24
Após séculos de lutas as mulheres alcançaram direitos e Liberdade A Grande Marcha Feminina

A Grande Marcha Feminina

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A Grande Marcha Feminina

Após séculos de lutas as mulheres alcançaram direitos e Liberdade

A Grande Marcha Feminina

Entrevista: ANS explica a

Transferência de Carências

Novo Centro Cirúrgicoem Volta Redonda

Publicação Interna da Rede VITA - Ano IX - �° Trimestre de 2009

Após séculos de lutas as mulheres

Page 2: A Grande Marcha Feminina

www.redevita.com.br

Page 3: A Grande Marcha Feminina

www.redevita.com.br

ÍndiceÍndice

Capa Banco de Imagens Stockexpert

Opinião• Cherchez la Femme - Encontre a Mulher

Negócios em Saúde• O que fazer nesa crise

Saúde• Anestesistas e o tratamento da Dor• O que é Disfunção Temporomandibular • Insuficiência cardíaca grave tem novo tratamento• Gesso está sendo gradualmente substituído• Novas esperanças no tratamento do Linfoma

Artigo Médico• A Dispepsia e o Mundo Moderno, por Rodrigo Fontan

Ping•Pong• Alex Urtado Abreu, da ANS, explica as mudanças na Transferência de Carências em planos de saúde

Gente• Fotos das Festas de Fim de Ano em Curitiba e Volta Redonda; e a comemoração do Aniversário de Quatro Anos da Maternidade VITA Volta Redonda

Capa• As conquistas e a vida atarefada das Mulheres do século XXI

Túnel do Tempo• A biografia de Vital Brazil, o pioneiro do soro anti-ofídico

Em Rede• Hospitais da Rede VITA oferecem Internet por Wi-Fi • Logística na Cadeia de Suprimentos• Novo Centro Cirúrgico do Hospital VITA Volta Redonda• Afinado e simpático, Adriano Carvalho é o Perfil desta edição • Entenda as muitas responsabilidades do NGSA

Cida Bandeira• A colunista social que sabe de tudo e conta todas

4

5

6

7

8

9

10

12

14

18

192021

22

Page 4: A Grande Marcha Feminina

www.redevita.com.br

OpiniãoOpinião

VITAwww.redevita.com.br

Hospital VITA Batel(41) 3883-8482;[email protected]

Hospital VITA Curitiba(41) 3315-1900;[email protected]

Hospital VITA Volta Redonda(24) 2102-0001;[email protected]

Maternidade VITA Volta Redonda(24) 3344-3333;[email protected]

Grupo VITA(11) 3817-5544;[email protected]

Presidente:Edson SantosVice-Presidente Executivo:Francisco BalestrinDiretor Regional Rio de Janeiro:José Mauro RezendeDiretor Regional Curitiba:José Octavio LemeDiretor de Controladoria e Finanças:Ernesto FonsecaDiretora de Operações:Maria Lucia Ramalho MartinsSuperintendente Hospital VITA Batel:José Octavio Leme (Interino)Superintendente Hospital VITA Curitiba:Carla SoffiattiSuperintendente Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda:Deumy Rabelo

VITAL é uma publicação interna da Rede VITA.Editor: Francisco BalestrinConselho Editorial: Maria Lucia Ramalho Martins, Ligia Piola, Josiane Fontana, Iana Adour e Hajla Haidar.Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478).Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola.Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão Gráfica Josemar (11.3865-6308)Email: [email protected]ência: Av. Pedroso de Moraes 1788São Paulo SP Cep 05420-002

Cherchez la FemmeFrancisco Balestrin

“Encontre a Mulher”

Expediente

A expressão é antiga e se refere a um con-selho francês do início do século passado. Este recomendava que quando se quisesse deslindar alguma situação pouco esclarecida, identificar um culpado ou encontrar uma motivação para um crime, dever-se-ia buscar uma mulher que pudesse de alguma forma estar associada ao imaginário, à convivência ou ser objeto de devoção de um possível autor. Quando não, ela própria. Não vai aí nenhum cunho machista, muito pelo contrá-rio, pois fica nítida a percepção simplória da época e é exatamente nisto que centramos nosso trabalho nesta nova edição da VITAL. Atualmente é impossível, em qualquer atividade humana, não termos homens e mulheres trabalhando lado a lado, cons-truindo futuros e debatendo o dia a dia com igual destemor. É interessante neste momento, e aí vai até um pouco de autocrí-tica, analisar sob o ponto de vista histórico, a trajetória percorrida pelas mulheres para esta absolutamente natural igualdade. Fica até estranho, hoje, pensar nestes termos: igualdade... Parece uma discussão abstrata

