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Relatório de Estágio Profissionalizante apresentado à
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, com vista à
obtenção do grau de mestre do curso do 2º ciclo em Gestão
Desportiva (Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, na
versão da sua quarta alteração pelo Decreto-Lei n.º 63/2016,
de 13 de Setembro, que o republica)
A Gestão do Campeonato Mundial Universitário de
Floorball em Portugal
Estágio profissionalizante realizado no Centro de Desporto da
Universidade do Porto (CDUP-UP)
Supervisor local: Dr. Bruno Augusto Teixeira de Almeida
Orientadora: Prof.ª Doutora Maria José Carvalho
Rodrigo Manuel da Costa Medeiros
Porto, setembro de 2017
II
Ficha de Catalogação
Medeiros, R. M. C. (2017). A Gestão do Campeonato Mundial Universitário de
Floorball em Portugal. Estágio Profissionalizante no Centro de Desporto da
Universidade do Porto (CDUP-UP). Porto: R. M. C. Medeiros. Relatório de
estágio profissionalizante para a obtenção do grau de Mestre em Gestão
Desportiva, apresentado à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
PALAVRAS-CHAVE: FLOORBALL, CAMPEONATO MUNDIAL,
DESPORTO UNIVERSITÁRIO, EVENTOS DESPORTIVOS, GESTÃO DO
DESPORTO
III
Agradecimentos
Um percurso no Ensino Superior é marcado por quem nos acompanha,
por quem está pronto para ajudar, para dar conselhos e para nos fazer crescer.
Não devemos ser egoístas e assumir que já temos toda a sabedoria, é
importante saber escutar e observar quem se preocupa com cada um de nós.
O meu primeiro agradecimento vai para a minha Orientadora de Estágio,
Prof.ª Doutora Maria José Carvalho. Os seus conselhos e persistência em
continuar fizeram com que entregasse este documento. Obrigado por ter
acreditado em mim e ter feito com que não deixasse este documento apenas
num computador. Se hoje em dia consigo ter domínios sobre a Gestão do
Desporto, muito se deve às suas aulas, bem como à troca de ideias e
experiências que ocorrem do dia-a-dia.
Ao meu supervisor de Estágio, Dr. Bruno Almeida, por ter aceitado o
meu desafio de ser parte integrante do 7.º Campeonato Mundial Universitário
de Floorball e por ter acreditado nas minhas capacidades e autonomia na
execução das atividades. Obrigado pela confiança e partilha de conhecimento
sobre o desporto universitário, bem como por me ter recebido numa entidade
que se dedicada na promoção de desporto para estudantes universitários.
Ao Daniel Vieira quero agradecer por ter acompanhado todo o meu
percurso de estudante universitário e por me ter dado a oportunidade de
implementar a teoria da Gestão do Desporto na sua prática, através dos vários
eventos desportivos. Neste último ano, em especial, foi quem este mais
próximo do meu trabalho diário, partilhando as ideias e as atividades
necessárias para o campeonato do qual estávamos responsáveis, permitindo
assim desenvolver as minhas capacidades e competências.
Aos professores e estudantes da FADEUP, entidade que se tornou a
minha segunda casa, obrigado por todas as aprendizagens e momentos de
partilha. Entre eles, quero destacar o Prof. Doutor José Pedro Sarmento, pelos
ensinamentos sobre a Gestão do Desporto e do Desporto Universitário, onde
será sempre uma referência para o meu futuro profissional.
IV
Aos recursos humanos do CDUP-UP, que sempre se disponibilizaram a
orientar-me em tudo o que procurara e pretendia. Nestes, destaco a minha
colega Marisa, porque sempre foste uma referência e a minha base para
chegar mais longe. Obrigado por continuares a confiar nas minhas
capacidades, por acreditares na minha palavra e ensinares toda a tua
experiência. À Sofia Rios, obrigado pela partilha de mais uma cadeira no vosso
gabinete e por me orientares nas atividades que viria a fazer em seguida.
A todos os Dirigentes da FAP e seus funcionários, pela compreensão de
ser estudante, colega e patrão em simultâneo, pelo respeito do pouco tempo
livre que sobrava e pela dedicação de todos juntos conseguirmos fazer um
trabalho excecional, em prol de uma academia mais forte.
A todos os dirigentes da AEFADEUP, nas várias direções que passei,
pois foram essenciais para aprender a trabalhar em equipa, gerir conflitos,
planear e executar atividades e acima de tudo, pelos momentos fantásticos que
partilhamos ao longo destes anos. Para entrar no associativismo há sempre um
“pai” e uma “mãe” que se preocupam connosco e neste caso, o João Pereira e
a Marianna Ottati, agradeço por transmitirem os vossos conhecidos de
associativismo e por acreditarem que um dia faria um bom trabalho. Sem
dúvida que o associativismo faz-nos crescer como pessoas, bem como nos
permite adquirir conhecimentos, competências e funções, que só os dirigentes
podem explicar o que é vivenciá-los de uma forma voluntária.
Como um percurso não se faz sozinho, são os amigos que na ausência
da família tornam-se o nosso pilar. Aos meus amigos “continentais”, Ana
Margarida, Nuno Loureiro e Carlos Nascimento, agradeço a forma como me
acolheram nesta cidade longe do meio familiar, porque devido a vocês, posso
dizer que me senti sempre em casa. Agradeço também os conselhos sobre o
caminho que deveria seguir e obrigado por cada momento partilhado com
vocês.
Aos meus amigos açorianos, Gonçalo, Miguel, Pina, Rúben e Rodrigo,
não só por termos trazido as nossas origens para o Porto, mas como também
por termos partilhado experiências da faculdade. Obrigado por partilharem
comigo o orgulho de sermos açorianos e por jamais nos sentirmos sozinhos.
V
Ao Tadeu, Tiago, João, Gerson e França, agradeço por sempre terem ido
ao aeroporto com um sorriso, seja na chegada, seja na partida, pois fizeram
com a nossa amizade sempre se mantivesse, apesar desta distância que nos
separava.
À Daniela Cardoso, por todo o amor, carinho e força em seguir em
frente. Sem ti, jamais entraria no ritmo necessário para concluir esta fase da
minha vida. Sem dúvida que apareceste na minha vida e transformaste-a num
dia-a-dia muito melhor. Obrigado por estares a meu lado, esclareceres todas as
dúvidas e fazer-me acreditar que o caminho que estou a seguir é o mais certo.
Como últimos, mas com um sentimento de primeiros, tenho que dirigir-
me aos meus pais, porque sem o vosso esforço, o vosso contributo e a vossa
força de vontade, nunca seria possível atingir as vitórias que hoje conquisto.
Não há palavras que possam descrever toda a vossa dedicação, só refiro que
tenho os melhores pais do mundo e espero um dia conseguir retribuir todo o
vosso investimento. Este ciclo que se termina, é totalmente dedicado a vocês,
pois sempre acreditaram que chegaria ao fim desta aventura numa cidade
desconhecida, onde realmente cresci muito com a experiência que adquiri.
Muito obrigado por tudo. Obrigado do fundo do coração.
VI
VII
Índice Geral
Agradecimentos ................................................................................................ III
Índice de Figuras ............................................................................................... XI
Índice de quadros ............................................................................................ XIII
Resumo ........................................................................................................... XV
Abstract ......................................................................................................... XVII
Lista de Siglas ................................................................................................ XIX
Introdução .......................................................................................................... 1
1) Caraterização geral do estágio ...................................................................... 3
1.1) Questões de Partida ............................................................................. 5
1.2) Motivações ........................................................................................... 6
1.3) Expetativas ........................................................................................... 7
1.4) Condições do estágio profissionalizante............................................... 8
1.5) Objetivos do estágio profissionalizante................................................. 9
1.5.1) Objetivo Geral .............................................................................. 9
1.5.2) Objetivos específicos ................................................................... 9
2) Enquadramento conceptual ......................................................................... 15
2.1) Da Gestão à Gestão do Desporto ...................................................... 17
2.2) Funções e competências do Gestor Desportivo ................................. 20
2.3) A gestão dos eventos desportivos ...................................................... 21
2.4) História e enquadramento do Desporto Universitário ......................... 26
2.4.1) O Desporto Universitário Internacional ...................................... 26
2.4.1.1) Estrutura atual da FISU .................................................. 28
2.4.1.2) Os Campeonatos Mundiais Universitários ...................... 31
2.4.2) O Desporto Universitário em Portugal ....................................... 31
VIII
2.4.2.1) Enquadramento normativo do desporto universitário
em Portugal ......................................................................... 33
2.4.3) O Desporto Universitário no Porto ............................................. 36
2.5) Contextualização do floorball .............................................................. 37
2.5.1) Caraterização geral ................................................................... 37
2.5.2) Principais regras do floorball ..................................................... 39
2.5.3) Habilidades básicas ................................................................... 40
2.5.4) O floorball no Mundo ................................................................. 42
2.5.4.1) Edições anteriores do CMU de Floorball ....................... 42
2.5.5) O floorball em Portugal .............................................................. 45
3) Enquadramento da prática profissional ........................................................ 47
3.1) Caraterização da entidade acolhedora do estágio profissionalizante . 49
3.2) Caraterização das Entidades Organizadoras ..................................... 52
3.2.1) Federação Académica do Porto ................................................ 53
3.2.2) Universidade do Porto ............................................................... 55
4) Realização da prática profissional ................................................................ 57
4.1) Pré-evento do 7.ºCMUF ..................................................................... 59
4.2) O evento: 7.º Campeonato Mundial Universitário de Floorball ........... 76
4.2.1) Gestão dos Recursos Humanos ................................................ 76
4.2.2) Comunicação ............................................................................. 82
4.2.3) Competição ............................................................................... 84
4.2.4) Instalações Desportivas ............................................................. 92
4.2.5) Alimentação ............................................................................... 95
4.2.6) Alojamento ................................................................................. 96
4.2.7) Transportes ............................................................................... 98
4.2.8) Acreditação e Centro de Informação ......................................... 99
IX
4.2.9) Hospitalidade ........................................................................... 101
4.2.10) Apoio médico ......................................................................... 101
4.2.11) Segurança ............................................................................. 103
4.2.12) Sessões protocolares e Cerimónias ...................................... 104
4.2.12.1) Apresentação pública ................................................. 105
4.2.12.2) Cerimónia de abertura ................................................ 105
4.2.12.3) Programa social .......................................................... 107
4.2.12.4) Jantar oficial das delegações ...................................... 107
4.2.12.5) Cerimónia de entrega de prémios ............................... 108
4.2.12.6) Cerimónia de encerramento ....................................... 109
4.3) Formações de Floorball .................................................................... 110
4.3.1) Formação Madrid ..................................................................... 111
4.3.2) Formação FADEUP ................................................................. 113
4.3.3) Formações em Portugal .......................................................... 114
4.4) Atividades CDUP-UP ....................................................................... 116
4.4.1) Torneio Nacional Universitário de Floorball ............................. 116
4.4.2) Estágios da Seleção Universitária Nacional de Floorball ......... 120
4.4.3) Campo de Férias Desportivas da U.Porto ............................... 122
4.5) Associação ou Federação de Floorball ............................................ 124
5) Reflexão crítica e principais conclusões .................................................... 127
6) Síntese final ............................................................................................... 149
Referências Bibliográficas .............................................................................. 157
Anexos ....................................................................................................... CLXIII
Anexo 1 ................................................................................................. CLXV
Anexo 2 ................................................................................................ CLXVI
Anexo 3 .............................................................................................. CLXVIII
X
Anexo 4 ........................................................................................... CLXXXIV
Anexo 5 ........................................................................................... CLXXXVI
Anexo 6 .......................................................................................... CLXXXVII
Anexo 7 ......................................................................................... CLXXXVIII
Anexo 8 ........................................................................................... CLXXXIX
Anexo 9 ................................................................................................. CXCII
Anexo 10 .............................................................................................. CXCV
XI
Índice de Figuras
Figura 1: Áreas de “coordenação de um evento desportivo” (adaptado de
Sarmento e Pinto, 2014, p. 354) ........................................................ 25
Figura 2: Logotipo oficial da FISU .................................................................... 26
Figura 3: Organigrama da estrutura da FISU ................................................... 30
Figura 4: Logotipo oficial da FADU................................................................... 31
Figura 5: Logotipo oficial dos CAP ................................................................... 36
Figura 6: Organigrama do funcionamento interno do CDUP-UP ...................... 51
Figura 7: Logotipo oficial da FAP ..................................................................... 53
Figura 8: Logotipo oficial da U.Porto ................................................................ 55
Figura 9: Logotipo Oficial IFF ........................................................................... 64
Figura 10: Hierarquia dos recursos humanos do 7.ºCMUF. ............................. 77
Figura 11: Pavilhão do Estádio Universitário até 2015 ..................................... 95
Figura 12: Pavilhão do Estádio Universitário depois das alterações devido
ao 7.ºCMUF ..................................................................................... 95
XII
XIII
Índice de quadros
Quadro 1: Planeamento dos objetivos estabelecidos no EP ............................ 11
Quadro 2: Planeamento do EP ........................................................................ 14
Quadro 3:Características do stick (cabo e pá) ................................................. 39
Quadro 4:Edições dos Campeonatos Mundiais Universitários de Floorball ..... 43
Quadro 5: Ranking da participação dos países nas diversas edições ............. 44
Quadro 6: Jogos de animação no 6º CMU de Floorball ................................... 44
Quadro 7: Programa da visita técnica do 7.ºCMUF .......................................... 63
Quadro 8: Distribuição das seleções pelos grupos do 7.ºCMUF ...................... 69
Quadro 9: Calendário competitivo 7.ºCMUF .................................................... 70
Quadro 10: Orçamento das despesas do 7.ºCMUF ......................................... 74
Quadro 11: Orçamento das receitas do 7.ºCMUF ............................................ 75
Quadro 12:Cronograma do 7.ºCMUF ............................................................... 86
Quadro 13: Cerimónia protocolar antes de qualquer jogo ................................ 87
Quadro 14: Cerimónia protocolar depois de qualquer jogo .............................. 88
Quadro 15: Classificação final do 7.ºCMUF ..................................................... 92
Quadro 16: Calendário competitivo e resultados do TNU de floorball ............ 118
Quadro 17: Classificação final do TNU de floorball ........................................ 119
Quadro 18: Planeamento da aula de floorball no CFD ................................... 124
Quadro 19: Diferenças ente a Federação Desportiva e a Associação
promotora de desporto ................................................................ 125
XIV
XV
Resumo
O presente relatório foi elaborado no âmbito do estágio profissionalizante
realizado no Centro de Desporto da Universidade do Porto. Foi assumida a
responsabilidade de integrar a organização do 7.º Campeonato Mundial
Universitário de Floorball (7.ºCMUF), que se realizou em julho de 2016, no
Porto. Paralelamente enriqueceu-se o conhecimento específico da modalidade
em causa e promoveu-se a sua dinamização em Portugal, com vista à
participação da equipa portuguesa no 7.ºCMUF.
Em termos sistemáticos a organização deste relatório compreende a
introdução e seis capítulos. No primeiro capítulo estão estabelecidos os
procedimentos e os objetivos a respeitar durante o estágio. No segundo, é feito
um enquadramento conceptual relativo às principais temáticas que integraram
o nosso trabalho, enquanto no terceiro destina-se à caraterização das
instituições envolvidas na organização do 7.ºCMUF. O quarto diz respeito ao
planeamento das atividades do pré-evento, das áreas do evento em si e das
outras atividades desenvolvidas. No quinto, está patente uma reflexão crítica
de toda a aprendizagem adquirida e as principais conclusões. Por último, a
síntese final de todo o presente trabalho encontra-se no sexto capítulo.
O objetivo principal centrou-se no envolvimento da gestão do 7.ºCMUF,
sendo parte ativa da conceção, planeamento e decisão de todas as atividades
necessárias ao referido evento, assim como à sua promoção. Numa primeira
fase, a atividade do presente estágio fez-se junto da comissão executiva e
numa fase ulterior, junto da comissão organizadora. Paralelamente, foram
ainda cumpridos objetivos, como ações de formação destinadas à
implementação do floorball, bem como o envolvimento na organização e
dinamização de atividades do CDUP-UP. A realização do presente estágio
profissionalizante excedeu as expectativas iniciais e foi fundamental para a
aquisição de novos conhecimentos e competências no domínio da gestão do
desporto, de forma a configurar-se como o futuro do sector profissional.
PALAVRAS-CHAVE: FLOORBALL, CAMPEONATO MUNDIAL,
DESPORTO UNIVERSITÁRIO, EVENTOS DESPORTIVOS, GESTÃO DO
DESPORTO
XVI
XVII
Abstract
The current work was elaborated within the context of the professional
internship in Sports Center of University of Porto. Associated with competition
department, it was assumed the responsibility to integrate and organized the 7th
World University Floorball Championship (7.ºWUFC), which was on July of 2016
in Porto. In this point of view, it was intended to take up the challenge in order to
learn more about the modality, seeking to develop it in Portugal, culminating in
the organization of a sport event, with a participation of Portuguese team.
This work has an introduction and is divided into six chapters. In the first
chapter are the procedures and the goals established throughout the internship.
In the second, a conceptual framework is made, while in the third the framework
is related to the institutions that were involved in the organization of 7.ºWUFC.
Fourth chapter is related to the execution of tasks during the pre-event, report
the event areas and other activities developed. In fifth, there is a reflection of all
the acquired learning. Finally, the last one is the final synthesis related to this
work.
The main goal of this internship was to be involved on 7.ºWUFC
organization, being an active part of the execution, planning and decision of all
necessary sport event tasks. First of all, the activity of this internship was made
with executive committee and later with the organizing committee. In addition to
the last goal, more objectives were also fulfilled, such as training actions for
floorball implementation, as well as the involvement in the organization and
dynamization of CDUP-UP activities.
The practice of the internship was based on the accomplishment of these
goals. So, it was fundamental the acquisition of knowledge, the experience
arising from the moments and the teaching to those involved in the sporting
event over time.
KEY WORDS: FLOORBALL, WORLD CHAMPIONSHIP, UNIVERSITY
SPORT, SPORT EVENTS, SPORT MANAGEMENT
XVIII
XIX
Lista de Siglas
AAEE Associação Académicas e Associações de Estudantes
ADAMS Anti-Doping Administration and Management System
ADESL Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa
AEFADEUP Associação de Estudantes da Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto
CAP Campeonato Académico do Porto
CD Comissão Disciplinar
CdE Comissão de Estudantes
CDSU Comissão de Desenvolvimento do Desporto Universitário
CDUP-AD Centro Desportivo Universitário do Porto- Associação
Desportiva
CDUP-UP Centro Desportivo da Universidade do Porto
CEG Comissão de Igualdade e Género
CEU Campeonato Europeu Universitário
CF Comissão Financeira
CFD Campo de Férias Desportivas
CGS Comissão de Gestão de Desporto
CIC Comissão Internacional de Controlo
CISCA Comité Internacional de Supervisão, Controlo e
Arbitragem
CJ Comissão Jurídica
CMC Comissão de Mídia e Comunicação
CMI Comissão Médica Internacional
CMP Câmara Municipal do Porto
CMU Campeonato Mundial Universitário
CNU Campeonato Nacional Universitário
CSU Comissão de Supervisão das Universíadas
CTI Comissão Técnica Internacional
CUL Campeonato Universitário de Lisboa
Educ Comissão de Educação
XX
ENU Eventos Nacionais Universitários
EP Estágio Profissionalizante
EUG Jogos Europeus Universitários
FADEUP Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
FADU Federação Académica de Desporto Universitário
FAP Federação Académica do Porto
FISU Federação Internacional de Desporto Universitário
GADUP Gabinete de Apoio ao Desporto da Universidade do Porto
GR Guarda-redes
IES Instituições de Ensino Superior
IFF Federação Internacional de Floorball
IPAM Instituto do Português de Administração e Marketing
IPDJ Instituto Português do Desporto e Juventude
MCTES Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
NCS Zona Norte, Centro e Sul
NUSF Federação Desportiva Universitária Nacional
Rep. Checa República Checa
Rep. da Coreia República da Coreia
SASUP Serviços de Ação Social da U.Porto
TNU Torneios Nacionais Universitários
UPFit Programa de fitness da Universidade do Porto
U.Porto Universidade do Porto
WADA World Anti-doping Agency
7.ºCMUF 7.º Campeonato Mundial Universitário de Floorball
1
Introdução
O presente relatório de estágio resulta do estágio profissionalizante
realizado no Centro de Desporto da Universidade do Porto (CDUP-UP),
estando associado ao desporto universitário, e contando com a supervisão
local do diretor do CDUP-UP, Dr. Bruno Almeida e com a orientação da
docente da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), Prof.ª
Doutora Maria José Carvalho.
O CDUP-UP conta com um departamento de competição que tem como
responsabilidade a organização e participação em eventos desportivos
universitários. Porém, em 2016 contava com uma novidade e responsabilidade
acrescida, nomeadamente, ser parte integrante da organização do
Campeonato Mundial Universitário de Floorball. Este campeonato abrangeu
uma dimensão de elevada responsabilidade com uma reduzida margem de
erro na sua conceção. A nível pessoal, a organização do evento desportivo foi
uma das paixões que encontrara ao longo dos dias, tendo sido esta, uma
autêntica oportunidade de conhecer um novo projeto. A aventura era a palavra
de ordem naquela modalidade nórdica que ninguém conhecia, sendo
necessário explicar o conceito da modalidade antes de começar o ensino sobre
o que se pretendia.
A escolha pelo desafio surgiu de uma forma natural, pelo que quanto
maior a dificuldade em enfrentar o mesmo, maior seria a concretização pessoal
ao superá-lo. Outra paixão pessoal é o próprio desporto universitário, no qual
surge um misto de participantes, uma vez que integra atletas federados e
atletas que estão a competir na modalidade pela primeira vez, ou mesmo que
tenham interrompido a sua prática desportiva por diversas razões. Esta
integração dos estudantes e a visão de “desporto para todos”, tornam o
desporto universitário mais rico, onde a incerteza é a palavra que mais
caracteriza cada uma das equipas que nele participam, sejam no resultado que
poderão obter num jogo, seja na equipa que apresentarão nesse jogo ou numa
próxima época. As equipas podem apresentar diversas mudanças de época
para época e de jogo para jogo, levando a que o desporto universitário seja
2
visto como uma fuga às rotinas estudantis e uma das formas de combate ao
sedentarismo. Todavia, importa não esquecer as responsabilidades dos
atletas enquanto estudantes. Antes de serem atletas são estudantes e o lazer
não deve interferir no futuro do estudante. Quer isto dizer, que o Ensino
Superior deve estar preparado para compreender esta realidade, dando a
devida importância ao desporto universitário desde que nunca o atleta não seja
prejudicado nos seus estudos.
No que diz respeito à estruturação do relatório de estágio, no primeiro
capitulo foi feita uma caraterização geral do estágio profissionalizante,
constando as questões iniciais que pretendi estudar e aprender ao longo do
mesmo, as motivações e expectativas pessoais e profissionais que imaginava
antes de se iniciar e ainda, as condições do estágio profissionalizante os
objetivos definidos, definidas em conjunto com o meu supervisor local.
No segundo capitulo, foi elaborado um enquadramento conceptual com
os temas: gestão, gestão do desporto, gestor desportivo, gestão de eventos
desportivos e desporto universitário. Neste último, pretendi esclarecer a
organização e dinamização do desporto universitário de índole internacional,
nacional e regional, neste caso, no Porto. Sendo o trabalho realizado na
promoção e ativação de uma nova modalidade em Portugal, descrevi ainda a
caraterização do Floorball.
Em relação ao terceiro capítulo, foi caracterizado o local de estágio,
nomeadamente o CDUP-UP, como também a Federação Académica do Porto
e a Universidade do Porto, sendo as duas entidades responsáveis por
organizar o Campeonato Mundial Universitário de Floorball em 2016 no Porto.
Para o quarto capítulo, ficou reservada a realização prática do estágio
profissionalizante, descrevendo as atividades elaboradas no pré-evento e
durante o evento organizado. Foi descrito ainda, as atividades paralelas ao
evento desportivo principal, tais como as formações de floorball e as atividades
do CDUP-UP.
No quinto capítulo está patente a reflexão critica e as principais
conclusões e, por último, no sexto capítulo, encontra-se a síntese final.
3
1) Caraterização geral do estágio
4
5
A ansiedade e esperança são as palavras que marcaram o início de uma
nova aventura, numa realidade um pouco diferente do habitual. Ansiedade por
não saber o que esperava, o que tinha que cumprir e quais as dificuldades e
benefícios que poderia encontrar em cada um dos dias do estágio que realizei.
Por outro lado, a esperança por adquirir ensinamentos e experiências
essenciais para um futuro próximo, na procura da realização profissional.
Esperança ainda, por ter escolhido a opção certa e por nunca desistir de um
sonho de trabalhar no que realmente tenho paixão em realizar.
1.1) Questões de Partida
Como planear, estruturar e o que mudar para fazer um
Campeonato Mundial Universitário (CMU) diferente?
Como motivar a prática desportiva de uma modalidade que
não é praticada em Portugal?
Fazer parte da organização de um evento desportivo mundial, permitiu
conhecer todos os passos e exigências que a dimensão do evento pode
proporcionar. Há uma equipa de trabalho onde grande parte do planeamento e
estruturação surge das exigências da Federação Internacional do Desporto
Universitário, contudo, o que distingue as várias entidades organizadoras é a
capacidade de inovação e imaginação em construir algo que marque a
diferença pela positiva. A outra questão foi a grande dificuldade existente ao
longo do pré-evento. A modalidade tem um grande potencial em diferentes
países, mas a palavra-chave está no despertar do interesse, sendo preciso
motivar as pessoas para a sua prática.
A primeira fase passou por dar a conhecer a modalidade e a segunda
pela sua experimentação. De seguida, surgiu a manutenção para que a
modalidade ficasse nos hábitos desportivos diários dos seus praticantes e
interessados. As crianças foram o principal público-alvo de experimentação,
6
pois são as que mais facilmente se apaixonam por algo novo como também
têm a inocência de criticar quando não gostam do que estão a fazer. Elas são o
futuro da modalidade em Portugal e a dedicação pela sua formação pode fazer
toda a diferença.
1.2) Motivações
Estar motivado no trabalho que se tem a produzir, aumenta a
rentabilidade e acelera as atividades a cumprir. Estar motivado é estar
envolvido com a entidade que se representa, é procurar ser uma peça
fundamental da organização. Assim, as motivações deste estágio, advieram do
facto de estar há anos dedicado e envolvido com a organização de eventos
desportivos, do ganho de experiência pela responsabilidade assumida, na
autodeterminação pela confiança depositada em mim para organizar este
evento de carácter mundial e na melhoria de uma língua estrangeira.
Trabalhar numa instituição que representa a Universidade, onde tenho a
oportunidade de estudar e representar, é como proteger a nossa própria casa.
A troca de conhecimentos com os recursos humanos da instituição foi uma
aquisição de experiência. Assim, permitiu-me realizar um legado contribuindo
positivamente para todos os estudantes dos seguintes anos ou mesmo para
quem pense organizar um evento desportivo de carácter mundial.
Em suma, aprender a gerir conflitos e a frustração pelo insucesso, trazer
uma novidade aos meus colegas, superar os objetivos colocados pela
instituição e cumprir os prazos impostos foram as motivações presentes no
pensamento de cada dia de trabalho.
7
1.3) Expetativas
Este estágio realizou-se numa instituição na qual me deparo no meu dia-
a-dia, através de uma participação externa. O CDUP-UP representa as
atividades desportivas promovidas pela Universidade do Porto (U.Porto) e,
como tal, ao fazer parte da FADEUP, mais concretamente da sua Associação
de Estudantes da FADEUP (AEFADEUP), usufruí da oportunidade de participar
nestas atividades. No entanto, este foi um ano diferente. Um ano em que tive
oportunidade de observar e estar presente em todo o processo de elaboração
até ao seu resultado final. Ao fazer parte do pré-evento, adquiri competências
para a organização de eventos desportivos, tendo a necessidade de enfrentar
dificuldades para a sua realização.
Deste modo, pretendi tornar-me uma peça fundamental nesta instituição,
na qual quis que o meu trabalho se tornasse uma mais-valia. Demonstrei os
meus conhecimentos e capacidade de organização, áreas nas quais idealizei
ganhar experiência.
O campeonato, realizado no Porto em julho de 2016, seria uma grande
responsabilidade para um estagiário, mas sem dúvida uma demonstração de
respeito e confiança pelo trabalho que tinha já demonstrado ao longo dos
últimos anos até ao presente. Ambicionei fazer a diferença e dessa forma
deixar a minha marca nesta instituição. Aprender e ensinar, ouvir conselhos e
contar experiências. Desejei que vissem como um membro integrante e não
como mais um elemento da equipa. Apesar de ter já alguma convivência no
meu dia-a-dia com algumas das pessoas presentes no CDUP-UP, sabia que
ainda não as conhecia em contexto de trabalho, contexto no qual existem
sempre diferenças relativamente aos momentos de lazer. Os recursos
humanos são sempre imprevisíveis e é aqui que surgiu o meu receio inicial.
Será que irei ser bem recebido e visto como uma pessoa a colaborar? Ou,
serei um intruso que está a fazer um trabalho à parte?
8
1.4) Condições do estágio profissionalizante
A primeira reunião surgiu ainda no ano letivo 2014/2015, na qual
comuniquei ao Dr. Bruno Almeida que pretendia fazer o meu estágio
profissionalizante no CDUP-UP. Esta intenção foi recebida com bom agrado e
de imediato me foi atribuída a pasta do CMU. Em setembro, o meu supervisor
de estágio colocou-me a trabalhar no CDUP-UP, situado na Boa Hora. Fiquei
no gabinete do Prof. Daniel Vieira, sendo este o Secretário-Geral do 7.ºCMUF.
Isto permitiu-me, ter uma relação direta com toda a organização, pois todos os
procedimentos passavam diretamente por ele. Apesar de me ter sido dado este
espaço para trabalhar diariamente, o meu estágio não se resumiu unicamente
aqui. Tive igualmente a oportunidade de estar presente no estádio universitário
e na FADEUP, instalações desportivas que iriam receber o 7.ºCMUF. Por
último, presenciei as reuniões pontuais e as visitas técnicas a todos os espaços
e locais que estariam subjacentes à realização da referida competição.
Relativamente ao horário de desenvolvimento do estágio, não fora
definido um horário fixo, devido às minhas funções ligadas à representação
académica e por ser uma função onde teria cargas horárias de trabalho
desiguais. Certamente que foram largamente superadas as 500 horas de
dedicação a este estágio profissionalizante (EP).
O meu supervisor de estágio deu-me liberdade para estar à vontade
nesta instituição, bem como, se mostrou disponível para me orientar no
processo de construção do evento, desde as áreas de logística, passando
pelos contactos necessários e terminando em vivências de outros CMU.
Abordando todos os contactos, estes foram fundamentais para o presente e
para o meu futuro. Pela emergência e aproximação do campeonato, estes
contactos diretos permitiram ter acesso a informações de uma forma mais
rápida, sendo que num futuro poderão abrir-me portas possibilitando a
organização de outros eventos desportivos. Foi realmente importante
demonstrar e executar um bom trabalho. Por último, foi-me dada a
oportunidade de participar nas reuniões com os delegados técnicos de modo a
compreender como são estabelecidas as normas no CMU.
9
1.5) Objetivos do estágio profissionalizante
Os objetivos foram estabelecidos de acordo com as funções e
competências a assumir, bem como, com as responsabilidades ao executar as
tarefas. Estes objetivos encontram-se divididos em gerais e específicos, que
por sua vez se subdividem em principais e secundários. O foco estava no
7.ºCMUF, tendo sido estabelecidos objetivos relacionados com a gestão,
organização e promoção do mesmo, através da comissão executiva ou da
comissão organizadora. Paralelamente, estruturam-se formações de floorball e
dinamizaram-se várias atividades no CDUP-UP. Estas ações foram paralelas
ao evento desportivo, não sendo obrigatórias na sua execução, mas que
contribuíram positivamente para a implementação do floorball em Portugal.
Encontram-se assim citados discriminadamente os vários objetivos.
1.5.1) Objetivo Geral
Planear, estruturar e intervir diretamente na gestão do 7.ºCMUF e
paralelamente, acompanhar e intervir nas ações de promoção e formação do
floorball em Portugal.
1.5.2) Objetivos específicos
a) Objetivos principais
- Organização de eventos: organizar e gerir o 7.ºCMUF, desde o pré-
evento até à realização do próprio evento. Planear e executar todos os
processos de pré-evento, contribuindo com as diversas atividades dos recursos
humanos nas suas áreas. Em termos funcionais, numa primeira fase, ao fazer
parte da comissão executiva, existe um controlo e execução de todas as áreas
envolvidas no departamento de operações, permitindo-me obter um
10
conhecimento aprofundado de todas as necessidades e atividades a
desenvolver. Posteriormente, ao ter sido nomeado para ser membro da
comissão organizadora, o meu papel principal passou a ser o planeamento e a
decisão do que era preciso executar.
- Promoção do evento: criar ações pontuais nas ruas, escolas e
universidades, com o objetivo de divulgar o evento desportivo. Dar a conhecer
a modalidade, cativando as pessoas a estarem presentes nas bancadas das
duas instalações do campeonato. Organizar demonstrações, com material
alusivo à modalidade, permitindo ter um contacto próximo com o que os atletas
iriam encontrar ao seu dispor na competição.
b) Objetivos secundários
- Formação em floorball: promover uma formação específica de
floorball, formando jogadores, árbitros e monitores (dirigentes e treinadores),
bem como, formações gerais de floorball, nas diferentes Universidades do país,
com o objetivo de encontrar potenciais jogadores para representarem a
Seleção Universitária Nacional de Floorball no campeonato.
- Atividades CDUP-UP: contribuir e orientar nas atividades e eventos
organizados pelo CDUP-UP ou U.Porto, nos quais foram necessários recursos
humanos.
Em suma, todos estes objetivos realistas e desafiadores foram pensados
após a reunião com o supervisor de estágio. Foram assim, os principais pilares
escolhidos para estar focado ao longo de todo o ano de estágio. Para além dos
objetivos, foi também estabelecida a sua programação temporal, como se pode
verificar no quadro 1. Na eventualidade de surgir algum incumprimento na data
ou novo objetivo, teria que ser sempre estabelecido com o supervisor de
estágio as devidas alterações e atualizações do que estava previamente
planeado.
11
O objetivo geral permitiu abranger os objetivos principais e secundários,
porque a estruturação dos objetivos esteve sempre relacionado com a
organização e implementação do 7.ºCMUF. Os objetivos principais foram
definidos consoante os interesses de desenvolvimento pessoal, devido à
aplicação na prática dos conteúdos teóricos abrangidos nas aulas e por
abranger as atividades do dia-a-dia de um evento desportivo. Por último, os
objetivos secundários surgem por não serem essenciais ao desenvolvimento
do evento desportivo, mas porque tornaram-se essenciais no desenvolvimento
da modalidade de floorball em Portugal.
Quadro 1: Planeamento dos objetivos estabelecidos no EP
Outra ferramenta de auxílio ao planeamento do EP, está representada
por tópicos no quadro 2, o que possibilitou desenvolver a estrutura do relatório
de estágio. Esta ferramenta permitiu controlar as etapas concluídas assim
como, as que estavam por concluir. Foi sobretudo uma ferramenta de
orientação para o supervisor e para o estagiário, tendo sido fundamental
perceber o objetivo final para proceder à estruturação deste cronograma,
Set.
2015
Out.
2015
Nov.
2015
Dez.
2015
Jan.
2016
Fev.
2016
Mar.
2016
Abr.
2016
Mai.
2016
Jun.
2016
Jul.
2016
Promoção do
evento
Formação
em floorball
Comissão
Executiva
Atividades
CDUP-UP
Comissão
Organizadora
Organização
de eventos
12
estando consciente das etapas que seriam necessárias ultrapassar para
garantir o seu cumprir.
Num primeiro momento foi necessário fazer uma reflexão sobre o que
pretendia do EP, aproveitando para pensar nas expetativas e motivações que
tinha à partida. Este momento, foi importante para que no fim houvesse uma
reflexão sobre a realidade do que realmente acontecera. Ficaram também
estabelecidas as condições do EP, sendo integrado nas instalações do CDUP-
UP da Boa Hora, partilhando o espaço e conhecimentos com os recursos
humanos envolvidos neste. Daqui, estabeleceram-se objetivos para serem
cumpridos ao longo do EP.
