85

Click here to load reader

A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

  • Upload
    dodiep

  • View
    295

  • Download
    5

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

E L E M E N T O S D A

P R A T I C A F O R M U L A R I A : O U

B R E V E S E N S A I O S S O B R E A P R A X E

F O R O P O ~ R T U G U E Z . E S C R I P T O S

h'O ANNO LECTIVO DE r807 PARA 18s8 P E L O F A L E C f D O

DOUTOR JOSB IGNACIO DA ROCHA P E N I Z ,

&ENE DA CADEIRrl DA FORMA JL'UICI,lL NA UNII'EKSIDAUE DE COIMBRA.

PUBLICADOS POR SEU IRMAÕ PICEHTE 'IGNACIO DA ROCHA PENIZ.

T O M O 1.

LISBOA- M. QCCC. XVZ.

N A REGIA TYPOGRAFIA SILVIANA.

Page 2: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Drl INFLUENCIA DO FORO

S O B R E

A F E L I C I D A D E P Ú B L I C A .

O R A Ç A Ò I N A U G U R A L R E C I T A D A P E L O A U T H O A A I2 DE O U T U ~ E B O

D E r807.

Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- óes da Praxe Formularia (n) , quizeraB que

aos dementes c Exercicios piaricor p iccdef i a hif- roria breve d o F o r o Porruguez. Cotiformando-me aos Efiaturos, occupará hoje omeu DiCcurfo n influencia do Foro [obre a felicidade pública ; a kicncia , intei- reza , e refponiàbilidade , que o prefervad da corru- pçaó ; a forre, que entre nós experinientou a Efcd- la dos Glofadores, dos Accurcianos, dos Bartoli- nos , e dos Caros julg~dos; as inftittiiç6cs que for- mou a Senhor Rei D. JOSE' para inltaurar no Rei- no a Efcbla Cujaciana ; o melhoratnento , que ella havia produzido no Foro das outras Naç6eç ; 0 s mo- Tomo L A ti-

(0 ) õfiar. do Ciiri. jurid. rir. 4. cap. 8. 5. ?. e ~eguintes. cap. y. 5. 8. e feguintes, tii. 6. cap. 4.5. 4, e feguiiiies..

Page 3: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

t iros, que ainda retarda6 Teu influxo no Foro pa- trio ; a ordein r que feguirei nas liç0es da Cadeira.

ERa materia intereffaado por G mefma a rodos o s Jurifias , intereffa mais particularmente rios que no 2nno Iefiivo terei honra de contar por ouvin- tes. Eu a compendiare! qiianto me for polfrvel : PO-

rem como o rnwito ate agora fe na6 diffe em POLI- = o , falfarei de cada objecto fem abuíar da urbani- dade atrencioh , com que ferei ouvido.

Certos em que as paixóes affugentAra6 da terra a Juitiça primitiva, refpeitemos ao menos a fua íom- bra , que nos offerece a Lei civil no exercicio do juizo contenciofo. O Cidadad, que retarda , atro- peHa , ou impede a fua marcha regular, rubfiitue o arbitrio a certeza , a amrchia 4 fegurança , e á prof- peridade o defalento da indigencia. E que mais fe arreverii a fazer o declarado inimigo da ordem To- cial ?

Mdificai, aIrerai, paraIifai ospaíios da Lei na pratica da Juitiça diilributiva , quem poderá dizer que os contrafios fera6 fielmente executados? que a herança paterna pairari a legitimas herdeiros? que a innocencia na6 ferd opprimida , e b crime Frote- gido ? afim difcorria Cicero , coino hornem publi- co ( h ) , na prefcnça do Senado Romano ; e como

(c), eniinando a feu filho as obrigaçóes d o bom Cidadad.

Efla verdade, aii'everada pelo Orador Juriscon- culto, na6 he mais defconhecida a quantos com in- tençóeç puras Cauda6 o templo da Legislaçad. Niii- guem hoje'ignora , que apenas a pratica da Lei he contaminada, o Foro cobre do refpeitavel manto da

JU r-

( L ) Orat. pro Cacina. {c) Lih. 3. de Offic.

Jufij~a o abutre, que a devora : ceísárab as decla- rnaç6es contra o poderoro, que atrevida, e ji~jpune- mente ie arrofia contra a iançaó penal : íindáraó as jnuteis compaixóes febre o míiero defvalído , que a difpendio da razab , e des cofiumes, follicíta a be- nevolencia de quem o julga : os Sabios de todas as Naçdes reconhecera6 em fim , que a corrupçaó na Ordem Judiciaris , lentamente anníquilla a indiiltria, entorpece o traballio , femêa a inrriga , ererniza a tra-

e Lffoca o germen de todas as virtudes iociaes. a boa fb abandonou os conrnflos, íe os ju-

ramentos falfos proitituem o Juizo, Te o Efirangei- r o trata com o Natural por condiç8es , que amor- tecem o ERado , he porque a prarica do Foro vi- gia , o u adormece coiii os olhos firas no Peniblante dos contendores, eni vez de os fixar em h a 'uiti~a.

A fciencia , a inteireza, a refponfabili d ade Ia6 as cofumnas , íobre as quaes fe firma o fanruario da Jultiça diitributiva. A praxe he filha da theorica : o Advo do, o Juiz, que ignora6 os princlpios da Jurispru % encia depurada, que derprezati o continuo defenvolvimenio da intelligencia das Leis; bein lon- ge de acertarem com a pratica , Fazem delta hum jogo do acafo, combinave1 fúmente com a favor, ou averfab,

Quando os ERaruros da Univerlidade exigem nos Curfos Juridicos o conhecimento do Direito Na- tural e das Gentes, os Efcmentos do Direito Civil Romano, 'Canonico , e Patrio , a Hernrcneurica Jii- ridica, e o exercicio de La applicaça6 ; por cerro na6 ie ro ozeraõ , que o Juriíta promovere , ou admíni R ra R e a Jufiiça rem confrontaçad da* equidade natural , fem difcernimento da bondade abfoluta , ou

' relativa da lei, Iern atteiifab i rua applicaS&, de- terminada no Codigo , que nos goveriia.

A ii Epi,

Page 4: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Epic'teto, eicravo Frigio, de quem as niaxiinas mcupárab o tlirono dos Cefares no governo de Mar- co AureIio , perguntava ao Pretor da Grecia : E fa- b e ~ jn&ur ? AcaJ8 aprendeJ7e a fcietrciu , que requer o r ~ o ewtprego ? Tenho a nomtafab, e pa- tente de Cefar , ella nle baAo ( refpondeo o Pretor.) Mas o Fifolòfo continuava : E po& elig dar-ta a Jnrirprrrdcncia que Ce falta , e qne faz in- &i&~gfnvtl no exarcicio do teu cargo ?

A fciencia que abre , e facilita a intelligencia das leis, na6 irituride o amor da Jui t i~a, que deve presidir 5 fita applicaçad. Todos fomos obrigados a rer probidade; inas o Sacerdote 'da JuRiça orna-fe a mais da inreircza.

Conítituido pelo Soberano para dar exahmen- te a cada hum o que he Ceu no exercicio das fun- gáes judkiarias , elle deve reveflir-fe do caratler imparcial das 1,eis : a opprelrab, o intereKe , a ava- reza , predominem os rorasbes dos litigantes, a r - inem laços rcciyro~os para tnanea tarem os braços da JuRiça ; o iioinem piiblico 1136 partici a nas del- ordens c pairdes, qw elle por oficio &ve rcpri- rnir , e julgar, De oulro modo nada anliárnd os Iiomens na confiiruigab focirl : o Juiz feito prre , renovaria na civilizagad os horrores do barbarifino, e faria lembrar com faudade os reinpos calainirofos , m que a medida das for as fyiicas decidi0 a ino- nlidadc da aggrsraó, e 2efe.a.

A melboi. Iej , dizia Baccon de Verulamio , (d) i c a qut menw deixa aa orbitrio do Jltiz; : o nrp-

lbor Juie be o que menor rleixd na Jen proprio ar- bitrie. Com razaó foIidifCiiua o Auguito Fundador da Universidade qualifi~ou de facrilego attentado, a

te-

c$ De A~ígrncnr. Sciciit. Lib. 8. ti[. I. Apliorirni. 46.

teimeridade do Funccionario ptíblico, ue Te atreve a re~tringir , ou ainpliar a rarica das 7 eic: por Seus y roprios , e psrriculates !iftarner , corifiiruindo-ic Legislador, e fazendo Teu o depofito, que Iiie foi confiado para bem de todos (e).

Infeliz por extremo o genero humano, ie na6 exifiircm coilrinu~rnenre adoradores da Jiiitiga , que a conferva6 pura em reus coraçbes ! Nunca feri crekido o número deres poucos, 3 que ferve de rccompenfa o tekmunho louvavel da propria con- iciencia. Dekonliecerin porkm muito o imperio das

aix6es quem fuftenraffe, que o intereík peíioal 11x6 Re capaz de fazer ~ulrisar a rirwde, quando reful- ta ao cultivador cdmrnrido , ou incdinmodo infalli- ve1 no feu modo de exiílir, ou figurar.

Pouco importa ao Eílado , que o Julgador re- nha inteireza por amor da Juítiça , por Iionra d o cargo , por intereffe do leu adiantamento pefloal. Exifla a integridade l i a ~ra r i ca de julgar ; e canto baila ao bem da focjeda e : mas a exiítencia defie bem fucial hrd iem re muito P piscaria , quando o Juiz na6 for rel'pon ave1 dos a ufas da f ia nabo- ridade.

0 s Codigos Romanos, pela fakdoria das luas leis , governa6 ainda fio'e a Europa civilizada. OS Proconfules , que regerad a Lutrania , Iiaviaõ-íe ap- plicado a conliece-Ias , e executa-ias : porém como a refponlabilidade dos feus julgados equivale0 a na- d a , o Foro converteo-fe em latrocinio , a juítiga degenerou em palavra fem fignificapd; e nas inva- siies dos P6vos do Norte , os Lusitana preferira6 a pobreza fegura entre Barbaros, á liberdade prtca- ria entre Romanos.

O

Efiat. dos CvrL lurid. rir, C;. cap 6.5. r 3 , e 5.14.

Page 5: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

O Rei Chiasdavindo com letou O Codigo dos B Vifo odos com muita parre o Tlieodoçiano. Por elle evia formalmente re d a r - 6 a fenten~a do Ma- f giltrado : entretanto a re porifibilidade cercou-fe de raiitas dificuldades na pratica, que o arbirrio occu- pou o Iiigar da Lei , o Foro pairou de arbitrario a ~yrannico , e a inalía da Naça6 já na6 conhecia Pa- tria, quando os Arabes invadira6 as Helpaiihas.

A funeRa experiencia na6 foi perdida para os refugiados nas Aflurids , ruas Leis mais grorciras, que 3s d05 Visogodos , tivera6 mellior execuçaó. Zampiro, Bifpo de Afiorga, na Chronica dos lieis de Leab aonn. 879. atreita, que dous Commiffarios Keaes , inadursmente efcol hidoç , v ifitava6 o Reino cada Seis inezes; congregava6 a Conieflio a Povoa- çad , nelle hzia6 julgar os litigios fegundo a dif- pofiça6 da Lei ; no fim do anno dava6 conra d a cammilrad na refença dos Eítados do Reino ; e al- Li m f m o rcceiia6 0 ppdmio da imparcialidade , o u o caitigo corporal da prevaricqab.

As Leis, que D. Affonfo V. Rei de Leaá pra- mul ou a Portugal em IOI z. e confirmou Teu p n m D. Eernando Ma no em io o , na6 diminuínó, antes augment ln t mais a re ponfabilidide dm Jui- zes. O Rei pelfoalmmte examinava em cada Povoa- çad o com ortamento das Juntas Judiciarjas , e a im- parcialida z e das deçisóes. O reiulado, qye fe de- rivou de ta6 sério exame, foi a obfcrvancia da lei, e: a inteireza no Juizo contenciofo.

Quando fe c o n ~ r n ~ I a a legislaça8, de que d a v a Portugal no tempo d o Senhor Conde D. Henrique, he difficii conceber, como Pndo ta6 irnperfeira, ai- fim ~nefmo rranquillizava os Pdvos, e feus direitos. Na6 aventuremos conjchras , re queremos certificar- nos do grande nexo , que firmava elta adrninifiraça6:.

In-

. 1nrcrrop;uenios teiternunhns oculares ; e D. Pela- gio (f) BiTpo de Oviedo nos rcfpotiderá , que a vigiirincia , e afiividade de D. Affon~o VI. Rei de Leaó, Caíkella, Galliza , e PortugaI, Tem ajudar& d e leis eíhanhas conieguio , que proprietarios , ca+ minhantes , Nacionaes , e ERrangeiroç , viajarem por todo o Reino com inteira fegurança de i'eus bens; que a mullier de quajquer idade, .ou condiga6, p deffe caminliar por delertos, ou povoados, carre- gada de ouro, ou prata , fem .o menor receio d t ~ o u b o , affronta , m infulto.

Seguira6 o mefmo fyiterna noras primeiros Reis. Complicada era ainda baltantemence a Lgisiaçaó Pa- tris no tempo do Senhor Rei D.'Pedro I. Foraes, Doaçbes , Prescripçees , Concordatas , Leis geraes , Direiro Civil Romano e Canonice , Parridas de D. Affonço X. de Caflella , diaavad as decisóes dos Juizos : porCm a relponlabilidade kguia-ie tanto de perto 6 prevaricaçaõ, que os dez annos de Heinado daquclle Principe foraõ chamados d a dias de kgw rança , e de rriunfo da Jufiiça diffrihutiva,

Voltemos noffas viítas para a Cpoca do Direito Romairo renaicido na Europa. O Codigo de Theu- dolio reilava , ar& miíturado nas Collecç6es de C3- nones ; porque entre as Naçdes barbaras o Clem vivia iegunda a Lei Romana. A férmentaçab geral das Cruzadas , alargando a esfera dos conhecimen- tos Europeos , o fez mais coiihecido na Efcdla de Bolonha , que Pepo regia no principio do Seculo XII. Irnerio com melhor methodo, aprendido em Confisntinópla, eniiriiva míla Efcdla em 1128. Nas ruinas de Roma em r137. aparecem as Pandedas de Juitiniano : Irnerio 13ies ajunta Glofas interlineares

ar& ~p -.

( f ) Chronica.

Page 6: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

VIU O R A ~ A ~ ar& ao aiino r 14. em que morreo , compbe a fiír- mula de todos os inftrumentos públicos, e fuuda a E!ciifa dos fiiierpretes Glofadores.

Ricardo Anglo , Interprete do Decreto de Gra- ciaiio, foi o que efcreveo bbre a ordem do Juizo : fia Summula fòi imitada , e aupentada por Pileo, Profelfor de Direito Civil em 1170 : he Pileo o invenror das QueRóes Problema ricas , a que deo o noinc de Sabatinas, e Aurhor de huma Sum- mula das Acçdes , e AccuQçdrs : Odo compoz fobre os Libel tos : Toa6 de Deos formou a Fratica dos Ad- vogados , dos Juizes , e dos Juizos : Aretino pwbli- cou a Inrroducçaõ para fervir aos Cauiidicos , e Fo- ro &clefiafiico ; Gui de Doveda, Inglcz , abrio caminlio aos Praxiftas ReinicoIas , ordenando a For- ma dos Juizos , í' undo as Leis Municipaes da Ci- dade de Oxford : 3 lacenrina, ProfeKor em Mont- pellier no an. 1196. fez tres livros dm Juizos, Ac- çóes , e Accuiáçbes : Rofredo, que vivia em rzI$- BiRou as Fdrmulas dos LibeIlos ; eítas , e a Ordem Judicial de Pileo obtivera6 a primmazia no foro atb 1372.

Os PraxiRas d&a Efcdla derivdrab a pratica da inrelligencia da lei : aonde ella faltava , recorm raó aos princípios da equidade natiira1 , que na6 os enganou em fias decisbes. E ta6 grande foi a autho- ridiade que adquirira6 os Interpretes Glofadores , que ella fervia de regra nn composiçab das Leis.

O S, P. Innoce~aio 1x1. Glofador em HoIonlia coni o nome de L o t l ~ ~ r i o , formou grande parte das fuzs Decretaes pela opiniad dos Elofadores , que re- putava de rnellior inreIIigeiicia ; Lus Succeílores na6 fe defuirira6 . . das mefmas pizadas. O Capa Inblaipreipr- tcs I . ;.', de jtrrdment. calrran. adoptou aquelle ju - r;l.me,ntp. nas caufas cxirninaes , rcgujndo a opinia6:

. de

de Rulgaro contra Martinlio. O Cap. DiEellsrs r 8. X de o@c. jnd. urdia. fez a Lei Diocefana divería da Lei da jurisilicçad , abraçando a GIafa deJoad Huggucio, 3nCIg0 Inrer rere do Decreto de Grsciano. Fie fre- quente nos Gratados , e G n m & o s dos Soberanos do Seculo XII. e XIII. achar-fe 3 renúiicia ao be- neficio das Glofas. e das Summulas dos Inter~retes -. - -

Juriilas. (g) L

Quanto da Efcdlâ dos Glofadores tranfpirou na LegisIaçaá do Senhor D. AFongo IT. mofira fimpli- cidade, falidez, e bom fentido n a Ordem do Juizo, igualdade nos contrafios, í'arisfaqa6 da parte vence dora, foccorro dos naufragos, e feguran~a de feus bens, vigilancia contra a vindidta privada , e con- tra a aSortizaça6 das adquisifões ' nos cdrpos de mad morta.

E m K 239. Francifco Accurcio Florentino , jun- tando em hum fó corpo as Gfoias , que até entab vagava6 ditperfas , fechou a Efc613 dos Iriterpretes GIoiadores ; e abrio a dos Tratadiaas que fe cha- mou Accurciana. O fundador interpretou as Leis por íentenças breves , iuccdas , e detntrnrtrarivas : Ciijacio eílimou em muito feus trabalhos Juridicos , e Gravina afigura, que Te a barbaridade do tempo tivcffe pcrmittido a luz da hifioria , e a elegancia da frafe, Accurcio na6 haveria deixado parte a1 u- ma da Jurisprudencia para fer explanada, e aper ei- goada pelas Juriitas modernos.

B O foi.te dos Accurcianos applicou-fe a formar

Compendios, que incluiab a doutrina do texto, en- rendida ela Glofa ; a corrfronra a$ das diverfas in-

rota e. B tel-

(8) Leibnirz Coa Diplomãr. Part. i. N. 93. e tom. r. fecç. 5. cay. r . 5 . 4 leira h.

Kitrerçhus :De Different+ Jura Civil, & CanProem in fin.

Page 7: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

telligencias dos Interpretes ; a refutaçab dss que ,a- m i a 6 menos bem fundadas ; e a fultentagab das fentenças, que deveria6 Ter abraçadas. O partido da equidade, que na Efc61a dos Interpretes Giofadores havia feguido BuIgaro , continuou a fer cuItivado pelos Accurcianos : occupando as Efcdlas Juridicas da 1taIia , e da F r a n p , elles djffundirab theorica , e p a t i c a , de que fe na6 envergoiiha a razab na- tural.

Foi Prax ih Accurciano em 1256. Joa6 deBia- nafio, ProfeiTor de Bolonlia , que notou, e addicio- &ou a Fdrma dos L i b e l l ~ de Rofredo, e Commen- tarios fobre as AcçGes, e fobre a Ordem Judiciaria. Seguio a mefina empreza at& 1265. Odofredo , com- pondo Tratados fingulares das Formulas das Acçdes , da Ordein dos Juizos, e da Arte dor Norarios,

Quanto até ao anna 1371. havia6 efcrito os Praxiifas da Wcda dos Interpretes Glofadores , e Accurcianos , compiloa Guilherme Durand , Frofef- ior de Bolonlia, na Pratica, ue intitulou Spccrrl#m Joab Andrk a il~tifirou pelos 8 pu~cuIos dos Glofad- res Praxiitas , que ainda exiaiab em I 348. Outro ProfeKor de Bolonha, Jacob de Belvifo, em 1330. d i h u Pratica das Caufas Cciminaes.

Accurcianos erati os Jurisconiulros Dino e Ri- cardo Petronio, que ordenara6 o Livra Vl. de Bo- iiifacio VIII. e que por d e d a r 4 autentica refreá- rab as opini&s enc~n~radaa , que dividia6 O Foro. Accurcianos era& os Efiudos de Boloiiha, e Paris , quando appareceo a Ordem Judiciarb do Senhor Da Affonço Ild. e qualida e. Sei~hor D. Diniz em r2904 fuodou a Uriive~fidade , e iaítituio o Procéflo Por- tuguez n a tingua vulgar. A S utififirnas Leis deRe Monarca , e dos Senhores D. Affonço IV. D. Pc- di-o I, e D, Fernando Cobre a agricultura, adininiç

(ta-

waçaJ de Ju f i i~a , e ãuthoridade Real atteftzió a fen- fata doutrina , que enrab reinava nas Efcólas , e in- fluin no Foro.

I n i uta-le aos Accurcianos o excefivo refpejto da Glo r a , que no Foro era o idrilo dos Juizes , e oraculo dos Advogados. Porkm Cyno Pifiorienfe , derradeiro Juriscontulto , que fecliou a Eicdla eni 1 ~ ~ 6 . enfinava , que a Gloia fem Lei era edificio fein alicerce.

E m Bartolo , ue morreo no anno r 355. prin- cipia a Eic6Ia do 7 eu nome ; r~fpeitou elle ainda o Texto e a Glofa ; mas feus Difci ulos rranfgredira6 e f i s ballizas. Defde entaó a Dia eaica dos Arabes , P que eriredava as ourras fcjcncias, penetrou na Juris- prudencia ; a verbofidade tomou poffe dos pontos claros, vá profula6 eftendeo-fe nos lugares com- muns, e a prircimonia reinou iamente no que era difieii entender.

. Impacientes os Bartolinos or offukar a memo- ria ,das Jurifias , que os havia i? precedido, erigirae a, prefumpsab em fabedoria, e metafyiças fubtilezas em genuina intelligencin das Leis. Poucos fora6 os comedidos ,-que em feus prolixos commentarios p r e zaíTem a icrencia dos antigos Juriltas , e tratallem de OS imitar,

Entre eítes Joab Pedro Ferrario , ProkiTor de Bolonha em 1400. deo a Formula dos Libellos, que fe chninou Pratica Papienfe , por fet feita fobre os Efiatutos de Pavia. Os Advogados vira6 nella hum Compendi0 , ue lhe. oupava trabalho ; e na6 tar- d i a 6 em declara-li &m,nante m f i m a i d o , que morreo em 1404. compoz a Pratica Civil, Cri- minal , e Municipal, e formou hurn Tratado [obre as cautklas do Foro , e dos Conrraaos. Antonio de Butrio, conrernporaneo de ambos, adenou os Re-

B ii per-

Page 8: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

pertorios do Direito CiviI, e Canonico, de que {C' f iz iifo ate A renovaçab de melhores Eiludos.

A coiifufaG , ue produzia6 no Foro as opiniees dos innumeraveis b ourores Bartolinos, entumecidos de arguciofas minucias, e ii~culcados pelos pompo- fos t i ruI~s de Mo~arcas de rodo O Direito , t $der efilendidjflrno~ dra JuriJjrade~cira Univer f ~ ~ i , criou a aurhoridade da Opinial commum. Conveio-fef- ralmente nas Efcdlas, e nos Juizos, que vence e a opiniab, que contaífe maior riúriirro de Doutores , que a leguiaó.

Na6 tardjrad logo os Burfatos , Vilalupos , Tur- fanos , Galganetos , Rofentlialios , Tiraquellos a for- mar ThuJouros Idas S e ~ t c n ~ n r rornpPIunime~e rece- bidas , Espelhos dgs Opini8e~ Uf~ues , e CommunF fimar ; entulhou-fe o Foro com efcolios de rernif- sbes a cada palavra Juridica ; e na lifia das opinibes mais feguidas a parecera6 a t t os Doutores , que as havia6 combati c! o : o< n h e r o decidia o lirigio , e na6 o e8udo dos feus efcriros. Para dar trbgoas a elta guerra intefiioa , conveio-fe por fiin em que no Direito Civil prgvaleceKe a opiniab commurn da Glofa abraçada por Barrolo, e que no Direito Ca- nonico vencefie a Glola adoptada por Joab d'Ana- qia , ProfeETor dss Decretaes cili Bolonl~a em 14.59. e conhecido pelo nome de Arcedia o. % Finalizou a repuraçb da Efcola artolina em Ja- fo~ i Mayno , uIrirno Jurisconfulto, ue a confervou 4 aré 1519. Seus hcceiTores , deRitui os inteiramente dos eltudos, que diitinguiraõ as Efcdlas preccden- tes, formdrab do limo Bnrtolino a pe.danter~a bal- buciencia das Babulas.

Contava huni Seculo a Efcbla Bartotina, quan- do no Foro Patrio apprecerab as Ordenaç6es do Sepligr D. Afforiço V. Sua Fdrma Judiciaria rraba-

I~QT.

lhofa, complicada , incolierente , na6 offerece urii- dade no procénò , nem rei'ponfabilidade nos fre- quentes , e previfios defvios dos executores da lei : ciitretanto I a fe exige ainda, q.tie o Advogado em p&lica Audiencia fuilente de viva voz os direitos do feu cIjente j por eíie meia a Advocacia conrer- vava ao menos apiidab, e repuraçad.

Na ruralmente a , Ordem doJuizo corre0 a eter- nizar, e embrulhar os proc6Kos. Tentou reforma-la Q Senhor 0. Manoel rias Ordena~Ses, que publicou atk I 52 I. Naó roduziiido effeito eRa reforma, ou- tra foi imagina [ a pelo Senhor D, Joa6 111. em 1524:- experimentou-te dous aiinos pelos Juizos da Corte, antes de fer fiacionada para todo o Reino em 1526. Era muito defeituofa a Fbma judicial do Senhor D. Affonço V. produzida no outono da Efçóla Bartoli-. na ; e como podcriad ler compleias as reformas dos Senhores D. Manoel , e D. Joad 111. geradas no iii- verno , que a extingui0 ?

Por 15 r7. começa om Ana&. Atciato o p i t o da Jurisprudencia, entendida pela Critica, e pela Hil- roria ; e Gccorrida pela erudiçab. Quatro conrempo- raneos a enlináraó : Eniilio Ferreto nas Univerfida- des de Pjlã , e Valenp junto ao R.hodano ; Budta na de Paris ; Antonio de GouvCa , nollo natural , nas de Tolofa , Cahora , Grenoble, e Turim ; Al- ciato nas de Pavia ,. Avinhab, Ferrara , e Burges , aonde {e dorniciliou . e perpetuou a fua doutrina. Alii a bebeo Cujacio, que augrnentarido-a de mais brilhante EuRre, lhe fixou o nome de Ciijacian~. AI- ciato . primeiro raítaurador da sá Jurisprudencia , na6 EUITLVOU ldmente a lua thcorica; elle formou huma Pratica Forenre , que na6 paffando de Sumrnu- Ia , p&za niuito mais, que a dos groKos volumes , que lhe precederad.

Co-

Page 9: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Começava a Bic6la da Jurifprudencia depurada, o Senhor D. Joab 111. tnnfplantava das Uni-

verfidadcs da França as ícienciaç , que pretendia crefceffeem na UniverGdade de Coimbra. Varia foi a fortuna da nova plaiitaçaõ : as oitillas dos Lentes ! de Leis Gonçalo Vaz Piiito , Ga ricl da Cofra , Ay- res Pinel , de alguin modo imita6 ao nollo Goau&a , djfcip~la de Ernilio Ferreto. AS oftillas dos Lentes de Canona Joaõ Margovejo , Jfanholorneu Filip- pe , ChriRovaó 5036 , em nada {e af imelhaó ao gofio e critica de Antonio Agollinlio, diicipulo de Aiciato.

Nos Ellatutas de 27 de Dezembro de 1559. fim dúvida .re proptinha o Soberano, que as liçiies da Magiflcrio influiffem na pratica do Foro ; mas como os abufoç, erigidos em iciencia , na6 fe der-

ucos annos , era ncceííario, gue dous Reinados e aairnaflem da espirito do infiituidor. renati em I p

Qual foge a indole Forenfe no teinpo do Se- nhor LI. Joad 111. defcobrcin as breves notas, que fobre a f6rina dos LibeHos pubIico~ Gregorio Mar- rins Camiiilia no anno 1549. Expofko s faffo, apro- priara-fe-llie a lei, OU capitulo erpecifico do Direi- r0 Roinano , ou (Janonico , a intelIigeocia da Glo- LI , o Doutor que a Iiauia explanado: na falta do Direito comrnum recorria-fe ;L Lei Patrja , ou d opi- niab commum , que prevalecia no Foro. Eis-aqui ein Seu vigor o fucco do bom iempo da ETc6la Bar- tolina.

Do inermo Caminha {e conhece , que os Pra- xiRds de maior repuraçaó era6 GuiIIierme Durand , Angclo , irrnab de Baldo, Joaó de Ferrara, Hypo- lito de MarGliis, que enfinou ein Bolonha no anno 1525. PaI~cios , Andrk Alciato, que viveo atC r ~$0.

Na menor idade do Senhor D, SebaQiab fora6 fub-

ftbirahidoo os Eitaiutos do Senhor D. Jraó IJI. e foplantados por outros de I 565 : repctio-le a p i r k da iùpprera6 para rerern l u a r os Efiaiutos de 1792. roborados pai D1 Filippe h. d c CaRelia. FRar fie- quentes mudanças preparava6 a preffadamei~tc a pei- da dos Eíliidos da Univerfidade, e a extineqaii das luzes no Reino , medi tada e fancionada pelos Efta- tutos de 1598. e Reforma~aõ de r 6 r r.

Reduzio-fe o enlino da Jurisprurlencia Civil , e Gnonica 3 Glofas , Bartolo, e Abbade Panormira- no. Para comprovar a opiniab comrnum formava-fe o catalogo dos Doutores, que a fgguia6 , princi- piando pelos mais antigos, e acabando em dous, ou tres dos mais modernos : os Lentes Jurjltas fora6 interdi~os de advogar , ou julgar (h) ; e por eRe modo os Eílatutos pronunciáraó a foleinne íêntença de divorcio entre a theorica e a pratica , c entre gira6 o Foro ao arbirrio dos fadoS.

No tempo, em que florecia a Eitdla Cujaciana entre as outras NaçTies , no tempo, em que elia me- lhorava íèus infiitutos civis, e pre arava a EfcOln da Lei ; he irtr.6 que 3s porras Phe snó fechadas na Univerlidade, e cornega no Foro Patrio a Elcd- , Ia dos Calos julgados , uirima e iafeaa diltillaçab da poeira Bartolina.

Alvaro Valafco , Lente da Univerfidade em 3556. abraçou a Jurisprudencia theorica e pi.atica : efcre- veo a Praxe da^ pnrtiibm , e coll~c6e.c ettre her- deiros : QueJiÓcs de Direito Empkirrrrrico , e Con- fakrt.~ de C& jalgados na ./a S~pplicQ~aõ. Os dous Iivro~ das Confulras , fa6 ainda fornindos fegundo a indde da EícóIa Bartolina , ajuntando a

ca -

( h ) Eitarut~ de 1598. liv. z. rir. 27. g. 16. E l i" , ;, !Ir. 18.

Page 10: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

mr O R A S A Ó

c ~ d a Canfufra a dccifab da Cafa da SuppIic~~aCc, fundainentsds lia opinia6 commum.

Com intell içsnte iobried.~de ordenou Duarte Niines de Lea6 em 1560. c 1569. o Rcgcrrotza, ArJdiçõe,, Annaincõe~ das cinco 1izrro.r das Orde- tlsp5t~ do Sertbm Rei LI. Mfinoel ; e compilou as Leis Exrravagaritcs dos Senliores D. JoaS 111. e D, Sebaftiad.

Ferida rnortnt recebeo o Foro, quando Antonio d3 G m a , Dzfembargador do Paço, fubfianciou as Decis&s da Cafa da Supplicaçaó por mandado d o Senlior Rei D. Sebaltia6 ; menos era iieceíi ario pa- ra que k b r e fracos eitudos tornaffe afcendente a au- thoridade autlientica dos Cafos julgados. A facil conipilaçab foi continuada , jh eflenfa, j B abbrtvia- da , por Melchior Phebo, Jorge de Cabcdo , Ma- noel Mendes, Gabriei Pereira. Eítes cinco Promo- tores da EIc6la .doi Cafos juIgados, muito defiguaes na JuriçprudcqcIiEia Bartolina , conFormava&fe ainda

differença nos Chopin, cincoenia annoç antes de Pereira, enrendeo perFeita~nente o afiinpto , que explanava : Salgada , 110s Direitos dos Reis de Hefpanhi, aKegurava os de todos os Soberarios ein materias Ecclefiafiicas : Pzreir,a em pomos, que L decidem por princlpios inconrroverfos , deteriiiinou-fc: por Caias julgados ; e feni crítica felecçad de doutrinas , entregava o rccurfo á fitalidade do probabiliimo.

