17
A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001) HELD E ANTHONY McGREW (2001)

A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)HELD E ANTHONY McGREW (2001)

Page 2: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

A GLOBALIZAÇÃOA GLOBALIZAÇÃO

• Muito se discute sobre a Globalização, mas parece que essa idéia ou conceito não tem ainda – e talvez nem venha a ter – uma centralidade científica nas Ciências Sociais. A razão é aparentemente simples: Globalização é, ao mesmo tempo, “nada” e “tudo”, ou seja, um conceito ou idéia que parece inútil na medida em que não há um consenso mínimo sobre o seu significado.

• A dispersão de opiniões sobre a Globalização ocupa todos os pontos de uma escala imaginária que porventura fosse construída a fim de abrigar esse conceito, indo do extremo de emprestar-lhe valor total ao extremo contrário, de não ver valor científico algum neste termo.

Page 3: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

• A primeira coisa importante é discutir se é possível ter um conjunto mínimo de idéias sobre o que é a Globalização. Segundo David Held e Anthony McGrew , esse aspecto é controvertido mas, em linhas gerais, podemos dizer que a Globalização diz respeito aos processos que envolvem:

• a. Ação à distância (com efeitos para terceiros distantes);

• b. Compressão espaço-temporal (advinda de tecnologias cibernéticas e outras);

• c. Interdependência acelerada (das economias e sociedades antes apenas nacionais);

• d. Mundo em processo de encolhimento (erosão das fronteiras tradicionais para determinadas atividades).

Page 4: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

AS CORRENTES DA GLOBALIZAÇÃO

Diante dessas idéias gerais sobre Globalização, dizem os autores que podemos dividir os estudos em duas grandes linhas ou dois grandes blocos de autores:

- Os CÉTICOS;

- Os GLOBALISTAS.

Page 5: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

Os CÉTICOS questionam o que é global

na Globalização e a hierarquia entre local, nacional, regional e global. Como os estudos, em geral, não especificam essas fronteiras, o conceito é basicamente sem sentido como veículo de compreensão do mundo contemporâneo, afirmam.

Page 6: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

A Globalização é vista como uma A Globalização é vista como uma construção ideológica do capitalismo anglo-construção ideológica do capitalismo anglo-saxão, um mito necessário a fim de saxão, um mito necessário a fim de disciplinar os países e cidadãos no plano disciplinar os países e cidadãos no plano macroeconômico e nas visões neoliberais. macroeconômico e nas visões neoliberais. Não se trata de Globalização, mas de uma Não se trata de Globalização, mas de uma nova modalidade de imperialismo financeiro nova modalidade de imperialismo financeiro ocidental. ocidental.

Page 7: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

• Os GLOBALISTAS, por sua vez, respondem a essas críticas duras de que a Globalização é apenas ideologia ou imperialismo disfarçado, com a opinião geral de que há mudanças estruturais profundas na organização social contemporânea – grandes corporações, mercados mundiais, difusão da cultura e degradação ambiental.

• É uma visão weberiana ou pós-marxista da Globalização, encarando-a para além dos aspectos apenas econômicos.

Page 8: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

Enxergam a Globalização como um conjunto Enxergam a Globalização como um conjunto de processos inter-relacionados que operam de processos inter-relacionados que operam através de todos os campos primários do através de todos os campos primários do poder social, inclusive poder social, inclusive o militar, o político e o o militar, o político e o culturalcultural, mas sem perceber tais processos , mas sem perceber tais processos como padronizados pela economia, tão como padronizados pela economia, tão somente, ou seja, ela avança em ritmos somente, ou seja, ela avança em ritmos diferentes, com geografias distintas, em diferentes, com geografias distintas, em campos distintos.campos distintos.

