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A Folha No mundo em que hoje vivemos, parece à partida que a edição de um jornal em papel é ridícula...ou que não faz sentido… ou que está ultrapassada… mas engana-se quem assim pensa! Em qualquer altura da vida e em qualquer lugar do mundo a forma de nos expres- sarmos em “Liberdade” será sem- pre uma vitória. Este pequeno jornal, “A folha”, é prova disso. Queremos continuar de uma for- ma tradicional, mesmo sendo le- galmente neste contexto uma das formas possíveis, podermos ma- nifestar os pensamentos, ideias, vontades e trabalhos de todos os que estão envolvidos neste con- texto escolar. Todos sabemos que hoje as novas tecnologias são, de uma forma geral, mais aliciantes, no entanto pegar numa caneta e escrever o que nos vai alma, vai com certeza encher mais papel, e encher mais corações. Por isso, se eu fosse uma ca- neta não ficava deitada na mesa… guardada num canto qualquer… serviria para tentar mudar também qualquer coi- sa… Já pensaram, realmente, na força que uma caneta tem??? Pensem nisso… mas pensem com vontade!!! Professora Águeda Antunes E se eu fosse uma caneta…. Esta frase, tantas vezes cantada pelo nosso querido e famoso artista Jorge Palma, e entoada pelos milhares de fás, não podia estar mais certa. De facto, en- quanto houver estrada para an- dar , a gente vai continuar. E nes- se sentido iremos continuar a escrever este jornal no seguimen- to das duas últimas edições. Os desafios quando são lançados parecem muitas vezes inatingí- veis, mas de um certo modo podem ser uma alavanca para fazermos mais e melhor. Por isso, agradecemos a todos os que livremente quiseram con- tribuir para que esta folha volte a brotar, ou até se qui- sermos, que volte a voar livremente. Bem hajam! Professora Águeda Antunes Enquanto houver estrada para andar... Jornal da Escola do Estabelecimento Prisional do Linhó Junho de 2016 Volume 1, Edição 3 Início do Ano Letivo 0 Cursos CPJ 2,3 Textos dos reclusos a concurso 11 Semana Cultural 4, a 15 Testemunhos dos professores 7,9, 10,19 Testemunhos dos formandos 16,20, 21,22 Outros trabalhos dos forman- dos 23, 24, 25 Nesta edição: Pontos de interesse especiais: Imagens da semana cultural Cursos da CPJ Testemunhos dos formandos Testemunhos dos formadores

A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

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Page 1: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

A Folha

No mundo em que hoje vivemos,

parece à partida que a edição de

um jornal em papel é ridícula...ou

que não faz sentido… ou que está

ultrapassada… mas engana-se

quem assim pensa! Em qualquer

altura da vida e em qualquer lugar

do mundo a forma de nos expres-

sarmos em “Liberdade” será sem-

pre uma vitória. Este pequeno

jornal, “A folha”, é prova disso.

Queremos continuar de uma for-

ma tradicional, mesmo sendo le-

galmente neste contexto uma das

formas possíveis, podermos ma-

nifestar os pensamentos, ideias,

vontades e trabalhos de todos os

que estão envolvidos neste con-

texto escolar. Todos sabemos que

hoje as novas tecnologias são, de

uma forma geral, mais aliciantes,

no entanto pegar numa caneta

e escrever o que nos vai alma,

vai com certeza encher mais

papel, e encher mais corações.

Por isso, se eu fosse uma ca-

neta não ficava deitada na

mesa… guardada num canto

qualquer… serviria para tentar

mudar também qualquer coi-

sa…

Já pensaram, realmente, na

força que uma caneta tem???

Pensem nisso… mas pensem

com vontade!!!

Professora

Águeda Antunes

E se eu fosse uma caneta….

Esta frase, tantas vezes cantada

pelo nosso querido e famoso

artista Jorge Palma, e entoada

pelos milhares de fás, não podia

estar mais certa. De facto, en-

quanto houver estrada para an-

dar , a gente vai continuar. E nes-

se sentido iremos continuar a

escrever este jornal no seguimen-

to das duas últimas edições. Os

desafios quando são lançados

parecem muitas vezes inatingí-

veis, mas de um certo modo

podem ser uma alavanca para

fazermos mais e melhor. Por

isso, agradecemos a todos os

que livremente quiseram con-

tribuir para que esta folha volte

a brotar, ou até se qui-

sermos, que volte a

voar livremente.

Bem hajam!

Professora

Águeda Antunes

Enquanto houver estrada para andar...

Jornal da Escola do Estabelecimento Prisional do Linhó

Junho de 2016

Volume 1, Edição 3

Início do Ano Letivo 0

Cursos CPJ 2,3

Textos dos reclusos a concurso 11

Semana Cultural 4, a 15

Testemunhos dos professores 7,9, 10,19

Testemunhos dos formandos 16,20, 21,22

Outros trabalhos dos forman-dos

23, 24, 25

Nesta edição:

Pontos de interesse especiais:

Imagens da semana

cultural

Cursos da CPJ

Testemunhos dos

formandos

Testemunhos dos

formadores

Page 2: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

Em outubro de 2014, deu

início mais um curso EFA de

nível secundário promovido

pelo Centro Protocolar de

Formação Profissional para o

Sector da Justiça, como uma

nova aposta, pois nunca se

tinha ministrado esta área –

Técnico de Apoio à Gestão

Desportiva. A meu ver, uma

aposta ganha no que diz res-

peito ao número de forman-

dos que terminaram o curso,

assim como a forma como

desenvolveram as suas capaci-

dades e as competências que

adquiriram.

Ao longo destes dois anos,

muitos momentos me ficarão

na memória, de boa disposi-

ção, de positivismo, de res-

ponsabilidade, de empenho e

de vontade de mudar, porque

são estes os que quero recor-

dar.

Parabéns a todos e que tudo o

que levam daqui vos permita

fazer a diferença nas vossas

vidas.

A mediadora Maria do Céu

Gonçalves

Curso de Técnico de Apoio À Gestão Desportiva

Os formandos do

Curso de técnico de

apoio à Gestão

desportiva visto pela

professora de CLC

Teresa Machado

Página 2 A Folha Volume 1, Edição 3

A diferença entre o impossível e o possível reside na determinação de um homem. – Tommy Lasorda

Ser derrotado é normalmente uma condição tempo-

rária. Desistir é o que a faz permanente. “Marilyn vos

Savant, Cronista”

Simpáticos mas preguiçosos

eis a turma dos desportistas

Se fossem mais estudiosos,

seriam uns grandes cientistas. O Jailson é refilão

mas faz tudo no final.

Tem um bom coração

e sabe ser excecional.

O Edvaldo com calma,

vai devagar, devagarinho.

É uma boa alma,

que não se arma

em espertinho.

