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PPS PÓS ELEIÇÕES 2012 A GESTÃO MUNICIAL DO PPS TEM UMA “CARA”?

A gestão municipal do pps tem cara

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  • 1. A GESTO MUNICIAL DO PPS TEM UMACARA?

2. DEMETRIO CARNEIRO Professor, pesquisador e consultor Economista, Especialista em Polticas Pblicas e Educao a Distancia 3. Avisos Apresentao em trs partes. Algumas informaes e conceitos podero estarrepetidos, mas em ngulos diferentes. Aqui apresentamos sugestes quanto a gestomunicipal e no afirmaes categricas. Ainteno o dilogo e o compartilhamento deexperincias. A para as sugestes aceitas dosiometria local, tambm no no h uma frmula prontacombinando as diversas questes. 4. Cada prefeitura uma ilha? Palestra sobre avaliao estratgica da questoenergtica em funo da crise econmica. A multipolaridade e os mundos possveis:continente, arquiplago ou ilha? Cada prefeitura por ser uma ilha? Ou podemosnos constituir num arquiplago? Ou, juntos,podemos ser um continente? Compartilhamento horizontal -> dilogo entre asdiversas prefeituras do PPS x troca de saberes,capacidades e tecnologias de gesto. Quem sabe um Frum Permanente dePrefeitos? 5. PARTE I 6. BUSCANDO ESCLARECER A QUESTO DA CARA possvel ser diferente num ambiente onde os recursosdisponveis so, em grande parte, direcionados e federais? Recursos prprios e autonomizao, num ambiente onde amaioria das prefeituras no consegue gerar renda prpriasignificativa . Questo tributria. Concentrao de poder noExecutivo Central. Pacto Federativo ineficiente.1 As gestes municipais nas quais o PPS participe podem oudevem ser diferentes?2 Se for verdadeira a afirmativa afinal ela resulta numamarca identificvel e espervel?3 Quer dizer que podemos esperar que a gesto municipaltocada por um militante do PPS tenham um diferencialqualquer? 7. MAIS UM AVISOSchumpeter:O progresso precisa ser socialmente ambicionado para serpossvel...Afinal as gestes so eleitas para o qu? No h a conexoentre gesto e progresso? No o que as pessoas esperam dasgestes? Um bem-estar evolutivo?Existe progresso que no seja colaborativo?No basta nossa vontade poltica, preciso a intensa participaoda sociedade, da a necessidade de jogar um forte foco de luzna formao das redes sociais comunitrias.Exemplo extremo: processos de financiamento coletivo oucolaborativo. Crowdfunding. Existe isto????? 8. Olhares diferentes 1Leitura do Estado como nico agente possvel para odesenvolvimento municipal e domnio dos processosparticipativos.Unio incentiva estados e municpios a criarem conselhos dedesenvolvimento econmico e social 14 de novembro: Os prefeitos recm-eleitos so o alvo preferencial, j que aconstituio de um rgo de consultoria popular logo no inciodo mandato pode ter um reflexo positivo na aplicao do planode governo Com o objetivo de estimular governadores e prefeitos quecriem conselhos de desenvolvimento econmico e socialemtodos os estados e municpios do pas, ser realizado no nosdias 20 e 21/11, em Salvador/ BA o I Encontro Nacional deConselhos de Desenvolvimento Econmico e Social Brasileiros(CDES). 9. Nos levam a diferentes situaes O 1 Encontro dos Conselhos de Desenvolvimento Econmico eSocial Brasileiros resultou na Carta da Bahia, documento quereitera o papel dos conselhos, encaminha a criao de uma redenacional dos colegiados existentes um federal, oito estaduais esete municipais -, e prope aos demais entes federados que crieminstncias semelhantes em suas estruturas governamentais. Aatividade ocorreu em Salvador nesta tera e quarta-feira (21 e22). O prximo encontro ser em abril de 2013, em Porto Alegre.O documento prope especificamente que as capitais brasileirasque sediam jogos da Copa 2014 criem colegiados paraacompanhar os investimentos pblicos e o legado que ficar scomunidades. Os prefeitos eleitos de So Paulo, FernandoHaddad, e de Recife, Geraldo Julio, recebero a Carta da Bahiasimbolicamente por terem se comprometido em suas campanhas aconstituir conselhos nestas duas capitais. O desenvolvimento municipal como um brao do PAC 2? 10. O NOSSO OLHAR, ENFIM, A NOSSA CARA....2010: O PPS pensando o BrasilOs trs eixos entrelaados e inseparveis:Democratizao do EstadoEquidadeEconomia VerdeQuesto :como essas coisas se do no mbitodo municpio? A chave: Poder Local, DesenvolvimentoMunicipal e Desenvolvimento SustentvelMunicipal... 