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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado Cabo Delgado Sérgio Chichava Cadernos IESE N.º 18P

A Frelimo criou o “Al Shabaab”?...Primeiro, mostra-se o impacto do conflito no recenseamento eleitoral e na votação, para, a seguir, explicar como os partidos políticos usaram

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? A Frelimo criou o “Al Shabaab”?

Uma análise às eleições de 15 Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de de Outubro de 2019 a partir de

Cabo DelgadoCabo Delgado

Sérgio Chichava

Cadernos IESE N.º 18P

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“Cadernos IESE”

Edição do Conselho Científico do IESE

A Colecção “Cadernos IESE” publica artigos de investigadores permanentes e associados do IESE no quadro geral dos projectos de investigação do Instituto.

Esta colecção substitui as anteriores Colecções de Working Papers e Discussion Papers do IESE, que foram descontinuadas a partir de 2010.

As opiniões expressas através dos artigos publicados nesta Colecção são da responsabi-lidade dos seus autores e não reflectem nenhuma posição formal e institucional do IESE sobre os temas tratados.

Os Cadernos IESE podem ser descarregados gratuitamente em versão electrónica a partir do endereço www.iese.ac.mz.

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”?

Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de

Cabo Delgado

Sérgio Chichava

Cadernos IESE nº18/2020

Sérgio Chichava Doutor em Ciência Política pela Universidade de Bordeaux, França. É Direc-

tor Adjunto para investigação do Instituto de Estudos Sociais Económicos (IESE) e docente

no Departamento de Ciência Política e Administração Pública da Universidade Eduardo

Mondlane . Suas áreas de pesquisa são: processos de democratização e relações entre Mo-

çambique e economias emergentes.

Setembro de 2020

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AgradecimentosO autor agradece a Luís de Brito, Jonas Pohlman, Eric Morier-Genoud e Crescêncio Pereira pelos comentários e sugestões.

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Título: A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Autor: Sérgio Chichava

Copyright © IESE, 2020

Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE)

Av. do Zimbabwe 1214

Maputo, Moçambique

Telefone: + 258 21486043 | Fax: + 258 21485973

Email: [email protected]

Website: www.iese.ac.mz

Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação para fins comerciais.

Execução Gráfica: IESE

Tiragem: 300 Exemplares

ISBN: 978-989-8464-48-4

Número de Registo: 10305/RLINICC/2020

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

Introdução1

A 15 de Outubro de 2019, realizaram-se as sextas eleições gerais depois da introdução do multipartidarismo em Moçambique em 1990. Estas eleições decorreram num contexto em que, desde 5 de Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, vinha sendo alvo de ataques contra civis e instituições do Estado por parte de um grupo localmente chamado “Al Shabaab”, cujas motivações, objectivos e líde-res o governo moçambicano afirma desconhecer2. Neste artigo, argumento que se trata de um grupo que defende um islão radical e não reconhece o Estado secular existente, o que lhe põe em rota de colisão com os muçulmanos locais e autoridades civis. Os ata-ques do “Al Shabaab”, também designados pelo governo por “insurgentes”, “malfeitores” ou “bandidos”, entre outros nomes que lembram a maneira como era designada a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) durante a guerra civil (1976-1992), têm estado a ceifar vidas humanas e a paralisar a economia local, e influenciaram o último processo eleitoral, essencialmente de duas formas: (i) impedindo uma parte de eleitores de se recensear ou de votar; e (ii) dominando o discurso dos partidos políticos durante a campanha eleitoral, particularmente os da oposição, que acusavam a Frelimo de ter criado condições para a emergência dos “insurgentes”. Ao mesmo tempo, a presença de enormes reservas de gás, rubis e grafite em Cabo Delgado dominou os discursos dos partidos políticos, que directa ou indirectamente iriam associá-la ao conflito, acusando a Frelimo de excluir as populações locais e assim torna-las vulneráveis aos apelos dos islamistas.

O objectivo deste artigo é analisar o impacto destes factores, particularmente das acções do “Al Shabaab” e da existência de imensas reservas minerais, nas eleições de Outubro de 2019 na província de Cabo Delgado. Trata-se de discutir como a presença do “Al Shabaab” e de recursos naturais influenciaram estas eleições nesta província. Primeiro, mostra-se o impacto do conflito no recenseamento eleitoral e na votação, para, a seguir, explicar como os partidos políticos usaram o conflito e os recursos naturais para fazer a sua campanha em Cabo Delgado. Ao fazer-se isto, explora-se também as prováveis razões que explicam o surgimento e as motivações do “Al Shabaab”. Para o efeito, analisam-se discursos dos candidatos dos três principais partidos políticos em Moçambique, nomeadamente Filipe Nyusi, da Frelimo; Ossufo Momade, da Renamo, e Daviz Simango, do Movimento Demo-crático e Moçambique (MDM)3.

1 Os trechos dos discursos aqui apresentados foram reproduzidos literalmente, sem modificação.2 O termo “Al Shabaab” pelo qual o grupo é designado localmente é usado em analogia ao grupo que opera na Somália

e no Quénia (Habibe, Forquilha & Pereira, 2019).3 Mário Albino da Acção do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), o quarto candidato às eleições pres-

idenciais, não fez campanha em Cabo Delgado, alegando “razões de segurança”. Para mais detalhes ver (CIP, 2019).

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

O impacto do “Al Shabaab” no recenseamento eleitoral e votação em Cabo DelgadoDevido aos ataques do “Al Shabaab”, o recenseamento e a votação eleitoral na província de Cabo Delgado foram perturbados, particularmente nalgumas partes dos distritos de Mocímboa da Praia, Palma, Macomia e Meluco. Nalguns destes locais, o recenseamento eleitoral, que devia começar a 15 de Abril de 2019, não chegou a acontecer, iniciou tarde, ou ficou paralisado por muito tempo, na sequência dos ataques que tinham obrigado as populações das regiões afectadas a se refugiarem em lugares mais seguros, com destaque para a capital provincial, Pemba, e as sedes distritais, que até aquele momento escapavam aos ataques. Em Maio, os ataques do “Al Shabaab” obrigaram ao encerramento de cinco postos de recenseamento no distrito de Meluco, devido à fuga da população e dos briga-distas, tendo sido vandalizado um posto de recenseamento na localidade de Nacate, no distrito de Macomia4.

A Renamo, principal partido da oposição, e que sempre classificou os processos eleitorais moçambicanos como fraudulentos, afirmava que nas zonas afectadas pelo conflito em Cabo Delgado, havia postos de recenseamento que só abriram faltando três dias para o término do processo e outras que jamais abriram. Igualmente, a Renamo queixava-se da duplicação de cadernos de recenseamento eleitoral, com os secretários de bairro da Freli-mo a fazer recenseamento paralelo. Para além disto, o recenseamento eleitoral estava a ser perturbado por avarias constantes do equipamento. Por estas razões, a Renamo pedia a prorrogação do prazo do recenseamento por mais trinta dias (Uantale, 2019a).

Entretanto, apesar dos ataques, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), apresentou um balanço positivo do recenseamento eleitoral, afirmando que tinham sido recenseados 652 293 eleitores dos 644 022 previstos para a província de Cabo Delgado. Igualmente, o STAE dizia que, das 474 brigadas de recenseamento previstas, apenas cinco é que não puderam funcionar por causa da violência e do ciclone Kenneth. Estes números foram bastante contestados por algumas organizações da sociedade civil e partidos da oposição, com destaque para a Renamo.

Para a sociedade civil, os números apresentados pelo STAE não correspondiam à realidade visto que muita gente tinha abandonado os seus locais habituais de residência devido não só aos ataques, mas também ao ciclone Kenneth que assolara Cabo Delgado em Abril de 2019, como ilustra esta entrevista do Bispo de Pemba à DW:

4 Para mais detalhes ver (CIP, 2019).

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“Muita gente que gostaria de se recensear não só está fora de casa, mas também está preo-

cupada com a sua própria vida. Muita gente perdeu tudo, perdeu casas que foram queima-

das, muita gente perdeu familiares. Então, isso teve um impacto sim no recenseamento. Se

muita gente não pode se recensear por causa dos ataques, por causa do ciclone, como é

que nós conseguimos atingir a meta? É importante que se responda essas perguntas que a

sociedade faz (Uantale, 2019b)".

À semelhança dos ataques, o ciclone Kenneth, que afectou duramente as províncias de Cabo Delgado e Nampula no mês de Maio, tinha destruído vários postos de recenseamen-to que ficaram paralisados durante semanas, para além de ter provocado dezenas de mor-tos e feridos e destruído milhares de habitações, provocando a dispersão das populações. Nestes distritos, os postos de recenseamento passaram a estar sob protecção policial e outros funcionavam próximos a quartéis (Baptista, 2019).

Por sua vez, a campanha eleitoral dos partidos políticos esteve concentrada nas sedes dis-tritais e fazia-se sob escolta militar, como foi confirmado pelo porta voz da Comissão Nacio-nal de Eleições (CNE), Paulo Cuinica:

"[A campanha eleitoral] está a decorrer na medida do possível, estão lá os partidos políticos,

seus candidatos, mas condicionados naturalmente. A limitação naturalmente é essa de se

fazer até certa hora. Há alguns locais onde é preciso ter muito cuidado para lá se chegar, ou-

tros locais não se chega se não com escolta das forças de defesa e segurança (Issufo, 2019)".

De salientar que, durante a campanha eleitoral, a sede do partido Frelimo em Mocímboa da Praia foi vítima de um ataque atribuído ao “Al Shabaab”, que, segundo relatos, terá custado a vida a 15 pessoas. A situação era tão má que a polícia recomendava que, no dia da vota-ção, a população devia andar em grupo para melhor se proteger do “Al Shabaab”:

“Nas zonas afectadas por malfeitores, gostaríamos que ao saírem das suas aldeias, aqueles

que estão um pouco distantes das mesas de votação, andem em conjunto, não podem an-

dar isoladamente. Gostaria que andassem em grupos de acima de cinco pessoas, isso para a

sua própria segurança (Uantale, 2019c)".

De acordo com a CNE, devido ao conflito, 10 mesas de voto não puderam abrir, impedindo que 5400 de um universo de 1 185 024 eleitores inscritos na província não pudessem votar nos distritos de Macomia, Mocímboa da Praia e Muidumbe:

"Uma mesa no distrito de Muidumbe, seis no distrito de Macomia e três no distrito de Mo-

címboa da Praia. As populações que se encontravam nesses locais dispersaram-se sem a sua

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documentação, o que impossibilita votarem sem essas documentações. Por mais que nós

alterássemos o local de votação, infelizmente, as pessoas deslocaram-se para vários sítios e

não há possibilidade de junta-las nesse dia. Infelizmente, não há possibilidade de abrir essas

mesas no dia 15 de Outubro (Mueia, 2019)."

Como se pode depreender dos factos acima, as eleições em Cabo Delgado decorreram em contexto de medo e intimidação, sendo, quase diariamente, reportados ataques que não só afectaram os eleitores, mas também as actividades dos órgãos de administração eleito-ral e os partidos políticos.

O “Al Shabaab” e o gás natural na campanha eleitoral em Cabo Delgado

Como já referido, a violência provocada pelo “Al Shabaab” e a presença de imensos recur-sos naturais em Cabo Delgado foram os temas que dominaram a campanha eleitoral na província.