Superando as dificuldades,

o Malagueta destacou-se.

Aproveitou as oportunidades

e nos trabalhos esmerou-se

O Valério é esforçado

E assim vai conseguindo.

Um formando dedicado

No portefólio progredin-

do.

Sempre a falar,

eis o Josimar vaidoso.

Gosta é de passear,

fingindo ser estudioso.

O Fredilson caladinho

Lá se vai aplicando.

Um aluno educadinho

E um excelente formando

Em cima da jogada,

Está o Flávio à espreita.

A carteira é uma baralhada,

Mas os trabalhos ajeita.

E para finalizar

Eis o Carriere na boa.

Para além de estudar,

Tenta ser boa pessoa.

Formandos que conheci,

Durante este ano letivo.

E por tudo o que vi,

Deixo-vos um abraço

afetivo!

Bem hajam!

A formadora de CLC,

Teresa Machado

Page 3: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

Curso de Padaria /Pastelaria

No âmbito das sessões de Apren-

der com Autonomia, os forman-

dos do curso de Pastelaria/

Panificação começaram a traba-

lhar o seu tema de vida – O pão

e a doçaria ao longo da histó-

ria – apresentando, aqui, uma

primeira parte deste trabalho de

pesquisa.

Tudo começou com os Lusitanos

há 2800 Anos. Na base dos bolos

estavam a farinha de bolota e o

mel, já que a farinha de cereais

não abundava na Lusitânia e o

açúcar não era conhecido. A

confeção de doces ocorria so-

mente em épocas de festa e desti-

nava-se aos membros do “clã”.

Com a chegada dos Romanos, há

cerca de 1800 anos, os doces

eram vendidos nas ruas e praças

das cidades, nesta altura já com

farinhas de cereais e o açúcar

excecionalmente, e em casa de

pessoas ricas e como condimento

especial.

Com a queda do Império Roma-

no, os doces passaram a ser con-

fecionados nos mosteiros ou

conventos e nas sés.

A conquista da Hispânia pelos

Mouros possibilitou o desenvol-

vimento da agricultura e o cultivo

e a refinação do açúcar nas costas

do Mediterrâneo. Este desenvol-

vimento chegou ao sul do Tejo

onde eram plantados a Laranjeira,

o Limoeiro, e a amendoeira, além

de outras árvores de frutos. Isto

explica o desenvolvimento da

doçaria Regional Algarvia. No

norte de Portugal, cristão, a evo-

lução do comércio de importação

e exportação permitiu o desen-

volvimento da produção do açú-

car de cana a partir da Ilha da

Madeira (1430) e, mais tarde, o

Brasil (1530), o que possibilitou a

generalização do emprego do

açúcar na Pastelaria. Só nos finais

do Séc. XV, e devido às indús-

trias açucareiras, o seu consumo

Tais broas eram assadas da mes-

ma forma que os bolos, sobre

pedras quentes ou debaixo de

cinzas.

Foi em Roma, por volta de 500

a.C. que foi criada a primeira

escola para padeiros, tendo-se

tornado o principal alimento

daquela civilização, preparado em

padarias públicas.

Pode-se dizer que, com a expan-

são do Império Romano, o hábi-

to de consumir pão foi difundido

por grande parte da Europa.

Com o início da Idade Média, por

volta do ano 476 da era comum,

as padarias acabaram e a produ-

ção de pão voltou a ser caseira.

Assim, as pessoas voltaram a

comer pão sem fermento.

No século XVII, a França torna-

se um destaque mundial na fabri-

cação de pães, desenvolvendo

técnicas aprimoradas de panifica-

E em relação ao pão?

O nascimento do pão está associ-

ado ao nascimento da civilização,

já que a produção intencional dos

cereais que o podem constituir

tem início no momento em que o

homem decide tornar-se sedentá-

rio.

Segundo os historiadores, o pão

teria surgido juntamente com o

cultivo do trigo, na região da

Mesopotâmia, onde atualmente

está situado o Iraque. Supõe-se

que, a princípio, o trigo fosse

apenas mastigado.

Acredita-se que os primeiros pães

fossem feitos de farinha mistura-

da ao fruto do carvalho, a que se

chama bolota, landes ou noz.

Seriam alimentos achatados,

duros, secos e que também não

poderiam ser comidos logo de-

pois de prontos, por serem bas-

tante amargos. Assim, talvez

fosse necessário lavá-los em água

fervente, por diversas vezes,

antes de se fazer as broas que

eram expostas ao sol para secar.

ção.

O aparecimento da máquina

ocorre somente no século XIX,

com amassadeiras (hidráulicas

ou manuais), com um custo

muito alto e também com gran-

de rejeição. Os consumidores

mostraram-se “hostis” com o

pão feito mecanicamente. Pou-

co tempo depois, surge o motor

elétrico e a reclamação passa a

ser dos padeiros, porque cada

máquina substituía dois padei-

ros.

Hoje o trigo é tratado em moi-

nhos, é lavado, escorrido e

passado por cilíndricos que

separam o grão da casca.

O pão é um dos alimentos base

da alimentação portuguesa e

existe em diversas formas, não

se limitando ao simples pão de

trigo, de que o pão alentejano é

talvez o melhor representativo.

E o Pão???

Página 3 A Folha Volume 1, Edição 3

foi generalizado a todas as

faixas sociais, e não só em Por-

tugal mas também no resto da

Europa. Todavia, os conventos

continuaram a ser, até meados

de Séc. XIX, os principais cen-

tros de confeção de pastelaria

em Portugal. A pastelaria

industrial é incrementada com a

moda citadina dos estabeleci-

mentos hoteleiros e similares

em meados do séc. XIX, mas

especialmente após 1945. O

aumento do nível de vida das

populações urbanas permitiu-

lhes procurar estabelecimentos

que permitiam também, ao

público, saboreá-los e produzir

os doces em boas condições

higiénicas e com baixo custo de

produção.

Desde o norte de Portugal,

existe a broa de milho, o pão de

centeio da Serra da Estrela,

entre outros. O pão alentejano,

geralmente de grandes dimen-

sões e com miolo compacto, é

pensado para durar mais do que

um dia e é utilizado em diversos

pratos como as açordas e

as migas à alentejana.

No norte de Portugal, é célebre

a "broa de Avintes". Existem

outras espécies de pão, como

a fogaça, a rosca, as

“caralhotas” de Almeirim, o pão

-com-chouriço, os folares, as

"bolas", entre tantos outros.

O pão pode ser usado, para

pratos como o “torricado”,

onde um pão grande, torrado

com azeite e que é servido co-

mo acompanhamento, próprio

do centro do país, o bacalhau

espiritual, diversos ensopados e,

entre os doces, as rabanadas ou

fatias-paridas, os mexidos, etc.

Também o Pão de Rala, doce

conventual alentejano, leva pão.