Xendes formou a Pratica Lufitana, depois de PU-

I N A U G U R A L . XVlI

publicada n Curia Pilippicn por Hevin Bolanos. Pouco ou nada aproveitou ao no& Reinicola a bre- vidade, clareza , c folidez , que fazem ainda Loje rccommendavel o Praxifla Hef nliol : afim mefino deflitttida daqucllas boas qua r idades, a Pratica de Mendes Iie a ineIlior do Foro Parrio. Seu Reperto- rio das Ordenaç6es Filippinas , impreffo em I 604. hhio logo com os principias do contagio, que ha- via de perder rotalmente o Foro : fobre algumas Or- d e n a ~ & ~ aponta com parcimonia poucos PraxiRas Reinicolas , ns Partidas de Caitella, e os Mafcar- dos, Tiraquellos, e Lrnelhanres , nafcidos , e ali- mentados no lodo, em que por fim fe convertera a Efcdla Bartolina.

Gtrardoii rncnos modergcad Martim Alvara de Caltro , aildicionando o Kepertorio de Teu Ri ; e o kítrago Forenri. ciciceo çoiii o eícolio das Reinif- sõe~. Acabou dc o ~oin~ler t i r jeronymo da Silva Corte-Real , Cugeriiido a cada paiavra o confenfo , e diffenfo de todos os PraxiRas Nacionaes, e Efiran- geiros, por miras citaçbes noiniitaes : qiiaiido Ihe falrrirad Praxiítas , fubítituio noras particulares dos Senadores, que elle i6 conliecia.

Por ra6 cdrntnoda Jurisprudencia foi facil á Parte requerer contra o difpofia na Lei ; ao Advo- gado patrocinar Tem attençab ao direito; e ao Juiz decidir , atropellando a prova dos Actos. A mais expreK7, e terminante Ordenaçab tem Praxina Na- cional w Eitrangeiro , que a contradiga ; Seriador, que attdle fia inobfervancia; Arelto ? que mude a fia intclligencia ; c a balansa da Juitifa inclina pa- ra o arbirrio do Juiz. : Na Efc6la dos Interpretes GIofadores tratava-ie da intel Iigencia do Direito, na dos Accurcianos pro- curava-ft: nas Glofas o feiitido claro da lei, na dos

2-orno- 1. C Bar-

Page 11: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

I ' A tf G V 1 i' r,. XIX

Eartolinos as opifiides coininuns partia6 ao meiles da autlioridadc dos JuriRas , que por feus efcrj tos , c p~hlicas Prelec$6.5, liavia6 grangeado nome , e re- yuidç~õ entre os fnbios do tempoj. nias l ia E(k6la das Reinifsóes , e Caros julgados , a áuthoridade vinlia de homens, que, evirando a d a prekn a das Par- 8 tes , aff~utaniente decidiaã no Sacello os Ti*ibu- naes : o PúliIico iirn os conliecia por Juizes; ~ r é m ma6 affanpva a fua h, O U má iiireltigencisi ; e niuiro nienos a Tua niornlidade, OU insegridade.

Na6 era mais conblatorio oenfim da Jurispru; dencia. Ao pagar pela neaoria o trilte quadro da pobres Juridica, a q u e clit'gou entre n6s no Secu- 10 pairado a Li a6 , e a Praxe, reja-me permittido d a r das cBrs d a verdade, com que Guido Panciro- 10 ( i ) ProfeCTor em Padua , defcreveo a Univerfida- de de Bolonha pelos annos de 1580. hTo tempo de Bartolo, refere Pancirolo, os ERudosJuridicos prin- cipi;ivaú a 4 de Outubro, c findava6 a 7 de Setem- bro : o Curfo era de quatro anms ; c nelles fe paC fivab , e eítudavad iodos os Corpos de Direito com as f im Glofas. Quando fé efcuriceo a EE6la firtoliria o Curfo Juridico foi de cicco snnos : co- meçou a mania de refutar as opiniáes dos outros , primeiro que o ProfeKor ettabelecefle a íua : dous mezes íè contrnmiaú na expoiiçaó da Rubrica ge- ral dn titulo : igiaal efpafo na explica ad de hum 'I texio; e finalizava O aiino IeAivo, ten o apeims o Profeflor commentado cinco leis, ou capitulas ; c deixando leus ouvintes na incerteza da verdadeira opinia6, que deveria6 obragar.

Exifiindo nas Efcólas tlieorica unicamente con- fuitrnrnidora de tempo , e vazia de conhecimenros

Fio-

(i).De daris legurn hterpretib. fib, ai cap. 4.

proveitofo~ , feguin-fe naiuralnienre no Foro, como *bll.rva Gribner ( k ) ' ~ r a r i c a Iem princípios , e fein viriculo , que a ciiarnafTe fi ordem da fua infiitiiiçad. Reduzio.Te o officio de advogar, e julgar ao mais cóinmodo , e menos laboriofo : as Collecçbes da$ ReJòluçÕes unrias , dds D1~ccpt6fbtf S'ulenlts, dar Ob/crvapk Seieflrflwzns , poupiraó eitudo , e com- bina@ das leis, e apromptAra6 advogados, e ju i - zes, Cem difpendio dos livros, e Cem trabalho de os ler. A direcçad do procCKo foi entregue ao Eí- criva6 do Auditoria que mais habilmente Coube di* dar , e fuggerir hum termo.

Com a perda da J urisprudencia , fentio-fe logo a prda doForo, e a irnpoflibilidade de o reitaurar. Faltava Efcbla Juridica ; e quiz-fe, que nas Confi i l~s da MagiRra rura forem preferidos os Bacliareis mais letrados: a Xeformd~nó da JuJl7iga , diminuindo a Equrança peíToal do Cidadad , deTcançou no arbi- trio 'irrel'ponravel do Juiz , para roce der a prizab antes de culpa formada : prohibio-fe o perdad, oh difpenfa na Kefidencia do Miiiiho ; e na6 Te nffe- gurou a liberdade no depoimento, ou a diminuiçad da influencia do MagiRrado findicante: ameaçou-fe o Delemliargador , que viiitaCTe a quem aad foffe f i u Cotlega ; e na6 Te previo, que a incivilidade, junta ao exercicio de julgar, nutre rude ufania na ordem, e einpeiora a adtniniílraçad da Jufiiça : pe- 10 attrafiivo das efporrulas , e na5 pelo rigordo dcver do cargo, apreíiou-fe a expediçab dos feitos, !em ie aniparar a reCtidaú dos deipachos. Final- mente dèfde 1598. ai& 161z. lembráirad innwmeraveis miudezas, iègurido a ordem do dia, mas efquecisra6

C ii rem-

( k) Opufc~tlor. J t ~ r . Publ.Civil. & Canonic. ion1.4, [c& 2. [c& 5. Hnlle M;igdeburg. 1722.

Page 12: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

fe'einpre os poiitos capitaes , que deveria8 regenerar as l i ç ics iia Univeriidadz , e a iiiteireza, e refponra- bilidade nos Executores da ki.

18 de Agofto dr: 1769. rettabeleceo o Senhor Rei D. JOSE' a obfervancia da Legislaçaõ Yatria, reitituindo a aurhoridade da GloL. do Chanceller çonrra a lentença infraRara da Ordenaçab decre- tou que a interpreta$ authenrica , formada madu- ramente por MagiRrados , inflricidos no faRo, e no direito, fere fzncionada pelo Soberano ; profcrita a ETcdla Bartolina , iubftituio-ilie a da Lci ; na fal- ta deita chamou a Razaó Natural, as Leiç Roma- nas , que nella fe funda6 , e as das Naçóes civili- zadas, que nos avezinhab.

Defde o Codigo dos Vifogodos ate ao Fiiippi- no , a s Legislaçbes exigira6 a obfervancia Iitreral da Jei: apezar da terminante dispofiçab , os defvios do Juiz , e Advogado pafsárab a ler habituaes.

Cortadas pouco a pouca as arvores da Fcuda- lidade, as Legislaçóes, formadas na Euro a depois do Seculo XII. aniafsára6 Coitumes Fai a aes com Direiro Rornano; das follias , que fubfiftíraó difper- i a s , ignorátahfe os rmncoo , e as raizes ; quiz-IC acha-Ias nos Digefios , e Codigo , que as delconhe- ciab : eis-aqui os Executores das Ieis ia6 perplexos , como Teus Compiladores; cis-aqui erdido o fio da

t r io , e a confufaú. E Jurisprudeiicia , e em feu lugar 1ù fiituido o arbi-

Os Oraculos d o FOFO calf raõ-fe em Modeilino, zis Efcólas Juridicas de ConRantinopIa, J3eryi0 , e Roitia perdêraó a fiia gloria , os cioradoie,s, e Ac- çurcianos inuito fizera6 , forcejando psra a equida- d e natural ; pordin os Barrolinos , c depois deIles os Empyricos , na falia da Jiirisprudencia depurada , vagha6 pcla caprichoia. Com eBa ie criou o Foro

Pa-

Parrio, ncff ti re aabyfniou , e envelliecco, perpetuan- do abuioç, que fd o tempo, acompanhado de me- Iliores eltudos , poderi deíterrar, ou melliorar. Q ! i a n - to lisveria fido feliz a Europa ( obferva GotfriJo Mafcovia (I)) fe 3 Efcdla Cujaciana fe tivenè apuf- fado d o Direiio Roinano logo, que elle appareceo no Seculo XII ! A civilizaçab vagarora nos Codigos Nacionaes , tomaria progrefios rápidos, e n1arCha- r ia fein rropeço a par do throno augul2o da Jui- tjça.

Nulla era a reforma do Foro fein a dos ELtu- dos Juridicos, que fÓ o podem melhorar. Na6 ig- norava o Immortal Fundador da Univerlidade, que o direito da força entre Cidadáos de hum nielmo Eitado , fdrma o diitinflivò da barbaridade ; que ientengas arbitrarias , diverlaiiiente proferidas ein hum, ou muitos Juizos, aiinuiiciad a oppreraõ, ou diffoluçab do viiiculo ioci;ll ; que o vigor, e obfer- vancia exalta da lei , affianfaõ a diiraçao per Crua da proiperid.de piblica , e rnnquillitab nos &vos feus litigios vacillantes. Guiado por ta6 Iuminofos

rincipios laaçou por fundamento defias Efcdlas a %ilolofia da mais pura Jurisprudencia; deo-nos em iiia cultura a perfeiçaõ dos ~onliecimentos , que ador. na6 as virtudes Íuciaes; fiabilirou-nos para indagar com difcernimenco claro, as partes cornponentes da Legisla5a6 Pairia; patenreou-iios a f6rma de ajuizar com certeza fobre a moralidadc , ou imn~oralidade dos Funccionarios Yublicos iia adi~iinifisaçaá daJufii- ça difiriburiva ; fez-nos ein fim conliccer , , que fe o Faro. na6 refpeira o Sacro P,illnOio, que imparcial- mente aregura , protege, defende , e v i n g a hon-

ra J - -- (L) Nor. 3d Cal). 175. De orru, h Ptogrrlfu ] ~ r . C i v i t

Isn, Yincenr. Gravinx.

Page 13: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

XXI I O R A Ç A B

ra , a vida , c as bens dos Cidadios , a defo;dcm naá tem limires , e f . z da fociedzde o patrimonio dos poucos, que rem parte na execuça6 das leis.

Em tudo teve coriforinidadc o iyRern;i do Au- guRo Fundador. C ) Codigo rdtrio merece0 pela pri- meira vez ProfeKor, que o expliciKe j e a Pratica Formularia recebe0 O delineamenm, que a deveria dirigir nas t iybes , e fazer proveirofa no Foro. Se R Providencia o cliamou a melhor v ida , antes de ver iazonados os frutos da fua bendfica plantaçàõ ; teve ao menos a certeza , de que a sii jurispruden- cja , que fázii raiar, e prosperar em noras Eic61as , regenerando as kgislaçber dos Póvos , que a cul- tivava6 , re eneraria tambem o Foro Portuguez.

Na illu i rada Jurisprudencia da Univerfidade de &rges concebe0 o Chancoler do Hofpital o proje- 130 das boas Leis, que honrdra6 em Franfa o Rei- nado de Gados íX. O Chanceller Lemoignon , que n , ~ b perdeo de vifia os planos daquelle fabio; e exa- &o Magifirndo, os fubininiítroii a Luiz XIV: elles lèrvirab eni grande parte a ordenar a Reformaça6 do Proççflo Civil de 1667.

No fim do mefmo SecuIo Frederico XV. Rei de Dinaii~iirca , refiindio O Codigo da fia Na@; e fortnou o que fe fez recommendavel pela difpofiça6 das materias , clareza , e brevidade na expreff~b, prefieza na ordem judicial, e relponfabilidade nos Julgndores. AiTrouxoii rua obfervancia no Reinado de Chrifiierno VI. e os P rocCh dgeiierára6 prom- pramente na mulriplicidade , e protelaçad , atC que FredericoV. por leis providenres O fez de novo ex- ccu ta r.

Para os Eflados de Saboia , e Picmonte \liflor Amadeo , I1 ei de Sardenlia , compilou em 1729. o Codigo do leu nome, que expellio doForo os abu-

fos ,

fos, que o deturprvab, No anno 1734. o Senr;dor Crunelion organizou o Codigo Civil e Militar da Suecja; e approvado pelos Eftadoç Gcrges do K ei- no no Governo da Rainha Ulrjca Lconor, começou a praticar-fe com proveito dos Pdvos em 1736.

Por Iium Projefio , começado a executar-fe na Pomerania etn 1739. principiou as experiencias Le- gisiativas Frederico o Grande, Rei da Prufia : fe- guio-fe a ublicasa6 do Codigo erii 1751. tecopiia- do pelo %ançeller Gcceio. Apngr da firnplicids- de da Tua Ordem Judicial, s protela a6 continuava a enredar o Foro , c a dilprrarar as &entensas. En- ta6 o Providenrc Rei kcliou os Auditorias aos Ad- vogados ignorantes, ou Van3piros da fiibftancia dos Clientes ; e cantou a adrniniflraçab da Jufliça a MG niitros Pabios , e in~orru~tivcis : o Codigo marcliou entad fem deivios. Pouco iatisfeito ainda o kgis la- dor com eíta provide~icia do momento, quiz kuma que foíTe duravel. Em 1781, encarregou au Clian- ceIler Cremer a fórma de Proceliar mais limpler , e de refpnfabilidade mais figura. Com as mvas emen- das, c algumas addjçbes appareçeo pela fegunda vez o inerme Codigo , mandado obfervar pelo Rei Fre- derico Guillicrme no 2n. de 1794,

Catbarina 11. que ambicionou todo o gencro de glolia , propoz-Se lambem a de Legisladora do vafio Iwperio da Rufia. Cotnmunicanda> a projeoada Le- gislaçad aFrcderico o Grande , he digna de memo- ria a refPoíta do fibio Rei. As nzel&orer Lsis ( efcre- via elle ) na6 t em farfn , qunado falft2 EfcóZa de sZ J u ~ i ~ p r i d e n c i a , qve inJirua ; e prepare ar &vo- q r d o s , t J u i s r ~ , que m dsurni ixrrufur. Sem O

undainenio lembrado por Frederica Grande, pro- mulgou a iinperatriz Catlnrina O Teu Codigo ein 1776 ; era elle capaz de accelerar a Wviiizaçaó , e

prol-

Page 14: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

xx [v O R A S A ~

profperidade dos vaifaltos do 'I~nperio , Te na6 for- fe ma1 olikrvado nos feguintes Reinados.

O p i o , que dirigia O Imperador Jofd 11. o levava a imir~r os gratides Legisladores do Norre. He obra do rcu, Reinado O Codigo Crimirial dos Eftados lieredit~rios da Cara d' AuRria , publicado em I; de Janeiro de 1787. em breves paginas tem o merecimerito de apreientar pela primeira vez a jufiiça enlaçada i ia Iiunianidade.

Sem receio das rtflexbes, enviadas por Fredç- rico Grande h Imperatriz Catharina , propoz-fe a Aiigufta Rainlia , Nora Senliora , refundir a Legis- laçab Patria , e formar Iium novo Codigo : para eE t e fim criou em 3r de Mar o de 1778. a Junta de F Miniitros efcolhidos , que de e m p e n h a m o $no, di&ado pela mais ilIufirada Cabedoria. Negocios de maior urgencia fufpendCra6 rad gloriofos rrabaltios , que Iiuiil dia fará continuar, e ultimar a paternal providencia d o Auguflo PRTTICIPE , que nos rege : ein quanto na6 gozarnas felicidade ta6 fufpirada , conlieçainos que o Foro Iie capaz de refórrna.

Na Confederapó Helvetica a ordem Judicinria na6 çonrerire os vermes roedores, que em militas ou- rras Nasáes carcornem a cadeira da JuItiça ; os li t i- gioç ulu,ies tern prompta expediçab : Quando o plei- to offcrecia coinpIicaç6es O Confelho Sirprerno do Canta6 noinrava tres AffcXores efco!liidos , que con- ciliarem as Fartes ; no dcfprezo da conciliagab pro- cedia& os Comniinarios ás provas , iiiiprjmia-fc o Fo- &o , o KeIator , nomeado por turno, o expunli2 no Auditorio em dia certo, os Affèffores al l i iiicf-

mo o decidia6 , fein qtie o pdblico duvidalTe da i i i -

telligcncia da Lei , ou da inteireza dos Juizes. Em Hefparilia a Sentença Iie publicada em dia

certo , prcle~iies as partes , e na6 o p6de ler eiii o U-

I N A U G U R A L . XXV

outra diverfo dia : o Refarorio do Juiz ao tribunal fifcalizado , emendado, e feito público pelas res , até pela inlpreflad , aiires do dia da deci f 36 ar- : os Adjunfios na6 forrnab tençdes no feiro para fe- rem viltas , ou Fguidas por feus Collegas, e votan- d o , fundanientao a decifa6: he rarifitno haver mo- tivo de recorrer a ReviRa por injufiiça de Senten- Sa de ruas Chancellarias, ou Relac6es.

Facilmente Ce diltiiiguem hoje a s máos , que revaIectra6 na erga nizaçab das Legislações ritluaes.

k k s em que predomidraó Advogados e MagiRra- dos , concentrárab, quanto foi pofivel , o Audito- rio em hum fÓ Juiz j evitirad a publicidade ; cer- dra6-fe do iilencio, do fe redo, e da impunidade; e confiiirad tudo na boa P k do Julgador : porkin 3s &egislaçbes , em que obtivera6 preponderancia Ju- rifias, conIiecedores dos homens , e das leis , fizera6 o Audirorio piiblico , eRabelecêrâb o Juiz acom a- ahsdo c rconfelhado, quizera6 rua boa f& vigia& , leu arbirrio refponfavel ; e or huma prudente def-

c f confiaga iobre os abufos o Foro, acercara6 me- lhor na adrniniRraça6 da JuRiça.

E m noKo Foro brim principio nobre , e gene- rofo, inclina fernprc o Jiiiz para o partido da Iioii- ra , e da reçlidab. Eíte Princtyio tutelar defcabre-fe nas Leis, que teir1 por objeflo a felicidade da gran- de familia do Efiado : o Le islador , obrando alli corno Pai , na6 olhou com i n f jfferenca para o bein individual de cada Luin de feus fillios. A magelto- . Ta frafe da Lei, na6 oferece entaó antinomiaç ; c aonde falta fia exp i~ f f a 6 , dcduzcm-Se as coiifequen- cias ta6 liberaes , e acertadas, como o genio do Legislador.

Outro princípio intereirado , e excluiivo , tra- balha por furprender a Jultiça : gerou-Se no tervpo

T o I ? ~ ~ I. D . das

Page 15: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

das execuçóes Militares , quando a anarcliia feiid?l ekreilando o Moanrcn , e nbafando a Naçaú, for- i i iava EOados no Eltado ; e attrahia a hum ponto o s bens, e a liberdade dc quantos com~rchendia a circunferencia de cada pequeno circulo. Foraes , Priviicgios locaes, Doacdes particulares, Polfes im- inemoriaes, faB ainda a eFcuma defie ptlago, que innundou as Cidades , c OS campos : altivo de fua origem repugna ao exame, e publicidade de titulos , amonrbl pretenç6es , dobra difficilmente a fdrmas legaes - , e rompe as barreiras da ordem geral do Juizo.

íberemos nds , que o Foro reja dominado pelo principio nobre, e generoro, que o deve prefidir? ufemos da rekauraçai3, que decretm o- Senhor Rei D, JOSE' na theorica dz lumlnofa Jurisprudencia, e na pratica fegura da Lei : Iie vergonliofo ao Jii-

rifia acoiifelhar , o u julgar fein primeiro ver a pm- va , coi?fronrada com a Lsgist a6 terminante ; e i i ~ h F boia Te encontre ella nos diver os volumes das Col- Iecçóes; o trabalho na6 he impolfivel, e Facilita-fe cdda vez iiiaiâ pelo ufo : os oficias de advogar, e julgar ia6 encargos de homens entendidos , e appli- eados , e na8 entretenimento de pedantes ociofos.

Falia por veiitura a Lei Patria , apropriada ao ponto d o litigio? O Direito Natural ; bem ciiltiva- d o , aprotnpta irnp3rcialrneiite a decifa6, que na6 falta em haver lido abraçada nos Codigos Roma* nos , ou em otitro de Naça6, que nos iguala, ou excede ein civiliznçaó. Alegra-Te o fabio , acliaiido nos ercritos d e outro a prova de fuas opinibes , mui- tas vezes, indifferentes ao bem úblico; e na6 len; i tirá prazer o Magifirado , quan o defcança rua Iie- fitaçaó no voro 8pprovad0, e acriiolado pela txpe- ~ ic i~c ia de Seculos , e de Naçbes ? .

Con-

I N A U G U R A L . xxvrr

Convenho , em que o rccurfo a leis efiranhas nad carcte de inconveniente : porétn quacdo á Le- gisIaçad Nacioiial Fdlra a devida extcnra6 , faz-fe indifpenfavel o recurfò. Na6 ke Sem exempio as Le. gi~13ções limitadas inelhorareni pelo conIiecimento, e pratica de ourras mais extenfis , e aperfeigoadas: a jgnorancia nunca fe 'eorregio a fi mefma , e {em- pre fuppoe deliieceffario tudo o que eila na6 co- nhece.

Procura-Te jultiça no Foro por titulos authenii- camente legitiinados ? Saiba conhece-los , e rcfpei- ta-10s o Advogado, e o Juiz; porCni na6 [orça a Pratica para dar-lhes exccuçab , c extenfaõ , que a Lei expreramente na6 facultou. Accommeiiem o Faro pretensbes equivocas , fein outra aurhenticida- de que o p6 de Carrorios privativos, e innaccefi- veis ? Ele o Julgador da cririca prudciite, d2 lugar ao defenvolviniento , na6 atraiçoe o Cidadaó paci- fico e iaboriofo , e poupe á Julliça o Iabdo de Par te.

EBe comportárnento he o unico digno da ma- gefiade da Lei, da inteireza da Magifirarura , e da marclin imparcial do Foro. Atropeilar o proceCTo , ah í t a r o litigante, e decidir r contenda pelas clair- filas geraes de u@or ar Autor, e l)i/poJfo'es de Direito ; deracredita o Foro, e minifeila a imperi- cja , OU venalidade do Julgador.

A Prarica rem Ijrflema que a une, fim a que Te encaminha, e regras que a dirigem ; o Foro ao ufa, e na6 as enfina. Que feria da Jurisprudencia rheore tica , fe ella recebefie a lua l u z pelas Senten~as pro. feridas nos Feitos ? Na6 admiremos pois os dngo~ do Foro Parrio, lia dous Seculos a bandonado 4 9 di- verfas pretensbes dos Advogados, Sollicitariores, e Efcriváes , ora permitiidas , ora favorecidas , ora

D ii igno-

Page 16: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

I N A U G U R A L . XXIX

igaorad3s pelo julgador. O enfino fcientifico , I!c queni at& hoje gozou o Gngular privilegio, dc ciia- rnar paiico a pouco os Iioniens á ordeni , e á ra- za6 ; fazendo.Ilies conliecer por façif methodo, a que rem elle corria coni indiffcrença.

Altamente o previo , e acautelou o Irnmortal Rehurador de noiros Efludos , eRabeleçendo na Ca- deira Sintlietica de Direito Patrio as Liçbes da Pra* rica Formularia. A rnulti ylicidade de objedos , en- 1rcgue.s a efla Cadeira, impedi0 o defernpeniio dei- .ta reparriçab: trinra e mais annos pafsárab , amor- tecidos para o nielhorameiiro da Jurisprudcncia Pra- tica , ainda que frnipre vivos para a diffufaô da tlieorica, Era refervada a S. A. R. a gloria de com- pletar na Univerlidade , o importante projetto de lèu Augulto AvB ; e foi criada a Cadeira, que fe- paradamente enfina a Fbrma Judicial.

Por minhas Liç6es na6 renlio autlioridade para reformar a Pratica do Foro, afim como as Liçdes das Cadeiras tlieoreiicas na6 emenda6 as AlleRaçórs dos Advogados, e as Sentenças dos Juizes : reduz- ie a minha obrign~a6 a guiar meus ouvintes por Qfiema fundado i i a Lei, na Razaó Natu- ral , e no Direito S~p~lenientario. Os ERatutos me proliibern enfinar , o que j á fe acha aprendido; por tanro liada ,repetirei d e quanto fez objeho das Cri- deiras rlicoreticas , fubtidiarias , ou Elementares.

Faltando Compendio Nacional , e Eflrangeiro , formado no plano dos ERatutos, repartirei a tbeo- rica da Pratica ForriiuIaria ein oito Divisóes (ia).

Ca-

(;,i) ~ i n d ã . que o Auchor iia Orara6 Inaiigtiial pro- hicrre dar oiro Divisks j com tudo nos Elementos d a l.'r;irica r ia6 fe enconrraó mais que leis, coma le veri ar) depois pelo conrcxro da Obra. {NW do Editor.)

CaJn huma DiviTab comprclienderá a5 insteriar entre fi mais analogas , difiribuidas por Titulo!: , e p:ra- grafos , fundameritados na Lei , nos Praxifias de qi;e ella foi tirada, nos Reinicolas que a enrenderab, e Eítrnnho~ acreditados no Foro de rodas as Naçfics. A Summula da theorica Formularia occupará as Li- $Ses , e Sabatinas desde Ouiiibro ate Março : em Abril c Maio as LiçSes fe reduzira6 a Exercicios efcritos e vocaes robre aAos, caufas , e incidentes ufiaes no Foro.

Summu!a , e breves exercicios da Pratica For- mularia, na6 forma6 perfeitos Praticos , bem como os Conr pendios das Cadeiras theorcticas na6 conf- t i tuem con fummidos Juri Aas. Porem na Vniverfidade aprendem-fe princípios, que diffundidos no Reina , fórrna6 Sabios , melliorando 2 Naçab.

JuriRas , que me acompanhareis nos traballios lirrerarios do prefenre Anno LeAivo , applicai n Ju- risprudeiicia theoretica ao detenvolvimento da prari- ca, de que pende n fegurança l e ~ a l de noíTosCon- cidadior. Se a Providencia vos defiina MagiRratura , ou Advocacia ; lernbrai-vos de que as Liçiies deita Cadeira rcrn por objetto comprir , e na6 atraiçoar as Leis ; coiihecei , que o arbitrio, deixado ao Ju i - gador , Iie o arbitrio regulado pela fabedoria, e boa Ft! , e nunca o íttgetido pela igi~orancia , e opprel- inó : a caIuninia , a vingança, o interefíè, djsfarça- dos na capa da Lei , 3h ! na6 dcturpern as obriga- gdes do Iiornein público.

Dignos entaó de occupar Iionroíamcnte a Ca- deira da JuRifa ; correfjpondereis As Irirençbes Au- gultas de S. A. R. ; e iatisfareis aos deí'velos incad- gavcis , com que o Illufiriílirno e Excelkntifimo Sc- nlior Bifpo Conde, Reformad~ Reitor, proaiovc o ,~offo aprovcitame~iro.

E LE-

Page 17: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Pag. r

E L E M E N T O S D A

PRATICA F O R M U L A R I A .

' D a ~rnr ice h r r b a r i r s , e objdo de fia ,

tkeoricd. .

A ~ u r i s ~ r u c ~ e n c i a Pratica rbraca (a) a Euremri- .ca, e Formularia.

8. 2. . A Euremarica (b) moflra as Leis mais notaveis, que fad Capitaes; e aiT'ento proprio das materias,

que

( 4 ) Iiv. 2. ric. 6. cap. 3.5.54,56.3& (6) Cit, Efiat. tit. 5, cap. 3. 0.40. 41, rir. 6: capa 3. S.

56, r;r.

Page 18: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

2 E L E M E N T O S .

que fc trata6 em cada tittilo das Ordennçdes , ou Corpos de Direito : indica as Cautcllas; e Iùbltadceia ar: Fomulas, que {e deriva6 defis Leis. Aponta os ETcriptos dos Doutores, que as illuílrad. O deíen- voivimento da Eurematica pertence aos Profeifores das Cadeiras Sintheticas de Direito Romano, Cano- nico , e Parria

> - S. 3. A. Fprrnularia Iic a propi*in da Cadeira da Or-.

dein Judicial. (c) Com relieiide o ufo das Acçáes, e Excep~6es: a u g a ó Ros Ofirior praricos da Pm- f e h r de Direito, do ~lnierprcre da Lei, do Advo-

ido , do Juiz , e do Relator : a coiveniencia das &.ufulas, s FormuLs nos it lm Judicias , e extra- judiciaa: -a marcha dos Procbfiw Forenfes, e ruas direrfas efpecies.

6. 4* ,

O Complexo das Regras , que- dirigem eRes diverros Ramos, (d) forma a tlieorica da Praxe For- mularia, que precede ao Exercicio Forenfe vocal, e por Efcripio.

I* 5:

A Tlieorjca da Pratica Formularia facilita ao Jurifta a execugab das Leis. Suppde 6bida prévia- mente a Jurispriidencia Euremririca. roveira dos *e principias fcientificos , aprendidos nas deiras lub- iidiarks; Elementares , Sjntheticas, e Analiricas; t

Por

(C) E h t . fip, 2, t i t . 6. cap. 3. $. 51. 52.56. cip. 4, 5. g. .7. 8. ia.

( d ) Eitat. citad, &I. 6. c;ip. 4. 5. 7.

por iíío nad os repete, nerii f6rrna 7'1,atadoo Juri- dicos (6)

T I T U L O 11.

It~convenie?~tes , e Cau fiz.r $a Inceutesn du Pratica.

g. 6,

L Ogo que a Lei he preterida , ou derprezada no Foro, a fegurança peiroal , e a propriedade real vacillaii na incerteza ; e a Pratica da ,!uRiça toma a fdrma, que agrada ao arbitrio do Juiz (a).

Quando a fabedorja da Legislaçaó exadamente f i z praticar a Lei , nada parece mais facjl do que dar a cada hum o que he feu. Nada porém he mais difficil , quando os abufos Forenfes transforma6 im-

uneineiiie a Pratica da Jufiiça no inverio da Pua f n ~ i r u i ~ a f i (6).

g. 8.

A Lei .fie íempre muda, e fem aaividadc, em quanto a Pratica Ihe na6 dá o movimento, que a

Tomo I. E faz

( e ) Bacon de Veririamio Be Dignitmlt 6. Augntentis Scietilinrrrrii lib. 8. Aphorifina -97.

( n ) Cicero oratiori. pro Cdcina, Dc Oficiis lib. 3. $6) f i g o 0 Pmfeffor de Direito Crhimi na Univerfi-

da e de Naplcs Cottcirlerdtionr /irr k Procedarre Criniineile, cliap. 3. 4. 5. Bcrnardi Il'ocrwile 7htorie des Loix ciwiler chap. 2,

Page 19: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

f.iz viver. ERe inrivimetito commuiiica-fe por Fdrin3s Forenfes , adequadas aos fitis ,+ que fe prop6e a Lei. Jiiizes , Advogados , e Oificiaes h6 os orgYos da criinmunicaçaó da Lei corii o Povo. Se a communi- casa6 Ire fiel , o Foro rem uniformidade em Tua Pratica ; e o Povo fegurança na adminiltraçaó da Jufiiça. Ss a communicaça6 he infiel impunemente O Foro lie variavel , e as Seiitenças depetidem do arbitrio do Jtriz , e na6 da iinparcialidade da Lei (c).

A LegisIaçab Patria exige no Advogado , e Juiz Letrado o teítemunho nurhentico da Sciencia Juridica , e da moiigeraçab ; e no Juiz Leigo a pfobidade, e bom Pntido, que o f a p b amar a Pia- tica da Jufiisa.

g. 10.

Para fegurança da uniformidade da Pratica , e boa adminiaraçab da Jufiiça , determinou a Lei Pa- tria , que o Juiz , e Advogado fofein refponfaveis d o abufo , ou defprezo da Lci , com fufpençab d o cargo, e nullidade do a&o (4.