e até uma total obviedade não ser igual. Daí nossa matéria de fundo. Percorremos nossas unidades hospitalares e colhemos transparentes depoimentos de fortes e belas mulheres que, juntamente com todas aquelas de quem viemos ou cuidam de nossos clientes, formam o tecido sensível de um lado, e forte de outro, de nosso Gru-po. Não deixem de apreciar o depoimento da “jovem” Bergonsil, hoje vice-presidente da Associação dos Aposentados de Volta Redonda; mas antes uma das precursoras da profissionalização feminina na CSN, e dizem, mulher para quem o Presidente Ge-túlio Vargas, nos anos 50, em visita a Usina, “espichou” os olhos.Quem nunca teve uma dor? “SEDARE DO-LORE, OPUS DIVINUM EST”. Aquele que seda a dor faz parte do divino. Este talvez seja um dos principais dogmas da medicina e, em nossa revista deste trimestre, enfocamos não só a atividade de quem trabalha com dor, mas também e especialmente um tipo de dor que incomoda muito e pode parecer muitas coisas. Um verdadeiro camaleão.

Além deste, vários outros assuntos que reve-lam a multiplicidade de interesses e ações que ocorrem dentro de um hospital. Gesso versus tala sintética, tratamentos cardíacos, doenças crônicas, como câncer no sistema linfático e destaque para oncohematologia, e um interes-sante e atual artigo de nosso gerente médico do Hospital VITA Batel sobre a dispepsia.Em meados de abril, será possível para os usuários de planos de saúde mudarem de planos caso não estejam satisfeitos com os seus atuais. Assim, a chamada “portabilidade de carências” estará garantida e, se você não estiver satisfeito com o seu plano de saúde, poderá - dentro de regras bem estabelecidas - mudar para outro que melhor lhe convier. Tal qual podemos fazer hoje, quando não estamos satisfeitos com nossa operadora de celular, mudar para outra. Leia a entrevista bastante esclarecedora sobre este tema na seção Ping Pong. Felicidades a todos e todas e que nosso caminho sempre cruze com mulheres fortes, de caráter firme e honestidade in-questionável.

Page 5: A Grande Marcha Feminina

www.redevita.com.br

Negócios em SaúdeNegócios em Saúde

Nenhuma discussão hoje se completa se não tiver a frase “O que se deve fazer nesta crise”. Obviamente, todo mundo se sente muito à vontade para exteriorizar suas sugestões, baseadas em seu amplo conhecimento econô-mico-financeiro obtido através da leitura diária do Caderno de Economia do Estadão.Vou tentar dar minha contribuição através de um “plágio-tradutório-literário”. O artigo original foi escrito por Alejandro Borensztein e publicado no Clarin de Buenos Aires. Faço abaixo a “tradu-ção/adaptação/condensação” e “abrasileiração” desse artigo. Espero que nos mostre como (não) devemos enfrentar essa crise. “Todos nós podemos ser vítimas da crise finan-ceira. Desde que tenhamos 100 Reais debaixo do colchão, até aqueles que têm 100 mil Dó-lares no Chase Manhattan. Com o decorrer da crise, o mais provável é que aqueles que tinham 100 mil Dólares no Chase Manhattan agora estejam com 100 Reais debaixo do colchão.Durante as últimas semanas, tive o cuidado de anotar todas as opiniões de economistas e experts, publicadas em jornais e revistas, comen-tadas no rádio e na televisão, e agora me sinto à vontade para oferecer este compêndio de conselhos para que cada um faça o que puder para se safar do pior que ainda está por vir.1. Se você tem Ações, não importa de que Empresa, deve vendê-las imediatamente, antes que seja muito tarde. Você deve ter liquidez em moeda corrente.2. Se você não tem Ações, compre imediata-mente, pois agora seus preços são verdadeiros presentes. Estão mais baixos do que nunca. Lembre-se da regra que diz: você sempre deve comprar quando todos estão vendendo. Nunca sonhou em ser dono da General Motors?3. Estes são aqueles momentos em que é ne-cessário manter a calma. Não deixe o pânico tomar conta de você. Tudo isso acontece porque as pessoas se assustam e correm para sacar todo seu dinheiro dos Bancos. Aqueles que conservam suas posições, sem dúvida vão obter consideráveis ganhos.4. Por outro lado, é preciso ter reflexos rápidos. Corra para o Banco, saque tudo que tiver, ponha num Tupperware e enterre no quintal de sua casa. Não vai esperar o Governo inventar outra Contribuição Compulsória, vai?5. Se seu dinheiro está num Banco pequeno, saque já. Os pequenos são os primeiros a quebrar. Quem se importa com o Banco do Comércio de Roraima?6. Se você tinha alguns milhões de Dólares depositados no Lehman Brothers, não precisa fazer nada, pois certamente neste momento já virou estatística do Tesouro Americano. De