Page 9: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

GLOBALIZAÇÃO E CULTURAGLOBALIZAÇÃO E CULTURA

## Mundo FeudalMundo Feudal: imobilismo ou efervescência?: imobilismo ou efervescência?

** Culturas locaisCulturas locais - A corte - A corte - A aldeia- A aldeia## O Estado Moderno e a NacionalidadeO Estado Moderno e a Nacionalidade - Os Estados são redes complexas de - Os Estados são redes complexas de instituições, leis e práticas cujo alcance espacial é instituições, leis e práticas cujo alcance espacial é difícil de garantir e estabilizar em territórios fixos.difícil de garantir e estabilizar em territórios fixos. - As Nações envolvem sentimentos de - As Nações envolvem sentimentos de coletividades de classes diversas que compartilham coletividades de classes diversas que compartilham um sentimento de identidade e de destino político um sentimento de identidade e de destino político coletivo.coletivo.

Page 10: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

# # Estados NacionaisEstados Nacionais: criação ou comunidade : criação ou comunidade natural?natural? * * Nacionalismo: é a força que liga os Estados à Nacionalismo: é a força que liga os Estados à Nação; ele descreve a complexa fidelidade cultural e Nação; ele descreve a complexa fidelidade cultural e psicológica dos indivíduos a determinadas psicológica dos indivíduos a determinadas identidades e comunidades nacionais, assim como o identidades e comunidades nacionais, assim como o projeto de criar um Estado em que uma dada projeto de criar um Estado em que uma dada Nação seja dominante.Nação seja dominante. ** Identidade culturalIdentidade cultural ** O Livro: educação em massa O Livro: educação em massa * * As comunicações: a difusão de históriasAs comunicações: a difusão de histórias ** Origem e destino comuns. Origem e destino comuns.# # Cultura, Língua e HistóriaCultura, Língua e História * * O fim do Estado Mundial;O fim do Estado Mundial; ** Os conflitos e a consolidação. Os conflitos e a consolidação.

Page 11: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

OS GLOBALISTASOS GLOBALISTAS Cultura Global # Exemplos: * A Música; * A Ciência Moderna; * O Liberalismo; * O Socialismo; * O Capitalismo.

- Culturas Nacionais “construídas” - Nacionalismo Cultural x Político

Page 12: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

Argumentos dos GLOBALISTAS:

- A Cultura de Massas (comunicação, turismo, influências da língua “única”);

- As empresas: transnacionalização cultural;

- As empresas rompem barreiras geográficas;

- Uma Sociedade Global incipiente:

* Exemplos: os direitos humanos, ecologia, tráfico, interpol, poluição, petróleo, etc.)

Page 13: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

OS CÉTICOSOS CÉTICOS

# O SENTIMENTO DE NACIONALIDADE

- Inúmeras Culturas Nacionais;

# Exemplos:

* A Música;

* O Folclore;

- A Cultura e a Elite;

- Identidade Comum;

- Sistema de Educação formal;

- Meios de Comunicações.

Page 14: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

Argumentos dos CÉTICOS

- A Cultura de Massa;

- Os laços nacionais reforçados;

- Consciência do outro;

- Releitura da Cultura;

- A força do Nacionalismo;

- Não há uma História Universal.

Page 15: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

O Mundo pós-moderno

# Os mores culturais e o relativismo;

# As Instituições:

- A Família;

- A Escola;

- A Religião (Igreja);

- O Estado.

# Os mundos do Mundo atual

- Papéis...

Page 16: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

““As Origens da Pós-ModernidadeAs Origens da Pós-Modernidade”, de ”, de Perry Perry Anderson (1999)Anderson (1999). .

• A Cultura é pós-moderna porque deixou de

apreender um mundo real onde as pessoas vivem. Ela é uma Cultura Mercantil e de Imagens a serviço das elites políticas e empresariais. Uma indústria a serviço de outras indústrias maiores e mais poderosas; todas algo abstratas produzindo bens imateriais, por assim dizer. (“Admirável Mundo Novo” - Aldous Huxley, 1931 ).

Page 17: A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)

• Políticos que só pensam em governar imagens, artistas e desportistas que não passam igualmente de “marcas” e assim por diante. Tudo isso seria a ponta de um iceberg, de algo que se insinua, culturalmente, através de movimentos artísticos/culturais os mais diversos, levando a esse mundo desfigurado e multifacetário.

• Os mundos dentro de Mundos: os índios, os sertanejos, os afro-descendentes, os pantaneiros, os gaúchos, etc...

fim...