Nos meses seguintes, o foco estabeleceu-se nos conteúdos teóricos
relacionados com o tema do EP. Com isto, a procura incidiu com a gestão,
gestão do desporto, gestor desportivo e eventos desportivos. O objetivo foi
partir de uma análise de conteúdos mais gerais, para uma análise mais
específica e por isso, a pesquisa baseou-se seguidamente no desporto
universitário e no floorball. Nestes dois últimos, obteve-se um enquadramento
da gestão do desporto internacional, nacional e regional (Porto). Por fim, no
que respeita à modalidade de floorball, foi necessário caraterizá-la, tendo sido
apresentado as suas principais regras e habilidades básicas, devido ao
desconhecimento da modalidade. Foi referida a sua história, assim como, o seu
surgimento no desporto universitário, a sua introdução em Portugal e o
histórico das edições dos CMU de floorball até 2014. Os temas escolhidos
foram baseados na necessidade de adquirir um conhecimento da realidade que
seria encontrada no EP, em conhecer o pensamento de alguns autores sobre a
gestão do desporto e os eventos desportivos e comparar com o que ocorreu
neste campeonato, bem como esclarecer as especificidades da modalidade em
questão. Todos os conteúdos teóricos têm por base as referências
apresentadas no fim deste relatório.
Em dezembro, ao ter um conhecimento mais profundo e pormenorizado
sobre a entidade que estive a estagiar diariamente, passei para o papel a sua
gestão do dia-a-dia e o seu surgimento na sociedade, elaborando assim a
caracterização do CDUP-UP. Aproveitando este contexto, foram descriminadas
13
as características das entidades organizadoras do CMU, nomeadamente a
Federação Académica do Porto (FAP) e a U.Porto.
Em relação à realização da prática profissional, foram várias as
atividades realizadas entre o início e o fim do estágio, procurando sempre dar
resposta aos objetivos estabelecidos. Existiram duas fases claras neste
processo, sendo o pré-evento e o evento. No pré-evento, desenvolveram-se
atividades fundamentais para a realização do CMU de floorball, mas dadas as
características da modalidade, outras atividades tiveram que ser pensadas,
planeadas e dinamizadas. Destas, surgiram a promoção do evento, as
formações em floorball, os campos de férias da U.Porto, o torneio nacional
universitário (TNU) de floorball e os estágios da seleção de floorball. No evento,
foram descritas doze áreas, consoante o que se verificou neste CMU de
floorball, permitindo ter um conhecimento específico do que aconteceu e
possibilitando que num próximo evento, já se encontre escrito uma base do que
deve ser realizado.
Por último, após o campeonato, fora escrita uma reflexão crítica e uma
síntese final sobre os procedimentos realizados descrevendo a aprendizagem
adquirida, partilhando conhecimentos e ideias para outros eventos desportivos.
14
Quadro 2: Planeamento do EP
Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul.
Ago.
Preliminares e Introdução
1. Caraterização geral do estágio
1.1 Motivações e expectativas
1.2 Condições do EP
1.3 Objetivos e expectativas do EP
2. Enquadramento da prática profissional
2.1 Gestão e Gestão do Desporto
2.2 Funções e competências do Gestor Desportivo
2.3 A gestão dos eventos desportivos
2.4 O desporto universitário internacional
2.5 O desporto universitário em Portugal
2.6 O desporto universitário no Porto
2.7 Enquadramento do floorball
3. Enquadramento da prática profissional
3.1 Caraterização do CDUP
3.2 Organização do CMU (UP e FAP)
4. Realização da prática profissional
4.1 Prática institucional
4.1.1 Formações e promoção do Floorball
4.1.2 Área técnica
4.1.3 Campo de Férias da U.Porto
4.1.4 Associação e TNU de Floorball
4.1.5 Estágio da seleção
4.2. O CMU de Floorball - Porto 2016
Gestão de Recursos Humanos
Comunicação
Competição
Instalações Desportivas
Alimentação
Alojamento
Transportes
Acreditação e Centro de Informação
Hospitalidade
Assistência Médica
Segurança
Sessões Protocolares e Cerimónias
5. Reflexão crítica
6. Síntese final
7. Referências Bibliográficas
15
2) Enquadramento conceptual
16
17
O conhecimento teórico assemelha-se ao(s) elemento(s) da base
quando se pretende construir uma pirâmide na ginástica acrobática ou a uma
bola num jogo de futebol. Sem estes elementos fundamentais, torna-se difícil
elevar os outros elementos na pirâmide não existindo igualmente um jogo de
futebol. Este conhecimento e enquadramento é fundamental para “construir” o
caminho a percorrer, para ter justificações quando as dúvidas surgem e para
efetuar a comparação da teoria com a prática.
2.1) Da Gestão à Gestão do Desporto
A Gestão em si, surge de uma forma natural, é algo que o ser humano é
capaz de fazer, pois cada um de nós deve saber como gerir a sua vida
diariamente (Pires, 2005).
Com o nascer do sol e dependendo das condições meteorológicas, o
Homem procurava resolver e gerir o máximo de atividades, contribuindo para a
sua evolução (Pires, 2007). Contudo, de uma forma mais formal, a gestão
surgiu nas fábricas, de forma a corresponder às burocracias necessárias no
mundo do trabalho. E foi esta gestão nas empresas, que permitiu o tempo livre
aos seus operários e a consequente prática de desporto pelos mesmos, que
originou o desporto tradicional que conhecemos hoje: o desporto regulado e
esquematizado (Pires, 2005).
A gestão é uma palavra do senso comum, utilizada para tantos
significados, que por vezes torna-se difícil distingui-la em tarefas no nosso dia-
a-dia. De acordo com Pires e Lopes (2001), a “Gestão é uma palavra
polissémica”, dado que pode assumir vários sentidos, em função do seu
contexto social e exemplo disso mesmo, é uma das comparações mais comuns
através da utilização das palavras gestão e administração com os mesmos
significados. A realidade é que se torna difícil distinguir o que cada uma pode
significar separadamente, uma vez que as mesmas estão associadas. Para
Pires (2007), o ambiente em que estas palavras se inserem, é que pode
transmitir o seu verdadeiro significado, considerando que a gestão se encontra
18
mais relacionada com os negócios e atividade económica. Já a administração
parece associar-se à burocracia, confundindo-se com a administração pública
(esta relacionada com ações proporcionadas pelo estado).
De acordo com Pires (2005), são cinco as escolas de gestão, cujas
caraterísticas têm em conta a forma de gestão das organizações de cada
época, e que abordaremos separadamente de seguida. A primeira escola de
gestão surgiu por Frederick Taylor nos anos 20, denominada de escola
clássica, onde a organização está pensada como uma máquina sob influência
da tecnologia. Esta filosofia levava a um único pensamento das pessoas,
aquando estavam na construção e execução das suas tarefas, trazendo
benefícios à organização. Posteriormente, surgiu a escola psicossociológica
por Henry Ford, a partir dos anos 30. Nesta, cada funcionário era responsável
por uma fase da linha de montagem, tendo direito a exprimir a sua opinião, tal
como o que sentiam no desempenho das suas funções. Facilmente se percebe
que esta escola se focava nas relações humanas, compreendendo os seus
comportamentos. Na década de 40, Max Weber desenvolveu a escola
burocrática, através do conceito de “tipo ideal”. O conceito focava-se na
estrutura, no processo e comportamento das organizações. Segundo este, a
burocracia era o método mais eficiente na organização, visto que existia um
conjunto de profissionais que seguiam as regras estabelecidas.
Posteriormente, já nos anos 50, surgiu por Ludwing von Bertalanffy a escola
sistémica que funcionava como um sistema que englobava diversas áreas
especializadas na partilha de cada conhecimento e na procura de um mesmo
fim para todos. Neste sentido, esta escola pretendia que se compreendesse o
produto no seu total e não apenas da soma das suas partes individuais. A
última escola de gestão a surgir foi a escola contingencial que contou com os
autores Tom Peters e Robert Waterman. Esta escola preconizava que as
organizações deveriam funcionar em conformidade com o ambiente externo,
pelo que, o sucesso da organização não era eterno já que nada se mantinha
estável por muito tempo (considerando o percurso de desenvolvimento de cada
uma).
19
No caso específico do desporto, as organizações desportivas estão
envolvidas num ambiente que se encontra em constante mutação. Surge por
isso, a necessidade de efetuar uma constante avaliação e caracterização
desse mesmo envolvimento, de modo a que seja possível não só compreendê-
lo melhor, mas também estarmos o mais atualizados possível (Pires, 2007). De
facto, o sucesso das organizações desportivas parece estar dependente da
performance e eficácia que a gestão do desporto implica no dia-a-dia (Alin et
al., 2015). Para tal, é fundamental fomentar a criatividade na organização, que
por sua vez se faz acompanhar da aprendizagem, e só assim poderá ocorrer
evolução e adaptação ao meio ambiente (Moreira & Freitas, 2009).
A gestão desportiva pode ser encarada de duas perspetivas: pragmática
e académica. É pragmática pois pretende encontrar soluções na resolução dos
vários problemas e é capaz de criar rotinas no desenvolvimento de novos
projetos. É académica pois através da imprevisibilidade surge a originalidade.
Aqueles que a estudam e a entendem numa interiorização mais profunda têm a
capacidade de formular perguntas e encontrar as soluções mais acertadas
quando são necessárias respostas (Pires & Lopes, 2001).
Quando procuramos comparar o modelo de gestão desportiva na
América e na Europa, apercebemo-nos que os mesmos são completamente
distintos. Na América, a gestão desportiva está relacionada com a necessidade
de rentabilização financeira, na qual o auge do desporto está associado às
ligas profissionais ou aos eventos desportivos em colégios e universidades. Por
outro lado, na Europa, a gestão desportiva insere-se na política que se baseia
no desporto para todos, envolvendo grandes massas num objetivo comum,
sendo criadas condições de acesso à prática desportiva para todos (Pires &
Lopes, 2001).
20
2.2) Funções e competências do Gestor Desportivo
Quando se discorre sobre Gestão, deveremos refletir sobre o papel na
prática do Gestor. Drucker (1993, cit. por Pires, 2005) refere que as funções de
um gestor são várias, destacando-se a determinação de objetivos, o desenho
da organização, a motivação e comunicação, a elaboração de normas e o
treino de recursos humanos. Nos últimos anos, o mercado desportivo tem-se
vindo a alterar muito rapidamente e a crise que se faz sentir no mundo afeta
quem assume o papel de gestor desportivo, já que cada vez mais, há uma
maior pressão e exigência em obter bons resultados. O que antigamente
facilmente se transformava em receita, hoje em dia pode produzir pouco efeito.
Neste sentido, as funções e competências do gestor têm que mudar, não
bastando organizar e supervisionar as atividades, tornando-se necessário
inovar e gerir um conjunto de recursos humanos (Retar et al., 2013). Todavia,
apesar da diversidade e das preferências que um gestor desportivo pode
apresentar nas suas atividades, a dificuldade surge quando não há tempo para
pensar, perspetivar, planear e organizar os projetos, as atividades ou os
eventos desportivos (Carvalho, 2013). Neste sentido, trabalhar na gestão, exige
que se associe ao seu contexto e o gestor deve estar preparado para reagir às
circunstâncias que surgem e decidir da forma mais eficaz, consoante as suas
responsabilidades (Pires & Lopes, 2001).
Celma (2004) considera que existem três dimensões no trabalho do
gestor desportivo: as funções, os recursos e os fatores. Iniciando pelos últimos,
os fatores surgem da missão e dos objetivos da organização, já os recursos
são essenciais, pelo que são intrínsecos e adquiridos; enquanto as funções
apontadas são cinco: conceitual, planificação, organização, execução e
apreciação. A função conceitual está relacionada com a capacidade de
observar, coordenar e integrar os vários fatores envolventes na organização. Já
a planificação é imprescindível por ser um instrumento que faz o gestor pensar
nas tarefas da organização e nas ocasiões que possam surgir. Por outro lado,
a organização está presente na articulação dos recursos humanos, financeiros
e materiais, dividindo tarefas por cada um. A execução consiste na ação de
21
tudo o que foi planeado, seja do que é considerado certo ou incerto, enquanto
a apreciação consiste no controlo e avaliação de toda a planificação.
Neste sentido, é possível concluir que o trabalho do gestor desportivo
aparenta ser diverso e que poderá alargar-se à gestão de equipa, eventos e
instalações, marketing desportivo, economia desportiva e financiamento de
desportos profissionais e amadores. Cada uma destas possibilidades decorre
do mais simples ao mais complexo, podendo ser o trabalho individual na
progressão de um atleta, passando por um jogo em particular ou na gestão de
um campeonato (Chirilă & Chirilă, 2015). Em termos de atuação, a grande
maioria dos gestores desportivos, desenvolvem as suas funções no centro
operacional, mais concretamente, na coordenação de equipas (Sarmento et al.,
2006).
Das várias competências do gestor desportivo anteriormente referidas, a
gestão de eventos parece assumir-se como uma das mais complexas e
exigentes funções que ele tem que desempenhar.
2.3) A gestão dos eventos desportivos
O desporto tornou-se um fenómeno mundial e ganhou uma dimensão
global, fruto do seu desenvolvimento em torno da perfeição e do envolvimento
dos meios tecnológicos. Quando pensamos em desporto pensamos no
espetáculo desportivo, nas vitórias, nas medalhas, nas cerimónias, nos atletas,
em toda a interação entre os intervenientes do desporto. Mas, para se obter
este resultado final, é fundamental que todo um processo decorra. Este
processo é essencialmente conduzido e executado sem que a maioria dos
espectadores ou intervenientes tenha conhecimento do longo trabalho diário, já
que a atenção está focada no resultado final, conseguindo a satisfação de
todos.
Shone e Parry (2001, cit. por Monroy et al., 2009), caracterizam “os
eventos em geral como fenómenos que surgem de ocasiões extraordinárias e
têm objetivos de lazer, culturais, pessoais ou organizacionais, definindo
22
separadamente a atividade diária, cujo propósito é ilustrar, comemorar, entreter
e desafiar a experiência de um grupo de pessoas”. Correia et al. (2001),
consideram “um evento desportivo, enquanto serviço produzido por uma
organização, pode-se caracterizar por instabilidade, inseparabilidade,
variabilidade e perdurabilidade”. Para estes autores, são experiências
subjetivas, onde os praticantes e espetadores estão envolvidos no espetáculo
desportivo, num clima de festa, vivenciando-se diversas emoções.
Uma determinada atividade desportiva, pode ser transformada num
evento desportivo. Para tal, é fundamental considerar as características como a
repercussão social, os elevados níveis de assistência, a presença dos meios
de comunicação e a audiência televisiva. Todas estas são interdependentes
umas das outras e permitem classificar o evento em função do nível de
espetacularidade. No entanto, devem ser ainda considerados os
patrocinadores, os ingressos próprios, o tipo de desporto e a dificuldade da
prática. Isto pode condicionar o número de espectadores que eventualmente
irão comparecer ao evento, já que quanto mais difícil é o acesso, menor será o
número de pessoas a assistir. (Sanz, 2003)
Ao nível da organização, os eventos desportivos podem ser pontuais ou
permanentes. Os pontuais são esporádicos, acontecendo num determinado
momento do ano, como é exemplo uma maratona ou um torneio de ténis. Os
permanentes dizem respeito a uma atividade regular, com uma periodicidade
contínua ao longo do ano, como é exemplo, o campeonato de futebol ou
basquetebol (Sanz, 2003).
Na organização do evento desportivo, as funções que o gestor deve
assumir são inúmeras. Carvalhido (2002, cit. por Dias, 2006; pp.29), refere
inclusivamente que o objetivo primordial do gestor de eventos desportivos é
fazer com que estes deixem uma lembrança duradoura no coletivo histórico da
nação que acolhe o evento e a população mundial. Para Camy e Robison
(2007, cit. por Sarmento & Pinto, 2014; pp. 347), o papel desempenhado pelo
gestor desportivo, deve responder às exigências impostas pelas diferentes
fases do planeamento de um evento desportivo: (i) o desenho, (ii) o
desenvolvimento, (iii) a implementação e (iv) a dissolução. Os referidos autores
23
consideram inclusivamente que a organização do evento deve ser divida em
quatro fases. Na primeira fase deve ser elaborada a ideia, que procura dar
resposta a um problema, imaginando vários cenários idealizados. A segunda
fase é caraterizada pela conceção, na qual existe uma ligação entre a ideia
original e a realidade possível. Nesta fase, inicia-se a ação das áreas
financeiras e operacionais, prevendo-se os custos das atividades e definindo-
se indicadores concretos como o local, a data e a duração do evento. É nesta
fase, que se efetuam todas as previsões relativas à totalidade das operações
necessárias. A terceira fase é a da realização e corresponde ao evento em si
mesmo. Todo o planeamento e estruturação anterior deverá acontecer dentro
da normalidade e sem falhas. Todos os meios deverão estar concentrados nas
suas tarefas e objetivos devendo, em caso de imprevistos, resolvê-los sem
perturbar as outras ações. Por último, a quarta fase é referente à avaliação, e
consiste na análise do que decorreu, como previsto ou as falhas que foram
cometidas. Os erros servirão como aprendizagem para uma futura organização
enquanto os aspetos positivos servirão de exemplo num evento desportivo no
futuro.
Independentemente da tipologia do Evento Desportivo, este tem ganho
grandes dimensões, pelo que, a sociedade pós-moderna valoriza o
entretimento, a diversão e o prazer (Sarmento et al., 2011). Para tal, parece
contribuir em muito o desporto. De facto, o desporto tem a capacidade de
centrar o seu foco no público, já que estes acabam por ter uma importância
preponderante ao desenrolar do jogo ou mesmo da competição.
Segundo Boyer e colaboradores (2007, cit. por Sarmento & Pinto, 2014,
pp.346) o evento desportivo poderá assumir quatro tipos de dimensão: a “A”
(Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais), “B” (Finais da Taça), “C” (Finais
da Taça de carácter irregular) e “D” (Evento Nacional de carácter regular). À
semelhança, Sarmento (2002) também classificou os eventos em quatro
categorias: mega eventos, grandes eventos, pequenos eventos e micro
eventos. Em qualquer uma destas categorias existem três fases: (i) o pré-
evento, (ii) o evento e o (iii) pós-evento. Na primeira fase decorre o
desenvolvimento de estratégias, enquanto na segunda decorre a razão do
24
projeto, grande momento de todo o processo e, na terceira fase, decorre a
fidelização dos intervenientes, para uma reedição ou para o “passar a palavra”
sobre os acontecimentos do evento em si.
Para coordenar um evento desportivo, segundo Sarmento e Pinto
(2014), o mais comum é a divisão de áreas, para que haja especialização dos
recursos humanos pelas diferentes áreas. Os mesmos dividiram em 6
departamentos, como é ilustrado na figura 1.
No Departamento Financeiro, encontra-se a contabilidade e o orçamento
do evento, área que abrange os recursos financeiros (despesas e receitas ou
pagamentos e compras).
No Departamento Jurídico surgem as autorizações, seguros, contratos
de prestação de serviços e aquisição de bens. Neste, são verificados as
normas e leis necessárias para a dinamização do evento desportivo de forma
legal. Este departamento só é criado consoante a classificação do evento
desportivo.
No Departamento de Marketing, cria-se a imagem do evento, a “cara”
que irá ser transmitida ao público-alvo. Esta imagem chega através da
promoção, transmitindo a principal fonte de receita e apoio que são os
patrocinadores. O marketing está associado aos sectores de prospeção,
contratualização e fidelização de patrocinadores, bem como à publicidade e
venda de produtos da marca do evento desportivo.
O Departamento de Gestão do Risco, está dependente de todas as
outras áreas. Este é responsável por estabelecer os limites de cada área,
dando previsões e antecipando às situações que podem por em risco o
planeamento de cada uma delas.
O Departamento de Operações está inerente a todas as necessidades
básicas do evento desportivo. Neste, estão abrangidas as áreas do transporte,
alojamento, alimentação, acreditação, segurança, cerimónias protocolares,
primeiros socorros, relações públicas, instalações e equipamentos e gestão de
recursos humanos, sejam voluntários ou profissionais.
O Departamento de Logística corresponde às atividades fundamentais
do evento desportivo, desde as mais simples às mais complexas. Neste
25
Coordenação do evento
Dep. Financeiro
Contabilidade
Cont. Orçamental
Dep. Jurídico
Autorizações
Seguros
Transportes
Participantes
VIPs, Organização
Alojamentos
Participantes
VIPs, Organização
Inst. Desportivas
Qualidade
Equipamentos
Ass. Médica
Primeiros Socorros
Materiais
Gestão RH
Recrutamento
Acompanhamento
Competição
S. Competição
Dep. Operações
Coordenações
RH e RM
Alimentação
Participantes
VIPs, Organização
Acreditação
Participantes
VIPs, Organização
Segurança
Público
Participantes, VIPs
Hospitalidade
Público
Média
S. Protocolares
Cerimónias
Protocolo
Voluntariado
Logistica
Administrativos
Técnicos
Patrocionadores
Comunicação
Acompanhamento
Gestão do Risco
Dep. Markting
Patrocionadores
Promoção
Promoção
Merchandising
Publicidade
departamento deve constar técnicos que estejam preparados e atualizados
com o avanço das tecnologias, resolvendo todas as situações simples e
complexas que possam existir.
Figura 1: Áreas de “coordenação de um evento desportivo” (adaptado de Sarmento e Pinto,
2014, p. 354)
26
2.4) História e enquadramento do Desporto Universitário
O desporto universitário surgiu na Inglaterra, em pleno século XIX,
visando a ocupação dos tempos livres dos estudantes universitários das
classes dominantes e ascendentes. Foram várias as mudanças que se
verificam ao longo dos anos, e a prática do desporto universitário, envolve um
investimento financeiro para as Instituições do Ensino Superior (IES).
Atualmente, tendo por base os estatutos da U.Porto1, o desporto
universitário pode ser promovido como recreação ou competição, tendo como
público-alvo os estudantes, professores e funcionários da universidade, ou
seja, a comunidade universitária, sendo fundamental criar condições para a
prática desportiva. Assim, cada país tem a sua realidade quando se aborda o
tema do desporto universitário, visto que podemos ter dois campos de atuação:
a competição e o lazer. De um lado está o lazer, através da diversão e da
manutenção da prática desportiva, do outro, o profissionalismo desportivo,
através da competição e representação da instituição, onde o interesse final
pode estar na aquisição de uma bolsa de estudo. (Colaço & Fleck, 2009)
2.4.1) O Desporto Universitário Internacional
Figura 2: Logotipo oficial da FISU
A organização do Desporto Universitário Internacional ao nível mundial é
da responsabilidade da Federação Internacional de Desporto Universitário
(FISU). Esta organização foi fundada oficialmente em 1949, por Paul
Schleimer, com a principal responsabilidade de supervisionar e organizar as
Universíadas de Verão e de Inverno, bem como os CMU. No entanto, a história
1 Despacho normativo n.º 8/2015, publicado em DR, 2ª série, nº 100, de 25 de maio
27
da origem da FISU parece surgir anteriormente, nomeadamente, no ano de
1923, em que Jean Petitjean organizou os Jogos Mundiais do Estudante em
Paris. Entre esse ano e 1938, foram organizados diversos outros eventos
desportivos pelos estudantes, que foram interrompidos com o surgimento da
Segunda Guerra Mundial.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1957, a FISU organizou
em Paris o CMU, evento semelhante ao que conhecemos atualmente, onde
este permitiu juntar estudantes de leste e oeste, fomentando a ideia de uma
competição entre vários estudantes do mundo. Dois anos mais tarde, em 1959,
as primeiras Universíadas foram organizadas em Turim, Itália, nas quais foi
apresentado o símbolo que ainda atualmente representa a FISU, o “U” com as
estrelas em seu torno (figura 2). Este evento contou com a presença de 1407
participantes provenientes de 43 países, cujas Federações solicitaram o pedido
de adesão à FISU. Ainda no ano de 1959, foram estabelecidas algumas
políticas e normas das Universíadas, como é exemplo, a substituição dos
vários hinos nacionais na entrega de medalhas, por um hino oficial da FISU,
assim como, a criação de uma bandeira a que tem percorrido o mundo.
(International University Sports Federation, 2015b)
As Universíadas, propriamente ditas, consistem num evento desportivo
internacional, que se realiza de dois em dois anos numa cidade diferente.
Existem dois tipos de Universíadas: Universíadas de Verão com 13
modalidades: (dez modalidades obrigatórias e três modalidades selecionadas
pelo país anfitrião e organizador), e as Universíadas de Inverno (seis desportos
obrigatórios, com 10 disciplinas associadas e um ou dois desportos
selecionados pelo país anfitrião). Os requisitos para a participação nestes
eventos são vários. Destacamos que para se participar, os atletas não podem
ter estado mais de um ano fora da universidade ou da instituição equivalente, e
devem ter idade compreendida entre 17 e 28 anos.
28
2.4.1.1) Estrutura atual da FISU
Desde 2011, que a sede da FISU se situa em Lausanne, Suíça, estando
anteriormente em Bruxelas, Bélgica. Todas as decisões oficiais da FISU são
estabelecidas em Assembleia Geral, que é constituída por 170 Federações
Nacionais e realiza-se de dois em dois anos. Por sua vez, esta Assembleia
Geral elege, de quatro em quatro anos, um novo comité executivo da FISU
composto por 23 membros, que toma as decisões necessárias ao normal
funcionamento da FISU. A direção deste comité é composta pelo Presidente, 1º
Vice-Presidente, quatro Vice-Presidentes, um Tesoureiro, um 1º Assessor e
quinze Assessores. Estes reúnem-se habitualmente, duas vezes por ano e
sempre que o Presidente as convoca, a fim de tomar as várias decisões que
verificamos no desporto universitário internacional. Ainda, é contratado um
Secretário-Geral da FISU (SGF) que depende e trabalha diretamente com as
responsabilidades do Presidente. (International University Sports Federation,
2015c)
Juntamente com a direção, existe 14 comissões especialistas em
determinadas áreas, que auxiliam as decisões e o trabalho do comité
executivo. (International University Sports Federation, 2015a). Em cada uma
das comissões há mais que um recurso humano, sendo de vários países. Em
termos gerais, cada comissão tem as seguintes responsabilidades:
- Comissão Técnica Internacional (CTI): existe um para as
Universíadas de Verão, outro para as de Inverno e ainda, um para os CMU. A
sua principal função é monitorizar a preparação das competições, de um ponto
de vista técnico, elaborando um programa competitivo por forma a garantir uma
boa execução do evento;
- Comissão de Gestão do Desporto (CGS): garante a atualização dos
regulamentos desportivos e propõe novas regras;
29
- Comissão Médica Internacional (CMI): supervisiona a assistência
médica, as normas de segurança e higiene e os procedimentos de controlo
anti-doping;
- Comissão Internacional de Controlo (CIC): verifica se os
participantes preenchem as condições de participação;
- Comissão de Educação (EduC): organiza o Fórum FISU e a
conferência durante as Universíadas, promovendo o estudo do desporto
universitário;
- Comissão de Mídia e Comunicação (CMC): inspeciona e controla
todas as infraestruturas e meios técnicos fornecidos à imprensa e coopera com
os mídia internacional para garantir a cobertura dos mídia nos eventos da
FISU;
- Comissão de Supervisão das Universíadas de Inverno (CSU1):
responsável por organizar os progressos realizados na preparação das
Universíadas de Inverno, fazendo visitas de inspeção e através de reuniões
regulares com os responsáveis dos comités organizadores;
- Comissão de Supervisão das Universíadas de Verão (CSU2):
responsável por organizar os progressos realizados na preparação das
Universíadas de Verão, fazendo visitas de inspeção e através de reuniões
regulares com os responsáveis dos comités organizadores;
- Comissão Financeira (CF): juntamente com o tesoureiro, estuda o
plano de orçamento;
- Comissão de Desenvolvimento do Desporto Universitário (CDSU):
responsável por estudar todos os projetos que visam desenvolver as estruturas
da FISU e as associações associadas à FISU;
30
- Comissão de Igualdade e Género (CEG): responsável por estudar
todos os projetos que visam desenvolver o desporto feminino na FISU e as
associações associadas à FISU;
- Comissão jurídica (CJ): aconselha o comité executivo sobre todos os
assuntos legais relacionados com as atividades da FISU;
- Comissão de Estudantes (CdE): representa os estudantes atletas e
dirigentes universitários envolvidos nas organizações desportivas;
- Comissão Disciplinar (CD): preserva a integridade e reputação dos
eventos da FISU e contribuí para garantir a segurança dos atletas
universitários.
Figura 3: Organigrama da estrutura da FISU
FISU
Comité Executivo
Secretário Geral da
FISU
14 Comissões
Assembleia Geral
31
2.4.1.2) Os Campeonatos Mundiais Universitários
Os CMU surgem do crescimento e da expansão, por todo o mundo, do
desporto universitário. O primeiro CMU realizou-se em Lund, Suécia, no ano de
1963, com a competição entre os melhores jogadores de Andebol daquele ano.
É considerada uma competição com continuidade de ano para ano, uma vez
que estes campeonatos ocorrem nos anos pares, em alternativa às
Universíadas de Verão e Inverno, que por sua vez se realizam nos anos
ímpares. Os CMU são competições de modalidades coletivas e individuais que
reúnem as seleções de cada país. Qualquer Federação de Desporto
Universitário, que seja membro da FISU, pode candidatar-se à organização
deste evento desportivo, sendo acompanhada pela cidade e instituições que a
pretendem receber. (International University Sports Federation, 2015d)
Posteriormente à candidatura aprovada, a CTI equipa formada por
peritos técnicos das várias modalidades e pertencente à FISU, é responsável
pela visita técnica aos locais da competição, garantindo que os prossupostos
estão a ser cumpridos e avaliando as questões administrativas e logísticas.
Deste modo, são garantidos os procedimentos necessários ao cumprimento
das candidaturas por parte de uma ou várias entidades organizadoras do CMU.
(International University Sports Federation, 2015d)
2.4.2) O Desporto Universitário em Portugal
Figura 4: Logotipo oficial da FADU
A Federação Académica de Desporto Universitário (FADU) foi fundada
em 2 de março de 1990 e dotada de Utilidade Pública Desportiva em 1995.
Tem como principal foco o desporto visto como uma ferramenta de educação e
formação e é responsável pela organização de eventos desportivos
32
universitários destinados às instituições de ensino superior. Como seus
associados, tem as várias Associações de Estudantes ou Associações
Académicas (AAEE) do ensino superior português, que podem tornar-se
filiados da FADU através da inscrição das suas equipas para participar na
competição desportiva a nível regional ou nacional. Deste modo, são filiados da
FADU, todos os estudantes-atletas, oficiais, treinadores e agentes desportivos,
que fazem parte dessas mesmas equipas. (Federação Académica do Desporto
Universitário, 2015a)
Ao nível regional, no Porto existem os Campeonatos Académicos do
Porto (CAP), que têm como entidade organizadora a Federação Académica do
Porto (FAP). Já em Lisboa, a Associação Desportiva do Ensino Superior de
Lisboa (ADESL) é responsável pela organização dos Campeonatos
Universitários de Lisboa (CUL). Por último, existe na Zona Norte, Centro, Sul
(NCS), tendo várias equipas que não fazem parte das associações de Lisboa
ou do Porto. Para essas, realiza-se uma competição concentrada por etapas. A
nível nacional, existem os campeonatos nacionais universitários (CNU)
concentrados, que derivam das competições regionais, entrando em
competição as modalidades coletivas e individuais que tiveram anteriormente a
disputar a competição regional. Posteriormente, os CNU diretos são compostos
por modalidades que não tiveram nenhuma fase de apuramento ou regional,
entrando em competição direta a disputa pelo campeão nacional. Podem ser
provas únicas ou por outro lado o campeão apurar-se pela soma de pontos das
diferentes etapas.
Por último, existem ainda os Torneios Nacionais Universitários (TNU) e
os Eventos Nacionais Universitários (ENU), sendo que os primeiros são
compostos por modalidades como o bridge, andebol praia, floorball, rugby de
praia e ténis de praia e os segundos por competições não formais, como a
Gym Cup e os Beach Games.
Procurando estabelecer uma ligação entre a entidade que tutela o
desporto a nível nacional com o desporto a nível internacional, de referir que
Portugal já recebeu e organizou nove CMU e doze Campeonatos Europeus
Universitários (CEU). A primeira organização dos CMU foi em 1996, com a
33
modalidade de Corta-Mato, e posteriormente, já se realizaram as competições
de futsal masculino, andebol masculino, badminton, rugby 7’s, futsal, xadrez,
andebol e voleibol praia. Os primeiros CEU foram em 2001 com a modalidade
de basquetebol, e posteriormente, com as modalidades de voleibol,
basquetebol, badminton, golfe, taekwondo por duas vezes, ténis, ténis de
mesa, voleibol de praia, judo e andebol. Em 2016, decorreu o 10º CMU de
Karaté em Braga, o 7º CMU de Canoagem e o 7º CMU de Floorball no Porto.
Para 2018, prevê-se que Coimbra receba os Jogos Europeus Universitários
(EUG), competição onde estão concentradas todas as modalidades, e que que
Vila Real receba o 1º CMU de Corfebol enquanto Braga receberá o 8º CMU de
Ciclismo. (Federação Académica do Desporto Universitário, 2015b)
2.4.2.1) Enquadramento normativo do desporto
universitário em Portugal
Segundo o Artigo 79.º, nº 1º da Constituição da República Portuguesa2,
“Todos têm direito à cultura física e ao desporto”, onde aqui é fundamental
incluir todos aqueles que pretendem praticar desporto, não escolhendo
somente aqueles que têm melhores competências para a prática desportiva e é
dada uma oportunidade para a interação entre pessoas muito diferentes, onde
o desporto passa a ser um direito do Homem. Desta forma, o Estado procura
assegurar a prática e a difusão da cultura física e do desporto, valorizando o
ser humano, num direito que é reconhecido. No n.º 2 deste mesmo Artigo, são
referenciadas as associações e coletividades desportivas, sendo colaboradoras
do Estado, assumindo o papel de promoção do desporto. Assim, é certo dizer
que a intervenção é feita em todas as formas de manifestação desportiva.
Na Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto3, o Artigo 2.º, nº2,
prevê que “A atividade física e o desporto devem contribuir para a promoção de
uma situação equilibrada e não discriminatória entre homens e mulheres”,
colocando assim o homem e a mulher em situações de igualdade na prática
2 Cfr. art. 79.º na versão originária da Constituição da República de 1976
3 Lei n.º 5/2007 de 16 de Janeiro – Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto
34
desportiva, onde cada um tem o direito à sua competição e à escolha das
modalidades que pretende.
No Artigo 19.º, “O estatuto de utilidade pública desportiva confere a uma
federação desportiva a competência para o exercício, em exclusivo, por
modalidade ou conjunto de modalidades, de poderes regulamentares,
disciplinares e outros de natureza pública, bem como a titularidade dos direitos
e poderes especialmente previstos na lei”. Neste artigo começamos a focar o
tema central deste trabalho, o desporto universitário, que é gerido pela FADU.
O Decreto-Lei n.º 93/2014 de 23 de junho, esclarece o regime jurídico das
federações desportivas e as condições de atribuição do estatuto de utilidade
pública desportiva. Este estatuto reforça a sua importância, pois tem o poder de
definir as regras do jogo e as regras técnicas como base do seu funcionamento
e ainda, têm a função pública de regulação e disciplina. A regulação das
matérias pode ser expressão do poder de autorregulação própria como
autorregulamentação pública.
Segundo o Artigo 15.º, nº 3, “São federações multidesportivas as que se
dedicam, cumulativamente, ao desenvolvimento da prática de diferentes
modalidades desportivas, em áreas específicas de organização social,
designadamente no âmbito do desporto para cidadãos portadores de
deficiência e do desporto no quadro do sistema educativo”. Aqui, já me refiro à
tipologia da FADU, sendo esta multidesportiva por estar encarregue de toda a
promoção desportiva das diferentes modalidades que têm competição em
Portugal.
O Artigo 28.º, nº 3, decreta que “As instituições de ensino superior
definem os princípios reguladores da prática desportiva das respetivas
comunidades, reconhecendo-se a relevância do associativismo estudantil e das
respetivas estruturas dirigentes em sede de organização e desenvolvimento da
prática do desporto neste âmbito”. Neste ponto, incidimos sobre o público-alvo,
no qual as AAEE são denominadas de clubes para entrar nas diferentes
competições, bem como as Universidades assumem a organização das
diferentes provas ou então são também denominadas de clubes. O Decreto-Lei
35
n.º 23/2006 de 23 de junho, estabelece o regime jurídico do associativismo
jovem.
Nos estatutos da FADU4, artigo 5.º (Princípios de organização e
funcionamento), encontramos o seguinte:
1. A FADU organiza-se e prossegue as suas atividades de acordo com
os princípios da liberdade, da democraticidade, da representatividade e da
transparência.
2. A FADU é independente do Estado, dos partidos políticos e das
instituições religiosas.
3. A FADU atua em obediência aos princípios da universalidade, da
igualdade, da ética desportiva, e da coesão e da continuidade territorial, nos
termos da Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto.
4. A FADU atua ainda em obediência aos princípios da legalidade, da
igualdade, da proporcionalidade, da justiça, da imparcialidade, da boa fé, da
colaboração, da participação, da decisão, da desburocratização, da eficiência e
do acesso à justiça, nos termos da lei.”
