aplicar as normas jurdicas (tribunais) no as aplicam aos casos concretos que vo surgindo No produo de efeitosFISCALIZAO PREVENTIVAControlo/barreira dos actos pr-normativos constitucionais, antes do controlo de mrito ou efeitos jurdicos (278.), que concentrada, por via principal e necessariamente abstractaCompetncia1. Comum: facultativoa) O PR pode requerer o controlo de constitucionalidade de actos legislativos sujeitos sua promulgao e de tratados e acordos internacionais sujeitos, respectivamente, sua ratificao e assinatura; (278.-1)b) Os Representantes da Repblica nas regies autnomas podem requerer a fiscalizao de decretos legislativos regionais sujeitos sua assinatura (278.-2)c) No caso de leis orgnicas, o controlo tambm pode ser requerido pelo 1. Ministro ou por 1/5 dos Deputados AR em efectividade de funes (278.-4)2. Especiais: o PR, ao nvel do Referendo obrigado a solicit-la, por via do instituto da representatividade democrtica directa.3. Orgnica: Deriva dos pressupostos processuais, sendo que a competncia do TC, e cuja deciso feita em PlenrioRequisitos: os Actos Pr-normativos (actos em formao) e como excepo o referendo por ser uma norma atpica.Objecto: Objecto de fiscalizao: actos legislativos e convenes internacionaisPronncia da Inconstitucionalidade: uma sentena que se regula por contedos jurisdicionais.FISCALIZAO SUCESSIVA ABSTRACTAControlo por via directa que impugna a constitucionalidade (281.-1,a) e a legalidade (281.-1, b), c) e d), de quaisquer normas j publicadas que concentrada, por via principalPrincpios a respeitar genericamente pelo TC: Princpio de pedido; princpio do duplo nus de impugnao; Princpio da vinculao ( fiscalizao de normas pedidas, mas no quanto fundamentao artigo 51, n. s 1 e 5 da LTC: Nota: Ver artigos 62 a 66 da Lei do TC, para regras especficas para fiscalizao sucessiva abstracta.Competncia: um poder funcional das entidades atribudo em funo do cargo que ocupa (no um direito) e h exclusividade do TC. (223/1 e 281) cuja deciso feita em Plenrio1. Genrico: PR, o Presidente da AR, PM, Provedor Justia, PGR, 1/10 dos Deputados AR (282.-2, a) a f))2. Limitado: Ministros da Repblica, ALR e respectivos presidentes ou 1/10 dos seus deputados, bem como os presidentes dos governos regionais, mas quando o pedido se fundar em violao dos direitos das regies autnomas3. Especial: Um cidado no pode dirigir-se directamente ao TC, podendo nesse caso fazlo atravs do Provedor de Justia (52 e 23)4. Geral: Possibilidade dos juzes ou MP do TC, na sequncia de ter sido declarada inconstitucionalidade em 3 casos concretos. (281/3). No excepo ao critrio geral da passividade geral dos juzes, por fora do 204, j no tribunal comum estes se encontrariam obrigados a verificar a constitucionalidade de uma norma. Contudo, em regra o MP do TC que acciona o mecanismoPrazo: Pode ser formulado a qualquer altura (281 e 62/1 LTC)Efeitos da declarao de inconstitucionalidade e ilegalidade: Gerais: Fora obrigatria geral (a norma desaparece do ordenamento jurdico e no mais pode ser aplicada 282.-1)1. Retroactivos efeitos ex tunc (282 -2 e n. 1 1 parte), ou seja, se a inconstitucionalidade originria (produz efeitos desde o momento da entrada em vigor da norma ordinria e h repristinio das normas anteriormente revogadas) ou superveniente (produz efeitos desde a entrada em vigor da norma constitucional e no h repristinao)2. Ressalvados os casos julgados (282 -3 e 29- 4), salvo deciso em contrrio do TC (282.