qualquer forma, não deveria estar lá mesmo.7. Para depositantes nos paraísos fiscais, aguar-dem para breve uma carta de seu banco se referindo a um tal de Bernard Madoff; no seu texto explicará que fizeram o melhor por seu investimento, que estão fazendo tudo o que é possível, que vão contratar os melhores advo-gados do mundo, etc. etc., e no último parágrafo constará a informação que, independente de quanto era, seu saldo virou pó (pó de poeira, aquele que não vale nada...).8. Se você tem Euros, não os solte de forma nenhuma. Os Estados Unidos têm um enorme déficit e com certeza o Dólar vai se desvalorizar. Se até agora você só ganhou com o Euro, por que abrir mão dele agora?9. Por outro lado, se tem Dólares, você está muito bem. Diga a verdade: existe algo mais bonito do que as “verdinhas”? Você alguma vez viu alguém comprar alguma coisa em Euros? É até deseducado. Comprar em Dólares, isso sim, dá status internacional ao seu negócio. Não importa que seja um lance no E-bay.10. Se acredita em nossos políticos, siga seus pas-sos. Mande tudo para a Suíça. Creia, para essas coisas eles têm uma excelente visão de futuro.11. Se pensa em comprar uma propriedade, você está absolutamente louco. Com essa crise, os Incorporadores e Proprietários inflaram artifi-cialmente os preços para depois lhe oferecer um descontão. E você vai achar que saiu ganhando. Acredita que aquele apartamento em Perdizes pode valer o mesmo que um apartamento em Miami, de frente para o mar?12. Não acredite na conversa de que a hora é boa para comprar um apartamento em Miami. A “barra” lá está pesadíssima, com mais de 700 mil apartamentos à venda e os preços estão baixíssimos. Espere mais uns meses, que eles vão acabar dando “green card” para quem fizer esse sacrifício pela pátria (deles).13. Se está pensando em vender sua propriedade, você deve estar absolutamente bêbado. O valor das propriedades vai continuar subindo, pois é o melhor refúgio para os investimentos. Não dê ouvidos aos corretores que querem assustá-lo com a ameaça de uma grande desvalorização futura. Eles só querem ganhar sua comissão.14. Não faça poupança. Este é um excelente momento para gastar. A recessão faz os preços baixarem e você pode comprar tudo que sempre teve vontade. Que tal um carro novo na garagem? Agora tem desconto do IPI. Vamos lá, anime-se.15. Você está realmente pensando em sair em férias? Viajar num momento destes? Gastar aquele restinho de poupança? Você é um irresponsável!16. Se tem um negócio e está pensando em

Edson Santos

O que fazer nesta criseexpandi-lo, realmente você está no momento de ser internado num hospital psiquiátrico. Leia os Jornais. A maior recessão da história está batendo em sua porta e você está pensando em ampliar seu negócio? O certo seria despedir todos seus empregados, colocar sua mulher como ven-dedora, você tomaria conta do caixa e sua sogra sempre poderia dar uma boa ajuda na limpeza.17. Por outro lado, se está pensando em abrir um novo negócio, agora é a hora certa. Mostre que você é um empreendedor. Vá em frente e faça o que tem que ser feito! Humilhe a concorrência.18. Se você tiver investimentos na Islândia, não se preocupe. Na verdade não há mais nada com que se preocupar. Nem com aquele dinheiro escondido que agora não existe mais.19. Para aqueles que pensam em deixar o País, mudem imediatamente de idéia. Nada mais erra-do. O mundo está vindo abaixo e um dos poucos lugares que estão a salvo é o Brasil. Estamos longe, acham que nossa capital é Buenos Aires e vendemos o único produto que o mundo sempre vai necessitar. C-O-M-I-D-A. Lembre bem do que nosso presidente disse. “Esse é um problema deles, não nosso..” Falou, está falado.20. Para aqueles que pensam em voltar a Pátria: vocês realmente acreditam que o mundo vai apertar o cinto para comprar comida brasileira? Quando os americanos deixarem de comprar produtos da China, os chineses vão voltar a co-mer arroz com arroz. E onde vamos enfiar toda essa soja que produzimos? Não responda. Essa crise vai afetar os países emergentes muito mais do que a qualquer outro país. Fique em Miami. Veja que o nosso presidente vive falando em Comitê da Crise. Algum motivo ele tem...21. Se você não tem ações, investimentos, de-pósitos bancários, propriedades, dinheiro nem nada, você está muito bem. Não tem com que se preocupar. O que importa é sua saúde.22. Se perdeu tudo, abra a janela e se atire. Lembre-se que só é efetivo do quarto andar para cima.23. Se está pensando em se suicidar, não esquente. Compre um saco de pipoca, uma Coca-Cola e assista o Jornal Nacional. Como dizia um velho amigo: “Não se vão ainda que agora vem o melhor...”MORAL DA HISTÓRIA: Ninguém sabe o tamanho ou a extensão dessa crise, mas ela será menos crise se cada um continuar fazendo aquilo que tem para fazer. Já passamos por outras piores, mais endividados, mais dependentes e menos preparados. Vamos sair dessa também. Com bom humor.