Daviz Simango, que concorria pela terceira vez pelo MDM, foi o primeiro dentre os três can-didatos presidenciais a fazer campanha eleitoral em Cabo Delgado, a 12 de Setembro. Em Pemba, um dos primeiros pontos do seu périplo, Simango afirmou que o grande problema de Cabo Delgado era a exclusão das populações locais no acesso a recursos naturais e a empregos, prometendo reverter esta situação caso fosse eleito:

“Cabo Delgado tem tudo para crescer, com os recursos naturais que nós temos aqui, mas o

grande problema é que pessoas naturais de Cabo Delgado não encontram espaço para ter

emprego nessas explorações de recursos naturais, o que o MDM vai fazer, onde há recursos

naturais, a prioridade é para os residentes, hoje há toda forma e tecnologia de treinar os

jovens em pouco tempo, para que os jovens possam ocupar as vagas existentes. Nós não

podemos desenvolver Moçambique ignorando a população local (STV, 2019a)".

Para Simango, a falta de oportunidades e a exclusão das populações locais no acesso aos recursos explicariam a sua vulnerabilidade à mensagem do “Al Shabaab”. Por isso, para Simango, a solução do conflito não passaria pela via armada, mas sim pelo diálogo e pela inclusão económica:

“Homens e mulheres estão a morrer em Palma, estão a morrer em Nangade. Não podemos

deixar vidas continuarem a morrer. Em vez de oprimir os insurgentes, é preciso ir buscar as

motivações que movimentam esta insurgência e encontrar formas de aproximação… é pre-

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ciso aproximar os moçambicanos. A prioridade do governo MDM é evitar que haja confli-

to… porque se os jovens, homens e mulheres locais se apercebem que não tem oportunida-

des na vida, se tornam vulneráveis e são convencidos a seguir caminhos impróprios. Temos

que dividir a nossa riqueza e temos que começar na base, a população da base tem que ser

number one [a primeira] a beneficiar dos recursos (Uantale, 2019d)".

Em Montepuez, zona rica em rubis, Simango voltou a falar das origens da actual violência, apontando para a maneira violenta como o governo lidou com os garimpeiros “ilegais” nas minas de rubis, explicando em certa medida, o conflito actual. Simango negava assim, a tese governamental segundo a qual, os “insurgentes” não têm rosto, não se sabe quem são, nem o que os motiva, sendo por isso, difícil dialogar com eles:

“É preciso estudar o problema, encontrar as soluções, e para nós as soluções são claras, ti-

rou garimpeiros, mas antes de tirar garimpeiros, encontra oportunidades para que eles de

facto encontrem motivação e satisfação de continuarem a ser seres humanos úteis à nossa

sociedade, e sobretudo úteis para suas famílias particulares... É verdade que se pode dizer

que não há rostos, mas há rostos, porque nada surge do nada, e se nós continuarmos a ser

extremamente radicais em termos de repreensão, fazermos publicidades baratas,...essa pu-

blicidade barata cria ódio nas pessoas... o grande problema é falta de capacidade para gerir

conflitos (STV, 2019b)".

Em Balama, distrito onde se encontra a maior mina de grafite do mundo, de acordo com a empresa que está a explorar este recurso, a australiana Twigg Exploration, uma subsidiária da Syrah Resources Ltd., Daviz Simango insistiu mais uma vez no facto de que os recursos naturais não estavam a beneficiar a população local, mas apenas estrangeiros e que uma vez no poder, o MDM iria inverter esta situação:

"Nós estamos satisfeitos que aqui onde vocês vivem tem recursos naturais, tem grafite, mas

a nossa grande preocupação , é que estes recursos naturais devem servir a população local,

o servir a população local, significa que nós temos que ter orgulho, que a natureza deu-nos

algo, mas esta mesma natureza está a trazer benefícios para nós, este beneficio tem que

resultar na melhor renda das famílias, tem que resultar nas melhores condições de saúde,

tem que resultar nas melhores condições educacionais para a família, tem que resultar que

os jovens e mulheres desta terra no final de cada mês consigam ter algo....os naturais daqui

não conseguem ter emprego, o MDM quer inverter isto, porque nós que somos daqui pare-

cemos estrangeiros na nossa terra, estrangeiros que outros tomam conta, nós não podemos

admitir isso (STV, 2019c)".

Filipe Nyusi da Frelimo, que concorria para a sua própria reeleição, foi o segundo dentre

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os três candidatos a fazer campanha em Cabo Delgado, que é também sua terra natal (é natural de Mueda) e uma província em que o seu partido sempre saiu vitorioso em todos os pleitos eleitorais realizados desde 1994 (ver gráfico 1). Se em Pemba, local onde abriu a sua campanha, o seu discurso foi dominado pela questão da pobreza e infra-estruturas, nos locais subsequentes e à semelhança de Daviz Simango, a sua campanha foi dominada pelo conflito e recursos naturais. Por exemplo, no comício efectuado em Mocímboa da Praia, Nyusi iniciou o seu discurso falando sobre os “malfeitores” ou “insurgentes”, afirman-do que agora o governo estava em melhores condições de combatê-los, pois já tinha mais informação sobre as suas formas de actuação:

“...Quero começar a lamentar a atitudes dos malfeitores, dos insurgentes que matam pes-

soas nesta região e afirmar que o governo continuará a tomar medidas severas porque já

estamos a ter muitas informações sobre o modus operandus deste grupo. Sabemos que es-

tão atentos nos nossos movimentos e também estamos atentos nos movimentos deles. o

governo não vai permitir que a população desta região do país, continue a morrer, com seus

bens sacrificados... (Frelimo, 2019)".

Nyusi insistia também sobre o que ele chamou “conceito de distribuição de riqueza no país”, particularmente sobre o facto de que o início da produção e exportação do gás na-tural irá ocorrer apenas em 2024, e que só nessa altura o país iria beneficiar deste recurso; que neste momento o governo estava a criar as condições para que quando começasse a produção e exploração do gás, o país tirasse melhor partido deste recurso quer do ponto de vista institucional, quer do ponto de vista humano. À semelhança de Daviz Simango,

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que destacou a exclusão das populações do acesso aos recursos, Nyusi disse que:

“Ficou moda agora, toda a gente dizer vamos proceder com a distribuição de riqueza, vamos

fazer aquilo, é preciso a riqueza beneficiar ao povo, é exactamente isso que se quer, mas

temos que explicar o que significa para não baralhar a atenção das populações... O governo

da Frelimo está organizado para proceder como está acontecer... Queremos sublinhar para

a população de Mocímboa e da província de Cabo Delgado, e do país em geral, que o gás da

bacia do Rovuma ainda não está a ser explorado, estamos a trabalhar e a acelerar ... para

ver se em 2024 de facto se torne riqueza real, então que não seja motivo de confusão, ou de

suspeição ou de falta de paciência para um produto que ainda não saiu (Frelimo, 2019)".

Ao mesmo tempo, Nyusi insistia sobre o facto de que, sendo o gás um recurso não reno-vável, era preciso criar condições para que os seus benefícios fossem duradoiros e susten-táveis e que o governo estava a trabalhar para isso, dando exemplos de como isto estava a ser pensado e a ser feito:

"Queremos também sublinhar e chamar atenção, relativamente o gás é um recurso que

também pode acabar, então, nós temos que gerir o processo para quando acabar o gás, o

país não voltar de novo a pobreza, é o que temos estado a fazer agora, não estamos ainda

só a discutir a distribuição equitativa da riqueza, estamos também a discutir como tornar o

processo sustentável... Vamos usar as receitas dessas riquezas... para investir para o sector

produtivo, para agricultura... para a pesca, para promover a pecuária, para construir mais

indústrias, vamos investir também nas actividades sociais, mas as produtivas são impor-

tantes porque vão produzir novas rendas, que vão permitir que nós possamos investir em

outras actividades neste caso concreto, a educação, saúde, etc.; o idoso, a criança, popula-

ção vulnerável, população que vive com deficiência... O fundo que estamos a dizer é aquele

dinheiro que vamos ganhar dos recursos naturais... não vamos comer tudo...Porque o Fundo

Soberano há países onde fracassou, foi criado, começaram a “mamar”, ou então, não soube-

ram investir... há boas ideias também que fazem Fundo Soberano... então estamos agora a

discutir o conceito Fundo Soberano para Moçambique... (Frelimo, 2019)".

Ainda procurando rebater as críticas dos seus detractores, como, por exemplo, Daviz Simango, Nyusi explicava como as receitas do gás seriam usadas de modo a beneficiar a to-dos, particularmente as comunidades locais e as empresas nacionais logo que este recurso começasse a ser comercializado:

"Outro critério que encontramos para proteger e assegurar para que a riqueza seja para to-

dos, é o conteúdo local; Que os nacionais, as empresas nacionais possam prestar serviços às

multinacionais que exploram gás aqui em Moçambique. Nós não queremos que para vir ser

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

pedreiro tem que vir de fora, não queremos que para ser serralheiro tem que vir de fora, por

isso temos estado a trabalhar no sentido de formar e capacitar, formar jovens moçambica-

nos para poderem trabalhar nestes locais. Contratando empresas nacionais … para empre-

gar mais moçambicanos… A outra forma que vamos usar para distribuição da riqueza é

servir as comunidades locais, empregar, portanto ao invés de trazer pessoas de outros países

deles, tem que empregar mais jovens que estão aí... Portanto, disse, comunidades locais, em-

pregar mais jovens… Não pode a riqueza estar a sair e depois as coisas a não acontecer. Há

quem vai falar vamos fazer isso...Mas não esqueça que ainda o gás não saiu lá. Por isso não

fala como se estivesse a ser esperto... (Frelimo, 2019)".

Já em Mueda, Nyusi afirmou que graças à colaboração da população de Cabo Delgado, o governo estava a neutralizar os “malfeitores”, pedindo paciência:

“Também estivemos em Mocímboa, e lá estavam também algumas pessoas de Palma, apro-

veitamos abrir a visita nesta zona, lamentando os assassinos que estão a ser perpetrados

por estes malfeitores nesta região. Informei que o governo está determinado, está a traba-

lhar, vai continuar a trabalhar., processos desses levam tempo porque precisamos de apa-

nhar quem manda, quem dá dinheiro para esses vir perturbar a ordem na província de Cabo

Delgado...Estamos agora, cada dia que chega a compreender como é que eles actuam... e

vamos nos organizar para fazer frente a este desafio ao povo moçambicano... a contribuição

que estamos a dar na zona da Mocímboa está a conseguir suavizar... porque a população

nos diz onde estão, quem manda, para onde é que vão e cada dia estão a fugir porque sa-

bem que vamos apanhar (Frelimo, 2019)".

Por seu turno, Ossufo Momade da Renamo foi o último dos três candidatos a fazer campa-nha em Cabo Delgado e o que menos investiu nesta província, tendo percorrido apenas três distritos, nomeadamente Mocímboa da Praia, Chiúre e Pemba. Mocímboa da Praia, ou seja, o distrito que tinha sido alvo do primeiro ataque do “Al Shabaab” em Cabo Del-gado, foi o local escolhido por Momade para abrir a sua campanha nesta província. Neste distrito, Momade, que participava pela primeira vez como candidato a uma eleição pre-sidencial, foi recebido por líderes muçulmanos e vestido com roupa que simboliza esta religião, predominante nesta região. Igualmente, Momade foi recebido por um grupo de jovens que cantavam em língua Mwani: “Frelimo ndi adjawana Al-shabaab” (A Frelimo criou o “Al Shabaab”). Como não podia deixar de ser, o seu discurso também foi dominado pela guerra movida pelo “Al Shabaab” contra o Estado e pelos recursos naturais. Num primei-ro momento, em que afirma que os ataques em Cabo Delgado eram protagonizados por “desconhecidos” e num segundo momento, em que acusa directamente a Frelimo de ter criado o “Al Shabaab”.

