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A Formação dos Reinos Bárbaros OS FRANCOS Prof. Alan Carlos Ghedini

A Formação dos Reinos Bárbaros...Divisões do Reino dos Francos (511 –687) Com a morte de Clóvis, em 511, o Reino foi dividido em 4 partes. As partes foram divididas entre os

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A Formação dos Reinos BárbarosOS FRANCOS

Prof. Alan Carlos Ghedini

Reinos Bárbaros

Após a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C)Ruralização da Europa, com grande êxodo urbanoComeça a se formar a Ordem Feudal

As invasões de vários povos, especialmente germânicos, sobre os territórios de Roma, reconfigura a Europa Ocidental

De um lado, as expansões árabe e bizantina, de outro, a germânica

Os “bárbaros” chegaram

Vândalos, liderados por Genserico, conquistam o Norte da ÁfricaSão absorvidos durante a Reconquista de Justiniano

Ostrogodos se fixam na Península Itálica, sob o comando de Teodorico, depois conquistados pelos Bizantinos

Lombardos invadem o norte da Itália fixando capital em Pavia

Visigodos se fixam na Península Ibérica e sul da Gália, sendo expulsos desta última região, pelos Francos

A Britânia

Ocupada por três povos germânicosJutos, fixando-se ao Sul (Reino de Kent)Saxões, também ao Sul (Reinos de Essex, Wessex e Sussex)Anglos, no centro e nordeste (Reinos de East Anglia, Nortúmbria,

Bernícia e Deira)

Esses reinos pré-ingleses formavam a Heptarquia Anglo-Saxônica

Com a união deles, em 902, surgiria a Inglaterra

O Reino FrancoNAS RAÍZES DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO

Os MerovíngiosA Dinastia Merovíngia teve seu início com Clóvis, neto do chefe tribal Meroveu.

Clóvis, primeiro rei Franco (481 – 511):Comandou os Francos Sálios (Canal da Mancha)Incorporou os Francos Ripuários (Interior)Conquistou o Reino de Siágrio (um general Romano)Venceu os AlamanosConverteu-se ao cristianismo em Reims, tendo a Igreja se transformado em

sua aliadaCombateu o arianismo

O Reino Franco era, assim, o primeiro reino bárbaro-cristão

Divisões do Reino dos Francos (511 – 687)Com a morte de Clóvis, em 511, o Reino foi dividido em 4 partes.

As partes foram divididas entre os herdeiros varões, de Clóvis.

A divisão viria a enfraquecer o poderoso reino

Destacaram-se os Estados francos da Austrásia e a Nêustria

Os Prefeitos do Palácio (640 –751)Com o enfraquecimento Merovíngio, o poder foi deixado nas mãos do Prefeito do Paço ou major domus (mordomos)Foi a fase dos reis indolentes

Carlos Martel, filho do major domus na Austrásia reunifica o Reino, criando a França.Foi Carlos Martel que, em 732, venceu os árabes na Batalha de Poitiers,

detendo o avanço islâmico

O filho de Carlos Martel, Pepino “o breve”, encerraria a Dinastia Merovíngia iniciando a Dinastia Carolíngia

O Império Carolíngio (800 –843)Com a morte de Pepino “o breve”, seu filho, Carlos e o irmão Carlomano, assumem o reino.

Carlomano morre e Carlos, depois Carlos Magno assume sozinho o Reino Franco.

Carlos MagnoEstabeleceu com a Igreja uma aliança, sendo Coroado, em 800, Imperador dos Romanos, pelo papa Leão III.

Carlos Magno também:◦ Lutou contra os lombardos, tomando a Coroa de Ferro (dos Reis da Itália)

◦ Criou as Marcas, áreas administrativas comandadas por marqueses

◦ Ampliou o território do Império sobre a Germânia

O Governo de Carlos MagnoAdministração centralizada no palácio imperial, e complementada por:

◦ Conde palatino, que tratava da administração

◦ Arquicapelão, que cuidava de assuntos eclesiásticos

◦ Chanceler, encarregado da legislação e diplomacia

◦ Camareiro, responsável pelo Tesouro

◦ Senescal, que tratava do abastecimento e

◦ Condestável, responsável pela força militar

Outros destaques do Império CarolíngioMissi dominiciInspetores imperiais

Assembléias de MaioPara o levantamento sobre a situação das administrações locais

Capitulares (um conjunto de leis)

Renascimento Carolíngio

O fim do Império CarolíngioCom a morte de Carlos Magno, assume seu filho, Luís “o piedoso” que falece prematuramente

◦ O Império é, então, dividido entre os netos de Carlos Magno, que lutaram pelo poder, fato só resolvido com o Tratado de Verdun (843)

◦ França Ocidental – Carlos “o calvo”

◦ França Oriental – Luís “o germânico”

◦ Itália Setentrional e Mar do Norte (Lotaríngia) - Lotário

Cai o último CarolíngioQuando o último Carolíngio morre, sem herdeiros

◦ Nobreza aclamou o conde de Paris, Hugo Capeto, como o novo monarca

◦ Era o começo da Dinastia Capetíngia

O Sistema FeudalNOS TEMPOS DE SENHORES E SERVOS.. .