Page 6: A Grande Marcha Feminina

www.redevita.com.br

SaúdeSaúde

A Dor de Cada UmSegundo os anestesistas, a dor causada pela mesma cirurgia varia de pessoa para pessoa, e depende de fatores como idade, sexo e saúde, entre outros.

Topadas, arranhões, cólicas... Embora desagra-dável, a dor é um sinal vital importante, que sinaliza quando algo não vai bem no nosso organismo. E como muitos procedimentos da Medicina envolvem ações que nos causam dor, existe uma especialidade dedicada apenas a estudá-la e reduzi-la: a Anestesiologia.

Os anestesistas (ou anestesiologistas) são, em resumo, médicos especializados que prepara-ram os pacientes para procedimentos como cirurgias eletivas (programadas) e emergenciais, acompanhando-os após os procedimentos para uma recuperação melhor e mais confortável, graças ao controle da dor. Eles manejam a dor do paciente em diversas situações: durante a cirurgia, eliminando a sensação de dor (anes-tesia), reduzindo a dor durante a recuperação pós-operatória (analgesia) e também tratando a dor crônica (veja box).

Cada pessoa, uma dor

Segundo o médico Ranger Cavalcante da Silva, coordenador da anestesia no Hospital VITA Curitiba, a dor varia muito entre pacientes: “A mesma cirurgia causa diferentes sensações de dor para diferentes pessoas”, diz Ranger. Entre os fatores que influenciam a sensação de dor estão idade, nível cultural, expectativas, etnia e outras. Segundo Giovanna Salviati, médica anes-tesiologista do Hospital VITA Batel, como a dor é uma sensação muito individual, ela é avaliada pelo que o próprio paciente relata, e não medida por instrumentos: “Nós pedimos que o paciente

classifique, numa escala, qual é a intensidade da dor que está sentindo”, explica Giovanna.

“A dor tem um forte componente psicológico”, diz Leila Monteiro Auler, anestesiologia e clí-nica de dor do Hospital VITA Volta Redonda. “Por exemplo, o paciente oriental sente menos dor, ele minimiza a sensação, enquanto nós que somos latinos, ampliamos tudo e sentimos mais intensamente”. Ela ressalta que não se trata de uma mentira, a sensação é realmente diferente para cada pessoa, e a dor que a pes-soa sente é a dor verdadeira. E ela confirma o que o senso comum diz: homens sentem mais dor que mulheres. “Provavelmente porque o sexo feminino está mais acostumado a aceitar a dor como algo normal”, diz Leila.

A Especialidade

O anestesista é um profissional médico que, além dos seis anos de medicina, realiza uma es-pecialização em anestesiologia, por pelo menos mais três anos. “A anestesia é uma especialidade complexa”, diz Giovanna; “Além de estudarmos as técnicas anestésicas, temos que conhecer detalhadamente o funcionamento do corpo humano, as doenças, como elas alteram este funcionamento e também as particularidades de cada tipo de cirurgia”. Ela explica que o aneste-sista leva em consideração vários fatores como: a idade, as doenças associadas, os medicamentos que está tomando e as condições físicas e psico-lógicas na ocasião do procedimento. “Anestesiar uma pessoa é uma grande responsabilidade”, acrescenta. Durante a cirurgia, o anestesista é responsável por manter o coração batendo, os pulmões respirando, os rins funcionando e o cérebro dormindo e escolhe o método mais adequado para controlar a dor pós-operatória.

Nos hospitais da Rede VITA, os pacientes passam por uma consulta pré-anestésica antes da maioria das cirurgias. “Nessa con-sulta, avaliamos o paciente para escolher a melhor anestesia para cada caso e explicamos claramente o que ele deve esperar durante a recuperação”, diz Ranger. Segundo Ranger, a Medicina conta hoje com diversos métodos, bastante eficientes, para tratar a dor no pós-operatório, e existem até mesmo meios para que o próprio paciente controle a analgesia, para receber nova dose de anestésico, dentro dos limites determinados pelo anestesista.