Com a democratização dos preços e das normas de higiene e qualidade, os empresários de paste-

laria empregaram máquinas apropriadas e os locais de trabalho tornaram-se mais eficazes para

que cada trabalhador tivesse condições para produzir eficazmente.

Page 4: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

A Semana Cultural foi um

desafio que se colocou a todos os

elementos da comunidade educativa

deste estabelecimento prisional e,

neste sentido, considero que todos

contribuíram afincadamente para o

sucesso desta atividade, proporcio-

nando aos nossos alunos uma sema-

na muito diferente e enriquecedora.

Como professora que acre-

dita na mudança e na melhoria no ser

humano, a Educação – que engloba a

formação de adultos -, desenvolve

conhecimentos, competências, pro-

fissionais e humanas, e também mo-

dela positivamente a personalidade

dos nossos formandos. O professor,

como protagonista da mudança, deve

ter presente os diferentes interesses

dos formandos e não esquecer as

expectativas que estes têm em relação

ao processo de ensino–

aprendizagem. O professor deve, igual-

mente, diagnosticar as necessidades do

aluno através de um apoio contínuo

com o intuito de, juntos, as superarem.

A Educação é um processo sistémico,

logo, um processo em construção e,

assim sendo, acredito que todos os

formadores envolvidos na Semana

Cultural, se empenha-

ram muito para que as

atividades desenvolvi-

das fossem ao encon-

tro das necessidades,

interesses e expetativas

dos formandos e para

que os objetivos deli-

neados fossem, efeti-

vamente, cumpridos.

Começo desde já por

agradecer a contribuição do Técnico

Superior de Reeducação, Dr. Rui Coe-

lho, e do Guarda Prisional, Chefe Can-

to, que sempre se mostraram disponí-

veis na preparação do evento e na reso-

lução de possíveis constrangimentos.

Não posso também deixar de agradecer

o contributo de todos os reclusos faxi-

nas na montagem/desmontagem da

exposição e na assessoria da organiza-

ção da sala de cinema, das turmas dos

cursos de EFA Básico. Agradeço,

igualmente, à formadora de TIC que

muito se empenhou na produção dos

materiais de divulgação da Semana

Cultural.

No primeiro dia contámos

com a presença das principais individu-

alidades do Estabelecimento Prisional

(EP), nomeadamente da Dr.ª Isabel

Flores, Diretora do EP e da assessora,

Dr.ª Manuela Raimundo, assim como,

do Diretor do Agrupamento de Esco-

las de Alcabideche, Prof. Gomes.

Senti que todos estávamos em

sintonia, principalmente formadores e

formandos que puderam apresentar os

trabalhos desenvolvidos nas diferentes

áreas, deixando uma pequena amostra

do trabalho produzido nas sessões de

formação. Os formandos da turma B1

apresentaram os trabalhos dinamizados

pelos formadores Filipe Neves e Hele-

na França, destacando-se os postais

que escreveram para os seus familiares

e um livrinho onde compilaram vários

textos sobre a história de família de

cada um. Os formandos da turma B2

apresentaram os trabalhos dinamizados

pelos formadores, Águeda Antunes,

Ana Costa, Anabela Lima, Filipe Neves

e Helena França, destacando-se a ma-

queta que representava uma replica do

Cadillac Bar (este trabalho está relacio-

nado com o tema de vida). Os forman-

dos da turma B3A apresentaram os

seus trabalhos dinamizados pelos for-

Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016

Página 4 A Folha Volume 1, Edição 3

Page 5: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016

Águeda Antunes, e de LC, Sandra

Tomé. Os formandos do Curso de

Pastelaria, no 1.º dia, e no âmbito

da inauguração da exposição, em

que constavam os trabalhos realiza-

dos por todos os formandos do

Estabelecimento Prisional, realiza-

ram uma breve apresentação dos

seus trabalhos que figuravam na

exposição, pequenos panfletos com

receitas, realizados com a formado-

ra de TIC.

No segundo dia, 15 de

março, os formandos participaram

nos Jogos Matemáticos, dinamiza-

Página 5 A Folha Volume 1, Edição 3

dos pela formadora de Matemáti-

ca para a Vida, que contou com a

colaboração de todos os forma-

dores para a sua implementação.

Os formandos revelaram inte-

resse nos jogos, nomeadamente

o Ouri (jogo de origem cabo-

verdiana, para estimular a memo-

rização e o cálculo algébrico) e o

Hex ( jogo foi inventado pelo

matemático dinamarquês Piet

Hein e reinventado, mais tarde,

pelo matemático John Nash Hex

é um jogo de estratégia), sendo

estes os preferidos dos forman-

dos. A dobragem de Origami

desenvolveu-se na sala da turma

mador Filipe Neves, com a ajuda da

formadora Sandra Tomé. Destacou-se

uma apresentação do seu tema de vida

relacionado com a Agricultura Biológi-

ca. Os formandos do grupo B3C apre-

sentaram trabalhos realizados com a

formadora de LC sobre técnicas de

publicidade. A turma B3A apresentou

ainda um cartaz com a colaboração da

professora Águeda Antunes e profes-

sora Ana Costa. Os formandos das

turmas B3B, B3C e B3D apresentaram

os seus trabalhos, realizados no âmbito

do tema de vida, Líderes Históricos,

dinamizados pelas mediadoras, Deo-

nilde Gaião e Helena França, com a

participação de formadora de TIC,

Afinal existe outra Matemática

XXII (Descoberta da «outra » matemática) Ai o ponteiro da tortura naquela sala que a matemática tornava mais escura em vez de iluminá-la. Felizmente só o nada-de-mim ficava lá dentro. O resto corria no pátio-em-que-nos-sonhamos pássaro a aprender os cálculos do vento aos saltos para os ramos. Mas só quando voltava para casa à tardinha encontrava a minha verdadeira matemática à espera na lógica dura das teclas do piano, no perfil-oiro-pedra da vizinha, na flauta de água macia do tanque - chuva de Mozart nos zincos da Primavera… Matemática cantante.

José Gomes Ferreira

Page 6: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

B3A, em que os formandos criaram

um pássaro, símbolo da paz.

No dia dezasseis, quarta

feira, no período da amanhã, os for-

mandos que se inscreveram previa-

mente participaram nas provas de

Atletismo e Basquetebol. Nestas, os

formandos revelaram muita entrega e

um gosto especial por estas modali-

dades. No período da tarde, os for-

mandos participaram no workshop de

percussão, dinamizado pelo forma-

dor Filipe Neves. Relembro que esta

atividade tinha um limite de inscri-

ções e, neste sentido, apenas partici-

param as turmas dos cursos EFA

Básico, à exceção da turma B3P. Foi

uma atividade de grande interesse,

em que todos os participantes esta-

vam muito envolvidos. Assim, pode-

mos considerar que o terceiro dia da

Semana Cultural foi o preferido de

todos os formandos, o período da ma-

nhã foi dedicado ao desporto, sendo as

atividades dinamizadas pelo curso EFA

de Desporto e a tarde foi dedicada ao

workshop, dinamizado pelo formador

Filipe Neves, com a grupo Nice Groo-

ve Batucada.