ERa garantia durou pouco mais de trinca an- nos depois da promul- aça6 do Codigo Filippino; Por Aifento (e) da Ca f a da Supplicaçaó de a8 de

No-

flovembro de r 634 ficárab os Defeinbargadores ab. folvidos da refponLqhiIidade. Por ERillo (f) da Cara da Supplicnça6 a feentença condemnatoria em cultas contra Juiz Inferior, teni fempre a cIau[uIn expreF~ , ou tacita de poder Ter embargada dentro ein trinta dias depois da fua norifica ao. Por Ord+ n a y l do liv. I. rir. 48. e. 15. o Advogado com ProcuraçaO geral na6 lie reiponiavel ao feu cliente do prej.juizo , que lhe caufa.

,

T I T U L O

O Profcflor de Direiro nas Regras da Hernieneu- tica Juridico-Patria mofira os eítorvos , que defviad as Leis do Teu vcrdndeiro fentido: fazem opinativa a Jurispi-udencia : multiplica6 os Iirigios : torna6 vacil Iantes os mimos dos Juizes : occafionab fenten. ças contradi€torias , proferidas em hum mefmo Ati- ditorio ; e innutiliza6 na Pratica os esforços da mais Cabia , e providenre Legisla~aó (a).

- -

{C) Pngrtno cnp. 5. C)ldentlorpio rliSionwiii Forc!#rrni Pro- gytnna{t~idtn in prowmio CI~fifiirr : apud Droiiyí. Gathofre- diinli in Prnxi Ciuili tom. 1. lib. 2. r i r . I. col, 39. lerra D. Francofurti ad Mzn:im nn, rjyr.

( (1) Ord. liv. i. r i t . 5.5.4. i i t . 48.5.7. ( e ) CoJlecçaÓ dos Aireiltos N. 18.

{ f ) ]onÓ Martins da Caita EJtiIios da Cdld da Snppli- enfsõ Oiiiiporie 1692. pag. r 88.

( r ) Eíkar. liv. r . rir. 6. cap. 5. §*X. Domat Loix Cisiles d.dns letar Orrlre N~txteI , livre preliminairc De~iTegles da Drort tit, I . fe&, 2.

Page 20: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

O Iriterprete, ai~alifanda a Lei , defcobre feu erpirito pela natureza, fim , e occafi36, que a mo- tivoii. O exame deltes faclos o condua aos caros , e circunfiancjas, em que a Lei tem a p licaçaó, e obierrancia , fegeglmdo a iutrnçab d o legislador , que a promulgou (6)-

T I T U L O IV.

5- I49 E M qualquer E h d o Social o Juiz tem Oficias genericos para com o Soberano , Litigantes , Ad- vogados, e Officiaes de Juitiça (a).

Seus Officios pnra com o Soberano lhe confia6 a execuçab da Lei, e nunca a Lcgislaçab. O Juiz he o zelador, e na6 o infrador dos direitos da So- berania, e de quanto conltitue o Parrirnonio Real. Q u n d o litigio entre parriculnres tem confequencias

a ravariuas de grande parte d o Povo, o Juiz proce- e com prudente precauça8, e ate confulra o Sobe-

rano mediara ou immediatamente. (h) A falvaçaó d o Ef-

( h ) ERar.1iv. 2. til, 6. cap. 5. g. 4. cap. 6. §.zq. (a) B,:con S~rmones Fiticles , Etbicl , Politki , mono-

miri: p w Weriors Rer~rn c a p 54. ( b ) a icoo lug. cirad,

Eflado he fempre a primeira, e fupreina &i da To- ciçdade civil , que o Juiz na6 deve perder de vifia.

Para com os litigantes cumpre o Juiz Officios de prudencia, e liumanidade , induzindo-os a com- poiiçaS, qtiaiiro pcrmitte a Queflab duvidofa , fobrc que verfa o intereffe particular dos rnefmos litigan- tes (c). Na6 reja facil o Juiz em prevenir-fe , e greoccupar-re por fugeflbes diaadas peIo odio , vingança, e inrcrere. Na6 receba Com promptidab Accufaçbes fugcridas por peifoas de pouca ou ne- nhuma probidade ( A ) . He do feu dever na3 preci- pitar a Centença , na6 tolher os meios legitimos de ufar cada hum d o feu direito ; c na6 favorecer no Juizo mais ao A, do que ao R. (e).

Quanto aos Advo ados, deve o Juiz honra-los f no Juizo pela probida e , e littcratura; e na6 pela dia aEei~a8 partjiular : trata-los como feus coopc- sadores no miniikerjo da Juíliça : examinar, e fii- car a medulla de fuas allegaçóes : evitar a furpeita do colluio , e de corrup a6 , na6 favorecendo os i clientes de cerro Advoga o aos difpendios da JuRi- ça dos clientes dos outros (f).

( c ) Ord. liv. 3 . tit. 20. 4. ri ( t i ) Durand in S'mfi10 part. 2. cap. i. D,: Pr.cpnratoriir

Jtrrliciorii~n. ( c ) Bscon no lug. cirad, (j') Id. no lug. cirad.

Page 21: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

8 E L E M E N T O S .

Ekriváes , e Offrciaes executores da Juitiça e F candalot'os, e corruptos , apeiias fa6 Iõffridos pelo Juiz , fórmab o opprobtio do Foro , e da reputa- çaó do Magiflrado. Por elles Se multiplica6 , e per- perua6 os litigios ; e Te exhaure o Povo da iua fub- fiancia. Reduzi-los a Teus devidos cmolumentris : fa- ze-10s praticar verdade , fidelidade, fcgrerto, e exa- fiidad: reprimi-los de toda a vio1eircia , que Ihes na6 for expreífamente ordeiiada : eis-aqui os Offi- cios cio Juiz relarivos geralmente aos Officiaes do feu Auditorio @).

T I T U L O

Oficio Nobre , e Mercemrio do rtrie;.

- -

O Jiiiz iio exercicio de Tuas Fuq6es exerce O&- cio Sob re , e Mercenario. O Nobre eonfiite no dei- envolvimento da jurifdicçab volunraria , obrando de Teu proyrio movimento, ou a requerimeiito de parte, quando a ninguem fe feegue prejuizo ; ou jempre , ,que o exige a necefidade Pública, ou gra- ve prejutza na demora. O Mercenaiio ferve a Ac- ça6 , que ie dedilz a Juizo contencioro com adver- i'ario certo (a).

5. 20.

(g) Bacon no lug. cirad. Domar Droit P H ~ ~ I C IIV. 2. rir. 5. íect . a . 3.4. q.

(n) C)ldc.iidorpio i i i procm. G1@: spud Dionyf. Gotho. fied, in Pr.lx. Ciwil. toni. z. lili. 2. rit. I - col.qa.qr, 42.

H e do OEcio Nobre do Juiz o prompto foc- corro contra qualquer violencia, obrada , ou amea-

ada perpotentemenie contra a vida , liberdade , fionra , ou bens de qualquer i n d i ~ i d ~ o da Tociedade civil. O Juiz entad ufa de Teu Officio Nobre ata- lhando, inhibindo, alTegurando , reitituindo até cem ouvir o aggrehr . Mas lua dererminaçab tem Iem- pre a claulula expiefla ou racita , de que feita a ~eílituiçaá , o Mandado fe rrfolva cni limples cita- çad. Se o aggreffor Te fcntir gravado , ou prejudica- do allegue em Juizo c o n r r a d i h i o a jufia causa, que teve para ufar do beo.

Pertence ao Nobre Oficio do Juiz a Rehiiui~aÓ da Fama, a Rein tegn~ab da FjliaçaCi, da Legitima- ça6, Emancipaçab , e Tutella , em que na6 ha par- te prejudicada, que iinpugne eRes affos ; acudir ao provimento e fubiiltencia do fillio , mullier ? e fe- mel hantes inexoravel , ou barbarainenie oppnmidos pelo Pai, Marido, que os priva6 dos meios de ex- jfiir : depofitar as penòas , que correm algum rirco no poder daquelles , a que a Naiiireza , ou a Lei havia confiado a h a guarda , e icgurança : acautelar o delcaminlio dcs bens dos Cidadlos , a que n ne- ceílidade urgente nab deixa re reffo para deliberar, e efcoiher outro meio. Porem 7 ogo,, que c6iTa o pe- rigo, que motivou a prompra pto~ideiicia, tambem céfia a obbrigaçab do Oficio Nobre do Juiz.

Page 22: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

O Mercenario verfa todo fobre a Acçad dedu- zida , e ventilada em Juizo conrenciofo. Neite Offi- cio, a Lei he a norma do Juiz tanto pelo que per- tence aos preparatorios , como elo que pertence aos termos, que kgur o l i t i ia. f n n b mclmo quan- 2 do alguma ceifa Iie deixa a ao arbitria do Juiz, eík arbirrio reguIa-fe pela equidade Natural , ou pela inclhor averigiiagab da verdade conrrauertida. He aíliin que o Juiz proroga ao R. o tem o da prova, que era dificil aprompiar na Carta Be Di- ]apb afignada. He a f i m , que a t t fem rcquerimen- to do R. oJuiz de oficio rejeita a pertença6 do A. quando do feu Infirumenro, documento , ou titulo

robante apparece a innocencia do R. , ou a falta a e obrigaga5 para vir a Juizo. He s G m , que a n res de proferir iínrença definitiva, ~ 6 d e abrir a con- clufa6 do Feito para ouvir a parte gravaria, ou Ie- zada ern kus direitos.

T I T U L O VI.

Oflcim do Relator , e AdgPrwtas,

Q Uando o Juiz expdem o Feito perante Coin- Juizes, faz o officio de Relator. Seu Relatorio

lie Iiiiina fummsria, mas Pubitancial analyie do ro- R ckllo , que deve conter o fa&o com as circun an- cias, que o aggravaó, ou diminuem : a qualidade e merec~iilenco das pr6vas; e O reful~ado feguro da

juf-

j t i i i i ~ n , ou ifijriltiça de clcdri hum dos litigantes com a Lci exprcfia , que liier !ir aliplicavei (a).

O Adjunto OU vota por efcripto , :! que fe clia- i a i ~ tencaã; ou vota de v iva voz. Qando vota por tensa6 incumbem-Ihe as rnermas obrigaçoes que ao Relator. (&aiido vota de viva voz deve examinar o Feito ; e i~icumbem-IJie as melmas obrigagbes , que a hum exs&o Juiz (b).

T X T U L O VII,

" ,-

MiniRerio do Advogado veríã e&ncjalmente as funcç6es de Conlelheiro , e Defenfor de

feus clieiires, Como ConfeIheiro he elle o primeiro Juiz da caufa , que vai a começar ; porque a cIle fe dirige o cliente para cxpbr o fatto . e confuitar os rncios de haver, 'e profeguir feu direito, Como Re

Tomo I. F fen-

( a ) Eí?at. liv. 2. r i r . 6. cal?, 4.4. rz. ( b ) Domar Drort Pzfblic liv. 2. rir, 6. fefl. I . 5. 4. [e&.

2 . 5 . 2. Nas Audiencins ou Relaç,6cs d'AelFanha a t e n ç ~ õ do Juiz Relaror nas Caufas importantes he coi~traminurada pelas partes , imprera , e diílribuidz i e he julgada a Caufa em dia cerro, moriv~ndo os Adjuntos de viva voz o feu voro : Dou Injtituciones De1 Derecbo P~bl i co Genernl de E/: pona tom. 6. lrb. 4. i i t . 2. cay.9. 5. t. ag. 177. Pratica quafi iemelhance he a dos Cariróeç da Con edeu aó BeIvetica : P Real Wmie <Iw Go~~-uernrnun( mm. t! ~sd 8, 5. 884.

Page 23: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

fenfor o Advogado he o mediador da verdade, e da jaílisa &rre o Juiz e o cliciiie (u).

Qoando o Advogado obra como Confelheirci do feu cliente, antes de coiiieçar a Acçab examina o FBo, e qualidade da fua próva : averigua a Acd cad, e precave a ExcepçaS que a poderá dilatar, o u innutilizar; e em wníèquencia de fuas iverigua- çdcs , e comhinaçdes aconfeIha com madureza ; e dirige a caufa com acerto, e regurança (6).

6. 27-

Qando o'htI@d., fobre que be conlultado, contém injuftiça rnaaifefia cwtra o Direito Nztural , ou Yoiitivo o Advogado obib deve aceitar o f u patrocinio. Se a juRiFz do liti io he duvidoia peh E natureza da prova , bu julb o icuridade do Direito o Advogado aad o diíiitriula ao cliente. Seja a caufa j u b , ou duridoQ o Advogado em feu patrocinio ifcfiipulofamente deve evitar s ilienrim, ou arrifi- cio, e nunca iurprender a jufifya. De outra modu b a i p m 6 t e a ptobidade, a .honra, e á iiobreza da Advocacia (c)

( n ) Domar &ait Pr&. liv. 2. r i r . 6 . I&. 1. a0 artigo 2. heta (6).

.ir, liv.2. ~i1.6. cap. 4.4. 12. Slhryki~ n~b%us De nret4JZ1i. L&. 1 . Mtnibrum 1. 5. 5.6.7. 8. 9. 30. 36;in 9

( c ) 30m1 Q r ~ i t p ~ b . lly. L. tir. 6. k0. 2. arriclc 5 . nota e)..

Como Defrnhr de leu dikme o Adiogddo e- ~rekiirrta de mediador da rerdadc, e da jufiiga da cauh , e na6 das paixbcs , que brdiaariainente oc- cupa6 os adverlrriod entre fi. Nbr exercich deffi obri açab o Advogado abifemife de iiqurias , e de InTu f tos , e de qdanr8 ofindt d jultiçá, a decendd, e o refqkiro do Mitorio (d).

ftofeiTok de Direito, lnthpme da Lei , Juiz, Relato!, Adjunro , Advogado quahdb a Piarica Bif- fere da Lei, devem fe uir a Lei, e tiprovar a Pra- i? tita (E.). Tb&s faab O rigado? a na6 tranfgre&r & 2rripreteriveis limites de EmsMcioo ; e a evitar o te- mraiin t facrilego attentado de arripliar, bu r e i l r i ~ @r Pratica das Leis r kus partiku&W , 1 pra- prios&&mtts, e W i /r Rem atbirros &I LCkiakp3.

Utilidade prurica do cuiiheciment~ dm AcfÜe~.

A S Acples T.6 O crercicio do Direito , T a Lei d i a cada Cidadaó pua deduzir, e pro eguir em Juizo contenciofo hi juíiiça contra todo, e qualquer que o perturbe no ~ f o da propriedade

F ii pef-

(ti') O ciiad. Domar no cirad. liv. tit. e I&. atig. 5. (e) Ehab liv, t. r i t 6, capa 6.94 I 3. 14

Page 24: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

59L - E L E M E N T O S , penò31, ou real (d). OS Roinanos as lirgeitira0 a I~ormuI3s impreteriveis. Ella efctup~lora obfervsri- ci;i teve a uriiidade de f ixlr o citado da Queflao', co~irefiar a caufa em poucas palavras Tem debates, ou protelagdes ; c obrigar os litigantes a Cer exa- fios , e a iiiitruir com precirad o feu direito , c provas antes, de as offcrecer , e deduzir em Juizo (6). O Foro d'Inglaterra legue ainda o ufo Roma- iio, tendo Formula apropriada para calia AcgaO.

5 - 3 1 -

-As FormuIas folemnes dos Romanos dslterrá- rad-ie 'do Foro de rodas as Nagbes do Continente da Europa. No .Foro Parrio a Acça6 recebe-fe no Juizo de qualquer modo, que elIa poffa lubfifiir , fem que feja adekrilta a certa, e determinada For- mula particular (c). Mas apezar deíta liberdade ex- iftente no Foro Portugliez, o Advogado, e o Juiz devem conhecer as Formulas das AcçOes; pois que deite conliecimento rcrulta faberem na Pratica , O que he eKeeilcial em cada Iiuma para deduzir-[e, e provar-fe (4.

5. 32 .

0 ~ d v o & d o do A. anres d e cornecar o 1 iligio confrorira o t i a o , 0u.o direito com a Acçab com-

Pe-

( a ) Bernardi hJaa~el.Tbcor, dcs L o i i Civiics chzp. 22. Dcs Attions. ' (b ) Piinr Trni té des Loix Ciwiies 2.' parr. chap. 12. Des Proces Ciuils pig. yz. a:& 85. da Ediçaó dc Haia, e Londres r774.

( C ) O:&. liv. ?, ir, 20. 5 , 5. (d) Ekar, liv. 2. ric. 6. cap. 4.. 4. 11.

petente. Conhecida que feja a Acçad fepara a Quef- ta6 do Direito da Queflaõ de Faf lo , e de ruas cir- cunitaiicias ; e por eRa iepara~aó , e indagaçaõ der- cobre na Acçaó, ou na Equidade Natural o meio mais faciI , breve, e Ceguro para deduzir o litigio. O Advogado do R. procede a femelhante Teyaraçnõ, e indagaçaó para achar a Excepçad efpecifica ; e por dla dibtar , ou innurilizar a pertença6 do A. (e)

Quzndo o Juiz conliece por li mefmo, o qne he effencial iia A c ~ a 6 , ou Excepça6, regeita de Of- ficio, ou a requerimento de Parte, quarito dilcorda do Direito , ou da Equidade Natural ; e na6 en- tertein por íeu o6cio lirigios injuftos, e capricho- fos. H e por eí?e conhecimento que elle deve regei- tar o Libello inepto, a Excepfaõ frivola ; e quan- ro f'e dirige a protelar no Foro a vexaça6, a op- prciTa6 , e o elpiriio de cliicana (f).

( e ) Snmuel SI ry kius TraHat. de At)ionib, Forttifib#i f.0, i. Memb. i. g. r. 2. 3.4.5. Wiireberga 1769 in.4.' ,( f ) Ord, liv. 3 . rit, 20.9.16..

Page 25: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

IX.

ZiJo das Ac~6e.r P t f l ~ e J , Re&s , dUi$tns, Prc- jztdicider , Cnabines , e qiré na6 podem

cede;-& a outrem.

A S Forrnulrr folemnn das A c g h ceí r inb de kr exigidas rigororamente em 343 6 4J8 o l de- trrmins~des dos Imperadorar b n l k n t i o , '81e&~~- $0 e Valcntinhno j m a s fubffibta6 Sempre os no. i i i t s , e erpreflad dás Reçóes, que ie ofFereciad na Fora (a). O S P. Alexandra l i L em I 160. declw MU que a pertcnpb ou litigia. p d i á fer admirtido em J u i z o km ckdara ad d o nome da kcçaá (&I. B 0 s Jurifias da Efcdla os Irrterpretes , Accurcianos , e Rartolinos coritinudrab a feparar , e expecificat a9 Accócs (c) ; mas revaleceo a Decreta1 do S. P. Alexandre 111. no $oro de rodas ar Naçber (4.

As Acçbes , que occupab o Foro, fe procedem de deiiaos ou quali delifios ia6 Criminaes : fe procedem de contra&os, e direitos de propriedade, ou ufa-fruao Ta6 Civis. Quando fe deduz noForo o

di-

(a) . L. Ttdris i. e Nttlli z. Cod. lib, 2. rir. 58. De Forrrwlis de Iiitrrpretnrionibws ARionnrrt rubldtis.

(b) Cnp. DileR'i 6: 2. lib. r. rir. I. De Y#dicris. (C) Lftar. l i v 2. ti[. 6,Cap. 4.5. 5 (4 Siliryk, Tralf. De A#. FoT~J i: Mtmb. I. 5. r-.

direito , que compete por virtude do contra00 a Ac. p d Civil he Yefloal : quando fc pede o dominio de hiima c d í i a AcgaB hc Real : qriando fe pede o domioio. por virtude de contrafio a Acça6 he Mixta; porque participa da natureza da Real , e da PeíTosl (e).

§* 36-

A Acsad Peffd differe da Real r." em que a Ac~ab he unida ta ppefioa obrigada , bgue-a [em- pre; e ate para a Seus herdeiros : entrarnnto que a Acçaii Real regue unicamente a coifi em qual- quer maó, que ie ache;. puem p o f i e effa ~oi1.a Te pertende rxemir-fe do Iitigio , na6 rem mais que abandona-la. DiEere 2." em que a Acçaõ P e h a l concIue fempre , que a Parte obrigada ièja conde- ninada a fazer, ou dar O que li pede : c a Ac a6 Real conclue Eempe comrn a ceifa para p i e Aja declarada perrcncer Lcpefle, que a pede. A A c ç d Mixta conclue contra a Parte para a ~ l f i t u i ~ a b dos EruBos , e iareoeifeP defde a i n j d i occuyaçoli; e conclue contm a cdh pata &r entregue, ou decla. rada pertencer iquelle, que a vendica (f).

Quando fe controverre o Eitado da p e h a co- mo livre ou fervo , io3teim ou o 3 6 d 0 , iècular o11 Ecclieíiafiico, Clorigo ou Frade , Cidadad , ou Ei-

ttan-

(e) e ~odrigries f ? $ i t ~ i ~ t l ~ s Dcl Dfrwh CidI CaJtili~lili. ;.li[. 4. 9. ~.Ed.icion 6.1 Maririri 4835. pag . 26,. {f) Francifco de Houtõric ,E.iicntiori de I'Orde;r.rrice de

Lsru XIV. JHr les Mdtieres C l d e ~ ti<. v. Gmrnenraiio Artigo I , E d i ~ n ó de i'aris 174:. pag. '47.

Page 26: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

I 8 E L E M E N T O S . ~ra:igciro , pjrrirrc au ei'lranho, izento ou fubiii:o , 3 Acçaó I i c Preji~~licial ; porque prcjndrca a rodù o coriIieci~iiento ulrcrior ? a rjlit: na6 pdJe pairar-l'e niites de julgada detiiiirivanirnte (R). K o Foro Ps- tiio cRa Acça6 rege-lè por Direito Koniaiio (h).

As Acçdes Calilbiaes teni forma particulnr nn inoJo de i'crem deduzidas em Juizo , conctber 0 Lilicllo, docrirncnra-io , e tempo de produzir a pro- va original. Deiias deve ter corilieciinento o Advo- p d o , e o Juiz para fe coiiformarem com a Pratica efiabeiecida nas Praças Commercianres ( i ) .

Entre as Acçbes PeíToaes , Reaes , e Mixras lia Acç8es que na6 podem ceder-Ce : taes Caõ as da coi- i i iitigioia; as que fe fiindad em Direito Público iècutar , ou EccleGaílico , Feudal , ou Civil, que in- duz privilegio elpecial, e ~efloal. (k).

(g) Heinecio Elementa %ris Ciwilis lib. 4. tit. 6. S. i 142. i 143. Palcalis Irrjiitutiom Ywis Ciwilis Lrgtnni lib, 4. i ir . 5. g. 6.7. Ord. IIV. 3. 111. r 1.5, 4 ,

(b) Ord. Iiv. ;, r i r . 50 4. 1 . Cummentadores ao iiv. 2. rir. ro 2 - De Ordiiie C#gtii!iorirtin.

( r ) Vid. Heinec. Ele~~ienta Juris Canzbi~lir cap. 7. leQ. r. r . 4 . tom. t 3. NcalioIi 1766. iii Y ."

( k? +Vi3. Scryk. DilTetiat. De Tnribus Q AtTioriibur noir CeJ~litltbrds cay. 6. ad c.iicrm rrafiar us De AtZiojlilt4~ Fo'oieiiJi- b;rr,

Os Praxiitas Reinicolas mais antigos , nos reftaó fora6 da Efcóla Eartolina ; e tratirad 1"' as Acçdes accommodadas ao Foro. Delles o rnellior he Cariiintla , que na Fórrna dos Libellos, aponra a cada Iium o que fe faz effenciat na prova da Ac- çad ( I ) , Do colturne dos Civililtas declararem no Libello o nome da Acçad ; e da regra de na6 ier exigida eíTa declaraçab or Direi to Canonico , e Pa- I' trio , procedeo a Caute a dos PraxiRas efcreverern no priricipio do Libelo = Pelo melhor modo de Dj- rei to = E fe ramprir. = E iio fim deIle = Peti t ad- snitti omni meliari J ~ i s modo = e = Fuma PtjbZitta.

T I T U L O

A Sfim como o A. deduz f u i perrengal em Jiii-

zo pela AcçaÓ ; afim o R i o a exclue pela Exce- pgab. Toda a Excepça6 he Defefa, inas iiem toda a Defefa recebe no Foro o nome de Excepçad. EC te nome he ripropriado á Defeh, que o R. deduz princi slniente para excluir a Acça6 do A. Por ex., E por o rigaça6 iirteral o RCo conítituio-fe devedor de certz quantia: dentro de dois mezes o A. offe- receo em Juizo a Acçad litreraf contra o R. ; effe

Tom. I. G que

( I ) Praxifia da Elcóla Cujaciana he Parreal, que deve conruttar-le {obre as AcçÓes naobra JnJfit~c~. 314r, Ciuil, Lílq,icdnl lib. 4. t i t , 5. per cor,

Page 27: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

que na6 recebèo a quantia de que fe conitituio de- vedor, oppóem dentro de dous mczes a Excepçab Non nunlercztd petrrnid (a).

§ v 42.

A Legisla~ad Patria reconhece Excepgdes Pre- judiciaes , que no Foro devem regular-fe pelo Di- reito Romano (b) : Dilatarias , Pelfoaes , e Reaes , a que de0 fbrma de proceder (r) ; c Peremptorias , que tambcm reguem Outro procedimento (d). Os Praxiitas fazeni lembran a das Excep~óes que parti- cipad da natureza das fl ilatorias , e Peremptorias, a que chainaó Mixras , ou Anomalas; porém di- verrifica6 nas expecificaga6 dellas (e).

§* 43.

(R) Kolandinuç Rodolphinus, Surnrna Artis Notaria. parto 3. cap. 9. Rubrica De Excepriotiibus tugduni 1565 pag. 608.

( I r ) Ofd. liv. 1. rir. 50. 5. i. infin. (c) Cir. Iiv. rit. 49. yer tot. confronrado com O tit. 20, 0. 9. {cl) Cir. li", ,ir. 5. no proern. confrontado com O i i t . to.

5 . Ir. (e) Os antigos Praxifias íeguindo a Durand. ili Sperrr-

10 De E ~ c o p t i o n i h s g. i . n. 5. concaó por AtioiiiaLs as que na6 rem regra fixa no iempo em ue ha6 de Cer de- duridu na Feito ; r entre ellai Jirrm ler tal a Exccpga6 de Excornrnunhaó : vjd. Anaclero ad lib. 2. Decreial. rir. 25. 5. 1 . n . 21. 2 2 ,

Os PraxiRas modernos chama6 Alionia/ns as que velo Fucceffo . e ~rocedimenro da Cauh laó Dilatorias, 'ou ~ e r c m ~ t o r i a s ; ' e dizem que pertence a elta claiPe a E x ~ e p ~ a ó ilc Brri~Jicio da Orriciri, que o fiador oppóem , Par.] sue ~ r i r n e i r o ie faca ~ X ~ C ~ I Ç B O nos bens do prjncipsl ~ -

deveciir. ke os heix dehc clie;a'ó para iirreiro pagameri* ro , a mencionada Excep~aO he Perempro!ia ; rena6 chc- gaÓ , he eiitaò DilaroriA : vid. Boiiraric Expilcdt. de I'Or(kti. d e Luis Xfy . [ i r 1 ~ s ~ d r . Ciu. r i r . 9. Comment. ao Arr. I, p3g. 64.

Ainda que as Excepçóes Dilatorias , e Ferem- ptorias fe regula6 na fua clanè por fhrma geralmente eítahelecida na Lei ; lia com rudo Excepcbes , que tem fúrtna elpeciaI em iua deducçaó , e procedi- mento. Deita claíTe Iie a Sùfpeiçab poita a Julgador fubalterno (f) , ou poita a Dezembargador , que deE pacha em Reia~aó (g): a Excep~ad Declinatoria do Foro, fe a Jurisdicçao for prorogavel (h).

Pdde a Excepçad offerecer-fe em Juizo Tem .preceder Acp6 propoíla pelo A. NeRe cafo a Ex- cepçs6 procede por fórma de Queixa ; e o Erci ien- P te , .que a propós faz ss vezes de A. A L e ~ i s açad Parria offerece o exemplo no cafo da diffiiiiaçad do ERado de qualquer Cidadsd (i). Ufa-fe frequente mente no Foro para affegurar que taes prédios, ou taes pelliras na6 ia6 obrigadas a a e s ou taes encar: gos e preítaçdes , que delles fe coltuma , ou per- tende exigir. (k ) .

(f) Ord. Iiv. 1. tit. t t . e t z . (g) Affenro de 9 de Ourubro de 1659 , outro de 4. de

Novembro de i673 , Decreto de 3. de M a r p de 1650. Cafl. 2 , ao liv. j. das Ord. [ir. t i .

h) Ord. liv. 3 . tic. 49. 5. 2. i ) {lrd. liv. 3. tit. i i . 5 . 4. k) He doutrina de Cujacio abraçada par Joa8 da Cor-

i a in lib. I. Decrctal. t i l . 31. comentar. ad cap. 46, Lutetiae Paciíiorum pag. 131. ~gz?

Page 28: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

T I T U L O xr.

0 . 45.

&"orm#ld he o afio, de que fe ievelte r LU no exercicio da rua applicaçaó. NelIa ha coifas eETen- ciaes, e açcidentaes (a).

He eKencia1 que a Formula i-bfianceie e com- rehenda a natureza do negocio de que fe trata, e

fius requiltos notaveis (h). Quando a Lei a prd- creve bbpena de nullidade do a&o Iie eilenciaf o ieu feguimento iem alteraçaó.

H e accidental na Forniula conceber-fe com maior ou menor perfeiçab , e pureza de eitillo ; e Lm a tenaz adhefaó, que a cada palavra della at- tribuem os Tabelliáes , e Advogados, que ignora6 em que confifie a rua força e propriedade.

(d) Domar, Droit. Pnblic liv. 4. pag. t t 5 . até 228. na iorn.'q. '

( 6 ) Eitat. iiv. 2, rir. 6. cap 3.5.56.

Na citaçad por exemplo , he effencial fazer-le por Official Publico para iiTo derermiriado : conter o nonie do R. do A. : aonde fa6 moradores : o mo- tivo da citaqab; e a que Juizo he o charnamenro : fe deve apparecer pcíloslmente , ou p6de por Pro- curador. A Formula ou Certidaó deve conter cites requifitos ; mas lie indifferente a pureza da locu-

(4. 5- 49.

A Formalida& reveke o a&o para fazer pr&a em Juizo cio Iúa verdade, e validade. Diz-Ce Aurhen- tica e de rigor, a eltabelecida por Lri para que o a f i o poffa ter f P judicial ; ou extrajudicialmente. H e indifferente a Forinalidade , que p6de fer ornir- tida fein nullidade do aQo (d),

He por exemplo , Formalidade rigorofamentc &terminada , que a Carta Tefleniuiihsvel fcja con- cert~da com outro Efcriva6, ou Tiibetliaó (e). He indifferente remelhaiite coiicerto , yuaiito a Lei ex. prenàmente o nad determina. Tefiamciitos , Doa- çaes, Contratos , Docunientos para rua val idade, e aurhenricidade rem Formalidades , que rigorotmen- te derein fer obfervadas Iobpena de nu1Iidade.

( r ) Ord. l iv. 3. [ i r . i. $5. Domar, Droit Ptd1 , l i v . q. roni. 6. pag. t ~ 7 .

((I) D o m n t , Loix C i~ i l c s tom. 5. liv. I. cit. i . feQ. j. (e) O r d , l i x r , I . rir. 24. $. 10. 25.

Page 29: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

E L E M E N T O S . DIYISAÓ I. T ~ T U L O XII. zy

T I T U L O XII.

ACla~Jhk hc somo huma breve Rntensa , ir- cluiizdo o que [e faz por ella para confervar ou d e rogar Direiio que j i Ce rem , ou fe efpera ter, ou le rraiisfere em outrem ( J ) . Diside-fe em C'onzkerrr- diaaria , e Infditu.

4. 52 '

Diz-le confuetudinaria aquella que ordinaria- mente fe ufa no adio da natureza, a que ie junta a Claufula. Supp6e-fe que o Ofliciai Público , rogado para fazzr O Infirutrientu, deve lançar nelle as Clau- lulas do cofiunie , ainda que na6 Itio a d v i r i a 6 as partes. auando o Oficial Público omittio eiras Clau- fulas, aíiim mefino fe reputa6 efcripras; ainda que na6 poKaTa6 mais juntar-re ao Infiruinenro , eitatido o aBo coinpleto , e vulgarizado fern ellas (h).

He confuetudinaria por exemplo, a ClauiuIa de que o Tnbelliad recebe o direito pelo aufente: que o vendedor entregard ao comprador a co i t vendi-

da :

( n ) Rartholomei Rartazolli Ferrarienfis Tra8at~s Clnr~- jitlitrnrtt ln j frr tmei ic~l iuni , ClauSula 4. 6101% 29. n. i. Fran- cof!!r!i I 599.

(h ) O cirad. Battazoili Claui. 4. GloL 34.

da: que o defenderá de quem pertender reivindicar o dominio ou pofle : que OS conrratantes obriga6 todos feuç bens moveis , e irnmoveis ao comple- mento do contrato: como eflas CIaufulas bb da na- tureza dos contratos de Doaçad, Venda, e Obriga- ça6 reputab-fe expreras, ainda que dellas na6 faça mcn~ab o Inílrumenro (c).