Ranger Cavalcante da Silva

Giovanna Salviati

Leila Monteiro Auler

Segundo Leila Auler, pode-se considerar crônica qualquer dor contínua, ou que retorne regularmente, por mais de três meses. É o caso de pacientes com cefaléia, fibromialgia, ou oncológicos, diabéticos e outros. “Muitas vezes, o médico que sabe tratar a doença não consegue tratar a dor e ela permanece”, diz Leila; “por isso no caso da dor crônica é preciso fazer um tratamento mais direcionado”. Segundo ela, o cérebro tem uma memória para a dor, que pode permanecer mesmo depois que o paciente esteja curado da doença que a causou.

O tratamento da dor pode envolver outros profis-sionais, como psicólogos e fisioterapeutas, e se estender por longos períodos, explica Leila. Por isso é essencial que o paciente persista. “É maravilhoso poder curar um paciente de sua dor”, diz Leila.

Dor Crônica

Page 7: A Grande Marcha Feminina

www.redevita.com.br

SaúdeSaúdeDor de Cabeça pode ser DTMA Disfunção Temporomandibular (DTM) caracteriza-se por uma dificuldade em abrir e fechar a boca, e pode ser confundida com enxaqueca e dor de ouvido

Dores de cabeça constantes, cansaço muscular na face, dor de ouvido, estalos ao abrir a boca podem ser sinais de um problema conhecido por disfunção temporomandibular (DTM). É um distúrbio cujos sintomas podem ter várias origens, o que dificulta o diagnóstico e faz com que as pessoas convivam longamente, às vezes anos, sem conseguir solucioná-lo.

Segundo a odontóloga Fernanda Keller Sartori, especialista no assunto, integrante da equipe do cirurgião André Zétola, do Hospital VITA Curi-

tiba, é comum que os pacientes procurem médicos otorrinolarin-gologistas em busca da causa de sua dor de ouvido; porém, como seu ouvido está saudável, normal-mente os médicos encaminham para um profissional especialista em DTM. “Alguns nem têm dor, só têm o estalo e a musculatura contraída”, diz Fernanda.

A disfunção temporomandibular é um proble-ma da articulação da mandíbula, que pode se agravar e exigir cirurgia, em casos avançados. “Quando é diagnosticada no início, a DTM pode ser tratada clinicamente, sem cirurgia”, explica Fernanda. Ela relata casos de pacien-tes que conviviam com dor de cabeça há dez anos, tratando como enxaqueca, e na verdade tinham DTM.

A odontóloga Marselha de Paula Almeida, do Hospital VITA Volta Redonda, especialista em dor

orofacial e disfunção temporomandibular, expli-ca que a DTM afeta a articulação mandibular, ligamentos, músculos de mastigação, dentes, ossos e estrutura de suporte dentário. Frequen-temente os pacientes de DTM têm dificuldades para abrir a boca e se alimentar. Marselha tem recebido, em média, de 8 a 10 pacientes com DTM por semana. Além do tra-tamento clínico ou cirúrgico, Marselha também costuma recomendar acompanhamento psico-lógico para essas pessoas, que muitas vezes têm um perfil tenso e precisam de ajuda para modificar comportamentos automáticos, como bruxismo (ranger os dentes). “Tenho conseguido bons resultados no tratamento, e acompanho os pacientes após a alta para saber como estão evoluindo”, acrescenta.

É possível que muitas das pessoas que acham que têm enxaqueca ou dor de ouvido, sejam, na verdade, portadoras de DTM, afirma Marselha. “Quanto mais profissionais conhecem a DTM, mais frequente se torna o diagnóstico”, explica.

Novo Medicamento ReduzInsuficiência CardíacaO Simdax ajuda a retirar pacientes de quadros graves de insuficiência cardíaca; Hospital VITA Curitiba foi convidado a participar de pesquisa para elaboração de regras de uso do produto

Os cardiologistas acabam de receber uma nova e importante arma no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca grave: trata-se do Simdax, um medicamento de uso exclusivo em ambiente hospitalar, que aumenta a ca-pacidade de contração do coração e permite estabilizar o quadro de pacientes cardíacos. O medicamento já está em uso no Brasil e o Hos-pital VITA Curitiba foi um dos convidados pelo Laboratório Abbott, fabricante do Simdax, para participar de uma pesquisa que vai determinar a melhor forma de utilizá-lo (os protocolos, como são referidos no jargão médico).