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Em Mocímboa da Praia, por exemplo, Momade afirma que desconhecidos estavam a ma-tar muita gente e a Frelimo mostrava-se incapaz de lidar com a situação, enfatizando que apenas a Renamo era a única capaz de vencer o grupo que ataca Cabo Delgado e que só ela merecia o voto da população:

“Nós sabemos que Mocímboa da Praia está no meio do fogo através daqueles que estão a

criar a desestabilização. Nós não conhecemos quem são. Mas sabemos que estão a matar

muita população. O regime do dia não consegue a resolver o problema. Eles não têm capa-

cidade de combater aquele grupo. Enquanto continuar a Frelimo nunca, única salvação é a

Renamo e Ossufo Momade, que está aqui presente (STV, 2019d)".

Já em Pemba, local onde fechou a sua campanha, Momade acusa directamente a Frelimo de ter criado o “Al Shabaab” com objectivo de expulsar a população dos locais onde exis-tem recursos naturais, numa atitude que parece ter sido galvanizada pela recepção que teve em Mocímboa da Praia:

“Quando vão às minas de rubi, onde sai rubi são mortos. Estão lá esquadrões de morte, estão

lá FIR5 . Quando vão la, lá na bacia do Rovuma, são mortos, não são? Até organizaram um

grupo que eles chamam grupo de terroristas shabaab … vocês pensam que aquele grupo

vai acabar com aqueles, aqueles que eu não quero dizer nome? … quando o shabaab des-

trói uma aldeia, eles chegam ali, pam pam pam [imitando som das armas] e estão a voltar.

Não é verdade? Alguma vez fizeram perseguição? Estão a nos enganar. Já chega, já chega,

meus irmãos, minhas irmãs, já chega, ouviram bem? Enquanto continuarem aqueles que eu

não quero dizer o nome, aquele grupo nunca vai desaparecer… Porque eles é que alimen-

tam aquele grupo… eles estão a nos fazer vida negra… à frente da população dizem que

estão contra aquele grupo, mas por detrás são eles que alimentam aquele grupo. Depois

mentem que hum, são Al Shabaab, são muçulmanos… muita coisa… não podemos ser en-

ganados meus irmãos… (Chichava, 2019)."

A recepção a Ossufo Momade e a acusação da população de Mocímboa da Praia de que a Frelimo é que trouxera o “Al Shabaab” obrigou Filipe Nyusi a voltar para este distrito, três dias após a saída do líder da Renamo de Cabo Delgado, onde a tónica do seu discurso se concentrou em não só rebater a ideia de que o seu partido criara este movimento, mas também a de que a Frelimo não tinha capacidade para acabar com os “insurgentes”:

"Como é possível você estar a governar e organizar pessoas para matar as pessoas que você

5 Força de Intervenção Rápida, hoje Unidade de Intervenção Rápida, definida como ramo especial “preparada e destinada, fundamentalmente, a combater situações de violência declarada, cuja resolução ultrapasse os meios normais de actu-ação” (Ministério do Interior, S/d).

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

próprio está a governar? Querem nos enganar, não nos tragam mais guerra, nós não que-

remos guerra aqui... agora trazer pessoas e você ofender a pessoa que perdeu a casa, que

perdeu machamba, dizer que vocês próprios é que se matam não é bom assim, quando há

sofrimento é solidariedade que se quer, é ou, não é? Seja o islamismo, não quer matar nin-

guém, quando alguém morre, as pessoas vão dar o conforto, o cristão idem. Agora estar a

incentivar o sangue, a criar confusão entre os moçambicanos para se matarem, não, não,

não, nós queremos aqui paz, paz, paz (STV, 2019e)".

Ao mesmo tempo, foram dadas ordens para que a campanha da Frelimo naquela província fosse encerrada em Mocímboa da Praia e não em Pemba como tinha sido previsto:

"Era mais por causa da pressão que estávamos a ter da oposição, então precisávamos nós

também pressionar, então, foi lá o presidente, fomos nós, foi o membro da comissão po-

lítica, foi o substituto do governador, foi o 1o secretário, logo depois de ter passado lá Os-

sufo Momade, o presidente teve que voltar lá, porque Ossufo Momade quando chega lá,

distorce tudo. O presidente se apercebe disso, ele foi para lá também, dizer as coisas não são

bem assim… depois ele achou que nós devíamos ir também (Entrevista com JM, Pemba,

18.10.19)".

É preciso sublinhar que Mocímboa da Praia tem sido um terreno bastante difícil para a Fre-limo. Em 2005, dezenas de simpatizantes da Renamo foram mortos pela polícia e pelo exér-cito e outros detidos a seguir a uma manifestação que contestava os resultados das elei-ções autárquicas intercalares realizadas naquele município, em virtude da morte do edil Cássimo Abdala. De acordo com a CNE, a Frelimo e o seu candidato, Amadeu Pedro, tinham ganho as eleições por 52% contra 47% de Assane Saíde, candidato da Renamo. Contestan-do os resultados, a Renamo decidira realizar manifestações e instalar um “governo sombra”. As escaramuças tiveram também contornos étnicos, com testemunhas locais a afirmar que os Kimwanes, muçulmanos e tidos como politicamente próximos da Renamo, não teriam aceite serem dirigidos por Amadeu Pedro, um cristão e maconde (grupo étnico que, por razões históricas ligadas à luta anticolonial, é próximo da Frelimo) natural de Mueda, pre-ferindo Assane Saíde, um muçulmano e Kimwane, natural de Mocímboa da Praia, ou seja, “filho da terra”. Já na eleição autárquica de 2003, que elegera Cássimo Abdala, a Renamo e o seu candidato, Jaide Assane, perderam por uma escassa margem: 51.07% para Cássimo Abdala e 50.72 para a Frelimo, contra 48.93% para Jaide Assane e 49.28% para a Renamo6.

6 Mais detalhes sobre estas eleições ver (Hanlon, 2003; Zambeze, 2005).

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Mas de onde veio o “Al Shabaab”?

A incapacidade do Estado e do governo em lidar com a pobreza, desemprego e ausência de perspectivas para os jovens, aliada à brutalidade da polícia no contexto da instalação das empresas exploradoras de recursos naturais em Cabo Delgado, como por exemplo no caso da Montepuez Ruby Mining (MRM) em Montepuez, criaram condições favoráveis para a penetração dos islamistas. Com efeito, a chegada da MRM a Cabo Delgado nos princípios de 2017, foi precedida pela expulsão violenta de garimpeiros ilegais pelas forças policiais, com alguns deles a serem enterrados vivos, outros abatidos a sangue frio, mulheres viola-das, casas e bens destruídos entre outras humilhações. Acusada de violação de direitos hu-manos, a MRM, que não assumiu a culpa , embora reconhecendo a existência de incidentes foi aceitou pagar uma indemnização de cerca de 8 milhões de dólares em 2019 (Leigh Day, 2018, 2019; RFI, 2017).

Entrevistas efectuadas em Cabo Delgado mostram que alguns antigos garimpeiros de Montepuez, revoltados com a humilhação e tortura infligidas pelas forças de lei e ordem, teriam se juntado ao “Al Shabaab”7 . Igualmente, (Habibe, Forquilha & Pereira, 2019) afir-mam que uma das fontes de financiamento do “Al Shabaab” vinha dos garimpeiros. De salientar que, em Maio de 2019, o comandante geral da polícia, em comício popular em Montepuez, apontava os antigos garimpeiros de Montepuez como fazendo parte dos fi-nanciadores e cabecilhas do “Al Shabaab”:

“Foram esses que estavam como cabecilhas daqueles criminosos que pegavam a pedra aqui

preciosa nossa, rubi e outras pedras preciosas e iam entregar aos jovens que as carregavam

para o litoral e depois levavam para fora do país a partir daqui. Eram garimpeiros, sobre-

tudo os cabecilhas deles, eram eles que comercializavam as pedras preciosas nossas … E

com ódio, quando nós fizemos a operação contra o garimpo, viraram inimigos, começaram

a combater-nos. Nós temos que ser vigilantes para desmantelar, denunciar essas pessoas

que transferem valores por m-pesa8, aqui em Montepuez, para os malfeitores, temos que

desmantelar aqueles que querem recrutar jovens para as fileiras dos malfeitores (RFI, 2019)".

De acordo com as autoridades moçambicanas, os garimpeiros locais estariam a ser ma-nipulados por “estrangeiros” provenientes da Tanzânia e República Democrática do Con-go (RDC), que tinham sido expulsos das minas de rubi, onde estavam a fazer exploração clandestina, provocando o caos para continuar a explorar ilegal e impunemente recursos

7 Entrevistas efectuadas entre Setembro e Novembro de 2019 em Maputo e Cabo Delgado. Com vista a proteger os en-trevistados, não são mencionadas as fontes.

8 Um serviço de banco por telemóvel, oferecido pela Vodacom Moçambique.

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naturais em Cabo Delgado. Para o comandante geral da polícia, congoleses de religião mu-çulmana, que no seu país vivem de garimpo, têm recrutado e treinado moçambicanos na RDC para fazer guerra em Moçambique, em colaboração com tanzanianos (Miguel, 2019).

Um moçambicano que fazia parte de um grupo de três outros, que, segundo a polícia, tinham sido treinados na RDC e mais tarde presos pela polícia daquele país e extradita-dos para Moçambique, dizia numa entrevista à Televisão de Moçambique (TVM) que tinha sido aliciado por um tanzaniano para ir à RDC receber treino militar com objectivo de fazer Jihad:

“Um senhor tanzaniano chamado Kiyenda é que me levou para a Tanzânia ... para passar-

mos irmos em Congo, porque há uns Tanzanianos que fugiram em Tanzânia e estão em Con-

go... para treinar para fazer Jihad... (TVM, 2018a)".

Entretanto, para além de cidadãos tanzanianos e congoleses, a polícia fala da presença de somalis, malianos e “estrangeiros” de origem asiática, (TVM, 2018c).

Segundo o presidente Nyusi, para além de opor os moçambicanos ao governo e outras ins-tituições do Estado como o exercito, o objectivo destes “estrangeiros” era o de instrumen-talizar o tribalismo para dividir os moçambicanos. O presidente Nyusi também se mostrava disposto a dialogar com estes “estrangeiros”, desde que eles se identificassem e dissessem o que pretendiam:

“... Esses que estão a matar pessoas aqui em Cabo Delgado se derem cara, e disserem-nos o

que querem nos vamos ouvir. Mas isso que estão a fazer é cobardia, cobardia querem nos di-

vidir até com a população, querem dividir as forças de defesa e segurança com a população;

querem dividir o governo com a população e mesmo dentro da população querem dizer que

este é Kimwane, aquele é Maconde, aquele é Macua, aquele é Ngoni, não há isso neste país,

não nos tragam isso (STV, 2020)".