ClaufuIa iniolita he aquella que expreffamente deve declarar-fe no Inltruinenro ; e que nunca fe en- tende ~om~refiendida na Claufula confuetudinaria. Por exemplo, na Claufula de obrigaçaó de bens moveis , e immoveis , na6 {e compreliendem os Direitos, Ac- 6es, Fideicomniiflos , e Bens Enfyteuticos , Te deI-

fcs fe na6 hzer expreíla rnençaó (4.

Seja a Claufula folita , ou infolita , gera1 ou cfpecial, chama-fe Prot~JJi'ativJi'a, quando tem por ob- jedo conrervar direito que que vai a Ter violado por força maior (e).

A ClauCula ProtcRativa contra o fi&o do Juiz na6 dá direito novo Aquelle que protella ; mas con-

fer-

(c) ld . CIauf, 1 2 . Glol. i. n. i. cGloT. 2 , CIauL 26, GloL r.

( r i ) Id. Glof. 2. (e) Ord, liv, 1. r i t . 36. 5 , i.

Page 30: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

ferva-lhe o j á tem com canto, que tia6 fe 20"- tradiga pelo $' afio que fe conlentio , ou appro~rou (f).

5- 57.

Aproveita fdra do Jriizo a Claufula Protefiativa para muitos caros tio Foro : por exemplo, para im- pedir a venda do penhor, que excede muito á di- vida : para perpetuar a Excepçab Non ntlmemrlp pe- culjjd á, iiienor parte dos crddures contra o acordo eriganofo, ou dololo da i~iaior parte (g).

Na ClauiùIa fina1 do InRrumento refolvem-fe to- das aqueilas , que pelo corpo do Initrurnento com eila rem analogia (h) .

(f) Ord. l iv. 3 . tir. 36. §. fin, Strykiiis , DiJrrtat. 3ziridi- rnr. vol. 3. Difparat. 27. cap, 5 . n, 6 .7 .8 . g.

Q) O r d . l i v . 3 . r ir . 78.1.7- 8. li". 4. r ir . 51. g. 2. (I>) Rodolpliini Swriina Artis ATotnri,e cap. 8. pag. 5f5. Sobre as Claiilul~s dos Inltrumentos efcreveo Barrazollt ,

Gomes D: CIaufilis ContrnAuurn v ~ r i i s , Dionyl. Gotho- fred. in PI.IX. Civil . tom. z. lib. 1, rir. 14. pag. 1856. e Te- guinrcs , Ijuniez Bayo , ir1 Prax. ,E~~ l f f i d . l t i~d , & Sccd&ri , IJWL T . lib. i. cap. 3, De oiirnibris Clauinlis Rcfiriptorrrtit pago i 16. e ieguintes, Lugduni 1671.

T I T U L O

A Providencia ou pievmgsó , que ofid ar p&a antes para excluirem de feuç contratos o damno de ieus bens, ou direitos , chama-fe Carttcla. H e L r- fina, quando na6 repu nn 1 Lei : he C m i l d , quando Ie encaminha a p raudar a Lei , ou a iUudic o direito dos outros paaoantes (a).

A Cautef a Legi rima diz-iè Neseflm-ia , ou Abuw dante. Kepura-lé Necefarin a que promove o com- modo, au evita o darnno : Abrunciantc, a i que affe- gura mais o direito do paaoante, e augrnenta com maior evidencia , e extença6. Tal he por exem. p i o , a de que o Fiador fe obrigrie h Jolidwm co- m o priricipal pagador : que o arrendatario na6 de- teriore a coifa arreiidada , antes a confiervc em bom eflado, e a melhore racionavelmenre (h),

Tomo I. H 6. 61,

(a ) Sr r kio , Sicppltmentuni Diprtdtionsrm volum. i 4. TraBarus De C$crtelis ContraAurm NertJ;iriis fea? r. cap, r . n . 6 . 7 . 8 . 9 . 1 0 .

( b ) Cicad. Stry kio no i u ~ . cirad. 5. i 3,

Page 31: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

E L E M E N T O S .

Antes de ceIebrar contratos peffoaes he provi- dente Caiitela indagar a qualidade da peíioa con- Tratante. Por ex., ie .hc IT1uIher , caiado , fillio-fa- milias, prodigo , fiirioro , btbedo , nienor, mudo , íurdo , cego, .monge, fervo ; para que regiindo as diverias tondiçóes , e eitados po&6 exigir-se pri- ine7ro as coinpetentes authorizafbes (c].

Nos contratos de bens de raiz deve preceder á Tua ce1ebraçad.o conhecimenro da materia , e ob* jedo do contrato. Por ex., fe he fobre prtdios Eccie- fiafticos , Pbblicos d o Codelho , Proprios da Coroa , Vinculados, Emphyteuticos , Dotaes , pertencentes a menores, hypothecados efpecialmente a outrem. A mef- ma Cautela ou averiguaçaõ deve preceder b b r e mo- veis e direitos , alicnaveis, ou inalienavejs , ou pro- hibidos por Lei. As folemnidades e previas Iicengas fazem entad parte das Cautelas proireirofas (d).

A Fornia~aB do. lnfinimenta -1itte~nl Ire tambem fujeiio I Cautela das folemnidades da Lei, rem er- ro nas peffoas dos paeoantcs , na materia do con- trato , e na pofitiilidade da exccucab , e cumprimen- to: na6 conter dúvida a!gurna iobre o confenrimen- to efpontaneo dos inrerehdos. Quando o Inflrtirneir- to hc celebrado de noite , deve declarar a razad.

He - -

. , . -

( c ) Ci,ad. Scrykio cny. 2. ((1) Citnd. Stryk:. cap. 3. ' < C . >

H e tambem Cautela, que evita rnuiras ddvidas na execti;a3 de feu cumprimento , declarar-fe que Tuf- citando-fe eerilbarago na inrerpretaça6 de alguma ClatifuIa , fe faça a interpretagia6 a favor racioiiavel defie , ou daquelle paaoante (e).

Na renuncia de Direitos cumpre acautelar-fe que a efpecial produz mais efFeito , que a geral : que l i a direitos, acçóes, e excepçóes que por ne- nhutna Cautela fe renunciab; outros que fd expref- iamente; outros em que fo vale a renuncia, coiif- taiido pelo Initrumento, que o renunciante foi ex-

reKamente certificndo do beneficio, ou direito, que fhe competia fe na6 a renunciaiLe. De ourro modo obíka Tempre contra a Cautela a regra , de que lia fuppofio na6 renunciar ao beneficio, ou direito de que fe ignora o proveito, e extençad (f).

% 65.

Seja6 quaes forem as Caurelas no Foro Patrio', pelas quaes ie façad em Autos renunciaçóes, fian- $as , cauç6es , louvarnentos , patlos , convensas , procuraçbes A p ~ d a€7a; os termos iavrados pelo EE criva0 , devem fer no inefmo dia afinados pela

arte, a que prejudica6 , Iobpeiia dc ficarem nu17 Pos (g>.

(e3 Citad. Srryk. cap. 5. ( f ) Cirad. Stryk. cap. 5. (g) Ord- liv. I. iit. 24. 5. t~

Page 32: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

T I T U L O I.

A l í e r d Natural, ue detefla a guerra de h*; mem a homem ,. perfua 3 e ao offendido ,, que an- res de obter a ~ndemnifa a6 por violencia , tente piimeiramsnic os mio8 f e amigavel coIY'Ipenfi$26. Quando eites na6 produzem eEeito a mefrns Razad Natural quer ,, qiic o ofiendido , c aggreffor concor- dem no arbitrio de homem imparcial e intelligeiite, que decida a controverfia (8).

, ,

Perante o Arbitro o dend ido expóem o fa&u da aggreffab , e o dainno ,' que elta Ilie caufou. Se o Aggrefior confeffa na6 ba aeceifidade demais pw- va para a deciinb: fe nega faz-fe indifpcnfavel prova pcr parrc do offendido.

( a ) ELZe tit . hc fribfi:inciacio d'e Sarnuel Puffendorl. DC ?rire N~trcrdr 6. Cziiriiuii Iih. 9. cap. 13.

Quando o Aggrefir em vez de confeffar pura- menrc , ou .negar , re bein motivo, que dcrculpa , B ou diniiriue a gravida e da aqgrelljd, he ncceffario proceder-iè a prova defi delÈulpa, oti diiniiiuiçab.

Qtiando exiflc a prova intrinfeca , c infeparavel da natureza dos faRos deduzidos , he fuperflua ou- tra alguma prova. Logo que eiTa na6 exiile, he el- Ia fubílitiiicla pela rova Ijtteral , ou teíljnionial , P com tanto que qua quer delIas reja jniparcial. He imparcial o Documento feito ou approvado por am- bas as partes, e rccoiihecido por verdadeiro antes, o u depois da contenda. He imparcial a prova de teliemunhas, que na6 fa6 racionavelmenre coniradi- fiadas ; e que declara6 coiiteites osfatlos, que pre- fen~eárad.

§= 709

Da prova confrontada com os faltos deduziam fórma o Arbitro a decilaii, applicando-llie a Lei Na- tural , ou a Equidade, que lbe he aprt>priavel. Se a prova ire j ncoiicludenre, ou duvjdofa a Lei Natural, ou a Equidade iiad coridemnaS. Se antes da Sen- reiiça algum dos contendorcs coniproinette a deci- fad no jiiramento do outro, a preítaça6 do jiiramrn- to decide o litigio.

5. 31.

He nenhuma a decifa6 do Arbitro , que dircor- da do fa&o coricliidenternenre provado , ori da Lei N ~ t u n l , que Iiie for ayplicavel. A corrupçaó, par.

- <ia-

Page 33: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

cialidadc, nu ;gtlo1.3[:c'ia do Arbitro faó qualidades contradi&orias da iiiteireza , c ititclligencia , que i& p~,opozeraó os coiitendores , quando a eicolireraó , r aitrliorizáraó para ícu Juiz.

A íeiitenqri juflamenre proferida termina 3 com- miffaõ do Arbitro, e conítirue o vencido na ohriga- ~ a 6 de fatisfazer ao julgado Sem coiitenda de fatto. Quatido o vericido reculà iarisfazer, o vencedor he aurliorizndo a d a r da força, ou de repreh!ia até indcmnikr-iê.

T I T U L O Ir.

"

O Espirito de focego e amizade, que deve rei- nar eiirre Cidadihs de fiuin qefmo Eíiado , aii~da quando reus intereífes os iepárab, fez iempre der+ j a r que A. e R. , antes de fe implicarem nos iiicom- inodos de liurn litigio, procuraffem os ineios de con- ciliaça6 (a).

g. 74- ( d ) A Legislaç" dos Atlicriierifes encarregava aos X,Ia-

gifirados mais ai~rlio:izados ,. periiradir aos Iirign~ites cuni- porem-fe pelo Juizo Coilciliarorio , anres de recor:.erem ao Contenciofn. - - ..

A Igrela asraçou por muiros Seculos a Audiencia Epilco 11 com o mefmo fim. 8s CantÓes Soiff~< adoprdnó igual fyfiema nas Ciu- ias Civis, que offerecia8 co111plicaça6.

. Os Praxiitas , qiie eicrevcrad depois d o Scculo XII. reconliecera6 qiianto era decoroio aos j\,fàgifirados conduzir os litiganles a ~oncorrlin ; e por clla evitar-llies traballios , Iioiiiizios , e derpe- zaç jiiureis ;. principalmente qua~ido o direito das P ~ T I C J parecia duvidoio na prova, ou iia Lei. 0 s Codigos recoinmendárad aos Juizes cfic dever c o u ~ o de honeitidade , e na6 de necefidade (G).

Por Seculos na6 apreciárab os Legisladores o bem ,+ que rerulraria ao E b d o , que prcmoveffe , e faiicciotiaiTe os caros , e fórtua , em que neceKar'aria- mente n ProcéKo Conciliatorio deveria preceder ao Conrericiofo. Enr 1788 o Codigo Civil de Trento começou a abcrrura deite PmcdOo, que foi utifmen- t e aplanada por diverfas Naçdes (c), e regriida nas Controverfias de interefi privado, em que o Piiibli- co na6 tem parte (d).

( r ' ! ) Giiilherme Durand, Spccltlnnt part, 2. cap. De Frd- pdr,zturj;.c ~z i i i i c iorr i~~r .

Ord. Afhnfina liv. 3. t i i . za. 5. 5. (3rd . Fifippjna l i i r . 3. ijr: 20, 5. t,

( c ) Veja-Ce , Coticidr.rotions J i r In Protcr!:,it Crirninrlle par hh. Pagam Prejdct de Mr. De Hillerii~ pag. 69. c fegiiintes.

Pro&flo C~iici i iatoriq liia-k em França , l i a i i a , b inaniarca, c Suecia com evidente diminuiça;i dos l i le i - 10s em caJa anno.

(d) PiujcA. ifc Co& de Prorcdirrc Civila, Parr. I . liv, r . r i t . 1, yag. 7. Paris 1804.

Page 34: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Na Legislaçaâ Patria Iie permittido ás Parte3 co~n~romsttercrn-fe cm Juizes , que decida6 icu li- tigio. Enra6 o Prodfo Arbitral iegue o Regiiiien- to, que o Conipromiílo, e a Lei deterrninarrió (e),

No ProcCíTo Conciliatorio como. no Arbitral os Juizes ainda qu: fejad amigaveis L+Iedifidore~ , C for- meiii f ~ 1 3 decifaó mais {obre. a Equiddde h+dtural, qiic Iòbre o Rignr del l irci to , na6 prefcrerii o bem da paz :i' exatIida6 da JuRiça. 'De outro modo fua eicolha, e decifao fomentaria as difcordias, e divi- soes, que fc pertendem evitar. (f ).

Mas fe o Procéffo Conciliatorio, e Arbitral na6 leguem exaitameiite o rigor de Direito , nerii poriffo fc defviab da equidade do ProcSíio wtural , netn Sacrifica6 a Jufiiça , e fuas fdrmas efeiiciaes ao falfo motivo do bein da paz (g).

- - - - - . - -

( e ) Ord. Liv. 3. r i r . 16. (f ' ) Domar , Broit PnBlic Liv. 2. rir. 7. fe&. r . g, 3. (X) Cirad. Domat, Te&. 2. 5. 2. 3.

Conformidade do Pruce-u N d t ~ r d CIPlb O SocinJ. (a)

- .

N 0 ProceTo Ndruril le funda o Sorinl, abra- gado por todas as Naçóea Civilifadas. O Arbitro ef- c0111 ido voluiitarianiente , e authorizado pelos Con- tendorcs para o Procefio Natural he n o Social o Juiz certo, coiiftituido, e ;iurliorizado pelo Sobera- no para ouvir, conhecer, e decidir o Iitigio com a madureza , e imparcialidade da Lei,

A prefença do R, ao fa&o proyofio pelo A . , fuiia confira$, defeia , ou negaça$ no ProceKo Na- tural , he a citaçab, libcllo , conteltaab- por nega- ça6 , ou por conrrariedade , ercepsao peremptoria 110 ProceKo Social,

(a) Elta Tir d o Iie fubíkanciado de Pafcoal , InJtis#cion; Ttir. Civil. Lrr(itan. Iib. 4. r i r . 7,s. 4.5. , confrontado com h n r t i n i , Pojitionas De 3rrre Ciwitlõrrr Part. C, cap. 6 . 9. I 2g.' 5. I 93. 5 , r 3 E- : I l a ries , IfiijBltutiones &risprudtnti,~ Ufriwer- J d i s ScRio 5.6. 77 2. EdiFa66.* Terue i764 : Domat , Droit Pfiblic iiv. 4. no tom. 5. pag 233 . e feguiotes : Giementini Sdpe conritfgit de Verborum Significatione,

Page 35: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

36 E L E M E N T O S .

0 efpaço de tempo indifpcniavel para fer pro- duzida a prova no Proccffo Natural , correfponde no Social ás Difa~ócs probatorias. A prova iiilreren- te aos falkos deduzidos lie a Prova evidenre , e a PreCurnp~aO Juris & Jure: a Prova por efcripto 3ie a authentica , ou recanliecida pela parre contra;. ria : a tefternunIiaI he a que depóem de i'ciencia cer- ta, e que nzó tem contradiQa legal.

O Juirmento , em que a parte fe compromettc no PmceETo Natural , he no Social o Juramento, que póem termo ao incidente , ou ao negocio p~ill- cipal , em que fe exige.

- O racionavel efpaço de tempo, que o Arbitro Natural toma para corifrontar as provas dadas com os faltos deduzidos, lie no Proceflo Social a con- chias, que Te faz ao Magiflrado para o mefnio exanie , c confronraça6. A conformidade da Senten- -a coin o fafio provado he a applicaçao da Lci 5.. Grvil ao litigio controvertido.

A Dccifa6 d o Arbitro Natural fie nriIla qunn- do contradiz o faRo provado, ou Lei h7atural. Mo Proceffo Social a Tentcnça do J U ' Z , que he dada por falia prova, fdfa ccaia , peita, preço, contra

di-

direito cxprero , nunca pnfi etil Jiilgado, ainda que na6 fejja appçllada. (I)

O Recutfo coiitra o Julgado, que na6 fe ad- niit te no Yroceffo Natrii.31, lie lubininifirado iio So- cial pela Appellaçad si irnmediato Superior atC ao Soberano. A coinminàb do Arbitro Natural expira pela proniulgaçab de iua fenten a. No Procefío So- cial pela interpofrçab da Appe ? laça6 iuíperide-re a JurisdicçaÓ do Juiz fobre o litigio appellado, que excede a Cua Alçada. (c)

No Proceffo Natural o vencido faticfaz volun- tariatilente ao Julgatio. Por iua repugnaiicia uia o vencedor d a força , ou da repreialia. No Proceffo Social o vencido Iatisfaz eni tempo cerro, e volun- tariameiire pela entrega , ou depofito Judicial. hTo cafo de repugnancia o vencedor ufa da penlio- ra , e execuçab.

§. 87.

Replicas , TrepIicas, AccumulaçF;ec, Excepçdes e Quefides , que n a 6 pertencem immediatarnente ao efiado d3 Q.eJaú conrroverrida, iãó mais do Di- .reico Judiciario PoSrivo de cada fociedade civil, do que do Judiciario Natural. ( d )

. I ii T I- ( h ) CIO. liv, ;. t ir . 75. , confrontada com o liv. I. tit. $.

5-49 c) Ord. liv. 3. t i r . 70.§,6.7.

[ d ) Darics , hdiittiti~t. 7~'ri~~rrprtrdtnt. VnivirJ Se&. 5. rap 2, Schol. ad 5. 7; $. pag. 4zt .

Page 36: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

3 8 E L E M E N T O S . D r v r s ~ d 11. T I T U L O IV. 39

T I T U L O IV.

iI

D 11-lê Prorefu a ContcR~pS levada perante Juiz a requeriinenro regular de Parte. Se rem por cbjcfio propriedade , ou direito o Proceffo Iie Ci- vil ; quando fc dirige a repai-açad, e caitigo de al.: gum deliao o ProceCTo he Criminal. (li)

A fubRancia do ProceiTo Natural he a mefrnd no Social de todas as Naçbes Civilifadas ; mas lia niiri ta di fFzrença no accidental. Fornia-Pe o Procero dos a&os Judiciaes, prelcripros na Lei , e feguidos 3ucccnivarnente perante o Juiz competente para tf- ~Iareciiirenro da vcrdzde no ponto controvertido ; e para evitar a confufaó , e a tropellaçab da Jufiiça dos Litigantes. (6) A ordein Judicial , que Te ufa no Foro Civil das Naçáes afiuaes deriva-fe das De- rretaes , e na6 das Leis Romanas. (c) Entretanto deeque exjfie Foro be lia Pratica Regra fundamen- ral, e irnpretcrivcl, qiic Juiz na6 profira Seiitença

n n-

(a) Encyclripedi~ Mediodique : yuriprrirlence , na pala- vra r= Procés. =

( b ) C;ivalIari , I t i l f i t ~ t i o n . 7 ~ r . Cniion. i'arr. 3. Csp. ro; 5 , s .

( r ) C3ita!l:.:. , no ci iaJ , Cap. 5 . t 3 .

antes de Ivc~eder conlieciinento legal , e perinatleri- te. (A )

4. 90-

Os Antigos Praxiltas ctnfificaó o Proceffo So- cial erii Pleao , Pieniflnzo , Extraord in~r io , d'mn- mario, S u a ~ ~ a r i ~ ~ o . ( e ) Os Modertios em Orcli- nnrio , Sun~murio , Ssrr~lmnrifin~u, Excc~/tivo , Yer- bal por EJccripto , e Jiritp/esmente IFcrbal. (f) De todos iifa a Lcgislaça6 Fatria nos calos por ella de- termiliados. Quando o Juiz inverte , ou pretere a ordem de qualquer Proceffo claflificada na Lei, o Priceffo he erita6 Tu~~wltuario.

A o Proceffo Pleno clia~iia-Ye no Foro Patrio Pro- ceKo Ordinario. Guard~ elle a ordem do Juizo de- terminada por Ordenaçab do Liv. 3. rir. 20 ; e na6 he pcrmittido ao Juiz inverter, preterir, ou alterar a Cua folemnidade. A o Proceffo Plenifirno correr- ponde no Foro Parrio o Procelfo CrirninaI Ordina- r io, re ulado ela Orden. do Liv. 5. tir. 124. Os aQos ? uccefivos , de que Le fforrna, ia6 tanibem de rigorofa obfervancia.

(n) Durand , S p ~ c w l ~ n i Iih. I. parricula I." rir. i. n. 21. De Oficio onr)ii~tlii 3rcdicirni. Lei 2 . Cod. lib. 7. r i r . 4. Jrnrr,itiis ex periculo reciwrrdir.

(C) Duraild , Sptcttlum lib. i. patticula t ." [ i r . De Stcninrnr ria Cug~~itiurie. (f) Dou , /ii/titicçiolies DA Dererho Pu6:i:o G'cirercoi ,[e

Ef id i id !Ul i l . 6. C3p i, 5. 7. 8. 9. to*

Page 37: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

40 E L E M E N T O S .

O Proceflo Pletiirliino differc do ProceíTo PIe- no, I." etn que as Provas, que lia6 de fervir BSeii- reiiça condenaroria devem ICF tctn~inantes , e cln- rifimas: z.' em que a Srniença da primeira InRan- cia rempre deve ler appeIlada para a Inffaiicia lupc- rior immediata : 3." em que ne1l.r b admirte prova idonea de reíkernunb~s , e documentos ria6 Ti depois da Cunclufad da Caufa; mas ar6 depois da Senren- ça* (g>

T I T U L O V.

$ 0 939

N 0 Foro Romano da Republica livre havia li- tigioç , de que o Pretor conliecia cltrrfin~ariher~te, (a) No Governo dos Imperadores os Prefidentes daç Provincias conlieciaõ das quantias moíiicas iein mpl. tiplicar os aAos , C dzfpezas: oiivia8 as partes, c iuas provas Iiuma fd vez, decidia6 por elcripro, ou fem elle , fegundo o r'equeria6 os Liriganres; c por fuas Sentenças adoptava0 mais a Equidade Natural , que o Rigor de Direito. A mefrita fdrma dc proce-

di-

(,r) D!irand , Sprcwlani lib. I. particula t .' rir . De &t,ji.

mar. Cqti i i i o i i . (.a) Lei .F. §. 8. D. de Agiiofie~idi~ & Alrndis i ibciis : Lei

a s . de Xr jtidicatd.

dimento era eAabelecida para O Juizo EpiCcopaI en- tre os Leeus fubditos. (6)

Abrasada nas Decretaes a Legisiaçad Roinana, os Antigos Praxifias formara6 della o Proceffo Semi- pleiio; a que Le drl o nonie de Summario ara ter B lugar iios Iitigios modicos; enos que na6 a mittem dtrnora. Elleç o apropriiraõ á Ac(aó r d ExRiben- ,dum: ;i poííe ventrir nliniine: no'procedimento in sotúriis : ao pctirorio de aIiinentos , legado, liber- dade', r: femelhantes. (c)

Ha neRe Proceffo Libello, Contefiaçad da li- de , Excepçóe; , breves Dilaç6es Probatorias: todos os efpaços de rempo ia6 mais abbreviados que no Proceflo PIeno ou Ordinerio. As provas fad ao me- nos Semi-ptenas ; e a Sentença abraça mais a Equi- dade Narural que o Rigor de Direita (d)

0 ProceíTo Semi-pleno dos Antigos PraxiRas he no Foro Patrio o ProceJo Suntmnriu , a que n Lei na6 afinou ourrn alguma efpecial qualificaçad. A elle pertence o peritorio dc alimentos, legado, li-

be r-

( h ) Cap. ?. da Novella 17. Collat. {. t i r . 4. : Prs fd t io da NovelIa 84. Collat. 6 . r i r , 11. : Atitht~it. Cçid. lih. 7. iit.-44.

(e) Duraiid , 5pt-cnlurii lib. r . p?riictii~ I.' De Oficia onrn. 34icuni. i i c . dc Srcti ini~rid Cogriitioiie p. 59. c 60.

(dj Uurand , nolugnr citado*

Page 38: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

herdade, defpejo de caras , abertura e pubJicaca$ de teltamento , pofle vev1tri.s rtowine , pofi de beiis deLiiiiparados requerida pelo credor do drfun- to devedor; c feinelhantes , que exigem brevidade ; c qiic na6 tem parricular clafificaçab eiii Sumi~!a- rro. (e)

5 . 9 7.

No Foro Patrio efie Yrocero tem I,ibello, Con- teflaçad d3 lide, Fiança i s cuflns, Jiiramciito de Ca1uiiini.1, Dilaçdes Probatorias , Exçepç6cs, Con- 1raditk:iç á barbs , ternio para dizcr de F';iflo, e Direito. 0 elpsço dc rem o para cada aQo lie por ! atiietade do qiie eitá efla elecido no Proc-:iPo Pie- no, ou Ordinario. Quando noiros PraxiJas Ièguem , que no Proceffo Summario baíka prova femi-plena ; e que a Sentença p6de 'ulgar mais do pedido, com d tanto qiie reja conlieci o pelos affos: (f) devem entender-k pelos antigos Prsxiflas , que reputárab o Proceh Semi-pleno , coiiio Proceflo interino, c Sua Sentenca como na6 determitiando o litigio; pois que aiiida reilava ao lerado recorrer ao Yro- ceflo Pietio, ou Ordinario. (g)

(e) Vid. Ord. liv, $. rir. 18. 5. ?. ai6 §. to. e rit. 70. 5 . {. iio fim. (f 1 D?Ra dourrina rpparecem vefiigios ein Cabedo

I'arr. i. [>ecii. 72. (g) Dùrarid : rio lugar ciiado.

T I T U L O

Procefl S~dr;i~mnrt@mo oz# Verba! par Efiripto, e fiqdesvfiente Verbal.

- -

Q Uando a Lei Patria determina; que o Juiz pm- ceda Tem efirepito , nem figura de Juizo, de , pela verdade iatiida , de p& , ou affentado,

ie o mefrno que declarar que o Proceffo naii guar- yhn0 'da foleinnidades algumas do ProcciTo Ordinario.

E m tal proceffo pdde haver, ou na6 liaver I i - bello: na8 fe faz miiter coiitcila a6 da lide : for- 2 ma&-fe os altos dentro, ou fdraa a Audiencia : re- cebz-fe prova em quajqiier efiado da Caufa atd de- pois de eoncl~ifa para Sentença : profere-fe efla lia- vendo, ou nnd liavendo conclufaad: decide o Juiz no Audirorio , ou fóra delle. Ei5-aqui o valor, e li- gnificaçaó Juridica daquellas claufulas , que o Foro Patrio adoptou do Cap. Sdpc c o ~ t i q a ' r 2." dever- 6w. Jig-nscclt. iii Clemeniinis , e Iùas Gloffas. ( a r

(a) VejaGie a cirad. Cleriientind , e {#as Glofas as; e con- frontem-le comaOrd. doliv. 3 . rir. 40. 5. r. r . q . , tit.48. no Proern. 9. i. 2. S., liv, 4. rir, 24.5. I . , t i te 54. $ 0 4. i t i t a 58. no Proem. e g. r ,

Page 39: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Mns fe deflc limplicifirno conIiecimento he ex- cluids a Fórma folenine, que ordena e liga o Pro- Proceffo Ordinario , nem por iffo deve a Fdrma fubtancial do ProcefIo Natural. Sa6 iùb- flanciaes no P rocek Natural as Dtfefus legitimas do Kéo. fiefia claffe entra6 as Excepç6es racioiia- velrnence bem fundadas quer Cejab Prejudiciaes, Di- latarias , ou Peremptorias ; as ccnfifs6es , prdvas, jiiramento DeciCorio , de calumnia , (C) ou outro le-

itimo ; reconvcnçaõ de coifa e cada iigualrnente krnniaria. A efiar fubltanciaes e le iiimas Dcfefas chmaó os Prauifias Bna O w D . hbiiftem igual- mente como fubaanciaes as citagbes , fianças, e {'e*.

melhantes, que os Praxiítas defignab pelo nome de AEilrs Jrrdicis, (i)

5. xor. Ainda que o Juiz deva proferir a lentença pe-

la verdade fabida , effa verdade Iie a que elle fabe pela próva dos Autos , e coiiforine ao Petitorio; e na6 a verdade particular, que na6 exilte provada conipetenternenre. Determina-fe o Juiz or pr6vas plenas , e na8 julga Uitra yetita , nem ?' obre coifas qiie a Lei manda ventiliir em ProceKo Ord i mrio. ( d )

g. 101.

( h ) Em Caur3. [obre ApoJencsdorin na8 póde pedii-re i i i - ramento de cat i ininia , nem fiança ás cultas: Uecrero de 23. de J u n h o de 1792.

(c) Citad. Gjofis , e AbbaJe Fanorniirano no Com- mentario febre a citada Clewrrititin.

((1) Ord. Iiv. 3. rir. 48. 5. final: Cabedo Parr. i. Recif. 72. n. j.

O Foro Pai rio ura defie ProceíTo t ias Caufas de 1Forr;a Nova, (e) Dcpofito , Guarda , Roubo , Sol- dada , ctilliimeiito i le fru&os , Injurias verbae~ en- ire pefias de coiidiça6 ordinaria , contas Mercaii- tis, caufas Fifcacs , perrencentes a rendas, e rribu- tos públicas, litiRios iubre quantias de quatrocentos ar& rni1 16is, Vefioriaç Rufiicas , e Urbanas feitas pelo Senado da Camara , Juizes Almotacts em De-

. nuiiciaça6 de nova obra , apofentadoria , conduc- , ( f ) repartiçaó , efgoraminto de agoas, repar-

tiçad de niaiiinlios, e baldios , adjudicaçaó de paF tagens ao Seriliorio do terreno, avaliaçab de bem- feitorias, e defpejo de herdades.

Das Caufas mencionadas conhece o Juiz em Prol ceffo Verbal por Efcripto. Confifie elle em fazer ef- crever pelo Tabelliad, ou Ekrivad, quanro as par- tes differem, ou Ceus Proeurndorer. Querendo pro- var ieus ditos o Juiz Ihes recebe logo a próva. Se

edcm erpaço de tempo em que a produza6 , o K i z Iher afina Dilaçab breve, e pereinptorir , ou-

K ii ve

(e) Por AíTento d e r 6 do Fevereiro de i786 l e decidio, ue nos i i i t e r d i ~ o r -RcJitrrtorios he abfurdo julgar p o f i a %ver d r g u d l e , que pclo Procello Ic m o R n na6 dever-

Ihe fer julgada a propriedade. Na Collec. N. 288. iobre a 2.' Q~iefi. veri. - ate (1) AIvõrri de 27 de !!r& ovembro - de rks: o rnermo

Aluari da fórma ri Frejtorid ; e da decifa6 f6 adrnirre rc. cutfo para a Mera do Dc[embargo do Paço, rem fufpen* {;i6 da Sentença,

Page 40: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

vc riido o que qiiizerem dizer de feu direito , e o manda crcrever ; e kni dar mais vifia 4 s partes, ou a f ~ u s Procurzdores profere a Senten~a. Teiido a s partes alguntas coritradiffas nororias, e públicas corirra as telteinunhas podem aponta-las ao Juia , quando n Procenò for lido a final, Fin que para efie fim lhes feja vika concedida. (g)

O Procedimento iimplesmente Verbal fdrma-fe nas Caulas , que 1136 excedem a uatrocentos reis : nas q u e tem por objeCto coirnaa %e gados, infrae ções de Policia Municipal até quatrocentos reis de multa. O Juiz ouve as partes verbalmente , e f u s prdvas , fem proceiTo algum efcri ro , e o Taballiad, ou Efcriva6 faz rffenro no feu ~ortocoiio de como o Juiz ouvio as partes fobre aquelle fatto , e con- demnou, ou abiolveo. Eile affento he afinado pelo Juiz, e delle fe extralie Mandado , que [e execu-

(6)

(R) OrJ. do ]ir. I . rir. 65. 5 . 7. veif. - E pnfldndo a qrrantia da ~ ~ ~ t r o c c i r i o s rrij , - confrontado com O 5 . 25, e liv. q. i i r . 30. g. I .