Segundo César Dusilek, coordenador da UTI cardiológica do Hospital VITA Curitiba, o mais importante do Simdax é que ele permite trazer o paciente de uma situação de insuficiência grave para uma situação mais estável, em que é

possível tratar da causa da insuficiência cardíaca, por exemplo, uma crise hipertensiva. “Fazemos uso do medicamento enquanto o paciente está na UTI, monitorizado, e a melhora é impressio-nante”, diz Dusilek. Segundo ele, o mecanismo de ação do Simdax no coração eleva a capacidade contrátil de uma maneira que nenhum outro medicamento havia feito até hoje, e também evita o acúmulo de substâncias que causam arritmia. “Esse remédio só pode ser utilizado dentro da UTI em pacientes que estão em estado grave. Para se ter uma idéia, pessoas que estavam em grau avançado da doença conseguem um progresso de mais de 90%”, ressalta Dusilek.

Insuficiência cardíaca não significa que o coração parou de funcionar, mas que houve uma redução da capacidade deste órgão de cumprir a sua função, de bombear o sangue

pelo organismo. Esse quadro é conhecido como Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD), que afeta quase 1,5% da população geral e aproximadamente 10% dos indivíduos com mais de 65 anos de idade. “Esta é uma doença grave em que a quantidade de sangue que o coração bombeia é insuficiente para satisfazer as necessidades do organismo”, esclarece Dusi-lek. Os principais sintomas do paciente com ICD são: cansaço e fraqueza durante a realização de atividades físicas, falta de ar, edema (inchaço) nos membros inferiores e tosse noturna.

César Dusilek

Fernanda Keller Sartori Marselha de Paula Almeida

Page 8: A Grande Marcha Feminina

www.redevita.com.br

SaúdeSaúde

Vencendo a Batalha contra o LinfomaAlguns tipos de linfoma são extremamente difíceis de tratar; mas novas drogas trazem esperanças de cura e sobrevida com qualidade

O Linfoma é um dos tipos mais temidos de câncer ainda hoje. Embora relativamente raro, com incidência em torno de 14 pessoas em cada grupo de 100.000, o linfoma é bastante letal. Felizmente, o diagnóstico e tratamento dos diversos tipos de linfoma vem evoluindo rapidamente, trazendo uma melhor perspectiva de cura e de sobrevida para os pacientes.

Fernando Coutinho, médico especialista em hematologia e oncologia do Hospital VITA Volta Redonda, explica que linfoma é um tipo de cân-cer que se desenvolve nos principalmente nos gânglios linfáticos (70% dos casos), mas também em tecido linfático de outras partes do organismo, como estômago, intestino, mamas, glândula tireóide, testículos e até mesmo no cérebro.

Os especialistas dividem os linfomas em dois grandes grupos: linfomas Hodgkin e linfoma não-Hogdkin. Os linfomas Hodgkin são menos frequentes, podem ser curados em 85% dos casos e acometem principalmente adultos adultos jovens, entre 15 e 40 anos. Já os não-

Hogdkin incluem mais de 20 tipos, e o número de casos vem crescendo, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos. Os linfomas não-Hodgkin podem ser agressivos ou indolentes; sem tratamento, os agressivos podem levar o paciente à morte em questão de meses.

Finalmente, existe também um tipo conhecido como O Linfoma Indolente. Segundo Coutinho, atualmente esse tipo é considerado incurável, mas permite tratamentos que prolongam a vida do paciente com qualidade e já existem perspectivas de cura para ele.

Evolução do Tratamento

“A primeira doença curada pela quimioterapia foi o linfoma”, observa Coutinho. Segundo ele, a idéia da quimioterapia surgiu durante a II Guer-ra Mundial, quando se observou que pessoas que eram expostas ao gás mostarda sofriam atrofia do sistema linfático. Assim, a primeira droga quimioterápica foi a mostarda nitrogenada.

O tratamento do linfoma tem evoluído rapidamen-te, graças principalmente ao desenvolvimento dos anticorpos monoclonais, como Rituximab e Fluda-rabina, proteínas que se combinam à membrana da célula cancerígena levando-a à destruição. Outra nova droga são os radioimunoconjugados - anticorpos monoclonais conjugados a molécu-las radioativas, que irradiam especificamente a célula doente para destruí-la.

“Essas novas drogas trazem uma melhoria no tratamento dos linfomas em geral, inclusive do tipo indolente”, garante Coutinho. Hoje conse-guem-se altos índices de cura nos casos de linfomas Hodgkin e não–Hodgin agres-sivos, doenças que há trinta anos eram consideradas fatais.