Na quinta feira de manhã, no

âmbito do tema de vida da turma B3A,

o tempo foi dedicado ao cinema. Os

formandos visionaram o filme “O Mar-

ciano”. À tarde, alguns formandos as-

sistiram à palestra do Doutor Luís Gra-

ça, intitulada “Amor como critério de deci-

são”, que nos proporcionou uma

reflexão relacionada com as esco-

lhas baseadas no Amor/Medo, e

respetivas consequências no nosso

projeto de vida.

Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016

Página 6 A Folha Volume 1, Edição 3

Na sexta feira a semana cultural

culminou com a cerimónia da Eucaristia

presidida pelo Senhor Padre Dâmaso. Foi

uma celebração muito marcante pela mensa-

gem que nos transmitiu, dando continuidade

à palestra que tínhamos assistido no dia ante-

rior. São estes momentos de esperança, tran-

quilidade, assertividade, resiliência e de liber-

dade que devemos proporcionar aos nossos

alunos tão especiais pelas suas vivências e

projetos de vida, na maior parte das vezes

sem rumo…

Mais uma vez, quero rei-

terar os meus agradecimentos a

todos os meus colegas que abraça-

ram esta causa com muito entusias-

mo e dedicação. São estas peque-

nas / grandes experiências que nos

fazem crescer interiormente; penso

que esta semana valeu a pena a

muitos níveis. Espero ter dado o

meu contributo para ajudar a cons-

truir uma cidadania responsável e

elevar o nível educativo desta po-

pulação tão especial. São experiên-

cias como esta que valem a pena,

dando sentido à vida de um pro-

fessor!

Linhó, 4 de maio de 2016

Anabela Lima

(Coordenadora dos cursos

EFA do EB Alcabideche)

Page 7: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016

tre “trabalhar para” e “trabalhar

com” os alunos.

Nunca esquecerei todos

estes momentos de trabalho, parti-

lha e construção do saber e da rela-

ção entre as pessoas. Saber colo-

carmo-nos no lugar do outro é

das aprendizagens mais difíceis, é

uma competência que devemos

trabalhar ao longo de toda a nossa

vida. E quando achamos que já

dominamos essa sabedoria volta

tudo à estaca zero, pois aí dei-

xamos de nos questionar e de com-

preender realmente o que vai na

cabeça de quem connosco se cruza.

Ficamos presos às nossas conce-

ções e facilmente nos tornamos

agentes de intolerância, preconcei-

to, abuso de poder, opressão, vio-

lência, etc.

Página 7 A Folha Volume 1, Edição 3

Nunca esquecerei a

importância que a Matemática

teve para esbater o sentimento de

injustiça em relação à remunera-

ção do trabalho em contexto

prisional. Bastou evidenciar to-

dos os custos e benefícios envol-

vidos e relativizar os valores atra-

vés do raciocínio proporcional.

Foi determinante ter-

mos instituído um circuito de

comunicação escrita, cuja face

mais visível são as coletâneas de

textos que editámos, e que nos

deu a maior expressão de liberda-

de e inteligência humana, ou seja,

a capacidade de sermos autores,

todos nós sem exceção.

Sinto-me privilegiado por ter

conseguido proporcionar experiências

inesquecíveis através da Nice Groove

Batucada. Ficámos todos muito posi-

tivamente afectados (formadores, for-

mandos, guardas, técnicos superiores

de reeducação, monitores de percus-

são) e o pensamento que ficou a reper-

cutir na minha mente foi:

- Enquanto seres humanos a

nossa inclinação será sempre para a

felicidade.

Filipe Gameiro das Neves

Hoje sinto que sinto que sou

um homem mais completo!

Mais completo porque con-

quistei e fui conquistado.

Conquistei o respeito de ho-

mens que, noutro contexto, tanto po-

deriam ter sido grandes amigos meus

como me poderiam ter feito sérias

maldades, estando eu no local errado,

à hora errada. E todos eles conquista-

ram o meu profundo respeito.

Não sei quem aprendeu mais,

se foi o formador ou se foram os for-

mandos, mas as evidências são claras

quando um poeta analfabeto consegue

passar a escrever a sua poesia, quando

um jovem adulto cheio de raiva no

coração consegue, através da batucada,

cooperar com a sua educadora e com

o seu pior inimigo, passando a olhá-los

sob uma nova perspetiva, ou quando

um professor aprende a diferença en-

Trabalhando pela primeira vez num EP

Page 8: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

Na semana de 14 a 18 de Mar-

ço de 2016, promoveu-se a

Semana Cultural, na escola

do Estabelecimento Prisional

do Linhó, pela 1ª vez, com a

colaboração das

equipas pedagógicas e forman-

dos/ alunos das Escolas Ibn

Mucana e Alcabideche e Cursos

promovidos pelo Centro Proto-

colar de Formação Profissional

para o Sector da Justiça.

Mais uma oportunidade para

partilha de saberes entre todos

os elementos da comunidade

escolar e com todos os interve-

nientes externos que contribuí-

ram para o desenvolvimento das

diversas atividades planeadas.

Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016

Página 8 A Folha Volume 1, Edição 3

No âmbito da Semana Cultural,

os formandos do curso de Téc-

nico de Apoio à Gestão Des-

portiva, organizaram a Manhã

Desportiva na qual incluíram

as atividades de Basquetebol e

Atletismo

(corrida de velocidade). Para a

realização desta atividade, co-

laboraram todos os forman-

dos e formadora Sandra Bor-

ges, implicando um investi-

mento de vários dias para de-

finição de responsabilidades,

elaboração de cartazes de di-

vulgação,

folhetos informativos, inscri-

ções, a concretização do tor-

neio de basquetebol e a com-

petição de corrida de velocida-

de e, após a concretização da

atividade, os certificados de

participação e de vencedores.

De parabéns também estão os nossos

formandos do curso de pastelaria e pa-

nificação que puseram em prática as

competências adquiridas para confeção

de pastelaria e nos presentearam com

bolinhos diversos na sessão de inaugu-

ração da Exposição!!!

Page 9: A Folha - Agrupamento de Escolas de Alcabideche · excecionalmente, e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Roma-no, os doces passaram a ser

Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016

Página 9 A Folha Volume 1, Edição 3

A formadora de Cidadania e Em-

pregabilidade, analisando todo o

desenvolvimento da semana cul-

tural, efetuou um parecer muito

favorável e positivo no decorrer

das diversas atividades. Salienta

como pontos fortes todas a pro-

gramação e planificação das res-

ponsáveis, todos os trabalhos ex-

postos dos diversos Cursos do

E.P.L., como também toda a arti-

culação que surgiu pela primeira

vez entre os agrupamentos de Es-

colas Ibn Mucana e as Escolas de

Alcabideche.