( h ) Ord. liv, i. t i l . 65. 5.7. verf. - E no procrffir ~ U S tf~rriatirler , - confrontado com O 9, z j . e 73. verL

d'irl~dnicnte.

4. 105.

. R Equerendo o A. a entrega de coifa certa, ou quanridadc liquida a que o R. fe haja obrigado por ,Eicriprura Publica , ou Alvara por elle elcripto, e afiliado , como Pefloa Nobre ; ou fdmrnte ailiiiado como Peffoa qualificada , pue cofiuma ter Secretario; o Juiz faz proceder L ciraçab para que o R. em audjencia veja determinar, e correr dez di3s con- rinuos, e perern~rorios , dentro dos quaes fatisfaça, moare ou alIegue raz36, que o releve. (a)

Efla melma Auçad tem lugar quando o A. pe. de em Juizo coifa que provem de virtude de ienten- ça certa pailsda em julgado. (6) Corre igual dií'po- 6ça6 a Letra de Cambio proreltada ; e a Alvará feito e afinado por Negociante na quantidade ter t a , tdativa a Icu [rato, e coinrnercio, (c)

( 4 ) Ord, liv. 3.1ir. r g . no Prom. e rir. 59, 5 . iç. ( h ) Veja-Se a Vrd. da liv. 3. rir. 25. 4 . 8. confrontada

com B ~ I bozn nas Rei~i@iks H citad. Ord. e 5 . , e com Pai- coai Injfitutiori. Jur. Ctwil. LuJttnn. Iib. $. t i l . zt. §. 2. Da opiniaó de,B;irboza differe muiro Ciornes Mnnrdal prd- $ir. f s r r . i. E ~ F . 4 1 . n. I 2. a t é Z Y que deverá coii[uIrar-le;

(c) Lei de 2o de Junho de 1774 8 . 42.

Page 41: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

48 E L E M E N T O S .

Quando fc aprefent3 neRa Acçaó Alvari ou Co- nhecimento eiccripro, e afinado por ~ e f f o a , a cujo Alvari na6 dea a Lei tanta f& como a Ei'criptura Pública , o Juiz manda citar o R. para que venha rcconhccer em Audiencia o feu lavrado, e afinado. Se o R. reconliece Iium eoutro , ou idinente o f ina l , o Juiz decreta os dez dias, coitio nas El'cripruras públicas. (d) Se recnnliece a afinatura , e nega que o lavrado da obrigaça6 reja Teu, ou por elle manda- do fazer na6 rem lugar a Auçaó.

Determinou a Lei , ue nos Alvaris, em que ie ! na6 procede a afinar os cz dias feiti preceder rcco- nliecimento do R. o Juiz pura conff r n i ~ ~ e r 3 ~nt: te- nlieciinento 1ia6 excedendo 3 quantia a iclTeiira m i l riis.' (e) 'i'ambem deterinina a Lei , que na obriga- $a6 condicional de coufi cerra ou qiiantia l iquida , na6 tenha lugar a afinaçaó -de dez dias antes de mvE trar-fe purificada a condiçaó. (f)

5. 107. 4 .---

(11) Ord. l i ~ . q. rir. 25. 5. gc (e) Cirad. Ord. 5 . p. i11 fin. O que re entenda a<]rii por

ConJr~ti cr he o procedimenio a coinra:~çaó dc leirar , oii a informrgró de ieficrnunha. : Dou Drrecb. PdI . o<- ricr. de E / p ~ n . Tom. 6. l ib. 3% rit, ?. cap. 2. feR. 2. §. 6,c7. yag. ag. Q u e he EJilo contrario i Lei cnriltranger re- conhecimento do A l v a r i excedenre a reirenra mil reis mof- i r a Pafcoal InJ. 2ur. Circ.il. Lubt. l i h . 4 tir. 6. 5. 29. Qtie ã conip?raçaÓ de letras Iie j i rova lemipiena , e qiie Tem confiffao da parte na6 tem Execqsõ' de drz, rifas, mofia Pas tom. i . parr. 4. cnp. I. n. 28.

( f ) Ord. Iiv. 3. tit. tj. 8. $9

Eiitre as proptias peffoas A. e R. que contrahí- rab a obrigacaó lirteral he que flimente procede elta Ac~ao', (g) Mas Te ella Iie contraliida coin ogover- no de alguma Corporaça6 , a mudaiiça das pelToas governantes , na6 iiiuda a ideiiiidade da peirori, que reprefenra a Corpriraçab. (h)

As Ercepgdes Dilarorias tem lugar antes de af- fignados os dez dias, ou logo que fe Iie citado pa- ra os ver afinar. Procede-le nellas pelo Proceifo Sum- mario ; e iem que primeiro fc achem finalmente julgadas , na; coniega6 a correr os dez dias da Lei. (r)

Afinados os d a dias, nelles deduz, e próva o R. as razbes, que o releva6 da entrega , ou í irisfa-

ab. Findo o decendio o Efcrivab faz conclufos os Hmbargor ; fe o Juiz os recebe, e jul a provados, o R. he relevado ; le os recebe, - e ju f ga na6 pro- vados, manda Catisfazer rio pagamento ; $e os na6 recebe condemna o R. ao pagainento do confiante da El'criprurs. ( k ) .

( ) Cir. Ord. 5 . final, <a) ,ang,.rvc , ~ r n f i i r d pdirini Pari. r a p . 30, n: .7. e 8.

( i ) Citad. Urd. 9. 6. , confronrada com Vanguerve Praa J ~ c d ~ r . P . 2. cap. {c. n. 30. 31.

( k) Ci:ad. Ord. , no fun do Procm.

Page 42: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

@ando o Juiz cnndemna derprezando os Em- bargos, executa-fe a Sentensa rem que o A. ~ r e l t e fian- Sa. Qiand0 condemna , e recebe os Einbargos , aiii-

da que os julgue na6 provados o A. preíta fiança para a Erccuçab da Sentença. (i)

Se o R. nada oppbz nos dez dias , ainda pdde embargar na Chancellaria. Mas [em iufpençab da .$enreiiça, conliece o Jiiiz de íeus Embargos ; e pai-

entab efle .conIiecirnento a Ter regular da Ordetn do Juiza (w)

( 1 ) Cirad. Ord. e Proem. , e $ 9 7. . (na) Cirad. Oril. 5 . I . , confromadu coni a Ord. do ci tad. l iv. 5. tit. to. $, J;,

T'I T U L O VIIT.

-ProceJio Execirtivo Mercanril por divicla no Tke- /-ouro GwaL

A S CIYPS , C depandeociar , relativas d irrecz- d a ç ~ d de todos os Direiros , e bens da Coroa, reja q u a l for a Tua natureza , pertencem privativamente 40 Confelho da Real Fazenda. (a) Seu Proceffo Ex- ecutivo, he por tanto Verbal por Efcripto. (h )

9. 115.

, A eRe Proceflo Verbal cliama-fe Execative ; porque começa Iogo pela penhora dos bens dode- vedor , rem preceder ciraçaá , nem audiencia do mefmo devedor. DA-Cc-lhe o nome %e Mercanril ; porque [eu fundamento he a conta corrente ( iJu Ee .de , e de havcr ) formada eni prelknça dos Li- vros, e RegiRos originaes da Receita , e DeTpeza , Jegundo i pratica dos Negociantes na difcuííad , c ajukamento de contas de luas difcuisóes , e parce- rias. (C}

Tmaa 1, L §L 1x6.

( u ) Decrcro de I t de Mar o de r665 . c Reloluçaó Ré- 7 .gia de Conlulra dc i 8 de hovembro do rnefmo anno , Coiiecyaõ r. ao l i v ro I.' daorden. rir. ia n. t b . e 17.

Lei da ]urisdicçaÓ Privaiiva do Confelho da Real Fazenda de 2 2 de Dezembro de 1761. rir. I. 5. I. De- crero de G de Serembro de i&% fobn Derimas. - -

ira& Lei c tit. 5. 4. da Coninier~e de Luiz XIY. ) de Mar8 de

Page 43: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Fa'tnndo os Refponfaveis a entrar no Tliefouro Gqral em ieus devidos tempos com as rendas , cy veticimentos perterísenios 4 ReaI Fazenda ; o fnipe- flor d o rneriiio Thciouro expede Ordem Regia - ra proceder-re a fttrpenfa6 do Cargo , e leque ro dos btiis do devedor.,'(dj '

8" 5 . r I 7 .

-5egiira p8r eAe.~mdo a Real Fazenda, o Inrpe~ IR& naande iextfahh' dbs livros competentes, e pele Contador dr aepartipb a conta corrente, e dcant. ce da uanria li uida do Se uefirado: junta-lhes as 2 Certid er da lu ? penlad , s kquefim , que remerte ein maço fechado ao Procurador reSpe&ivo da Fa- zenda, para ter. tudò prefentc ao Conlelhol no pri- meiro dia tdo Deipacho. (c) ' ' i

' 5 . ris:

Logd que o Procurador, da Fazenda. recebe a conta corrente , -e Certid6es que a aconupaiihab; manda autuar rudo pelo Efcrivab, que o faz con- duSo ao Conklho fio termo ck ires dias contínuos. jucccffivos, e improrogavtis. (f)

- : r [ I - i !

,-i67f. rir. 1. art. -10. e Tua norz. No du Coriinierre de tern . r t de Aíer toni. I. pag. I iç. a i 6 117. Pariz 18co.

(8) Lei da C * q a Ó do Thefouro Geral 2: z r de Do - ~ t . h l b ~ a c 1761. i i r . 11. 5. r . e 3.

(v) Clrad. Lei e r i r . 5 . 6 . [ f ) L e i (Ia JiiriscIiçaó Privatira do Cocfelho da Fíi-

. , i 9; 5; , - , , . .

Bprelentados, que iejsb os Autos, o Confellio afina dez dias contínuos, fuccefivcia, e irnproroga- ueis ; É: faz intimar ao Devedor, Socio, ou Procu- mdor na Corte; e ern Tua aurencia por Ediraes de ,dez d i x , que no decendio aflinsdo junte as quita- -çõcs, e pagas que proveni Sua dçfeza. (g)

No f in i dos dez dias probatorios o Efcrivaó faz os Atiros concluros ao Relator , qiie p6de conceder ioutrm dcz dias para que a devedor diga de faflo, s de direito, fufienra ndo Eeus documenros , e aIIe- ~gando f ia jufiiça. Acabados eres dez dias o Eicri- ,va6 rorna a cobrar os Autos, e lem outro defps- A~IO cmritik v i t a ao Procurador Fifcal. Efle com fita refpòlta os apreSent# ,ao ,Confellao,, aoiuie -pro poitos pelo Kelator , Cad julgados em conferencia. (h )

6 ,

g. 121. , . - . prderida a Sentenpa , intima-fe. ao devedor no rtcrrno de tres dias. Finalizando e&e prazo, correm Joga mais cinco dias jmprorogaveis , dent.ro dos .quaes pdde a parte ernbargrir. No melino ?ia, em que os Embargos Sai5 offerecidos o ETcriva6 os faz .conclufos , c remette ao Procurador Fifcal , que os ,edtrega ao Kelator. Prekntes os Embargos ao Çon- felho, recebem-Ce , e julgad-fe provados , ou rejei-

' L i i r a6-

(g) Citad. Lei e rit. 4. G., confronrado com O 4. 9. (h) Citad, Lei e tit. 9. 6.

Page 44: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

54 E L E M E N T O S . r Diprsaó 11. . T I T U L O VIII. $ 5 tgó-fc em conferencia dos MiniRros da primeira Sen- tença. ( i )

p. 1 2 2 .

Os Embargos recebidos , e julgados provados Eufpeiidein , e annulla6 a Execuçaó. PorEm fendo rejeitadas manda-fe extrahir de todo o Proceflo Ver- bal a Sentença, ou Carra Executaria, com que de- ve proíeguir a Execiiçaó até juntnr-fe aos Autos cri- nhccimento authcntico de haver Tido Sacisfeira o 'X'iieiouro* ( k )

5. 123 .

Nos Embargos do Executado na6 Te admittem outros documentos, que n d fejab os de pagas, e quiragóes liquidas, e puras. Havendo Qppofifa6 de terceiro Senhor , e poKuidor , na5 he a h t t i d a , fem que fe aprefentem os titulos, que legitima6 a propriedade, e a poffe. (I)

Apparecendo Credor , que pertenda entrar erh cencorrencia com o TheSouro Geral, legitima- fe primeiro e111 Proceffo Verbal efcripio perante b Juiz Execuror. Nefte ProceiTo o Prefrreite produz todos os titulos, e razees, porque pertende preferir. O EScrivad que as aurua,, deve immedintamente continuar viita ao Procurador Fifcal. Lança eRe fud .

RefpoRa . or Efcri t o , leva os Autos ao Coiifellio, P P c decide- e pela p uralidade de votos. (wz) 5. 125.

i ) .Cirsd. Lei e rir. 5 . 6. k ) Ci~ad. Lei e rir. 5. 10. c 12.

( I ) Ciiad. I,ei e i ic . 5. .14. (?#i) Ciiad. Lei rir.e 9. - , I

5 . 1 2 7 .

Sc o Preprfnte mliitra hypotlieca efpccjal, pro- vada por EScritura Publica , celebrada antes, que os RefponCaveis forem obrigados á Real Fazenda ; ou aprefeiita Sentença iemethantemenrc obtida com pleno conhecitncnco de cada , e iiab de Preceito, ou fundada na confira6 dd Execurado, lie admitti- da Tua preferencia, furpenfa 3 Execuçab , e levan- tado o fequcrtra e penhora. Na6 cxiíljndo algum deites dois cafos o pertenço Prefer~nre he excluido in l imine, como inliabil , e illegirimo coiilradiQor para concorrer com o Real Erario. (n)

Duvidando-Te no TheSouro Geral fobre o cum- primento de Papeis Correnres , e ainda de Sentenças para pagamentos , caufada a dúvida por confuhd, equivocasab , ou erro de contas ; oJuizo Revilírio pertence ao Conielho da Real. Fazenda , e na6 i Meza do Defembargo do Paço. 0 Prelidenre do The- fouro, ou Erario faz vir perante li os Autos ouPa- pfis, manda examina-los por MagiRrados , e Ofi- riaes , que defi na, e os faz fenrencêar na Tua pre- fença coni a f i if encia do Procurador da Fazenda. (o)

(n) Cirnd. Lei e tit. 4. 14. c 15mi ~~nfronrndos com ri L e i de 20 de Junho de 1 7 4 . 5. 3 1 e 44.

(o) Alvnii de 17. de Dezembro de 1790.

Page 45: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

T I T U L O IS.

SroceJo Extci4tivo rms P r i ~ e i r ~ s InJZnncins p~ divida d Real Ftmenda.

O P i o r e h Erecuriro contra devdor da Real Fa- zenda Iie quaíi kmpre Mercantil, e rctiipre I'erbdl Ej'crip~o. Serve elle de fuiidanirrito ao Mandndo Executivo , que precede ú fequdro, ou perzliora. (aJ

- 39emõrados os pagameaitbs .pelos Bendeiròs , ou Recebedores dos direitos da Coroa, e bens da Reai Fazenda, os competentes Al~noxarifes , ou Intenden- tes , nianda6 extraliir nas re$pe&i\ras Conradorias a conta corrente , e alcance da divida liquida. Sabre &e dociimcnto autlieiirico recahe o Mandado Exe- cutivo de íèquefiro ou penhora nos bem moveis, e & raiz d o Cobradar, ou Rendeiro devedor. (b)

I ?

$. 129.

( d ) Mofira-Te da Orden. dol iv . 2 . rir. 52. e tit. 53. p t r ror. ; ,Rarbozi , A'e~iriflon. DoAor, ad Ordin. Rg. Iib. 2. tir. 57. ad S. r .

( b ) Arti os ;IAS Sfis Cap. TO. n. I . no Syficma dos R,e- gin~cntoi d!raca wrn. 1. pap. 249. VtjG-fe ranibem nnr <)r- dena Óes da Fazenda os cap. r73 e r71 do Titulo do5 Alnio- ni-& i c conimnrcm-L com o c3p. 81. do Tir. 691 Coa- tndores dnr Cotirnrrnr.

. A Ordenap6 havia permitiido' ao Rendeirb po- der i'er ouvido a embargar o fequeítro ou pcnhorJ, abres de effecluar-ie , depolirando primeiro penhat tes de ouro, ou prata , que bem va1eETt.m a divi. da. (E) Mas Leis poilerio~es dera6 a efie procedi* nienro fdraia diveríi , de que havia dado, a Orde naça6 Ccm que mais fizeliem giançab de .tal depo+ firo. (d)

§i 13"'

. livros' dos Eccriváes das Alfandrgaa,; For- tagens , Sifas, e tjuaefquer outros direitos iRc~m3 fazem inteira, e cumprida fé entre a Coroa , e d Povo. (e) Defles livros íe eatrahem Roes authenti~ cos , que [e entrega6 aos Cobradores daa; divwfos fiamos para receberem dos refpenivos devedores ; e entregarem no cofre em cada qwrtel. Ante$ que finde o yarte l da6 conta da cobrança effediva; c da que na6 pode eRe&uar-fed: De tudo Se fdrnia au- to efcripto pelo con? etente Efcriva6 na prefença dw Juiz ; e depois de R e conhecimenro he que rem Jiigsr a expedjçab do Mawr3ado Executivo cionrn os devedores, que falrára6 ao pagamento das Cuas parcelas, (f)

(c) O r d . Iiv. 2. rir. 53. no P r m . (A) K~gini~tito 110s Contor d e 3 de ~etenibro de 1627. Cap.

75 76 . c 86. Syaenia dos Reginaenios tom. 4. Kegiii;ento dds S@S crp. 5; e cap. 50.

, ( e ) Urd, do Itv. 3. t i . 59. S. f 8 . , confroiit.~do com 0,iir. 60, 5. 2.

( # ) Hyi i i i en to clos Encahg. . i i i ient~s e xgqs do Rcrno , con. firmado por Lei de 16 d e jmei.0 de 1674.cay. 71 , ci,nfront.~- do com o cap. 75. Syftcnis dç~lie~inici~ios run:, I , yap..j i 1.

Page 46: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

. O devedor de tributos, e direitos Reaes , aver- bado tal em livros aurhenticos, que fazeni fii cuiit- pr;d~ entre'a Coroa. e' O Povo, cnnfiiiue-le em de- mora deixando paKqr dez dias ièni pagar depois do vencimento. Paflados eiles dez dias, procede-fe a Mandado Execut ivo para realifar o paganiento dentro de outros dez dias. (g)

9. r3zi

. Par cumprimento de Scntença ohtida elo Pro- B curador FiCcrl da Real Fazenda , palfan o a data Sentença em julgado, procede logo a Execuçaõ;

ue no Reino deve irgularniente findar no termo de ~ O U O meus , fobpenr de rerponfabilididc do Jiiix Executor. O procedimento do fequefito ou penhora na6 fe impede por Embargos do devedor. (4

Nas contravençbes de Direitos Rcaes rtqueti- das elas Rendeiros contra os tranigreflores j na6 rem Pugar o Mmtdddo e Proredinrt~td Exerutiao, fem que primeiro preceda o conhecimento Verbal Efcripro, em que Te prove a tranfgreflad com au- diencia do devedor. O Rendeiro o faz citar para efl¢ fim. Perante o Juiz prova-fe expecificamenre a

con-

(r) Hegiiiietito das Dccimds de p de Maio de i654. rir. 4. 5. 1. , cotifirniado pelu Alvari da 26 de Srtembio de i76 2.

Q) O& Iiv, 2. tit. 54. 5. 10. coiuroatada com o r i t 52 5, 2.

conrrnvcngaii pela ai:to autlientico d a achada , ou por c i i~as tcflcmuiihas , que 3 parte rB jcizr, e ydde alli contraditlar. O Jiiiz ouve a s Faties ; e pt.ofere a Sentença ; por olifervancia di! qual prccede o Man- dado EXecutivo. (i)

Por divida CI Real Fazenda penhora-fe com ef- pecial. ordein do Juiz, Alvará , ou Mandado Exe- cutivo, Senrensa obtida em Juizo conrradi&orio , c paffada em coira julgada. Quando Iie feita por ordeiii efpecial rto Juiz na6 excede a quantia de mil rkis; e k a parte offerece Cauçab , o Porteiro penhorante iiifpeiide a Execuç.i&. Se a periliora Iie feiia por AIvari ou Mandado Executivo , ou por cumpriineiirn da Sentelisa em ual uer quantia, rea- ? 2 cil'J-[e effefkivametite, e na6 c a mitte Cauça6.

- " § * = 3 5 *

Porteiro , Mordomo, Sacador , fem ETcrivab , mas com tefiemunhas penhora6 atk a quantia de mil réis fdmente. Com as teltemunhas R dirigem logo k prefenca do ETcrivad, a quem da6 fé da di- ligencia. O ETcrivaO forma Auto de penhora, e do depofito das moveis em ma6 de virinho abonado e rodos afina6 os autos. aue nrefenceárad. Exceden-

I r -

do a quantia de mil r&, he feita a penhora Efcrivaó. ( k )

{ i ) Lei de i9 Je Ianeiro de 1756. ( 4) Ord, do l iv. 2. til. $2. no Proem. e i. 7. , confront*

do6 com a Ord, do liv, 3. rir. 89. no Protm. c 5. 11

Page 47: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Rendeiros , feus Pnrcejros , c Requeredorcs pe- nh0ra6 fem Porteiro, frin Efcrivab, e rem rnqnda- d o do Juiz em fragante delcsminho. dos Direitos Rcaes, ein que elles Llib intereflidos. Nefic caro, appreliendido o dercaminho, vab com os tranfgrer- rores, e reitemunlias á prefen~a d o Juiz. Procede-Te a o Auto d3 achada, inqueriro de tefiemunhas, e au- diencia das partes em P r o c e h Verbal Eicripro; e o Juiz profere a decii'aõ. Se julga a favor d o Ren- dei ro , o Sentença he executiva na penhora ou em- bargo, e na pena do deicaminho, na6 excedcndo t Alçada do Juiz. (J )

T I T U L O

Praceflo Executivo por divida Privilegiada C* mu Faserida Read.

- - .

0 9 Particulares, ou Corparagdes, que tem ri- vilegio para execurarem feus devedores em ProteJi Exectltivo de Fazenda Rcak , nad podem por feus Mordomos , Porteiros, Sacadores , ou quaesquer ou- tros Executores ufar d o Privilegio maior, d o que a. Real Fazeiida. (a)

g. 128.

, ( I ) Artigor ~ l d s SiJ.45 Cap. 2 3. no Syitema dos Regimen* ros rom. i. pag. 229.

( 4 ) OCJ. ti". 2. ,ir, 52. 5.9. confrontada com o Ptoemio $0 meimo r i r . e livro ; e com a Ord. do liv. 3. r i r . 76. nrp Froenr.

Defie Principio corre 1.0 : qrie na6 tendo os ,Privilegiados Conrzdorias, eílabe1ecidas pelo Scbe- raiio, as contas correntes , naó lendo confei'fndas , -ou reconliecidas pelos devedores , na6 procedeiii executivanietiie : 2.Q que na0 fazendo Teus livros td cumprida entre elles e os devedores, na6 procede Executivo , fundado nas certidões extrabidas dcífes livros. (4

I. 1 3 9 . , Do mermo Principio corre 3.': que Eus Juizes Executores de Proviia6 RCgia , na6 excedem os po- deres concedidris na Régia Provira6 , que deve Ter íranfcripta no Mandado Executivo, a qual Te limi- -ta , e regula pela Ordenaçaó , facultando o Procedi- aneri to execurivo lamente por aed idas de Sentenças panàdas diència do devedor. (c)

Segue-fe 4.": que commettendo o Cnbcrano ef- ~ecidlmente a algum Juiz a execuçaó d e coifa , de que ie na6 toinriii ainda Judicial canheciincnto, ef- ie Juiz Executor Commi ffa rio na6 proccdc execuri- vamenie anrcs de averiguar a verdade com aridieo- cia da parte contraria ,nproferir Sentença rnbre O

negocio principal; e pa ar em julgado eKa Senten- ça- (4

M ii Cj_ 141, ,

( L ) Ord, do iiv. z. ri!, ZO., confrontada com Pafcoal Iflli.. ~ n r . ~ i w t l . Lafitnii. 115. 4 rir . 18.5.5. e 6.

Ir1 Orden. do liv. 3. tit. 76, 4. t.e r , ,

,. (d] Ord. citad. 5. 3, I .

Page 48: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Segue-fe S.": que o Privilegio de feus Efcri- v%es Executores , concedidos em ProviSacj RCgia co- mo Privativos das E x c ~ u ~ G c s ? podem ídinente yr* ceffar no concedido pela Proviia6 , e cauiar: permic- ridas á Executoria de Keus Juizcs Executores ; Ter- vindo-lhes de Regi~neiito o dos Eicriváes do Geral. (e)

De tudo relu1ta 6.' : que o Privilegio de Faten- da Real , concedido a Particulares, ou Co~poraçba para executarem feus devedores em Proceffo Execa cutivo , Te reduz a quantias liquidas, rerulfanres de Sentenças obridas em Juizo cuntradiltorio , e pa& da em coifa julgada contra as devedores ;. que a Pra- rica contraria no Foro he abuíiva da Lei, e oypre- fiva das partes. (f)

Ti-

( c ) Citac!. Ord. no procni* ( j ' ) Mofira [e , confionrado efle t f t , com o antecedente*

T I T U L O XI. , ..

O P ~ Q C P ~ O Execzati~e Ibe odi~Jo em Cireito; e dei!,? abtíJd o Foro paru cobr .a?~p d~ peno

rües predjat~,

$0 '43.

C Oregar o R~ccfTo pela antes de I& v h. citado, e ouvido d e Teu direito, reFugr:a de t a l hrtc ao ProceiTo Natural , c Social , qte aps- nas he permittido quando a Lei exprcff~n;cnre o determina. (a) Sempre que a Lcgiila~aC Fatrja per- mirte o PvorrJò Exec~t ioo tni ~ e r t e n ~ d r s dc parti- 'culares , decretou Icgo o caíligo contra o A* , que delle uia temerariamente.

Por ExempIo : a Ordenaça6 faculta ao Senhor da cafa proceder A penhora rem ciinçn6 nem audiew ria ,do alugador ,- que na6 pagou no tempo efiipu- lado. Forbin Te tcirs a penhora, o alu~ador mob trar que j i havia Satisfeito, o fenhor he condena- do nos tresdobra, do que deiiiandava , e a cafa en- tregue ao desfruEto do penhorado. (6)

(a ) psfcoJ , InjtlPir. ?#r, Cimil. Lnjtdri. Iib* 4. tit. 9. p. ?., confrontado com Uuii , Deredo Pirblic. cenct. de EJP~RA

.lib. 3. rir. 1. crp. 2 . fe&. I . 5.44. iam. 6. Fag, 404. (6) Ord. do liv. 4 rir. 23. 51 +

Page 49: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

44 E.-.L E ' M E N 'i' O S.

$ 8 =4g*

Sirva de Exemplo mais outra Ordenaçab. Pc- qante o Ouvidor d' Alf'andega , ou juiz d'lndla 9 Mina demandando alguern Lòldadas , ,ou Fretes ma- ritimos, he citado o R. para vei j u ~ n r ' b A. 'Jura efie fcrem-lhe devidos, e O R. na6 iie ouvido fcrn que primeiro depoíite no Juizo as lollladas, oii fre- tes i urados. Porém fe. depois d o depo$[o Judic~al , o R. mofira que havia pago, o A. fie condcinhado nas cufias em dobro , emenda , e i3tisfaçaÃ, prefo Jogo , e os Autos remecridos á Relaçaó para ler-llie impofia a pcna de perjuro. (c)

s 146- , I

A Bdenagab .annuIlou o contrato, pelo qual Ee pramettere , que na6 fazendo, uu entregatirio a]- gu ina coiià em tempo cerro , folTe 11<igo fe1r.i cxc- cuçad nos betis , Crin preceder citaçaó , ou aiidiciicja d o E ~ e c u ~ ~ d o . (d) Permittio hum cilvard no5 criii[ra- tos de arren~lamento efiipular-fe a Clairjirla Oepoji- $aria para na6 Cer o arreiidatario citado, iiem ou- vido lem priineiro legurar ;i divida, e o Juizo. ,(e)

(c) Ord . do l iv . I . t i t . 5 2 , s . r z , confrontado com o 5 . r . , ( A ) Ord. do liv. 4, rir. 72. , confrontada com a Urdi do J j v . . ~ ir. 63. 9.5. , e com a Ord. do liv. Z. tir, r. 5. I 4.

(c) Alva& de r3 de Janeiro de 1414. ColLecpG i, iv liv. 1. das Ord. tir.78. n, q! . .. . I L

Oç Prariltas da Efchola dos Arenas , fundira6 a Ordeiiaçofi no Alvari , e plantáraó no Foro a opi- ni36 coinmum de que o arrendarario, empbyieura, f r i r e i r~ , e cenfuario podi.rÓ renunciar 3 ciragaõ , obrigar-ic a executivo, a :prifa6 , e a drpoliro Ju- dicial , e iujeitar-le a execuçsb Tem Sentença de quantidade cerra , ou liquida. (f) '

Prevaleceo no Foro a opiniaii cornmum; e os arrendamentos, eniprazamentos , afforamentos , e re- conhecimentos nos ~ombos abundárad de ClauJil/ss DepoJirarias . e Ar Renincias de clrafa6. (g , Em breve Tem mais cxame, netn differença , fez-le ufual a Procefi Execuiivo por encargos territoriaes ; e o Foro na6 reconlieceo a cfie refpeito outra caíia de Proceffo. [b)

§* 149.

De nada valem hoje as Claufulas Depolitarias ; renuncias de citaçab-, reconhecimentos de hgeiçad a Executivo Tem preceder djicunàó , e Sentença %1"

( f ) Vejq-le em Jeronymo da Silva Pere i ra , Repertorio das ~rdtna$$es do Beitio nas pal ,ivr~s - CitapÕ FIA$ pó& renuncidr-fe 3 nora (11 tom. I. pag. 94. Lisboa 1749.

(g) Acha-Te a cada pagIna nas Bfcrrpruras de afforamen- roS, emprazamentos , arrenc'amenros, reconherimentos tombos , e fuas chamadas Senre~ças de DeJrinfa.

(b) Muttrii-Fe de Mende~ , P r m . Zerrilar. Iib. 4. rap. 22, g. 4. De ClaaJda Depohtnria n. 3% e Tuas i7 Excepções nos fegulntes numeros,

Page 50: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Drvrsnó JI. TITULO XI, 67

Sada ein julgado de qriantidnde , ou quaritin I;i]uids, A Lci snntiliarido contli$fies, que derurpavad os con- tratos no Efiado Social, de certo na6 ie propoz , a que o Foro Patr io , tnefmo iem raes conl!iç&s, perpetuaffe a pprkripta vexaçab. (i)

5. 150.

Qiando na6 exifle Pública EScriptiira do arren- bitiiento dos hens de r a i z , inferior a fellenta mil riis , o Proceífo bem longe de Executivo , começa

prova doconrrato, e divida , por reitcrfiunIias, prodiizidas cm Juizo contrsdi&orio. ( k )

t 5 , 1 s t ~ ~ . r i

f

Por encargos de afforamento , emprazamento , ou cedo de bens E~clefiaRicos, ate na mais peque- na na6 tia Proceífo em Juizo frin que Te apreíente, como prova iiibflaiicia! , a Efcriptura PiI- blica da obriglçaá. ( I ) O niefino he detcrmiriado por encargos de emprazamciito , ou rfforamenio de predios proK~nos, qUe excedem o valor de quarro mil ríis. (n~) A Efcriptura , como prova que a Lei exige, he lavrada por TabaIliaó eni Suas Notas, e afinada pelas partes e teiteinunhas. (ii)

5 . 152;.

(i) L e i de ? r de Meio de 1774. ( i() Ord. do I iv . j. rir. 5 9 5 . r 3. , confrontada com o

5. 4. (I) Orden. do liv. 4. rir. ry. no Proent. verf. 3" E cni Coii-

trsm Enrpbyieutico. = (ni) Ord. do l iv . 3, r i r . 59. no Proenr. I confrodtada com

o 5. 4. (ri) CitaJ. (3rd. no Prociii. , confrontada com a 0.d . do

l i v . i . tir.78.g.4. 5. eG.