Para o governo moçambicano, estes “estrangeiros” aproveitavam-se também do facto de a província de Cabo Delgado ser maioritariamente muçulmana para opor esta religião ao Estado.

É preciso sublinhar que o governo, na voz do Presidente Nyusi, acredita também que, in-ternamente, para além dos garimpeiros, empresários moçambicanos residentes na cidade da Beira, descontentes com o combate do Estado ao tráfico ilegal da madeira, estariam a financiar os “insurgentes”:

“Há sinais de alguns serem moçambicanos, que vivem aqui, que vivem bem na Beira, que

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não estão satisfeitos, porque algumas oportunidades se calhar que tinha já não têm, porque

as coisas são feitas com alguma transparência, quando a gente diz que a madeira agora tem

que ser feita assim, ele fica zangado e vai ficar no mato. Quando ele por exemplo, as coisas

apanhava sem concurso, agora a gente diz vai la concorrer, fica zangado, manda filho do

outro para ir morrer. Vamos ficar atentos, não podemos ser usados, já chega! Eu penso que

os primeiros denunciados hão-de ser denunciados pela juventude (Miramar TV, 2019)".

Em Dezembro de 2019, dois meses depois das eleições gerais, Nyusi voltou a efectuar uma visita à província de Cabo Delgado onde aventou a hipótese de alguém de “dentro” estar a querer perturbar a sua governação apoiando os “malandros” (STV, 2019f ).

A outra hipótese avançada pelo governo imediatamente após os ataques de 5 de Outubro de 2017 refere-se ao grupo como sendo constituído por indivíduos (estrangeiros e mo-çambicanos) que querem instalar um Estado Islâmico em Moçambique. Rodrigo Parruque, então administrador de Mocímboa da Praia, dizia tratar-se de um grupo constituído por moçambicanos que tinham estudado doutrinas religiosas fundamentalistas na Tanzânia, Sudão e Arábia Saudita, em conexão com cidadãos tanzanianos e somalis, cujo objectivo são “a exaltação de doutrinas religiosas não comuns no islão, desacreditar o Governo e institu-cionalizar uma região autónoma" (Notícias, 2017a). A mesma tese foi defendida por Basílio Monteiro, então, Ministro do Interior, aquando da visita efectuada por Nyusi à Cabo Delga-do, em Abril de 2018:

“É um grupo que pretende que se use o alcorão como o documento base de governação,

mas queríamos transmitir uma mensagem de sossego porque o grupo já foi suficientemente

fragilizado, boa grande parte dos seus constituintes foram neutralizados, moçambicanos e

estrangeiros (Miramar TV, 2018)".

De acordo com as autoridades, instrumentalizando a religião muçulmana, este grupo esta-ria a aliciar jovens, prometendo-lhes riqueza e vida eterna. Em virtude disso, campanhas de sensibilização estariam sendo realizadas. Algumas delas são encabeçadas pelo presidente Nyusi, apelando à população, particularmente aos jovens, para que não se deixassem en-ganar com mensagens falsas feitas em nome da religião:

“…Jovens que estão aqui a me ouvir, não é verdade isso que dizem que você morre na terra

e vai viver bem lá [no céu], a todo custo, matando o seu pai, queimando a casa do pai. Por-

que? Isto que vocês exigem que não se sabe o que é ou então, a religião, dizer que a religião

muçulmana que se pratica em Palma não é aquela que eles querem, querem trazer outra.

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Fiquemos atentos, e não deixemos o nosso distrito de Palma, ou a nossa província a pensar

de que pode resolver o problema de religião que existe no mundo. Ou então pode enriquecer.

Quando se apanha essas pessoas, dizem que há pessoas adultas que lhes dizem que você

pode morrer, mas depois vai viver bem lá [no céu]. E essas pessoas que mandam não vão ao

fogo, ficam atrás e morrem os jovens. Não permitam isso… (TVM, 2018c)".

Por isso, não foi de estranhar que imediatamente após os ataques, diversos cidadãos em Cabo Delgado tenham sido presos sob acusação de pertencerem ao “Al-Shabaab”. Igual-mente, diversas mesquitas ao longo desta província foram encerradas por suspeitas de colaborar com o “Al Shabaab”. Estas acções levaram a uma certa crispação entre as auto-ridades e a comunidade muçulmana, particularmente com o Conselho Islâmico de Mo-çambique (CISLAMO), cuja maior parte dos líderes foi formada na Tanzânia, Sudão e Arábia Saudita, e que viu algumas das suas mesquitas encerradas. Os muçulmanos acusavam as autoridades moçambicanas de graves violações de direitos humanos, se queixavam de se-rem duplamente vítimas, pois, por um lado, eram perseguidos pelo “Al Shabaab” por não concordarem com a mensagem e os ideais deste grupo e, por outro lado, pelo governo, por este pensar que faziam parte ou colaboravam com os atacantes (Carlos, 2019).

Entretanto, e no que se pode considerar como uma tentativa de evitar desarmonia com a comunidade muçulmana moçambicana, as autoridades moçambicanas mudaram de dis-curso, afirmando não terem a certeza que os ataques tenham a ver com um grupo com motivações religiosas, que o islão é uma religião de paz e que em Moçambique não há histórico de luta de religiões. Igualmente, reiteram que os insurgentes que matam em Cabo Delgado nem sequer são muçulmanos:

“Nós até agora não temos a certeza que a motivação é religiosa. Não dão a cara ainda. Estão

com vergonha. De facto, não sabem porque é que matam outras pessoas. Por isso não dizem

que eu é que matei. Por isso tem sido um pouco difícil para a abordagem. Porque nós os mo-

çambicanos resolvemos nossos problemas com diálogo (VOA Português, 2020)".

Este contexto é também marcado por uma crescente colaboração entre as autoridades moçambicanas e a comunidade muçulmana, particularmente com o CISLAMO.

É preciso sublinhar que as acções do “Al Shabaab” em Cabo Delgado já vinham sendo de-nunciadas muito antes do 5 de Outubro de 2017 pelos muçulmanos locais. Com efeito, os líderes muçulmanos locais se queixavam de terem advertido as autoridades sem sucesso sobre a existência de um grupo que, entre outras coisas, espalhava mensagens contrárias ao islão praticado em Moçambique, obrigando as mulheres a usarem a burka, as crianças a não frequentarem as escolas oficiais mas apenas as madrassas, e apelando à população

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a reconhecer o Estado e o governo. A este propósito, um líder religioso de Mocímboa da Praia afirmou que a presença do “Al Shabaab” naquela região já era notável em 2014 e sem-pre foi denunciada às autoridades:

"As ideologias desse grupo [Al Shabaab], desde o ano de 2014 em Mocímboa da Praia ma-

nifestaram com ideologias diferentes e contrárias às nossas... Nós sempre colaboramos com

o governo local, denunciando reiteradamente cada vez mais o mal que este grupo e suas

ideologias representavam, mas o governo nunca tomou em nenhum momento medidas de

precaução (Entrevista com A. C., Mocímboa da Praia, 04. 10.2020)".

As denúncias ao “Al Shabaab” também eram feitas em eventos públicos, nomeadamente nas festas religiosas como o “Eid Ul Fitre”. Por exemplo, em Julho de 2016, líderes muçul-manos de Cabo Delgado denunciaram a existência de indivíduos que defendiam atitudes contrárias ao islão e defendiam a negação do Estado, particularmente nos distritos de Mo-címboa da Praia, Chiúre e Pemba (Wazir, 2016).

Igualmente, numa Conferência Islâmica intitulada: “Os desafios do hoje e do amanhã em Mo-çambique”, organizada em Novembro de 2016, em Nampula, os muçulmanos denunciaram a existência de várias seitas islâmicas radicais que punham em causa o islão e o Estado, particularmente nas províncias de Nampula, Zambézia, Niassa e Cabo Delgado. Uma vez mais, o governo, não tomou as devidas precauções9.

A tese segundo a qual o “Al Shabaab” é um grupo de indivíduos que pretende estabelecer um Estado Islâmico em Moçambique, primeiramente avançada pelas autoridades moçam-bicanas, coincide com os resultados da nossa pesquisa em Cabo Delgado. Igualmente, esta tese é comprovada pela reivindicação feita por este grupo aquando dos ataques à Mocím-boa da Praia e Quissanga a 23 e 24 de Março de 2020, onde, de acordo com vários vídeos e imagens que circularam pelas redes sociais e por certa imprensa local, içaram uma bandei-ra semelhante a do Estado Islâmico10.

É difícil afirmar quando esta seita se instalou em Cabo Delgado. Contudo, os líderes muçul-manos de Mocímboa da Praia afirmam que a presença do “Al Shabaab” data de 2014. Na imprensa, é também possível encontrar alguns sinais da presença deste grupo, a partir de 2015, através de notícias que reportavam a ocorrência de actos estranhos um pouco pela província de Cabo Delgado, nomeadamente a interdição de venda e consumo de bebidas alcoólicas por líderes religiosos, sob pretexto de que era contra os princípios da religião

9 Ver por exemplo, a entrevista do Sheikh Aminudim, presidente do CISLAMO, no jornal Savana, Nhampossa (2020). 10 (Habibe, Forquilha & Pereira, 2019), também oferecem uma análise pormenorizada sobre esta dimensão do “Al Shabaab”.

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muçulmana, situação que criou enormes distúrbios, por exemplo em Pangane, distrito de Macomia, quando o Estado interveio para repor a ordem (Domingo, 2015; Notícias, 2015b, 2015a). Entretanto, a designação “Al Shabaab” na imprensa aparece mais ou menos nos princípios de 2016, antes do ataque de 5 de Outubro à Mocímboa da Praia. Por exemplo em Junho de 2017, o Jornal Notícias dizia que três elementos da seita “Al Shabaab” tinham sido presos no distrito de Macomia, por desinformação, por desrespeitar o Estado e pregar um islão radical, acrescentando ainda que outros haviam sido detidos em Quissanga um mês antes destes. Na altura, o líder do CISLAMO, em Cabo Delgado, afirmou “Este grupo não passa de um movimento político que esteja a reivindicar perante o Governo, usando uma certa via para poder ganhar a comunidade, como se fossem princípios islâmicos quando na realidade não o são (Notícias, 2017b).

Entretanto, as mutações pelas quais o “Al Shabaab” sofreu ao longo desse período até 5 de Outubro de 2017, altura em que passou de simples seita religiosa para uma organiza-ção militar, ainda permanecem por ser estudadas. Contudo, pode avançar-se a hipótese segundo a qual as dificuldades do “Al Shabaab” em penetrar o meio muçulmano local ou em convencer os líderes muçulmanos locais a aderir aos seus ideais pode também explicar em parte a passagem de uma seita estritamente religiosa à insurgência “militar”. De acordo (Morier-Genoud, 2019), alguns casos de repressão contra o “Al Shabaab” levadas a cabo pelas autoridades policiais moçambicanas só foram possíveis graças à denuncia da comu-nidade muçulmana local.