Origens do FeudalismoContexto:

◦ Após a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) e as invasões germânicas

◦ Ocorre uma grande sensação de insegurança na Europa

◦ Isso leva a um êxodo urbano e um consequente processo de ruralização na Europa Ocidental

Fatores Estruturais e Conjunturais na formação do FeudalismoFatores Estruturais:

◦ As instituições econômicas, sociais, políticas e culturais dos Romanos, e dos povos Germânicos.

◦ Tratava-se assim, de um conjunto de “heranças” desses povos, à nova configuração social e política da Europa Ocidental

Fatores Conjunturais:

◦ As sucessivas ondas de invasões dos mais diferentes povos e culturas sobre a Europa.

Normandos, Varegues, Magiares e Eslavos...

Normandos: Vindos da Escandinávia, especialmente Noruega e Dinamarca, invadiram as Ilhas Britânicas e o Noroeste da França

Varegues: eram normandos suecos que invadiram áreas das atuais Rússia e Ucrânia

Magiares: também conhecidos como húngaros, vieram da Ásia Central invadindo a Europa e aumentando a sensação de insegurança no Continente.

Eslavos: oriundos das estepes russas, também invadem o continente europeu.

Forma-se o Sistema FeudalUnindo elementos Romanos

◦ Colonato

◦ Regime Servil

◦ A idéia de Estado

Com elementos Germânicos◦ Uso coletivo da terra

◦ Juramento de lealdade (comitatus)

Cristianismo: elementos agregador

O feudo seria uma unidade auto-suficiente de natureza rural, controlada por um Senhor Feudal

R R RG G G

Cristianismo

Sistema Feudal

Característica do Sistema Feudal

Se trata de um sistema fundamentalmente caracterizado pela

economia de consumo, trocas naturais, sociedade estática e poder político descentralizado em torno, sobretudo, dos Senhores Feudais.

A sociedade Feudal

Sociedade Estamental

Orientada por relações de Vassalagem

Vinculação do servo ao feudo

Sem mobilidade Social

Os grupos sociais na Alta Idade Média

Camadas sociais básicas: Senhores

Servos

Outras: Vilões – Camponeses livres que

trabalhavam no feudo, em terras arrendadas

Ministeriais (também chamados de bailios ou senescais) – Funcionários livres, do senhor

O clero tinha fundamental importância

“Na Idade Média haviam os que rezavam, os que combatiam e os que

trabalhavam”

O Feudo O servo deveria pagar tributos ao senhor:

Corvéia: trabalho do servo nas terras do senhor

Talha: metade da produção do manso servil vai para o senhor

Banalidades: cobrança pelo uso de instalações do feudo

Vintém ou Tostão-de-Pedro: imposto da Igreja

Mão-morta: taxa de transmissão de herança

A Vassalagem Relação dividida em: Suserano:

Aquele que concede um benefício

Vassalo:Aquele que recebe o benefício

O Rei era o 1º suseranoNessa época, porém, o poder não estava

concentrado no rei, mas descentralizado entre os Senhores Feudais que prestavam juramento de lealdade ao monarca

Igreja no período MedievalFoi a “maior senhora feudal da Europa”

Dividia-se em:◦ Clero regular: monges

◦ Clero secular: padres

◦ Alto clero: bispos e abades

O papa concentrava um poder enorme◦ Poderia regular ações de Reis e Imperadores

Socialmente, a Igreja também condenava práticas como a usura, e defendia um mercado regulado pelo preço justo

Instituições Políticas O sistema feudal contava com divisões internas em sua organização,

como no caso da nobreza que poderia ser

Alta Nobreza: que prestavam vassalagem direta ao Rei Baixa Nobreza: que prestavam vassalagem a outros Senhores

Essas relações eram consolidadas em uma Cerimônia de Investiduracomposta de:

Homenagem: reconhecimento da superioridade do Suserano Investidura: quando o vassalo era empossado do Feudo Juramento de Lealdade: prestado pelo Vassalo, ao Suserano

Cultura na Alta Idade MédiaNão foi uma “Idade das Trevas”

◦ Nela estão as raízes para o Renascimento Cultural

◦ Filosofia:

◦ Escolástica (São Tomás de Aquino)

◦ Ideal Tomista: racionalismo aristotélico + espiritualismo cristão

◦ Funda-se a 1ª Universidade (Bolonha)

◦ Na educação, a Igreja manteve grande presença na organização do curriculum base com

◦ Trivium (Gramática, Dialética e Retórica)

◦ Quadrivium (Aritmética, Geometria, Astronomia e Música)