A manhã desportiva foi um

ponto alto no interesse, parti-

cipação e entusiasmo por

parte dos formandos, pois

constituiu um momento ex-

celente de verdadeiro lazer e

hino à prática desportiva. Os

jogos matemáticos foram

autênticos desafios aos quais

os formandos responderam

com correção e motivação.

Os filmes visualizados, tanto

pelos formandos dos Cursos

B2,B3 e Secundário, apesar de

existirem problemas operacio-

nais, constituíram também um

ocasião de interesse e fuga ao

quotidiano em que os forman-

dos se inscrevem. Quanto ao

workshop de percussão, música

será sempre uma arte que faz

vibrar todos os seres humanos e

por isso foi também algo ines-

quecível para todos.

Será de salientar que a diversidade das propostas nesta semana

cultural, a união das equipas pedagógicas e a alegria dos forman-

dos foram a pedra de toque nesta semana cultural.

Assim, todos estão de parabéns.

Formadora

Helena Maria Lima França

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A Semana Cultural, da escola do E. P. Linhó, decorreu

de 14 a 18 de março com um programa de atividades

educativas e culturais destinadas aos diversos elementos

da comunidade educativa. É um evento que se organiza

anualmente há dois anos; contudo, este ano, teve a parti-

cipação e colaboração da escola de Alcabideche e do

Centro Protocolar de Formação Profissional para o

Sector da Justiça.

Todas as atividades programadas tiveram uma grande

recetividade por parte dos nossos alunos, o que vem

realçar a importância da realização deste momento cultu-

ral no Projeto Educativo desta escola e na contribuição

para o interesse, empenho e participação dos alunos na

realização de outras atividades, desenvolvendo ainda

mais as suas aprendizagens.

Destacaram-se os dias 15 e 17 com duas palestras

direcionadas para os alunos do ensino secundário,

uma sobre Migrações e a outra sobre Ética, para as

quais foram convidados o Prof. Dr. Jorge Malheiros e

o Dr. Luís Graça. Os alunos participaram de uma

forma entusiasta e interessada nestas atividades.

A encerrar esta semana cultural, o senhor Padre Dâ-

maso proporcionou um momento solene com a Eu-

caristia que teve lugar no ginásio da escola.

Fernanda Duarte,

Coordenadora do ensino recorrente secundário

IBMucan

Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016

Página 10 A Folha Volume 1, Edição 3

As professoras Fernanda Duarte e Teresa Machado ela-

boraram um questionário com o intuito de proceder à

avaliação da Semana Cultural. Foram analisados 53 ques-

tionários e constatou-se o seguinte:

As duas atividades mais apreciadas – Exposição e Ma-

nhã Desportiva;

Seguidas da Visualização do filme, do Workshop de

Percussão, dos Jogos Temáticos e da Missa.

As palestras tiveram mais impacto junto dos alunos do

secundário.

Há uma minoria de alunos que não compareceu/não

participou.

As propostas de sugestões , para futuras ativida-

des a desenvolver na Semana Cultural, foram pou-

cas; no entanto, as propostas apresentadas inci-

dem, essencialmente, em mais atividades desporti-

vas, designadamente, torneios de futebol, dança

(capoeira e Hip Hop), música e teatro. É de salien-

tar, ainda, temas diversificados nas palestras e

Workshops variados.

Fernanda Duarte, coordenadora do ensino re-

corrente secundário

AVALIAÇÃO DA SEMANA CULTURAL

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Semana Cultural 14 a 18 de março de 2016

Página 11 A Folha Volume 1, Edição 3

O professor de Filosofia, prof. Abel Leite, apresentou um bom desafio para os mui-

tos que participaram na nossa semana cultural. Pensou…pensou… Pôs mãos à obra

e captou uma fotografia magnífica.

Através da imagem divulgada e com uma frase apenas, pretendia conhecer o que ela

representaria para cada um dos participantes. As possibilidades foram algumas, mas

apenas uma frase mereceu o mérito….. E a frase vencedora foi……

“Estou aqui sozinha e abandonada nesta estrada,

mesmo assim consigo manter-me viva”

Aluno Pedro Monteiro, nº240, 11º L

E o PRÉMIO foi um

saboroso

Menu McDonald's

O júri, inspirado pela imagem, não quis dei-xar de apresentar as suas propostas:

“A natureza ensina-nos…”, prof. Abel Leite

“A grande lição que o tempo deixa perceber…”,

prof. Fernanda Duarte

“Para lá da imagem que o tempo trans-forma, para lá do que se aceita como "perfeito" fica um caminho, desenha-se um trilho.”,

prof. Fernanda Duarte

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Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016 Exposição dos trabalhos

Página 12 A Folha Volume 1, Edição 3

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Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016 Exposição dos trabalhos

Página 13 A Folha Volume 1, Edição 3

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Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016 Exposição dos trabalhos

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Semana Cultural, 14 a 18 de março de 2016 Exposição dos trabalhos

Página 15 A Folha Volume 1, Edição 3

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No passado mês de fevereiro,

decorreu uma sessão de partilha/

sensibilização com o Johnson

que veio partilhar a

sua experiência de vida e a forma

como mudou o seu modo de es-

tar, considerando que foi, segura-

mente, um elemento inspirador

para os nossos formandos dos

cursos promovidos pelo CPJ.

Atividades de Sensibilização

Ética na vida e no desporto….

Página 16 A Folha Volume 1, Edição 3

Também em fevereiro, dia 26, realizou-se uma palestra

junto dos formandos do curso de Apoio à Gestão Des-

portiva, com a participação do nosso selecionador naci-

onal da equipa sub 20 de hóquei, Luís Miguel Alves

Duarte.

Uma partilha de experiências na área do desporto, assim

como a consciencialização das diversas profissões envolvi-

das para a concretização, com sucesso, de qualquer moda-

lidade desportiva.