Nestes mesmos, é esclarecido os princípios pela qual a FADU se rege,
bem que como se entende que esta federação é uma entidade independente
de outras entidades e qual a sua atuação na comunidade. Vão assim em conta
os Artigos 12.º, 13.º e 27.º da CRP, respeita também os Artigos 2.º, 3.º e o 4.º
da LBAFD. É entendido assim, que o sistema desportivo surge como um
fenómeno de uma atividade desportiva para todos, onde deve existir promoção
e um acesso a essa mesma. Reconhecer a importância da atividade física
desportiva como aspeto fundamental para o desenvolvimento integral da
pessoa humana e da sociedade é algo que é consagrado às responsabilidades
do Estado, bem como com a ajuda de algumas entidades públicas e privadas,
na organização do desporto em todas as suas vertentes, desde o desporto
escolar ao desporto de alta competição.
4 Aprovados na reunião de Assembleia Geral de 27 de julho de 2009; Última alteração na reunião de 16 de outubro de
2014
36
2.4.3) O Desporto Universitário no Porto
Figura 5: Logotipo oficial dos CAP
De acordo com o plano de atividades da FAP relativo ao ano 2017, o
Desporto Universitário tem como objetivo principal integrar o maior número de
estudantes no meio desportivo, mobilizando-os para a organização, promoção
e participação nas várias atividades desportivas. O Desporto Universitário deve
ser capaz de oferecer não só o desporto recreativo, mas também o desporto
competitivo. Se o primeiro poderá ser utilizado para novas aprendizagens e
para a manutenção da atividade física, o segundo deverá constituir um jogo
mais evoluído através de treino estruturado, numa perspetiva de formação e na
procura de atingir resultados que ficaram estabelecidos.
No Porto, a FAP é promotora do desporto formal e não formal,
fomentando uma dinâmica desportiva nas IES, bem como, na cidade do Porto.
Esta entidade, procura dar resposta aos interesses dos seus estudantes,
seguindo a política europeia de “Desporto para Todos”.
A FAP é uma das entidades responsáveis pela implementação do
Desporto Universitário em Portugal. Sob tutela da FADU, a FAP organiza os
CAP, sendo uma competição formal, promovida de estudantes para
estudantes. Nesta competição, estão incluídas as modalidades de andebol
masculino e feminino, basquetebol masculino e feminino, futebol 11 Masculino,
futsal masculino e feminino e ainda voleibol masculino e feminino. As equipas
destas modalidades são geradas pelas AAEE das IES do Porto, onde são
representadas exclusivamente por estudantes da respetiva unidade orgânica.
Atualmente, o modelo competitivo é reconhecido como desporto para
todos, estando dependente do número de equipas inscritas. Se for inferior a 12
equipas, inclusive, decorrerá um campeonato “todas contra todas”. A partir das
13 equipas, são organizadas duas fases. Numa primeira fase, as equipas são
divididas em grupos e, numa segunda fase - fase final - existe uma distribuição
37
pela 1ª e 2ª Divisão. Na 1ª Divisão, qualificam-se as 8 melhores equipas, na
qual é apurada a campeã regional. Na 2ª Divisão terão as restantes equipas,
que não se qualificaram. A exigência do modelo competitivo, torna a
competição mais regular, atrativa e exigente, permitindo a passagem à fase
final das melhores equipas. Com este modelo, existem mais jogos, mais atletas
e mais equipas inscritas.
Em todas estas modalidades é possível apurar as equipas para os CNU,
sendo estas, as duas, três ou quatro primeiras classificadas da 1ª Divisão, pois
dependem do ranking nacional de cada modalidade.
É missão da FAP, no que toca à intervenção desportiva, contribuir para o
sucesso das suas equipas em competição nacional, apoiando as mesmas em
toda a logística necessária. Esta entidade está também responsável, pela
organização de eventos de desporto informal, entre eles estão as competições
de basquetebol 3x3, xadrez, ténis de mesa, ténis, floorball e badminton. Nesta
área, ainda surgem as aulas de zumba e os torneios de futebol de rua.
2.5) Contextualização do floorball
Floorball é uma palavra que não é vulgar em Portugal e quando
indicamos que a mesma é uma modalidade desportiva, poderá tornar-se
totalmente desconhecida. Apesar do desconhecimento que pode surgir, a
palavra desperta curiosidade, principalmente a quem domina ou frequenta as
áreas que estão associadas ao desporto. Como tal, é fundamental descrever a
mesma, para melhor elucidar quando se pretende abordar esta modalidade.
2.5.1) Caraterização geral
Como é esclarecido no documento da Federação Internacional de
Floorball (IFF), o floorball é um desporto coletivo indoor, praticado num piso de
madeira ou superfícies plásticas. É semelhante ao hóquei em patins, em
38
campo ou no gelo e tem um grande potencial nos países que desenvolvem
esta modalidade desde cedo nos seus praticantes. A disputa do jogo é
realizada com uma bola de plástico e com uma baliza em cada um dos lados
do campo. Tal como a maior parte dos desportos, vence quem fizer mais golos.
O terreno de jogo (anexo 1), tal como as modalidades de futsal e de
andebol, é de 40 metros de comprimento e de 20 metros de largura, sendo
rodeado por um ringue (tabelas) de madeira ou plástico, com 50 cm de altura.
As balizas têm 115 cm de altura, 160 cm de largura e 60 cm de profundidade. É
constituída com material em forma de tubo, pintado de vermelho, com 65 mm
de diâmetro.
O jogo é disputado por duas equipas e desenrola-se com 5 jogadores
em campo e 1 guarda-redes (GR), em cada uma delas. Cada equipa tem no
máximo 20 atletas, tendo pelo menos dois GR.
Relativamente ao equipamento, o GR está equipado com calças
compridas, uma camisola de manga comprida, uma máscara/capacete, luvas e
calçado, podendo ainda ter, proteções para o joelho e virilhas. Em relação aos
jogadores, devem estar equipados com uma camisola de manga curta ou
cumprida, calção e meias altas. Cada jogador joga com um stick, à exceção do
GR, sendo o stick composto por um cabo e uma pá com as características
ilustradas no quadro 3 (International Floorball Federation).
39
Quadro 3: Características do stick (cabo e pá)
Cabo
Constituição Fibra de vidro, policarbonato ou fibra de carbono
Peso 150 a 250 gramas
Flexibilidade 28 a 32mm
Comprimento 75 a 110cm
Observações
O comprimento do cabo está relacionado com a altura do jogador. A regra básica é
que o mesmo deve ficar por baixo do umbigo do atleta, estando na vertical à frente
do jogador e com a pá em contacto com o solo. No entanto, consoante a posição dos
jogadores em campo e a sua experiência ao longo dos anos, há jogadores que
preferem um cabo menor para melhor controlo e drible e outros o cabo maior para
receção e interceção da bola.
Pá (lâmina)
Constituição Plástico ou nylon, fibra de vidro e fibra de carbono
Curvatura Máximo de 30mm para a direita ou para a esquerda
Tipologia Rígida (dura) ou flexível (mole)
Tamanho e forma Sem regras específicas
Observações
A pá rígida é melhor para o remate e a flexível para o controlo da bola. O jogador dá
curvatura à pá através de uma fonte de calor. Se o jogador for destro, molda para a
direita, o esquerdino moldará para a esquerda.
2.5.2) Principais regras do floorball
As regras do jogo são controladas por dois árbitros de campo e por 5
árbitros de mesa. Há um conjunto de regras específicas e outras subjetivas que
dependem do rigor e da perceção do árbitro. As regras gerais da modalidade
são as seguintes:
O jogo oficial tem a duração de 60 minutos, dividido por três
partes cronometradas de 20 minutos cada;
Cada jogador tem que ter um stick, à exceção do GR;
O GR não pode ter a bola na mão mais de três segundos e ao
atirá-la deve tocar no chão antes da linha central (no seu meio-
campo);
40
Se a bola sair pela linha lateral do ringue, a equipa contrária
recomeça com a bola no chão, no raio de 1 metro da zona que a
bola saiu. Se for pela linha final do ringue, o jogo recomeça na
cruz do face-off do canto;
No batimento de um livre ou de um lançamento, todos os outros
jogadores têm que estar a pelo menos 3 metros do local da bola;
O atleta pode utilizar o corpo para defender, intercetar ou passar
a bola, mas não pode utilizar o pé duas vezes seguidas nem pode
fazer assistência para golo com o corpo. Quando é referido o
corpo, são excluídas as mãos, braços e cabeça.
A bola pode ser jogada no ar com o stick, mas abaixo do nível dos
joelhos;
Não se pode saltar e tocar na bola;
O único contacto permitido entre jogadores é com o ombro;
O jogador só pode colocar três apoios no terreno de jogo, por
exemplo, os dois pés e um joelho;
O jogador tem uma exclusão de 2 minutos quando coloca o stick
acima da cintura e tenta jogar a bola, bate no stick do adversário,
joga a bola com as mãos ou cabeça, empurra, puxa ou obstrui o
adversário, atira o stick propositalmente e quando não se
encontra a mais de 3 metros da bola na marcação de um livre ou
lançamento;
É assinalada grande penalidade quando é feita falta num lance
nítido de golo. (International Floorball Federation)
2.5.3) Habilidades básicas
Esta é uma modalidade fácil de ser ensinada às crianças, dado que
possui material leve e é composta por 6 habilidades simples no mundo do
desporto.
41
A primeira é o passe. O passe é feito ao arrastar a pá no solo com a bola
encaixada na mesma. É preciso manter o equilíbrio e colocar a pá totalmente
perpendicular na direção do passe. Depois temos a receção de bola. A pá deve
estar em contacto com o chão, o jogador deverá manter a cabeça levantada e
amortecer a bola, acompanhando a mesma da frente para trás, para pará-la
junto ao corpo. De seguida há o remate, tendo duas variedades. O remate de
pulso a bola está sempre em contacto com a pá e é feito como um passe, mas
com um movimento mais rápido, mais forte e puxando o stick de trás para a
frente do corpo. O outro, é o remate slap, onde a pá toca no solo antes de tocar
na bola e é feito ao lado ou em frente ao corpo do jogador.
São as três habilidades fundamentais do floorball, havendo ainda a
proteção de bola, os deslocamentos com a bola e a finta. Na proteção de bola,
deve-se usar os pés e o corpo para proteger a mesma, controlar bem a bola e
colocar o stick com bola do lado contrário do adversário. Nos deslocamentos, a
bola deve estar sempre em contacto com a lâmina e estar sempre preparado
para passar ou rematar. Por último, nas fintas, o controlo da bola tem que ser
muito preciso, deve-se desenvolver a coordenação e a velocidade de
movimentos e fazer a finta no momento certo, iludindo o adversário.
(International Floorball Federation)
42
2.5.4) O floorball no Mundo
O floorball surgiu na Suécia nos anos 70, mas desde o séc. XIX são
praticados jogos similares a este, como é o caso do hóquei em gelo, do hóquei
em campo ou do hóquei em patins. O dado concreto, surge na criação da
primeira federação oficial de floorball a 7 de novembro de 1981, em Sala,
Suécia. Depois, surge o primeiro livro de regras, setembro de 1983. A Suécia,
Finlândia e a Suíça, formaram IFF, a 12 de abril de 1986 em Huskvarna, na
Suécia. Dez anos depois, surgiu o primeiro Campeonato Mundial de Floorball
masculino na Suécia em 1996, onde 18 países já estavam filiados à IFF. No
ano seguinte, 1997, foi a vez da competição feminina ter o seu primeiro
Campeonato Mundial, organizado na Finlândia. (International Floorball
Federation)
2.5.4.1) Edições anteriores do CMU de Floorball
Já se realizaram seis edições de Campeonatos Mundiais Universitários
de Floorball na competição masculina e quatro edições na competição
feminina, demonstrando assim a participação em eventos desportivos e os
anos que esta modalidade já se encontra implementada nos outros países.
No quadro 4 encontram-se os respetivos países que marcaram presença
nas referidas edições. No mesmo, verifica-se ainda a classificação de cada
uma, bem como o número total de participantes (atelas e dirigentes). Destaca-
se neste, o aumento de participantes de edição após edição, demonstrando
mais uma vez, o valor e a importância que o floorball tem adquirido nos países
participantes.
Uma curiosidade surge dos países que receberam o evento, pois até
Singapura receber o CMU, todas as edições foram feitas em países que já
possuem a prática regular da modalidade. Com o surgimento de Singapura,
sem histórico na modalidade, surge um dos motivos para Portugal receber a
sétima edição.
43
Quadro 4: Edições dos Campeonatos Mundiais Universitários de Floorball
Até 2014 já participaram 18 países em edições do CMU de Floorball,
onde os países europeus aparecem em maioria. O grande destaque vai para a
Suécia e Finlândia, pois lideram nos países com mais participações, sendo
mesmo totalistas. Tendo por base a participação de cada país, obtém-se o
ranking visível no quadro 5.
Cidade (país) Gotteborg
(Suécia)
Berna
(Suíça)
Kuortane
(Finlândia)
Umea
(Suécia)
Praga
(República
Checa)
Singapura
(Singapura)
Classificação
Masculina
1º Finlândia Suécia Finlândia Suécia Rep. Checa Suécia
2º Suécia Finlândia Rep.
Checa Finlândia Finlândia Suíça
3º Suíça Suíça Suécia Rep.
Checa Suécia Finlândia
4º Hungria Rep.
Checa Letónia Noruega Suíça Rep. Checa
5º Japão Eslováquia Japão Áustria Eslováquia Rússia
6º Áustria Hungria Hungria Japão Bélgica Japão
7º Holanda Japão - - Áustria Singapura
8º Geórgia Áustria - - Japão Rep. da
Coreia
9º - - - - - Malásia
10º - - - - - China
Classificação
Feminina
1º - - Suécia Suécia Suécia Suécia
2º - - Suíça Rep.
Checa Rep. Checa Finlândia
3º - - Finlândia Finlândia Finlândia Suíça
4º - - Japão Suíça Suíça Singapura
5º - - - Polónia - Japão
6º - - - - - Malásia
Participantes
(atletas) 132 149 178 194 230 281
Oficiais 30 30 38 44 48 64
44
Quadro 5: Ranking da participação dos países nas diversas edições dos CMU de Floorball
Para chegar à logística do CMU de Floorball no Porto, foi necessário
analisar os procedimentos da sexta edição em Singapura. A grande diferença
entre as duas edições está na instalação desportiva da sexta edição. Foi no
pavilhão do OCBC de Singapura, um pavilhão semelhante às dimensões do
MEO Arena que existe em Lisboa. Outra diferença, relacionava-se com o facto
da existência de bilhetes para assistir aos jogos e sendo estes pagos. A
terceira e última diferença estava na realização de pequenos jogos para o
público, nos intervalos dos jogos, com direito a prémio ao ter sucesso no jogo.
Os pequenos jogos basearam-se de acordo com o quadro 6.
Quadro 6: Jogos de animação no 6º CMU de Floorball
Nome do Jogo Como jogar
King of the court Jogo de 1vs1. Vence quem marcar dois golos primeiro em 90
segundos – o vencedor passa para ronda seguinte
Curso de obstáculos Equipas de 4 elementos. Percurso de obstáculos ultrapassado por
drible, vence a equipa que completar o percurso em menos tempo
Penalty Shooutout Três tentativas contra uma guarda-redes da competição oficial,
ganha um prémio se marcar as três tentativas
Desafio Família Pai/mãe e filho fazem um percurso de obstáculos com o mesmo
stick e depois têm que marcar golo
Ranking País Edições
masculinas
Edições
femininas
Total de
edições
1º Suécia e Finlândia 6 4 6
3º Japão 6 2 6
4º Suíça 4 4 6
5º República Checa 5 2 5
6º Hungria 3 0 3
7º Áustria e Eslováquia 2 0 2
9º Malásia e Singapura 1 1 1
11º
Bélgica, China, Geórgia
República Da Coreia, Holanda
Letónia, Noruega e Polónia
1 0 1
45
2.5.5) O floorball em Portugal
Em Portugal, há um desconhecimento claro da população relativamente
a esta modalidade. Inicialmente, em 2008, houve a tentativa de criar uma
Federação, mas a mesma não teve sucesso, por falta de introdução no
desporto de iniciação e pelo desinteresse a nível sénior. Mais recentemente,
em 2014, surgiu a oportunidade de Portugal organizar o CMU de Floorball,
dado a inexistência de candidaturas. Apesar do desconhecimento existencial,
esta competição foi uma oportunidade que faltou a quem tentou implementar
em 2008, esta modalidade em Portugal. Uma candidatura surpreendente, mas
com o objetivo claro de fazer chegar esta mesma modalidade às Universidades
e às escolas. Para introduzir a modalidade foi necessário formar os seus
interessados, com o objetivo de alargar os horizontes e oportunidades de
aprendizagem. Quantos mais recursos humanos com qualificações de treinador
e de dirigente desportivo em floorball, mais facilmente se poderão expandir
esta modalidade por todo o país.
Em Loulé, no clube de floorball denominado de “Portugal Loulé Linces”,
a modalidade já era praticada com regularidade por um conjunto de atletas de
todas as idades, mais concretamente entre os 6 e os 60 anos de idade. O
responsável deste mesmo clube, é de origem sueca e pretendeu dar
continuidade a um dos desportos mais praticados na Suécia. Foi este o clube
que mais contribuiu, mostrando-se sempre disponíveis para colaborar, e o que
mais se interessou pelo campeonato do mundo que o Porto iria receber. Assim
sendo, ficaram responsáveis por estabelecer um protocolo entre o clube e a
Universidade do Algarve, com vista à formação, tanto de atletas como de
dirigentes na modalidade, possibilitando a sua expansão assim como a
melhoria das suas condições, após o campeonato, pois este mesmo clube
recebeu sticks, bolas, um ringue e duas balizas.
46
47
3) Enquadramento da prática profissional
48
49
Quando escolhemos um sítio devemos procurar algo que nos motive,
que nos coloque desafios e que nos faça identificar com a sua realidade.
Torna-se importante reconhecer que o sucesso é conquistado através de
trabalho e que nada acontece por acaso. Ter a oportunidade de escolher uma
entidade e ser recebido com confiança em desenvolver um bom trabalho, são
duas características que tornam o estagiário mais sensível na conquista de um
monopólio de experiências significativas para o futuro.
“Ninguém é excelente por causa dos Genes ou pela personalidade que
revela ou, pelo saber e a técnica que evidência. Mas sim pelo árduo e
ambicioso caminho que foi capaz de trilhar” (Araújo, 2014).
3.1) Caraterização da entidade acolhedora do estágio
profissionalizante
O CDUP-UP, apenas surgiu em 2012, pois desde setembro de 2004 era
denominado de GADUP (Gabinete de Atividades Desportivas). Em 2010,
manteve a mesma sigla, mas designava-se de Gabinete de Apoio ao Desporto.
Este gabinete estava inserido nos Serviços da Ação Social da U.Porto
(SASUP). Em paralelo, existia o Centro Desportivo Universitário do Porto –
Associação Desportiva (CDUP-AD), que era considerado um clube desportivo.
Mas com a evolução, o GADUP passou a ser CDUP-UP, o qual ficou
responsável pelo desporto universitário e pela gestão dos espaços desportivos,
enquanto o CDUP-AD assumiu a gestão do desporto federado.
3.1.1) Missão
A missão do CDUP-UP consiste então na organização do desporto
universitário e na gestão das infra-estruturas e equipamentos desportivos da
Universidade do Porto.
50
3.1.2) Visão
Tem como visão, o reconhecimento como serviço desportivo
universitário de excelência a nível nacional.
3.1.3) Vocação
O CDUP-UP está vocacionado na promoção e na dinamização do
desporto universitário na comunidade académica da U. Porto.
3.1.4) Público-alvo
O seu público-alvo consiste na comunidade da U. Porto, nomeadamente
estudantes, funcionários e professores, nos Alumni e nos externos (empresas e
clubes).
O CDUP-UP é hoje em dia um serviço autónomo da U.Porto, dotado de
autonomia administrativa e financeira, tendo estatutos próprios publicados em
Diário da República, a 4 de fevereiro de 2013. Nesses estatutos é possível
entender alguns dos fins a que se dedicam, onde se destaca a promoção e
criação de condições para fomentar a prática desportiva, seja de forma lúdica,
no desporto federado, não federado ou universitário. Sendo que nesta última,
encontrei o grande foco de trabalho diário ao longo do ano. Assim, o principal
objetivo desta entidade, passa por “ser a melhor escolha para a prática
desportiva de todos os membros da Comunidade da U.Porto” (CDUP-UP,
2017a).
O CDUP-UP é constituído por três órgãos de gestão, sendo estes o
conselho coordenador, o diretor e o conselho executivo. O primeiro é composto
por cinco membros, sendo um reitor a presidir este conselho, contando ainda
com dois membros do conselho geral da U.Porto e dois membros designados
pelo CDUP-AD. No segundo órgão, o diretor é designado pelo reitor,
juntamente do conselho coordenador. Por último, no conselho executivo, temos
o diretor que preside, dois vogais designados pelo diretor e dois vogais
designados pelo CDUP-AD.
51
A nível interno, os recursos humanos do CDUP-UP são compostos pelo
diretor, pelas áreas de coordenação técnica, pela coordenação administrativa,
assistência administrativa, assistência operacional, comunicação e eventos.
Em termos funcionais o CDUP-UP, está distribuído em dois grandes domínios,
como é possível verificar na figura 6.
Figura 6: Organigrama do funcionamento interno do CDUP-UP
Neste organigrama, é o diretor que assume a maior responsabilidade,
sendo este quem controla todas as atividades e situações que surgem na
instituição. A seguir ao responsável máximo, existem duas grandes áreas, a
organização e gestão de atividades desportivas e a organização e gestão de
instalações desportivas. Nesta última, e do lado direito da figura, temos a
distribuição dos serviços pelos três pólos da U.Porto. No pólo I pelo CDUP-
Bora Hora, no pólo II pelo Pavilhão Luís Falcão e no pólo III através do Estádio
Universitário. De destacar ainda que, no pólo II, existe a promoção de várias
atividades na FADEUP.
Do lado esquerdo, temos a subdivisão das diferentes áreas que o
CDUP-UP oferece e desenvolve, sendo estas, programa de fitness (UPFit),
atividades de lazer, competições internas e representações U.Porto.
52
O programa UPFit procura promover a prática desportiva de uma forma
lúdica, oferecendo à comunidade diversas atividades, entre elas, o fitness, a
musculação, o cardiofitness e atividades aquáticas. Para além destas
atividades, o CDUP-UP, ainda tem ao dispor do seu público-alvo as
modalidades desportivas de combate, tiro com arco, escalada e badminton.
Nas atividades de lazer ou pontuais temos os três campos de férias
desportivas (Natal, Páscoa e Verão), bem como apoio logístico a atividades
promovidas por outras instituições e, ainda, a promoção de um conjunto de
atividades fora do contexto habitual das instalações, como por exemplo, a
promoção de floorball na semana de receção ao novo estudante.
Nas competições internas, encontram-se todos os eventos de carácter
competitivo não formal, através de eventos pontuais ao longo do ano, serve de
exemplo, os U.Porto Games.
Por último, as representações U.Porto, dizem respeito às
representações das equipas de competição da U.Porto a nível regional,
nacional e internacional. Por ano, participam em mais de 40 modalidades, seja
no desporto individual ou no coletivo. Esta instituição tem arrecadado ao longo
dos últimos anos, o “Troféu Universitário de Clubes”, entregue pela FADU,
numa gala no final da época desportiva, onde são premiados aqueles que de
destacaram, sejam equipas, atletas ou treinadores. Inserido ainda nesta
vertente das representações da U.Porto, foi criado o departamento de
competição, cuja sua coordenação está à responsabilidade de um técnico,
nomeadamente, o Dr. Daniel Vieira. Neste mesmo gabinete, tendo como seu
coordenador o Secretário-Geral do CMU, foi inserido todos os procedimentos
associados ao CMU de Floorball.
3.2) Caraterização das Entidades Organizadoras
O CMU de Floorball, teve como entidades organizadoras a FAP e a
U.Porto. Esta organização partilhada não surgiu apenas neste evento. Outrora,
em 2013 e 2014, organizaram o Campeonato Europeu Universitário de Voleibol
53
Praia e o CMU da mesma modalidade, sendo que, nestas edições o Instituto
Politécnico do Porto (IPP) também contribuiu para a organização destas
mesmas.
Por sua vez, no ano de 2016 estava reservada uma organização
conjunta entre duas entidades. As mesmas definiram os recursos humanos que
estariam na comissão organizadora e comissão executiva, atribuindo
responsabilidades e atividades a cada um.
3.2.1) Federação Académica do Porto
Figura 7: Logotipo oficial da FAP
A FAP foi fundada em 1989, surgindo como interlocutor representativo
da maior academia do país. Com a criação da FAP assistiu-se a uma nova fase
na evolução do movimento associativo: esta federação assume-se como um
organismo coordenador do movimento estudantil, criando os meios para a
união das diversas associações. O movimento associativo do Porto ampliou-se,
gerou dinamismo e conduziu a um contacto associativo regular e definido de
forma extremamente positiva para a melhoria qualitativa do ensino superior e
da sociedade.
A instituição, comemora 28 anos no presente ano e é constituída por 27
associações de estudantes federadas, representando mais de 60.000
estudantes. Atua em três áreas específicas, académica, política e social e
representa quatro subsistemas do ensino superior: universitário público,
politécnico público, ensino particular e cooperativo e ensino concordatário.
Enquanto promotora de inúmeras atividades culturais e desportivas, a
FAP assume-se como um pólo dinamizador da vida da academia do Porto, mas
também da própria cidade do Porto e da sua área metropolitana. As
54
dificuldades levantadas pela inexistência de um verdadeiro pólo universitário
que conduzem a uma desarticulação das instituições de ensino superior tornam
as atividades culturais e desportivas como o ponto de ligação entre a cidade e
a academia. Fruto desse trabalho de muitos anos, podemos hoje dizer que a
cidade e a sua área metropolitana e a academia são já duas realidades unidas
por um laço muito especial.
A sede da FAP, inicialmente, situou-se na Rua Miguel Bombarda, num
edifício cedido pela U.Porto, tendo-se transferido no ano de 1997 para
instalações próprias. Através de um concurso promovido para estudantes da
Universidade de Arquitetura, foi possível que a sede mudasse de instalações
encontrando-se atualmente na Rua do Campo Alegre, n.º 627, integrada no
Pólo Universitário do Campo Alegre (Federação Académica do Porto, 2015).
A Direção da FAP é composta por 9 dirigentes, sendo totalmente
composta por estudantes inscritos na Academia do Porto. No presente ano, a
FAP tem 5 dirigentes da Universidade do Porto (Desporto, Medicina,
Engenharia, Ciências e Medicina Dentária), 3 do Politécnico do Porto (ISCAP,
ISEP e ESS) e 1 da Universidade Católica Portuguesa (Economia e Gestão).
Em relação aos cargos, possuem 1 Presidente, 1 Tesoureiro, 2 Vice-
Presidentes, 1 Secretário-Geral e 4 Vogais. Cada um deles assume uma área
no seu dia-a-dia de trabalho, as quais consistem em: Política educativa,
Administração e Património, Desporto, Atividades Académicas e Culturais,
Queima das Fitas do Porto, Comunicação, Social, Empregabilidade e
Empreendedorismo e Representação Estudantil e Institucional. Este trabalho
ainda é suportado por funcionários contratados para fazer parte da estrutura da
FAP.
Em cada uma das áreas elencadas anteriormente, há um conjunto de
atividades estruturadas e planeadas no início do ano, sendo cumpridas ao
longo de apenas 1 ano, visto que os mandatos dos dirigentes da FAP são de
apenas 1 ano. É apresentado no seu plano de atividades a descrição de cada
atividade, bem como a síntese dos objetivos e as metas em cada uma.
55
3.2.2) Universidade do Porto
Figura 8: Logotipo oficial da U.Porto
A U.Porto foi fundada a 22 de março de 1911, comemorando assim no
presente ano, 106 anos, sendo uma instituição reconhecida pela sua oferta na
investigação e educação, encontrando-se entre as 150 melhores universidades
europeias.
São 14 Faculdades, 1 Business School e 51 Centros de Investigação
inseridos na U.Porto, distribuídos por três pólos na cidade do Porto, sendo
estes, Pólo I na baixa da cidade, Pólo II na zona da asprela e Pólo III no campo
alegre. Tem diversos cursos como: Arquitetura, Belas Artes, Ciências, Ciências
da Nutrição e Alimentação, Desporto, Direito, Economia, Engenharia,
Farmácia, Letras, Medicina, Medicina Dentária, Psicologia e Ciências da
Educação e em Ciências Biomédicas.
A grande ambição desta Universidade passa por estar entre as 100
melhores universidades do Mundo até 2020, onde de momento já é a mais
internacional de todas as universidades portuguesas, fruto da colaboração e
cooperação com várias universidades no mundo. Para atingir a ambição
referida, procuram não formar apenas profissionais, mas sim pessoas, dando a
liberdade de inovar e crescerem pelos seus desejos individuais.
Em qualquer uma das faculdades, o objetivo passa pela excelência
através de padrões de exigência e qualidade, lançando estudantes de
qualidade no mercado de trabalho. Esta preocupação, está patente atualmente,
dado os elevados números de desemprego, surgindo assim o contacto
permanente com profissionais das diferentes áreas, permitindo um contacto
real com o futuro que poderão encontrar. Esta Universidade apresenta
elevadas condições de estudo, seja para ensino ou para aprendizagem, dada a
capacidade de pensamento e inovação dos estudantes e do corpo docente
altamente qualificado e especializado. Mas, também aposta na investigação,
onde interligam a aprendizagem com a criação de saber. Facilmente se
56
percebe o investimento e dedicação feita na investigação pelo número de
espaços que apresentam para trabalhar na mesma. Os números de espaços
refletem-se também nos resultados, dado que a U.Porto é uma das grandes
produtoras de ciência no nosso país, contribuindo diretamente com mais de
23% de artigos na ISI Web of Science (Universidade do Porto, 2015).
57
4) Realização da prática profissional
58
59
Os “livros fecharam”, a história pausou e o momento de colocar em
prática todos os anos de aprendizagem finalmente chegou. Já não chega
sonhar e pensar no que se pode fazer, agora o que mais importa é executar.
Procurar fazer sempre o melhor, cumprir o necessário e inventar novos
procedimentos, pois é preciso explorar o que de diferente pode ser realizado.
Contudo, mesmo na fase da efetiva operacionalização do 7.ºCMUF houve por
diversas vezes a necessidade de investigarmos os principais autores nos
vários domínios em que tivemos que intervir.
O conhecimento pessoal é fundamental porque permite reagir aos
imprevistos e executar mais rapidamente as atividades impostas, mas não
tendo conhecimento ou tendo alguma dúvida, torna-se importante saber
escutar quem sabe e tem experiência. Por outro lado, caso haja um
desconhecimento total, deve-se procurar o que está escrito. Não devemos ser
orgulhosos, solicitar apoio e entreajuda pode ser uma mais-valia na execução
das responsabilidades.
4.1) Pré-evento do 7.ºCMUF
São variadas as atividades nesta fase que antecede o grande evento
desportivo. A preparação de um evento desportivo tem que ser pensada ao
pormenor, principalmente na antecipação de imprevistos que possam vir a
ocorrer. A aproximação da data do início do evento desportivo é considerada
um momento no qual surgem mais questões a responder, sendo assim, é
deveras importante ter uma equipa completamente pró-ativa e preparada para
resolver todas as necessidades.
Neste evento desportivo em específico, houve a necessidade de iniciar o
pré-evento mais cedo, porque foram necessárias formações e aquisições
específicas da modalidade. Foi importante também começar a divulgar e
promover a modalidade com maior antecedência, para dar a conhecer e tornar
o nome da modalidade habitual e ouvida em Portugal.
60
4.1.1) Promoção do 7.ºCMUF
Na organização de qualquer evento desportivo, a capacidade de
compreender e a importância de organizar uma comunicação constante e
adequada, é fundamental para atingir os objetivos propostos, dar notoriedade
ao evento e obter o reconhecimento desportivo pretendido.
Apostar na promoção no pré-evento é cada vez mais importante sendo
necessário elaborar um plano de comunicação com as várias atividades a
desenvolver. Com uma boa promoção podemos alcançar mais pessoas
demonstrando o evento desportivo que será organizado e, através de uma
imagem uniforme, o público-alvo consegue interpretar esta mesmo imagem ou
a mensagem como algo relacionado com o evento desportivo em causa.
A estratégia de promoção do floorball teve como objetivos, informar,
persuadir e manter a modalidade na mente do público-alvo, sendo estes um
dos principais objetivos definidos para o meu EP. A ideia primordial foi
aproveitar todos os momentos possíveis para divulgar esta modalidade, para
que todos os estudantes universitários se sentissem ligados ao evento e
familiarizados com a modalidade. Para isto, foi necessário equilibrar todos os
métodos promocionais de forma a elevar o evento. A construção da
diferenciação consistiu em promover não só a competição, mas também a
Academia do Porto, a modalidade, a cidade, o país e todos os parceiros. O
público-alvo era diversificado, visto que o floorball despertava uma maior
percentagem de curiosidade no público em geral.
A nível nacional, marcamos presença nos campeonatos nacionais
organizados sob tutela da FADU, na receção aos novos estudantes da U.Porto,
no dia de Voluntariado da U.Porto, na Queima das Fitas do Porto, na Mostra da
U.Porto, nas formações no Porto, Braga, Aveiro, Lisboa e Madrid e por último,
no TNU de Floorball. Quanto a nível internacional, a promoção foi ocasionada
através da presença de atletas e equipas em Campeonatos Europeus no ano
de 2015 (voleibol praia, ténis de mesa, futebol, rugby 7, basquetebol 3x3,
61
karaté, ténis, remo, xadrez e escalada) e, em solo português, no Campeonato
Europeu Universitário de Andebol na Universidade do Minho
Nestas atividades, a promoção realizou-se com o apoio de alguns
materiais, como lonas e uma baliza, com o intuito de exemplificar um gesto
técnico de floorball, nomeadamente, o remate. Ensinou-se assim, a pega do
stick, onde os aprendizes tinham como desafio acertar num dos buracos da
baliza. Esta ação, prendeu-se com a intenção de demonstrar a facilidade da
execução do remate, tendo assim um grau de complexidade baixo. Para a sua
realização, foram abrangidas várias idades, incluindo crianças, promovendo a
atração que o evento poderia ter para os pais e filhos. Como material de
promoção tínhamos a seguinte listagem em stock:
4 Roll ups com o logo oficial do 7.ºCMUF;
4 Roll ups como o cartaz oficial do 7.ºCMUF;
2 Roll ups para a captação de voluntários;
4 Bandeiras;
10 “Beach flags”;
1 Stick “i like”
1 Baliza de floorball com o cartaz do evento;
500 Autocolantes;
50 Muppies;
5 Carros de promoção;
500 T-shirts.
Em todos os momentos de promoção, foi notória a curiosidade dos
espetadores ao passar na zona de promoção, que questionavam sempre em
que consistia em concreto a modalidade, dado o desconhecimento desta em
Portugal. De denotar, que nas únicas situações onde não ocorreram estas
questões, foi quando surgiram estudantes estrangeiros, essencialmente da
Suécia e Finlândia, países onde efetivamente a modalidade é bastante
praticada, tendo então estes indivíduos um maior domínio técnico do stick.
Outra forma de promoção do evento, foi através de várias notícias
62
escritas e da gravação de várias reportagens, sempre com o objetivo de
divulgar as datas do evento desportivo e apelar ao sentimento de quem está a
assistir à modalidade. Numa promoção mais experimental, tivemos os alunos
dos Campos de Férias Desportivas da U.Porto, onde vivenciaram alguns
gestos utilizados em jogo, através de aulas de iniciação à modalidade. Nestes
últimos, uma das promoções realizou-se mesmo durante o próprio evento,
porque ocorreu em simultâneo o Campo de Férias Desportivas da U.Porto de
Verão e o 7.ºCMUF.
4.1.2) Área técnica
A área técnica está diretamente relacionada com características da
competição e das instalações desportivas. No entanto, como o foco está na
competição, outras questões logísticas como o alojamento, os transportes e a
alimentação são estruturadas através das exigências da competição. Tendo
isto por base, esta área é fundamental para o conceito demonstrado pelas
entidades organizadoras, desenhando claramente a estratégia que se pretende
tomar, dado que a competição é o motivo principal à presença das equipas no
campeonato, onde cada uma traça os seus próprios objetivos. Todavia, importa
salientar que antes de se dar início à competição, cada uma delas pode
escrever o seu nome como a campeã mundial universitária.
4.1.2.1) Visita Técnica
A candidatura foi entregue e conquistada no ano de 2014, mas no ano
procedente, apresentou-se os locais e as condições à CTI da FISU. Fiquei
responsável por organizar um programa de um dia, com o objetivo de
demonstrar todas as áreas e atividades que o evento desportivo iria envolver.