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Conclusão

A guerra movida pelo “Al Shabaab” desde Outubro de 2017 contra o Estado secular moçam-bicano na província de Cabo Delgado, assim como a existência de recursos naturais abun-dantes nesta província num contexto de extrema pobreza e de violência do Estado contra as populações locais, particularmente as que se dedicam à mineração artesanal, estruturou o discurso dos partidos políticos e complicou o processo eleitoral, desde a fase do recen-seamento até à votação, durante as eleições gerais de 15 de Outubro de 2019. Mais: se o governo não conseguir por cobro à situação, o tema da guerra em Cabo Delgado, que ac-tualmente tende a se alastrar por toda a província e a sair fora do controlo das autoridades, passará a dominar o discurso político e a polarizar a competição política naquela região em particular e em Moçambique de uma forma geral. Contudo, é preciso realçar que o discur-so sobre a pobreza, miséria e exclusão explorado pela oposição contra a Frelimo não era específico à Cabo Delgado. A diferença reside apenas no facto de se ligar o actual contexto de emergência do “Al Shabaab” a estes factores. Entretanto, se a oposição usou o discurso dos recursos naturais e do “Al Shabaab” com vista a ganhar apoio do eleitorado, acusando a Frelimo de estar por detrás do surgimento deste grupo, é difícil medir o impacto desta estratégia do ponto de vista eleitoral, visto que a Frelimo ganhou largamente as eleições, pese embora inúmeras irregularidades denunciadas por várias organizações da sociedade civil nacionais, desde a fase do recenseamento até à votação. Apesar disso, não se pode negar o efeito mobilizador deste tipo de discurso, como se viu, por exemplo, no comício de Ossufo Momade em Mocímboa da Praia, onde centenas de jovens gritavam espontanea-mente “A Frelimo criou Al Shabaab”, acompanhando a comitiva do líder da Renamo.

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

-volta-a-vender-bebidas-alcoolicas (consultado a 20 Março de 2020).

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RFI (2019) Polícia moçambicana acusa garimpeiros de financiar grupos armados. Dispo-nível em: http://www.rfi.fr/pt/mocambique/20190526-policia-mocambicana-acu-sa-garimpeiros-de-financiar-grupos-armados. (consultado a 18 de Março de 2020).

STV (2020) Conselho de Ministros em Pemba. STV Jornal da Noite 11 02 020. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=uhLJO47ap2o (consultado a 18 de Março de 2020)

STV (2019a) Eleições 2019. Diário de Campanha. STV-Jornal da Noite 12.09.2019. Disponí-vel em: https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2019/09/stv-jornal-da--noite-12092019video.html (consultado a 1 de Março de 2020).

STV (2019b) Eleições 2019. Diário de Campanha. STV-Jornal da Noite 13.09.2019. Disponí-vel em: https://www.youtube.com/watch?v=uoo88npv6js (consultado a 1 de Mar-ço de 2020).

STV (2019c) Eleições 2019. Diário de Campanha. STV-Jornal da Noite 14.09.2019. Dispo-nível em: https://www.youtube.com/ watch?v=Aksi_yqU6X0. (consultado a 1 de Março de 2020).

STV (2019d) Eleições 2019. Diário de Campanha. STV-Jornal da Noite 07.10.2019. Disponí-vel em: https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2019/10/stv-jornal-da--noite-07102019video.html (consultado a 18 de Março de 2020).

STV (2019e) Eleições 2019. Diário de Campanha, STV-Jornal da Noite 10.10.19. Disponível

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

em: https://www.youtube.com/watch?v=H6P81V9Ih3s (consultado a 27 de Abril de 2020).

STV (2019f ) Ataques a Cabo Delgado. STV Jornal da Noite 22 11 2019. Disponível em: ht-tps://www.youtube.com/watch?v=H6P81V9Ih3s. (consultado a 18 de Março de 2020).

TVM (2018a) Capturados homens treinados na RDC para desestabilizar. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=g59EunWARQY. (consultado a 18 de Março de 2020).

TVM (2018b) Filipe Nyusi desencoraja jovens a não aderir ao grupo que protagoniza ata-ques. Disponível em: https://www.tvm.co.mz/index.php?option=com_k2&view=i-tem&id=3567:parque-da-gorongosa-tens%C3%A3o-agravou-ca%C3%A7a-furti-va&Itemid=159 (consultado a 18 de Março de 2020).

TVM (2018c) Indivíduos de origem asiática nos ataques à Mocímboa da Praia. Disponível em: ttps://tvm.co.mz/index.php?option=com_k2&view=item&id=2972:individuos--de-origem-asiatica-nos-ataques-a-mocimboa-da-praia&Itemid=277. consultado a 18 de Março de 2020).

Uantale, D. (2019a) Cabo Delgado: Polícia recomenda que eleitores não andem sozinhos. DW. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/cabo-delgado-pol%C3%ADcia--recomenda-que-eleitores-n%C3%A3o-andem-sozinhos/a-50827206. (consultado a 7 de Fevereiro de 2020).

Uantale, D. (2019b) Eleições em Moçambique: Daviz Simango promete paz e partilha da riqueza. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/elei%C3%A7%C3%B5es--em-mo%C3%A7ambique-daviz-simango-promete-paz-e-partilha-da-riqueza/av-50424077. (consultado a 7 de Fevereiro de 2020).

Uantale, D. (2019c) Moçambique: Manipulação do recenseamento eleitoral em Cabo Delgado? DW. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/mo%C3%A7ambi-que-manipula%C3%A7%C3%A3o-do-recenseamento-eleitoral-em-cabo-delga-do/a-49521107. (consultado a 7 de Fevereiro de 2020).

Uantale, D. (2019d) RENAMO denuncia irregularidades no recenseamento, no norte de Mo-çambique. DW. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/renamo-denuncia-ir-regularidades-no-recenseamento-no-norte-de-mo%C3%A7ambique/a-48938130. (consultado a 7 de Fevereiro de 2020).

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

VOA Português (2020) Filipe Nyusi em Pemba diz que insurgentes usam Islão para enganar os menos atentos. Disponível em: https://www.voaportugues.com/a/filipe-nyusi--em-pemba-diz-que-insurgentes-usam-isl%C3%A3o-para-enganar-os-menos-a-tentos/5285252.html. (consultado a 27 de Abril de 2020).

Wazir, J. (2016) Muçulmanos denunciam atitudes contrárias à religião. Notícias. Disponível em: https://jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/54949-cabo-delgado-mu-culmanos-denunciam-atitudes-contrarias-a-religiao. (consultado a 18 de Abril de 2020).

Zambeze (2005) Sangue em Mocímboa da Praia. Disponível em: https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/09/sangue_em_mocmb.html?asset_id=6a-00d83451e35069e200d834b6100f69e2. (consultado a 27 de Abril de 2020).

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Outras Publicações do IESE

Livros

Agora eles têm medo de nós! – Uma colectânea de textos sobre as revoltas populares em Moçambique (2008–2012) (2017)Luís de Brito (organizador)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/02/IESE-Food-Riot.pdf

Economia, recursos naturais, pobreza e política em Moçambique – Uma colectânea de textos (2017)Luís de Brito e Fernanda Massarongo (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/10/IESE_Coleta_nea_de_IDeIAS_-_Livro.pdf

Emprego e transformação económica e social em Moçambique (2017)Rosimina Ali, Carlos Nuno Castel-Branco e Carlos Muianga (organizadores)IESE: Maputohttp://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/10/IESE_Emprego_e_Transf_Econ_Social_-_Livro.pdf

Political economy of decentralisation in Mozambique: dynamics, outcomes, challenges (2017)Bernahard Weimer with João Carrilho IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/10/IESE_Political_Economy_of_Decentralisation-_Livro.pdf

A economia política da descentralização em Moçambique: dinâmicas, efeitos, desafios (2017)Bernahard Weimer e João CarrilhoIESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/01/IESe-economia-politica.pdf

Questões sobre o desenvolvimento produtivo em Moçambique. (2015)Carlos Nuno Castel-Branco, Nelsa Massingue e Carlos Muianga (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/IESE_FAN_PT.pdf

Questions on productive development in Mozambique. (2015)Carlos Nuno Castel-Branco, Nelsa Massingue e Carlos Muianga (editors)IESE: Maputo

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Moçambique: Descentralizar o Centralismo? Economia Política, Recursos e Resultados. (2012)Bernhard Weimer (organizador)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/Descent/IESE_Decentralizacao.pdf

A Mamba e o Dragão: Relações Moçambique-China em Perspectiva. (2012)Sérgio Chichava e C. Alden (organizador)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/MozChin/IESE_Mozam-China.pdf

Desafios para Moçambique 2019. (2019)Sérgio Chichava (organizador)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/12/Desafios2019.pdf

Desafios para Moçambique 2018. (2018)Salvador Forquilha (organizador)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/05/Livrol_DesafiosMoc2018.pdf

Desafios para Moçambique 2017. (2017)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava, António Francisco, e Salvador Forquilha (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/05/Desafios2017.pdf

Desafios para Moçambique 2016. (2016)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava, António Francisco, e Salvador Forquilha (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/04/Desafios2016.pdf

Desafios para Moçambique 2015. (2015)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava, António Francisco, e Salvador Forquilha (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2015/IESE-Desafios2015.pdf

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

Desafios para Moçambique 2014. (2014)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava, António Francisco e Salvador Forquilha (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2014/IESE-Desafios2014.pdf

Desafios para Moçambique 2013. (2013)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava, António Francisco eSalvador Forquilha (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication//livros/des2013/IESE_Des2013.pdf

Desafios para Moçambique 2012. (2012)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava e António Francisco (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2012/IESE_Des2012.pdf

Desafios para Moçambique 2011. (2011)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava e António Francisco (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2011/IESE_Des2011.pdf

Desafios para Moçambique 2010. (2009)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava eAntónio Francisco (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2010/IESE_Des2010.pdf

Economia extractiva e desafios de industrialização em Moçambique – comunicações apresentadas na II Conferência do Instituto de Estudos Sociais e Económicos. (2010)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava e António Francisco (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/economia/IESE_Economia.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Protecção social: abordagens, desafios e experiências para Moçambique – comunicações apresentadas na II Conferência do Instituto de Estudos Sociais e Económicos. (2010)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava e António Francisco (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/protecao/IESE_ProteccaoSocial.pdf

Pobreza, desigualdade e vulnerabilidade em Moçambique – comunicações apresentadas na II Conferência do Instituto de Estudos Sociais e Económicos. (2010)Luís de Brito, Carlos Nuno Castel-Branco, Sérgio Chichava e António Francisco (organizadores)IESE: Maputo.https://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/pobreza/IESE_Pobreza.pdf

Cidadania e Governação em Moçambique – comunicações apresentadas na Conferência Inaugural do Instituto de Estudos Sociais e Económicos. (2009)Luís de Brito, Carlos Castel-Branco, Sérgio Chichava e António Francisco (organizadores)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/cidadania/IESE_Cidadania.pdf

Reflecting on economic questions – papers presented at the inaugural conference of the Institute for Social and Economic Studies. (2009)Luís de Brito, Carlos Castel-Branco, Sérgio Chichava and António Francisco (editors)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/ref/IESE_QEcon.pdf

Southern Africa and Challenges for Mozambique – papers presented at the inaugural conference of the Institute for Social and Economic Studies. (2009)Luís de Brito, Carlos Castel-Branco, Sérgio Chichava and António Francisco (editors)IESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/South/IESE_South.pdf

Governação em Moçambique: Recursos para Monitoria e Advocacia (2012)Projecto de Desenvolvimento de um Sistema de Documentação e de Partilha de Informação, IESEIESE: Maputo

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

Monitoria e Advocacia da Governação com base no Orçamento de Estado: Manual de Formação (2012)Zaqueo Sande (Adaptação)IESE: Maputo