Como adepto incondicional do desporto que sou, fico cada vez mais triste com o atual estado e noção do desporto. Pierre

Coubertin expandiu o conceito de que “mais importante do que vencer é participar ”. Ele concebeu o movimento do desporto

olímpico com um principal objetivo: “Educar a juventude através do desporto, dentro do espírito da compreensão mútua e amizade”. Cada

vez mais este conceito está a perder-se, não porque os jovens não tenham interesse, mas porque os responsáveis desporti-

vos pensem apenas em resultados para a instituição que dirigem e menos no atleta. Cada vez mais o ”jogo sujo” está presen-

te no desporto, desde a combinação de jogos, até à administração de substâncias ou métodos de adulteração física nos atle-

tas. Para um jovem, como eu, que tem ídolos nos vários desportos que segue, estes escândalos que têm vindo a público,

fazem-me começar a pôr em causa o empenho destes meus ídolos. O que será se os meus ídolos forem uma farsa? Vou

desiludir-me um dia por ter discutido com um colega meu, que tal atleta é o melhor do mundo e que mais nenhum se esfor-

ça por ser como ele ou que o método de treino que ele usa é o mais indicado para ser o nº 1. Os atletas profissionais não

devem nunca esquecer que são exemplos para os jovens que estão a iniciar uma carreira desportiva. O código de conduta de

um desportista deve ser pautado pela verdade desportiva acima de tudo. O espírito desportivo não devia ser posto de lado

por somas incontáveis de dinheiro, ou por outro qualquer motivo que ponha em causa a verdade desportiva ou a integrida-

de do desportista.

O conceito do amor à camisola perdeu-se no tempo, tanto quanto o jogar e viver, por amor ao divertimento que nos é pro-

porcionado. Não basta colar uns logos bonitos nas camisolas a dizer “fair play”, “respect” só para “inglês ver”, tem que ser

posta em prática a cultura “anti jogo sujo” na vida e no desporto. Os magnatas desportivos enchem os bolsos com jogadas

de bastidores, enquanto um qualquer desportista se sacrifica diariamente para que estas máximas sejam postas em prática.

Onde está o fair play e o respect disto? Temos que ter consciência moral. É uma capacidade interior de orientação pessoal do

ser humano, somos juízes dos atos e das ações praticadas. O desporto desempenha um importante papel no plano formati-

vo e educativo de um indivíduo, este está em constante construção pessoal e desportiva. Os princípios morais não se im-

põem, constroem-se. O desporto foi criado para que o humano se sinta bem na vida, “Mente sã em Corpo são”. Mas afinal

o que é a ética na vida e no desporto? É um acordo que faço com os outros para que a convivência social seja possível em

harmonia, respeito, educação, carater e solidariedade. Amantes de desportos e da vida, tenhamos em consciência que ambos

temos deveres e direitos, mas temos a obrigação de deixar um exemplo credível para as gerações vindouras. Gostem do

essencial do desporto e da vida que é a verdade.

Paulo Rosales

(Formando do curso de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva)

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Atividades

Página 17 A Folha Volume 1, Edição 3

Atividade do Karaté

Os formandos do curso EFA NS de técnico de apoio

a gestão desportiva, dia 19 de maio, tiveram a oportu-

nidade de conversar com o praticante de karaté Jamil-

son Júnior - atleta do ABV ALCABIDECHE e cam-

peão europeu.

Durante a palestra foi possível conhecer a história e a

evolução do karaté. Houve também uma pequena

demonstração do kata de karaté. Ao longo de uma

hora e meia o atleta falou sobre as suas experiências e

viagens em competições nesta modalidade. Para o

Fredilson foi interessante conhecer a história associada

as cores dos cinturões.

O formando Jailson destacou a importância do karaté

como forma de refúgio dos problemas pessoais.

Para o Carriere o momento mais importante na

palestra foi quando se falou do esforço físico e

das técnicas utilizadas nessa modalidade. O

Edvaldo destacou a união que se estabelece

entre o treinador e o atleta.

Foi, em conclusão,

uma manhã diferente e muito produtiva.

Só é de lamentar que o karaté não seja

tão reconhecido em Portugal como o futebol!

Torneio Final de Futebol de Rua—Junho de 2016

Para terminar o curso de técnico de apoio à gestão desportiva, nada melhor que colocar em prática as aprendizagens do cur-so. Neste âmbito foi realizado um torneio de futebol de rua nas 2 últimas semanas de junho, para toda a comunidade escolar do Linhó. As equipas foram formadas pelos formandos que se inscreveram e o torneio organizado e dinamizado pelo curso em questão. O futebol seja em que modalidade se realize, move multidões e faz bater corações, e assim foi mesmo numa co-munidade tão reduzida como esta.. È de salientar que este futebol pretende trabalhar as áreas da saúde e dos estilos de vida saudáveis, da igualdade de oportunidades, do diálogo intercultural, da inclusão social, da promoção de valores de paz, solidari-edade, responsabilidade social e do desenvolvimento humano em sim como a ética no desporto.

O que Distingue o Futebol de Rua do Futebol de 11 ou do Futsal?

O Futebol de Rua é uma competição intrinsecamente social mas, em termos técnicos, baseia-se nas leis internacionais do fu-tebol com adaptações: Equipas mistas, com jogadores de diferentes faixas etárias; número de jogadores: 4 jogadores de cam-po (1 guarda-redes, 3 jogadores) e até 4 suplentes (8 jogadores no máximo por equipa); Duração do Jogo: 2 x 7 minutos (14 minutos no total); Polivalência do espaço de jogo (praticado em qualquer local público com dimensões adequadas) (neste caso o átrio da escola); Utilização de tabelas de delimitação do campo de jogo: 1,10 metros de altura, etc.

Todas estas regras, foram trabalhadas e divulgadas pelo curso de técnico de apoio à gestão juntamente com a formadora de desporto, Sandra Borges.

Todo o torneio foi bastante positivo e motivador. Foi muito interessante perceber, que a maioria dos participantes foram corretos e de uma técnica e entrega ao jogo espetacular, espero que a nossa seleção de futebol de 11 consiga jogar com a mes-ma paixão.

Eu como expectante, fiquei muito surpresa com o talento de jogadores em especial aos que jogaram na final.

Parabéns a todos! Foram uns campeões!!!

Professora : Águeda Antunes

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Testemunhos—Being an English teacher in Linhó

Página 18 A Folha Volume 1, Edição 3

Sei um ninho

Sei um ninho.

E o ninho tem um ovo.

E o ovo, redondinho,

Tem lá dentro um passarinho

Novo.

Mas escusam de me atentar:

Nem o tiro, nem o ensino.

Quero ser um bom menino

E guardar

Este segredo comigo.

E ter depois um amigo

Que faça o pino

A voar… Miguel Torga

Dedico este poema do Miguel Torga a todos os meus formandos para que possam realizar

muitos voos, tenham a imaginação, a criatividade, a simplicidade, a humildade e a persis-

tência para se sentirem livres …

Espero, sinceramente, que cada um de vocês abrace o seu projeto de vida, encontrando o

vosso rumo. Acreditem nas vossas convicções baseadas no vosso próprio amor, e, com

base neste sentimento tão nobre, façam as vossas escolhas….e sejam felizes…

A professora

Anabela Lima

Being an English teacher in Linhó

Has its ups and downs,

A rollercoaster pushed by what happens

Outside the school grounds…

Every now and then the teacher steps aside

And the prepositions, adjectives and nouns

Give place to verbs such as

Listen, care, guide…

Life stole the boys from classroom seats

So English isn’t sometimes their cup of tea

A smile reaches their hearts and minds

as no word or teaching method would

These boys that hate being called so,

As they want to be seen as fierce man,

Read our inside and the thoughts

That we want to hide

Being a teacher in Linhó

Is a giving and getting reality

And when walking the classroom

doorway

Lost in thoughts and worries

Lighting the day, t

he boys surely say

“Teacher, you look so pretty today!”