Q ~ a n d o com aquelfa prova fubltancial o fenhor diretlo Jiidicia!mente requer do fenlior util os eiicarc 60s conitan[es do contrato por ambos celebrado, o Proceh quc llie conipete , he o de A&raga6 de dez dias. (o) Se porem Teu Requerimento Iie deRi- ruido daqueila prova iubfiancial, deve recorrer ao PtoceCTo do Jiiramento DeciCorio , conhecido noFo=. ro por Au~a6 #Alma. ($1

Sem Efcriptura Pública do contrato , como pro- v a fubltancial , na6 ie prelu~ne emprazamento , affo- mmento, ou ceiifo , regue-fe por conrequencia , que na6 pdde fer ouvido em Jui2.o o ietihor dire&o , .que aI1ega por ur;ico titulo a polTe de cobrar. (q) Oprr- dia repata- fe livre como .o boment em qrcawto fe aao' moJlra . . frr frrve. (r )

O reconliecimento do Tenhor util no tombo do fenhor direffo , referede indir enravelmente á Efcri-

TO^. I. NP p ru-

(o) Clrd. do liv. i. t i l . 25. 5. final. ( y ) Ord. do liv. 3. rir. 59 .9 , 5- 14) J4~nddrs, que no Foro Parrio foi hum dos primei-

ros InrroduDorcs da Efchola dos Areltos, chegou a co- hhecer efa verdade in Pra? Sgcul. lib, 3. cap. zr . n. 58. verf. = in rontrnrirrm runren = atf ás palavras = ndJi - wen~lu?ii in f~turriin 2 pag. 84. Cqnimbricm 1749.

(r) Parcoa! , JnJtitnt. 3ui; Ctwil. L~Jitdn, I i b. 4, ti;. 6, 8. 17.verf. ;: Nuticruiis Libertas.=

Page 51: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

68 E L E M E N T O S , pturn Pública do contrato, lavrada em as Notas do Tabaliia6 , c na6 em o tombo do feiihor dirc&o. I)e outro modo a divida caliiria = 8n conditiune /i- .ne r a ~ ~ =; e por tanto reprovada por Direito,. e iiiadmilfivel a proccdimeíiro iio Foro. (s) A Legis- laça6 Patria determinoii que o Inflrurnenio referen- tc na6 proceda eiii Juizo fem que reja aprefentado o Ini\rurneriro referido. (r)

O feniior direi90 prefere a todos os credores ara haver de feus IriquiIinos , e Einpliyieuras , os

!uroi, c encargos do predio afforado , ou ernpraza- do. (u) Porém fua legal hypotheca tacira na6 lhe concede Executivo para o pagameiito antes de cita- d o , convencido, e julgado o devedor. (x)

KOS encargos territoriaes, exigidos por $?oral-; confiitue o Foral a Direito Pílblico Efpecial da Fre- guezia , Vjlla, Cidade, c ku termo entre o Dona- rario, e a Povo ; ~ o i s que ambos ie obrigáraã ao Teu cxaRo cumprimento. (yl Ao Governo Munici;

P" l,

(s) Tafc.osl, I r@. Jtrr. Civil. Lrl(itnrt. lib. 4. t i t. 6. [o. e i I . e l'ria nora.

(t) O t d . de liv. 3. i i r . 60. no Pro~ni, , e 5. I. (H) Lei de zo de Junho de 1 ~ 4 - 5 . $3. { x ) Ord. do li\.. 4. [ir. q. iio Proerrr. , confrontsdo com

Gregorio M a r i i n s Camintia Forirrn d o s L i l * t l i ~ s , libello -, irferwiatia ir1 reiri ; -. que Te chama tncita hypor/)ecizria , w i a s 4 - li - c - r i .

(y ) MoRrz-íe do termo de a~cci tnça8, lavrado no fim

D r v i s ~ ó IZ T I T U L O XI. 69

pf, (s) e ao Corregedor da Comarca (no) jncuni- bio a Legislaça6 Pnrria vigiar fobre a Tua obfervan- cia , e reprimir as airençBes , fomentadas pelo Se- n1io:io por qualqiier ritulo de pofle irnrnemorial. (C&) O Proceh , que o Foral eítabeleceo para cobran- ça dos encargos Iie o melmo, que eítabeleceo coii- rra o Dooetario. que exige mais do que o mc.0 Foral Ilic concedeo. EITe Proceílu he o verbal eícri- p to , e na6 o Executivo. (cc).

Se o Dohatario na6 tcm Foral ; mns ídmente -RCgia Doaçad confirmada, (h') na6 11e permiitido mais do que o cxprcifo rio fcu titulo ; e de 1:etihu- ma forre augmeniar os encargos , ou impoiiçbes. (te) O ProceiTo pnra Tua cobranr , quando na6 11e deterininada na Regia Doa a 6 , e o da Real Fazen- & ii da

do Exentplar , que Te entregou ao Concelho, e que k: guarda cni TEU Carrorio,

( q) Ord, do Iiv. I , tir. 6G. 5 . 14. e liv. 2. tir.4.5. 4. 46 ( d a Orli. do liv. I. [ir. 58. g. r5. (Lb 1 Clrd. do lir. 2. r i r . 27. 9. 5 . , confrontada com PaF

ioiil Igfit. Jur. Civil. I,lcliran., lib, r. r i r , 7. 5 . 16. , c lua Luta ; t lib. 3. i i t . 6. 5 . 7.

(cc) Acha. le eiii iodos os ~ o r d e s do Senhor Rci D. M,P no& no rir. - Penn do Foral. ,

(dd> Para o Donatario ufar em Juizo, ou fóra delle do roncedido na Doaçaó, d e v e moera-la confirmada deRei a Rei : Alvará de 24 de Março d e 1623, d e to de Fe- verairo de ~ 6 3 8 , outro de 24 deselembro de 1655. coll. r. ao liv. 2. das Ord, tir. 38. n. r. 1.4. : Pafcoal , InJf. yur. Civil. LzcJ lib, t . [ir. 3. 5. I r . 4%. 34.

(qe) Ord. liv. r. tit. 45.9. 74. e : rafcoal , I@, Jrrr. C i ~ i l . Ltdtãti. lib. t. ti c, j. 5.4. n, 5,

Page 52: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

da na Sentença , que pairou em coifa julgada emJui+ zo contradiltorio , (f) e na6 o Executivo fcin o R. ler primeiro citado, e convencido.

T I T fJ L O XII.

Procefi rtfd J~1rnmelfto Deczyorio , cklamado no Fero A H ~ Ú &'Aima.

Q Uerendo o A. deixa r no yur~mento do R. quan- tia , qualidade de contrato, ou outra qualquer

coifa, em que ambos fejad interenàdoç, requer ao Juiz a citaçad para que o R. venlia preftar o feu ju- ramento em Juizo. (a) Citado o R. eíToslmente por Efcrivab , e na6 por Ediffos, (6) R e elperado atC á legunda Audiencia , reja qual for a quantia Gbre que verfar o juramento. (c) . .

O Direito Romano permittio, que 0 A. mu- daíTe de Aufaó aiites de fer deferido o 'uramento ao R. (8) Abraçou igual dirpoiiçao o d ireito de

-- -

) Ord. liv. 2. tir. 5 ~ . 4. to., confrontada com o rir. 32.9. r .

( n ) Ord. liv 4 rir. q t . : Pnícoal , TnJ. %r. Ciwii. Lufit-' Iih. 4, rir. g. 5 . t i. e fila nota , confrontada com Dou , De- mh. PscGl~r. Gener d9+ann lib. $. t i r . 2. cap. 10. frtS.6. 5 . 2 . z 4. 5.7. 8. 9. io. rom. 6. pag . 254. e leguinies.

(b3 0 , d . i i v . 1 . tii. 49. 5 . I . '

(c3 &-rei0 de io dc hlalo de 1 7 p . ( ( 1 ) Lci 6. i . fin. dr 3r~r~ j i t r . z l id0 ,

Hcfpanlia. { r ) Segue a mefina liherdade o Foro Pa- trio , (f) ria6 iein opprobrio do R., e ludibrio do Juizo. (g 1

5. r h ,

Jurando o R. na6 Ter devedor, ou obrigado, ao que fc deixa em fcu juramento , o Juiz o abfol- ve da demanda, e condeiia o A. nas cuflas. Mas Ee na6 jurar o R., o juramenta he prefiado pdo A.; o Juiz por Sentença condena O A. na obrigaçad ju- rada, e nas cuitas , (h) e faz expedir = Mandado de folwewdo = para inteiro pagamento. ( i )

(e) Affo e Rodrigues , fr!'?itaciones De1 Derecho Ciwid de CsSfilla lib. 3. ri^ 7. 5. 2 . pag, 275. Madrid 1805.

( f ) Ord. da iiv. 3 . rit. I. 5.7. (x) Mendes in Prnx. Sec~lnr . lib. 3 . cap. i. 4. r . n. 9.

acoiifelh3 ao A, que na6 deixe jurar o R., e mude de Auçaó , quando o vir determinado 30 juramento. Ado- ptou Eeu confelho Gomes no Mfiiiwal Prnrico Par;. I . cap. 16. n. r i .

Seguem nutro eitratagema aIguns Juizes fazendo yr i - meirn perguntas cnpciofas R. para d a ~ e m por elln pro- va ao A. , ,no que obra6 mal , c com yarcialidade mani- f e h .

Os Advogados acauiçlados requerem ao Juiz, que as pnitcs Te obriguem por termo a eitarem FIO Juramenro. Mzlhor expedicn!e rurnou e Codigo dos krsnctzes no Ar- riao ,462 ; ordenando q t i t a parte, que defere ou refere o l i ramcnro a outra parre naó pbde.mais retraaar-fe , logo que O "verfaii« effi prompto a Jurar.

(h) Ord. do liv. 3. tir. 59. 5. 5. e 8, (i) Do liv. 3. tir. 66. 4. 9.

Page 53: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

7 2 E L E M E X F O S .

O R. que na6 tcin razab para faber a verdade d o fafio, ou que fobre elle na6 tem certeza , "26 Iie obrigado a preílar o jurainento , nem a coiifen- t i r ue o Teu advethr io jure: por tanto dcve logo i e r a$roluto da Inltaiicir. Igualmente na6 dcse prer- tar-fe jiiramento ao A:, que na6 tem razad para [a- ber a qrerdade da coiia concroverrida, aiiida que o K. recufe preílar o juramento. (k)

Q~ando o Juiz conitrange o R. a que jure , 1136 devendo j u r a r ; ou mand3. prefiar elTe juramento ao A. nos cnfos, ein que o Direito prohibio que eflc Jurare i a parte prejudicada pdde ufar de Recurro contra a Sentença. Hi: defies caros, que Te eiiren- dern as Appcltaç5ss ein AuçaO d9Blrna, de que fal- 146 os Pr.?xiltas Reinicolas feni as expccificdrem.

O Padeiro, Taberneira, Carniceiro , que a al- guem confiirab pa6 , vinlio , ou carne , Ta6 acredi- tados em Ceu jurainento , como unica prova , a t t á quanria de mil rCis dentro :do alino ern,que confiá- rad eRcs generos. (l)

As Excepç8es Dilaiorias de Tncomperencia de Juizo d e A. e de H. tem lugar na AuçaS d'Alnia, coniti eiii rodas as Summarias , e Sii~iimariflin~as , apezar dn vacillaçab dos Praxifias Meiriicolas , quc leguírad a Efcliola dos Arefies. (m)

T I T U L O

Ordem Jtrdiciaria , Judicial , Tkvuktaaria.

A Forma eltabelecida pelo Soberano para fe or- denar, e .ulgar o Proccflo tem por objefio a fegu* raoga ~ ~ b / i s a , e a fegurança Privada na adminifira- gaõ da JuAiça. A que tem or objefio a feguran a Pública chama-fe Ordm Ju&titzriIs, e faz parte i o Dircito Piiblico d o Effado; s que tem por obje&o a ieguranga Privada , cliaina-fe Ordem JvrEirial, e entra na claffe do Direito Civil da Napb. 61)

ConRitue a Ordew~ Judiciariia a citapó d o R., o Libello OU perreiiçaó do A. , a contrariedade

OU

( a ) Ord. do liv. 1. t it. $9. 5.G. e 7. ( I ) Ord. do l i v . 4. tit. 18 .

( t i l ) T a e ~ f ~ ó BendeJ in Prax. Srcrrl. lib. 3. cap. i . g.1 , n. i I. : Gomes Itlantr.*/ Prarico Pari. r . tap. 16, n. 57.

( a ) Dionytio Go~lioFreJo , Prsx. Civil. 11b. 2. i i i . 4. de PUC?~J et R e l i w n t i u t i ~ t ~ i b ~ ~ com. I . coli!mna 1 ~ 5 5 . até CQ. 1~11~~1. 2c.52.

Page 54: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

ou contcfiaçaS do R. ; Scntmca de quantidade oii coisa cerra; cxcepto nos caros ern que o Direito per- mittio a incerteza : fundamento da Sentença na pro- va dos Xuros, c no Direito crprcffo; fer proferida por Juiz compererice ; publicada em Audicncia no Proceíío Urdinarili ; efcripta e a ninada pejo Juiz tati- to em ProcciTo Ordiiiario, coino em Summario,

O Juiz que omitte, inverte, ou atrope1la q u a l - quer afio da Ordem Judiciaria coitimette nullidade contra o Direito Publico do Eltado, a qual nunca para em julgado.

5. 168.

A Ordem Jrrdicial veda nos aitos , que fc fór- ma6 enrre a conteltasab da lide, c a Sciitetiça Difi- nitiva : tacs ia6 as producçóes de ceíteinulias, pti- blicaçóes de InRrumentos , Interlocutorias , rcnun- tias, e confifsúes das partes , conclusões do feito, illegaçbes de Direito e de Eia&o. Se o Juiz ornitte efia ordern , ou a derpreza, a Senten~a l i ib l i f l e .~ fiicro Jure = , e reputa-fc proferida mais contra o direito privado do litigante do que contra o Ditei- to Público do ERado.

Quando o Juiz omitte , defpreza, ou na5 guar- d3 a forniii eitabelecida na ordem Judiciai, a parte prqtidicada deve requerer ao fuyerior por Aggravo OU Appellaçab, para que lhe fe~a reparada a Injuf- ti$" cominetrida contra {eu direito. $C na6 recorre,

e

e acquicrce I Scntenca , eIta p a t a em julgado, c confcrc direi to iio advprfario.

As caufas , que a Lei fez ordinarias nnG pa- dem Ter convertidas em rummarias pelo arbirrio do Juiz , ou confentimcrito expreffo das partes ; porque neni a vontade do Juiz , nem a d2s partes pode cotltrariar , O U renunciar ao Direito Pirblico d o EC- tado, que as declarou ordinarias. (h)

No Proceflo Summario , ou Verbril por Efcripto as caur. que Ihe f:iõ relativas , Te as partes confen- tem que o Jiiiz procelre em ordinarin , vale o pro- cer3do. Se algtima dellas reclama , deve feguir-ie o Summario Lilipena de nullidode nos aAos, que fe feguirem depois da reclainaçaã. Quando ambas as partes expreflmnente ccinlcntem , que a caufa 'aja tratada ordinariamente , afim deve praticar-fe ; e naó he nullo o procelfo ; por ue a Lei eílabeleceo o Proscro Summario em beile ?i cio das partes; c er- tas podem renunciar ao beneficio da Lei. (c)

Tom. I. ' O S. 172.

(b) He a Dourrina dos Tnterpteres Gloffadores , qire p6- de ver-fe no Abirade Panormirano , Commeniar. Ad Clc- menrinam - Sdpc contirxit - de Yerbur- niJicat. n. 4 i.

(c) Abbade hmormitan, crr a cdud. dmirilrinr o. 36. .i5. 390

Page 55: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Qiondo o Juiz a Teu arbitrio inverte, ou arro- pella ;i forina do Yroceffo , que a Lei determiiiciii , confiirue-ft: defiruldor da Lei cni vez de leu Execii- ror. ElTa forina arbitraria iiaó l e n d o a Legal, cha- ma-fe Tumultuarira, que pnh a ler tyrsnnica , e detcfiavcl no Eitado Social ; Irgo que d c f ~ r e z a a citaçad do R , ; abhrevia , ou iiiiptde fua dt.ft.za ; e .jrilga fein prova. Rotas a f im as balizas do Procel- j . 1 Narural , na6 lia Lgurança na aditiiiiiítiuç~ó da Juilisa.. (d)

T I T U L O

S. E73m

1 Ntern>mper ou cenir o ~o reAfe , r: çom elle a ad~ninifiraç~íi da Jvf l i ça , lie (i qiie fe charna rer/ticio. Divide-íc em FroIustli.rio , Neccfd- rio, AliuJvo. Ao Voliinrsrio pertencem as Ferias Divirias , repentinas , e Hurtia nas : 30 NeceiTa~irjo as calamidades Públicas: ao Abulivn a obitinaçaó dos Magifirados, que recuí'~6 adriiiriiitrar J u f i i ~ a .

(,Q p;ifcoaI , I@. ~ N F . ~ i w . Lg$t. lib. 4. tir. 7. g. 14. Ri;;cr, I7ltri~pr11d. .Errirjirflt; f a r s 2 , 4. 775. 7 9 . :$o.

Xas ~ e r i a s Divinas ou ordenadas ein louvor , e horira d e Dcos c dos Santos : nas Hepenriiins , qiie o Sobcraiio dcterrilinn por occa fi6es extraortii- narias de a l e g r i d , ou de trifieza , nada Te demanda , iiciti f~ntenck;~ ein Jiiizn Forenle ; e Iie nu110 quan- zo fe proceffa. (8) As Ferias Wuinanas , deitinadas 110' dous niezes eai cada a n n o aocolhimento do p;i6 e. vinlio , na6 ' i~n~edei i i na primeira infi~ncia as Cau- f i s Sumtiiarias., livraiiiento de prezos; ear& as cau- &is ordi~iarias, conrenrirido expreffamente os, liiigan- Ees. (I)

. A Legie13Jad Patria na6 declarou exprerarncn- te os aeos , gue podiab fazer-fe nas Ferias Divi;. nas , c Kepenrinap. Eniriranio a experiencia molha, que em taes 'Ferias podem occorrer negc~cios , que cxigcin Iirompra providencia. O Direito Roma- iio permirrio a i 6 no dia de Pafcoa aflos da Ju- ritilicçaõ volunraria , como criiaiicipaç6es, e rnanu- niisóeç; c procedinieritos contra ladróes dc terra, e de Mar. ( 2 ) O Direito dar Decretacs coiifcgtio co- i110 etn regra geral os aflos iníl~dris pela necriliJade, OU perfuadi.los pelp piedade. ( r l , Na6 lie feni iiicon- venierite adoptar a v a r i a , e iiurnerofa miilridab de cauids , que os DecictaliRas incluem naquella regra,

0 ii A

(n ) Ur.1. Iiv. 3. tir. 18. no Proem. e 9, r, ( b ) Cirad. U r d 4, 2. e leguintes. (r) Lei r. e 10. Cod. de rerii~ (d) Cap. 5. jC + Feriir. .

Page 56: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

A que Iiouvera de feguir a Pratica reduz-fe aos a f i m , que pertencem ao Officio Nobre do Juiz ; e que inerrcein protnyra p.rovideiicia, e protecgaõ ate rei11 reqiicriineiito de parte.

Q u ~ n d o a urgencia na6 pcrmitte invocar fnc- corro; ou a calamidade Piiblica a f l i g e de ral forre hui~ia Cidade, que a Lei na6 p8de ler obfervada eni roda. fua formalidade , ha Jq/i'iciu h'eccfldrin* -Mas logo que cera a caurn, ceira ta~nbem o effci- t o ; e legitima-fe o procedimento em Juizo legal. (c) Daqui vem a defeh Natural na falta da prorec- $a6 do Magiltradn , ou do fiiccorro. dos Cidadãos. Daqui veiii a validade de ~ A o s . celebrados com pouca hlemnidade no mar, na guerra, { f) no tem- po da peRe, em Cidade bloqueada. &)

O Magiitrado, que recufa adminifirar Jii l t i~a; forma Juflicio AbuJ'uu com derprezo da Soberania, e provocaça5 dos Cidadios ao EBado Natural. Ve- xando em nome da Lei , e impedindo o recurfo com perpotencia da Jurisdicça6, elle promove quan-

to

(e) P~Ccoat, InP i t . yttr. Ciuil. Lafitdn. !ib. i. rir. 2. no- ra ao $. t s . , confroniado com Daries bfllt, y#i.ijp. Utri- we'f. fea. 5 . 4. 74%. a:k 7 j5.

( 1 ) O í d . d o ! i ~ . 3 r i r . ~ y . § . 2 . e 1 i r * 8 3 , § . ~ . e 6 . Cg) Codgo C I ~ ~ I rios f.innre;.,ees Artigo:oy&i, ai& rcor.

D i v i s a 6 TI. T I T U L O XIV. 79

to ebtá cm fi a anarrhia na Eílado Social. Contra frii defpotifino a Legiilaçaõ Patrja facuitou Carta tefl.snuiihave1 ; (b) e ã Yraxe inventru ~ o n d t n a ~ r i j nas ciiltas Tem claufula de poder en;bargnr dentro de t r i n t a dias. ( i ) Providencia ta6 moderada he di- minuta para ramanhu atrentado.

(6) Ord. da liv. 2, tit. 45. 9. 2 8 . , confrontada com r do liv. 3. r i r . 69. $. 7. e [ir. 74. no Y t ~ c t i t .

li) CoRi , EJfylo~ mais ptatirrdos nd Calca da Stqplir~. $40 pa& 188,

Page 57: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

T I T U L O 1.

" .

N 0 Juizo. em oue ha dois EkrivPer o R eaae- rimetito i a r a prirnetr.~ rita~aó d o R . tic mandado diltribuir pelo Juiz. O D.itribiiidor d o juizo faz a diilrilitiicad ; e fem clla he nullo quanto Lè proceli far. ( r ~ )

5 . 1 9 .

Pcla priincira Citsçab clianla-fc a Juizo o R. O Juiz a dercr,iiiria fcihre divida , ou obrigsçn6 peF íoal 6 vilia da Ekriptura Public:i , excedeii~fo a di- vida a f2nè1ira 1ni1 reis : ièm Efcriptura , fendo a Caufa deixada iio juramento do R. ( 6 ) Qudl(liier official do Jiiizo faz a CiraçaB; porem Ee ella Iie fèira por Juiz Yiritaneiro , ou Jurado , rua fe dc- ve fer inilruitienrada por Taballiaó. (c)

S. 180.

(a) ALvará de 4 de A h r i l de r609, r de 23 de A L ~ ~ L & t 7 2 ~ . C d l , I. a o 11v. i, t i [ . 2.1. n. 1 . 2.

( h ) O:d ,d>l iv . ? . ( i r . 1.5. i. (C) Cir~d. O r d . 5.4. A Ortienrnp dt LuiqXIY. de iú67.

exige. na c i~sqa8 a affinar~ira do R . , e de duas iefiemuni~as coiiliecidas iir. t. art. z.

Contem n CitacadLos noincs de A. e R . , Eus dornicilios , o iiioiivo , o j u i z a , o reiiipo ; e a obri- g a ~ & de cotnpaiectrr peffoa!ri:tntc, ou por feu Pro- curador. ( A ) Q u a n d o o H . fe acha nuktitc , e lb igno- ra o lugar dc fua ref dci:cia , fiirina-iè auto de tefie- inunlias , e julgado por Seiitença, procede a Cita- çaó por EdiAus. ( I )

g. 181 . .

A CiracaS conltitue o R. na obrigaçad de com- parcccr pcrãiire o Juiz pera re'poiider , ou dcclinar fu Jurisdicçsil : iniertonpe a prefcripçao : faz l iti- giolà a coila pedida par3 riao jcr a1ici;ada , ou irar- paflada : iiiduz lide Pendenrc para n,16 fuicitar-ie no- va caufa Cobre o rnrliiiri aíTuii;pto, ein quanto a pri- uiejra iiaó for decidida. ( f )

$. 182,

No tc rmo aninado na6 comparecendo o R . , ou feu Exc~j'3,l i ' .r , efpera-re i i i u ~ s trcs dias por crifl~inie do F'orn. Sr iifi111 ri.cfn:o f a l t a , o Jiiiz O ctindeiia á i;~ rrvclia. Quando hc o A . , que na5 cciinparc- ce , o Juiz abjr i lve o R . (g) Qiarido ainbos na6 cor~iparsccin , a citaçaó fica circuicducla. (6)

(dj Ord. liv. 3. t i [ . r . 5 . 5 . Pela ciraçiiõ deve f,,ber o R. eni tli!e fr f~iii~ki o A . 0rdenartç.t de L M I ~ XiY. ti,. t . 3. ?;egiig 0 melinii o Foro d'NcSpanba.

(t) < ) T J ~ I I . do l i v . 3. lir. 1 - 5 - ~ 6 - ( j ) C,,valIati, rldiit. Sitr. CaLTart, t.cap. i!;§. xr. '

(R) 1=drco31 , Iiglit, ?ar, Ciuil. L ~ f i ~ a n . l ib. 3 . r i r , y, 5. i$, e 20.

( b j Ord. liv. 3. t i r a I . 5 . 18,

Page 58: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Prefçnteç A. e R. na Au;lie!icia, o ju iz os ex- horta i concordia , Se a Caufa n ~ b he cririiinai , eni que tenha parte a viiidicla Pública. ( i ) N.16 Iiaven- do concordia , o Juiz por feeu officio , ou a requeri- iiieoto da parte, averigtia dos litigantes o motivo da demanda ; e por fuas refpoilas ordena o fcitci ab- fnlvendo o l i , da iiiltancia, ou condenando-o por ruas coiififsórs; ou iiir indando iEguir os termos, que iaó oficrecer o A. o Seu Libello. ( k )

A liberdade de fazer perguntas, que teti o Juiz dc Primeira Inltancia no da deitiatida pa- ra decidir por cllas o litigio , na6 a tem depois da lide contefiada, mais do que para a boa ordcin do Proceh. Po+m os Juizes Superiores em Relaçad podem ufar dera liberdade até para decilab da cauG cm todo ttrnpo, e eitado della. (I)

( i ) Ord. li^. 1. iir. ro. 5. I. ( 4) Ciiud. Ord. 5.4. c!) Urd? lira ,j. til. 32. s, 4.

T I T U L O -11.

O Libello he huma Summula , que denionfira a iiitençab do A. eni Juizo ; e que alPm do feu no- me, o do RCo , contem clara e diltin&arnenie a nar- raça6 do f;r&o, o motivo ein que te. funda o di- rciro do A - , e conclufab do que pertende , que fa- $a o R. Se elle na6 contem coifa certa . ou quan- ridade liquida : fe a fila cconclu~~ó dilcorda .da nar- r a~" , e ~notivn do direito do A. , he entz6 ejcu- ro , iiiepto ; e como tal inadrnifivel pelo juiz, ou dcclaravel a Kequerimento do R, (a)

Na6 Te admitte Libello concebido em generaii- dade, excepto quando Ce pede toda a heraiiça , que eítava no dotninio , ali patrimonio de alguern : co~i- tas de adminiitraçab d e bens de menor, Confelho , Corporaçaó , ou Companhia : territorio determinado com todos os predios que nelle Te acliaó ; caía com todos os íèus rnoveis . arca . mala . e femethanres com o que ellas conteki (6) ~ e n i ~ r é que o Libetlo

Tomo I. P fe -

($1 Ord. liv. 3 . t i c. 20. 5 . 5. e 16. : Parcoa1 It$it. -3;ir. C iv i l . L~fitan. Iib. 4. rir. i@. 5. r . e 2.

(b ) Affo e Rodricites Inlfit. Ael Dercch. Ciwii. de CUJ. lib- 3 . r i r . 5 . pa;;. 266. ; Cavall. Iiji. 3~t . . C d n , Pari. 1, c a p 21. g. j.

Page 59: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

ieja niudado , ou emendado pelo A * , concede-[e ao R. tempo pa. deliberar. (c)

Af im como Iie nulla a ciraçad fobre Auçaú Pef- Toa1 , quando na6 e . aprefenra a Efcriptura Pdblica da obrig3ça6 ; tambem no LibelIo fobre AuçaB Rebl de+c offerecer-fe a EETcriprurs ou titulo, em que o A. funda o Peu Direito. De ourro modo o R. o faz apuiirar em Audiencia por palavra ou por Eicriptn, c requer fer ablotvido da iriltancia. (d) Mas Te o A. junta effe titulo em quanto o Juiz examina o Re- querimento do R. , e o na6 decide, he rempo de purgar a mora. (e) -

9. 188.

AO Libello do A. opp8em-fe a Contrariedade do R. , contradizendo a intençaó do A. em tudo, ou em parte. (f) No Foro Pdtrio Libello , e Con- trariednde iad por zrtigos , na forma introduzida pelos GloifnJÒres das Dccreracs defde o Seculo XII., para maior clareza , e certeza da quefia6 controver* rida. (g) Em caula ardinaria o efpaço para contra-

riar

( c ) Pafc. . f i t / f . ~ U I . Ciw. Lu6 lib. 4. r i r , ia. 5.4. : Ord. li\-. 1. tit. to. 4. 71 e 8.

( t i ) Ord. l iv . 4. tit. 20. 8. z r . (c) AIlenro de zq de Noirenibro de r769 lia Cal. n. 250. ( f ) 13;trco~1 hiJ. ynr.Ciu.Lr$ l i l i . z. t i l . l i . 4. 3 9

( , y ) i1hli;idc Panoryit2no in C'oitriiirnt. ad Llet i ient i~ . .T4cpr rontiiiair ~ L ' c T ~ . j7gniJ; i i . 22. André Alciaro sidvcrre iia P r , ~ ~ i c n vi/ , q u e nos Iiiizc~s Srciil3rrs os Libel; 16s , e conrrarjed3deç era6 narra1 i VOS ; e nos Iiiizos Eccle- h.?fiicas erxõ articiil.irios ; ms? que em todos os ]uizospre- ua1ecirs a forma dos Ecclelia8icos.

riar k e de duas Audiencias. Quereiido O A. Repli- car, tein Iitinla Audiencia ; e o R. oiiirr para Tre-

icar. Nas caufas Sumiriarias nzd Iia Replica , nctn $' repIica. (h)

Offerecido o Libello na Audiencia o Juiz o re- cebe, quanto em Direito deve e p0dc feer recebido; e por brevidade Iia alide por conteltada. Simillian- temenre recebe a Conrrariedade , Keplica , e Trepli- ca. (i) Pela conteItaça6 recebida pele Juiz, quanro eiri Direiro Iie de receber, lia cmtefiaçad fib, que produz o e k i t o de Te contar por verdadeira, Te o E. conrente no Jtiizo , e na6 oppbe caifa porque decline a Juriídic~aii. A conteltaçarj verdadeira lie a que o R. faz pela fua Contrariedade; ou pela Ex- ccpçad Dilatoria , ou Pereniptoria , que na6 ie op- póein ao Juiz , ou ao Juizo. (I)

Pela conteílaça6 da lide os Frutlos corneçsd a fer devidos pelo H. : perpetua-fe a auçab : exclueiii- de as excep~óes dilatorias: (m) obrigab-ie as partes

P ii a

(h) C)+. l iv . j. tit; 20. 4. 5. Pafcoal itiJf. %r, Civ. &r/: l ib . 4 . r r r , ' E 2 ,

( i ) Ciriid. Ord. e 5 . h'o Foro d'He[panbn ha a meima Pra- t i c a : no de Fraqz na6 ha Replica, nem Trcplica. Ord. de L ~ i z I r , rir.4, Arr. 3 .

( 1 ) C h d . do Ijv. ;. i i r . 51. confroniada com a do tit. 20. 4. P e 15. : P ~ i c o a l /N$. jrr. Ciy. LuJ lib. 4, t i t , 11. 8. r. 6-

( , i r ) Paicoal Iiv. e iit. cirados 4.8,

Page 60: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

a ouvir a Sentença do Juiz : e o Jitigia palTa a a herdejros att ier decidido. (a ) . ..

I ,

0 R. demandado tendo que pedir contra o A. por otirigaçab peffoal , ou real, refponde ao libet lo por fua contrariedade ; e requer ao Juiz nos Au- tos , ou f6ra delles, que o A. íeja cirado para fe ver teconvido. Feita a citaçab offerece o R. a Re- convença6 antes, ou logo depois da lide verdadei- ramente contefiada ; e primeiro, que o A. tenha começado a dar fua prova. (n) I

Offerecida a Reconvençad nefie tempo, corre nos melmos autos da Auçati , feguindo os terma9 d d Contrariedade, Replica , e Treplica, Dilaçóespto- hiatorias : até l e r a A q a b e Rcconvcnçab julgadas pela mefnla Sentença. (h) Se a Reconvençab he

pro-

(ti) Cavailari It!P. 3 ~ r . a ~ . Part. 3. cap. 24. 5. 9, Q i a l he s conleflaçaá d:i lide , qite faz h n e r a coifi Ii;igiar~ , e que inierrompe a PrçfcriyçnO, roitia a Ord; c10 l iv . 4. t i t . 10. confrontada com o ti[. 79. 5 . r . , (;;) O:d. l iv . 3. ri:. 3 3 . g. i .: Crivailari h#.. Yar. Can.

P:iri. 3. :ir. r ? . 5. 7. . (6) Ci:ad. Ord. e 5 . ,

propoíla depois do A. compçar a d a r prova á figa Auçab , el1a corre no mefmo juizo, mas cin ~ r u s e f - fo , rcrmos, e lentenfa diveria. (c)

Na Auçaó de Esbtilho , Guard~ , Depofito, e Accufaçaó Criiiiinal , na6 Te admirie RecoiiveiipG, (h) Nas outras caufas Summarias , be ella adniittida a correr nos mefnios Autos rendo a natureza de Suin- maria com a Auça6 do A. (e)

5. 194.