Pequeno Guia de Inquérito por Questionário (2012)Luís de BritoIESE: Maputo

Envelhecer em Moçambique: Dinâmicas do Bem-Estar e da Pobreza (2013)António Francisco, Gustavo Sugahara e Peter FiskerIESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/IESE_DinPob.pdf

Growing old in Mozambique: Dynamics of well-being and Poverty (2013)António Francisco, Gustavo Sugahara e Peter FiskerIESE: Maputohttps://www.iese.ac.mz/lib/IESE_DynPov.pdf

Cadernos IESE

(Artigos produzidos por investigadores permanentes e associados do IESE. Esta colecção substitui as séries “Working Papers” e “Discussion Papers”, que foram descontinuadas)

Cadernos IESE nº 17E: Islamic radicalization in northern Mozambique: the case of Mocímboa da Praia. (2019)Salvador Forquilha, João Pereira & Saíde Habibe https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/12/cadernos_17eng.pdf

Cadernos IESE nº 17P: Radicalização Islâmica no Norte de Moçambique: o caso de Mocímboa da Praia. (2019)Salvador Forquilha, João Pereira & Saíde Habibe https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/09/cadernos_17.pdf

Cadernos IESE nº 16: A cobertura da China na imprensa moçambicana: Repercussões para o soft power chinês. (2015)Sérgio Chichava, Lara Côrtes & Aslak Orrehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/IESE_Cad16.PDF

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Cadernos IESE nº 15: Plágio em Cinco Universidades de Moçambique: Amplitude, Técnicas de Detecção e Medidas de Controlo. (2015)Peter E. Coughlinhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/IESE_Cad15.pdf

Cadernos IESE nº 14P: Revoltas da Fome: Protestos Populares em Moçambique (2008-2012). (2015)Luís de Brito, Egídio Chaimite, Crescêncio Pereira, Lúcio Posse, Michael Sambo e Alex Shanklandhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/IESE_Cad14.pdf

Cadernos IESE nº 13E: Participatory Budgeting in a Competitive-Authoritarian Regime: A Case Study (Maputo, Mozambique). (2014)William R. Nylenhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/IESE_Cad13_Eng.pdf

Cadernos IESE nº 13P: O orçamento participativo num regime autoritário competitivo: um estudo de caso (Maputo, Moçambique). (2014)William R. Nylenhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/IESE_Cad13_Port.pdf

Cadernos IESE nº 12E: The Expansion of Sugar Production and the Well-Being of Agricultural Workers and Rural Communities in Xinavane and Magude. (2013)Bridget O´Laughlin e Yasfir Ibraimohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_12e.pdf

Cadernos IESE nº 12P: A Expansão da Produção de Açúcar e o Bem-Estar dos Trabalhadores Agrícolas e Comunidades Rurais em Xinavane e Magude. (2013)Bridget O´Laughlin e Yasfir Ibraimohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_12p.pdf

Cadernos IESE nº 11: Protecção Social no Contexto da Transição Demográfica Moçambicana. (2011)António Alberto da Silva Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_11_AFrancisco.pdf

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

Cadernos IESE nº 10: Protecção Social Financeira e Demográfica em Moçambique: oportunidades e desafios para uma segurança humana digna. (2011)António Alberto da Silva Francisco, Rosimina Ali, Yasfir Ibraimohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_10_AFRA.pdf

Cadernos IESE nº 9: Can Donors ‘Buy’ Better Governance? The political economy of budget reforms in Mozambique. (2011)Paolo de Renziohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_09_PRenzio.pdf

Cadernos IESE nº 8: Desafios da Mobilização de Recursos Domésticos – Revisão crítica do debate. (2011)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_08_CNCB.pdf

Cadernos IESE nº 7: Dependência de Ajuda Externa, Acumulação e Ownership. (2011)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_07_CNCB.pdf

Cadernos IESE nº 6: Enquadramento Demográfico da Protecção Social em Moçambique. (2011)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_06_AF.pdf

Cadernos IESE nº 5: Estender a Cobertura da Protecção Social num Contexto de Alta Informalidade da Economia: necessário, desejável e possível? (2011)Nuno Cunha e Ian Ortonhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_05_Nuno_Ian.pdf

Cadernos IESE nº 4: Questions of health and inequality in Mozambique. (2010)Bridget O’Laughlinhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_04_Bridget.pdf

Cadernos IESE nº 3: Pobreza, Riqueza e Dependência em Moçambique: a propósito do lançamento de três livros do IESE. (2010)Carlos Nuno Castel-Branco https://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_03_CNCB.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Cadernos IESE nº 2: Movimento Democrático de Moçambique: uma nova força política na Democracia moçambicana? (2010) Sérgio Inácio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_02_SC.pdf

Cadernos IESE nº 1: Economia Extractiva e desafios de industrialização em Moçambique. (2010)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_01_CNCB.pdf

Working Papers

(Artigos em processo de edição para publicação. Colecção descontinuada e substituída pela série “Cadernos IESE”)

WP nº 1: Aid Dependency and Development: a Question of Ownership? A Critical View. (2008)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/AidDevelopmentOwnership.pdf

Discussion Papers

(Artigos em processo de desenvolvimento/debate. Colecção descontinuada e substituída pela série “Cadernos IESE”)

DP nº 6: Recursos naturais, meio ambiente e crescimento económico sustentável em Moçambique. (2009)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/DP_2009/DP_06.pdf

DP nº 5: Mozambique and China: from politics to business. (2008)Sérgio Inácio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/dp_2008/DP_05_MozambiqueChinaDPaper.pdf

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DP nº 4: Uma Nota sobre Voto, Abstenção e Fraude em Moçambique. (2008)Luís de Britohttp:s//www.iese.ac.mz/lib/publication/dp_2008/DP_04_Uma_Nota_Sobre_o_Voto_Abstencao_e_Fraude_em_Mocambique.pdf

DP nº 3: Desafios do Desenvolvimento Rural em Moçambique. (2008)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/dp_2008/DP_03_2008_Desafios_DesenvRural_Mocambique.pdf

DP nº 2: Notas de Reflexão sobre a "Revolução Verde", contributo para um debate. (2008)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/dp_2008/Discussion_Paper2_Revolucao_Verde.pdf

DP nº 1: Por uma leitura sócio-histórica da etnicidade em Moçambique. (2008)Sérgio Inácio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/dp_2008/DP_01_ArtigoEtnicidade.pdf

Boletim IDeIAS

(Boletim que divulga resumos e conclusões de trabalhos de investigação)

Nº 133: Os imaginários dos ‘intermediários’ à volta da COVID-19 em Moçambique(2020)Lúcio Posse e Egídio Chaimitehttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/07/ideias_133-LPEC.pdf

Nº 132: COVID-19 e a “Sociedade de Risco”: uma reflexão a partir do contexto moçambicano (2020)Lùcio Possehttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/05/ideias-132_LP.pdf

Nº131: Moçambique e a COVID-19: mecanismos externos de transmissão do seu impacto económico (2020)Michael Sambo e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/05/ideias-131_MSMSi.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 130P: Face ao conflito no Norte, o que Moçambique pode aprender da sua própria guerra civil (1976-1992)? Uma análise das dinâmicas da insurgência em Cabo Delgado (2020)Salvador Forquilha e João Pereirahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/05/ideias-130_SFJP.pdf

Nº 129: Os primeiros sinais do “Al Shabaab” em Cabo Delgado: algumas histórias de Macomia e Ancuabe (2020)Sérgio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/04/ideias-129_SC.pdf

Nº 128: Campanhas de prevenção da COVI – 19 em Moçambique: alguns desafios para o sector dos media (2020)Crescêncio B. G. Pereirahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/04/ideias_128-CP.pdf

Nº 127E: Who is “the enemy” attacking Cabo Delgado? Short presentation of the hypotheses of the Mozambican Government (2020)Sérgio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/04/ideias-127e_SC.pdf

Nº 127P: Quem é o “inimigo” que ataca Cabo Delgado? Breve apresentação das hipóteses do governo moçambicano (2020)Sérgio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/04/ideias-127_SC.pdf

Nº 126: A economia de Moçambique e a COVID-19: reflexões à volta das recentes medidas de política monetária anunciadas pelo Banco de Moçambique (2020) Yasfir Ibraimo e Carlos Muiangahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/04/ideias-126_YICM.pdf

Nº 125: O trabalho e a protecção social num contexto do Estado de Emergência em Moçambique (2020) Ruth Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/04/ideias-125-RC-B.pdf

Nº 124: COVID-19 em Moçambique: dimensões e possíveis impactos (2020)Moisés Siúta e Michael Sambohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2020/04/Ideias-124_MSiMS.pdf

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Nº 123: Participação cidadã, corrupção e serviços: algumas notas a partir do município de Tete (2019) Lúcio Possehttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/12/Ideias-123_LP.pdf

Nº 122: A prevalência e concentração do investimento directo chinês em Moçambique: será que importa? (2019)Michael Sambohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/12/Ideias-122_MS.pdf

Nº 121E: Work in the agro-idustry livelihoods and social reproduction in Mozambique: beyond job creation (2019)Rosimina Ali and Sara Stevanohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/12/Ideias-121e_RA.pdf

Nº 120: A hipótese do ciclo de vida do consumo e a poupança em Moçambique:porquê poupamos tão pouco? (2019) Moisés Siúta https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/12/Ideias-120_MS.pdf

Nº 119: Decisões de investimento para a exploração de gás e os limites do “realismo” sobre o “progresso dos moçambicanos” (2019)Carlos Muiangahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/11/Ideias-119_CM.pdf

Nº 118: Principais desafios da protecçãp social em Moçambique (2019)Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/11/Ideias-118_MS.pdf

Nº 117E: Working in the Agro- Industry in Mozambique: can these jobs lift workers out of poverty? (2019)Sara Stevano e Rosimina Alihttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/11/ideias-117_RA.pdf

Nº 116: Conflito de terra e relações de poder ao nível da base no município de Lichinga 2014 – 2018 (2019)Bernardino Antóniohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/10/ideias-116-BA.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 115E: If statistics don’t lie, why are there those who dare to use them to manipulate elections? (2019)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/07/ideias-115e-AF.pdf

Nº 115P: Se a estatística não mente, porque há quem teime em usá-la para manipular o processo eleitoral? (2019)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/07/ideias-115_af.pdf

Nº 114: Elementos para um perfil dos abstencionistas nas eleições autárquicas de 2013 (2019)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/06/ideias-114_LB.pdf

Nº 113E: Statistics don’t lie, but there are those who use them to lie shamelessly: The Example of Electoral Estimates in Mozambique (2019)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/06/ideias113e-AF.pdf

Nº 113P: A Estatística não Mente, mas Há Quem a Use Para Mentir Sem Pudor: O Exemplo das Estimativas Eleitorais em Moçambique (2019)António Francisco https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/06/ideias113p-AF.pdf

Nº 112: Desempenho eleitoral do MDM e seus dissidentes nas eleições autárquicas de 2013 e 2018 (2019)Sérgio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/05/ideias-112_SC.pdf

Nº 111: Corrupção e suas implicações na governação local: o caso da autarquia de Lichinga (2014 – 2018) (2019)Bernardino Antóniohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/04/ideias-n-111-BA.pdf