Cada um tem o seu Ninho...

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Testemunhos

Findo este ano letivo, e após uma reflexão

sobre uma frase proferida pelo Papa Fran-

cisco, "porque todo o homem é maior

que o seu erro", hoje eu entendo a pro-

fundidade desta frase, depois de vários

meses de contacto permanente com os

formandos a quem lecionei as áreas de

Cidadania e Empregabilidade e Aprender

com Autonomia. Quando entrei pela pri-

meira vez no EP, senti uma mistura de

medo e curiosidade, havia um turbilhão de

ideias na minha mente , ideias essas que se

foram desmistificando ao longo do contac-

to com os formandos e todo o meio envol-

vente. Trabalhei de alma e coração, muitas

vezes com a sensação de que não conse-

gui transmitir as competências e os co-

nhecimentos que deveria e queria trans-

mitir, mas é gratificante chegar ao fim e

um dos formando dizer-me " professora

sempre que vejo um papel ou o Páteo

sujo lembro-me das aulas da professora

(aulas sobre educação ambiental) e re-

pudio os comportamentos que levam a

esta situação no Páteo".

Para mim este desabafo foi importante,

porque revelou que algo ficou na mente

deste jovem nas suas atitudes e compor-

tamentos futuros.

Foi importante o empenho e a

vontade de aprender e traba-

lhar dos formandos. Tenho de

salientar o entusiasmo dos for-

mandos no trabalho sobre as

líderes mundiais, nos quais se

empenharam afincadamente.

E porque acredito que nada na vida acontece por acaso, esta passagem pelo E.P. tornou-me um ser

humano mais sensível, mais rico e com muita vontade de ajudar, colaborar, transmitir e dar sentido à

frase proferida pelo Papa Francisco que também é o lema da Associação Confiar, a qual tive o privi-

légio de conhecer e com a qual me identifico.

"Todo o homem é maior que o seu erro"

Temos que acreditar

Eu acredito

Deonilde Gaião

Página 19 A Folha Volume 1, Edição 3

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Opinião dos formandos desporto….

Página 20 A Folha Volume 1, Edição 3

Desde o início do curso até ao seu término cresci, amadureci, mudei espiritualmente e psicologicamente. Hoje tenho mais respon-

sabilidade, não posso esquecer que essa mudança partiu da minha predisposição para tal, porém não devo e não posso esmorecer

o trabalho PACIENTE, AMÁVEL e INCANSÁVEL que a professora Sandra Borges dedicou a este curso e aos seus formandos,

e a mim em particular.

Os seus trabalhos reflexivos foram extremamente capacitantes para mim, porque talvez sem eles não tivesse aberto a mentalidade

como a abri.

Toda a mudança e crescimento como pessoa e homem, seja em contexto de formação ou não, devo-o à professora de desporto

(Sandra Borges), como também não esqueço o trabalho de ligação, apoio e mediação que a pessoa de seu nome Maria do Céu

Gonçalves teve no curso e em particular com cada formando.

Quero agradecer e parabenizar as duas pessoas anteriormente referidas, mas também ao estabelecimento prisional e ao CPJ pela

existência do curso e pela sua conclusão com satisfação.

Wilson Velgi

Com este curso de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, além de adquirir bastante conhecimento na área da Gestão Desportiva,

também foi um enorme passo na minha reintegração na sociedade e na minha evolução como Homem.

Por isso, um enorme obrigado a CPJ e a todos os Formadores envolvidos neste projeto, e desejo que este tipo de cursos tenha

continuidade e que continue a ter bastante influência positiva nesta fase da reclusão em que nos encontramos.

Jailson Gomes Fernandes

Desporto é saúde, satisfação, equilíbrio e motivação.

No curso de técnico de Apoio à gestão Desportiva, aprendi mais sobre a prática desportiva, por exemplo, futebol, basquetebol,

ginástica, organização de torneios e eventos. Também acabei por conseguir evoluir mais na arte da pintura e desenho.

Valério Pontes

Venho aqui deixar a minha nota sobre este curso de Apoio à Gestão Desportiva.

Desporto para mim é algo muito importante para todas as idades pois, para mim, este curso vai ser muito vantajoso e uma mais-

valia para um futuro próximo.

Entrei nesta formação com o objetivo de adquirir mais experiência a nível da Gestão Desportiva, este curso além de me dar esta

formação também me deu equivalência ao 12º ano, que por si é muito bom.

O balanço que faço destes dois anos de formação posso dizer que é um curso que nos dá mais capacidades a nível de conhecimen-

to também a nível desportivo, pois também nos dá a oportunidade de poder concluir o 12º ano. É um curso muito vantajoso que

me irá proporcionar a nível profissional desempenhar atividades desportivas no meu projeto profissional que tenho desde 2007.

Sair com mais esta aptidão irá ajudar-me bastante com os jovens com quem irei trabalhar no futuro.

Para mim o Desporto é liberdade, é saúde, alegria e união.

Flávio Varela

Este curso fez-me ver o desporto como um meio de união interpessoal e intrapessoal. Adquiri mais conhecimentos sobre valores

sociais como o respeito, igualdade e integração. Aprendi que todos temos o direito à prática desportiva, independentemente da

raça, género, orientação religiosa e aptidão física.

Consigo agora entender o desporto como herança de todos os homens e mulheres do mundo, não só como uma atividade física e

intelectual mas também como um promotor da tolerância, da amizade, do respeito e da disciplina. A união faz a força e o desporto

ensinou-me a alcançar objetivos em grupo com o propósito de alcançar os meus limites pessoais e não desistir porque não sou o

melhor.

Um formando…

É um curso necessário e preciso para os atletas, amantes do desporto e praticantes de exercício físico, procurando melhorar a per-

formance do estado da sua saúde física e psicológica.

Como amante do desporto, estou bastante satisfeito com a oportunidade, a abertura, a realização e conclusão do curso.

Gostei da experiência, da disponibilidade e orientação dos formadores em relação ao conteúdo das matérias lecionadas e praticadas

durante a formação, tirando o empenho, uma e outra postura menos correta de formandos e formadora. No geral, gostei da apren-

dizagem e aproveitamento final de todos.

Desejo a continuidade e melhoramento do ensino e formações no E.P. para melhor orientação e evolução de todos os reclusos.