11. Poder Local: um muito longo debate sobre umaideia surgida na Itlia, onde o conceito federativo bem diferente do nosso. Foi o modo italiano deenfrentar o patrimonialismo. Contudo o debateentre ns nunca envolveu uma proposta concretade Estilo de Gesto Municipal. Desenvolvimento Municipal deve ser tratado comoum Estilo de Gesto. Desenvolvimento Regional edesigualdades regionais. Instrumentos corretivosdo Poder Central. FPM, transferncias voluntriase transferncias obrigatrias. O Desenvolvimento Sustentvel Municipal deveser visto como meta. 12. Introduzindo a SUSTENTABILIDADEPrimeira questo -> A insustentabilidade uma formade poder.H uma forte ligao entre as diversas dependncias eas oligarquias locais. Nesse sentido a ruptura daestrutura tradicional de poder local passa pela luta dodesenvolvimento municipal, da sustentabilidade e dademocratizao do governo. ESSE projeto estruturante e pode mudar a face da polticamunicipal, abrindo espao para os desafiantes(1)dopoder estabelecido. As oligarquias so avessas aodesenvolvimento e a democracia.(1) Ser desafiante no poder? 13. Introduzindo a SUSTENTABILIDADE 2Ser desafiante no poder?Gesto municipal e oligarquia local, poder noaparelho do Estado e Poder Real.A questo da rede neopatrimonialista em suasdiversas dimenses: a apropriao privada dorecurso pblico.A poltica pblica, e no apenas os recursospblicos, podem ser apropriados privadamente.A revoluo municipal apropriar para o pblicoos recursos pblicos. 14. Desenhando a nossa cara municipal... Se o projeto do PPS a sustentabilidade em todasas suas dimenses (econmica, social e ecolgica)ento a questo principal para as gestes pblicas nasquais o partido tem participao o que chamaremosde "transio em direo sustentabilidade". uma bvia questo de ir do ponto A (municpioinsustentvel ou pouco sustentvel) ao ponto B(municpio sustentvel ou minimamente sustentvel). Para o gestor municipal do PPS a questo, ento, "como?" se dar a transio. Nesse sentido pelomenos alguns aspectos (quase que ferramentas, comtodos os princpios implcitos envolvidos) precisam serconsiderados e so essenciais: 15. No fim do dia H sim uma cara 1a) Democratizao da prefeitura 1) de um servio pblico "amigvel" com a cidadania ondeas equipes de frente saibam lidar de forma simptica com ocontribuinte e os processo e protocolos sejam todosproduzidos no sentido de prover velocidade e eficincia nasdemandas administrativas; 2) de um sistema "ombudsman" de controle da eficincia ecapacidade de resposta aos possveis conflitos eineficincias naturais em todos os processos muito amplos; 3) da implementao pela prefeitura de todos os processosparticipativos e de democracia direta j previstos em lei; 4) do uso da rede em projetos de e-governo que "evitem" alocomoo desnecessria do contribuinte; 5) Transparncia total das contas municipais, com relatriostrimestrais de contas apresentados publicamente. 16. No fim do dia H sim uma cara 2b) Qualificao dos servidores 1) Eliminao dos cargos comissionados destinados aoscabos eleitorais; 2) Convocao de Concursos Pblico para preenchimento devagas; 3) Produo de Planos de Cargos e Carreiras; 4) Capacitao dos servidores por meio de Escolas deGoverno, especialmente capacitao de gestores nasdiversas reas estratgicas da gesto municipal. 17. No fim do dia H sim uma cara 3c) Secretaria Municipal de Planejamento, Oramento eGesto Pblica Ir tocar as propostas estratgicas e a implementao deferramentas de trabalho, assim como tratar doalinhamentos das secretarias de municpio ao PlanoEstratgico e ao PPA. Ir administrar a Escola de Governo. Ir tratar da racionalizao dos processosadministrativos, fluxos e protocolos. Ir homogeneizar e racionalizar o processo oramentriomunicipal por dentro das secretarias, visto aqui como uminstrumento de controle, avaliao e planejamento. 18. No fim do dia H sim uma cara 4d) Planejamento Estratgico: A CHAVE Produo de um Plano Municipal Estratgico, "participativo",de 20 anos, e de reviso permanente, voltado para asustentabilidade municipal. Este plano deve ser implementadono primeiro ano de governo, antes do PPA e servir paraorientar a sua produo. Organizao de um Conselho Municipal Paritrio deDesenvolvimento Sustentvel que ir, junto com a SMPOGP,produzir, avaliar e controlar permanentemente o PlanoEstratgico. Tambm vai competir a esse Conselho assessorar aprefeitura na questo dos investimentos no municpio, isto ,planejar, organizar e gerir o investimento no municpiode forma compartilhada: gesto pblica-sociedade civilorganizada e iniciativa privada... 