-3)3. O TC pode limitar os efeitos nos termos do artigo 282, n4, quer por razes jurdicas quer por razes polticas interesse pblicoObjecto1. Poder fiscalizar qualquer tipo de norma independentemente da sua forma (281./1,a))2. Pedir tambm a declarao de ilegalidade das normas (contra leis gerais da Repblica e leis de valor reforado (281-1)3. Eliminao da norma e dos efeitos que haja produzidoOs Fins:1. Destina-se a remover normas feridas de inconstitucionalidade (282)2. Reparar consequncias negativas que tenha a norma gerado em casos concretos.3. Tem uma funo complementar fiscalizao preventiva e da fiscalizao concretaTipo1. um processo autnomo2. O desvalor regra a invalidade mas pode ser declarada a inexistncia ou irregularidade3. Tem como consequncia que o acto normativo j foi introduzido no sistema, que a norma questionada enquanto norma e no na sua aplicao ao caso concreto.4. O acto pode ser sindicado aquando do perodo da Vacatio Legis (ja foi publicado mas ainda no est aplicvel)

FISCALIZAO CONCRETA assim designada por ocorrer justamente a propsito da aplicao, pelos tribunais, da norma questionada a um caso concretoTem hoje um modelo misto, simultaneamente difuso, porque todos os tribunais podem intervir, e concentrado, na medida em que ao TC que cabe a ltima palavra.Quem pode recorrer ao TC1. Partes (defesa subjectiva) nunca obrigatrio (280, n. 4 CRP e artigo 75A LTC)2. Ministrio Pblico (defesa objectiva defesa da integridade do ordenamento jurdico) h casos em que obrigatrio (280- 3 e 5)Controlo1. Ao tribunal perante o qual o caso se encontra pendente (204) dado que todos os tribunais portugueses tm competncia para apreciar a conformidade com a Constituio das normas que hajam de aplicar, e tm mesmo o dever de no aplicar aquelas que considerem inconstitucionais;a) Das decises dos tribunais "comuns" que decidam questes de constitucionalidade, cabe recurso (280 da CRP e 70 da LTC) restrito apreciao dessa questo, para o Tribunal Constitucional (mas no faz cessar o processo (204.)b) Para que as partes possam fazer apreciar pelo TC a constitucionalidade de uma norma, necessrio que previamente tenham suscitado a questo, sem xito, perante o tribunal onde corre a respectiva causa (isto , a causa resolvida por aplicao da norma questionada) ou, ento, que a mesma norma j tivesse sido, anteriormente, julgada inconstitucional pelo prprio TC ou pela Comisso Constitucional.c) H sempre recurso para o Tribunal Constitucional das decises dos restantes tribunais que recusem aplicar determinada norma com fundamento em inconstitucionalidade, sendo obrigatrio para o MP quando estejam em causa normas constantes dos mais importantes diplomas normativos (isto , de convenes internacionais, actos legislativos ou decretos regulamentares). Em qualquer das situaes possveis trate-se de recurso de deciso que no aplicou uma norma, por julg-la inconstitucional, trate-se de recurso de deciso que no atendeu a impugnao da constitucionalidade de uma norma e a aplicou , a deciso do Tribunal Constitucional no tem fora obrigatria geral, ou seja, s vale no processo judicial em que proferida. d) Caso o TC venha a julgar inconstitucional a mesma norma em trs casos concretos diferentes, fica aberta a possibilidade de vir a apreci-la em processo de fiscalizao abstracta, normalmente a requerimento do MP (281-3 CRP, e 82 da LTC), e a deciso que a declare inconstitucional essa norma j tem fora obrigatria geral (erga omnes)2. Quando os recursos para o TC no sejam admitidos nos tribunais"comuns" onde se suscitaram as questes de constitucionalidade, podem as partes apresentar reclamao, que decidida pelo prprio TC3. O TC julga normalmente em seco,a) O Presidente, com a concordncia do Tribunal, pode determinar que o julgamento seja feito em plenrio de ambas as seces, quando tal seja justificado em funo da questo a decidir ou para evitar divergncias jurisprudncias (79-A da LTC);b) Caso uma das seces venha a julgar uma questo de inconstitucionalidade ou de ilegalidade em sentido divergente de jurisprudncia anterior do Tribunal, cabe recurso para o plenrio (79-D da LTC).EfeitosA deciso vincula apenas as partes presentes no processo (a nvel subjectivo ou pessoal), uma vez que a nvel material o que fica definida a questo jurdico-constitucional (280.