Nº 110: MARROMEU: Falhanço Eleitoral numa Competição Política (2019)Crescêncio B.G. Pereirahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/03/ideias-110_CP.pdf

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Nº 109E: Four years of Nyusi’s governance: Between growth and degeneration (2019)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/04/ideias-109e_af.pdf

Nº 109P: Quatro anos de governação Nyusi: Entre crescimento e abastar-damento (2019)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/01/ideias_109-af.pdf

Nº 108: A questão da terra e opções de transformação agrária e rural em Moçambique: algumas notas para debate (2018)Carlos Muiangahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/10/ideias-108-cm.pdf

Nº 107P: O Perigo da Armadilha da Desorçamentação em Moçambique (2018)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/10/ideias-107-AF-part2.pdf

Nº 107E : The danger of denying the trap of debudgetisation (2018)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/10/ideias-107-AF-part-en.pdf

Nº 106E: Debudgetisation in Mozambique: shortage of resources and of budgetary responsibility (2018)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/10/ideias-106-AF-part1-en.pdf

Nº 106P: Desorçamentação em Moçambique: Escassez de Recursos e de Responsabilidade Orçamental (2018)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/ideias-106_af/

Nº 105: O que explica o aumento do custo de vida em Moçambique? (2018)Yasfir Ibraimo, Epifânia Langa, Carlos Muianga e Rosimina Alihttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/09/ideias-n105.pdf

Nº 104: Salário Mínimo e Custo de Vida em Moçambique (2018)Carlos Muianga, Rosimina Ali, Yasfir Ibraimo e Epifânia Langahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/09/ideias-104.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 103P: Moçambique terá mais de 100 milhões de habitantes no 1º Centenário da sua Independência? (2018)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/07/ideias-103-AF.pdf

Nº 103E: Will Mozambique have more than 100 million inhabitants on the centenary of its independence? (2018)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/08/ideias-103-AF-ingles.pdf

Nº 102: Informação sobre Mercados de Trabalho em Moçambique: Algumas lacunas metodológicas, implicações e desafios ( 2018)Rosimina Alihttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/07/Ideias-102_RosiminaAli.pdf

Nº 101: Descentralização no Sector de Saúde em Moçambique: “Um processo sinuoso” (2018)Lúcio Possehttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/05/Ideia-101-LPosse.pdf

Nº 100: Para além do mercado comum: desenvolvimento industrial em contexto de integração económica regional em Moçambique (2018)Epifânia Langahttps://www.iese.ac.mz/ideias-100-elanga/

Nº 99: Efeitos macroeconómicos da dívida pública externa e doméstica em Moçambique (2018)Yasfir Ibraimohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/04/Ideia99YIbraimo.pdf

Nº 98: Primeira volta da eleição intercalar de Nampula: de novo, a abstenção “ganhou”! (2018)Salvador Forquilhahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/02/ideias-98-SForquilha.pdf

Nº 97: Haiyu Mozambique Mining Company: dinâmicas da intervenção chinesa nas areias pesadas de Angoche (2018)Michael Sambohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2018/02/IESE-ideias-97-MSambo.pdf

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Nº 96: A “Operação Lava Jato” Vista de Moçambique (2017) Sérgio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/07/ideias_96.pdf

Nº 95E: Diversity of Economic Growth Strategies in the CPLP (2017)António Francisco e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/07/IDeIAS-95e-1.pdf

Nº 95P: Diversidade de Estratégias de Crescimento Económico na CPLP(2017)António Francisco e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/07/boletim-ideias_95p.pdf

Nº 94: Porquê Moçambique precisa da Descentralização? Alguns subsídios para o debate(2017)Salvador Forquilhahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/06/IESE_Ideias94.pdf

Nº 93E: The Hidden Face of the Mozambican State Budget: Are the cash balances fictitious? (2017)António Francisco e Ivan Semedohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/03/IESE_Ideias93e.pdf

Nº 93P: A Face Oculta do Orçamento do Estado Moçambicano: Saldos de Caixa são fictícios? (2017)António Francisco e Ivan Semedohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/03/IESE_Ideias93.pdf

Nº 92: Administração eleitoral em Moçambique: reformas necessárias (2016)Egidio Chaimitehttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/10/IESE_IDeIAS92.pdf

Nº 91: De Novo a Questão dos Saldos Rolantes na Conta Geral do Estado (2016)António Francisco e Ivan Semedohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/09/IESE_IDeIAS91.pdf

Nº 90: Geração de emprego e condições sociais de trabalho nas plantações agro-industriais em Moçambique (2016)Rosimina Ali e Carlos Muiangahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/06/IESE_Ideias90.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 89: Crónica de uma crise anunciada: dívida pública no contexto da economia extractiva (2016)Carlos Castel-Branco e Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/06/IESE_Ideias89.pdf

Nº 88: Cenários, Opções Dilemas de Política face à Ruptura da Bolha Económica (2016)Carlos Castel-Branco e Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/06/IESE_Ideias88.pdf

Nº 87: Rebatendo Mitos do Debate sobre a Dívida Pública em Moçambique (2016)Carlos Castel-Branco e Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/06/IESE_Ideias87.pdf

Nº 86: A dívida secreta moçambicana: impacto sobre a estrutura da dívida e consequências económicas (2016)Carlos Castel-Branco e Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/06/IESE_Ideias86.pdf

Nº 85: Introdução à problemática da dívida pública: contextualização e questões imediatas (2016)Carlos Castel-Branco e Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/05/IESE_Ideias85.pdf

Nº 84: Recenseamento eleitoral em Moçambique: um processo sinuoso (2016)Egídio Chaimitehttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/04/IESE_Ideias84.pdf

Nº 83: Rever o sistema eleitoral (2016)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2016/04/IESE_Ideias83.pdf

Nº 82: Saldos Rolantes no Orçamento do Estado Moçambicano: Nyusi Encontrou Cofres Vazios? (2016)António Franciso & Ivan Semedohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias82.pdf

Nº 82: Rolling Balances in the Mozambican State Budget: Did Nyusi Find the Coffers Empty? (2016)António Franciso & Ivan Semedohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_IDeIAS82e.pdf

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

Nº 81: Moçambique: Um dos Piores Países para os Idosos. Porquê? (2015)António Franciso & Gustavo Sugaharahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias81.pdf

Nº 80: Vulnerabilidade dos estratos urbanos pobres: caso da pobreza alimentar em Maputo. (2015)Oksana Mandlatehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias80.pdf

Nº 77P: Estratégias de crescimento económico e desenvolvimento na CPLP. (2015)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias77p.pdf

Nº 77E: Economic growth and development strategies in the CPLP. (2015)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias77e.pdf

Nº 76: Dilemas das ligações produtivas entre empresas numa economia afunilada. (2015) Carlos Nuno Castel-Branco, Oksana Mandlate, e Epifânia Langahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias76.pdf

Nº 75: Padrões de investimento privado e tendências especulativas na economia moçambicana. (2015)Carlos Nuno Castel-Branco, Nelsa Massingue e Carlos Muiangahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias75.pdf

Nº 74: Acumulação Especulativa e Sistema Financeiro em Moçambique. (2015)Carlos Nuno Castel-Branco, Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias74.pdf

Nº 73: Estado e a Capitalização do Capitalismo Doméstico em Moçambique. (2015)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias73.pdf

Nº 72: Finança Islâmica: Quando Terá Moçambique um Sistema Financeiro Halal? (2015)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias72.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 71: Dívida pública, acumulação de capital e a emergência de uma bolha económica. (2015)Carlos Nuno Castel-Branco, Fernanda Massarongo e Carlos Muiangahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias71.pdf

Nº 70: Autonomização local para quê? Questões económicas no debate sobre autonomia local. (2015)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias70.pdf

Nº 69: Por que é que a emissão de obrigações do Tesouro não é a melhor alternativa para financiar o reembolso do IVA às empresas? (2015)Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias69.pdf

Nº 68E: Mozambican Aggregate Consumption: Evolution and Strategic Relevance (2015)António Francisco e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/IESE_Ideias68e.pdf

Nº 68P: Consumo Agregado Moçambicano: Evolução e Relevância Estratégica. (2015)António Francisco e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_68.pdf

Nº 67: O Gigaprojecto que Poderá Transformar a Economia Moçambicana? Pró e Contra o Projecto de GNL Moçambique. (2014)António Francisco e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_67.pdf

Nº 66P: Reformas de descentralização e serviços públicos agrários em Moçambique: Porquê os desafios persistem? (2014)Salvador Forquilhahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_66p.pdf

Nº 66E: Decentralisation reforms and agricultural public services in Mozambique: Why do the challenges persist? (2014)Salvador Forquilhahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_66e.pdf

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

Nº 65P: Por Que Moçambique Ainda Não Possui Pensão Universal Para Idosos? (2014)António Francisco e Gustavo Sugaharahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_65p.pdf

Nº 65E: Why Mozambique Still Does Not Have a Universal Pension For The Elderly? (2014)António Francisco e Gustavo Sugaharahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_65e.pdf

Nº 64P: Poupança interna: Moçambique e os outros. (2014)António Francisco e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_64p.pdf

Nº 64E: Domestic savings: Mozambique and the others. (2014)António Francisco and Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_64e.pdf

Nº 63P: Poupança interna moçambicana: 2000-2010, uma década inédita. (2014)António Francisco e Moisés Siútahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication//outras/ideias/ideias_63p.pdf

Nº 63E: Mozambican domestic savings: 2000-2010, an unprecedent decade. (2014)António Francisco and Moisés Siúta https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_63e.pdf

Nº 62: Medias e campanhas eleitorais. (2014)Crescêncio Pereira https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_62.pdf

Nº 61: Indignai-vos! (2014)Egidio Chaimitehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_61.pdf

Nº 60: Ligações entre os grandes projectos de IDE e os fornecedores locais na agenda nacional de desenvolvimento. (2014)Oksana Mandlatehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_60.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 59: A Política Macroeconómica e a Mobilização de Recursos para Financiamento do Investimento Privado em Moçambique. (2014)Fernanda Massarongo e Rogério Ossemanehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_59.pdf Nº 58: As “revoltas do pão” de 2008 e 2010 na imprensa. (2013) Crescêncio Pereira, Egidio Chaimite, Lucio Posse e Michael Sambo https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_58.pdf Nº 57: Cheias em Chókwè: um exemplo de vulnerabilidade. (2013) Crescêncio Pereira, Michael Sambo e Egidio Chaimite https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_57.pdf Nº 56: Haverá Possibilidade de Ligação Entre Grupos de Poupança e Crédito Cumulativo Informais e Instituições Financeiras Formais? (2013) Fernanda Massarongo, Nelsa Massingue, Rosimina Ali, Yasfir Ibraimo https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_56.pdf Nº 55: Ligações com mega projectos: oportunidades limitadas a determinados grupos. (2013) Epifania Langa https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_55.pdf Nº 54P: Viver mais para viver pior? (2013)Gustavo Sugahara, António Francisco, Peter Fiskerhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_54e.pdf

Nº 54E: Is living longer living better? (2013)Gustavo Sugahara, António Francisco, Peter Fiskerhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_54p.pdf

Nº 53: Fukushima, ProSAVANA e Ruth First: Análise de “Mitos por trás do ProSAVANA” de Natália Fingermann (3). (2013)Sayaka Funada-Classenhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_53.pdf