A Autoria he Fovmal, ou Szn~ples. (A Forma2 he a que Ee verifica iobre bens de rniz ; que no Fo- ro Yarrio fe conhece pelo aome de Autoria; a Siq- P]~J verifica-[e lias obrigaçóes PefToaes , como divi- das , e feinellianic~ ; e chama-ie no Foro Patrio Fi- ansa rolidaria, ou obrigagab de Fiador como prin- cipal devedor, ou pagador.

s* 195.

( c ) Cirad. Ord. S. 2. ($) Citad. O r d . 5. 4. O Foro Pairio abraçou nas Recom

vençóeç o difpoftn pelo S. P. C/tnríi;re 5 . " , cniendido pr- 10s CloKidurcs. Vcj+(e Cavailari / ? l j . ?*r. Cnn. Pari, 3. cap. zj. 5. 10 . O mcfmo regue o Furo ( ? H e / j d n h n .

( c ) Vinda-le com a Recanvencsó ao tempo da Repl i t a , he em Auro fepnrado : Cofta , Ehlos da Caja AR Sttp plica~gô Letra - R. -

( j ) Citad. Ord. do iiv. 4. r i t . 13 . 4.6. EoForo de Frnii- 5" a ReconvengaÓ chama.fe Cnrnpenfayab ; e $o rncido comi que della re ufa , i ra ia Diimai L i i i ~ Civilrr Iiv. 4, p 499. e Pgv[rws. t ir . 2. {c&. I . e 2 . toni. 2: Fa

Ordoiiii..iitcr. tlc Liurz, IY. r r r , 8. arr. I . e l e u CCG- mentar io.

Page 61: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

O R. demand~do {obre coifa, qiie reccbeo de outro por virtude dealgum contrato , antes de con- trariar ~ 6 d e soincar para que a defenda aquelle de qxem recebe0 a coih pedida. k) Elta iioiiieaça6 ou cbamartrerito notifica-fe ao A. ou garaiite por tira- p G I cin que além do iionie dri priinciro A. Kbn ga- ,rantido , Juizo, e tempo de coinparecer , deve coii- ter o Iibeilo, e fei'rus docunrrnros, como a i n k t r i a docuniento , cni qiie o garantido funda a obriga- çaó de ier defendido pelo garance. (&)

Q garantido faz eRa nomcaçà6 logo que Iie denian.lado, ou ntt! ás Dilacóes Prubarorias , com tanto , que reja antes de abertas , e p~iblicadas 3s provas. O garante qcie acride a deFei:eirdr.r o E;a- rnnrido fcgiie cain ellr os termos do feira por l ium, ou niais Procuradores, afiiinndci-te-lhes o tempo co- mo a huin Ti Procurador. ( i ) Havendo a nomeaça! da Autoria no tetnpo deterininado pela Ordenaç.i6, P Seiitença final executa-f* , ratiçfazendo o garénte ao garanrido o ' preço, os damnos', e as cultas.

(g) Ord. do lir. j . r i r . 47. e i i r . to. 5. 1 2 . (h) Ordorinn,ice de L H ~ ~ X I V : i i r , 8 . arl. 4. ( i ) O rercciro oypoenre , o terceiro ~ifi(tentc, o chania-

do a Auroria podein confliruir miiirns ~'~ociiradorcs , i i ins dir-fe-lfi~s~ha v i a i , ou fe lhes nff i i iar i rerrno como a Iiiim f t IJrncuradnr , ailida que colif i ir i in ~Iois , oii mais: smios hraó buril !?v Iieq;ieriineiiro ; c a f im os mais a R o ~ , em qiie ror 1:~ceilàrio inierporem o kil rninilte~ic. Ord, :,v, ;, i i t 2 0 . 5. 4 i .

Quando o garantido nomCa a garahic depois de abcrtas, e publi~adas a s provas ; na6 Iie eíle obri- gado a conip6r-' I,e os damnor , inicreks , e cuítas , ainda que extrajiidicialiiiente fol[e, kbedor do litigia defde o Teu principio. O garaiite nomeado em rema po competriiite Fegue o Foro do garantido, fem que lhe valha privilegia efpecial, excepto o Privi- . lcgio de bens da Coroa, ou Fazenda Real ; porque entaõ o litigio corre no Juizo dos Feitos da t d - zenda. (2)

Se hum (M) terceiro tem diteito fobre a coifa, que

(1) Ord. do 1iv.q. rir, 45. 9.1 t . Mendes in Ptsx . Srclrl. lib. cal> 5 . 5. 1 . ver[. - Vrrarn Atrtlor - exceprun alguns ca-

los niais em que o Garante na6 prrde o Fen Foro : 1.O p d e o chamado d e d i q r n !iicoiit etctirin do 3'ui~o rtitrr osprijjri- pfirr iitlpanter : I ' p o d e &%&ir ~z<{pfijrdmntra r pipon do Jnlq. J.O f i~@Jlf~f lnd~ qar A E O I ~ h~ , pOi$'tte r t l t ~ 8 dgwe I~rig'r pcrallte O 3 ~ 3 r l ~ ferr Foro , e he ccinio ir enrendc a OrJ, do 11v. j. t i l . 45. 5. IO. ver[* 3 P L t l n i P o ~ u ~ Z , dofiad Foro, -

N o Foro de Frariçn o garante que rnoltra evidenre- menre , que n Caufa fe moveo ao garaniido para o chamar a autoria com o Jefignio de O f.izer reipondrr fhr~ du fea domicil 0 , iiaó ycrde o leu foro ; e deve refponder no Teu proyrio domrcilio. prmiiído logo qqiie o p r an , c appr- rece em Juizo , requer fcr pofio ford da C O U ~ . Projet ds Cnile ~ # R i c i n i r . I iv. 2 . pag. 2 4.

(ni) Tni hr: a mulher yclu [eu dote : o credor de I : Y ~ Q -

Page 62: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

9 o E L E M E N T O S . que fe l i t ig~ ; e pertendt: excluir della , e da Ao- ~~6 o A, e o R., oppóem-Te coma renliar , c por- fuider: fua oppoiipÓ he affrrecida por artigos , oç quaeç fe recebem au regeira8 por Senteri~a precedi- da de canhecimento de caufa : tem replica, trepli- ca , termo probatorio. Carrem elles 110s proprios autos da caufa , quando na primeira Initancid ia6 offerecidas antes de fe acliar eni prava a cauCa pri- maria. Ofterecendo-fe depois denè Tempo correm , e ieg:~em Procefa feparado. (n) 0ffcrecidl)s na Exc- cuçad a fazem fobreltar provando a paire jal~ena

- in coatinenti = ar. Jtpiplewe , para cuja prova - iina6 tres dias. (o)

AqueIle que prcfuiiie ter prejuizo na caiira , p5- de reqirerer'rua a f i k n c i a na feita para aju . i~jr ao A. du R. cani ftu direito, aifida que o a judado na6 queira f u ~ ailifieiicja. Elirnó cKe afiílente he obriga- d o a tamar o feito iia eltada cin que elle Te acliri ; e na6 tem Reltltuiça6 á cerca dos aQas procefil- dos , ainda que lhe coinpetilfe por direito. Mas fe o anikeiitc apparecc depois de praferidr a Sciiten- ça na Supcriar Iiiilancia , bem a póde eiiibargar na Cliancellaria com o ieu direito; pedindo a Reititui- saí5 in integt*#.lcm , fe elta lhe competir por algiini

ti-

rhcta crpeciaI prívilesiarla : o q u e obteve fentença , o11 E- lliou ii petihora : o que Iie verdadeiro Fenhor , e potluidiir dn coil:i dcmandda , oo pe:i!iorndn.

(n) Ord. l iv . 1. tir. 20. 9. 3 i. D.i r e j - i ~ a ó dosarii~os dx O ~ ~ M I ~ ~ Ç ~ I Ó cn:npete A g t r a v o de L'eiiçdó , OU Iniftiiiiierirti.

( o ) Ei1);Io da CaFd d.i S - ipp l i c~ç36 ql.ie ei~retidi, 3 Clrd . do l iv . 3. 'ir. 86. 5. 17. : Coito, Ejiylor, leira - E -

t i t u lo , ( p ) ainda que na Chancellaria 16 pdde'em- bargar, quem foi parre nos Autos. (q)

T I. 'r U L O IV.

g, zoo.

rA Sainado o tempo a o R. para contrariar o Li- bello d o A. , antes de refponder a elle offerece to- das as Exceps6es Dilatorias, que podem impedir a Auçab offerecida em Juizo. (a) As que o R. river

- contra a competencia da Jurisdicça6 , ou contra ir peffoa d o Juiz , 6 8 as prjnieiras, e feparadamente offcrecidas , Sem mifiura de outra alguma Exce- pçaa- (b)

g. 2 0 1 .

Até i felfunda Audiencia afinada a o R. para contrariar o LibelIo d o A-, offerece elle a Excepçaij

Tonto 1. Q Di-

(p) Ord. do liv. 3. tit. 20. 5 . ? I . , confronradn com a Ord. do i iv. j. r ir . 87.. 5. 2. verf'. -- Porqrre eJes tael. ---- Que o prejiidicado e na8 convcncido póde embargar a Sentença

' na Execu~aõ , hc Ord. fiv. 3. rir. 86. 5. 17. confrontadacom . . o rir. e.g.4.

(4) CoRa da Cnf. da S~ppl. letra E - con- frontado com Mendes Prãx. Secrri.

(ã Ord. l iv. i . [ir, to. 5. 9. , confr?nrad? com o tit.49. ( b - A da Inconrpetencid ronrrs Jnrrsdt~aõ inrprorogave~ de*

duz-ie a rodo o ICHIPQ : 01d. li^. ji ~ i r , 49. no Proct~t. e 5.:

Page 63: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

9 2 ' E L E M E N T O S . DIVISA^ 111. TITBLO IV. 93

Dilatoria. fc) Faz-Te concluE~ ao Juiz , que a recc; be, ou defpreza por Teu defpaclio. Quando a rece- be manda ao A* que a coiiirarie ; e reguem-íe os lermos de Keplica , Trcplica , Dilafaó Probatoria de vinte d ias , CoiicluTab , c Senrcnça: quandu 10- go a deipreza , a f f i11 o declara por Teu defpacho. Do defprezci na5 Iia recurlo para o R. contra a Sen- tença d o Ju iz , mais do que Aggravo no Auio do ProcelTo ; excepto na Excepçn6 Decli naioria do Fo- ro , e Iiic~inpetencia , enl que o Aggravo h e de Periça., ou Inflrurnenro; e feinpre iurpenfivo ate final Decihó. (4 \

8 . 201. Quando o Juiz recebe a Excepçab Dilatoria do

R . , na6 difpoz a Lei qual he o Reeurio , que com- ete ao A. LtitdO fe ue, que effa Intetlocutoria do

fui. tem forra de h f i n i l i i o ; e uk por ira com pere contra ella ao A. o recurfo I e Appellaga6. (e]

Offerecida pelo R. a Excepfab Peremptoria , faz-fe conclufa ao Juiz , que Ilie afina logo dez dias para Prova, (f) Findos elles a rejeita , ou recebe. s Se a rejeita, compele ao R. Aggrnvo no Auto do Pro~efio i e p6de tornar a deduzir rua materia na

con-

(r> Veja Te Caminha Forirrn dds Exre,@es Derliirdie rins e Dilrltorins.

( d ) RLTrnto de t 3 de Marqo de r786 Collecçaó N. 291. (P) TiaRari I, Del Gr,vuartiinib. Qi:zfi. 5. n. to, e fe-

giiinrer. ) (3rd. d o liv. 7. i i r . ÍC- S. I f. cnnfrnnrnda com otit.

30. Caiiiinha F~irrnl.t d.71 Exccp$òej Peri?ty~otk~

conrraricdade. Se a recebe, ha Contrariedsde, Re- plica , 'i'replica , e Dilaçad Probaroria ; e o Juiz a julga provada , ou na6 provada. Q~iando a julga prtivada, compete ao A. Appellaçab, ou Aggravo Ordinario: quando a julga na6 , compete ao R. Aggravo no Auto do Proceffo. (g)

As Exccpçdes Pre'udiciaes ; as de Nullidade , c Fallidade, qiie na6 1' ad incidentes, feguem os ter- mos das Excep~óes Peremptorias. (h) PorCm as Sen- tenças, que decidem as & t a s Excepq6es repura5-re mais coiria D i f i i i i r i v a s do que como Inierlocutorias; e por i i b os flecurfns contra cllas inrerpcifios pclo Excepro , otr yela Excipieore furpendem a conrinua- ç:16 d i Cauili principal ar6 decifab da Excepçab $ f inilliança das Declinarorias do Foro.

A Excepçaó Dilatoria de fufprifad contra a peL foa do Ju iz , rem forma efpccial, r diverfa de to- das as outras Exrep~oes , (i) íegundo os Jiiizes , e Juizos. Ti>rnareirios para Exrinplo a propofia pela Ordena pó.

Q ii S. 206.

crc) A Excepqaó Perem~roria pbde pOr-fe em q u a l ~ ~ a c t eRado do Procello ; ;i16 mefmo no iemyo de razoar a fi- nal : M i n d e ~ P r ~ r . Scctil. l ib . q. cap. r p $. I. n. ra. infin. , ( h ) Urd. 1. q. rir. 50, 5. i. i n j n . , iir. 20. 5 to. in n. ; cmfionodir com o 5. I 5 . : PakoaI fnJ. CCi. f4t. liv.4.1i'. r t . f . 4 . i n j n . (i) Caniiniia Forii~n dn Orderii dds SrfpeifÕes : Ord. do

l iv, 3. tit. r r . e ti[. 22, A Forma da Sulpeiçaõ pofia aos

Page 64: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

94 E L E M E N - F O s,'

Pela Parto ou par Teu erpecial Procurador hc averbada o Juiz de furpeito em Audiencia; e na fe- p i n t e offerecidos Artigos de CuCpeiçaó afinados por Advogado. No fim dos Artigos junta-fe o Rol das tefiemunhas, que haO de ter perguntadas {obre elles, Depalita-íe a aauça6 determinada na Lei , que he 1n3ior ou menor, íegundo a qualidade do Juiz r+ cuiado. (i) Das fufpciçbes dos Juizes de Letras he Juiz o Cliancellcr da Comarca , e na lua falta o Juiz de Fhra mais vilinho. Na Cidade do Porto e de Lisboa fa6 Juizes os da Chancellaria nas furpeifbes, poitas aos Juizes do Civel , Crime, e Orfáos. (ni) Nas dos Juizes Ordinarios Leigos lourab-íe as par- tes em homens bons.

§ e zv*

5jiniI t ros d o s ~ribunaes declara o Aivará de 30 de lulho de 1611, ColI. i . ao l iv . g. das (3rd. r i r . 22.: aCarta Regia de 2 de Agoíto de i61 i na Coii. 2. ao rncfmo rir.

A dos Defembargadorcs das Relaçóes os AITentos de 9 d e Ouiubro de 1659 : de 3 de Xovembro de i672 i O Dacreio de 4 de Março d c 1650: o Affento de7 de lanci- sa de ihjr : o de 2; de Março de 1 6 ~ 8 : o de dc Julho de 1616. CoI1. 2. c 7 . ao rir. rr.

A do Confcrvador da UniverGdade os EJdttcto~ Afl- ti-pos 1 iv. 2 . i i r . 25. no Prooii. e 5 . 3. e 4.

A dos Ju izes de Tornbamctiros o erprch em rua: Prowis6'es.

(l)IYeranre o ETciivaó, que houver de e lcre~er na SuT- ptlçuo: Cjrd. l i v . 4. t i r . a t . no Proeiti,

( ! 1 1 ) Afento de 9 de Junho de 175~. Coll. N. t 24.

Perante o Jiiiz da fufpeiçaS he elIa auduada pelo Efcriva6 declarando no termo o dia, e hora. (n) O Juiz a declara procedente, ou improcedenre, Sendo procedente o Jiiiz recufado refpande no ter- mo de tres dias, ( o ) LõLpena de liaver-iè por Tuf- peita. De Pua reipcfia rem viRa a parte ara .dizer Se quer o inquc~i to de luas teflcmuoliarbk Di lap6 Probacoria Iie improrogavel de rres dias na terra , e vinte para fora delia; e dentro de trinta {e profe- re a Sentenga.

5. 208.

Havendo juflo embaraço para na6 ler julgada a furl!eiça6 dentro dos trinta dias peremprorios de- pois da tua au&ua~aÓ, proraga6-k mais quinze dias. Da Sentença que julga o Juiz por iùfpeito ha Ag-

ravo de Yetigaó ou Infirumento para o Corregedor %a Comarca , que julga rntab a finai. Se o Juiz da EufpeiçaO a declara improcedente, o Heculante na6 pdde rer Recurfo de Aggravo o u AppellaçaS. E'ina- lizados os quarenta e cinco dias, na6 fe a d r n i t l e ~ Embargos da qualidade algum. ( p )

t ") de 24 de Julho dc i636, Coll. N. 51 , C) Se o Juiz Recuíado le aefenra da Cidade ou Vilia

faz-fe fuperfliia a Tua Refpofia: Mendes PrnA. Lfifitfiii, l i v . 4. cap. 5 . 5 . i. n. 4.

(p) ,4Jrtnto de 10 de Janeiro de 16~9. Cull, N, 28.

Page 65: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

0 s Magiitrados Romanos dava6 ídinente a For- mula da Auçaii. Os Juizes, que julgava6 do FaRo c do Direito era6 elfol hidos a aprazimento do A. e R. entre qunrroctTiras e cincmnra Juizes , e tiradoe por forte. Na6 podia por eíla caufa liaver motivos dc fuíp=içab contra algum Juiz. Por tanto r:,lvez na6 deveria o Direito Romano fervir de regra para fa- zer ta6 diffigcis as fufpei$es, impiicandu ofcu pro- cedimento com preliilõçab dos Juizes KecuTados, e adio das partes RecuGntes. ( I )

T I T U L O V.

Procedii~zetrto de Iucidentes , Yttr~~,mento de Cal#- wnia , e Fi~uign de CtaJzas.

Q UeRnd Emvtrnze fie a que verri fiibre 3 tela judicial do F c i t n fcin que ieiilia por objeAo

extinguir a iluça6. Q i e f i ~ b Incidfnre verfi Tobrc o panro pr inc ip~ l da A u ~ r ó , e drlle rira a Tua ori- gem. Tanro r queitrõ Emergente, corno a Inciden- te devem Ter da niertna qualidade , que o negocio principal fobrc que Ta6 fufcitndas. (a)

(1) No Faro de Hi;fpztib.z i ~ e mais l i v r e 3 Excepç,iÓ cle Slifpeiçaii : vela-fc h! Uerech. Pub. Gen. de Efpniin [tini. 6. P. X4, e fegiiitircs. T.irnhe:n hc mais l i v r e no da Fr~ngr : pr0jet //e Cod. T f t d i r i ~ i r . r 3:. 4-. e fe;ltinrrs.

f d ) T 1:1rnas de [Coza r12 E X ~ T ~ ~ : O T ~ ~ I # S Lit terdr~tn~ Apg to1icqzi.fini. Parc. r . cap. 4. ti. 8 1 ; e 8 t .

Quando qualquer das Parres deduz incidente- menie artigos de Suborno, Falfidade , h'iillidade, Reflituiçaõ in int~grrrm : En~ba rgos contra Senten- ga , Alvara , ou Carta Riaia : E;n:bargas de impe- dimenro por Inílrurnento Públictj ,: Fazern-fe conclu- ios ao Juiz. Se pi te os reccbe, ha Gnirxrirdade, Replica, Treplica , e Dilaçab I'robaroria , e íeguern a fdima das Excepções Dilatorias. Se o Juiz ns rc-

jeira * ha *Ti ravo IIO Auto do ProccíT~, e conde- naçab nas cu as do retardamento. (6)

Antes que o R. deduza a Contrariedade pddc cmbargar o tibello por obfcuro, ificoncludenre, ar- razoando contra elle, e pedindo fer abfolvido. Ao A. di v i i h o Juiz a t e h primeira Audienci~. Com fita refpnlta ie faz conclufo o Feito. Se o Juiz ab- Solve o R. , compete ao A. Appella 36, ou Aggra- vo Ordinario; federpreza a razari enl E arganre ernan- da ao R. que venha com rua Conrrnriedade, com pste Aggravo no Auto do ProceKo. (c)

Na ExcepçaG ogerecida crntra a inbabilidadt d o Procurador , ou iníuficirrcia da Prrciiriga6, fk o Juiz abiolve O K. dá liiftancia , crrrpete a o A. Appellaçab, ou Aggravo Ordinario. Se o Juiz jul- +

ga habil o Procurador do A,, ou iufficienie a Yro- cu-

( h ) Ord. liv. 3. r i r . 20. 4. ?ta . (r) Urdi liv. 3. iir. 20, S. #C.

Page 66: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

ctIraçab o feito conci!iÚa ; a Juiz feria o b r y p d o a rufias , e perdas quando a final 1è deciditre na Cau- fa a iinh~biiidxde d o Procurador , ou infuficiencia da Procunça6. (4

4. 214.

Logo que a l ide Iie contefiada o Juiz por Teu O g c i o f3z preltar A s Parres Juranienio Gera1 de que na6 entra6 naquelle lirigio calumniohmerite ; mas fiin por efiarcin perhadiiios da Tua jufiiça. (e) Em

ualquer incideiire ou razad allegada por algum,a 1 3 s Partês pdde a outra pedir a prefiapb de Jura- mento efpccial , de que n d u b de tal inc i i l rnte ou razab por inalicia. (f) AqueIleJuramenro Geral Iie

no Foro Parrio o d e Ca:umnia, elte Iie o rSpçcial de Malicia , que do Foro Ecclelialtico pairou p.irn o Secular. (g)

g. 2'5.

Em qualquer cRado da Caufa o R. póde rc- querer por palavra na Audiencia , ou por Eficripto , que o A. sffiance as cuítas. (h) Tem lugar eíte reque- rimento ainda que. o A. reja abonado ein bsi~s de raix ; e o J U ~ L deve mandar prefiar a dica Fianga requrri- da. Na6 a preflando o A, he o R. abfuluro da IiiG tmcia. (i)

T 1-

($1 OrJ. [iv. j. iir. to. 5 . 10. r i . 12. (c) Ord. I iv , 4. i i t . 43. no Proeiii. ( f ) Cirad. Ord. a i i t . 5 . I . 2 . 4. ( ,y) Caraliari Iii/fit, 3.yr. C L I I ~ . Parri 3. cap. 25. 4. 2.

0 Foro de Hrrpnitb.d conliece a inurilidade 9 e immoralidade de raas ]urarnentos : no d e Frsnça drlaparcceraó.

( h ) O:d. tiv. 3. r i t . 20.5. 6. (i) A,Jcnfio de i4 dc Junho de 1788- Cdl- N. 295. U Di-

T I T U L O VI.

9. 216.

A6 tendo as partes que pedir declaraçu'es lo- bre os nrticuIadas, regue-[e p6r a Caufa eni prova por meio d,3 DiIaçab. Geralrtrnte fe chama Di/afno hutn cerro elpaço de tenipo ? que a Lei pelo mi- nifterio do Jiriz a f i n a aos lirigantes para fatishze- rem a coijás , pertencentes ao .liiito. Divide-(e a Dilaçaó eni Citataria , Deliberatoria , Probatorio , e Execatoria. He Citatorio a que fe concedc ao R, para coiiiparecer em Juizo. U~liberdtorid, a q u e he dada para reiòlver , o que no caro propoflo quer ou l ia6 feguir. Probatoria a que he afinada para os litigantes provarem (em arriculados ; e inofirarem o leu direito. Exrctltorin a eitabelccida para ià tisfa- zcr i Sentença d o Juiz. Qttando a Lei a s derermi- na , e declara percmptoriaa , e iinprorogaveis , 0

Juiz a s fiz executar exafiamente: quarido a deixa a o [eu arbirrio o Juiz deve derermiiia-la com. pru- dencia , attendendo ao EOado dos autos, e no bem das partes. (a)

Tom, I. R 5. 217.

reito Romano exigia a Fian a. O Foro de Ht-fidnbd na6 a exige ; mas ha falra de Caris f açaÓ iubfiIte a prizaõ : Dou lib. ;. r i r . r . cap. r . $. ro. e feeguinres tom. 6. pag, 65. efe- giilntes.

No Poro de Fr.tnçn os citrangciros preRaÓ Fiança : Projrt do Cod. 7 ~ d i c . P. r. 4. r 16. t I 17. pag. 22. I$) D JU Derech. Pub. Gen, de Elpdnr lib. 4. tit, i , cap*

Page 67: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

O S. P. Bonifacio VIII. l iavia auflorizado o de- poimento da parte aos articulados da ourra, que o pedi(fe , qiiando lia6 tiveffe prova por documentos , cu rcfieiniirihas. (b) Eíla difpoíiçab fingular p a k u gera lmente a o Foro Patrio em feito Civel com you- cns modiflcaçdes. (c) m a n d o algurna parte requer o depoimento da outra o juiz o manda preflar an- tes dc afinar a DilaçaB Probaroria. ( d )

Na6 fe contentando os partes com os depoi- o dedarab , e requerem

para a fer commum para Caufn Ordinarja a-Dila a6

primeira Iie de vinte dias , e P Cegundi de dez. Sendo requerida para fora da rerra afina-fe tem o racionrvel , fegundo a diltnncia , e a fcgurin a i o lugar. ( r ) Em Cau la Suminaria i Di1apr6 Iie <Fc der dias , 4 fimilliança da Dila~ad Frabatoria no Pro- celfo de afinaçaõ de dez dias; e iio offerecitnemo dc Exccyça6 Perernp~oria. A DiIaçaO Probatoria aE

fi- - 2. 5 , 17. e i$ rom.6. p3g. 19.: Pafcorl InP. Tur. Ciw. L$ , 1ib. 4. rir. I y Os Dccnr~li'fds nnmeára6 24 cfpecies de DilaFáes, Acha6.k em Anaclcio aJ lib. r . $j. i i t . 8. de Dilntionib. g. I . n. 6. e reguinres.

(b) Dou no crr. liv. tir. 2.~3~. 4. fcLt.7. 5. 21. pag. 120.: C ~ ~ a i l a r i IitjC. Tnr. Cwn. Parr. j. cap. 26. 5.7-

( r ) Or3. fiv,-?. rir. 5!. (d) OrJ. de cir. lir. ti[. 34 n o Proem. in Tini Hc abura n o

Foro pedir o depoimento na niaó , :.rifa-lo dos Auios quau* do a ~ r a d a a ,>arte , que 0 pedia-

(e) Ord, liy. j. [ir.-54. §, 1, e leguinces* -

&nada a cada parte no P r o c e k Veibal Efcripto biab deve exceder a quatro dias. (f)

5. 3I9. E m C3iiTa Ordinaria quando n a 2 bana a primei-

ra D i l a ç n G pede-Ee a kguiida antes que fiiide a pri- iiicira , c prcfla-Ie Juramento de que {e na6 pedz por inalicia para detnorar a prova. (8) Ein qiianto dura a Dilafa6 eni Caufa Ordinaria e Sumrnaria na- da pdde o Juiz innovar na Caufa. (b )

Nos dias afinados para Dilaçad derc~ntab-k ns Feriados repentinos; (i) mas na6 os de Fcriãs Divi- n s , excepto fe eellas conipreliendem a maior parte dos dias da Dilaça6. Taiiibern ie nad conta o dia ,

H ii c1n

{ f) Orcl. do liv. 3. r i r . 56'. 5 . 7. (8) No rempo d s I3ilaçaÕ para a rerra he praxe prorel-

tar , e prdir rernpo e caria para fhra : M-ndes Prax. Se- crd. i i h . $. cap. t t . i>. 4. Negada DiIaçaó prrn a rerrarom-

ete Aggriivo no Auto de 13rocerfo : negada para fóta do k c i n o , romperi: Apgravo de Pciiyró ou Inltrilmcnto: Mendes Prlzh. L I C ~ ~ F . [ib. 1. cap. 1 2 . n. 7.

( h ) Ord. l i v . 5. rir.54. 4. I ; . 0 ue acontece aeí lc reF peiro na 1)ilrpó tem lugar ernta~os os ierrnor , que f a i affinados 3s parte5 ra refponderem , allegarem , oii fa. rriern quaefqiier ags: Marania $pcc1r111~~1 Aamn Parr, 4. T~dic ior t t rn DiltinRio 16, n. 69. 7a. 71. Pendendo a DiIa7:lõ o Jiliz nada deve innovnr , fegirndo a Ordena- çab ; ,135 vindo a Parte com Embargos a Te pôr a Dila- gaó, conhece c revoga liia Inrerlocutoria o Juiz: 6 f l g Ejtvlos dd CdJs do Porto I\?. 61, pag. 226. . . ( i ) Lei i. Cod. de Dilntionib,

Page 68: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

em que be afinada, excepto quando a Lei deter- nii~ia , qye aDi Iaçaó corra de nioiriento a ma:nen- ro . ( I ) Liti todo o calo coincça clla acorrcr rkpois cle iiotilizadn a parte, qirc deve uhr delln : e fc aca- ba cni Feriado na6 Te coiira elTc dia.

Oluiz na6 profere Sentsnga Ditinitira Icm co- nliecer nos autos a verdade dos fafios contraverti- dos. O A. que funda Teu Direito eni huma obriga- ~ a b , de que o R. lhe Ile refponfavel deve provar

obrigaçaó ; o R. que Te periende livre de hulna obriçaçaó contrahida deve provar o faRo , qy a ext inguio. Provab-fe nais os fattos controvertidos pelo R., ou pelo A. : e que fe na6 funda6 na Pre- ftlinpçab de Direito. (a) A notoriedade de Jium fa- f i o na6 fe exime de prova nos Autos: o Juiz na6

de-

(1) Dou Dcrech. Pnbl. Geti. dc EJpliii. , 1 i b. i. t ir. I . cap 2.6. 19, e 20. ioni. 6. p3g. 39. Ainda que Iror Ord. do liv. 3. li[. 20. 4 . 44. os termos 6 dj lz f6es fz.6 pcremy;torias, f;iris- faz-le entreg~ndo os aiirbis, ou icqniriç8es 3tC ao ouno dia R s ciiro heras da nianhá , e fcndo dia Sanro no dia Te- K1iiii.c a ié ásoiro Iioras d i : a s ; pois que era inconvçnience cl~t~ega.l:is cie noiie. Ilc o ~~I 'J Io 99, ria Cnrd do Porto ; Coífa.

( 8 ) C ~ v a l l . h$, Jtrr. Cdii, Pi?rr, 3. c3f. 16. 5. I . i. e 5.

&rvc j~ l ; : a r natorio, e rnanifefio, o que como tal I , L ~ nppiircce legitimaoienre provado. (b)

SaS prova a confih6 da parte ; a vefloria orI j,~f~wcçaó ocular : as docui~entos aiitl:eniicos , ou 1:;ividcli corno taes pelas partes : o jriran~ciitri Deci- foriu , nu Suppietorio: as relteinunlias : as Preluiii- pçfies cle Ilirciro. Todas eltas diverias Provas rcca- nhecc o Foro Pritrio. ' .

A confiRa6 da parte na6 fendo extarqi i ida por uiolericia, fuggeflsõ, louciirn , o u efiuFidêz, he lia-

vida conio Prova certa. (c) Mas nelld devem con- correr 1.Q Cer frita por cxpreísbes claras e dif l ir i&~s coni aninio deproduzir obrigaçad: 2." que icja ve- rofiinil, e na6 rcpugrie ás circu[iflancias do fa&o, que [e confefla : 3.' cjuc reja feita ein Juizo , e pe- rante 'Juiz competente da Auça6, e do R. : 4.'que a prePencCe o Adveríario , e acceire logo no melrno juizo: 5." que aquelle que a fiz tenlia livre sdmi- niRra a6 dos Seus bens. (d ) A confifCaÓ ccm efies requi f itos he a prova conftffativa, fdbre a qual 8- P de rccahrir a condcnaçaá de preceito , de que atIa

a

(b) Pafcorl It$. y&r. Ciw. LrtJ l ib. 4. [ i r . i 6 . 4. 2. fie- giie que o iiororio na6 he ncceflario provar-k : E d m c n d ~ h.Iariiii f i IJ t i tHt io t~c~ Jriris Cariotiiri roni. z. lib. 3. t ir . :o, 5: 4. moitra com r ~ z ~ ó , que ciTa pratica iiunllz ie admii- rio no Foro dc Fr:riang+

( E ; Duma: Jjroit IJftt l i c c3p. 4. ioin. 5. p;+g. z 25. (ti) l'alcçsl jrgt. 31~1.. Liw. L#$ lib. 4. f i t . 2 ~ . g, 2.

Page 69: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

0 4 E L E M E N T O S . r Ordcnaçaó, em que 5 çoli~lt.r]açad fie Tein ciifias, e em que Iè expede o I'd:inddd~ d t Jblvendo. (e)

N o s fafios perinaneiites , OU qiie deixa6 vefii- z ias ternos rein Iiinar a incpccç: i~ ocular, a cliie [C chaiii2 Yefirio. (f) O Juiz a íietrrmiiia il:: i>ficio, oti a Requerirneiiro d e par te , (gl iie lite!'z!irc a effe -afio coin arliirradores ajur~ineiiiados , cltitos pelas

par-. -- (e) Ord. li\~. ?. rir. 66. 5. 4.