-6 da CRP e 71. e 80. da LTC)a) Trata-se aqui de uma deciso de desaplicao (o que acontece que unicamente naquele caso a norma no vai ser aplicada) e que no vincula para o futuroProcessos de fiscalizao da legalidadeNa fiscalizao da legalidade (normas provenientes de rgos de soberania, no tocante sua compatibilidade com os estatutos das regies autnomas; das normas emitidas pelos rgos das regies autnomas, relativamente ao respeito dos respectivos estatutos e das leis gerais da Repblica; de quaisquer normas constantes de actos legislativos, no que se refere sua conformidade com lei de valor reforado), os modos do seu exerccio so paralelos e idnticos aos previstos para a fiscalizao da constitucionalidade (280 e 281), com excluso da fiscalizao preventiva, que no a admitida, e do controlo por omisso, que no faria a sentido.1. Uma outra hiptese ocorre em controlo concreto: das decises dos tribunais que recusem a aplicao de norma constante de acto legislativo com fundamento na sua contrariedade com uma conveno internacional, cabe recurso para o TC (obrigatrio para o MP) restrito s questes de natureza jurdico-constitucional e jurdico-internacional implicadas na deciso recorrida (70-1, alnea i), e 71- 2 da LTC].FISCALIZAO POR OMISSOControlo de omisses absolutas geradas pela no emisso de legislao que d exequibilidade a normas no exequveis por si prprias (283.)Legitimidade activa: Podem suscitar a fiscalizao o PR, o Provedor da Justia e os presidentes das assembleias legislativas das regies autnomas (quando estejam em causa os direitos de uma regio autnoma) (283.-1)1. Para efeitos da fiscalizao da constituio apenas relevam as omisses legislativas (283-1) necessrias para dar exequibilidade a normas constitucionais2. Tambm possvel falar de ilegalidade por omisso, no caso de falta de Regulamento cuja existncia determinada por lei. (199,alnea c))3. Outros casos de omisso em sentido lato (205, n. 3 e 242, n. 3.)Efeitos:1. O TC quando aprecia e verifica a inconstitucionalidade por omisso deve ter em conta as circunstncias concretas de poltica legislativa (ou seja, considerar se as normas em falta j deviam e podiam ter sido elaboradas, o que implica no fundo avaliar das condies ou possibilidade de legislar)2. Se o TC concluir pela existncia de uma omisso, no pode ele, porm, editar a norma ou normas em falta, nem sequer ordenar ao rgo para tanto competente que o faa (limitar-se-, sim, a "verificar" a existncia de inconstitucionalidade por omisso, e a "dar conhecimento" disso quele rgo legislativo)Tribunal constitucionalAs competncias do Tribunal Constitucional so mltiplas e variadas, e encontram-se fixadas na Constituio da lei.1. Competncias em geral:a) Apreciar a inconstitucionalidade de quaisquer normas, bem como apreciar a ilegalidade de normas constantes de actos legislativos (quando violem a lei com valor reforado), de normas constantes de diplomas regionais (quando estejam em contradio como estatutos da respectiva regio autnoma ou com lei geral da Repblica) e de normas constantes de diplomas emanados dos rgos de soberania (quando conflituem com o estatuto de uma regio autnoma). Nos termos do disposto nos artigos 277 e seguintes da CRP e 6 da LTC,b) Verificar a morte e declarar a impossibilidade fsica permanente do PR, bem como verificar os impedimentos temporrios e a perda do cargo (223-2,alneas a) e