Nº 52: Fukushima, ProSAVANA e Ruth First: Análise de “Mitos por trás do ProSAVANA” de Natália Fingermann (2). (2013)Sayaka Funada-Classenhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_52.pdf

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Cadernos IESE n.º18 | 2020

Nº 51: Fukushima, ProSAVANA e Ruth First: Análise de “Mitos por trás do ProSAVANA” de Natália Fingermann. (2013)Sayaka Funada-Classenhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_51.pdf

Nº 50: Uma reflexão sobre o calendário e o recenseamento eleitoral para as eleições autárquicas de 2013. (2013)Domingos M. Do Rosáriohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_50.pdf

Nº 49: Os mitos por trás do PROSAVANA. (2013)Natália N. Fingermannhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_49.pdf

Nº 48P: Sobre resultados eleitorais e dinâmica eleitoral em Sofala. (2013)Marc de Tollenaerehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_48p.pdf

Nº 48E: Analysing elections results and electoral dynamics in Sofala. (2013)Marc de Tollenaerehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_48e.pdf

Nº 47: Moçambique: Entre Estagnação e Crescimento. (2012)António Alberto da Silva Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_47.pdf

Nº 46P: Desafios da Duplicação da População Idosa em Moçambique. (2012)António Francisco & Gustavo Sugaharahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_46p.pdf

Nº 46E: The Doubling Elderly: Challenges of Mozambique's Ageing Population. (2012)António Francisco & Gustavo Sugaharahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_46e.pdf

Nº 45: Moçambique e a Explosão Demográfica”: Somos Muitos? Somos Poucos? (2012)António Alberto da Silva Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_45.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 44: Taxas Directoras e Produção Doméstica. (2012)Sófia Armacyhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_44.pdf

Nº 43E: MEITI – Analysis of the Legal Obstacles, Transparency of the Fiscal Regime and Full Accession to EITI. (2012)Rogério Ossemanehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_43E.pdf

Nº 43P: ITIEM—Análise dos Obstáculos legais, Transparência do Regime Fiscal e Completa Adesão à ITIE. (2012)Rogério Ossemanehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_43p.pdf

Nº 42E: Analysis of the Reconciliation Exercise in the Second Report of EITI in Mozambique. (2012)Rogério Ossemanehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_42e.pdf

Nº 42P: Análise ao Exercício de Reconciliação do Segundo Relatório da ITIE em Moçambique. (2012)Rogério Ossemanehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_42p.pdf

Nº 41: Estado e Informalidade: Como Evitar a “Tragédia dos Comuns” em Maputo? (2012)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_41.pdf

Nº 40: “Moçambique no Índice de Desenvolvimento Humano”: Comentários. (2011)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_40.pdf

Nº 39: Investimento directo chinês em 2010 em Moçambique: impacto e tendências. (2011)Sérgio Inácio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_39.pdf

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Nº 38: Comissão Nacional de Eleições: uma reforma necessária. (2011)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_37.pdf

Nº 37P: Envelhecimento Populacional em Moçambique: Ameaça ou Oportunidade? (2011)António Alberto da Silva Francisco, Gustavo T.L. Sugahara https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_37p.pdf

Nº 37E: Population Ageing in Mozambique: Threat or Opportunity. (2011)António Alberto da Silva Francisco, Gustavo T.L. Sugahara https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_36e.pdf

Nº 36: A Problemática da Protecção Social e da Epidemia do HIV-SIDA no Livro Desafios para Moçambique 2011. (2011)António Alberto da Silva Francisco, Rosimina Alihttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_36.pdf

Nº 35P: Será que Crescimento Económico é Sempre Redutor da Pobreza? Reflexões sobre a experiência de Moçambique. (2011)Marc Wuytshttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_35P.pdf

Nº 35E: Does Economic Growth always Reduce Poverty? Reflections on the Mozambican Experience. (2011)Marc Wuytshttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_35E.pdf

Nº 34: Pauperização Rural em Moçambique na 1ª Década do Século XXI. (2011)António Francisco e Simão Muhorrohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_34.pdf

Nº 33: Em que Fase da Transição Demográfica está Moçambique? (2011)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_33.pdf

Nº 32: Protecção Social Financeira e Protecção Social Demográfica: Ter muitos filhos, principal forma de protecção social em Moçambique? (2010)António Francisco, Rosimina Ali e Yasfir Ibraimohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_32.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 31: Pobreza em Moçambique põe governo e seus parceiros entre a espada e a parede. (2010)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_31.pdf

Nº 30: A dívida pública interna mobiliária em Moçambique: alternativa ao financiamento do défice orçamental? (2010)Fernanda Massarongohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_30.pdf

Nº 29: Reflexões sobre a relação entre infra-estruturas e desenvolvimento. (2010)Carlos Uilson Muiangahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_29.pdf

Nº 28: Crescimento demográfico em Moçambique: passado, presente…que futuro? (2010)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_28.pdf

Nº 27: Sociedade civil e monitoria do orçamento público. (2009)Paolo de Renziohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_27.pdf

Nº 26: A Relatividade da Pobreza Absoluta e Segurança Social em Moçambique. (2009)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_26.pdf

Nº 25: Quão Fiável é a Análise de Sustentabilidade da Dívida Externa de Moçambique? Uma Análise Crítica dos Indicadores de Sustentabilidade da Dívida Externa de Moçambique. (2009)Rogério Ossemanehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_25.pdf

Nº 24: Sociedade Civil em Moçambique e no Mundo. (2009)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_24.pdf

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Nº 23: Acumulação de Reservas Cambiais e Possíveis Custos derivados - Cenário em Moçambique. (2009)Sofia Amarcyhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_23.pdf

Nº 22: Uma Análise Preliminar das Eleições de 2009. (2009)Luis de Britohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_22.pdf

Nº 21: Pequenos Provedores de Serviços e Remoção de Resíduos Sólidos em Maputo. (2009)Jeremy Gresthttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_21.pdf

Nº 20: Sobre a Transparência Eleitoral. (2009)Luis de Britohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_20.pdf

Nº 19: “O inimigo é o modelo”! Breve leitura do discurso político da Renamo. (2009)Sérgio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_19.pdf

Nº 18: Reflexões sobre Parcerias Público-Privadas no Financiamento de Governos Locais. (2009)Eduardo Jossias Nguenhahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_18.pdf

Nº 17: Estratégias individuais de sobrevivência de mendigos na cidade de Maputo: Engenhosidade ou perpetuação da pobreza? (2009)Emílio Davahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_17.pdf

Nº 16: A Primeira Reforma Fiscal Autárquica em Moçambique. (2009)Eduardo Jossias Nguenhahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_16.pdf

Nº 15: Protecção Social no Contexto da Bazarconomia de Moçambique. (2009)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_15.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

Nº 14: A Terra, o Desenvolvimento Comunitário e os Projectos de Exploração Mineira. (2009) Virgilio Cambaza https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_14.pdf

Nº 13: Moçambique: de uma economia de serviços a uma economia de renda. (2009)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_13.pdf

Nº 12: Armando Guebuza e a pobreza em Moçambique. (2009)Sérgio Inácio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_12.pdf

Nº 11: Recursos Naturais, Meio Ambiente e Crescimento Sustentável. (2009)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication//outras/ideias/Ideias_11.pdf

Nº 10: Indústrias de Recursos Naturais e Desenvolvimento: Alguns Comentários. (2009)Carlos Nuno Castel-Brancohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication//outras/ideias/Ideias_10.pdf

Nº 9: Informação Estatística na Investigação: Contribuição da investigação e organizações de investigação para a produção estatística. (2009)Rosimina Ali, Rogério Ossemane e Nelsa Massinguehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_9.pdf

Nº 8: Sobre os Votos Nulos. (2009)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_8.pdf

Nº 7: Informação Estatística na Investigação: Qualidade e Metodologia. (2008)Nelsa Massingue, Rosimina Ali e Rogério Ossemane https://www.iese.ac.mz/lib/publication//outras/ideias/Ideias_7.pdf

Nº 6: Sem Surpresas: Abstenção Continua Maior Força Política na Reserva em Moçambique…Até Quando? (2008)António Franciscohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_6.pdf

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Nº 5: Beira - O fim da Renamo? (2008)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication//outras/ideias/Ideias_5.pdf

Nº 4: Informação Estatística Oficial em Moçambique: O Acesso à Informação. (2008)Rogério Ossemane, Nelsa Massingue e Rosimina Alihttps://www.iese.ac.mz/lib/publication//outras/ideias/Ideias_4.pdf

Nº 3: Orçamento Participativo: um instrumento da democracia participativa. (2008)Sérgio Inácio Chichavahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_3.pdf

Nº 2: Uma Nota sobre o Recenseamento Eleitoral. (2008)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_2.pdf

Nº 1: Conceptualização e Mapeamento da Pobreza. (2008)António Francisco e Rosimina Alihttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/Ideias_1.pdf

Relatórios de Investigação

Crónicas de uma eleição falhada. (2016)Luís de Brito (ed.)https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/IESE_RR1.pdf

Murrupula: um distrito abstencionista (2016)Egídio Chaimite e Salvador Forquilhahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/IESE_RR2.pdf

Afinal nem todos votam em Manjacaze (2016)Egídio Chaimite e Salvador Forquilhahttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/IESE_RR3.pdf

Beira – Clivagens Partidárias e Abstenção Eleitoral (2017)Salvador Forquilhahttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/02/IESE-Relatorio-4-WEB.pdf

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A Frelimo criou o “Al Shabaab”? Uma análise às eleições de 15 de Outubro de 2019 a partir de Cabo Delgado

2014 – Um inquérito sobre a abstenção (2016)Luís de Britohttps://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/02/IESE-Relatorio-5-WEB.pdf

Moçambique: Avaliação independente do desempenho dos PAP em 2009 e tendências de desempenho no período 2004-2009. (2010)Carlos Nuno Castel-Branco, Rogério Ossemane e Sofia Amarcyhttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/2010/PAP_2009_v1.pdf

Current situation of Mozambican private sector development programs and implications for Japan’s economic cooperation – case study of Nampula province. (2010)Carlos Nuno Castel-Branco, Nelsa Massingue and Rogério Ossemanehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/Relatorio_Japao_final.pdf

Mozambique Independent Review of PAF’s Performance in 2008 and Trends in PAP’s Performance over the Period 2004-2008. (2009)Carlos Nuno Castel-Branco, Rogério Ossemane, Nelsa Massingue and Rosimina Ali.https://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/PAPs_2008_eng.pdf (também disponível em língua Portuguesa no link http://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/PAPs_2008_port.pdf ).

Mozambique Programme Aid Partners Performance Review 2007. (2008)Carlos Nuno Castel-Branco, Carlos Vicente and Nelsa Massinguehttps://www.iese.ac.mz/lib/publication//outras/PAPs_PAF_2007.pdf

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IESE é uma organização moçambicana independente e sem fi ns lucrativos, que realiza e promove investigação científi ca interdisciplinar sobre problemáticas do desen-volvimento social e económico em Moçambique e na África Austral.

Tematicamente, a actividade científi ca do IESE contri-bui para a análise da política pública e social e da go-vernação, com enfoque nas problemáticas de pobreza, política e planeamento público, cidadania, participação política, governação e contexto internacional do desen-volvimento em Moçambique.