Nesta, conferiu-se, se todos os processos estariam corretos, corrigindo os que
63
ainda não correspondiam às normas exigidas. A visita técnica realizou-se no
dia 2 de outubro de 2015 com o programa apresentado no quadro 7.
Quadro 7: Programa da visita técnica do 7.ºCMUF
Horário Descrição Denominação
10h00 Saída do hotel -
10h30
Residência Novais Barbosa Alojamento
Cantina da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto Alimentação
Residência Ruca 1 Alojamento
12h30 Almoço -
14h00 Estádio Universitário Instalação desportiva
15h00 Faculdade de Desporto da Universidade
do Porto Instalação desportiva
16h30 Reitoria da Universidade do Porto Local de saída para o cortejo na
cerimónia de abertura
17h30 Ribeira e centro da cidade do Porto Locais do programa social e cerimónia
de abertura, respetivamente
19h00 Regresso ao hotel -
20h30 Jantar -
Após a visita, o balanço geral foi positivo, dado que demonstramos
condições para dar resposta às exigências da IFF e da FISU. A única
preocupação dos técnicos que realizaram a visita, foi dada ao pavilhão do
estádio universitário, dado o atraso que a obra se encontrava. Mas nessa
altura, foi garantido por parte da organização que tudo estaria pronto a tempo e
a horas da competição. Foram também apresentados alguns conselhos, para
que a organização tivesse maior sucesso, nomeadamente envolver e
demonstrar a cidade aos participantes e ter um local central para
esclarecimento de dúvidas. Um outro conselho, surgiu das especificidades dos
alojamentos e das exigências particulares que os países da Ásia Oriental
pudessem ter, onde sugerimos que fossem alojados na residência Ruca I, a fim
de prepararem as suas próprias refeições, sendo esta uma ideia pensada
anteriormente à realização da visita técnica.
64
Em relação aos pisos das instalações desportivas, os mesmos deviam
ser exatamente iguais, incluindo a publicidade que é exigida no ringue e no
piso de cada uma. Era também necessário, existir indicações nas instalações
desportivas, para que quando a delegação não estivesse na presença de um
guia se pudesse orientar, bem como para os demais convidados que se
deslocariam pelos seus próprios meios. Por fim, foi recomendado ter ao dispor
da arbitragem, material desportivo para que estes pudessem realizar o seu
aquecimento. Relativamente aos hinos, conclui-se que estes não eram
necessários antes dos jogos, pois só nas provas federadas é que são
obrigatórios.
A nível do transporte das equipas que se confrontaram no jogo, foi
confirmado pelo delegado técnico, que estas poderiam seguir no mesmo
transporte. Por outro lado, a equipa de arbitragem teria de recorrer a um
transporte exclusivo para a mesma. Para além disso, esta última teria acesso
ao seu próprio balneário, à exceção dos árbitros de mesa. Deu-se assim por
concluída a visita técnica, onde tivemos a oportunidade de esclarecer todas as
dúvidas.
4.1.2.2) Exigências da IFF na competição de floorball
Figura 9: Logotipo Oficial IFF
A IFF tem um conjunto de regras obrigatórias para cada jogo numa
competição do 7.ºCMUF. Em caso de incumprimento das mesmas, a equipa da
arbitragem tem permissão para não iniciar ou continuar o respetivo jogo.
65
Em primeiro lugar, as exigências dizem respeito às instalações
desportivas, demonstradas na visita técnica. São assim necessárias as
seguintes condições para cada local de competição:
A zona livre deve estar a 2m da linha lateral da área de jogo;
A zona livre deve conter um raio de 3m para passagem dos
atletas;
A comissão organizadora deve fornecer o piso oficial para a
competição do floorball;
O revestimento do piso sintético é aprovado pela FISU e IFF;
Os marcadores são elétricos e estão em conformidade com as
necessidades e requisitos da FISU e da IFF.
Compete à organização garantir, em cada jogo, as seguintes condições
logísticas:
4 a 8 pessoas em torno do ringue para limpar o piso, colocar o
ringue na posição correta e repor a bola em jogo;
Mesa de jogo com 2 cronometristas (1 para tempo manual e outro
para o programa de estatística IFF), 1 Speaker e 1 Oficial IFF;
Mesa de jogo com 4 a 6 cadeiras, equipamento sonoro ligado ao
sistema eletrónico, 1 computador com internet e programa
estatístico IFF, impressora a preto e branco, fichas de jogo, fichas
das linhas da equipa, livro de regras oficiais, equipamento para
medir o comprimento do cabo e a curvatura da pá do stick
(material da IFF), 2 Dispositivos de tempo (manual e eletrónico), 2
apitos de árbitro, 50 bolas oficiais IFF, 2 balizas oficiais IFF, 1 fita
métrica, panos e vassouras;
Bancos de penalização com 4 cadeiras em cada lado da mesa,
onde duas se encontram destinadas aos oficiais de penalização
(um de cada lado, o lado mais próximo do banco de suplentes);
Banco de Suplentes com 20 lugares no mínimo;
66
Primeiros Socorros (equipa qualificada e com material necessário,
próxima do ringue do jogo);
Material de reparação do ringue e das balizas.
Quanto à competição propriamente dita a organização e as delegações
têm que saber os seguintes requisitos:
Cada equipa tem: um máximo de 27 intervenientes desportivos,
sendo 20 jogadores e 7 dirigentes;
2 Locais para competição masculina;
2 Locais para competição feminina;
Metade do campo de treino e aquecimento deve estar à
disposição exclusiva de uma equipa durante a sua sessão.
Balneários: 2+2 em cada género
Bancada com capacidade para 2000 espetadores no masculino e
1000 no feminino;
Imprensa – 50 credenciais disponíveis para os mídia.
4.1.2.3) Prazos de promoção do evento
Após ambas as entidades organizadoras, FAP e U.Porto, terem sido
declaradas vencedoras da candidatura ao evento desportivo, tiveram
subjacentes um conjunto de procedimentos na divulgação, quer para as
possíveis delegações, quer para os potenciais interessados em ser parte ativa
do evento desportivo. Foi fundamental o cumprimento de todas as divulgações,
dados os prazos impostos para as inscrições. Sendo assim, foi necessário:
Divulgar o site oficial, 6 meses após a atribuição oficial dos
CMU;
1 ano antes da abertura oficial, enviar o convite oficial, os
regulamentos técnicos e gerais às delegações;
67
2 meses antes da abertura do CMU, enviar o programa de
eventos e o calendário provisório a todas as delegações inscritas;
1 mês antes do CMU, a comissão organizadora tem que publicar
um manual aprovado pelo CTI, com os regulamentos técnicos, o
programa de competições, sessões de formação e especificações
técnicas;
No dia antes do CMU, entrega-se aos países participantes o
boletim de informações necessárias;
Diariamente durante o campeonato, é necessário distribuir toda a
informação importante para o desenrolar da competição e das
outras atividades;
Diariamente, pelas 06h00 são colocados os resultados do dia
anterior e a programação do dia seguinte;
No último dia do evento, são colocados todos os resultados;
No prazo de dois meses após o campeonato, é lançado o livro
oficial com fotos e descrição do evento e ainda o filme oficial;
4.1.2.4) Pagamentos das inscrições
A delegação quando aceita inscrever a sua seleção na competição tem
um conjunto de pagamentos a realizar por cada dia que os seus intervenientes
desportivos permanecem no evento desportivo. Esta é a principal fonte de
receita das entidades organizadoras.
Os pagamentos, cujos serão esclarecidos a seguir, incluem a estadia, a
alimentação, o transporte durante toda a competição (incluindo trajeto entre o
aeroporto oficial e o local de alojamento), o programa social e o acesso à
competição. Assim, a seguinte listagem refere os respetivos pagamentos:
Inscrição geral - 5 meses antes do campeonato, os países
registam a sua equipa com o pagamento de 5.000€;
68
Inscrição quantitativa - 3 meses antes do campeonato, com o
número de participantes e oficiais;
Inscrições nominativas e oficiais - 1 mês antes do campeonato,
com lista de participantes e oficiais, sendo pago o valor diário por
cada um.
4.1.2.5) Calendário competitivo
Após esta fase inicial relativamente às normas a ter em conta, fui
responsável por construir um calendário competitivo para ser apresentado à
FISU. As primeiras informações que retive, encontravam-se relacionadas com
o facto de ter sido exigido o desenrolar da competição em apenas 5 dias,
sendo que três destes estavam destinados à fase de grupos e os outros dois
para a atribuição da classificação final. Deparei-me com outra particularidade,
mais especificamente, o facto de a seleção só poder realizar dois jogos no
mesmo dia, apenas uma vez durante a fase de grupos, sendo necessárias 8
horas de descanso entre os dois jogos realizados no mesmo dia.
Inicialmente, 11 seleções masculinas e 8 femininas manifestaram o seu
interesse em participar no 7.ºCMUF, no entanto, só 9 na competição masculina
e 7 na feminina é que oficializaram a sua inscrição.
Após a confirmação destas seleções por parte da FISU, elaborei um
calendário competitivo consoante as normas da FISU. Na competição
masculina, 4 seleções ficaram no grupo A e 5 no grupo B. Por sua vez, na
feminina distribuí 3 seleções no grupo A e 4 no grupo B, como se verifica no
quadro 8. Ficaram menos seleções no grupo A porque estas tinham passagem
direta ao apuramento do campeão mundial universitário. Isto porque, o modelo
competitivo do floorball é muito específico, pois coloca as equipas inscritas em
dois grupos, consoante os resultados que as mesmas tenham tido nos últimos
anos, ou seja, é como se houvesse a 1.ª e 2.ª Divisão. As melhores equipas
ficam no grupo A e as restantes no grupo B. Este modelo pretende equilibrar a
69
competição numa primeira fase, evitando que as equipas estreantes joguem
com equipas que já estão na competição há anos.
Quadro 8: Distribuição das seleções pelos grupos do 7.ºCMUF
Quanto aos jogos na fase de grupos, a FISU delineou uma chave de
entrosamento. Deve ser construído um calendário onde se apresenta a data, a
hora, o grupo, a equipa da casa, a equipa de fora e a instalação desportiva,
como é visível no quadro 9.
As dificuldades sentidas nesta atividade dizem respeito à instalação
desportiva a ser utilizada e ao horário que cada equipa deveria jogar. Foi
necessário respeitar o intervalo de horas entre os jogos, estabelecido em 8
horas, bem como permitir que todas as seleções tivessem a oportunidade de
competir nas duas instalações desportivas, não sendo permitido assim que
uma seleção jogasse sempre na mesma instalação desportiva. Em relação ao
horário de cada jogo, devido a não ter qualquer conhecimento prático do tempo
necessário em cada jogo, tive que verificar e analisar os horários das duas
edições anteriores, bem como ter atenção aos horários que foram definidos na
alimentação (pequeno-almoço, almoço e jantar), respeitando 1h30 entre a
alimentação e o jogo.
Competição masculina (M) Competição feminina (F)
Grupo A Grupo B Grupo A Grupo B
A1 B1 A1 B1
A2 B2 A2 B2
A3 B3 A3 B3
A4 B4 B4
B5
70
Quadro 9: Calendário competitivo 7.ºCMUF
Data Hora Grupo Seleção da casa Seleção de fora
Instalação desportiva
20-07
09h00 Masculino (B) B1 B2 FADEUP
09h00 Masculino (B) B3 B4 E.U
11h30 Feminino (B) B1 B2 FADEUP
11h30 Feminino (B) B3 B4 E.U
14h00 Masculino (A) A1 A2 FADEUP
14h00 Masculino (A) A3 A4 E.U
16h30 Feminino (A) A1 A2 E.U
19h00 Masculino (B) B5 B1 FADEUP
19h00 Masculino (B) B2 B3 E.U
21-07
09h00 Feminino (B) B1 B3 FADEUP
09h00 Feminino (B) B2 B4 E.U
11h30 Masculino (B) B4 B5 FADEUP
11h30 Masculino (B) B1 B3 E.U
15h30 Feminino (A) A3 A1 FADEUP
15h30 Masculino (A) A1 A3 E.U
18h00 Masculino (A) A2 A4 FADEUP
18h00 Masculino (B) B5 B2 E.U
22-07
09h00 Masculino (B) B4 B1 FADEUP
09h00 Feminino (B) B4 B1 E.U
11h30 Feminino (B) B2 B3 FADEUP
11h30 Masculino (B) B3 B5 E.U
14h00 Feminino (A) A2 A3 FADEUP
14h00 Masculino (A) A4 A1 E.U
16h30 Masculino (A) A2 A3 FADEUP
16h30 Masculino (B) B2 B4 E.U
23-07
09h00 Masculino QF 1 3ºA 2ºB FADEUP
09h00 Masculino QF 2 4ºA 1ºB E.U
11h45 Masculino 7ºClass. 4ºB 5ºB FADEUP
11h45 Feminino 5ºClass. 3ºB 4ºB E.U
14h30 Feminino MF 1 1ºA 1ºB FADEUP
14h30 Feminino MF 2 2ºA 3ºA E.U
17h15 Masculino 7ºClass. 5ºB 3ºB FADEUP
17h15 Feminino 5ºClass. 4ºB 2ºB E.U
20h00 Masculino MF 1 1ºA Vencedor QF2 FADEUP
20h00 Masculino MF 2 2ºA Vencedor QF1 E.U
24-07
09h00 Masculino 7ºClass. 3ºB 4ºB FADEUP
10h00 Feminino 3ºClass Derrotado MF1 Derrotado MF 2 E.U
12h00 Feminino 5ºClass. 2ºB 3ºB FADEUP
13h00 Masculino 3ºClass. Derrotado MF 1 Derrotado MF 2 E.U
15h00 Masculino 5ºClass. Derrotado QF 1 Derrotado QF 2 FADEUP
16h00 Feminino Final Vencedor MF 1 Vencedor MF 2 E.U
19h00 Masculino Final Vencedor MF1 Vencedor MF 2 E.U
71
4.1.3) Orçamento do 7.ºCMUF
O orçamento é uma compilação das previsões relativamente aos
recursos materiais e financeiros, necessários para o desenvolvimento de uma
determinada atividade ou evento. Devem ser definidos objetivos no orçamento
consoante os objetivos do planeamento do evento desportivo, ocorrendo um
ciclo administrativo: planeamento, execução e controlo. (Lunkes et al., 2013)
Realmente, é importante criar ferramentas que meça o nosso desempenho
económico, tornando as nossas decisões mais eficazes, permitindo ter o
conhecimento real dos custos, de forma a contribuir nas operacionalizações de
cada organização (Lima et al., 2004).
Para este evento, o orçamento apresentado procurou estar dividido por
áreas facilmente identificáveis, permitindo cruzar valores de rendimento
(receitas) e gastos (despesas). Neste orçamento, os valores da receita foram
calculados num cenário prudencial (receitas por défice) e as despesas por
excesso, permitindo assim ter uma noção dos limites máximos previstos para
cada uma das rúbricas.
Deste modo, o cálculo/discriminação das despesas aparecem no quadro
10, dividido por onze áreas/rúbricas distintas: promoção, recursos humanos,
competição, equipamentos, alimentação, alojamento, primeiros socorros e
seguros, prémios (medalhas e troféus), transportes, Fun Park e outras
despesas.
Na primeira área tivemos a previsão dos gastos com promoção, com um
total de 35.000€, divididos por imagem, divulgação e suportes gráficos. Estes
gastos tiveram início aquando à primeira divulgação do evento desportivo e
terminaram uns dias após o término do mesmo.
A segunda área, que diz respeito aos recursos humanos, estimamos
gastos de cerca de 12.495€. Este valor refere-se ao gasto durante 10 meses
com o Secretário-Geral do evento, da despesa com técnicos de som e imagem
(design) e ainda, aos gastos com as ações de formação e preparação dos
dirigentes e atletas de floorball.
72
Posteriormente, temos a orçamentação da despesa a incorrer com os
equipamentos na área da competição, onde previmos uma despesa de cerca
de 37.000€. Nesta área, o maior investimento previsto foi a aquisição de dois
pisos para o recinto da competição. A qualidade do piso da competição era
uma premissa imposta desde sempre quando ocorreu a atribuição da
organização deste evento. Os outros gastos nesta área estão relacionados com
os equipamentos fixos como os ecrãs de streaming do jogo, estruturas de
apoio (zona VIP e material de aquecimento para o jogo), bolas e animação
sonora.
Na rúbrica equipamentos/uniformes, estavam previstas as despesas
incorridas com a aquisição das roupas para todos os recursos humanos no
evento desportivo, sendo a comissão organizadora, a comissão executiva, os
voluntários, a arbitragem, as delegações participantes, as roupas de promoção
e a imagem, perfazendo um total de 4.000€.
Em termos orçamentais, as áreas de alimentação e alojamento foram as
mais significativas, uma vez eu juntas representaram 1/3 dos gastos totais
previstos para o evento (67.000€). São duas áreas muito sensíveis e que,
normalmente, se refletem muito no feedback apresentado pelos participantes,
por isso são igualmente duas áreas essenciais. Na alimentação, os gastos
previstos foram calculados para 300 participantes diários, alcançando um total
de 27.000€, incluindo pequeno-almoço, almoço, jantar e lunch-box. Nesta área,
são ainda contabilizados os gastos a incorrer com a alimentação dos membros
da organização (4.500€), bem como a previsão de 1.500€ ao proporcionar um
jantar oficial a todas as delegações no evento. Por outro lado, na rúbrica do
alojamento, previu-se um gasto total de 34.000€. Foi necessário o montante de
27.000€ para assegurar a estadia mínima de 6 dias aos 300 participantes do
evento com referência ao custo diário do alojamento, definido em 15€. O valor
de 5.500€ surgiu para providenciar um outro alojamento, para elementos extra
das delegações, árbitros, convidados VIP e elementos do comité executivo da
FISU (sendo calculado 2.500€ para 10 árbitros e 3.000€ para 20 elementos ou
convidados FISU). Por fim, esteve aprovisionado um gasto de cerca de 1.500€
no alojamento de voluntários e outros casos excecionais.
73
Na sétima área, denominada de primeiros socorros e seguros, estavam
previstos gastos de 2.000€ para recorrer aos serviços de primeiros socorros da
Cruz Vermelha e 2.000€ colmatando a obrigação de submeter 8 atletas a
testes anti-doping. Foi ainda necessário, no âmbito da segurança e legalidade
do evento, subescrever um seguro para todos os recursos humanos envolvidos
na organização de cerca de 1.000€.
Na rúbrica medalhas e troféus orçamentamos 3.000€, consideramos
nós, que seria o custo necessário na aquisição de medalhas e troféus para
premiar os três primeiros classificados de cada género, bem com uma
lembrança alusiva ao evento para cada delegação. A lembrança alusiva ao
evento, foi entregue no jantar oficial de delegações.
Na área dos transportes, foram previstos 6.000€ de gastos a suportar
com alugueres de viaturas, dos transferes entre aeroporto-alojamento-
alimentação-competição e outros trajetos da cidade.
No Fun Park previmos gastos com entretimento dos espetadores da
competição no valor de 6.000€, sendo insufláveis e animação sonora para cada
uma das instalações desportivas.
Nas outras despesas, foram previstas gastos com: policiamento de cada
instalação desportiva no valor de 6.000€; com as deslocações e estadias
relacionadas com as visitas técnicas e supervisão do evento, o valor de 2.000€;
com o funcionamento, consumíveis e comunicações chegou-se ao total de
505€; por último, com o pagamento dos Direitos de Organização à FISU, um
valor total de 11.000€.
Em suma, no orçamento apresentado para as despesas (gastos),
totalizamos o valor final em 193.000€.
74
Quadro 10: Orçamento das despesas do 7.ºCMUF
Orçamento da Despesas
1. Promoção
1.1 Imagem 8.000€
1.2 Divulgação interna e externa 12.500€
1.3 Suportes gráficos 15.000€
Parcial 35.500€
2. Recursos Humanos
2.1 Apoio Técnico 7.995€
2.2 Técnicos durante o evento desportivo 1.000€
2.3 Ações de Formação 3.500€
Parcial 12.495€
3. Equipamentos da Área de Competição
3.1 Equipamentos fixos 6.000€
3.2 Estruturas de apoio 2.500€
3.3 Bolas 500€
3.4 Pisos e Ringues 25.000€
3.5 Animação sonora 3.000€
Parcial 37.000€
4. Equipamentos/uniformes
4.1 Uniformes do Staff e roupa promocional 4.000€
Parcial 4.000€
5. Alimentação
5.1 Alimentação durante o evento 27.000€
5.2 Alimentação da entidade organizadora 4.500€
5.3 Jantar oficial das delegações 1.500€
Parcial 33.000€
6. Alojamento
6.1 Delegações 27.000€
6.2 Árbitros 2.500€
6.3 Comité Executivo FISU/VIP 3.000€
6.4 Voluntários/Outros 1.500€
Parcial 34.000€
7. Primeiros Socorros e Seguros
7.1 Cruz Vermelha, tendas de Campanha 2.000€
7.2 Controlo antidoping 2.000€
7.3 Seguros (equipamentos, voluntários…) 1.000€
Parcial 5.000€
8. Medalhas e Troféus
8.1 Medalhas, troféus e lembranças 3.000€
Parcial 3.000€
9. Transportes
9.1 Circuito Urbano, Transfers, aluguer de viaturas 6.000€
Parcial 6.000€
10. FUN Park
10.1 Animação sonora e equipamentos de animação 6.000€
Parcial 6.000€
11. Outras Despesas
11.1 Policiamento 3.000€
11.2 Visitas Técnicas 2.000€
11.3 Despesas de funcionamento, e comunicações 505€
11.4 FISU 11.500€
Parcial 17.005€
Total Despesas 193.000€
75
No cumprimento do principio da prudência e de modo a que o impacto
da organização deste evento desportivo não fosse negativo, nas contas das
entidades organizadoras, as receitas (rendimentos) previstas para o 7.ºCMUF,
por défice, foram de 193.000€, valor correspondente às despesas.
De igual modo, o cálculo das receitas esperadas aparece no quadro 11,
dividido por áreas/rúbricas distintas, sendo: taxas de participação, subsídios e
patrocínios.
Na primeira área, intitulada de taxas de participação, referimos que a
previsão calculada é feita através do valor estabelecido pela FISU para as
taxas diárias de cada participante, tendo sido fixada em 70€. Com isto, sendo a
previsão da organização receber 300 participantes durante 6 dias no mínimo,
estimou-se uma receita de 126.000€.
Na rúbrica subsídios do Instituto Português do Desporto e Juventude
(IPDJ), Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e
Câmara Municipal do Porto (CMP), previmos obter subvenções específicas no
montante de 17.000€.
Por último, dado que cada uma das entidades organizadoras
comprometera-se a disponibilizar 15.000€, para o desenvolvimento do evento e
dado que orçamento deve ser de base zero, ou seja, o valor das despesas
(gastos) é igual ao valor das receitas (rendimentos), havia uma necessidade
final de recorrer a patrocinadores no valor de 20.000€.
Quadro 11: Orçamento das receitas do 7.ºCMUF
Orçamento da Receitas 1. Taxas de Participação
1.1 Diária de 70€ (total de 6 dias) 126.000€
Parcial 126.000€
2. Subsídios
2.1 IPDJ, MCTES, CMP 17.000€
Parcial 17.000€
3. Patrocínios
3.1 Necessidade de patrocinadores 20.000€
Parcial 20.000€
4. Subsídios da Organização
4.1 Federação Académica do Porto 15.000€
4.2 Universidade do Porto 15.000€
Parcial 30.000€
Total Receita 193.000€
76
4.2) O evento: 7.º Campeonato Mundial Universitário de Floorball
“Obviamente a competição favorece o alcance de patamares mais altos
em vários domínios. Mas, quando desvirtuada, fecunda igualmente
comportamentos, estados de espírito e medidas que não se compaginam com
o registo humano. A competição, prevalece nos nossos dias, não repara que
torna arrogantes os vencedores e doentes os perdedores, que a felicidade de
uns, pode ocasionar a infelicidade de outros. Faz tábua rasa de que o caminho
para a felicidade passa mais pela cooperação incorporada do que pela
competição desenfreada.” (Bento, 2014)
4.2.1) Gestão dos Recursos Humanos
Os recursos humanos são o cérebro de toda uma organização,
assumindo a responsabilidade de controlar os acontecimentos e de conduzir os
mesmos ao sucesso do evento desportivo. Têm como responsabilidade a
manutenção do que está planeado e têm a imaginação na procura de construir
algo inovador. Na maior parte das vezes o seu trabalho não é visível a quem
participa num evento desportivo, mas há um conjunto de pessoas que são o
verdadeiro pilar de toda a organização. A maior dificuldade não está em expor
o conhecimento e a experiência individual, mas sim em trabalhar em equipa.
Para isso, há que estar preparado não só para colocar em prática o que
sabemos, mas sobretudo saber ouvir a respeitar a opinião do próximo.
Em todas as equipas deve haver líderes, para que haja controlo dos
objetivos e atividades estabelecidas. Conhecemos vários tipos de líderes e
cada pessoa pode apresentar várias lideranças em diferentes contextos. Um
verdadeiro líder primeiro respeita, para depois ser respeitado. A confiança em
si e nos outros é fundamental para isso.
Na organização do 7.ºCMUF, tivemos quatro níveis na hierarquia.
Primeiro o Comité Internacional de Supervisão, Controlo e Arbitragem (CISCA),
depois a comissão organizadora, comissão executiva e por fim os voluntários.
77
CISCA
Daniel Vieira Instalações Desportivas
Luís Ferreira (FADEUP)
Ricardo Cardoso (E.U)
Rodrigo Medeiros Competição Sofia Rios
Ana Luísa
Voluntários Carolina Pimentel
Cerimónias Pedro Queiroga
Luís Ferreira
Daniel Freitas Comunicação Catarina Sampaio Pedro Queiroga
Bruno Almeida
Área Médica
Diana Rodrigues
André Carvalho
Centro de Informação
Camilo Rebelo
Acreditação Rui Queirós e
Stephane Azevedo
Miguel Monteiro
Alimentação Joana Ribeiro
Alojamento Ângela Carvalho
Transportes Miguel Moreira Nuno Novais
Comissão Organizadora
Na comissão organizadora e executiva, ficaram recursos humanos com as
áreas apresentadas na figura 10.
Figura 10: Hierarquia dos recursos humanos do 7.ºCMUF.
4.2.1.1) CISCA - Comité Internacional de Supervisão, Controlo e
Arbitragem
Este comité é responsável pela decisão final de todas as questões
políticas ou de conflitos durante o evento desportivo. O seu modo de
funcionamento foi determinado através de uma reunião entre os membros da
CISCA, realizada dois dias antes do arranque oficial do evento desportivo.
Em todas as reuniões da CISCA, esteve um elemento da FISU, sem
direito de voto, a acompanhar a reunião e a atender às necessidades do
evento, podendo responder às questões mais específicas da modalidade. Os
78
delegados da FISU são nomeados um ano antes do início do CMU. Após ter
sido entregue a candidatura, a entidade organizadora teve três meses para
nomear o representante da comissão organizadora, a qual fez parte da CISCA.
Todos os elementos da CISCA receberam os documentos produzidos pela
entidade organizadora e a correspondência mais importante. O 7.ºCMUF, teve
os seguintes elementos na CISCA:
Delegado do Comité Executivo da FISU - Presidente da CISCA:
Marian Dymalski;
Delegado da Comissão Internacional de Controlo (CIC) da FISU:
Pauline Harmonic;
Delegado Técnico (TD) de Floorball da FISU: Taneli Tiilikainen;
Delegado da Comissão Médica da FISU: Dr. Carlos Magalhães;
Representante da IFF: John Liljelund;
Representante da Comissão Organizadora: Daniel Freitas.
4.2.1.2) Comissão Organizadora
Esta comissão é responsável pelas decisões de todo o evento
desportivo, onde se planifica as ações que serão necessárias. O principal
trabalho está no pré-evento, onde é definido o plano de ação, estruturando o
seu planeamento, financiamento e supervisão. Durante o evento, têm as suas
áreas e os responsáveis da comissão executiva para liderar. O 7.ºCMUF, teve
a seguinte comissão organizadora:
Presidente: Daniel Freitas – Direção Geral, Relações
Institucionais e Comunicação;
Vice-Presidente: Ana Luísa – Gestão de Recursos Financeiros,
Atividades Sociais e Culturais, Cerimónias e Voluntários;
Vice-Presidente: Bruno Almeida – Relações Internacionais,
Protocolo, Centro de Informação e Área Médica;
79
Vice-Presidente: Miguel Monteiro – Alimentação, Alojamento e
Transportes;
Vice-Presidente: Rodrigo Medeiros – Competição e Área Técnica;
Vice-Presidente: Nuno Novais – Representante da FADU;
Secretário-Geral: Daniel Vieira – Coordenação Geral, Imagem,
Promoção e Instalações.
Na comissão organizadora, cada membro era responsável por gerir cada
uma das suas áreas, sendo estas distribuídas numa reunião com todos os
membros presentes. Eu assumi um papel de elevada responsabilidade, onde
me foi possível acompanhar de perto todos os procedimentos que decorreram
no pré-evento. A minha função mais geral, era decidir e planear todos os
procedimentos com os vários recursos humanos desta comissão. O método de
trabalho foi definido em reunião, onde cada membro ficou a supervisionar uma
ou várias áreas, como elencadas anteriormente, juntamente com os membros
da comissão executiva. Foram assim, convocadas diversas reuniões para ser
discutido o ponto de situação de cada área, a fim de melhorar ou corrigir o que
estava pendente.
Como funções mais específicas, estando com a responsabilidade da
área técnica e da competição, onde elaborei a visita técnica, colmatei as
exigências que a IFF e a FISU informaram na mesma, estabeleci o calendário
competitivo, verifiquei os pagamentos de cada seleção consoante os prazos
obrigatórios e recolhi, organizei e distribui todos os materiais necessários em
cada instalação desportiva para os dias de treinos e competição.
Durante o evento, essencialmente geri os recursos humanos e cumpri
com as normas que foram estabelecidas pela IFF e FISU para a competição.
Foi estabelecido contacto direto e permanente com os técnicos da IFF que se
encontravam nas instalações desportivas, na procura de melhorar os
pormenores da competição, subindo o nível de trabalho e exigência na
organização, mas aumentando também o feedback positivo de quem estava a
participar no evento desportivo.
80
Uma experiência significativa onde, pela primeira vez, o grau de
responsabilidade esteve ao mais alto nível. Mas, sem dúvida que a experiência
alcançada recolherá os seus frutos no futuro.
4.2.1.3) Comissão Executiva
Se na comissão organizadora estiveram presentes os líderes, na
comissão executiva tivemos os liderados. A primeira comissão referida,
estabelece o plano de ação, sendo a segunda responsável pela sua execução.
Têm ao seu dispor um conjunto de voluntários corajosos e preparados a
cumprir o que está estabelecido na teoria.
A comissão executiva foi a ponte de contacto entre a comissão
organizadora e os voluntários, fundamentais para liderar e executar em
simultâneo. O 7.ºCMUF, teve a seguinte comissão executiva:
Cerimónias: Pedro Queiroga e Luís Ferreira;
Competição: Sofia Rios;
Área Médica: Diana Rodrigues e André Carvalho;
Instalações: Luís Ferreira e Ricardo Cardoso;
Acreditação: Rui Queirós e Stephane Azevedo;
Comunicação: Catarina Sampaio e Pedro Queiroga;
Centro de Informações: Camilo Rebelo;
Alimentação: Joana Ribeiro;
Alojamento: Ângela Carvalho;
Transportes: Miguel Moreira;
Protocolo: Catarina Sampaio;
Voluntários: Carolina Pimentel.
Nas comissões e nos voluntários, fora fundamental a entreajuda e a
recetividade, por forma a contribuir positivamente para o evento desportivo.
Souberam trabalhar todos em equipa e remar em conjunto para um mesmo
81
objetivo. Não existiram diferenças entre cargos e responsabilidades assumidas,
pois sempre que o imprevisto surgia o mais importante seria a sua resolução,
independentemente da área que esse recurso humano assumia como
responsabilidade.
4.2.1.4) Voluntários
Os voluntários são fundamentais no trabalho necessário no desporto,
essencialmente nas universidades, sendo importante perceber os fatores que
os motivam a fazer voluntariado (Hamidreza & Azadeh, 2012). Eles são uma
mais-valia, contribuindo para a eficiência organizacional e económica,
contribuindo com inovação e ideais para o evento desportivo e,
essencialmente, colaboram diretamente para a redução dos custos (Simunks et
al., 2014).
A organização de um evento desportivo depende muito da dedicação e
motivação de cada um dos seus responsáveis e aqueles que têm menos
responsabilidades, tornam-se a base de toda uma organização, sendo estes
denominados voluntários. Cada um deles foi agraciado com um certificado de
participação, como voluntário do evento desportivo, mas no fundo é na
experiência adquirida e nas aprendizagens enriquecedoras que terão ganhos
para o futuro. O papel interventivo de cada um, contribuiu para o
desenvolvimento e desenrolar das atividades necessárias ao longo da
competição. Enquanto a comissão organizadora e a comissão executiva
tiveram decisões e atividades sobretudo no pré-evento, foram os voluntários a
executar os objetivos de dia para dia.
A sua intenção de participação, começou por uma candidatura a uma
das suas áreas de interesse. Estes podiam concorrer a guias das seleções,
cerimónias e protocolo, competição, instalações desportivas, área médica,
acreditação, transportes, comunicação, centro de informação, alimentação e
alojamento.
82
Tivemos 88 voluntários finalistas que ficaram distribuídos pelas
diferentes áreas, 1 voluntária do programa de voluntariado da FISU vinda da
Polónia e 11 voluntários espanhóis para árbitros de mesa nos jogos, devido às
especificidades do programa estatístico de floorball da IFF.
Consoante a área em que se encontravam, ficaram à responsabilidade
do superior da comissão executiva, que por sua vez cumpria as ordens do
elemento da comissão organizadora. Em cada área houve uma ou várias
reuniões para explicar as obrigações e as funções necessárias. Nessas
mesmas reuniões foram definidas estratégias de trabalho, discutidas
disponibilidades e assumidas responsabilidades a cumprir durante o evento.
Tivemos áreas que se fundiram, ou por semelhança de funções, como é
o caso da competição e instalações desportivas, ou pela dispersão de tempo
em cada função, como foi o caso da alimentação e alojamento, dado que o
último tinha encargos na chegada e partida das seleções.
4.2.2) Comunicação
A comunicação é o cartão de visita de qualquer evento desportivo,
responsável por passar a boa imagem que se sente antes, durante e após os
dias de competição. O trabalho começa muito antes do evento, visto que é
preciso chegar a informação às potenciais delegações, aos estudantes e a
quem possa ser o público-alvo.
A comunicação surge associada à promoção do evento, sendo
necessário estabelecer os locais de interessente (eram definidos consoante o
alcance que atingiríamos) e perceber que público-alvo estaria presente. Aqui,
pensou-se também sobre que materiais poderiam ser utilizados e em que
situações se justificavam. Estabeleceu-se também uma relação próxima com
os meios da comunicação, passando a mensagem da primeira competição
oficial da modalidade de floorball em Portugal.
A comunicação do floorball foi planeada de forma crescente, isto é,
foram lançadas inicialmente pequenas informações com a intenção de
83
despertar a curiosidade e posteriormente, mais próximo da data do evento,
foram apresentadas e divulgadas informações mais concretas.
Neste 7.ºCMUF, a comunicação teve como objetivos envolver a cidade
do Porto e a Academia do Porto no evento desportivo, promover o floorball em
Portugal, tendo em conta que este não é um desporto comum e reconhecido no
nosso país, e alcançar a nível nacional e internacional o reconhecimento da
Académia do Porto, das IES, do desporto, dos parceiros, da cidade e do país.
Como público-alvo, a nível interno, pretendeu-se comunicar com a
comunidade académica, envolvendo e associando a FAP e U.Porto. Ao nível
externo, chegou-se a atletas, população do Porto, estudantes-atletas
participantes dos eventos desportivos universitários nacionais e internacionais.
Em relação às entidades externas, estabeleceu-se o contato com as IES
Nacionais, com as federações filiadas na FISU e com os patrocinadores.
Os principais suportes da comunicação foram t-shirts, muppies, roll-ups,
flyers, vídeos promocionais e carros. Foi adquirido o serviço clipping, que
diariamente filtrava os artigos da modalidade e aqueles que abordavam o
7.ºCMUF do Porto. Numa fase inicial, a estratégia passou pelo uso de um
simples stick em eventos que marcamos presença para a promoção do
7.ºCMUF, por forma a cativar as pessoas a tirar fotos. O stick apenas tinha
escrito “7th World University Championship”, as estrelas oficiais da FISU e
“LIKE Floorball 2016”, com o símbolo do 7.ºCMUF. Neste stick, estava escrito o
link oficial do referido evento denominado de “WUC Floorball 2016”. Assim, o
principal objetivo seria expandir a visualização e o conhecimento do evento no
Facebook alargando o seu público.