19. O Plano de 20 anos e o Bnus Demogrfico Quem somos e como seremos a partir de2030 e o que seremos em 2050... A questo dos equipamento pblicos para ajuventude. Estudo e emprego. Horrio integrale escolas tcnicas. Desenvolvimento e capitalhumano. A inverso da pirmide etria. A questo dos equipamentos e polticaspblicas para os idosos. A acessibilidade e amobilidade. 20. O Plano de 20 anos e a Defesa Civil O incremento dos eventos extremos por contado aquecimento global. Especialmente aregio sul do pas... Aes de preveno e mitigao. 21. No fim do dia temos H uma cara 5e) Ferramentas diretas H um conjunto de ferramentas que auxiliam a ir de Apara B. So ferramentas complexas e no seproduzem de imediato, mas so essenciais parauma gesto de Estado e no apenas de governo. Uma ferramenta fundamental a implantao doZoneamento Econmico Ecolgico que possa servir debase ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial e, apartir dai, ao Plano Municipal de Saneamento Bsico eao Plano Municipal de Gesto de Resduos Slidos 22. No fim do dia temos H uma cara 6f) Transparncia absoluta e eficincia dos mecanismos de controle interno. Uso efetivo das Audincias pblicas (relatrios da LRF, PPA etc.); Profissionalizao do Controle Interno; Aproximao com o MP; Publicao explcita dos Atos da prefeitura, tornando-os acessveis ao conhecimento da comunidade local. 23. No fim do dia temos H uma cara 7g) Conselhos paritrios Criao dos conselhos e sua revigorao como participes daproduo das polticas pblicas municipais; Capacitao dos Conselheiros; Ateno especial a Conselhos para lidar com a questo degnero e idosos. Desarme do uso burocrtico ou partidarizados dosConselhos Tutelares... 24. PARTE II 25. Entrando na polmica da sustentabilidade: questes para refletir1-Existe cidade3- possvel haver redesustentvel sem quede sustentabilidade seo municpio onde ano houvercidade se insere seja desenvolvimento?sustentvel?2-Existe municpio4-Como ento sesustentvel sem que articulam rede,sua periferia sejadesenvolvimento esustentvel?sustentabilidade?Uma questo de Rede... 26. PROCURANDO DEFINIR O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADEModo de desenvolvimento atual no-sustentvel:Uso intensivo de energia de origem fssil, a chamada economia do carbono;Uso intensivo de tecnologias de produo e estilos de consumo predadores de recursos naturais no renovveis e capazes de eliminar recursos renovveis. Ex. reduo da capacidade de pesca.Deteriorao ambiental em escala planetria e comprometimento de diversos servios ecossistmicos. Ex.: destruio de manguezais e eliminao de zonas de reproduo da vida nas guas. 27. O FUTURO DA ECONOMIA NO-SUSTENTVELO impacto das sociedades sobre o meio ambiente ea capacidade do planeta oferecer ou gerarrecursos e/ou servios pode ser medido peloefeito conjugado do tamanho da populaomultiplicado pela sua renda.1990Populao mundial: 5,3 bi.Renda mdia global: U$ 4,3 mil2007Populao mundial: 6,6 bi.Renda mdia global: U$ 5,9 mil. 28. NMERO DE ANOS NECESSRIOS PARAACESCENTAR UM BILHO POPULAO 29. PORM...Se as emisses de gs carbnico, medidas pelo acrscimo de um dlar ao PIB mundial, caram de1990 860 gramasPara2007 760 gramasA emisso total de CO2 foi de1999- 21 bilhes de toneladas mtricasPara2007 30 bilhes de toneladas mtricas: + 38%Em 2012 batemos o recorde histrico de emisso total. Isto com a economia em crise. Como ser na retomada? 30. EQUIDADE NO NOVO MUNDOAssumindo que uma boa meta mundial seria, porexemplo, a renda per capita de Portugal (34 IDHmundial) em 2009, por exemplo: U$ 21 mil...Renda real medida em 2007: U$ 5,9 milImplicaria num aumento de mais de trs vezes da rendamedida. Mantido o modelo de desenvolvimento nosustentvel em quanto aumentaria a produo deCO2, o consumo de produtos no renovveis, osesgotamento dos renovveis, o comprometimento dosservios ambientais? 31. EQUIDADE NO NOVO MUNDOA equidade fundamental, mas ela precisa ser noapenas dentro de nossa gerao, mas tambm,para sermos coerentes, precisamos garantir queas geraes futuras possam ter no mnimo omesmo padro de qualidade de vida que nstemos. Este o sentido de progresso. 