Rui Tiquina

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Testemunhos

Página 21 A Folha Volume 1, Edição 3

O curso de desporto fez-me ver, aprender e gostar mais ainda das modalidades desportivas, e saber os seus benefícios

e os seus valores. Aprendi também a ter uma maior relação entre o treino técnico e prático para sair bem preparado

para o mercado de trabalho. E acima de tudo ajudou-me a crescer psicologicamente e a manter um melhor respeito

pelos colegas e adversários.

"O IMPORTANTANTE É GOSTARMOS DE DESPORTO E NÃO GOSTARMOS SÓ DE GANHAR"

Marco Carriere

Este curso é um curso que é muito bom para o meu futuro porque tem muito a ver com o desporto, e hoje em dia o

desporto está muito na moda porque faz bem à nossa saúde.

É uma experiência nova que eu fiz ao longo destes dois anos, aprendi e adquiri novas competências, e uma delas foi a

ter ética no desporto e muitas coisas mais.

Espero que um dia eu possa pôr em prática todas as competências que adquiri e vivenciei com este curso profissional,

pois quero-me enquadrar no mercado de trabalho e se for na área do desporto, será muito bom.

Edvaldo Guerreiro

Para mim o curso de técnico de apoio à gestão desportiva é um curso fundamental para nós porque o desporto está

ligado a diversas coisas, como a nossa saúde.

O desporto para mim é o nosso bem-estar, satisfação, compromisso, valores e ética. Ao longo destes dois anos aprendi

imensas coisas relacionadas ao desporto e a nossa saúde.

Josimar da costa Marques

Este curso de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva trouxe-me várias vantagens: adquiri conhecimentos e ajudou-me

na minha reintegração na sociedade. Aprendi vários temas, novos conhecimentos relacionados com desporto, desen-

volvi a minha capacidade ao longo desse percurso com muitas atividades e organizações desenvolvida por nós alunos.

Fez-me com que eu veja um futuro com mais uma porta a abrir com adquisição do certificado. Também é um refúgio,

onde ocupo os meus tempos, para esquecer do contexto onde eu me encontro. E espero que deem continuidade a esse

grande projeto, porque é mais uma maneira de aproximar as pessoas e proporcionar momentos diferentes e, principal-

mente, dar-lhes a conhecer a importância que o desporto oferece.

DESPORTO

O meu porto de abrigo,

Modalidade de confraternização e de amizade.

Onde não há diferenças de idade,

Sim! a busca de um ombro amigo.

É um bem-estar físico e mental,

Faz-nos sentir bem a nível espiritual;

Um “pequeno” “GRANDE” refúgio para os meus problemas;

Esse “tempo” que leva as minhas “cenas” e

preenche o meu “eu”!!

Fredilson Brito

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Apenas uma Opinião

Página 22 A Folha Volume 1, Edição 3

Neste mundo das coisas, já estive disposto a quase tudo… pelas coisas.

Hoje neste mesmo mundo das coisas, estou disposto a quase nada… pelas coisas.

De vez em quando, gosto de parar para pensar até que ponto poderei estar a gostar das coisas… algo me diz que é, ou deve-

ria ser, mais fácil desistirmos das coisas do que das pessoas, ou desistirmos do mundo. E é compreensível que possam surgir

questões do género; e se o mundo e as pessoas já desistiram de nós? Ou se nunca se tiverem sequer importado? Bem… o

mundo… ainda que o mundo nunca se tenha importado, ou tenha desistido de nós, no mínimo, e apesar de qualquer coisa, o

mundo ainda nos dá o oxigénio. Ou não?! O máximo que podemos dar ou fazer pelo mundo, estará sempre longe de equiva-

ler ao mínimo daquilo que o mundo pode dar ou fazer por nós. E, muito sinceramente, não sei se o mundo precisa de nós

tanto como nós precisamos dele. Mas ok. Continuemos mais preocupados com as coisas… com as nossas coisas.

As coisas são coisas. Meras coisas… por mais valor que lhes dermos. Por isso, não é de ânimo leve que reconheço que essas

meras coisas possam ter tamanha influência na minha vida.

Não sou anti-coisas. Nem acredito que as coisas não nos façam falta. Apenas acredito que TU és muito mais valioso, e muito

mais importante de que qualquer coisa.

A linha de pensamento que vou expondo não é consensual com o discurso do certinho, ou do moralista. Não coincide com a

argumentação utópica desta ou daquela parte. Porém, se colocar as pessoas à frente das coisas, faz de mim portador desta ou

daquela característica… que assim seja. Desde que continue a colocar as pessoas à frente das coisa… tudo bem!

Formando anónimo

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Trabalhos realizados na área disciplinar LC

Página 23 A Folha Volume 1, Edição 3

”Coração sem dono…”,

Miguel Silva, B3D, 2016

“Liberdade”, Jonatan Rodrigues, B3D, 2016

“RAP, nota musical”,

Milton Moniz, B3D, 2016

Caligramas construídos pelos Formandos da turma B3D

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Testemunhos

Página 24 A Folha Volume 1, Edição 3

Falar da vida

Na janela da minha cela

Sempre que te vejo escondo-me

para que não me vejas,

não me vejas a chorar.

Vivo sem alegria

só vivo com a tristeza.

Maldita solidão

que me dá cabo do meu coração.

Mas quando sair

tudo vai passar.

Sinto amor,

sinto que me deixas e abandonas.

Formando

Ricardo Silva

Janeiro 2016

Poema para música de Mendonça,

cantor tradicional cigano de Portugal

(foto em cima)

Trabalho realizado

em Linguagem e Comunicação B1

Amor de Mãe

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Passatempos

Página 25 A Folha Volume 1, Edição 3

Rir faz bem!

O que diz o livro de Matemática para o livro de História?

– Não me venhas com histórias porque já estou cheio de problemas!

O que é um piolho em cima da cabeça de um careca? É um sem-abrigo!

No hospital diz o médico: Você é dador de sangue? - Não, eu sou o da dor de cabeça!

Vai um velhote na auto-estrada quando a mulher liga:

- Sim? Olha querido, tem cuidado! Deu nas notícias que anda um carro em sentido contrário! - Um? Eles são às dezenas!

Como se faz omeleta de chocolate? Com ovos de Páscoa!

Porque é que a água foi presa? Porque matou a sede.

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Ficha técnica

Página 26 A Folha Volume 1, Edição 3

Realização: Águeda Antunes (Professora TIC-EB Alcabideche) - Formadora do EP Linhó

Correção ortográfica: Sandra Tomé (Formadora LC -EB Alcabideche) - Formadora do EP Linhó

Contribuição : Formandos , Formadores do EP Linhó, Ano letivo 2015/2016

Impressão: CPJ; EB Alcabideche e EP Linhó

Obrigada a todos que participaram, para o ano há mais!!