As redes sociais também foram fundamentais para comunicar e
alavancar o evento. Foi criado o site oficial, como é exigido pela FISU e
juntamente com o Facebook, foram as duas principais fontes de comunicação
digital. Destas fontes, surgiram também os sites oficiais das duas instituições
organizadoras, “noticias.up.pt” (U.Porto) e “fap.pt” (FAP).
Os responsáveis pela comunicação estiveram sempre presentes nos
vários momentos de promoção, aproveitando para fazer um acompanhamento
fotográfico e uma divulgação rápida e momentânea. Produziram várias notícias
84
e foram responsáveis pela ligação entre a entidade organizadora e os parceiros
mídia.
A entidade organizadora teve que submeter o planeamento da
comunicação à FISU, definindo os critérios e quem teria direito a fazer
transmissão do evento desportivo. Depois de ser selecionada a empresa que
faria a cobertura do evento, a mesma teve que fornecer artigos do 7.ºCMUF ao
departamento da FISU, bem como notícias diárias com o resumo do evento
desportivo, acompanhada por fotos de cada dia e resultados dos jogos, com
textos escritos em inglês.
Diariamente, foi concretizada uma newsletter com notícias, curiosidades,
entrevistas e fotos da competição, sendo publicada em papel e disponibilizada
de forma gratuita a todos os participantes. Tendo sido também enviada para a
FISU e colocada no site oficial. A entidade organizadora garantiu um fotógrafo
permitindo recordar em imagens a competição, as cerimónias e momentos que
ocorreram durante o evento, como o staff em trabalho, momentos de
descontração dos atletas, a arbitragem, os veículos oficiais, a publicidade na
cidade, o alojamento e muito mais. Permitiu também, a credenciação de
fotógrafos das delegações ou outros que pretendessem fazer a cobertura do
evento desportivo.
As cerimónias de abertura e encerramento tiveram obrigatoriamente que
ser gravadas desde o início até ao fim, para posteriormente ter sido
apresentado um vídeo resumo das mesmas. Durante os jogos, existiu
streaming em direto dos ecrãs em cada instalação desportiva, transmitindo em
simultâneo os jogos no site oficial do evento, estando o jogo posteriormente
disponível no Youtube, para consulta das delegações e de todos aqueles que
pretendessem rever o jogo.
4.2.3) Competição
Todas as atividades e necessidades da competição ficaram à minha
responsabilidade, sendo membro da comissão organizadora, em conjunto com
85
a Sofia Rios, responsável da competição por parte da comissão executiva.
Como tal, esta parte tem maior aprofundamento e foi um princípio nosso,
assumir esta área, dado o interesse por implementar esta modalidade em
Portugal e sermos ambos da área da gestão desportiva, aproveitando o desafio
como uma excelente oportunidade de aprendizagem e conhecimento. A
primeira função passou por conhecer as especificidades da modalidade, onde
assistimos a competições e treinos ao vivo, a vídeos de diferentes
competições, analisando desde a entrada dos jogadores em campo até às
entrevistas no final de cada jogo. Foi necessária também, uma leitura extensiva
de regulamentos e regras próprias da mesma, recorrendo às regras oficiais da
IFF e ao documento de iniciação da modalidade.
Após a referida leitura, a nossa primeira atividade surgiu antes do início
da competição, onde foi enviado a todas as delegações o programa geral do
evento, para que todos se preparassem para o mesmo. O programa consistiu
no que está visível no quadro 12. Reunimos ainda, com os vários voluntários
da competição, realizando formações teóricas para ensinar as regras e os
procedimentos a realizar em cada jogo, bem como formações práticas,
vivenciado um jogo com todos os voluntários das outras áreas, permitindo aos
voluntários da competição executarem as suas atividades, de forma a estarem
preparados para as exigências.
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Quadro 12: Cronograma do 7.ºCMUF
Julho - Dia
Programa 18 19 20 21 22 23 24 25
Chegada das equipas
Acreditação
Treinos
Reunião técnica
Cerimónia de abertura
Competição (fase de grupos)
Programa social
Jantar dos Chefes de Delegação
Competição (fases finais)
Cerimónia de encerramento
Partida das equipas
4.2.3.1) Cerimónia protocolar
O floorball é conhecido pelo espetáculo que é produzido antes do início
do próprio jogo. Seja com um jogo de luzes ou de fumos, é feito um espetáculo
para apresentar as equipas que vão entrar em campo. Há uma liberdade para
criar este momento, onde a imaginação é o único limite, estando sempre
associada ao fator tempo.
Esta foi uma outra atividade “estudada” por nós, dado que há uma
cerimónia protocolar exigida pela IFF e pela FISU, como se observa no quadro
13. A organização, juntamente com a arbitragem do jogo foi responsável pelo
cumprimento ao minuto e ao segundo desta cerimónia. O tempo de
aquecimento no campo principal foi o único que pôde ser alterado, dado estar
dependente do término do jogo anterior.
Decidimos assim simplificar a cerimónia, alinhando os jogadores na zona
dos balneários e colocando uma música quando os jogadores entravam em
campo. Nos jogos das finais, optámos por colocar luzes e fumo na zona de
entrada dos jogadores. Esta opção simplificada surgiu tendo em conta a
87
limitação financeira que tínhamos no evento para esta particularidade e devido
à ausência da audiência dos hinos de cada país em jogo.
Quadro 13: Cerimónia protocolar antes de qualquer jogo
Tempo antes
do jogo Tarefa a ser feita
30 minutos As seleções entram no campo principal para fazer o seu aquecimento
8 minutos Termina o aquecimento, dado por um sinal sonoro. As seleções saem do
campo e o speaker anuncia todos os jogadores de ambas as seleções
5 minutos
As seleções colocam-se prontas a entrar em campo. Os árbitros seguem na
frente, depois vem o capitão e os restantes jogadores organizam-se por
ordem crescente dos números
4 minutos
Entram todos em campo pela ordem que estavam. Dirigem-se para o meio-
campo e viram-se para o local da câmara enquanto o speaker dá umas
palavras de boas-vindas
3 minutos Os jogadores fazem um último aquecimento e dão o grito de equipa antes de
se dirigirem aos bancos
2 minutos
A linha inicial é anunciada pelo speaker. À medida que o jogador é chamado,
este entra em campo. É chamado o guarda-redes, depois os defesas, o médio
e por fim os avançados
0 minutos Começo do jogo
No final de cada jogo, houve sempre uma outra cerimónia protocolar a
fim de eleger o melhor jogador em campo de cada uma das seleções (quadro
14). A entidade organizadora decidiu atribuir como prémio ao melhor jogador
de cada equipa, em cada jogo, uma mini garrafa de Vinho do Porto, dado o
simbolismo que a mesma tem para a cidade do Porto. Foi entregue também um
diploma, com o nome do que foi eleito o melhor jogador em campo e em que
jogo em que ocorrera. O prémio era entregue por um elemento da comissão
organizadora, comissão executiva ou pela IFF.
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Quadro 14: Cerimónia protocolar depois de qualquer jogo
4.2.3.2) Reunião técnica
Antes do apito inicial para o primeiro jogo oficial do 7.ºCMUF em
Portugal, foi necessário reunir os chefes das delegações para apresentação
dos moldes da competição e de toda a logística do evento desportivo, dando
espaço para esclarecimento de dúvidas.
A reunião realizou-se numa das salas da FADEUP, no dia 19 de julho
pelas 14h00, e teve a presença de todos os chefes de delegação das seleções
e alguns treinadores. Inicialmente foram dadas as boas-vindas por parte do
Presidente da comissão organizadora, Daniel Freitas. Posteriormente a palavra
foi dada ao Vice-Presidente Bruno Almeida para presidir a reunião. Este,
informou a todos os procedimentos que iam ser tomados, explicou o horário
dos transportes para os jogos e o funcionamento do autocarro shuttle, mostrou
o protocolo das cerimónias antes e após os jogos, referiu como seriam
entregues as águas para os jogos e treinos, o significado e a diferença entre as
cores dos recursos humanos da organização, a presença de imprensa nos
jogos e outros pormenores do evento desportivo.
Concluída a sua intervenção, a palavra foi dada ao delegado técnico da
IFF, Taneli Tiilikainen, para que explicasse a distribuição dos grupos e como
seria feita a qualificação para a fase seguinte. Depois, foram atribuídas as
Tempo após o
fim do jogo Tarefa a ser feita
1 minuto As seleções colocam-se frente a frente, em cada metade do campo, ao
longo da linha central
2 minutos
O speaker anuncia o melhor jogador de cada seleção e este dirige-se a um
membro da organização posicionado no centro para receber um prémio e
tirar uma foto.
3 minutos
As seleções fazem uma saudação geral e depois cumprimentam todos os
intervenientes desportivos. Dá-se por terminada a cerimónia após os
cumprimentos
89
cores dos equipamentos que as equipas tinham que utilizar em cada jogo e
caso houvesse equipas com a mesma cor, era a equipa da casa que decidia se
utilizaria o equipamento principal ou alternativo, tendo a equipa adversária que
trocar o seu, caso usasse a mesma cor.
Por último, o responsável do apoio médico por parte da CISCA, Dr.
Carlos Magalhães referiu esperar que não houvesse lesões graves. Contudo,
detinha uma equipa bem preparada e qualificada para intervir desde os casos
mais simples aos mais graves. Por outro lado, os hospitais foram avisados para
a receção de eventuais casos considerados muito graves.
Terminada a reunião técnica com as delegações, decorreu uma reunião
entre todos os árbitros, sendo definida a distribuição dos jogos por cada dupla
de arbitragem e sendo discutidos alguns critérios de arbitragem e questões
específicas deste 7.ºCMUF.
4.2.3.3) Os números das seleções
Foram 10 países, distribuídos por 16 seleções que marcaram presença
na competição do 7.ºCMUF. Nos dois géneros estavam seleções da República
Checa (Rep. Checa), Suécia, Finlândia, Suíça, Japão e Espanha.
Representada só em feminino estava a Polónia e apenas com representação
de seleções masculinas do seu país surgiram a Eslováquia, República da
Coreia (Rep. da Coreia) e a seleção anfitriã, Portugal.
Na competição feminina tivemos 7 seleções, maior número registado em
competições universitárias de floorball até o momento. A grande favorita desta
edição foi a Suécia, dado que venceu as quatro edições anteriores. Como
estreantes na competição surgiu a Espanha. Esta competição apresentava,
pela Suécia, a melhor jogadora do mundo, Anna Wijk, distinguida no último
Campeonato do Mundo de Floorball (seleções federadas). É uma jogadora que
atua como médio, tem 25 anos e já conta com várias participações em eventos
internacionais, onde no desporto universitário participou no anterior CMU de
Floorball em 2014, Singapura.
90
Quanto à competição masculina, houve uma disputa entre 9 seleções,
sendo menos uma quando comparado à edição de 2014. Espanha e Portugal
estrearam-se, contudo, o favoritismo para o vencedor era repartido pela Suécia
e pela Finlândia. Quase todos os estudantes-atletas das seleções da Suécia,
Finlândia, Suíça e República Checa, eram jogadores federados a praticar
floorball nos seus países. Isto, demonstra a diferença que surgiria em campo
caso estas equipas enfrentassem as outras seleções no campeonato. São
jogadores que apresentam no seu currículo desportivo diversas participações
em campeonatos mundiais e europeus. O equilíbrio em cada jogo era o que se
perspetivada, onde a incerteza do resultado era a palavra final que resumia
estas equipas na competição.
4.2.3.4) Os jogos e a classificação final
A competição começou pela disputa de dois grupos em cada um dos
géneros, tendo a duração de três dias. No grupo A masculino estavam
Finlândia, Suécia, Suíça e República Checa. O grupo B era constituído por
Eslováquia, Espanha, Japão, República da Coreia e Portugal. Os dois
primeiros classificados do grupo A passaram diretamente para as meias-finais,
sendo Suécia (1.º classificado) e Suíça (2.º classificado). Os outros dois do
grupo A, Finlândia (3.º classificado) e República Checa (4.º classificado)
disputaram os quartos-finais com os dois primeiros classificados do grupo B,
sendo Eslováquia (1.º classificado) e Espanha (2.º classificado). Cruzaram
assim Finlândia e Espanha, República Checa e Eslováquia, onde os
vencedores foram a Finlândia e República Checa que cruzaram, nas meias-
finais com Suíça e Suécia, respetivamente. Espanha e Eslováquia disputaram
o 5.º lugar, sendo vencedora deste jogo a Eslováquia. A Suíça ficou em terceiro
lugar ao vencer a República Checa.
As outras seleções do grupo B, Japão (3.º classificado), Portugal (4.º
classificado) e República da Coreia (5.º classificado) competiram num grupo
com três pelo 7.º lugar. Foi Portugal que conquistou este lugar, sendo vencedor
91
nos dois jogos que disputou com estas seleções. Em 8.º lugar ficou o Japão
por ter vencido a República da Coreia, que terminara assim em 9.º lugar.
Na tão desejada final da competição masculina, no fim do tempo
regulamentar registava-se um empate a 4 golos entre a Finlândia e a Suécia,
sendo levada a decisão para golo de ouro. Neste, a Finlândia foi mais eficaz e
fez o quinto golo, “golo de ouro” que lhe deu o título mundial universitário.
No feminino, o grupo A tinha Suécia, Finlândia e Suíça e o grupo B
Polónia, República Checa, Japão e Espanha. Todas as seleções do grupo A
passaram diretamente para as meias-finais, juntando-se a estas a primeira
classificada do grupo B, nomeadamente a República Checa. O lugar na final foi
discutido num jogo por Suécia (1.º classificado A) e República Checa (1.º
classificado B) e no outro jogo, por Suíça (3.ª classificado A) e Finlândia (2.º
classificado A). A Suécia e a Finlândia foram à final e as outras disputaram o
terceiro lugar, onde a República Checa levou a melhor. As outras três seleções
do grupo B competiram pelo quinto lugar, conquistado pela Polónia através de
duas vitórias. O Japão ficou em sexto, deixando o último lugar para a Espanha.
Por sua vez, na final da competição feminina a história não foi diferente
da masculina, apenas se decidiu no último desempate possível, através das
grandes penalidades. O jogo entre Suécia e Finlândia terminou com o resultado
empatado a 2 golos, seguindo-se com o prolongamento através do golo de
ouro, mas não foi marcado qualquer golo. Assim, através das grandes
penalidades, a Finlândia converteu 3 contra 1 da Suécia e conquistou o título
mundial universitário, tão desejado, pela primeira vez.
Na final da edição de 2016 foi a Finlândia que surpreendeu e levou a
melhor nas duas competições. Ficou então distribuída a classificação
consoante o quadro 15.
92
Quadro 15: Classificação final do 7.ºCMUF
Class. Seleção Masculina Class. Seleção Feminina
1º Finlândia 1º Finlândia
2º Suécia 2º Suécia
3º Suíça 3º República Checa
4º República Checa 4º Suíça
5º Eslováquia 5º Polónia
6º Espanha 6º Japão
7º Portugal 7º Espanha
8º Japão
9º República da Coreia
4.2.4) Instalações Desportivas
Nos CMU são exigidos dois campos oficiais para a competição e dois
espaços desportivos para o aquecimento antes do jogo. Dadas as exigências,
foram escolhidos para a competição o polivalente da FADEUP e o pavilhão A
(principal) do Estádio Universitário da U.Porto. Para o aquecimento, na primeira
instalação tinham ao seu dispor o pavilhão de voleibol da FADEUP e na
segunda, tinham o pavilhão B do Estádio Universitário. Este tornou-se uma
escolha limitada, porque na zona do Porto, poucos espaços correspondiam a
estas exigências, seja pelos espaços desportivos que possuem, seja pelos
horários limitados que tinham nas datas da competição.
Uma das exigências apresentadas na visita técnica, dizia respeito aos
pisos das instalações desportivas, sendo obrigatório utilizar pisos iguais em
cada uma. Esta foi a grande dificuldade, porque tivemos que investir na
colocação dos mesmos, reduzindo e limitando o nosso orçamento. Outra
dificuldade viria no material de competição, nomeadamente nas 4 balizas, 2
ringues e 500 bolas, mas a dificuldade foi facilmente ultrapassada pelo apoio
da IFF, sendo entregue todo este material, juntamente com sticks.
Outra exigência, diz respeito às bandeiras dos países, sendo
organizadas pela ordem oficial da FISU. No meio, foram colocadas a bandeira
93
da FISU e a do país anfitrião, neste caso Portugal. Não há qualquer exigência
no tamanho oficial da mesma, somente numa questão de imagem, as
bandeiras devem ter um tamanho semelhante entre si. Da esquerda para a
direita as bandeiras ficaram com a seguinte ordem:
República Checa;
Finlândia;
Japão;
Polónia;
República da Coreia;
FISU;
Portugal;
Eslováquia;
Espanha;
Suécia;
Suíça.
Relativamente aos espaços desportivos utilizados, o polivalente da
FADEUP, apresentava um piso que cumpria as exigências da FISU e IFF, mas
como era necessário que os pisos fossem iguais entre as duas instalações, foi
colocado um piso temporário nesta instalação. Em relação à montagem do
material para a competição, a mesa de jogo e os bancos de suplentes, foram
montados no lado oposto da entrada das seleções no pavilhão, entre o ringue e
a estrutura publicitária. A mesa da comunicação ficou junto à entrada e saída
do pavilhão, dando oportunidade para a realização de entrevistas aos
jogadores, quando estes saíam do terreno de jogo no final do seu jogo. Foram
disponibilizados quatro balneários para as equipas e dois para os árbitros. No
parque de estacionamento da FADEUP, foi montado o Fun Park com vários
insufláveis, atraindo as crianças para os mesmos, permitindo convidá-los a
entrar na FADEUP para assistir aos jogos.
Na outra instalação desportiva, assistimos a um novo pavilhão dentro do
estádio universitário, tendo sido feitas alterações ao longo do referido ano, eis
94
que nasceu uma nova instalação desportiva para todos os estudantes, os
atletas da cidade do Porto e não só. Foram notórias as alterações da sua
estruturação, como se pode observar nas figuras 10 e 11. Um novo piso, um
novo teto, materiais desportivos reaproveitados, bancadas e paredes pintadas,
hall de entrada modificado e pura magia aconteceu nos olhos de quem viu o
antes e o depois. Apesar de o lugar não ter mudado, o sonho realizado
transformou esse mesmo lugar. Era um espaço que se encontrava em
degradação, mas através deste evento desportivo foi encontrado um novo
futuro para o mesmo. Esta é uma das oportunidades fantásticas que um evento
desportivo pode trazer à cidade, sendo feitos investimentos essenciais para a
melhoria e bem-estar de cada estudante que pretende praticar desporto.
No estádio universitário, a mesa de jogo e os bancos dos suplentes
ficaram do lado oposto da bancada do público, sendo do lado de entrada dos
atletas. Cada equipa teve ao seu dispor dois balneários para o jogo, devido à
dimensão de cada um, tendo a instalação desportiva seis balneários
destinados a atletas e dois para os árbitros. As entrevistas, foram realizadas no
espaço entre os dois pavilhões e o Fun Park ficou no caminho de acesso à
entrada do pavilhão principal. Neste, além de insufláveis, foi montado um
campo reduzido para jogo de futebol com 3 jogadores em cada equipa, com o
objetivo de promover o CEU de futebol 2017, que se viria a realizar no Porto.
Nesta instalação desportiva, foi também montada uma zona VIP.
95
Figura 11: Pavilhão do Estádio Universitário até 2015
Figura 12: Pavilhão do Estádio Universitário depois das alterações devido ao 7.ºCMUF
4.2.5) Alimentação
Na alimentação procuramos cantinas que ficassem perto do local de
competição. Dado a proximidade e relação interna entre o CDUP-UP e o
SASUP, a escolha final destinou-se às unidades alimentares deste serviço.
Foram escolhidas então, a cantina da Faculdade de Letras da U.Porto, para
almoço das seleções que jogam no Estádio Universitário e para o jantar de
todas as seleções. Para aquelas que jogaram na FADEUP, a cantina escolhida
foi a da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, dado que a
cantina da FADEUP não faz as refeições deste serviço na sua cozinha.
A FISU não apresenta muitas obrigações nesta área, apenas solicita que
os horários de funcionamento das refeições sejam pensados consoante o
96
horário da competição e dos treinos. Foi necessário garantir a qualidade,
quantidade e diversidade dos alimentos e das bebidas nas cantinas e lunch-
box disponíveis para alimentação fora do seu local. Assim, estabeleci o horário
necessário para o pequeno-almoço, almoço e jantar:
Pequeno-almoço: 07h00 – 10h00;
Almoço: 11h30 – 14h30;
Jantar: 18h30 – 21h00.
A grande preocupação nesta área esteve na sua ementa (anexo 2), que
tem que ser apresentada e aprovada pelo CTI. A sugestão da ementa foi
apresentada pelos SASUP, onde posteriormente foi pensada e discutida entre
os SASUP e a comissão organizadora, com a devida antecedência, visto ter
existido a necessidade de a apresentar antes da competição às delegações
participantes. A sua composição teria que ter em conta a absorção de calorias
necessárias para atletas de alta competição, independentemente da cultura
destes. A preocupação não surge tanto de eventuais trocas que possam ser
feitas pelo desagrado das mesmas, mas sim dos atletas que são alérgicos a
determinados alimentos. A informação dada com antecedência, permitiu
encontrar uma nova solução e uma alternativa para estes casos. Além disso,
foi definida uma lunch-box que era entregue nas instalações desportivas, para
os atletas ou membros da organização que não pudessem sair dos seus postos
ou que não tivessem tempo de se deslocar às cantinas.
Chegada a competição, hora de colocar a preparação em prática, onde é
uma área que está muito dependente do desenrolar dos jogos e sujeita-se a
vários imprevistos. Foram diversos os imprevistos ao longo da competição,
mas sempre com as seleções que jogavam à hora de almoço. Havia seleções
que preferiam ir a uma cantina próxima do jogo da tarde, outros queriam
almoçar na cantina mais próxima do jogo da manhã e outros preferiam utilizar
as lunch-box. Tudo isto era fácil de coordenar com a devida antecedência, mas
muitas vezes as seleções avisavam no próprio dia e alterava as contas e a
coordenação entre os SASUP e a comissão organizadora.
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4.2.6) Alojamento
Disponibilizar um bom alojamento torna-se essencial para a competição
num evento desportivo, dado que os atletas procuram descansar e recuperar
após os jogos. Existem algumas orientações por parte da FISU sobre o
alojamento num CMU. Nomeadamente, não devem estar mais que duas
pessoas por quarto; tem que ter armários e roupeiros; persianas ou cortinas na
janela e a cama tem que ter pelo menos dois metros de comprimento. Em
relação à higiene, as toalhas e a roupa da cama teria que ser trocadas no
máximo em cada dois dias, existindo uma limpeza diária no quarto (lixo e pó) e
tendo acesso à lavandaria de forma gratuita.
Com as orientações da FISU e dado os locais do evento, decidimos
alojar as seleções perto do estádio universitário, procurando o conforto e
proximidade entre as seleções, resultando numa troca de experiências, dada
as diferenças entre as culturas presentes no evento.
Um dos alojamentos escolhidos para as seleções foi a Residência
Campo Alegre - Ruca I, situada no pólo do Campo Alegre, nomeadamente na
rua do Campo Alegre, nº 1395. Esta dispõe de 156 camas, distribuídas por
doze apartamentos com 11 quartos individuais e um com 13 quartos. Como
área comum, têm o WC, a cozinha e a sala. O outro alojamento, foi a
Residência Novais Barbosa, junto à Faculdade de Letras da Universidade do
Porto. É composta por 22 apartamentos com 6 a 14 quartos individuais, tendo
um total de 308 camas.
Consoante a disponibilidade e distribuição de quartos por pisos na
Residência Novais Barbosa e Ruca I, estabeleci um mapa com as seleções
que seriam alojadas em cada uma das residências. Na Residência Ruca I
ficaram as seleções da República da Coreia, Japão, Eslováquia e Suíça. Na
outra Residência foram alojadas as comitivas de Portugal, Espanha, Polónia,
Suécia, Finlândia e República Checa.
Os árbitros e os convidados VIP ficaram no Hotel Porto Palácio dada a
localização das instalações desportivas, do alojamento e alimentação das
delegações.
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Como principal atividade nesta área, fiquei responsável por fazer a
distribuição dos participantes por cada quarto, através de um mapa
disponibilizado pelos SASUP. A grande dificuldade surge pelo WC ser
partilhado por todos os elementos do mesmo piso sendo, portanto, fundamental
ter no piso apenas elementos do mesmo género. Esta dificuldade sentiu-se por
alguns dirigentes serem homens e responsáveis pelas seleções femininas ou
vice-versa, bem como pelo facto de alguns pisos terem ligação entre os blocos
de apartamento. Com isto, foi necessária uma atenção especial em cada
quarto que era distribuído. Outra dificuldade surgiu porque nem todos os pisos
tinham o mesmo número de quartos, não sendo assim uniforme o número de
participantes por cada piso. Outro fator que foi necessário ter em causa, foi a
proximidade entre países rivais, como por exemplo, a Suécia e a Finlândia, não
sendo aconselhável que ficassem em pisos próximos ou de acesso fácil entre
os participantes de cada país. Por último, a maior dificuldade diz respeito à
correspondência entre o número de quartos disponíveis e o número de
participantes, sendo que apenas sobravam 7 quartos, limitando assim a
distribuição dos participantes por cada piso. No entanto, estes 7 quartos
serviram para colocar alguns membros da organização.
4.2.7) Transportes
A área dos transportes iniciou-se quando chegou a primeira pessoa ou a
primeira seleção a Portugal e terminou quando o último interveniente
desportivo saiu de Portugal. Este recurso, foi utilizado entre o aeroporto, os
alojamentos, a alimentação e as instalações desportivas.
Consoante os horários dos treinos, jogos e horas destinadas às
refeições, realizou-se um plano de transporte para entregar às seleções (anexo
3) e aos motoristas dos autocarros (anexo 4). Tivemos duas carrinhas de 9
lugares e dois carros de 4 lugares a transportar os árbitros, árbitros de mesa,
os convidados e os membros da organização. Para as equipas, foram
necessários 3 autocarros para assegurar as exigências da competição. Havia
99
dois autocarros destinados ao transporte das duas equipas adversárias para a
respetiva instalação desportiva e outro autocarro a fazer serviço shuttle, para
transportar todos os interessados a assistir aos jogos e a passear pela cidade
do Porto, dado que fazia o seguinte percurso:
Residência Novais Barbosa > Estádio Universitário > Palácio de
Cristal > Cordoaria > Aliados > FADEUP > Residência Ruca I >
Estádio Universitário > Residência Novais Barbosa.
Outra grande responsabilidade da área dos transportes, foi o programa
social. A tarefa neste dia foi bastante condicionada, dado o programa social ser
na Ribeira do Porto e o percurso desde as instalações desportivas ou do
alojamento até o seu destino, era num tempo não programado inicialmente,
devido ao trânsito e à hora do seu percurso.
Apesar dos horários estruturados num plano tendo sido entregue a
todos, esta área está exposta a várias condicionantes externas que dificultam o
desenrolar dos acontecimentos como estavam planeados. Seja o trânsito, o
atraso dos jogos ou o atraso de um atleta, são tudo fatores que condicionem o
plano, sendo assim uma área que exige uma atenção diária e permanente
atualização dos horários com os motoristas e os participantes.
4.2.8) Acreditação e Centro de Informação
O trabalho da acreditação iniciou-se quando a primeira seleção entregou
a sua inscrição oficial no 7.ºCMUF e terminou quando a última seleção recebeu
as credenciais do evento desportivo. É uma função simples, mas fundamental
para toda a logística do evento desportivo, onde os prazos devem ser todos
cumpridos.
A acreditação deve ser instalada numa sala ou num espaço de acesso à
chegada das delegações. Deve ter computadores, impressoras, máquinas de
laminação e internet. Os elementos da acreditação são responsáveis pela
100
verificação dos dados dos intervenientes desportivos, tais como nome
completo, data de nascimento, morada, cartão de cidadão ou passaporte,
universidade e curso de estudo. Têm que fazer a credencial no sistema de
creditação online da FISU, colocando o nome, a função, a seleção e a
fotografia, bem como os acessos que essa pessoa tem direito. Cada delegação
recebe o acesso a este sistema, colocando os dados dos participantes no
evento e disponibilizando os mesmos à entidade organizadora.
Na acreditação são feitos os pagamentos da inscrição da delegação
(taxa), feita pelo chefe de delegação, que corresponde ao valor diário de 70€.
Esta taxa passou a ser o valor máximo a partir de 2016, definido pela FISU, de
cada um dos intervenientes durante a sua estadia no alojamento do 7.ºCMUF.
Após os pagamentos e a confirmação de dados, a acreditação entrega
tudo ao técnico da FISU para este analisar e assinar a credencial confirmando
se tudo está correto. Este técnico analisa a idade, a nacionalidade e o estatuto
de estudante-atleta, através do documento de elegibilidade e passaporte,
entregues pelo chefe de delegação. Após a confirmação, são pagos 20€
diretamente à FISU, por cada membro da delegação inscrita. Qualquer
incorreção que seja necessária ser corrigida é feita neste técnico da FISU.
Caso não possa ser corrigida, o interveniente desportivo não recebe credencial
para participar no evento desportivo.
O Centro de Informação, é o que chamamos de Centro de Crise, é
responsável por dar resposta a todas as adversidades que surgem e por
passar informação dos acontecimentos ou de eventuais alterações ao
programado. Estão em contacto permanente com todas as áreas e têm sempre
todas as informações atualizadas. Numa fase inicial, trabalharam junto da
acreditação, a fim de estar em contacto com os responsáveis das equipas para
que lhes pudessem dar informações como horas de treino disponíveis, horários
dos transportes, do shuttle e das refeições e dar as novidades aos guias.
Depois, a sua área de serviço mudou-se para o Estádio Universitário,
dado a proximidade de uma das instalações da competição e do alojamento.
101
4.2.9) Hospitalidade
O sucesso de um evento desportivo depende muito da forma como as
pessoas são recebidas e atendidas. Podemos ter as melhores instalações, o
melhor equipamento, o melhor alojamento e muito mais, mas se as pessoas
não se sentirem bem, não vão gostar do evento desportivo. As pessoas devem
sentir-se em casa, seguras, confortáveis e acima de tudo devem estar felizes
com a experiência. As grandes recordações serão os momentos partilhados e
nesses deve ser o conforto de um sorriso que deve estar bem presente.
A educação é mesmo uma das palavras-chave naquilo que chamamos
de hospitalidade. Posso não ser o melhor do mundo nem a pessoa mais
simpática, mas vou fazer o melhor de mim e o meu esforço será
recompensado. Neste pensamento, qualquer pessoa consegue alcançar os
objetivos, cumprir as atividades e passar a imagem de uma boa organização.
Felizmente, na cultura que vivemos a socialização é um dos fatores
fortes e o responder às adversidades é o melhor que fazemos. Somos um povo
preparado para os imprevistos e prontos a dar a melhor solução no momento.
Outra palavra-chave é a confiança, nomeadamente no que estamos a
fazer e naquilo que podemos contribuir a quem está mais próximo de nós.
Transmitir confiança a quem nos visita, é fundamental para que possam seguir
as instruções que pretendemos.
O cuidado de todos os recursos humanos neste evento consistiu no
encontro das necessidades das pessoas e contribuiu para o alcance das
mesmas. Desde a receção no aeroporto até a ida para o aeroporto, foram dias
de partilhas de experiências e conhecimentos significativos para o futuro de
todos.
4.2.10) Apoio médico
A presença de apoio médico é fundamental na competição, pela rápida
atuação em caso de uma lesão de algum interveniente desportivo. Apesar de
102
cada seleção ser obrigada a trazer o seu fisioterapeuta/médico/enfermeiro, a
comissão organizadora tem que ter presente apoio médico durante o evento.
A FISU estabelece que a entidade organizadora tem que disponibilizar
uma sala privada para tratamentos, cadeiras, mesa de massagem (maca),
frigorífico com gelo para fornecer às delegações, medicação, cabides de roupa
e uma limpeza diária na sala, principalmente do lixo. Foram assim montadas
duas salas para apoio médico, uma em cada instalação desportiva e duas
salas de massagens, uma em cada residência. Em todas elas, estavam
disponíveis macas e gelo e tinham os membros do apoio médico da
organização e de cada uma das seleções, utilizando as mesas para dar auxílio
aos atletas.
Por parte da entidade organizadora, foi contratada a cruz vermelha, que
colocou três enfermeiros e uma ambulância em cada instalação desportiva. Em
cada jogo, havia ainda dois voluntários da área médica, sendo estudantes de
medicina, enfermagem ou fisioterapia. Havia ainda, um médico por parte da
CISCA e um médico disponibilizado pela comissão organizadora.
4.2.10.1) Controlo Anti-doping
Nos CMU é obrigatório realizar testes anti-doping em qualquer momento
da competição. Os atletas têm que estar preparados para a qualquer momento
serem selecionados para estes. A FISU tem um conjunto de obrigações e
consistem no seguinte:
Um diretor Anti-doping tem que ser escolhido três meses antes
da competição;
Todos os testes de doping são realizados de acordo com os
regulamentos da FISU e regras da WADA (World Anti-doping
Agency) ou por entrada direta da ADAMS (Anti-Doping
Administration and Management System);
103
Os testes podem ser feitos em qualquer momento da
competição;
As análises das amostras são analisadas em laboratório
certificado pela WADA;
Todos os custos que envolvem estes testes são suportados pela
entidade organizadora;
O número mínimo de atletas submetidos a testes é de 8 e têm
que incluir atletas que venceram a medalha de ouro na
competição.
Neste 7.ºCMUF, a entidade organizadora decidiu fazer os testes nos
jogos das finais da competição. Foi no último dia de competição, que se
submeteram aos testes 2 atletas de cada seleção representada na final, quer a
masculina, quer a feminina.
4.2.11) Segurança
Em toda a competição, foram vários os adeptos que passaram pelas
bancadas. Desde crianças a adultos, o desporto despertou interesse a todos.
Apesar de não se ter registado quaisquer confrontos, é fundamental no
desporto que envolva público, ter segurança na instalação desportiva.
Foi contratada uma empresa que colocou dois seguranças entre as
08h30 e meia hora após o término dos jogos em cada uma das instalações
desportivas. Um dos seguranças controlava o público e o outro controlava o
acesso ao recinto desportivo e aos balneários através dos acessos que os
intervenientes desportivos tinham nas suas credenciais.
Outra das funções dos seguranças foi nas cerimónias. Na cerimónia de
abertura ficaram responsáveis por garantir o perímetro de segurança na zona,
onde iria ser lançado o fogo, bem como convidar a sair alguém que não tivesse
em condições de estar na cerimónia, dado ter sido pública podiam surgir
104
imprevistos menos agradáveis. Assumiram responsabilidades ainda, na festa
de encerramento ao controlar as entradas no espaço destinado à mesma.
No que respeita à envolvência dos participantes e membros da
organização, foi necessário realizar um seguro da responsabilidade civil e outro
de acidentes pessoais, tendo por objetivo proteger todos aqueles que
participaram no evento, onde em caso de acidente, teríamos as questões
burocrática atualizadas, a fim de ativar o seguro. No que diz respeito a
acidentes na competição, tivemos a presença permanente da Cruz Vermelha,
de forma a atuar no imediato do acidente provocado no terreno de jogo ou no
seu exterior.
Por último, em relação à instalação desportiva, todo o material colocado
em torno do ringue, teve por base o respeito em deixar uma margem de
segurança entre o terreno de jogo e a colocação desse mesmo material.
4.2.12) Sessões protocolares e Cerimónias
Todas as sessões protocolares e cerimónias são previamente
estruturadas entre a comissão organizadora, nomeadamente através do
Secretário-Geral e o Delegado do comité executivo da FISU. São várias as
regras e protocolos a seguir, havendo depois espaço para os desejos da
entidade organizadora. Há liberdade total para a escolha do local e das
festividades a fazer, mas o horário e a ordem do protocolo são definidos pela
FISU. Os principais protolocos dizem respeito à cerimónia de abertura, de
encerramento e entrega de medalhas.
Quando pensamos em cerimónias nestes eventos desportivos, surgem
sentimentos bem distintos a quem vai participar no evento desportivo. Na
cerimónia de abertura é a expetativa do que vão encontrar, o entusiasmo por
começar a competir e a esperança de alcançar os melhores resultados. Por
outro lado, na cerimónia de encerramento é a saudade que fica, a nostalgia de
recordar os momentos passados que agora terminam e um olhar para o futuro
105
com vontade de repetir os resultados inéditos ou melhorar o que se consegui
menos bem. Mas não são apenas estas que encontramos num CMU.
