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A formação dos Estados Modernos Onde: Europa Período: fim da Idade Média e início da Idade Moderna Dividido em dois momentos: Estados Monárquicos (centralização do poder econômico e político) e Estados Absolutistas

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A formação dos Estados Modernos

Onde: EuropaPeríodo: fim da Idade Média e início da Idade ModernaDividido em dois momentos: Estados Monárquicos (centralização do poder econômico e político) e Estados Absolutistas

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Características principais

• Centralização administrativa: o rei passou a controlar todas as decisões importantes do Estado. Renovação do interesse no Direito Romano.

• Soberania: o rei é soberano nas atitudes relativas ao Estado que governa, substituindo o conceito feudal de suserania.

• Burocracia: o rei era auxiliado na administração do Estado por um amplo funcionalismo.

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• Exército nacional: veio substituir a cavalaria feudal para impor as vontades do rei e garantir a integridade do território do Estado, assim como fazer guerras contra Estados vizinhos ou senhores insubordinados.

• Delimitação fronteiriça: o rei precisava saber até onde poderia exercer o seu poder.

• Tributação: somente o Estado poderia cobrar impostos da população.

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• Exercício da violência: o Estado tomou para si o direito de fazer justiça, reprimindo as formas tradicionais e pessoais de justiçamento (“fazer justiça com as próprias mãos”).

• Uniformização do sistema de pesos e medidas: visava facilitar as trocas comerciais, favorecendo o desenvolvimento econômico estatal.

• Uniformização linguística: a língua nacional era necessária para que as pessoas se sentissem parte de um todo coeso.

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Teóricos do Absolutismo

• Nicolau Maquiavel (1469-1527): Sua obra mais conhecida “O Príncipe”, foi escrita para a educação de um futuro soberano,

Lorenzo de Médici. Nela argumentou que “os

fins justificam os meios”; esse novo princípio ético separou a condição de moral individual da condição de moral pública. No modelo de Maquiavel, o maior objetivo do príncipe ou do rei seria o de defender e ampliar seu poder adaptando-se à realidade política de sua

época.

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“O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que

aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas

deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário.“ – Nicolau Maquiavel, O

Príncipe.

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• Thomas Hobbes (1588-1679): Tem fundamental importância no pensamento político contemporâneo. Seu livro “Leviatã”, é um elogio ao absolutismo, no qual o autor destaca o papel do Estado absoluto no aprimoramento social, pois sem Estado “o homem é o lobo do homem”, eternamente dilacerando-se em contendas sangrentas. Ao Estado Leviatã coube a tarefa de impor regras de conduta civilizadas aos súditos, mesmo que para isso tenha de usar de violência (exército ou polícia).

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“Isso é mais do que consentimento ou concórdia, pois resume-se numa verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada

homem com todos os homens [...] Esta é a geração daquele enorme Leviatã, ou antes –com toda reverência – daquele deus mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal,

nossa paz e defesa” [...] É nele que consiste a essência do Estado, que pode ser assim

definida:

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‘Uma grande multidão institui a uma pessoa, mediante pactos recíprocos uns aos

outros, para em nome de cada um como autora, poder usar a força e os recursos

de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a

defesa comum’. O soberano é aquele que representa essa pessoa”. (HOBBES,

2003, p.130-1 31).

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• Jacques Bossuet (1627-1704): pregava que o Estado deveria se resumir a “um

rei, uma lei, uma fé”. Na obra “Política Segundo as Sagradas Escrituras”. Defendeu que o poder do rei (predestinado) provém diretamente de Deus. Para ele, a autoridade do rei em seus domínios e em relação aos súditos deveria ser superior à do próprio papa.

• Também conhecida como o Teoria do Direito Divino.

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“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis...

São deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê

de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o

murmúrio é uma disposição para a sedição.” (JACQUES-BÉNIGNE

BOSSUET)