Fernando Coutinho

Quem tem mais de quarenta anos deve se lembrar que uma perna ou braço quebrado de um colega na escola era praticamente motivo de comemoração: todos queriam ter a honra de assinar no gesso do “herói”. Hoje, entre-tanto, isso é cada vez menos comum: onde estão os engessados? Bruno Moura, coordenador da Ortopedia do Hospital VITA Curitiba, explica: em muitos casos, o gesso tem sido substituído por talas sintéticas, que pesam uma fração do peso do gesso, cumprem a mesma função e facilitam a higiene.

A função do gesso é imobilizar para redu-zir a dor e permitir a recuperação de uma

É cada vez menos comum ver pessoas com membros engessados nas ruas; o gesso tem sido substituído por outros materiais e técnicas

lesão óssea ou de ligamento. “É principalmente nos casos de tratamento da dor e de lesões ligamentares que se tem substituído o gesso por talas sintéticas”, diz Moura. Para ele, em caso de fraturas que pedem uma imobiliza-ção longa, o ideal é utilizar mesmo o gesso,

principalmente nos primeiros 30 dias, para garantir a cicatrização. Depois disso, pode-

se substituir o gesso por botas e talas removíveis.

Segundo Moura, hoje é pos-sível fazer em minutos talas sintéticas, sob medida para o

paciente. Infelizmente, elas têm um custo muito mais elevado

que o gesso, o que ain-da limita seu uso.

Existe também o gesso sintético,

dez vezes mais leve que o convencional e resistente à água.

Cirurgias

Segundo Francisco Pereira, coordenador da ortopedia do Hospital VITA Batel, a função do gesso é imobilizar e estabilizar lesões ósseas e de tendões, para permitir uma adequada cicatrização. Ocorre que muitas dessas le-sões têm sido tratadas com cirurgias, o que também resulta em um menor número de engessados.

“A imobilização prolongada traz alguns incon-venientes”, diz Pereira, “como atrofia muscular e rigidez das articulações, e a tendência atual é fazer com que o paciente retorne às suas atividades o mais rápido possível”. A evolução das técnicas e materiais cirúrgicos reduz e até elimina a necessidade de imobilização, e permite a rápida recuperação de atletas profissionais. Mesmo quando não há cirurgia, hoje se busca intercalar imobilização e movimento, o que é facilitado pelas talas removíveis, explica Pereira.

Cadê os Engessados?

Page 9: A Grande Marcha Feminina

Artigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo Médico

Chamamos dispepsia os sintomas relaciona-dos ao abdome superior, que são comumente chamados “indigestão”. Estes sintomas são os seguintes: dor, eructações (arrotos), plenitude (empachamento), sensação de peso, pirose (queimação), náuseas e saciedade precoce. Frequentemente as pessoas confundem os sintomas acima com gastrite, o que é uma idéia errada. A gastrite é uma inflamação do estômago que pode ou não estar associada a estes sintomas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 25% da população mundial sofra destes sintomas pelo menos dois a três dias por ano e que eles acompanhem os pacientes por toda a vida.

Em nossa experiência profissional podemos dizer, sem sombra de dúvida, que mais de 50% dos pacientes que procuram um especialista na área digestiva apresentam algum destes sinais. A partir deles é que normalmente se inicia uma investigação para se determinar se há alguma relação com gastrites, úlceras ou outras patologias. Quando nada é encontrado através dos exames complementares, sendo a endoscopia o mais comum, diz-se que o paciente apresenta “dispepsia funcional”.

Pois bem, o que pode ocasionar a dispepsia funcional? Os fatores mais relacionados são alguns tipos de alimentos como: tomate, pimenta, café, álcool e o uso de alguns medi-camentos como antinflamatórios, antibióticos e ácido acetilsalicílico. A gravidez e algumas doenças como diabetes e insuficiência coro-nariana também são relacionados, além de outros fatores menos comuns.

A Dispepsia e o Mundo Moderno

Rodrigo Fontan é Ge-rente Médico do Hospital Vita Batel e cirurgião do aparelho digestivo

Rodrigo Fontan

Com tudo isto colocado, chegamos a um ponto muito importante da orientação que devemos dar ao nosso paciente, que é relacionada com a alimentação. É sabido que hoje em dia, cada vez mais, nos alimentamos de forma inapro-priada e às vezes é perda de tempo pedirmos aos nossos pacientes que se privem de comer este ou aquele tipo de comida. Porém, é nosso dever orientá-los para que tentem mudar seus hábitos alimentares, o que na verdade é o mais difícil de acontecer, pois não é fácil abandonarmos hábitos adquiridos ao longo de toda a vida.