4.2.12.1) Apresentação pública
Decorreu no dia 1 de julho de 2016 a apresentação pública do 7.ºCMUF,
onde se apresentou o evento e as entidades responsáveis pelo mesmo.
Realizou-se no Salão Nobre da Reitoria da U.Porto, situado na Praça Gomes
Teixeira, na cidade do Porto.
Como intervenientes desta sessão, partilhando algumas palavras,
comunicaram o Presidente da comissão organizadora, Daniel Freitas, o
Presidente da FADU, Daniel Monteiro, o Pró-Reitor da U.Porto, Fernando
Remião e o Administrador da Porto Lazer, Luís Alves.
Foram comunicados os objetivos do evento, o impacto na cidade do
Porto e a importância de envolver os estudantes. Foi um momento que permitiu
apresentar as cores dos recursos humanos envolvidos no 7.ºCMUF, estando o
vermelho destinado à comissão organizadora, comissão executiva e
voluntários. O amarelo para o apoio médico e o cinzento para a arbitragem,
enquanto o verde ficou reservado para a t-shirt de recordação do evento.
Através da comunicação social, esta apresentação serviu para passar a
mensagem das datas do evento e da importância que teve para a cidade e
para os seus estudantes. Alargou-se os horizontes e chegou-se a potenciais
interessados em conhecer um pouco mais da modalidade.
4.2.12.2) Cerimónia de abertura
A cerimónia de abertura realizou-se no centro da cidade do Porto no dia
19 de julho. Como personalidades em destaque, tivemos a Vice-Presidente da
Câmara Municipal do Porto, Professora Guilhermina Rego, o Vice-Presidente
106
da FISU, Mr. Dymalski e o Reitor da U.Porto, Professor Sebastião Feyo de
Azevedo.
Em relação á cerimónia, as delegações foram transportadas para a
Reitoria da U.Porto, onde puderam dar um passeio nos arredores da mesma.
Depois organizaram-se pela ordem oficial da FISU e receberam balões com as
cores da bandeira do seu país. Nomearam um porta-estandarte que levou a
bandeira do seu país na frente da delegação, juntamente com o guia que
continha a placa com o nome do respetivo país.
De seguida, deram início ao cortejo, escoltados pela Polícia de
Segurança Pública (PSP), saindo da praça dos leões, passando ao lado da
reitoria, em frente aos Clérigos, desceram a rua dos Clérigos e subiram a
avenida dos Aliados até á frente da Câmara Municipal do Porto onde decorreu
o seguinte protocolo:
1. Boas-vindas a todos os convidados e participantes;
2. Desfile de todas as delegações pelo palco;
3. Hino Nacional e hasteou-se a bandeira nacional;
4. Discurso de boas-vindas do Presidente da Comissão
Organizadora;
5. Discurso do representante da FISU;
6. O Presidente da Câmara Municipal do Porto declara o
Campeonato Mundial Universitário de floorball aberto;
7. Entrada da bandeira da FISU, toca o hino da FISU e é hasteada a
bandeira da FISU;
8. Um atleta e um árbitro fazem o juramento de cumprir as regras e
os regulamentos da competição;
9. Programa cultural, através de uma dança dos voluntários.
107
4.2.12.3) Programa social
O programa social estava programado para o último dia de jogos na fase
de grupos, ou seja, no dia 22 de julho de 2016. Pretendia dar um momento de
descontração e convívio entre todos os participantes do 7.ºCMUF, mostrando
em simultâneo alguns locais da cidade do Porto.
Após o término dos jogos, as seleções foram transportadas em
autocarros até ao Palácio da Bolsa, onde receberam uma t-shirt verde de
recordação. Depois seguiram para a Ribeira do Porto e convidados a entrar
num cruzeiro passando por 6 pontes do rio Douro. Por fim, passearam no
centro do Porto, tendo por limite a hora marcada de regresso para o
alojamento.
As seleções foram divididas em três grupos, participando em primeiro
lugar as seleções que jogaram às 09h00 e 11h30, depois as do jogo das 14h00
e por último, as últimas a entrar em ação na fase de grupo, nomeadamente às
16h00.
A escolha do dia do programa social foi a componente mais complicada,
dado que este programa ao se realizar no fim da fase de grupos, remeteu-nos
para uma sexta-feira, estando o trânsito muito condicionado neste dia,
atrasando a programação dos horários previstos. Outra complicação foi o
tempo curto para a dinamização do mesmo.
4.2.12.4) Jantar oficial das delegações
É um protocolo obrigatório e essencial, pois proporciona um momento de
descontração aos que têm maiores responsabilidades no evento, seja pelo lado
organizativo, seja pelo participativo. A entidade organizadora organizou este
jantar convidando dois elementos de cada seleção, representando assim cada
país participante do 7.ºCMUF. Estiveram presentes também, os elementos da
comissão organizadora e da CISCA. No jantar, houve um momento de
reconhecimento à dedicação das delegações pelo desporto universitário, tendo
108
sido entregue a cada delegação as três medalhas do 7.ºCMUF (1.º, 2.º e 3.º
classificado).
4.2.12.5) Cerimónia de entrega de prémios
Antes da cerimónia de encerramento decorreu a cerimónia de entrega
de prémios aos três primeiros classificados em cada competição. Foi entregue
um troféu em loiça com um monumento da cidade do Porto desenhado,
nomeadamente a ponte Luís I, tendo a Ribeira como seu fundo. Em relação às
medalhas, numa das faces continha o logo oficial da FISU e na outra a
descrição em inglês do 7.ºCMUF.
Relativamente à cerimónia propriamente dita, as seleções foram
ordenadas na linha final do ringue enquanto foi montado o pódio no centro do
campo e colocados os mastros para as bandeiras dos países. O pódio continha
o logo da FISU, bem como o painel atrás do pódio. Não pode ser colocada
nenhuma publicidade no pódio. Em relação aos mastros têm que ter alturas
diferentes, permitindo identificar o primeiro, segundo e terceiro classificado. O
palco pode ser decorado e deve ser reservada uma zona frontal ao pódio para
a comunicação social, num local onde não incomodem o desenrolar da
cerimónia.
Foram convidadas duas pessoas a entregar os prémios, sempre que
entrava uma seleção para o pódio. Quando os convidados entravam e a
seleção encontra-se no seu lugar de pódio, surgiam três voluntárias, onde uma
tinha as medalhas, outra as flores e a última o troféu coletivo para a delegação.
Após o pódio estar completo com as três delegações, tocou o hino do país da
seleção vencedora e subiram as três bandeiras dos países nos respetivos
mastros, ficando mais alta aquela que fora do país vencedor. No fim, era tirada
uma foto conjunta para posterior recordação e publicação.
Todas as delegações receberam um diploma de honra pela sua
participação no evento desportivo e assistiram à cerimónia na zona lateral do
pódio.
109
4.2.12.6) Cerimónia de encerramento
A cerimónia de encerramento realizou-se no dia 24 de julho, após o jogo
da final masculina entre Suécia e Finlândia e cerimónia de entrega de prémios,
sendo então no Estádio Universitário.
Os convidados tomaram os seus lugares nas cadeiras que lhes estavam
destinados e a apresentadora deu início ao discurso de encerramento,
apresentando depois a pessoa que cantou o hino nacional.
Após o término do hino nacional, convidou-se os árbitros, os árbitros de
mesa, os voluntários e os membros da comissão executiva a entrar em campo.
Estes, desfilaram e colocaram-se ao longo da lateral do ringue, de frente para o
palco principal. Seguidamente, pela ordem oficial, entrou o guia do país na
frente com a bandeira e com a sua delegação atrás, desfilando pelo terreno de
jogo. O Guia parou na linha final oposta ao inicio e a sua delegação continuou
e passou em frente a todos os outros, cumprimentando-os.
O Presidente da comissão organizadora proferiu o discurso de
agradecimento e reflexão do 7.ºCMUF e declarou o mesmo encerrado. Depois
foi convidado a subir ao palco o próximo organizador do CMU, para se fazer a
passagem da bandeira oficial da FISU entre Portugal, FISU e Polónia. Por fim,
o responsável pelo 8º CMU de floorball, que será na Polónia, apresentou esse
mesmo Campeonato e deu-se por terminada esta cerimónia com um convite da
apresentadora ao programa social de encerramento do 7.ºCMUF.
110
4.3) Formações de Floorball
Vista o cumprimento de todos os aspetos do evento, pré-evento e pós-
evento desportivo, passo agora a referenciar uma outra vertente deste relatório,
onde diz respeito aos outros objetivos definidos, estando neste caso,
relacionado com a formação geral do floorball.
As formações de floorball são uma excelente oportunidade de
aprendizagem, dada esta ser uma nova modalidade em Portugal, facilitando
com isto, a sua implementação por onde nos encontramos. Em relação ao
objetivo da formação em floorball, o mesmo surgiu pela necessidade de dar a
conhecer, promover e implementar a modalidade em Portugal. Este objetivo, foi
definido pelas entidades envolvidas na organização, onde sentiram que era
importante fazer chegar a modalidade a vários locais do país.
Assim, nesta modalidade procurou-se a sua expansão por todo o país,
visto que apenas tem sido aplicada nas escolas como uma modalidade
alternativa ou então no contexto do desporto escolar, mas não com os
conhecimentos e regras do floorball. Pretendeu-se assim demonstrar as
potencialidades que esta modalidade pode ter na nossa sociedade, sendo
dividida em duas fases, cada uma com um público-alvo específico. O primeiro
correspondeu ao do ensino superior e o segundo ao das escolas de ensino
secundário e básico, ou até mesmo primário com uma dinâmica diferente.
Na primeira fase, realizaram-se formações nas Universidades, com o
intuito de detetar e encontrar potenciais jogadores para representar a Seleção
Nacional Universitária Masculina. A segunda fase, relacionada com a
promoção e divulgação, fora feita em clubes e nas escolas. Paralelamente a
estas duas fases, ocorreu a promoção de rua, em grandes eventos da cidade
do Porto, dando continuidade ao conhecimento e à aplicação da modalidade.
111
4.3.1) Formação Madrid
Para atingir a primeira fase, foi necessário em primeiro lugar, ter uma
formação geral para permitir dar formação ao público-alvo em questão. Em
Portugal não consegui encontrar o que pretendia e como o orçamento estava
contado ao cêntimo, foi necessário procurar uma solução num país que ficasse
perto. Felizmente, através da IFF, foi-nos sugerido realizar uma formação em
Madrid, sendo que estaria presente, na mesma, um delegado da IFF que
poderia ajudar-nos na implementação do evento desportivo em Portugal. Fiquei
responsável por procurar as datas e os conteúdos da formação, onde teria que
perceber se a mesma iria ao encontro das nossas expetativas e necessidades.
Entrei em contacto com os responsáveis da “Asociación Espanola de
Unihockey-floorball”, a fim de me informarem sobre o curso “clinic de floorball”,
porque o mesmo apresentava conteúdos que abordavam a iniciação do
floorball.
Após a resposta positiva em contribuir no que necessitávamos, surgiu
então a procura do saber com a deslocação até Madrid, cidade onde o floorball
se encontra implementado há 15 anos e local mais próximo da cidade do Porto.
Na formação de Madrid participaram representantes da U.Porto, com o
propósito dos mesmos darem formações em Portugal. Estas podiam ser
sessões entre um a três dias, consoante a necessidade e disponibilidade de
cada Universidade, como será explicado posteriormente.
Realizou-se assim, nos dias 2, 3 e 4 de outubro de 2015 uma formação
em Madrid, equivalente ao curso de nível I de Monitor de Floorball (anexo 5). A
U.Porto, representada pelo CDUP-UP, marcou presença nesta formação, com
quatro futuros intervenientes do 7.ºCMUF. A formação durou 20 horas e para
ser finalizada, cada elemento teve de organizar um torneio de floorball.
Foi uma formação caraterizada por uma abordagem prática, sendo que
anteriormente fora apresentado alguns conteúdos teóricos. Nestes últimos,
foram abordados assuntos como a história e a evolução ao longo dos anos
desta modalidade, o equipamento de jogo e as instalações necessárias, as
regras e regulamentos do jogo, os sistemas de jogo consoante os diferentes
112
públicos-alvo (crianças, jovens, adultos, estudantes ou alunos e atletas
federados ou profissionais).
A nível prático, aplicamos quase todos os conteúdos teóricos e ainda
aprendemos a jogar. Em relação ao jogo, a maior parte da formação foi
dedicada à aprendizagem técnica da modalidade, saber jogar e ensinar.
Tivemos, também, a oportunidade de ter na formação a Seleção Espanhola de
Floorball, o que proporcionou um aumento das exigências de jogo e da
qualidade da formação.
Em suma, é deveras importante e deverá fazer-se formações, relativas a
esta modalidade, para jogadores, treinadores e árbitros em Portugal. Para
colmatar essa questão, foi agendada uma formação para os dias 5 e 6 de
dezembro de 2015, na FADEUP, onde estiveram presentes formadores e
delegados da IFF. Esta, caracterizou-se por ser uma formação aberta e gratuita
a toda a comunidade, onde os formandos ganharam competências para
expandir a modalidade e contribuírem diretamente na organização do mundial
realizado em julho.
Esta janela de oportunidade em ser formador e responsável pela
implementação de uma nova modalidade em Portugal, foi algo que vi como
fundamental para o meu currículo desportivo, bem como algo que testaria a
minha capacidade de inovar, estruturar e definir os vários parâmetros
necessários. A oportunidade de formação é algo gratificante, por terem
confiando em mim para ter uma formação em Espanha, a fim de formar
pessoas interessadas pela modalidade em Portugal. Isto, foi um verdadeiro
desafio, essencialmente quando não existia material da modalidade em
Portugal, e quando não há nenhuma associação promotora de desporto ou
uma federação desportiva em Portugal responsável pela modalidade, sendo
poucas as pessoas que reconhecem a modalidade. Com isto, as várias
formações decorreram com sucesso, mas abaixo das expetativas em relação
ao número de participantes, nomeadamente, na formação de Aveiro e Braga.
113
4.3.2) Formação FADEUP
Após a formação em Madrid, foi solicitado que trouxesse para Portugal,
uma formação semelhante à que tínhamos presenciado. Esta, seria a primeira
formação de floorball realizada em Portugal. O objetivo passou assim por trazer
oradores de Espanha e realizá-la de forma gratuita aos participantes para que
atraísse mais pessoas.
Pensei então trazer os mesmos oradores que deram a formação em
Madrid. Foi feito o convite ao Carlos Lopez, ao Miguel Prieto e ao Magnus
Olson. O Carlos é atualmente GR de uma equipa em Espanha, delegado na
IFF e dirigente na Associação Espanhola de Unihockey. O Miguel Prieto é
treinador e dirigente na mesma Associação que Carlos. Por fim, o Magnus é
considerado o melhor jogador de floorball a jogar em Espanha, sendo este de
nacionalidade sueca. Visto ser uma modalidade que é pouco conhecida e
quase sem prática nenhuma, a formação consistia na aprendizagem das
componentes: jogar, treinar e arbitrar; permitindo aos participantes, ampliar o
conhecimento de jogador/GR, treinador e árbitro.
A data escolhida para a formação, foi 5 e 6 de dezembro de 2015, data
que ficou definida em Madrid, pois dependia da disponibilidade dos nossos
oradores. A tarefa mais difícil foi trazer os mesmos para Portugal. Inicialmente
o transporte era assegurado pelo carro do Magnus, onde a nossa preocupação
passaria por arranjar um alojamento próximo da FADEUP. No entanto, surgiu
um imprevisto a uma semana da formação, visto que o Magnus teve uma lesão
que o impediu de conduzir e fazer assim a viagem para o Porto. Além de
passarmos a ter dois oradores em vez dos três, ficamos sem o meio de
transporte, dentro do orçamento definido. Dado o orçamento reduzido para as
formações e visto que o transporte seria de carro, ao optarmos por trazê-los de
avião foi um processo mais complicado.
Quanto à preparação da formação, as inscrições foram comunicadas
através de cartazes (anexo 6) e num evento no Facebook, em que bastaria
enviar um e-mail com o nome completo, o contacto telefónico e o e-mail em
que pretendiam receber as informações.
114
Para os dias das formações, foi necessário reservar uma sala de aula,
bem como o pavilhão polidesportivo e o pavilhão de voleibol; preparar 5 kits,
cada um com 12 sticks e 15 bolas e arranjar quatro balizas. Foram ainda
elaborados, kits de participantes, onde cada um continha a credencial com o
nome e a instituição que frequentavam, uma fita, uma caneta, um saco e um
dossier com as explicações necessárias à formação, nomeadamente o
programa e as regras do floorball.
A formação decorreu consoante o programa (anexo 7), ocorrendo alguns
ajustes no horário consoante as necessidades dos participantes. Conseguimos
um total de 39 participantes, destacando 12 da equipa dos Loulé Linces, sendo
os únicos com prática regular de floorball em Portugal. A formação decorreu
conforme as expetativas esperadas sendo que feedback final dos participantes
fora muito positivo, onde questionaram quando seria a próxima formação, bem
como se haveria algum torneio e ainda, como poderiam dar o seu contributo no
7.ºCMUF.
O maior destaque nesta formação, adveio da quantidade de dúvidas que
os participantes tinham. Não só na regulamentação, dado esta ser uma
modalidade com especialidades muito próprias, como também nas formas de
jogo, relativamente a aspetos técnicos ou táticos. Esta falta de conhecimento,
notou-se muito na prática. Houve uma dificuldade inicial em controlar a bola,
mas facilmente ultrapassaram esse obstáculo. Assim, esta rapidez de
adaptação vai de encontro à facilidade em dominar a modalidade explicando o
facto referido anteriormente relacionado com o ensino desta mesma a crianças.
4.3.3) Formações em Portugal
Braga, Aveiro e Lisboa também receberam a formação, mas num molde
diferente à anterior. Eram assim dadas três opções de formações por parte dos
formadores. Ou seja, a primeira tinha a duração de três dias, sendo dois para a
formação e um para o torneio. A segunda opção eram dois dias, um para
115
formação e outro para torneio. E por último, a terceira opção era composta
apenas pela formação (anexo 8)
Na formação foram abordados conteúdos teóricos, entre eles, a história
e evolução da modalidade, o equipamento de jogo e as regras básicas de jogo.
Foram também, dados conteúdos práticos sempre em três fases. A primeira foi
a fase inicial, onde aprenderam a manusear o stick e a controlar a bola. A
segunda, a fase fundamental, abordou-se não só os aspetos técnicos e como a
aprendizagem de aspetos relativos à arbitragem dos jogos. Por fim, na fase
final, realizaram jogos, oficiais (6x6 com GR) ou reduzidos (3x3 sem GR), tendo
em conta com as regras oficiais. No torneio, exigiu-se no mínimo a participação
de 4 equipas, onde cada uma devia ter pelo menos 6 atletas.
As formações tiveram dois objetivos: expandir a modalidade por locais
de referência no país, despertando o interesse dos participantes por uma
modalidade nova; e detetar talentos, encontrando jogadores que poderiam
integrar a seleção nacional universitária de floorball. O primeiro objetivo foi
cumprido e mantido ao longo do tempo, dado que cada instituição que recebeu
a formação, ficou com material de floorball (12 sticks e 15 bolas), para dar
continuidade à implementação desta modalidade, através de treinos e torneios
internos. Por outro lado, para concretizar o segundo objetivo foi estabelecido
um acordo entre a comissão organizadora e o responsável do departamento
desportivo da instituição (anexo 9), para que os estudantes-atletas
continuassem a praticar a modalidade até ao estágio em julho.
O primeiro público-alvo ao ser detetado e já possuí material para continuar a
desenvolver a modalidade e está convidado a participar em torneios a nível
nacional e internacional. No entanto, é necessário iniciar a segunda fase,
chegando às escolas e introduzir a modalidade, visto que é uma modalidade
simples de aprender e dinamizar, sendo muito competitiva e divertida em
simultâneo.
116
4.4) Atividades CDUP-UP
Estando o foco novamente nos outros objetivos estabelecidos no início do
estágio profissionalizante, realizei três atividades do CDUP-UP, sendo as
mesmas relacionadas com o evento desportivo que estava inserido, mas não
sendo de execução obrigatória para a implementação do evento. Porém,
devido à modalidade em causa, decidimos inserir o floorball nos Campos de
Férias Desportivas da Universidade do Porto, realizar um Torneio Nacional
Universitário de Floorball e um estágio com a Seleção Universitária Nacional de
Floorball.
4.4.1) Torneio Nacional Universitário de Floorball
Tendo em vista a preparação do 7.ºCMUF, a FAP e a U.Porto, sob tutela
da FADU, organizaram em conjunto o TNU de Floorball. Salienta-se que foi o
registo da primeira competição formal de floorball em solo nacional. Organizar
um TNU não exige grandes processos logísticos nem administrativos, mas é
essencial para melhorar as nossas capacidades, conhecimentos e funções.
Foram convidados os vários recursos humanos envolvidos (voluntários,
comissão executiva e comissão organizadora) em algumas das áreas do
7.ºCMUF, nomeadamente, competição, instalações desportivas, comunicação,
acreditação e área médica. Isto permitiu que os mesmos colocassem dúvidas e
críticas ao TNU, a fim de melhorar a organização do 7.ºCMUF, visto que o
mesmo se realizava num dos locais do 7.ºCMUF.
Pudemos assim, pensar em termos práticos o que observávamos e
pretendíamos refletir daquele momento. Notámos que era importante reservar
o acesso à instalação desportiva somente aos participantes do jogo, permitindo
que os mesmos se concentrassem somente no jogo e fazendo com que a
organização detetasse quem iria para o jogo. Percebemos que é fundamental
ter 1 pessoa em cada um dos cantos do ringue, responsáveis por endireitar o
mesmo, permitindo que o jogo prossiga sem paragem. Ficou claro também que
117
a mesa de jogo e os bancos de suplentes deveriam ficar do lado da parede, de
forma a ter o outro lado (lado de acesso à instalação desportiva) livre e com
uma zona para entrevistas e para tirar fotografias. Permitiu ainda detetar a
necessidade de colocar algo que impedisse a passagem das bolas, atrás da
rede que fica junto ao colchão do salto em comprimento, facilitando o regresso
das bolas para o espaço entre o ringue e a rede.
Em relação ao TNU propriamente dito, realizou-se no dia 6 de junho
2016, nas instalações desportivas da FADEUP, e contou com 3 equipas
inscritas e uma convidada. Inscritas estavam a U.Porto, Universidade do Minho
e a Universidade NOVA de Lisboa, tendo ainda uma equipa convidada, onde
era composta essencialmente por estudantes universitários do Instituto
Português de Administração e Marketing (IPAM).
Na instalação desportiva, foi montado o ringue, duas balizas e
assinaladas as linhas das áreas e de face-off. Colocaram-se os bancos de
suplentes e uma mesa com uma cadeira juntamente com o marcador do
resultado. Como promoção, foram dispostas bandeiras e lonas do 7.ºCMUF, da
FAP, da U.Porto e da FADU. Os dois árbitros escolhidos, fizeram a formação
de floorball em Madrid, sendo que vieram a ser, no 7.ºCMUF, o treinador
principal e o treinador adjunto/preparador físico da seleção nacional
universitária.
Além da promoção e preparação do 7.ºCMUF, o TNU serviu para detetar
os talentos universitários que poderiam integrar a seleção nacional
universitária. À exceção da equipa convidada, todos os outros atletas
apresentavam as condições para integrar a mesma. As condições consistiam
nas seguintes:
Idade compreendida entre os 17 e os 28 anos;
Ser estudantes oficialmente inscritos no sentido de obter um grau
ou diploma numa instituição de ensino superior, cujo estatuto é
reconhecido pela autoridade académica nacional competente do
seu país;
118
Ex-estudantes que tenham obtido o seu grau académico ou
diploma no ano antes da CMU;
Ter cidadania e passaporte do país que representam.
Sendo responsável pela competição, elaborei o programa competitivo
disponível no quadro 16, bem como o horário da acreditação e da formação,
sendo também usado para a exposição dos resultados dos jogos. Faço a nota,
que os jogos com a equipa convidada não apresentaram o seu resultado, dado
que a mesma não contabilizou para a classificação final. Fiquei ainda
responsável pela colocação do material de promoção e pela explicação da
montagem do ringue, visto que já tinha aprendido em Madrid.
Quadro 16: Calendário competitivo e resultados do TNU de floorball
Torneio Nacional Universitário de Floorball
Horário Atividade
09h45 Acreditações
10h15 Formação teórica/prática sobre o floorball
1ª Jornada
Hora Equipa A Equipa B Resultado
11h00 Universidade do Porto Convidada -
11h45 Universidade do Minho Universidade NOVA 2 – 1
2ª Jornada
Hora Equipa A Equipa B Resultado
14h00 Universidade do Minho Convidada -
14h45 Universidade NOVA Universidade do Porto 1 – 0
3ª Jornada
Hora Equipa A Equipa B Resultado
15h30 Convidada Universidade NOVA -
16h15 Universidade do Porto Universidade do Minho 1 – 1
119
Terminado o TNU de floorball, deu-se início à cerimónia de entrega de
prémios, sendo medalhas para os participantes e o troféu com a classificação
para a IES. Os prémios foram entregues por dirigentes da FAP e da FADU,
onde obteve-se a classificação final patente no quadro 17.
Quadro 17: Classificação final do TNU de floorball
Este torneio foi fundamental para perceber as lacunas que eram
necessárias preencher a fim de corrigir as preocupações no 7.ºCMUF, visto
que a organização aproveitou para testar algumas das funções que iriam ser
necessárias e verificar se em termos logísticos estavam preparados para
corresponder às exigências. Em suma, o balanço dos participantes e da
organização torna-se positivo quando corresponde às expectativas de todos e
ainda surpreende quem por vezes duvida do interesse e impacto que a
modalidade pode ter.
Neste torneio já tive a minha primeira experiência como jogador e
organização, pois quer os participantes, quer a FADU autorizaram a minha
participação como jogador no TNU, visto que possuía conhecimentos da
modalidade que viriam trazer benefícios à qualidade da prática em cada um
dos jogos. Foi uma honra ter tido esta oportunidade, porque possibilitou
posteriormente a minha convocatória para a seleção universitária nacional de
floorball.
Class. Equipa Vitórias Empates Derrotas Golos
Marcados
Golos
Sofridos Pontos
1º Universidade
Minho 1 1 0 3 2 3
2º Universidade
NOVA 1 0 1 2 2 2
3º Universidade
Porto 0 1 1 1 2 1
120
4.4.2) Estágios da Seleção Universitária Nacional de Floorball
Todas as seleções que marcaram presença no CMU de floorball, já
vinham praticando a modalidade no seu país há mais de 10 anos, o que lhes
proporcionava um avanço na prática da mesma quando comparados com todos
aqueles que vieram integrar a seleção nacional universitária.
Tornou-se assim essencial realizar um estágio da seleção universitária
nacional de floorball, onde fiquei responsável por colaborar na execução de um
programa de treinos e por reservar as instalações desportivas e o alojamento
para cada atleta. No programa de treinos era importante ter treinos bi-diários,
com o objetivo de os atletas melhorarem o seu domínio técnico, bem como a
sua capacidade cardiorrespiratória. Em relação às reservas, foi necessária uma
relação com os SASUP (alojamento) e CDUP-UP (instalação desportiva). Já
tinha alguma experiência em vivenciar estágios (futebol) e isso foi importante
para detetar necessidades a ter em conta, como por exemplo, as águas
durante os treinos, ter que estabelecer os horários para cada compromisso e
responsabilizar cada atleta pela importância que aqueles dias iriam ter para o
evento desportivo.
Após as formações e o TNU de floorball, foram convocados 23
estudantes-atletas para um primeiro estágio da seleção nacional universitária,
sendo eu um dos convocados. O primeiro decorreu no Porto, nos dias 2 e 3 de
julho de 2016, no estádio universitário da U.Porto. Foram realizados 4 treinos,
dois por dia, no total deste estágio, onde além de ter sido o primeiro contacto
entre os atletas enquanto seleção nacional, serviu essencialmente para definir
os selecionados que iram representar Portugal no 7.ºCMUF.
Através do primeiro estágio, ficaram escolhidos 19 jogadores, dado que
o vigésimo jogador viria ainda da Suíça, sendo um GR federado tendo esta
mais experiência, essencialmente para ensinar as regras. Os 20 jogadores
foram selecionados e convocados para o segundo estágio que decorreu entre
os dias 12 e 16 de julho de 2016, no estádio universitário da U.Porto e na
FADEUP. No entanto, a lista ficou reduzida a 18 jogadores, porque um
lesionou-se e outro integrou a seleção nacional de hóquei em patins.
121
A seleção nacional universitária de floorball ficou então com 15
jogadores de campo e 3 GR. Composta por 6 estudantes da Universidade do
Minho, 8 da Universidade NOVA de Lisboa, 2 da U.Porto (sendo eu um
destes), 1 do IPAM e 1 da Universidade Berufsmaturitätsschule Winterthur, da
Suíça. Apenas um desses jogadores, mais precisamente o da Universidade da
Suíça, é que jogava atualmente floorball. Em relação aos restantes jogadores
da equipa, 1 jogava hóquei em campo, 2 praticavam futebol e 14 eram atletas
de hóquei em patins.
Neste segundo estágio totalizaram-se 12 treinos e 2 jogos amigáveis,
consoante o programa disponibilizado aos atletas (anexo 10). Desses 12
treinos, 4 foram específicos para os GR e 8 foram treinos gerais com toda a
seleção. Quando os GR estavam em treino específico, os jogadores tinham
uma preparação teórica através da visualização de vídeos das outras seleções
e com possíveis jogadas a aplicar em jogo. Os dois jogos de treino foram
contra antigos jogadores de hóquei em patins do Futebol Clube do Porto, dado
que estes se juntam com regularidade, uma vez por semana, para praticar
floorball. Os estudantes-atletas realizaram sempre treinos bi-diários ao longo
dos 5 dias de estágio, à exceção do dia de jogo, em que faziam um treino geral
e um jogo ao final da tarde.
Apesar do pouco tempo de preparação para um evento desportivo tão
importante como o 7.ºCMUF, a motivação, a dedicação e a importância de
deixar uma boa imagem por serem a primeira seleção nacional de floorball
foram as palavras-chave no trabalho diário dos 18 jogadores e dos 6 elementos
da equipa técnica. A evolução de treino para treino foi visível e significante,
deixando os atletas entusiasmados para uma boa prestação.
Encontrava-me num misto de responsabilidades, porque sendo atleta da
equipa era também elemento da comissão organizadora. Por um lado, facilitava
a comunicação entre o sentimento que um atleta poderia ter em relação ao
momento que estava a vivenciar, tornando mais rápida e eficaz a resposta da
organização a eventuais problemas, mas por outro lado, era fundamental saber
distinguir quando assumia o papel de organização ou o de jogador. Numa fase
inicial, os outros atletas da seleção viam isso como uma vantagem e sentiam a
122
liberdade para pedir ou realizar algo, mas rapidamente perceberam que
quando me encontrava com eles estava como jogador e seria tratado como
jogador, não tendo quaisquer benefícios por ser membro da organização,
sendo respeitados como todos os participantes no evento desportivo.
Em relação à experiência que adquiri desta vivência, recordo com
emoção cada momento passado por se tratar de uma novidade em cada dia
que passava, por cada aprendizagem na troca de experiências e
conhecimentos com outros atletas que já dominam a modalidade há vários
anos e por sentir que estava a contribuir diretamente para mais um grande
evento na cidade do Porto.
Quanto à prática, quer em mim quer nos meus colegas, senti que houve
uma evolução no domínio técnico e tático de treino para treino, os quais vieram
a refletir-se posteriormente nos jogos, visto que começamos com três derrotas
seguidas, mas depois conquistamos três vitórias nos jogos seguintes.
4.4.3) Campo de Férias Desportivas da U.Porto
As crianças são a principal motivação para dar continuidade a qualquer
desporto. Sem o interesse delas, por mais que um desporto esteja integrado na
sociedade, poderá desaparecer anos mais tarde. Não há uma linha que defina
esta relação entre a juventude e o futuro, mas reconhecemos as várias
transformações ao longo do tempo e não há melhor forma do que cativar o
interesse, sorriso e paixão de uma criança pelo desporto.
Neste sentido, a U.Porto, através do CDUP-UP decidiu ocupar os
tempos de férias das crianças, entre os 6 e os 14 anos, através de atividades
desportivas, tendo novamente organizado três campos de férias desportivas
(CFD):
Natal: 16, 21, 22 e 23 de dezembro de 2015;
Páscoa: 21 a 24 de março; 29 de março a 1 de abril de 2016;
123
Verão: 13 a 17 de junho; 20 a 23 de junho; 27 de junho a 1 de
julho; 4 a 7 de julho de 2016.
Estes campos de férias desportivas inserem-se no objetivo das
atividades do CDUP-UP, onde um dos desportos realizados foi o floorball,
tendo por base o 7.ºCMUF e a implementação da modalidade. Para concretizar
esta última, fiquei responsável por planear e executar um conjunto de aulas de
floorball para os participantes deste campo de férias, percebendo na prática a
facilidade de aprendizagem que os participantes tinham quando executavam o
que lhes era pedido.
Posto isto, o ensino desta modalidade, praticada por muitos pela
primeira vez, ficou à minha responsabilidade. Toda a aula foi dinamizada
através de jogos de relação entre o jogador, o stick e a bola, contribuindo para
a evolução da técnica. Nestas idades não é o “saber jogar” que se procura,
mas sim a motivação para voltar a praticar a modalidade numa próxima
oportunidade. Com isto realizei um plano de aula como é demonstrado no
quadro 18. Algumas aulas foram realizadas na FADEUP e outras no estádio
universitário, dois palcos do 7.ºCMUF.
Tinha um total de 90 minutos com cada turma, mas apesar de dar um
determinado tempo aos exercícios, a sua duração efetiva dependia muito da
evolução e rapidez na aprendizagem das habilidades por parte dos alunos. Os
dois recursos humanos foram necessários na montagem dos exercícios
quando explicava o próximo exercício, bem como no diálogo com os alunos
citando feedbacks importantes permitindo que estes melhorassem as
habilidades solicitadas.
124
Quadro 18: Planeamento da aula de floorball no CFD
Nome da atividade Iniciação ao Floorball
Responsável Rodrigo Medeiros
Apoio necessário Dois recursos humanos
Material necessário 6 balizas, sinalizadores e kit de floorball
(30 bolas e 30 sticks)
Nº Descrição do exercício Tempo
1 Controlo e pega do stick: cada um tem um stick e correm com o stick para a
frente, à retaguarda, de lado. 15’
2 Controlo de bola: cada um tem uma bola e um stick e fazem jogos de imitação
do professor e depois imitam o colega 10’
3 Drible da bola: passar com a bola entre os sinalizadores e depois entre as
pernas dos colegas 10’
4 Remate e Passe: Fazer passe para o colega e depois rematam para a baliza 10’
5 Jogos 1 vs 1
Num campo de 3x5m com duas balizas de 1m 15’
6 Jogos 3 vs 3
Num campo de 6x10m com balizas de 1m 15’
7 Torneio 4 vs 4
Num campo de 12x20m com balizas de 1m 15’
4.5) Associação ou Federação de Floorball
Há uma necessidade clara, para que o próximo passo seja a criação de
uma Associação ou uma Federação de Floorball. Os clubes do Norte de
Portugal, têm margem para surgir e crescer, dado o impacto que o 7.ºCMUF
teve no Porto e pelo material que ficou disponível depois da sua realização.
Torna-se essencial criar um organismo responsável por liderar e gerir uma
competição formal e promover a promoção da modalidade. A discussão passa
por Federação ou Associação, qual a melhor? Nas distinções apresentadas no
quadro 19, a solução deve passar pela Federação, dado que a mesma vai
defender e representar os interesses dos intervenientes da modalidade. Esta,
também permite assegurar a presença da seleção nacional em competições
125
internacionais, podendo crescer e evoluir, trazendo conhecimentos para
Portugal advindos da experiência adquirida.
Quadro 19: Diferenças ente a Federação Desportiva e a Associação promotora de desporto
Federação Desportiva Associação promotora de desporto
Requisitos
Promover, regulamentar e dirigir a
modalidade desportiva;
Representar os interesses dos seus
afiliados na Administração Pública;
Representar a modalidade nas
organizações desportivas
internacionais e assegurar a
competição da seleção nacional.
Promover e organizar atividades
físicas e desportivas com finalidade
lúdica, formativa ou social;
Dispor de incrementação local através
da filiação de praticantes;
Capacidade para assegurar o
desenvolvimento das atividades
promovidas.
Natureza
Pessoa coletiva de direito privado, sem fins lucrativos.