32. O PPS E AS CIDADES SUSTENTVEISA mesma coerncia que nos leva na direo de garantir a equidade inter-geraes nos obriga a considerar que as mudanas necessrias precisam comear por nosso local de moradia.Sendo assim faz todo sentido que o tema cidade sustentvel seja proposta de programa executvel do PPS. Da mesma forma devemos cobrar a presena desta proposta nas coligaes das quais participamos ( vice-prefeituras e outras alianas). 33. COMO PODEMOS OLHAR A CIDADE EM QUEVIVEMOS?Nota: A cidade-sede-nuclear do municpio e aslocalidades municipais como outras cidades, naprtica.O primeiro passo que percebamos que a cidadeem que vivemos est imersa numa rede derelaes e influncias que envolve no apenas aregio rural do nosso municpio, mas tambm asoutras localidades municipais , outras cidades domunicpio, e as outras cidades fora do municpio.A rede de relaes trs e leva influncias positivas enegativas. Exemplo: Gerao local de emprego ea atrao de migrantes. 34. A CIDADE E SEUS EFEITOS AMBIENTAISA cidade se constri dentro de suas divisas, masseus efeitos AMBIENTAIS se fazem notar paraalm da divisa.Exemplo: Lixes. Poluio de cursos de gua.Poluio atmosfrica. 35. QUESTES AMBIENTAIS INTERNAS DASCIDADESA pobreza responsvel por questes ambientais ou ela vtima das questes ambientais?A ocupao predatria das classes mdias urbanas e a ocupao poltica das populaes mais pobres.A ocupao territorial daquilo que ningum quer: As zonas degradadas e zonas ambientalmente frgeis. 36. LEGISLAO AMBIENTAL, APARATO INSTITUCIONAL E SUSTENTABILIDADEZEEPDOTPlanos municipais de 20 anosPPASecretaria de Meio AmbienteConselho Municipal de Meio AmbienteA fragilidade das polticas ambientais municipaisfrente aos grandes grupos econmicos. Agovernana o caminho.Ex.: Extrao ilegal de madeira e areia. 37. SANEAMENTO E SUSTENTABILIDADEA questo do zoneamento do territrio municipal, aquesto do ordenamento e usos desse territrio ea oferta de instituies que tratem da questoambiental so fundamentais, mas um pontofraco de todos os projetos municipais desustentabilidade a questo do saneamento emsuas diversas facetas: Oferta de gua potvel,tratamento de esgotos, redes de drenagem,coleta de lixo, lixes etc.Desse ponto de vista fundamental que se conheaas leis federais e estaduais, assim como suaadequao e aplicabilidade municipal.Ex.: Plano municipal de gesto integrada deresduos slidos. 38. GOVERNANA E CIDADE SUSTENTVELGovernana e governo so coisas diferentes.Governana a partir da presena direta as comunidade no planejamento, controle e avaliao das aes do governo municipal. 39. UMA PROPOSTA PARA AS CIDADESSUSTENTVEISQuestes institucionais relevantes:Conselho municipal de desenvolvimento e sustentabilidade. Planos de 20 anos. Centralizao e planejamento dos investimentos pblicos e privados no municpio.Reforo atuao da secretaria de meio ambiente. Criao do Conselho Paritrio Municipal de Meio Ambiente.Ponto de partida: Plano Participativo Municipal de Levantamento de Riscos Ambientais, como parte do ZEE e integrado ao Plano de 20 anos. 40. PROJETOS DE ECONOMIA E EMPREGO VERDEDentro da questo do desenvolvimento municipalprioridade deve ser dada a projetos que envolvamrecuperao de reas degradadas e busca de solueseconmicas que sejam baseadas em propostassustentveis e gerem empregos de longoprazo, principalmente naquilo que o termo damoda: Empregos Verdes.Ex.: Recuperao de reas degradadas por meio doreplantio de rvores frutferas nativas e oaproveitamento dos frutos para a produo deconservas. Estmulo prticas como a aquicultura.Estmulo s pesquisas na rea de recursos marinhos ehdricos envolvendo biotecnologia. Estmulo instalao de empresas inovadoras etc. 41. PARTE III 42. UMA PROPOSTA PARA AS CIDADESSUSTENTVEISQualquer proposta de sustentabilidade das cidadespassa necessariamente pelo desenvolvimentomunicipal.Sem que o municpio se desenvolva no haver renda egerao de recursos tributrios que permitam prefeitura, por melhor que seja a boa vontade,implementar aes que viabilizem o projeto.Portanto um programa sobre cidades sustentveis queno tenha em seu eixo o desenvolvimento municipal eum claro projeto de sustentabilidade ambiental domunicpio um programa apenas miditico eoportunista. Vale para ns e vale para nossosadversrios. 43. Contatos Face: demetrio carneiro [email protected] (61) 93117407