b) CRP, e 7 da LTC)c) Competncia para julgar os recursos relativos perda do mandato de Deputado AR ou s assembleias legislativas regionais (223- 2, alnea g), da CRP, e 7-A da LTC)d) Em matria de contencioso eleitoral o TC intervm no processo1. Relativo eleio do PR, recebendo e admitindo as candidaturas e decidindo os correspondentes recursos, verificando a desistncia, a morte ou incapacidade dos candidatos, enfim, julgando os recursos interpostos de decises proferidas sobre reclamaes e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleies presidenciais;2. No que respeita s eleies para a AR, assembleias legislativas regionais e rgos representativos autrquicos, julga os recursos em matria apresentao de candidaturas e de irregularidades ocorridas no processo eleitoral3. Nas eleies para o Parlamento Europeu, recebe e admite as candidaturas e decide os correspondentes recursos do processo eleitoral.4. O Tribunal julga ainda os recursos das eleies realizadas na Assembleia da Repblica e nas assembleias legislativas regionais (8 da LTC).e) Quanto aos referendos nacionais, o Tribunal Constitucional intervm fiscalizando previamente a sua constitucionalidade e legalidade.f) O Tribunal julga tambm os recursos relativos a irregularidades ocorridas no decurso da votao e das operaes de apuramento (223, n. 2, alnea f), da CRP e 11 da LTC]g) No que diz respeito aos referendos regionais e locais, o Tribunal Constitucional intervm igualmente na fiscalizao prvia da sua constitucionalidade e legalidade e no julgamento dos recursos relativos a irregularidades ocorridas no decurso da votao e das operaes de apuramento dos resultados (223, n. 2, alnea f), da CRP e 11 da LTC)h) Aceitar a inscrio de partidos polticos, coligaes e frentes de partidos, apreciar a legalidade e singularidade das suas denominaes, siglas e smbolos, e proceder s anotaes a eles referentes que a lei imponha; compete-lhe tambm julgar as aces de impugnao de eleies e de deliberaes de rgos de partidos polticos que, nos termos da lei, sejam recorrveis, apreciar a regularidade e a legalidade das contas dos partidos e aplicar as correspondentes sanes e, bem assim, ordenar a extino de partidos e de coligaes de partidos (9 da LTC).i) Cabe declarar que uma qualquer organizao perfilha a ideologia fascista, e decretar a respectiva extino, nos termos da Lei n. 64/78, de 6 de Outubro (10 da LTC).j) Procede ainda ao registo e arquivamento das declaraes de patrimnio e rendimentos e das declaraes de incompatibilidades e impedimentos que so obrigados a apresentar os titulares de cargos polticos ou equiparados, e decide acerca do acesso aos respectivos dados (11-A da LTC).2. Competncias em especiala) Fiscalizao da conformidade de normas jurdicas (das leis e dos decretos-lei) com a Constituio. Aquela em que mais especificamente se manifesta e avulta o papel de "guarda" ou garante ltimo da Constituio, que esta mesma lhe confia.b) Fiscalizar, por um lado, a conformidade das normas jurdicas provenientes dos rgos das regies autnomas com os respectivos estatutos e com as leis gerais da Repblica; e, por outro lado, a conformidade das normas emitidas pelos rgos de soberania com os direitos reconhecidos a cada regio autnoma pelo correspondente estatuto. No exerccio desta competncia de controlo da legalidade, o Tribunal chamado a garantir o correcto funcionamento do regime autonmico constitucionalmente estabelecido para os Aores e para a Madeira, e o respeito pela repartio de poderes efectuada, no quadro dessa autonomia, entre os rgos centrais do Estado e rgos regionais.c) Fiscalizar o respeito devido s leis de valor reforado, nomeadamente s leis orgnicas, pelas normas contidas em actos legislativos.