Numa fase inicial, existe muito trabalho a desenvolver, mas dada a
velocidade de crescimento que a modalidade atinge, o investimento terá o
retorno esperado. Nesta fase, nunca se deve esquecer o público-alvo,
especificamente, as crianças. As equipas seniores são sempre referência para
aqueles que pretendem dar os primeiros passos, mas dada a dificuldade de ter
uma boa qualidade competitiva em Portugal, devemos procurar incentivar as
crianças através de jogos lúdicos e de uma competição sem obrigação de
vencer. Motivar cada criança para continuar a praticar a modalidade, é um dos
meios para alcançar o sucesso pretendido.
A formação de treinadores, jogadores e árbitros tem que abranger a
mais locais e Portugal já está preparado para isso, sendo assim necessário,
encontrar quem está interessado em aprender algo novo. A arbitragem é um
pouco mais complexa, pois ter árbitros qualificados é algo que Portugal ainda
não pode oferecer a quem o pretende. Essa formação terá de ser feita fora de
Portugal, nomeadamente em Espanha. Em Madrid existem assim, formações e
cursos para jogador, treinador/dirigente ou árbitro. É um país mais
desenvolvido no floorball, oferecendo mais recursos formativos neste âmbito.
126
Outra dificuldade passaria pela disponibilidade dos recursos materiais,
contudo, com a realização do 7.ºCMUF no Porto, a IFF facultou muito material
para a cidade, nomeadamente: dois ringues, quatro balizas e vários sticks e
bolas. Logo, existe material para possibilitar a iniciação da modalidade assim
como a sua competição. No entanto, se se pretende que esta modalidade
evolua, a aquisição de novo material não poderá ainda passar pelo nosso país.
Em suma, independentemente do papel que a modalidade possa
assumir no nosso país é de denotar a importância do esforço realizado na
implementação de uma nova modalidade.
127
5) Reflexão crítica e principais conclusões
128
129
O percurso de um estagiário é marcado pela liberdade de pensamento,
cultivado na aprendizagem do mestrado, mas balizado pelo respeito por um
compromisso estabelecido com a instituição acolhedora de estágio. Dia após
dia, os conhecimentos e as competências aumentam, a autonomia cresce e a
responsabilidade mantém-se e desenvolve-se. Os recursos humanos são a estrutura da entidade e quem influencia a
sua metodologia de trabalho, sendo também os colegas e aqueles que têm um
papel preponderante nas atividades a superar. Um trabalho de equipa depende
muito dos recursos que a envolvem, da capacidade para dar resposta aos
imprevistos e da superação dos obstáculos que surgem.
As adversidades devem ser vistas como um objetivo mais complicado a
ser superado, com um maior grau de exigência, mas são as que mais pontos
dão na conquista dos objetivos. Ter a tarefa facilitada, como pedir algo e obter,
poupa-nos tempo e trabalho, mas que pouca experiência nos dá. Há que
procurar evoluir e não apenas acomodar, há que deixar a marca na entidade e
não apenas ser mais um.
Ser estagiário é ser entendido como um complemento à base, como um
contributo, como um recurso de mais-valia. A confiança é determinante, não só
para recolher trabalho, mas como também para orientar-me num caminho,
tendo como finalidade chegar ao objetivo comum, onde é preciso reconhecer
os pontos fracos e fortes.
O conhecimento da área de trabalho pode ser um diferenciador entre os
vários recursos. Torna o recurso humano mais apto para responder às dúvidas
existenciais e acelera o processo de adaptação a uma determinada realidade.
O caminho a seguir, não deve ser a especialidade numa área, mas a
abrangência de muitas outras. Apesar da especialidade nos tornar melhores
naquela área, pode retira-nos a oportunidade de vivenciar outras realidades,
por falta de conhecimento.
Os objetivos cumpridos são um poço de motivação. Por vezes, é
preferível começar por metas simples, mas atingíveis, motivando uma equipa,
do que ter metas ambiciosas, desmotivando quem não as conquistas. A vida
ensina-nos a crescer e a aproveitar cada dia e o trabalho procura dar o mesmo.
130
Com isto, começar do simples, passar pela aventura e originalidade e terminar
no que é complexo, pode ser reconhecido como um percurso de mérito. Estas
palavras refletem o sentimento de um estagiário neste preciso momento,
momento de reflexão do que foi e do que poderá vir a ser feito.
Ao final de um ano de estágio é fácil fazer uma reflexão de tudo o que
passou. Pois, passado um ano ainda há muitas coisas que nos conseguimos
lembrar com alguma facilidade. No entanto, o verdadeiro significado de chegar
ao momento que nos encontramos é perceber o que superámos e
ultrapassamos para aqui chegar.
A saudade será uma palavra que marca mais esta etapa na minha vida.
Saudade de poder contribuir por uma instituição melhor, sem ter a preocupação
de manter o meu trabalho ou de estar a ter uma oportunidade para singrar na
vida. Saudade por querer deixar mais marcas, contudo o tempo não me
permitiu cumprir tal desejo, tal compromisso, tal objetivo.
Sentimento de dever cumprido, mas acima de tudo, sentimento por ter
feito a diferença, devido a uma dedicação diária na implementação de uma
nova modalidade, manifestando o interesse em aprender mais e ao ensinar a
quem por algum motivo quis aprender. Sem dúvida, que ao ser uma
modalidade desconhecida para muita gente em Portugal, tornou este
campeonato ainda mais memorável.
131
5.1) Os objetivos do EP
No início do estágio foram estabelecidos quatro objetivos destintos,
sendo a organização de eventos e a promoção do evento os objetivos
principais. A formação de floorball e as atividades do CDUP-UP ficaram
estabelecidos como objetivos como objetivos secundários. Todos estes
objetivos estão inseridos no objetivo geral, sendo o mesmo: planear, estruturar
e intervir diretamente na gestão do 7.ºCMUF e paralelamente, acompanhar e
intervir nas ações de promoção e formação do Floorball em Portugal.
Qualquer um dos objetivos que foram estabelecidos, resumem-se
através da palavra “cumprido”, mas foi instituído um percurso com diversas
dificuldades ao longo deste estágio. Refiro ainda, que a denominação dos
objetivos os tornam um pouco gerais, mas no fundo estavam diversas
atividades associadas e definidas em cada um deles.
5.1.1) Organização de eventos
Na organização de eventos, estava o foco principal deste EP, dado que
correspondia ao que sempre pretendera a partir do dia que entrei no
secundário e segui o domínio do desporto. Esta oportunidade de colocar em
prática todo o conhecimento teórico aprendido, tinha que ser apreendida com
todas as minhas capacidades, competências e experiências.
Olhando para trás, é um sentimento de orgulho e o realizar de um sonho
que me deparo no fim de mais um desafio superado. Realmente, quem procura
alcança mesmo que só haja um pouco de esperança. Foi sem dúvida uma
aprendizagem única e excelente a que vivencia no objetivo da organização de
eventos, porque tive a oportunidade de acompanhar todo um processo
necessário à realização do evento desportivo.
Inicialmente, o desconhecimento da modalidade em causa poderia ser
uma contrapartida por não estar familiarizado com a mesma, mas não foi isso
que me intimidou, pois ocorreu exatamente o oposto. Ter um desconhecimento
132
total da mesma, proporcionou-me uma maior dedicação na procura das suas
especificidades, bem como me motivou a ensinar a quem manifestava
interesse em saber mais sobre a mesma.
Neste objetivo, passei por dois cargos diferentes que tornaram ainda
mais completa a minha aprendizagem na gestão do evento desportivo. A
gestão e organização do evento desportivo é algo que requer algum
conhecimento das atividades a executar e dentro deste objetivo, vivenciei as
áreas da comissão executiva e da comissão organizadora.
Primeiro fiz parte da comissão executiva, porque ser estagiário e por
estar a trabalhar no CDUP-UP diretamente com o Secretário-Geral do
7.ºCMUF. Esta ligação direta, permitiu que o mesmo indicasse atividades para
serem cumpridas e realizadas por mim. A minha primeira atividade foi
pesquisar e estudar a modalidade do floorball porque fiquei responsável por
apresentar as características da mesma a todos aqueles que iam juntar-se ao
7.ºCMUF. Foi nesta primeira atividade que surgiu a paixão de acompanhar e
perceber muito mais sobre a nova modalidade porque realmente era algo
intenso, competitivo e com muita prática nos países da Suécia e Finlândia. É
através desta atividade que surgiu o interesse em realizar a formação na
modalidade e começar a envolver mais pessoas a praticar a modalidade em
Portugal. A grande dificuldade nos primeiros momentos foi perceber a dinâmica
do jogo, porque dado a inexistência da modalidade em Portugal, tive que
visualizar vídeos dos jogos disponíveis na internet. Estes vídeos eram resumos
dos jogos e dado o desconhecimento das regras, senti alguma dificuldade em
acompanhar as situações mais específicas do jogo. Posto isto, comecei a
pesquisar as regras da modalidade e descobri que a IFF tinha disponível, em
formato digital, um livro com as regras principais, informações técnicas e táticas
para quem pretendia começar a modalidade. Este foi o livro que mais utilizei ao
longo do meu estágio, sendo fundamental para o desenvolvimento da prática
da modalidade.
Em seguida, tive atividades como o programa da visita técnica, escrever
as exigências da IFF, os prazos dos pagamentos das inscrições, o plano e os
prazos de promoção do evento desportivo e a realização do calendário
133
competitivo. As principais dificuldades estavam relacionadas com o inglês, pois
desconhecia algumas das palavras, sendo necessário pedir colaboração a
alguém ou confirmar no tradutor. Mas foi nesta dificuldade que tive um dos
meus principais crescimentos a nível pessoal e profissional, sendo que me
senti mais capaz e preparado para comunicar em inglês. Esta sempre foi uma
das minhas principais barreiras no dia-a-dia e é algo que tenho procurado
investir mais num futuro próximo, porque percebo a importância que isto tem na
vida de um gestor desportivo que está relacionado com atividades
internacionais.
As áreas diretamente trabalhadas na comissão executiva (alimentação,
alojamento, competição e instalações desportivas), foram áreas de muito
trabalho, mas essenciais para ganhar maturidade e experiência em lidar com
as dificuldades de gestão que as mesmas apresentam. Em relação a essas
dificuldades sentidas, na alimentação tornou-se complicado definir as equipas
que iriam às cantinas e as que iriam receber as lunch-box, porque as mesmas
só indicavam esse desejo no próprio dia do jogo. No alojamento, foi a questão
de ter dirigentes da equipa técnica de sexo diferente em relação à equipa que
estavam inseridos, tendo os mesmo que ficar alojados em pisos de outras
equipas. Na competição e instalações, a maior dificuldade esteve relacionada
em cumprir os horários dos jogos, porque alguns jogos demoraram mais que o
normal, reduzindo o tempo de aquecimento no campo principal das equipas
que jogavam a seguir.
Por sua vez, na comissão organizadora estive mais relacionado com a
área técnica. Aqui foram desenvolvidas todas as atividades relacionadas com a
competição e instalações desportivas, estando sempre em contato com todas
as outras áreas, pois estavam sempre dependentes das áreas que estavam à
minha responsabilidade, sendo a principal motivação e preocupação a meu ver.
Motivação por saber que o trabalho que estava a desenvolver era fundamental
para um o desenvolvimento do evento e por saber a confiança que os outros
tinham no meu papel. Preocupação porque a responsabilidade era grande e o
medo em errar estava sempre presente, pois apesar dos vários anos de
experiência, as coisas parecem surgir sempre como uma novidade. No entanto,
134
o desconforto e as dúvidas que podiam surgir eram sempre colmatadas por
uma equipa de trabalho motivada e preparada a executar todas as atividades e
objetivos que nos propusemos a cumprir, aquando foi feita a entrega da
candidatura a este 7.º CMUF.
Este foi o objetivo que mais contribuiu para o meu crescimento pessoal e
profissional, sendo um verdadeiro trampolim para voos mais altos, onde a
reflexão e correção das dificuldades sentidas será o verdadeiro colchão para
aterrar em eventos futuros. Neste crescimento foi necessário aprender, onde
coincidiram num mesmo campo psicológico, a experiência adquirida em anos
anteriores, através de outros eventos desportivos ou de formações e os erros
superados no dia-a-dia, sendo preenchidas lacunas das dificuldades já
sentidas. Hoje, recordo os momentos passados e vejo-me com maior
capacidade em superar qualquer desafio que venha a ser colocado, porque ser
pró-ativo e não ter receio de enfrentar a verdadeira dificuldade, passam a ser
as palavras mais atuais quando penso em envolver-me num novo projeto.
Em suma, o objetivo da organização de eventos foi cumprido consoante
as funções em cada uma das duas comissões. Percebi que as ideias e o
planeamento inicial surgem sobretudo do Secretário-Geral, mas que depois
cada membro tem autonomia para desenvolver a sua área, desde que
corresponda ao discutido e planeado em reunião. Qualquer imprevisto, tinha
que ser comunicado ao Secretário-Geral.
5.1.2) Promoção do evento
No objetivo da promoção do evento estava uma dificuldade à partida,
porque tratava-se de uma área que não domino nem que lido no meu dia-a-dia.
No entanto, um gestor desportivo deve estar preparado para novos desafios e
ser multifacetado, sendo assim um objetivo que decidi encarar como um
verdadeiro desafio, mas com vontade em aprender sobre como se
desenvolvem os planos de comunicação e promoção.
135
As atividades desenvolvidas neste objetivo foram cumpridas com a
colaboração de recursos humanos da área da comunicação, onde os mesmos
referiram algumas indicações a seguir. As atividades resumiram-se em definir o
público-alvo, os locais de atuação e as datas a realizar a promoção presencial
com material alusivo ao 7.ºCMUF.
Era fulcral cumprir este objetivo, porque através da imagem era
necessário passar uma mensagem, transmitindo informações sobre a
modalidade. Assim, em cada promoção feita, através de imagens, notícias ou
vídeos, era transmitido a página no Facebook, a fim de convidar o público-alvo
a visitar a mesma, dado que nesta estava descrito no que consistia o floorball.
Em relação às ações presenciais, como por exemplo, a Mostra da U.Porto e a
Queima das Fitas do Porto, estiveram sempre presentes recursos humanos
que dominavam as especificidades da modalidade, tendo como função explicar
a mesma. As datas estabelecidas, foram definidas consoante os grandes
eventos na cidade do Porto e relacionadas com a proximidade da abertura
oficial do 7.ºCMUF, sendo que entre maio e julho, a comunicação foi mais
intensificada, com publicações quase diárias.
Realmente, a promoção do floorball foi algo diferente e que envolveu
mais trabalho e explicação/enquadramento da modalidade, porque promover o
floorball não é o mesmo que promover o futebol em Portugal. Era sempre
necessário colocar imagens ou vídeos alusivos à modalidade, bem como uma
pequena introdução geral do conceito da modalidade quando pretendíamos
promover o evento desportivo. Este desconhecimento geral sentiu-se na
promoção presencial, momento em que expliquei a várias pessoas em que
consistia a modalidade do floorball. De facto, o desconhecimento
proporcionava um maior desinteresse no público-alvo, sendo que foi
fundamental investir financeiramente na comunicação e promoção, sendo
mesmo um investimento significativo como se pude verificar no orçamento.
136
5.1.3) Formação em Floorball
A formação em floorball foi o objetivo que decidi alcançar com maior
sucesso porque percebi a necessidade de formar pessoas em Portugal com
esta modalidade a fim de obter melhores resultados na organização e na
prática do floorball durante o 7.ºCMUF. Realmente, estava em causa organizar
um evento desportivo e ter presente uma equipa na competição do
Campeonato Mundial Universitário, onde ter uma prestação digna era o que
mais se procurava naquele momento de aprendizagem.
Esta era uma oportunidade de adquirir novos conhecimentos e desde o
primeiro passo tive a confiança e a oportunidade de investir na minha
formação, por parte de todos os recursos humanos envolvidos na organização.
Senti-me orgulhoso pela confiança que depositaram em mim em ser um dos
escolhidos a fazer a formação em Madrid, a fim de vir ensinar em Portugal todo
o conhecimento que adquiri.
A formação de Madrid, foi o ponto alto no meu conhecimento da
modalidade porque aprendi conteúdos técnicos, táticos e teóricos (história da
modalidade e regras) fundamentais para os meus primeiros passos na
modalidade. Depois, pela presença de jogadores da seleção espanhola de
floorball, conseguimos aplicar na prática os conteúdos teóricos abordados,
facilitando a minha aprendizagem. Lembro-me perfeitamente que os formandos
portugueses e espanhóis ficaram realizados e surpreendidos com os
conhecimentos uns dos outros, porque enquanto eles ensinavam-nos as
técnicas e táticas do floorball, nós ensinávamos as atividades e as
necessidades básicas em implementar um evento desportivo bem como aplicar
o conteúdo de treino às diferentes idades dos nossos alunos. Uma outra
curiosidade vai para a aula que tivemos que dar aos alunos do curso, onde
cada um deu a mesma na sua língua materna e mesmo assim conseguimos
entender os conteúdos abordados, demonstrando assim uma das riquezas que
o desporto traz, bem como demonstrou a importância em exemplificar através
de gestos a quem está à nossa frente na procura de aprender mais.
137
Posteriormente, foi tempo de abordar em Portugal os conteúdos
interiorizados em Madrid, sendo que primeiro começamos no nosso conforto,
no Porto, e com formadores que deram o curso em Madrid. A formação da
FADEUP serviu para formar mais recursos humanos em Portugal, mas também
para aplicarmos os nossos conhecimentos sob supervisão dos formadores de
Madrid, a fim de corrigir alguma lacuna ou incoerência no que estávamos a
abordar e a ensinar.
Depois, nas formações pelo país, a responsabilidade estava totalmente
sobre os formadores, neste caso nós, porque tudo o que iriamos dizer tinha
que corresponder ao correto, porque era impossível haver troca de ideias nos
conteúdos abordados, dado que os formandos estavam a recolher informação
pela primeira vez. Recordo-me perfeitamente de fazer algumas perguntas e
curiosidades sobre a modalidade e de todos olharem expectados uns para os
outros porque não conseguiam chegar perto ao valor da resposta pretendida.
Uma das perguntas que fiz sempre foi, “qual a velocidade que uma bola de
floorball pode atingir num remate?”, onde ninguém imaginava que a resposta
fosse 180km/h. Outra pergunta feita era em relação ao tempo de jogo e o
número de partes que o mesmo se dividia, sendo que ninguém adivinhava as
três partes. Estes são alguns dos exemplos que demonstram a necessidade de
formar recursos humanos na modalidade em Portugal, sendo necessário
cativar e incentivar para a prática os formandos que recolhiam a informação
pela primeira vez, pois este era um dos propósitos da formação. Outro
propósito da formação foi detetar jogadores na abordagem prática a fim de
convidá-los a fazer um estágio na preparação da seleção universitária de
floorball. Realmente estas formações, em conjunto com o TNU, foram os
principais campos de intervenção para serem escolhidos os jogadores da
seleção universitária nacional de floorball.
Posso referir ainda que a formação em floorball trouxe-me a
oportunidade de abrir novos horizontes e fez-me perceber que é necessário
sair mais vezes da minha zona de conforto, não tendo qualquer medo em
arriscar, porque o verdadeiro sucesso pode surgir de iniciativas como estas.
Não sei que futuro terá a minha formação em floorball, mas sei que adquiri uma
138
nova experiência onde pouca gente em Portugal se interessou em obtê-la e
que esta será sempre uma formação que irá estar presente no currículo, onde
não fica apenas a aprendizagem das especificidades da modalidade, mas tudo
aquilo que a mesma proporciona.
Realmente, ao longo destes anos já arrisquei em vários desafios e esta
formação será mais um deles. Serei sempre visto para algumas pessoas como
o “guru do floorball” e isso só demonstra a importância que dão no
conhecimento que fui à procura de adquirir e desenvolver, crescendo em vários
parâmetros com ele.
5.1.4) Atividades CDUP-UP
Estando a estagiar numa entidade que se dedica diariamente aos
estudantes e ao desporto universitário, facilmente poderia estar envolvido em
algumas das suas atividades ao longo do ano. No entanto, deram-me a
responsabilidade de estar relacionado com atividades relacionadas com o
7.ºCMUF, sendo o TNU de floorball, os estágios da seleção universitária
nacional de floorball e os campos de férias desportivas da U.Porto.
Iniciando pelos campos de férias desportivas da U.Porto, relaciono os
mesmos com o meu estágio no secundário, onde era professor estagiário de
educação física num colégio com crianças com idades entre os 2 e 5 anos.
Realmente nestas idades o que importa é a atividade física e promover a
brincadeira, implementando hábitos desportivos e despertando o interesse pela
atividade física, cativando-os para não se tornarem sedentários no futuro. Eles
devem sair felizes das aulas e contar aos pais o quanto gostaram da aula,
atribuindo assim importância à educação física, como um momento de lazer e
diversão.
Em relação à experiência vivenciada nestes campos, refiro que serviram
para experimentar na prática o que referiam na formação de Madrid, onde
estavam sempre a dizer que a modalidade de floorball é muito fácil de ser
ensinada, sendo apropriada para crianças, envolvendo num mesmo jogo
139
crianças dos dois sexos. Realmente, consegui verificar isso, após uma
dificuldade inicial em controlar o stick e a bola, passado uns minutos de aulas,
já assistia a passes e a golos por parte das crianças, mostrando a riqueza que
o desporto pode ter nos mais novos, tendo uma taxa alta de sucesso na
aprendizagem e na satisfação em obter bons resultados.
No campo de férias desportivas do natal foi onde senti-me mais nervoso,
porque tinha algum receio em utilizar alguns termos verbais que as crianças
não entendessem e por isso optei sempre por juntar a exemplificação dos
gestos, ao mesmo tempo que falava com as crianças. Um outro receio estava
na aula que tinha pensado, porque não queria tornar a mesma monótona e
sem diversão, mas os sorrisos e a satisfação no final de cada aula, fizeram
perceber que não havia motivos para aquele receio inicial e que podia
continuar no caminho que tinha idealizado inicialmente.
No campo de férias desportivas da páscoa a dificuldade esteve em ter
mais crianças do que material desportivo, onde tive que improvisar alguns dos
exercícios que estavam planeados. Esta capacidade de improviso foi mais uma
das capacidades que melhorei ao longo do estágio, onde não se deve rejeitar e
fugir aos problemas, mas sim encará-los e resolvê-los no momento. Por
exemplo, no exercício em cada um devia estar com stick, coloquei as crianças
sem stick a fugir de quem tinha a bola e o stick e no exercício do passe,
coloquei as crianças sem stick a passar pelo meio da zona de passe entre as
crianças, onde caso a bola lhes tocasse, eles trocavam com quem estava a
fazer o passe.
No último campo de férias desportivas, no verão, verifiquei uma melhoria
exponencial nas crianças que já tinham estando nos outros campos de férias,
tendo um domínio técnico muito mais controlado, fazendo a diferença em
relação às crianças que estavam a praticar pela primeira vez. Destas
diferenças, posso equiparar ao que sentimos em cada jogo que disputámos
nos 7.ºCMUF, onde eramos realmente inferiores a nível técnico e os outros
jogadores sentiam-se muito mais à vontade dentro do campo e realizam as
coisas de uma forma natural e automática. No entanto, apesar destas
diferenças, o vencedor do jogo não está encontrado antes do jogo ser
140
disputado, porque mesmo com inferioridades técnicas e táticas podemos ser os
vencedores e isso verificou-se na prestação de Portugal no 7.ºCMUF. Com
isto, as crianças que estavam a praticar pela primeira vez, também se sentiram
satisfeitas com a sua prestação nas aulas que lhe foram dadas, adquirindo um
novo desporto no seu currículo desportivo.
Abordando o TNU de Floorball, eis que o mesmo serviu para adquirir
experiência em organizar um evento desportivo, no entanto, com a
particularidade de ser organização e jogador. Facilmente se pode dizer que
possuir estas duas funções, retira a dignidade ao evento porque a equipa que
estava inserido iria ser beneficiada, mas isso não aconteceu de todo. Em
primeiro lugar, assumi o papel de organização somente no pré-evento,
realizando o calendário competitivo, mas sem colocar as equipas e executando
todas as necessidades para a realização do torneio. Quando o TNU se iniciou,
assumi apenas o papel de jogador, entregando a responsabilidade da
organização aos outros recursos humanos presentes.
Infelizmente o TNU foi realizado com o número mínimo de equipas, dado
a ausência da inscrição da equipa da Universidade de Aveiro e a inscrição
tardia da equipa do IPAM. No entanto, ficou o registo da primeira competição
oficial de floorball em Portugal.
Por último, tive os estágios da seleção universitária nacional de floorball.
Neste objetivo coloquei em prática os contatos criados na cidade do Porto para
tratar do alojamento, alimentação e instalação desportiva a fim de servir as
melhores condições a todos os estudantes-atletas que viriam a integrar a
seleção. Foi necessária também a minha experiência em estágios para
construir um planeamento de treinos com as horas de descanso e treinos
necessários para uma boa prestação da equipa no campeonato mundial
universitários.
As maiores dificuldades ocorreram na semana anterior à competição,
porque o piso oficial de jogo teve que ser colocado no estádio universitário,
impossibilitando assim os nossos treinos. Isto obrigou-nos a arranjar
transportes para todos os atletas e equipa técnica, bem como fazer marcações
das refeições num novo espaço. Outra dificuldade sentida durante os estágios
141
deveu-se ao mau estado do piso do pavilhão do estádio universitário,
atrasando a evolução técnica dos jogadores, pois a bola ressaltava no piso.
No entanto, este foi mais um estágio que vivenciei e mais uma vez
parece que estava num estágio pela primeira vez, onde tinha receio de errar,
onde queria fazer amizade com toda a gente e sentir-me mais uma valia no
grupo e onde tinha receio de falar incorretamente com alguém. Porém, esse
receio inicial foi desaparecendo, onde a responsabilidade aliada à experiência
começou a surgir e comecei a ser uma referência, um exemplo a seguir e atingi
um nível de confiança perante todos os meus colegas. Foi com orgulho que
senti isso, porque desde miúdo fui capitão das equipas que estava inserido,
sendo visto como um líder, habituando-me então em liderar os meus colegas,
dando conselhos e contribuindo através de palavras na sua motivação em cada
jogo. É com nostalgia e saudade que recordo esses momentos, mas felizmente
têm servido de base para aplicar no dia-a-dia, onde o presente está quase
sempre ligado a momentos do passado.
5.2) Pré-evento desportivo
O tempo parece ser longo, ainda faltam muitos dias para o evento,
temos tempo, podemos fazer as coisas com calma, podemos negociar e fazer
várias contrapropostas, temos quase tudo tratado… São frases que se ouvem
várias vezes quando estamos a meses da abertura oficial do evento, mas no
entanto… Já só temos um mês, ainda falta decidir quem faz os transportes,
quem fica nos alojamentos, reunir com os voluntários, encomendar a roupa
para os participantes e organização, temos que acelerar os processos.
Realmente são exemplos de frases que já ouvi e já disse em vários
eventos desportivos quando nos encontramos na preparação da realização do
mesmo. Porque o tempo parece ser longo quando estamos a meses do evento
desportivo, mas rapidamente isso transforma-se em ficar sem tempo para fazer
tudo se não pensarmos e prepararmos as coisas com a devida antecedência.
142
Felizmente no 7.ºCMUF as coisas foram devidamente preparadas com a
sua antecedência e muito se deveu por realizarmos um evento internacional de
floorball pela primeira vez em Portugal, o que nos requereu estudar
previamente todas as necessidades que este evento requer. Foram
convocadas reuniões semanais, sejam só entre a comissão organizadora, com
a comissão organizadora e comissão executiva e até mesmo envolvendo os
voluntários com as duas comissões, o importante é que foram definidos
métodos de trabalho, atividades a executar antes e durante o evento e foram
dadas as devidas explicações em cada uma das áreas. Nas reuniões
definiram-se claramente as estratégias, a envolvência e o impacto que
pretendíamos com este evento na cidade do Porto e em Portugal.
Em cada reunião realizada, em que foram muitas, decidiram-se
protocolos, cerimónias de abertura e encerramento, programa social, local e dia
da apresentação pública, número de recursos humanos em cada área, locais
de promoção e ativação do evento desportivo, patrocinadores que poderiam
estar interessados e essencialmente decisões ligadas à competição, como
utilização de marcadores eletrónicos, material a colocar em cada instalação
desportiva, equipamento da seleção portuguesa, dia para realizar o anti-doping,
apoio médico necessário em cada instalação desportiva, definir os dados que
seriam colocados no programa de estatística e outros pormenores essenciais
ao evento desportivo.
Facilmente é percetível que um evento desta dimensão envolve muito
trabalho e dedicação, onde o que move as pessoas é a paixão pelo desporto e
por organizar um evento desportivo, visto que apenas o Secretário-Geral,
porque assume a responsabilidade em todas as áreas, é que é remunerado.
Podemos dizer que o trabalho dos voluntários é fundamental durante o evento,
mas não podemos esquecer que os recursos humanos da comissão
organizadora e comissão executiva também são voluntários e fundamentais ao
pré-evento, evento e pós-evento.
Posso considerar a fase do pré-evento desportivo, a fase que conduzirá
ao sucesso do evento desportivo, porque todo o planeamento e construção do
que pretendemos é pensada bem antes do acontecimento. Qualquer decisão
143
aqui é tomada com tempo e refletida, advindo das experiências e
conhecimentos adquiridos anteriormente. É uma fase de cálculo de risco e de
previsões, onde devemos construis o nosso planeamento ideal, mas também
pensar e escrever alternativas para eventuais imprevistos que possam ocorrer
durante o evento em si. Esta é sem dúvida a fase fundamental.
5.3) Evento desportivo
Se no pré-evento desportivo pensamos no plano a executar, eis que aqui
chegou o momento de realmente executar aquilo que um dia sonhamos, que
no outro colocamos em papel e ao terceiro dia já estudávamos as várias
hipóteses. É neste momento que testamos o nosso planeamento e que
corrigimos o que não está a dar certo bem como acrescentamos as atividades
que nos tinham passado despercebido.
Em relação às funções de comissão executiva e da comissão
organizadora durante o evento desportivo, dadas as suas distinções, consegui
compreender internamente o que cada uma poderá exigir num futuro próximo.
Na comissão executiva é preciso ser pró-ativo e há que estar preparado para
todas as adversidades. Apesar de ser estabelecido um guião com o
planeamento do que é necessário realizar, no momento de executar nem tudo
corresponde ao que estava planeado. Com isto, a equipa da comissão
executiva, juntamente com os seus voluntários soube corresponder aos
imprevistos através de alternativas bem eficazes. Surgiram imprevistos como,
no horário dos transportes devido ao trânsito, no horário de término de almoço
na cantina, onde nem todos os participantes tinham almoçado e no conflito
entra Suécia e Finlândia, dado que se recusaram a seguir viagem no mesmo
autocarro. No entanto, a comissão executiva entrou em ação e resolveu
através de um ajuste nos horários de saída para os jogos, marcando a hora de
saída meia hora antes do horário que estava previsto, aumentando assim o
horário de almoço na cantina e colocando um autocarro para cada a Suécia e
144
outro para a Finlândia. Isto são exemplos daquilo que se sucedeu no evento,
onde a comissão executiva teve que responder de imediato.
Este evento desportivo foi uma oportunidade gratificante para exprimir e
aumentar o meu sonho em trabalhar na organização de eventos desportivos.
Desde cedo, o desporto fascinou-me e através de uma observação mais atenta
sob os seus intervenientes, os sentimentos e emoções que advêm disso,
singraram a vontade de organizar um evento memorável e único. As memórias
que temos de um evento facilmente são associadas ao resultado desportivo e
prestação de uma equipa, mas se nos centrarmos em tudo aquilo que um
simples jogo pode envolver ao seu redor, chegaremos a acontecimentos que
podem marcar a diferença.
Um jogo em si já é imprevisível no seu resultado, mas podemos dizer
que um Sporting vs Benfica é sempre um derby, são as mesmas equipas em
campo, até a arbitragem poderá ser a mesma. No entanto, o que difere são os
jogadores, o apoio do público, o local do jogo, as condições climatéricas e o
espetáculo em si. Realmente, o espetáculo desportivo produzido em torno de
um simples jogo pode tornar-se mais memorável que o jogo que estamos a
assistir. O futebol é um dos desportos que envolve muito as pessoas
emocionalmente, mas quando esquecemos os clubismos, o espetáculo pode
ser o mais interessante quando se assiste a um jogo.
Este espetáculo desportivo é algo que marca o floorball em si. Um jogo à
noite poderá ser utilizado um efeito com as luzes, e durante o dia pode ser
usado fogo ou fumo. Contudo, seja qual for o espetáculo que se produza, isto
permite aumentar a adrenalina do jogador e fazê-lo sentir-se especial, bem
como permitir ao seu público vibrar pelo jogo que está prestes a iniciar,
possibilitando que este seja muitas vezes envolvido no próprio espetáculo.
Realmente são os pormenores que tornam o desporto especial, é o
cuidado e dedicação que podemos dar a cada etapa para fazer um simples
jogo acontecer. Jogar com o misto de emoções que o desporto permite,
reconhecer que há várias culturas envolvidas num mesmo espaço e com isto,
organizar um evento desportivo em prol de uma oportunidade de sentimentos
145
diferentes para cada pessoa, é o que proporciona a procura do crescimento e a
vontade de evoluir de dia para dia.
Sem dúvida que a experiência adquirida em cada uma das atividades
impostas, desde a mais simples à mais complexa, contribuirá para um futuro
que sonho estar envolvido. Conhecer, explorar e desenvolver cada desafio e
cada área, tornou-me multifacetado e preparou-me para várias exigências que
um evento desportivo envolve. O envolvimento na organização, as
responsabilidades assumidas, os desafios superados numa modalidade
desconhecida, só aumentou a minha vontade de singrar como gestor
desportivo.
5.4) Pós-evento desportivo
Qual será o futuro da modalidade em Portugal? Esta é a pergunta
fundamental que é necessária ser feita, após encerrarmos mais um evento
desportivo universitário na cidade do Porto. Modalidades como o Voleibol Praia
e o Futebol, são fáceis de reconhecer a sua importância e têm continuidade
garantida, dado que têm uma prática constante em Portugal, mas e o Floorball?
É fundamental, criar uma federação se não se pretende que o esforço
pela modalidade tenha sido em vão. Há muito material e dois campos oficiais
no Porto, portanto há condições para manter a mesma no ativo. A sua
implementação já decorreu dentro dos parâmetros estabelecidos e seu
crescimento expandiu-se do Porto para Braga, Aveiro, Lisboa e Algarve. É
certo que o Algarve tem uma prática regular, tendo três a quatro treinos
semanais, mas outras cidades necessitam de fazer o mesmo. Em breve haverá
o primeiro CNU e é preciso ter mais atletas e mais equipas a participar no
mesmo. Será mesmo importante chegar às escolas e ter ações de formação
nas mesmas, dado que as crianças passaram a ser o principal foco de
interessente.
146
Com isto, o futuro da modalidade pode ser jubiloso, mas se não houver
nenhum recurso humano ou entidade a geri-la, será uma modalidade que irá
desaparecer em breve.
5.5) Principais conclusões
No pré-evento, o envolvimento em cada uma das áreas permitiu detetar
as dificuldades e potencialidades que o Porto tem ao receber um evento
desportivo universitário. As exigências que a IFF impunha, permitiu aumentar a
capacidade de procura de soluções, em vez de recorrer ao caminho mais
simples e apresentar a ideia mais óbvia, permitindo também desenvolver a
imaginação. Ter que preparar um calendário competitivo e ter que pensar
enquanto jogador e enquanto organização, fez perceber que o foco está nos
atletas, mesmo que torne logisticamente mais difícil a vida à organização,
porque estes são os principais artistas do espetáculo e nunca podem ser
prejudicados, porque o evento é para ser recordado por eles mais tarde.
Em relação ao evento a entreajuda entre todos foi a palavra-chave,
porque em termos competitivos poucos recursos humanos percebiam a
modalidade, mas foram aprendendo ao longo dos jogos. Porém, a nível de
logística e organização, decorreu consoante o planeado e ficou patente mais
uma excelente relação entre as entidades organizadoras, FAP e U.Porto.
O balanço final do estágio é muito positivo por todo o conhecimento e
aprendizagem adquirida, sempre com o sentimento que os objetivos estão
cumpridos e que o futuro tem que ser risonho, mesmo consciente das
dificuldades que possam surgir. Este foi um evento desportivo marcado
inicialmente pela introdução de uma nova modalidade em Portugal, mas no fim
o balanço focou-se nos recursos humanos envolvidos, que mesmo
desconhecendo as especificidades da modalidade, arriscaram organizar um
evento desportivo. A excelente relação entre todos e a não diferenciação de
cargos, tornou o mesmo mais gratificante para todos. Saliento que do esprito
147
de equipa exposto, surge um agradecimento geral a todos aqueles que
tornaram tudo isto possível.