Qli.iiido o D;ipoiiiiciiiri da párte Iie de :a1 5i:re cnn- feh t ivo , que delle Ce a3r:ida o lcii adueriqrin ; piidc ,

iicrendo , contentar-fe com ellc , e lançar.fe da Dilaçaó 8robaroria.

( f ) .A prova ocular OU veRoria, Iie de,tanta importan- cia no Foro, qlic nunca pbdt Fer prohihida ou excli~ida lia Cnufa antes , ou depoiq da Sinicnça Jifitiitiva : Men* des Prdx . Ser#!. I i S . 3. c ~ p . I 2. 5 . 4. Quando o Juiz a dcter- rniiia de oficio, anibas as partes a ~ l r r y ~ ~ r r ó , i110 hc depo- fira6 a d:Cpcza : q?iando Iie determinada a Requerimenro de p ~ r r e , eila faz o prep.370. Na Cara da SupplicaFnó a Senrcnç.3 1i11al carrega a derpezs d.1 \'eAoria ao vencido como pane das cuiias: C0lk.1 Eji)i/os rlcCd/;a dn Suppli- cdpõ letra -- Y. --- NA CrJf da Porto a Scnieiira Ió çarre- ga 30 vencido a deípeza da veltoria , 3 qtie fe procede" por of icio do Juiz ; e tiao. I qiie fe fez a requeriniento da par- te.: Coita E/lyior d z C,z2/.z do Porto n. 32.

(g) Cavaliari InP. Ytir. Cnri. IJars 3. càp. 26. 5 . 21.

A vcltor in ' Te requer nos Aucos , oti por oiirro reqTle- rimerito na ma6 , ou par pxlavrn ria a!idiencix ; e o ]:)i= a determina inand~ii~iu depof i r l r , e depois afins dia , e maii- da ciur as pmri para sílifiirern, e p:efence~rein. Ainda que a; partes [ia& a requeira6 o I i i i z s pbde deierniinar tlc officio , Te 3 r cp , i t a r necz f l i r a r o c3f0 , 3nie5 de i t ~ l ~ a r a fi. nal. M.~nda preparar, ou f ~ z e r O depolito, e depois dia e citaçaó das pares para Ce louvarem e prelenceartrn.

partes intcreffadas , ou pelo Juiz , quando as partes xecufab elege-las. Neí íe a&a Te defcreve o citado,

que fe acha a coira vveltorirada ; e ie declara o que eiircndern áquellc refpeito a s vcdores inteIligeti- te5. Sua indagasao reduz-fe a bAos , e na6 a Di- reito. (h}

Os autos Judiciaes , feitos'legalmcnte perante o Juiz pelo EfcrivaS competente,: as Efcrjpturas PIi- blicaç Jan adas pelos Taballi5es em i i a s notas : as cerridõcs 2 cffes aAos , OU Efcripturas canfornies em T U ~ O a feus originaes , fa6 prova provada contri a

qual

( h ) i )rd, liv. 3 . r i r . 17. no Pioni!. Qs Arbitradores ou Lnuvados conliecem unicamen-

te. de coi{as tie faRo permanenne , oii fribre que reltaó veltigios. Se peranre elles Fe allega alguma coih , em que

diivida de direiro, devem remettrIa ao Juiz, qiie . a deipaEhc, e deierniitie : enireranro Futpeiide-fe o ntbiría- menlo, ou louvaqa8 216 haver a Sentença Jeciíoria dadú- vida, que oçcorria : OrJ. Iiv. t. ( ir . i7. iio Proetir. As pac- ICS faó citadas para f e Iuuvarem , e verem a loiivaçab: os Loiivados afliiiaó rerrno nos auros , e recebem jura- mcnio anrcs de ao arbirramento: os eleires pe!as Caninras procedem pelo ltiramenro , ~ireflado na rIei- $20 dci Cargo; t. ;i Ioi i i*a~aõ latiça-Fe nos nij.ros pelo Efcri- raÓ , ;ilIins-Te pelo Juiz, loiivados , c iefIeiiiiiiil~i,s ; e li]!-

ga Te Jrpois por Seiiten,ça pelo Juiz : cirad. Old. 5. r . e fcfuiiires ., ~onfroricadas com o t i t . 78. 5 . 1, Ufa-(e da vrliciri;i fcibre limites, e fiemieirorias de ~r rd ios I i~~ f i i - r , o s , c Urbanos: Dehuntinçab JcR'ova Ol i rn i10 Juizo de Almoiaqarir , I)ril. do l iv. i. iit. 65.5. $7. : i W n " ~ d i ç F ó ~ dr pretiios cin Ai iça& de Tumb:iinenro : ii:i FaRilrs de Cd- r:aeq ,>ara coiiducçnõ , ~ e ~ a r r i ç a ó , e ífgotrtrnetiro de ago;is,

-Alr'ir;i de 27 de Korcmliro de ISc49

Page 70: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

ft: tipió adinitteni regularii~e!ire te í tcmunl i~~. (i) O Jaiz , e Advogado canvcrii, que ulsm dc muira precnupó , e cririca (obre Inllriimeiitos Antigos, al~rcieritados caino .Púbiicos c iòletiines ; prirque a fraude, c a faliidade tiiil vezes os tem fabricado, c f . ~ b i . i c ~ como verdadeiros, fendo ititeiramentc h- pariricios. ( E )

5. z z d .

As Elcripriiras Privadas, OU Elcriptos Particu- Iaa rs , rcconliecidos vela perre prtojudicada , {aí3 pro- va caina a s InRriirnentos ftiblicas. Se a paste os nega , recarre-ie Li vefioria por coiupançaó de le- ttas ; (n~) e a tefiemunlins , que .viiTein lavrar a obrigasa5 , e tentizó delln ~onlie~irriento.

O Juraniznto Decilorio Iie prova certa , quan- d o 11i1m3 parte deixa a dccihó iioJuranicnro da ou- tra ; e delta qualidade de Iirov3 fe iraroii jii na Au- $15 de Juramenio d'A11na. Adinirte-fc- iio Foro Pa- trio o Juratlicnto ru?pletorio ein cauras até marco de p r a t a , quando nos autos exific meia prava , (v) p a r parte da Au a6 d o A. , ou Excepçrib d o R. Mas rRe Juramento &pplctai i a da prova , e. drsifario da

Caii-

( i ) P ~ f c o a l h$. 3'rrr . C;%'. Lr$ l ib . 4. rir. 18. Podem rcr arsuidoç de f n l f o , haveiido caiira ~ ' " E o .

( I ) C i r , d l l a r i It~fl. :?rir. Clti. P,irj 4 . c-p. 26 . g, 17. ( ! r i ) 11.1 cornl~arasaó de lerra , como lendo iiiei;~ prova,

f a i l x a Ord. do li!.. {. iir. 52- no PTOPHL Como o Efcrii r:, I'rivnda , re!iJo rrcanhccido 15clii parte forriia prova incei- ra , moltrou-Ce iia Auç25 de Affiiiaçaõ de dez dias , e coii. corla a. Codi;go Ci.oil dos F r d ~ i c r y s 5. I J Z a .

(n) Ord. iiv. 3 . t i t . 5 2 . 5. I.

Cauia , na6 deve praticar-fe qtiarda o A. ou R. 1in6 fabem , ou nad'teni tazad de faber a coifa , ou quantidade fòbre que verfa'a Deinanda , ou Exce- pcab ; ou quando he peffoa v i l o Demandante, ou Eicipiente. (o)

5. 228. As PreTiimpç6es fa6 ar conféquencias que a Lei,

uu o Juiz deduz de hum fa&o conliecido para ou- tro defconhecido: ( p > Ia6 ellas ou jnr is = oujrc- ri$ ef de 7.w-e = OU H O W ~ Z S . A Prefumpçaa Jtrcris Iie q u ~ n d o a Lei de hum fa&o verdadeira induz a exiitencia de outra. Se a Lei declara eRa Prefum- pçaó incumbe ao Adverfario a obrigaça21 de provar o contrario : t31 Iie por exemplo a Prefumpcab de que obrou com dolo o tutor, que na6 fez Inventa- r i a .dos bens das Orfáos. A Lei induz Prefumpçad da fua m6 f6 ein q u a n t o elle na6 prova o juíto mo- tivo, que impcdio a fá&ura do Inventario, que e1- le era obrigado a fazer antes de adminiltrar a tu- tela. (q)

Tum. I. S 9. 229.

(o) Cirad. Ord. e tir. 5 . 2. A Sriitença que he d a d l por virtude deite jiirsmento phde Fer revogada por do cume ri^ 10s arparecidos de novo depois della proferida : 5 . 4. iir princip. Wo Còdigo Ciuil dor Fraiicezp 5. 1468. elte jura- nienio deferido pelo Juiz a huma parte na6 póde eita referir-rc á outra parrc.

Quando a Juiz manda á parre que preíte D Juramen- to rupplerorio ,, e que tornem os Auroa para reniencear, a parre gravada phde Aggravar no Auro do Proceffo, Quan- do o Juiz condena leguodo o que a parte jurar ftipplero- riamenre , a parte gravada p6de Appellar; CoBa mos EjyI~s pag. 207. letra 2

áp) Çodigo -Ci.vil dos Frdnceys 5, I 449. (1) Paicoai I@. %r. Ciu. LHJ liti. 4. tit* 16- §,7. c 8,

Page 71: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

A PtcTurnpçaS = J u r i ~ et de EJilrr = Iit aquclla qlie a L e i efpecialinente une a cerrns ~ R o s , OU a cerros f a h s , reputando-os de tal ínrte certos, que naã admirte prova contra elles. Nelta claffe entra por Exeinplo a nurhoridadc da coiia julgada entre as niei'mas partes , pelo inefrno motivo, e com as mefmas qualidades. {r) O cefl3mento , ainda que k i n ordenado, feiro por quem d a v a em continuo furor, a Lei o declara nulio: o que he fciin por quem padece Iucidos intervallos , achando-le razoa- damcnte ordenado, a Lei o prtfurne formado em perfeiio Juizo. (r)

9. 230.

'Quando a Lei na6 ehbeleceo a Prefumpçaó; fica eila no arbitrio do Juiz; mas eítc arbitrio de- ve guiado pela pwdencia; C excluir toda a Pre- fuiiipçab que na6 for YVC , precifa, e concordan- te com a natureza do a&a prefun~ido. Afim mef- nio na6 Iic livre ao Juiz admittir ta l P~efumpçnO mais do que nos caros , em que a Lci aditiiite a prova por ieltein?inlias. (L)

(r) C G ~ . Civil dos Frnncqcs 5. r 35 r . fsD Ord. liv, 4. r i t . 81 . 5 . i. c L. IJaTcoal Di#. f P ~ r . Cix*. . -

h)rli b. 4. r i r . 16. S. p. -

ft) Cnvall. hj. J:tr. Can. Part, q. cny. 26. 5. 18. Cod. a w . AOS F F R I C ~ ~ J . g, 1 3 7 ~ . AS PrtfwnpfoPs , que o$ Praxifias dividaiii em Leye~ , GM*~J , V~O/C?IZRS. de DL

Se 35 PreTumpçbes por parte do A . ou do R. faó eiiire fi encontradas, devem em pratica prevale- cer as inais fortes, quer reja6 d e Direirtl, quer de Juiz Em igualdade de circunfiancias a PreCumpçaÓ da Lei pre'valece Cobre a doJuiz : a mais conforme ao Direiro Commum fobre a que he ídwente ao Direito privado : a mais benigna em coilifab da mais fevera : a que fgvoiicce a liubíiítencia ic vaiida- de do a130 d que o annulia : a q u e . favorece o R* i que favorece o A. (n)

T I T U L O

- -

N A6 excedendo o cooirato de bem moueir a ieffenta ai1 rtis ; e a de raiz a quatro mii r6is, pócie admittir-fc a prova por teítemunkas. ( a ) A h a d a que teja pelo Juiz a Dilaçaô Probato- ria 9 parte, que aififiir á Audjencia entrega ao EC- criva6 O Rol das reitemunhas dentro em dous dias. Senad eRB ein Aiidiencia pdde entregar o Rol no. teiiipo da Dilaça6. (b)

S ii S. 233-

(u ) Dou Derech Pnb. Cek, di ESpdn. lib, 3. tir. 2. cap. rc. i e R 5.g.9.com. 6 . pag. 252.

(n) Ord. liv. 3, 'ir. 59. no Promt. , confrontada cem a do t i i . 2 0 . 5 . 25. . ,

(6)'Ocd. iiv. 3. rit, 5s. r.0 Frpenfi

Page 72: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Logo que t6 nomeadis na6 deretn fatlar mais coin a pa r t e , que as norncou, atC haverem acaba- d o feu depoimer~to~ (c) SdÓ inquiridas pelo Juiz, ou Inquiridor aíTifidri de ECcriva6 : pr~f id6 juramento : afina6 Ceu depoitnenro ; c devem fcr habeis para tefiemunhar na c a d a , a que ià6 nomeadas. (L!) A cada artigo diverfo pócie a parte dar quinze reite- munhas. Se o Articulado confia de Iium C6 art igo, o u de muitos de huziia m e h a íiubRancia p6de offe- recer vinte teflemunlias. (e) Nas Ir~jurias verbaes a cada artigo diverio fece tefiemuniias ; e a hum 16 ar t igo , ou expoiiçali dez, [f)

Q m n d o asteRemuiihas , que hali de fer pergun- tadas allifem f6r3 do lugar, em que fe trara o fei- to , a parte requer Carta dc Tnquiriça6. Paffada el- I a , e aprelentada ao Juiz Deprecado a parte nome* ate ao outro dia a s tefiemunhas , que ha6 d e fer perguntadas nefi lugar. (g) A parte contraria pdde pedir perante elfe Juiz Deprecado o Rol das tefie- munhas d o feu adverfario para ahi rnermo contra- di&a-Ias no rernpo da DiIaça6 afinatla na Carta ; e o Juiz Deprecado pdde afinar para effe fim mais tem- po além do cantheudo na Carta de Inquiriçaij. (b)

$1 2359

t C) Otd. liv. 3. tir. 57. (1) Ord. liv. 1. rir. 56. no Prociir. ar; 5.9.

(e) Ord. I ~ V . 4. tjt. 55. 5 . z. t f ) Citad. Ord. 9. 4. Q) o r d . liv. 3. rir. 55.4. 2.

( h ) Otd. I i v . j. r i r . 53. 9. r.

Tanro que a teltcrnunlin j u r a r , ou ar& aooutro dia , a parte prefrtirc no lugar eni que tia de fcr i n - qu i r ida , diz ao E lcriva6 e~~ec i f i camenre a concra- djfia , que rem cor~,tra a tefiemunha. Se a arte na6 B he preiente no luglir quando for pergunta a a tefie- rnutilia , pode ate ao ourro dia pedir o Rol dos no- mes, e vir depois com as contradiAas antes de aber- Ias , e publicadas as Inquiri~des. Defprezados os dias de pedir o Rol dos nomes, póde a parte pe- di-lo em qualquer tenipo com tanto, que reja ar.- res de abertas , e publicadas : offerecer ss contradi- Q a s , jurando primeiro que as fabe d e novo j e que igriorao o que depozerab rio feito. (i)

Findas as Dilacóes, e lançados as partes de mais provas ; ainda ha lugar para offerecer Embar- gos de contradi&as , Cabidas dc novo. Recebidos el- les o Juiz allina iinco dias para h a prova, e admir- ze a cada Artigo tres reítemiinhas. Na6 ha reprovas conrrd efies arrigos. (I) Se o Jriiz os nab recebe, ou julga na6 provados declara as Inquiri~Ses por abertas e publicadas, e manda razoar a final.,,(nr] D o desprezo dos Einbargos compete á párte Aggra: vo no auto d o procelfo.

$4 237:

(i) Ord. liv. t [ i r , ciiad. 4. 2. (i), <):d. iiv. 3. rir. $8.5. i. Bxceyro no calo rlr parenrec

ro aie 2 . grio ínc l t t f ive ; ou de inimizade : OrJ. i i ~ . 3 . 58. 4. 4. vedo 4 fi190. .-

(ni) C ~ n i i n h a Fartiin das AllcxaqOes 71tclic isrr Armo r* çaó 45.

Page 73: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Adinitte o Foro Parrio Inquiricab de teitcmu- nlias - dfi perpttuaF?l rei memoriam -, quando o A. antes dc começar a demaiidn, as faz inq~ i r i r , ci- tntlo o R., fendo ellas de provetla idade, enfermas, ou valeiuditiariss , ou praximas a aurentar-le por milito rciiipo. A melma I j I~t rdr ide tem o R. quaiido ein iguaes circunfiancias receia fcr demandado. Po- riin ou drpoitnentoç devetil ficar cerradas, e occul- tos atk o tempo da prova; e entaii podem Cer con- tradifiadas. (4

$. 238.

A prova reltimonial era a mais generalirada no Eitado Semi-Barbaro das Naçóes pela 61ta de meios e d e motivos para vidgarizar-fe a fciencia de Icr , e eí'crcver. A' proporça6 que as Naçdcs fe civili- fa6, as Leis exigem rio Foro a prova DocumetlraI nos litigios de alguma imporiancia ; e deixa6 n te[- tiinonial para as de pouca valia. (a) Com eEcito 9 prova por reíteinunh;is.naÓ Iic prova í e na6 quando

11 a

(n) Ord. liv. 3. rir. ÇS. 4.7. até i@. A Lei adiiiiite efia iiiqiiiriçaó ar4 fem ciraçaõ d:i parte , qliaiido ella eilá au- [ente h lugar ; c O 3ui2 OU IFícri~16 conhecem a rrfie- mtinha.

A OrAenntig~ &c Lrtiq XIV. de 1667. tit. t t . Arri; r . prahiSe iyriacaqiier Inquiriçóes anres da lide conrefiads ; e C & J r i i f i i ~ l i ç a ó conforrna.fe coni a razaó, e Dirciro,

( O ) A Ordrtr~grlõ Parris re je i rou a prova por tefienlrinhss nos conir.itos excedenies A certa fomnia ; p r i r i i eRn difpoii- gaO trufiroti-[L. a cad.1 infiante pelas Provls3cs concedidas p e l ~ I3efrrrili;irgo dir Paço, concedendo a Prova de Direito Commurn.

A Orlienanicc r;'e Lrciq XIY. de 1667, rir. 19. A;r. 2.

ha certeza da capncirlade , c imparcialidade das rcT- teinunliaç , que depbem ; e quando rvn verdcidride fe aclia de acordo com todas as circun11oi:cias do faAo controverrido. (p)

T I T U L O IX.

Conclaf3 dn Provn , e do Feito; Aldegnpier, c Seateups.

A ComlrJg6 em G u l a lie o nbo Judicial, com que o Juiz fia por iinalizado O pleito para a fim de na6 aprefentnr-fe nem i-ecebcr-fc mais prcva io- bre as perrençóes-do A. e R. 0 s Praxiltas reputa6 efle afio como fubflancial em Cada ordiiiarja. (a)

EI-

n:i6 admitre provas de teitemunhaç c ~ c e d e n ~ l n n . ~ a l o r d e 1~ libraç, O Codigo Civil dos Fi.~ncczes fcgue o iner- mo l y k m a , quando excede a i50 francos. Arr. 1941. e Seguinres.

( p ) Bernardi N o ~ - r ' ~ l f e Tbeor ie Res Loir Ciwjlts chap, .. - r?. p q . 1 5 0 .

Quaes 616 os (iibot?o~, e inconveni enies qi?e refuL taõ na adminifiraFaó d;i ]i?íiiç:i da fortiia , com que f ~ õ in- q t i r i d a s rnofird o n~efnir i Beri-iard~ a pig. 1 4 8 . A efie r c l - pciro nierecem confiilr.ir-lr ai rihras : 7r;iité dcs Loir Li- r t . l J r~ ,ar M. de P. dç T. 2.' 13.irr. pag. 74. até y6. e pae. $51 : Co,~~ i<J r r r>~on~ Jir 1. Pmrrdurr Crh~intl lr par. M- PL1gat,,~ clinp. rc, e 2 i. A faci1id:ide com qire no Foro Parriu k prcr- riruem 0s tefiemi:nhos falfos conhece-o a Ord. do I i v . r , i i r . 66. 4, 6 . no:andu a refpeiro das refierniinFns d'entrc m i o e , o que yociir norzr i cerca de todo 0 Rrir.0.

( n ) Cayallari IfiJ. r#r. Crrn. Pa:i* 3. cap. 26.8. 24. Dou

Page 74: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Elle tem Teu efiiro priticipalmenre para na6 FC aprc. ferita,rcm , e receberem telteniunlias , niniia acliadzs de novo. No Foro Parrio cita CoiicluCa6 ein C3uL;= declara-fe por Sentença Iriter[ocuiriria do J u i z , que /3,1ça as partes de n::iis prova para Te Iiavrreiri as Provas por Abertas, e Publicadas.

O Juiz no Furo Pntrio na6 declara por aber- tas , e publicadas as provas , eru qu31ito a. p:irtes rcin eiiibsrgas para allegaiem contra r f f a piiblica- p c i , OU porque falta6 drpniinentos de tefieriiunhas, que devia6 fer pergunradas em rcmpo; ou porque o J i i ueredor , Efcrcrivag ou '17aballiai3, que efcreveo feus !I epoimentos era fdpeito; ou porque na6 foi dado Rol das teilemunhas da parte contraria para ferem conrradifladas ; ou por Ièmelhantes outros niotivos. (b)

5. 241.

Declaradas as provas por abertas , e publica- das, fegue-fe dar vilta ao A. e depois ao R. para allegar de Friflo , e de Direito, a que f'e cliaina no Foro Razoar a Fi~anl. Ein Caula ordinaria corre elfe termo o efpaço de duas audiencim, em Suminaria huma. (c)

5. 242.

Dercch, ~ u b . Geri, de EJpctix 11 li. 3 . i i r . 2 . ca . 8 . 5. 5 . e ie- guinie. tom. 6. pab. 1;;. : rir. ~ e i n e lili. 3. c~p. i f i .

( b ) 0.J. 11s'. 5. r i r . 63. per totum. (r) 130 Razoninento OLI Alleyçaõ de Direito e de FaRo

folite k'rnbnrgos traia a Urli. Iiv. 3. lir. 20. 5. 39. Da Al!e- p ç a ó a final iio Feiro o 5. 40. em que he notavcl proicre. ver do Foro a Eloquencia de viva VOZ,

Os Advogados em ruas Allegaçries de Direito e d e F a h , cumprem cRe dever 1.' expondo btre- YE e claramente o faRo com todas as circunfiancias attendiveis : 2." moitrando como elle Te prova ron- cludentemeiite pelos Docurnento~, tefiemunhas, ou preíumpçdts legitimas : 3.0 que ao faéto provado corrdponde exprefimente a Lei . tranrcrevendo a parte mais terminante da rnefma Lei. (4

TOM. i. T 5- 243-

Da A t l e ~ ~ ç a ü , em que Ta9 muiras os Procriredorcs 40 A, R. oti Oppoente o 5.41.

Da AllegacaO , em que o Procurador rem que reque- rer 3 bem do fciro antes de razoar a final o 4. 42. e 43.

( d ) O Forrniilario das A l l e ~ ç c i e s a Final moltrã Cami- nha Annord(a6 43. e 44. : Mendes PrdEf. L@. lib. j. cap. 15. V' 'Ot.

A Forma de compôr huma Allegaçaó JuriJica nn Fo- ro enfina Mr. Gin na Obra Eloqwerrce AH B n r r e n ~ Paris 9767. in 8 .O

Em Hcfinnbn ciiaõ-re as partes parz oiivirem n Sen- tença em dta certo em Audiencia Piiblica. Alli os AJvo* gados , ou os proprios Clientes exp'cm de viva voz , 0 1 1

por efcripio as ruas obfetvaçóes ; depois do que 0 111i7 f a- vra a 5entença ; e a profere em voz a l t a , e intellieivel.

Em Frdngd nunca hum fb Juiz decide em Primeira Jnltancia ; E por iffo ha fempre Relaror. As partes faó ci- radas como em Hefpanha para ouvirem aSentenka em dia certo. Os Advoqados , d e p i s do Rdarorio do Juiz , ?O-

dem dirigir ao Prelidente do Tsibunal notas declaratorias dos faaos em qiie pertcndem , que eiIe he incomplero ou inexaflo. Na melma Atidiencia fe profere a Srnrefi- çr , ori he deferida para a leguinfe , quando a 6 m leiiil- ga necerario. projrt de COA, k Prorcdur. Ciwil, art. r i r . e i i6.

Page 75: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

Inftruids a Caufa com os Articulados, Provas, e Allegaç8es das Partes, o Efcrivad faz O F e i t o concluru ao Juiz para proferir a Scntença. (e) A elta- final ca~clufaó do Feito compete o privilegio d e na6 .poder mlis abrir-fe , excepto por alguma ra- %aO. Juridica , e de receber , que tiveíí'e na5cimentp depois do F e i t o Cer concluro; ou por motivo da Excepça6 de Nullidadc tal , que annulle todo o Eraceffo~ (f)

A eRe termo feegue-fe a Sentença do Juiz. Hc el1a a Decilad que faz o Juiz competente com c? nhecimento de cwfa pondo fim ao negocio princi-

a1 , ou a algum incidente. Daqui procede fer a &nrença Interlocutoria , ou DiQojtiva. Suar diffe- senps ia6 cara&erifadas em todas as Legisla~bes. (g)

A Sentença Difinitiva conforma-fe ao Libello', ou Contrariedade fegundo a prova exifiente nos Au- tos e Lei, que Ilie 11e âpplicavel. Contem os fun- damentos porque he dada, julga lobre coifa cerra,

con-

( e ) Em iianro o Feito com o termo de conclut6 tflá em poder !o Efcriuaõ , e na6 do Juiz, na6 hr verdadeira concilifa6 na caula. Mend. Prax. SecuI. Iib. 3. capa 16.

( , f ) (3rd. l iv . 3 . rir. zo. 8 . 30. (g),Urd. Iiv. 3. t i t . 65. , confrontada com o rir. 66.: Ca-

valldn h$. JZW, Cm, Parr. j. cap. 3 i . 9, I , e r .

condenando ou sbfolvenda. ( h ) Quando a Lei Pa- tr ia diz que O Juiz a profira fegundo O que ã c h a r provado iios Alitos; he o niefmo que dizer que ef- fi prova lia d e ler conforme ao que ie articulou ; porque fe'ern articulaçab he inatrendivel a prova pa- ra a Senrcrifa. (i)

( h ) Ord. liv. q, rir. 66. no Prwm. e 5. I . e 2. ulgar trltrd mel prdttr perita no Li bello admi tte hum

Eltylo da Relaçaó do Porto Te a materia vem plenamen- te difcurida nos auros , e nenhuma das partes prorefiotr no Poffcfirio : CnRa Eflylos da Cu&t do Prirro nas yalavras - .Ycritcnc;z e rrccnç r6 - n. 86. p2g. 2 13. h3 I r O ~pon~ada EF tylo he con;rzrio ii letra d a Lci.

(i) Ord. liv. 1. r i r . 6 ~ . no Proerii. Miiin Eflylo da Cah da Supplicaçnó entende O 5.6.

delta Ord. declarando, que O Juiz da Superior Iníkancia óde jrilgar pelo que fe acha diicuiido no ProceITo

quan ! o na9 eltivcr articulado j pelo que tendo o Aurhor razaó pela prova para formar novo Libello , manda pri- meiro articiilnr , e he ouvido o R . ; e depoi~ le julga o Feiro : Coitn EJylor dd Cdja (Irt $applicaf.g6 p ~ g . 207. Letra - 3 -

Como o Juiz deva formar a Sentença dirpoz a Ord. do liv. 3 . ti:. 66. no Procm. ; e conlulte-re Cavaliari I$. T H ~ . C ~ t r . Pnrt. 4. cap. 3 r . 4. 3. até 7. : Palcoal IiJf. gsrr. 6%. Lfiji Ilb. 4. tir. i r . 5.4. ad ao 9. to.

Fim dEO Turno I.

Page 76: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

I N D I C E D A S

M A T E R I A S D O T O M O I.

O r s p õ Iust~garal. - - - - - Pagina r.

TITULO I. Da Pratica FormaZaria, e obje- cto de ssa tkeorica. - - - - - Pag, I .

TIT. II. ínconveaientes, e C a ~ r ~ s da I*- tertesa drr Pratica. - - - . . - - -

. .< 3 . Tir. 111. O#cior Pmcicos do Profecrroa, e

b Interprete. - - - - - - - - 5 TIT. IV. O$cios Preticm do J P ~ z . - - 6. TIT. V, Oficio Nobre , e &Iercenariu do

J u i e ; . - - - - - - - - - 8. TIT. VI. O$icior de Relator , e A d j ~ n -

t o s . - - - - - - - - T O .

Tir. VZI. O f i i ~ f do Ad~cgCldO. - - - I I .

L. TIT.

TIT. VIIT. Utilidade Pratica do CO?I?EC~- mti~to das AE~OFS, - - - - P3g. I 3.

TIT. IX. UJo da^ Acj-6es P~f loaes , RPRCS , Mixtas , Prejztdicilzes , Cambiae~ , e que sno" podem cedt-r-Je n gr;rtreríl. - - - r 6.

TIT. X . Ufo das Excepcões. - - - - 194 TIT. XT. Formulas , e l=ormnlidndes. - - 2 2 -

TIT. XTI. Ch7~fi iIa~. - - - - - - 2 5 -

TIT. XXII. Cut~telas. - - - - - - 2 71

Trr. I. Proce f i NaturaE, - - - - . - TLT. I?. ProceJ-O ConcilT'atorio , e Arbi-

trai, - - - - - - - - Tir. 111. Co~fuvmidade do ProcdJo hhfrrtu-

rad com a Snciizl. - - - - - - - TIT. IV. B i ~ ~ v J d a d e s no PrucegO rzdiciad;

e qml he o ProcPJo Ordi~wriu. - - TIT. Proci f i Sr,inmario. - - - - - TIT. VI . Pratlfo Sz~ t~ ln~ar i f l~ to otd Verbal

por Efiripfo , e J;~l;plesmtxce YerbnE. - TIT. Vil. P P O C ~ ~ Q de rjifinnçao &'e dez

dias.- - - - - e - - Tir. V 111. ProréD Exec l i t i~ '~ Mercantil

por divida ao TbeJdz4~0 Geral. - - Trr. IX. r y o c ( f o Executivo nm Primei-

t*4$

Page 77: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

rnr litJt.z~arinr por dividrt d Real Fa- aertdn, - - - - - - - - Pag 56.

Trr, X . ProcCflu Exec~lt ivo por divida Pri- vilegiada corno Ffiacudn Real. - - - 60.

Trr. XI. O P~aocef i E x e c a t i ~ o Be odioJo ein Diveiro ; e delle a621ffi o Foro para cobr-anca de pe;ns5es prediaer. - - - &3*

Trr. XII. Procefo no Jrwnmento Decgorio , chanrralio tao Faro AapO d'Almra. - - 70-

Trr. XIII. Ordem Jr4dicinria, JtrdiciuJ, Tz~nzziZcsiarin. - - - - - - - - 7 3-

TIT. XIV. JtkJicio Yolztnr~iio , Nectfà- r i o , A~EIJEvQ. - - - - - - - - 7 6-

Acl'9.S , QUE FORMA^ O PROCESSO.

TIT. 7TT. Diluçãcs Probatorim. - Pag. 99. T~T. VII. Pr~vns Litteraes, Oczrlauer , e

PreJ2amptiv/ar. - - - - - - - 102.

T~T. VIII. Prouas fPJ2imoiaiaes. - - 109. TIT. IX'. Conclr$do' da Provu , e do Feito ;

Ailfgaf6"S, e Sentenp-as. - - - - 1 1 3 .

Page 78: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade

E R R A T A S P R I N C I P A E S .

OR ~ ~ 4 6 INAUGURAL.

t 4 14 17 no:" 20 nora (d) 26 7 2 9 2 1 yz nota

6s 5 18 r6 85 nora (i1

ioi 11ota [I)

Erros. Emenda:. poffivel poffivel daquelle f.ahio ; daqiielle íahio , coofuminiJos conTummados comprir cumprir

E L E M E N T O S .

adeitriaa de 1'3rdrnance t i t , g. no proem. pecunir agnados N o du Commerce

l é a Dire i to Luiz f V. Ord. liv. J . rir. 58.

S. 7.

adRriRa de I'Ordon~iance t i c . 50. no proem. pecunix : afignados N o Cod. du Com-

merce fé O Direito Luiz XIV. Ord. 1. 4. rir, 58.

5. r.

Page 79: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade
Page 80: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade
Page 81: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade
Page 82: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade
Page 83: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade
Page 84: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade
Page 85: A FORO PO~RTUGUEZ. - Faculdade de Direito da UNL · RECITADA PELO AUTHOA A I2 DE OUTU~EBO DE r807. Q Uando os Eítaturos Jurjdicos regul4nó as Li- ... reza , e refponiàbilidade