A Globalização da Economia

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A Globalizao da EconomiaPara muitos economistas (liberais e marxistas) a tendncia do capitalismo foi, e sempre ser a expanso para todas as partes do mundo. Alguns chegam a afirmar que a globalizao se iniciou com as Grandes Navegaes, no incio da Idade Moderna (sculo XV). Isso porque era o comrcio internacional e a procura de riquezas que motivavam governos e comerciantes das naes europeias daquela poca a viajar para o Oriente para o Ocidente, onde encontravam novas sociedades e culturas. Outros vo mais longe e dizem que o Imprio Romano j era um mundo globalizado, uma vez que agregava grande variedade de culturas e muitas pessoas dos povos conquistados serviam de mo de obra escrava. A Globalizao um fenmeno recente, resultado do desenvolvimento do capitalismo. O processo atual de globalizao da economia mundial teve forte acelerao no incio da dcada de 1980. Por esse processo, diversos setores da atividade econmica passaram a integrar-se, ou seja, a atuar em conjunto no mundo inteiro.

Os meios de comunicao tornam possveis novas formas de integrao econmica mundial. Na imagem, um satlite GPS (Global Positioning System), capaz de oferecer dados tridimensionais para fins civis e militares. Os satlites artificiais contribuem fortemente para a globalizao.

Algumas Caractersticas Grandes empresas, com filiais e instalaes em diversos pases, passaram a unificar suas atividades. Por exemplo: uma empresa automobilstica, em vez de fabricar modelos diferentes para cada pas que atua, passou a produzir modelos de carros mundiais, ou seja, que so vendidos no mundo inteiro. Os carros no tm necessariamente suas peas fabricadas em nico lugar. O motor pode ser feito na Argentina, a engrenagem no Paraguai e a montagem no Brasil. Depois, o carro exportado para outros pases. O objetivo racionalizar a produo e diminuir seus custos. Outro trao da globalizao a transferncia de fbricas. Empresas transacionais instalam suas fbricas em pases onde as condies impostos, custos da mo de obra, proximidade dos grandes mercados so mais favorveis. A partir da dcada de 1980, os pases do Sudeste Asitico tornaram-se prediletos desse processo. Assim as empresas norte-americanas, japonesas e europeias passaram a montar suas fbricas nesses pases. Comearam ento a aparecer cada vez mais produtos tnis, por exemplo com etiquetas made in China, made in Taiwan, made in Singapore, made in Indonsia, made in Hong Kong, etc. O Capital financeiro Um terceiro aspecto da globalizao a transferncia diria de bilhes de dlares de um pas para outro. O dinheiro transferido com grande rapidez por meio de computadores ligados entre si ou por via telefnica. Os bancos procuram aplicar o dinheiro nos pases onde as taxas de juros so mais altas. E, com a mesma rapidez com que aplicam num pas, podem retirar o dinheiro aplicado se as condies polticas ou econmicas mudarem. Outro trao marcante da globalizao a abertura do comrcio exterior. Antigamente, o governo de muitos pases procurava impedir a entrada de produtos e capitais estrangeiros, pois acreditava que eles desestimulavam a fabricao de produtos nacionais. Hoje isso mudou. A maioria dos pases diminuiu os obstculos importao. Apesar da maior tolerncia, a presena do capital estrangeiro provoca reaes adversas. Para uns, obriga os produtores locais a melhorar a qualidade de seus produtos e diminuir seus preos, como forma de competir com os produtos importados. Outros, porm, alegam que essa presena acentua as desigualdades sociais. Em geral, os fabricantes

locais no conseguem suportar a concorrncia, o que resulta na falncia da empresa local ou na sua incorporao pela empresa estrangeira. Liberdade de comrcio ou subsdios? Os maiores idelogos da globalizao exaltam a liberdade de comrcio. Entretanto, a abertura comercial proposta pelos governos dos pases desenvolvidos, todos eles apologistas da globalizao, constitui uma via de mo nica. Enquanto propem que os outros abram seus mercados, eles protegem seus agricultores com subsdios, de modo a dificultar a entrada em seus pases de produtos agrcolas provenientes das regies pobres do planeta. Nelson Piletti. Claudino Piletti. Histria e vida integrada. Ensino fundamental. Apologista: Indivduo que faz elogio determinada causa. Subsdios: Quantia em dinheiro que o governo d aos agricultores para que eles vendam seus produtos a baixo preo e possam competir com os artigos importados.

http://histoblogsu.blogspot.com.br/2010/03/globalizacao-da-economia.html