Em relação ao meu futuro pessoal e profissional, espero que todo o
esforço e dedicação na procura de organizar um excelente evento desportivo,
possa surgir resultados num futuro próximo. O esforço nunca é em vão quando
no fim surge a recompensa ou o conquistar de um sonho tão desejado. Ficarei
eternamente agradecido por todas as aprendizagens vividas ao longo dos
últimos anos e feliz pela troca de conhecimentos com todos os recursos
humanos que encontrei ao longo do caminho. Um capítulo fechou-se agora,
mas chegou o momento de tentar abrir as várias portas que terei ao longo do
caminho, sempre com o pensamento da gestão desportiva.
148
149
6) Síntese final
150
151
A case of 7th World University Floorball Championship. Portugal, 20165
Rodrigo Medeiros1; Maria José
Carvalho
2
1 Master student of sport management, Univesity of Porto, Faculty of Sport, Portugal
2 Lecturer at University of Porto, Faculty of Sport, Portugal. Sport Management Department.
Introduction
In the last years, Portugal has been responsible for organizing several International
sports events and Porto has been actively contributing for that. Since 2010, this city has
received four university international sports events and in 2016 Porto organized the 7th
World
University Floorball Championship. Floorball is not usually practiced in our country, for that
reason it was considered a new sport for Portugal and for those who would become involved in
this sport event.
Fortunately, the international sports events in Portugal has been a success. In 2014, as
proof of this success, Porto received an award where the World University Beach Volleyball
Championship was considered the best championship of all the championships of that year. In
the organization of this championship were involved three Porto's entities: Academic Federation
of Porto (FAP), University of Porto (UP) and Polytechnic Institute of Porto (IPP); and a national
entity the National University Sports Federation (FADU). This award really reflects the daily
dedication and the importance of Porto's entities give in any sports event.
However, in 2016 a new challenge was expected in Porto, providing a moment of
learning for all. Floorball is practice in several countries as Sweden and Finland, but in Portugal,
this sport was unknown for most people. Porto has many experiences in sports events
organization and that was the main factor to accept and develop this event.
Porto received the 7th World University Floorball Championship, between 18
and 25 of
July of 2016. Nine males and seven females teams, from ten countries (Portugal, Spain,
Switzerland, Finland, Sweden, Czech Republic, Republic of Korea, Japan, Slovakia and
Poland) participated in this championship. The competition was performed in two indoor fields:
one in the Faculty of Sport and the other in the University Stadium, both belonging to the
University of Porto.
The organization was the responsibility of the Academic Federation of Porto (FAP) and
the University of Porto (UP), with the National University Sports Federation (FADU) as a
supervisor. On the University Championship's organization were present thereabout 350
5 Published in Newsletter of FISU (december)
152
participants and 130 human resources belonging to the organization's team. During this event,
42 games for five days were played, where Finland was University World Champion in both men
and women.
Framework
Floorball is an unknown sport for most of Portuguese people, so it is important to
explain and understand what does this sport consist. For well understand, floorball is a team
sport similar to roller, field and ice hockey, that has their own characteristics and rules. This is
practice in indoor fields and their floors can consist of various materials like wood or plastic
matting surfaces. The game is disputed with one goal of each field side and with a rink around
the field. Each player, besides de goalkeeper, has one stick, and the main goal is to put a small
plastic ball inside the goal. The player movements on the field are made like field hockey, so in
sneakers and running. Floorball is known for your easy initiation for players, thus it becomes
easier to teach children as well to all those who wish to start this sport.
Floorball began to be introduced in Portugal through the organizations that would
organize the 7th World University Floorball Championship in the country, the Academic
Federation of Porto (FAP) and the University of Porto (UP).
First of all, FAP is an entity composed exclusively of students from Porto higher
education. Each student is responsible for several areas and one of them is Sport. In this area,
they have the department that intervened directly in the international sports event organization.
Daily, this entity is responsible for organizing the Porto Academic Championships, CAP Cup
and CAP Super cup (regional competitions of Porto) and for participating or organizing the
National University Championships in Portugal. In the other hand, the University of Porto is
recognized for their investment in education and research and is also responsible for receiving
about 30,000 university students each year, guaranteeing their opportunities and learning
conditions. In addition, it is among the top 150 universities European countries. Focus on the
sport, the University of Porto attributes its responsibility and management to the Sports Center
of the University of Porto (CDUP), where it organizes and participates in formal and informal
sports events at regional, national and international level. Both entities, FAP and UP have a
long expertise in the organization of international sports, so they decided together to organize
the 7th World University Floorball Championships in Porto. The human resources of both entities
were daily dedicated and worked, as well as they involved several volunteers in the organization
of this event. Despite the differences in roles and responsibilities, only the Secretary General of
the event was remunerated, and the others work with pleasure and dedication for the sport, not
receiving any monetary value for their involvement. However, they acquired knowledge,
learning and enhancement some experiences, which allowed developing their personal and
professional curriculum.
153
7th
World University Floorball Championships in Porto
The competition of the international sport event was performed for 5 days, three of
those were dedicated to the group stage and the remaining two days was to decide the final
classification of each participated country. There was no stopping time throughout the
competition, where games were realized every day, only the last day was reserved to knowing
the final classification. Some of these countries that participated in this event already had
attended in other World University Floorball Championships, highlighting Sweden and Finland,
which participated in 6 World Men Floorball Championships and in 4 World Women Floorball
Championships. The awareness and the interest in this sport in these countries are very
different when it compares with Portugal.
In Portugal, the lack of knowledge about floorball was evident, so it was necessary to
invest in the formation and in the development of capacities of Portuguese human resources.
Therefore, were made courses for players, officials and floorball referees and it was performed
in Portugal. This was a course for initiation of the sport, where the participants ended up
acquiring a deeper knowledge in floorball. This investment in floorball courses was fundamental
in Portugal to bring greater effectiveness and efficiency to the organization of the sport event.
On the other hand, the main audience target was the university students, in order to find young
talents of floorball, with the purpose of representing the university national team of floorball.
Among the other aspects highlighted in this event, we can mention that it was
necessary a communication and promotion much more active and presented in several places
of Porto city. Several internships were realized, allowing to create a national team more
prepared for the challenge. Children were involved in the sport practice, in which they
experienced and acquired a passion for a new sport, and also had contact with several
federated players of the sport during the event. A fun park was also created outside the sports
hall, drawing attention, for people who came and watch the games. Also, before the world
championship, the National University Floorball Tournament was held, being the first official
competition of the sport in Portugal.
Concerning to the event, the organization was divided into ten areas: sports facilities,
technical area and competition, ceremonies, communication, medical area, information center,
accreditation, accommodation, alimentation and transport. In terms of organization, in the top of
the pyramid, it was present the CISCA (International Committee of Supervision, Control and
Arbitration), composed by six elements. Subsequently, we had the Organizing Committee, with
seven elements, and the President of the Organizing Committee is also counted in CISCA. The
Executive Committee with twelve elements and lastly the volunteers, in which one hundred
were present.
154
Regarding ceremonies, the official event open took place with the opening ceremony at
Avenida dos Aliados, preceded by a parade of all participants, starting at the Rectory, going the
Clérigos Tower and finish at Avenida dos Aliados. In this ceremony were present several
representatives of the most important entities of Porto. In the end of the third competition day,
teams had a leisure time, called a social program, where they could take a boat trip along the
Douro River, passing under some of the bridges that form part of the river. In the same evening,
it was made an official delegation dinner at the Port Wine Museum and a souvenir of the event
was given to each country.
On the last competition day, at the University Stadium of the University of Porto, was
performed the awards ceremony (medals and trophies). Awards were delivered to the first three
classifieds on both genders, followed by the closing ceremony with the parade of all
participants, some speeches and the passage of the official flag to the next organizing country,
in this case, Poland.
The accommodation and alimentation were in own spaces of the University of Porto,
highlighting the importance that they have in the life of Porto's University Students. Two
residences and a canteen of the University of Porto were used, thus concentrating the
participants in Campo Alegre area. Transportation was also guaranteed for all participants since
their arrival to departure from Porto airport. Thus, allowing the interested ones to know the city
and its characteristics, it was allowed transport to the center of Porto.
All the conditions were guaranteed to create a memorable and different sport event, to all
those who expressed their interest in being an active part of the various events, whether in the
pre-event, event or post-event. Indeed, Portugal has demonstrated once again that it is
prepared to accept challenges, for more complex and different that they can be. Over the years,
Portugal has demonstrated improvements in its technical and specific requirements, becoming
an important country in the implementation and organization of international sports events.
Reflection, analysis and perspectives for the future
This event brought liveliness to Porto city, involved the city on the event, as well as the
event involved with the city. Indeed, Porto city and its people, are accustomed to welcome their
foreigners, treating the issues like the hospitality with the greatest rigor and care. In this
particular case, this issue was very important because they were university students and the
opportunity for met other students and enjoy visiting other cities, getting to know other realities
and acquire new learning is increasingly evident. Porto has received university students from all
over the world and the International sports events are recognized as a window of presentation
for the students who participate in them.
155
In any sports events, it is important to study the necessary investment to realize, having
a clear perception of the risks that we could find. Only after a careful and an intensive analysis
of all papers that we can find and decide what to apply for a sport event. After confirming the
intention, it is important to analyze the impact that we intend to have on the event organization,
even in a small or large scale. Sometimes investing more does not mean having a bigger
impact event, because the secret lies in knowing how to invest in the necessary. This was one
of the secrets of the 7th World University Floorball Championship because it was necessary to
invest in floorball sports equipment. However, the important thing was understanding what to do
with this material in the post-sport event. Therefore, instead of the financially investing, the
sponsors and the key supporters in this particular situation were sought, with positive support
for this demand.
The pre-event was marked by the diversity of communication and promotion forms, by
the courses in the floorball and by the demand of the expansion of this sport in Portugal. The
impact of this sport in Portugal is not so easy, due to this is not a sport like a football, which in
itself already moves several people around the same goal. However, being aware of clearly and
defining the target thinking which public we wanted to reach, we managed to bring positive
contributions to Porto city and its students. Improvements were made in one of the
championship facilities, allowing us to have another place for sports activities. Also, some
courses were organized enriching the curriculum of university students and we introduced a
new sport in Portuguese Faculty of Sport.
However, after one year of the World University Floorball Championship, we have not
been able to fully reach the second phase of our audience target. So, the involvement of
schools in this sport did not occur, we can’t put floorball as one of the alternative sports. This is
the path we intend to follow and we will continue to insist because the material for the practice is
already acquired and we already have qualified human resources for the activation of this sport
in several cities of Portugal. Therefore, it is essential to find a Sports Federation that oversees
the floorball in Portugal, so that they can reflect the places and phases of implementation of this
sport.
Before the World University Floorball Championships, we organized the National
University Championship of Floorball, but we still intend to involve more teams and more
university students, to enhance other cities in our country and not only to the Porto, Minho and
Lisbon. Indeed, University sport allows us to quickly identify an audience target interested in
participating, however, we have a big limitation because we just can include university students.
For that reason, it is important to move towards and create a Sports Federation for allowing to
cover any person interested in the modality.
Regarding the prospects for the future, we can say that they are very dependent on the
dedication that is intended to give by the entities to this sport. Indeed, all the conditions are
created for an excellent floorball implementation and growth, but it is needed to raise the
number of interested participants. However, it will take a few years for this sport to become
156
popular in Portugal, but if there is not any interested in taking advantage of it, we will end up
extinguishing the floorball in a short time.
Conclusion
Portugal has built a good history when we compared with other countries that have
received one or several international sports events in last years. The Portugal development in
this area, highlighting clearly the university students and the Porto city. University sport is
important in Portugal and requires a daily and careful dedication over the years, as it allows to
involve Federated Students of Sport, former federated players and students who intend to take
their first steps in Floorball.
Portugal need to still able to receive international sports events, putting the country on
the route and map of the main university events, allowing students to visit the country and gain
interest in studying for several months in Portugal, or even, Portugal as a place to live or visit
frequently on holidays. There are several positive factors that we can take in organizing the
international sports event, but we must never forget that it is necessary to study the investment
needed to make, reflecting on the revenues and expenses that the event will have.
The real challenge is to accept what may be unknown and a proof of this was to receive
a new sport in Portugal and organize it with participants who have been practicing for many
years. However, when we perceive the needs and particularities, we find several positive points
in receiving and accepting the most difficult challenges. Today, Porto is ready to host university
sports events with a much higher difficulty scale.
157
Referências Bibliográficas
158
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e
CLXIII
Anexos
CLXIV
CLXV
Anexo 1
CLXVI
Anexo 2
MENU (18 to 21 july 2017)
18-07-2017
Lunch Dinner
Soup Vegetable cream Savoy cabbage soup
Meat Roast chicken w/ baked potato and rice Braised veal w/ mashed potatoes
Fish Russian salad w/ tuna Hake fillets w/ rice
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other sweet
19-07-2017
Lunch Dinner
Soup Spinach soup Cream of carrot soup
Meat Pasta carbonara Turkey steaks w/ mushrooms and peas
rice
Fish Codfish balls w/ spaghetti Grilled flounder w/ baked potatoes
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other sweet
20-07-2017
Lunch Dinner
Soup Portuguese green soup Cream of broccoli and cauliflower
Meat Pork loin roast w/ baked potato and rice Meat pie
Fish Tuna pie Redfish roast w/ baked potato and rice
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other sweet
21-07-2017
Lunch Dinner
Soup Vegetables soup Pumpkin cream w/ turnip greens
Meat Grilled pork steak w/ carrot rice Turkey steaks breaded w/ fusilli
Fish Creamy cod Pesto roasted fish w/ baked potato and
rice
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other sweet
CLXVII
MENU (22 to 25 july 2017)
22-07-2017
Lunch Dinner
Soup Creamy leek soup Spinach soup and white beans
Meat Spaghetti Bolognese Turkey stroganoff w/ sautéed vegetables
and rice
Fish Pasta w/ tomato sauce, tuna and basil Grilled squid w/ baked potatoes
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other sweet
23-07-2017
Lunch Dinner
Soup Cream of carrot soup Vegetables soup
Meat Duck rice Pork chops breaded w/ dry rice of red
beans
Fish Tipical Portuguese codfish Shrimp patties w/ spaghetti
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other sweet
24-07-2017
Lunch Dinner
Soup Savoy cabbage soup Cream of broccoli and cauliflower
Meat Meatballs stuffed w/ mashed potatoes Chicken and turkey burguer w/ sautéed
vegetables and rice
Fish Golden hake fillets w/ peas rice Stewed squid w/ mashed potatoes and
salad
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other sweet
25-07-2017
Lunch Dinner
Soup Spinach and beans
Meat
“Rojões” (tipical Portuguese meat) w/ roasted potatoes
Fish Grilled Mackerel w/ tomato rice
Dessert Seasonal fruit and/ or gelatin or other
sweet
CLXVIII
Anexo 3
Men – Slovakia
Date Sport Facility Time Opponent’s
Team Departure time Arrival time
20-07 FADEUP 09h00 Japan
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
19h00 Portugal 17h15
(accommodation) 21h00
(sport facility)
21-07 E.U 11h30 Korea 09h45
(accommodation) 13h30
(sport facility)
22-07 FADEUP 09h00 Spain
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
Social Program 14h30
(accommodation) 16h00
(Ribeira)
23-07 E.U 09h00 Czech
Republic 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
24-07 FADEUP 15h00 Spain 13h15
(canteen) 17h00
(sport facility)
CLXIX
Men – Japan
Date Sport Facility Time Opponent’s
Team Departure time Arrival time
20-07 FADEUP 09h00 Slovakia
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
E.U 19h00 Korea 17h15
(accommodation) 21h00
(sport facility)
21-07 E.U 18h00 Portugal 16h15
(accommodation) 20h00
(sport facility)
22-07 E.U 16h30 Spain
14h45 (canteen)
Social Program
Social Program 18h30
(sport facility) 20h00
(Ribeira)
23-07 FADEUP 17h15 Korea 15h30
(accommodation) 19h15
(sport facility)
24-07 FADEUP 09h00 Portugal 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
CLXX
Men – Spain
Date Sport Facility Time Opponent’s
Team Departure time Arrival time
20-07 E.U 09h00 Korea 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
21-07 FADEUP 11h30 Portugal 09h45
(accommodation) 13h30
(sport facility)
22-07
FADEUP 09h00 Slovakia 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
E.U 16h30 Japan 14h45
(canteen) Social
Program
Social Program 18h30
(sport facility) 20h00
(Ribeira)
23-07 FADEUP 09h00 Finland 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
24-07 FADEUP 15h00 Slovakia 13h15
(canteen) 17h00
(sport facility)
CLXXI
Men – Portugal
Date Sport Facility Time Opponent’s
Team Departure time Arrival time
20-07 FADEUP 19h00 Slovakia 17h15
(accommodation) 21h00
(sport facility)
21-07 FADEUP 11h30 Spain
09h45 (accommodation)
13h30 (sport facility)
E.U 18h00 Japan 16h15
(accommodation) 20h00
(sport facility)
22-07 E.U 11h30 Korea
09h45 (accommodation)
13h30 (sport facility)
Social Program 14h30
(canteen) 16h00
(Ribeira)
23-07 FADEUP 11h45 Korea 10h00
(accommodation) 13h45
(sport facility)
24-07 FADEUP 09h00 Japan 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
CLXXII
Men – Koreia
Date Sport Facility Time Opponent’s
Team Departure time Arrival time
20-07 E.U 09h00 Spain
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
19h00 Japan 17h15
(accommodation) 21h00
(sport facility)
21-07 E.U 11h30 Slovakia 09h45
(accommodation) 13h30
(sport facility)
22-07 E.U 11h30 Portugal
09h45 (accommodation)
13h30 (sport facility)
Social Program 14h30
(canteen) 16h00
(Ribeira)
23-07 FADEUP 11h45 Portugal 10h00
(accommodation) 13h45
(sport facility)
23-07 FADEUP 17h15 Japan 15h30
(accommodation) 19h15
(sport facility)
CLXXIII
Men – Sweden
Date Sport Facility Time Opponent’s
Team Departure time Arrival time
20-07 FADEUP 14h00 Finland 12h15
(canteen) 16h00
(sport facility)
21-07 E.U 15h30 Switzerland 13h45
(canteen) 17h30
(sport facility)
22-07 E.U 14h00
Czech Republic
12h15 (canteen)
Social Program
Residência Social Program 16h00
(sport facility) 17h30
(Ribeira)
23-07 FADEUP 20h00 Czech
Republic 18h15
(accommodation) 22h00
(sport facility)
24-07 E.U 19h00 Finland 17h00
(accommodation) -
CLXXIV
Men – Finland
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 FADEUP 14h00 Sweden 12h15
(canteen) 16h00
(sport facility)
21-07 FADEUP 18h00 Czech Republic 16h15
(accommodation) 20h00
(sport facility)
22-07 FADEUP 16h30 Switzerland
14h45 (canteen)
Social Program
Social Program 18h30
(sport facility) 20h00
(Ribeira)
23-07 FADEUP 09h00 Spain
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
E.U 20h00 Switzerland 18h15
(accommodation) 22h00
(sport facility)
24-07 E.U 19h00 Sweden 17h00
(accommodation) -
CLXXV
Men – Switzerland
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 E.U 14h00 Czech
Republic 12h15
(canteen) 16h00
(sport facility)
21-07 FADEUP 15h30 Sweden 13h45
(canteen) 17h30
(sport facility)
22-07 FADEUP 16h30 Finland
14h45 (canteen)
Social Program
Residência Social Program 18h30
(sport facility) 20h00
(Ribeira)
23-07 E.U 20h00 Finland 18h15
(accommodation) 22h00
(sport facility)
24-07 E.U 13h00 Czech
Republic 11h15
(accommodation) 15h00
(sport facility)
CLXXVI
Men - Czech Republic
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 E.U 14h00 Switzerland 12h15
(canteen) 16h00
(sport facility)
21-07 FADEUP 18h00 Finland 16h15
(accommodation) 20h00
(sport facility)
22-07 E.U 14h00 Sweden
12h15 (canteen)
Social Program
Social Program 16h00
(sport facility) 17h30
(Ribeira)
23-07 E.U 09h00 Slovakia
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
20h00 Sweden 18h15
(accommodation) 22h00
(sport facility)
24-07 E.U 13h00 Switzerland 11h15
(accommodation) 15h00
(sport facility)
CLXXVII
Women – Sweden
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 E.U 16h30 Finland 14h45
(canteen) 18h30
(sport facility)
21-07 FADEUP 15h30 Switzerland 13h45
(canteen) 17h30
(sport facility)
22-07 Social Program 14h30
(canteen) 16h00
(Ribeira)
23-07 FADEUP 14h30 Czech
Republic 12h45
(canteen) 16h30
(sport facility)
24-07 E.U 16h00 Finland 14h00
(canteen) -
CLXXVIII
Women – Finland
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 E.U 16h30 Sweden 14h45
(canteen) 18h30
(sport facility)
21-07 Free Day
22-07 FADEUP 14h00 Switzerland
12h15 (canteen)
Social Program
Social Program 16h00
(sport facility) 17h30
(Ribeira)
23-07 E.U 14h30 Switzerland 12h45
(canteen) 16h30
(sport facility)
24-07 E.U 16h00 Sweden 14h00
(canteen) -
CLXXIX
Women – Switzerland
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 Free Day
21-07 FADEUP 15h30 Sweden 13h45
(canteen) 17h30
(sport facility)
22-07 FADEUP 14h00 Finland
12h15 (canteen)
Social Program
Social Program 16h00
(sport facility) 17h30
(Ribeira)
23-07 E.U 14h30 Finland 12h45
(canteen) 16h30
(sport facility)
24-07 E.U 10h00 Czech
Republic 08h25
(accommodation) 12h00
(sport facility)
CLXXX
Women - Czech Republic
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 FADEUP 11h30 Japan 09h45
(accommodation) 13h30
(sport facility)
21-07 FADEUP 09h00 Poland 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
22-07 E.U 09h00 Spain
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
Social Program 14h30
(canteen) 16h00
(Ribeira)
23-07 FADEUP 14h30 Sweden 12h45
(accommodation) 16h30
(sport facility)
24-07 E.U 10h00 Switzerland 08h25
(accommodation) 12h00
(sport facility)
CLXXXI
Women – Japan
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 FADEUP 11h30 Czech
Republic 09h45
(accommodation) 13h30
(sport facility)
21-07 E.U 09h00 Spain 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
22-07 FADEUP 11h30 Poland
09h45 (accommodation)
13h30 (sport facility)
Social Program 14h30
(canteen) 16h00
(Ribeira)
23-07 E.U 11h45 Spain 10h00
(accommodation) 13h45
(sport facility)
24-07 FADEUP 12h00 Poland 10h15
(accommodation) 14h00
(sport facility)
CLXXXII
Women – Poland
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 E.U 11h30 Spain 09h45
(accommodation) 13h30
(sport facility)
21-07 FADEUP 09h00 Czech
Republic 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
22-07 FADEUP 11h30 Japan
09h45 (accommodation)
13h30 (sport facility)
Social Program 14h30
(canteen) 16h00
(Ribeira)
23-07 E.U 17h15 Spain 15h30
(accommodation) 19h15
(sport facility)
24-07 FADEUP 12h00 Japan 10h15
(accommodation) 14h00
(sport facility)
CLXXXIII
Women – Spain
Date Sport
Facility Time
Opponent’s Team
Departure time Arrival time
20-07 E.U 11h30 Poland 09h45
(accommodation) 13h30
(sport facility)
21-07 E.U 09h00 Japan 07h25
(accommodation) 11h00
(sport facility)
22-07 E.U 09h00
Czech Republic
07h25 (accommodation)
11h00 (sport facility)
Social Program 14h30
(canteen) 16h00
(Ribeira)
23-07 E.U 11h45 Japan
10h00 (accommodation)
13h45 (sport facility)
17h15 Poland 15h30
(accommodation) 19h15
(sport facility)
24-07 Free Day
CLXXXIV
Anexo 4
Data Hora de
jogo Grupo Equipa A Equipa B Ida Regresso
Instalação desportiva
Autocarro
20-07
09h00 Mas. B Eslováquia Japão 07h25 11h00
FADEUP 1 11h30 Fem. B
República Checa
Japão 09h45 13h30
14h00 Mas. A Suécia Finlândia 12h15 16h00
19h00 Mas. B Portugal Eslováquia 17h15 21h00
09h00 Mas. B República da
Coreia Espanha 07h25 11h00
E.U 2
11h30 Fem. B Polónia Espanha 09h45 13h30
14h00 Mas. A Suiça República
Checa 12h15 16h00
16h30 Fem. A Suécia Finlândia 14h45 18h30
19h00 Mas. B Japão República da
Coreia 17h15 21h00
21-07
09h00 Fem. B República
Checa Polónia 07h25 11h00
FADEUP 1 11h30 Mas. B Espanha Portugal 09h45 13h30
15h30 Fem. A Suiça Suécia 13h45 17h30
18h00 Mas. A Finlândia República
Checa 16h15 20h00
09h00 Fem. B Japão Espanha 07h25 11h00
E.U 2 11h30 Mas. B Eslováquia
República da Coreia
09h45 13h30
15h30 Mas. A Suécia Suiça 13h45 17h30
18h00 Mas. B Portugal Japão 16h15 20h00
22-07
09h00 Mas. B Espanha Eslováquia 07h25 11h00
FADEUP 1 11h30 Fem. B Japão Polónia 09h45 13h30
14h00 Fem. A Finlândia Suiça 12h15 16h00
16h30 Mas. A Finlândia Suiça 14h45 18h30
09h00 Fem. B Espanha República
Checa 07h25 11h00
E.U 2 11h30 Mas. B
República da Coreia
Portugal 09h45 13h30
14h00 Mas. A República
Checa Suécia 12h15 16h00
16h30 Mas. B Japão Espanha 14h45 18h30
CLXXXV
Data Hora de
jogo Grupo Equipa A Equipa B Ida Regresso
Instalação desportiva
Autocarro
23-07
09h00 Mas. QF1 Finlândia Espanha 07h25 11h00
FADEUP 1
11h45 Mas. 7.º Portugal República da
Coreia 10h00 13h45
14h30 Fem. MF1 Suécia República
Checa 12h45 16h30
17h15 Mas. 7.º República da Coreia
Japão 15h30 19h15
20h00 Mas. MF1 Suécia República
Checa 18h15 22h00
09h00 Mas. QF2 República
Checa Eslováquia 07h25 11h00
E.U 2 11h45 Fem. 5.º Japão Espanha 10h00 13h45
14h30 Fem. MF2 Finlândia Suiça 12h45 16h30
17h15 Fem. 5.º Espanha Polónia 15h30 19h15
20h00 Mas. MF2 Suiça Finlândia 18h15 22h00
24-07
09h00 Mas. 7.º Japão Portugal 07h25 11h00
FADEUP 1 12h00 Fem. 5.º Polónia Japão 10h15 14h00
15h00 Mas. 5.º Espanha Eslováquia 13h15 17h00
10h00 Fem. 3.º República
Checa Suiça 08h25 12h00
E.U 2
13h00 Mas. 3.º República
Checa Suiça 11h15 15h00
16h00 Fem. Final
Suécia Finlândia 14h00 -
19h00 Mas. Final
Suécia Finlândia 17h00 -
CLXXXVI
Anexo 5
PROGRAM:
Friday, October 2nd
16h00 to 17h00 Course presentation and organization. Objectives and methodology
Maca and Miguel Prieto
17h00 to 18h30 Floorball Overview: Fundamentals, rules and material, dynamics of the
game. Interruptions of the game Kent
18h45 to 21h00 Floorball basic technique through games
Kent, Victor and Magnus
Saturday, October 3rd
9h00 to 10h30 Floorball in PE Victor and Miguel
10h45 to 12h30 Design and practice of floorball sessions Kent and Magnus
12h30 to 14h00 Floorball training for young people.
Objectives and content development stages
Kent
14h00 to 15h30 Break / lunch -
15h30 to 17h00 The basic tactic. The organization of the team in attacking and defense.
Playing systems Kent
17h00 to 18h30 Rules in practice Miguel and
Magnus
18h30 to 20h30 Floorball training in top level
competition (theory / practice) Kent
Sunday, October 4th
9h00 to 11h00 Development in technic and tactics.
Spanish and Swedish examples Kent, Miguel and
Magnus
11h00 to 13h00 Final Practice -
13h00 to 14h00 Evaluation -
15h15 Spanish National League Match -
CLXXXVII
Anexo 6
CLXXXVIII
Anexo 7
Formação “Iniciação ao Floorball”
2015
5 de dezembro
08h30 – 09h15: Confirmação da inscrição no secretariado;
09h15 – 10h00: O Floorball: conceitos gerais, regras de jogo e
equipamento necessário;
10h00 – 10h45: Técnica individual: como jogar;
10h45 – 11h30: Regras de jogo e arbitragem;
11:30 – 13h00: Componente prática (Pavilhão de voleibol);
13h00 – 14h00: Pausa para almoço;
14h00 – 14h45: Técnica individual e táticas básicas para o
treinador e jogador;
14h45 – 15h30: Conhecimento e interpretação das regras
(arbitragem);
15h30 – 18h00: Componente prática (Pavilhão de voleibol).
18h00: Fim do 1º dia de Formação
6 de dezembro
09h00 – 09h45: Confirmação da inscrição no secretariado;
09h45 – 10h45: Conceitos avançados de técnica e tática para
treinadores e jogadores;
10h45 – 13h00: Componente prática (Pavilhão polidesportivo);
13h00 – 14h30: Pausa para almoço;
14h30 – 17h30: Torneio de Floorball entre os participantes
(prática).
CLXXXIX
Anexo 8
Formação 2 dias + 1 dia de Torneio (8Horas)
1º Dia: Manhã - Conteúdo teórico (1Hora)
- Apresentação da modalidade (história e evolução);
- Equipamento de jogo;
- Regras básicas e formas de jogo.
1º Dia: Tarde - Conteúdo prático (2h30)
Iniciação ao Floorball
(conteúdo abordado em escolas e em jovens)
Fase inicial:
- Controlo e pega do stick;
- Jogos com stick e bola;
Fase fundamental:
- Técnica (Passe, condução/drible e remate);
Fase Final:
- Jogos reduzidos.
2º Dia: Manhã ou tarde – Conteúdo prático (2h30)
Desenvolvimento do Floorball
(conteúdo abordado nos clubes)
Fase inicial:
- Jogos de passe e remate;
Fase fundamental:
- Técnica (Passe, condução/drible e remate);
- A arbitragem em contexto de jogo;
Fase Final:
- Jogo oficial.
3º Dia: Uma semana depois (2h)
Torneio com quatro equipas no mínimo.
CXC
Formação 1 dia + 1 dia de Torneio (6Horas)
1º Dia: Manhã - Conteúdo teórico (1Hora)
- Apresentação da modalidade (história e evolução);
- Equipamento de jogo;
- Regras básicas e formas de jogo.
1º Dia: Tarde - Conteúdo prático (3Horas)
Iniciação ao Floorball
(conteúdo abordado em escolas, jovens e em clubes)
Fase inicial:
- Controlo e pega do stick;
- Jogos com stick e bola;
Fase fundamental:
- Técnica (Passe, condução e remate);
- A arbitragem do Floorball;
Fase Final:
- Jogos reduzidos;
- Jogo Oficial.
2º Dia: Uma semana depois (2Horas)
Torneio com quatro equipas no mínimo.
CXCI
Formação 1 Dia (3Horas)
1º Dia: Manhã - Conteúdo teórico (1Hora)
- Apresentação da modalidade (história e evolução);
- Equipamento de jogo;
- Regras básicas e formas de jogo.
1º Dia: Tarde - Conteúdo prático (2Horas)
Iniciação ao Floorball
(conteúdo abordado em escolas, jovens e em clubes)
Fase inicial:
- Controlo e pega do stick;
Fase fundamental:
- Técnica (Passe, condução e remate);
- A arbitragem em contexto de jogo;
Fase Final:
- Jogo Oficial.
CXCII
Anexo 9
Protocolo de cedência de material
Protocolo celebrado entre,
Primeiro outorgante: Comissão Organizadora do Campeonato
Mundial Universitário de Floorball 2016, pessoa coletiva nº 502
371 625 com sede na Rua do Campo Alegre, 627, 4150-179
Porto, representado neste ato pelo seu presidente Daniel Freitas.
.
Segundo outorgante: ____________________________, pessoa
coletiva ___________________________, com sede
________________________________________________,
representado neste ato pelo _________________________.
Considerando que:
1. O 1º outorgante é coorganizador do 7º Campeonato
Mundial Universitário de Floorball (CMU Floorball 2016)
que se realiza no Porto entre 19 e 24 de Julho de 2016;
2. A Federação Internacional de Floorball no âmbito da
promoção e formação desta modalidade apoia a realização
do CMU Floorball 2016 a nível técnico, formativo e
material;
3. O 2º outorgante não possui material de Floorball para
iniciação da modalidade na sua Instituição de Ensino
Superior;
4. O 1º outorgante é o legítimo dono do material desportivo
objeto do presente protocolo;
5. É do interesse de ambos os outorgantes a celebração do
presente protocolo.
CXCIII
Posto isto,
É celebrado o presente protocolo de cedência de material
desportivo que se regerá pelas cláusulas e condições constantes
dos artigos seguintes e que as outorgantes, entre si, livremente e
de boa fé estipulam e reciprocamente aceitam:
Cláusula 1ª
O 1º Outorgante cede gratuitamente ao 2º outorgante material
para a prática de Floorball, nas seguintes quantidades: 12 sticks,
15 bolas e 1 saco de transporte.
Cláusula 2ª
O material cedido na cláusula anterior servirá única e
exclusivamente para a prática do Floorball e destina-se à
promoção da modalidade através de treinos, formações e
competições, para a sua comunidade (estudantes, funcionários e
professores).
Cláusula 3ª
A gestão do material cedido é da inteira responsabilidade do 2º
outorgante e que deverá zelar pela sua boa utilização e
conservação.
Cláusula 4ª
O 2º outorgante tem como obrigações:
1. Participar na formação geral, “Iniciação ao Floorball”, que
realiza em 5 e 6 de Dezembro de 2015, na Faculdade de
Desporto da Universidade do Porto;
CXCIV
2. Organizar uma ação de formação teórico-prática de
Floorball, com a duração mínima de 1 dia, com o apoio do 1º
outorgante;
3. Organizar um torneio de Floorball para os estudantes da
sua Universidade, com pelo menos quatro equipas;
4. Participar no Torneio Nacional Universitário 2015/16
organizado pelo 1º outorgante com uma equipa;
Cláusula 5ª
O 2º outorgante não pode, em nenhum momento, ceder o material
desportivo objeto deste protocolo a outra entidade.
Cláusula 6ª
O incumprimento de qualquer um dos pontos da cláusula 3ª dá o
direito ao 1º outorgante de reaver todo o material cedido.
Cláusula 7ª
O presente Protocolo vigorará até ao dia 30 de Julho de 2016,
sendo renovado por períodos de um ano, podendo no entanto ser
revisto ou denunciado por iniciativa de uma das partes, mediante
carta registada com aviso de receção, a enviar com 30 dias de
antecedência.
Pelo 1º Outorgante:
_____________________________________________________
Pelo 2º Outorgante
_____________________________________________________
CXCV
Anexo 10
Planeamento de Treinos
Hora Descrição Local
12 de julho (terça-feira)
10h30 – 12h00 Treino Equipa Estádio Universitário
13h00 – 14h00 Almoço Cantina FLUP
15h00 – 16h00 Treino Específico GR
Estádio Universitário Vídeo/Táctica
16h00 – 17h30 Treino Equipa
13 de julho (quarta-feira)
09h00 – 10h00 Pequeno-almoço Cantina FLUP
11h00 – 12h00 Passeio matinal Centro do Porto
12h00 – 13h00 Almoço Cantina FLUP
14h30 – 16h00 Treino Equipa
Estádio Universitário 17h00 – 18h00 Treino Específico GR
Vídeo/Táctica
18h30 – 20h00 Jogo-Treino
14 de julho (quinta-feira)
08h30 – 09h30 Pequeno-almoço Cantina FLUP
10h30 – 12h30 Treino Equipa FADEUP
13h30 – 14h30 Almoço Cantina FEP
16h00 – 17h00 Treino Específico GR
FADEUP Vídeo/Táctica
17h00 – 18h30 Treino Equipa
15 de julho (sexta-feira)
09h00 – 10h00 Pequeno-almoço Cantina FLUP
11h00 – 12h00 Passeio matinal Centro do Porto
12h00 – 13h00 Almoço Cantina FLUP
14h30 – 16h00 Treino Equipa FADEUP
18h30 – 20h00 Jogo-Treino
16 de julho (sábado)
08h30 – 09h30 Pequeno-almoço Cantina FLUP
10h30 – 12h30 Treino Equipa Estádio Universitário
13h30 – 14h30 Almoço Cantina FLUP
16h00 – 17h00 Treino Específico GR
Estádio Universitário Vídeo/Táctica
17h00 – 18h30 Treino Equipa
CXCVI