A alimentação deve respeitar o tempo de pelo A alimentação deve respeitar o tempo de pelo menos uma hora. Deve se mastigar bem os menos uma hora. Deve se mastigar bem os alimentos, evitar líquidos durante as refeições alimentos, evitar líquidos durante as refeições e dar preferência a carnes magras, saladas e dar preferência a carnes magras, saladas e frutas e não exagerar nas massas. Procuro e frutas e não exagerar nas massas. Procuro sempre orientar os pacientes a não ficarem sempre orientar os pacientes a não ficarem com o estômago vazio durante muito tempo com o estômago vazio durante muito tempo e fazerem várias refeições ao longo do dia, e fazerem várias refeições ao longo do dia, intercalando as refeições principais intercalando as refeições principais com pequenos lanches (barras com pequenos lanches (barras de cereais e frutas são uma de cereais e frutas são uma opção prática). Se existe o opção prática). Se existe o hábito de frituras, alimentos hábito de frituras, alimentos gordurosos e refrigerantes gordurosos e refrigerantes em excesso, deve haver uma em excesso, deve haver uma diminuição de sua ingesta. diminuição de sua ingesta.

Enfim, existe hoje o conceito Enfim, existe hoje o conceito de “slow food”, que é um de “slow food”, que é um movimento em favor da boa movimento em favor da boa gastronomia e celebra a alimenta-gastronomia e celebra a alimenta-ção saudável em contraste ao “fast ção saudável em contraste ao “fast

food”, hábito difundido pelos norte-americanos por todo o mundo e absorvido pelo nosso ritmo de vida cada vez mais estressante. Este movimento exalta o prazer das refeições e é garantido que melhora, e muito, nossa qua-lidade de vida.

Todas estas dicas ajudam a evitar os sintomas dispépticos e junto com a prática de atividades físicas e a diminuição do uso do cigarro, outro inimigo de nosso organismo, certamente farão com que tenhamos uma vida melhor em todos os sentidos. Que tal tentar?

outros fatores menos comuns.

Rodrigo FontanRodrigo Fontanrente Médico do Hospital Vita Batel e cirurgião do aparelho digestivo

Rodrigo FontanRodrigo Fontanrente Médico do Hospital rente Médico do Hospital Vita Batel e cirurgião do Vita Batel e cirurgião do aparelho digestivoaparelho digestivo

Artigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo MédicoArtigo Médico

Page 10: A Grande Marcha Feminina

10

www.redevita.com.br

Entrevista

VITAL - Existe uma demanda pela por-tabilidade? Qual é a porcentagem de usuários insatisfeitos e por quê?

Abreu - Existe uma demanda da sociedade pela portabilidade de carências, motivo pelo qual este projeto foi inserido no programa Mais Saúde, que é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde do Governo Federal. De acordo com a pesquisa de satisfa-ção realizada em 2007 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis - IPEAD - da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, a pedido da ANS, cerca de 6% dos beneficiários se mostraram insatisfeitos com o seu plano de saúde. Os principais problemas relatados na pesquisa pelos beneficiários insatisfeitos foram: a dificuldade para agendamento de consultas e exames e problemas com procedimento médico não autorizado. VITAL - Em tese, a portabilidade eleva a concorrência entre os planos de saúde. Na prática, os “planos destino” não se sentirão prejudicados e buscarão impedir o uso da portabilidade?

Abreu - Muito se fala da possibilidade de os planos de destino se sentirem prejudicados com a portabilidade. Contudo, este não deve ser o pensamento das operadoras que tra-balham bem e buscam o aumento da sua participação no mercado. Entende-se que quanto maior for a carteira de beneficiários da operadora, maiores serão as possibilidades de diluição dos custos com a operação do plano. Neste sentido, é importante ressaltar que a Resolução Normativa n.º 186/2009 prevê mecanismos para impedir comportamentos oportunistas, tanto de beneficiários como das operadoras, incentivando a concorrência e impedindo a chamada seleção adversa. Além disso, a oferta de programas de promoção

da saúde e prevenção de doenças pode ser um importante atrativo para os beneficiários e um instrumento para a redução dos custos da operadora.

VITAL - A portabilidade terá efeitos positivos sobre os serviços dos planos de saúde?

Abreu - Espera-se que as operadoras busquem atrair novos beneficiários, tanto pela redução dos preços como pela melhoria da qualidade dos seus serviços. Nesse sentido, é importante que as operadoras invistam cada vez mais no cuidado com a saúde dos seus beneficiários, buscando uma maior aproximação, com o objetivo de melhorar a saúde e a qualidade de vida dos seus clientes. Dessa forma, a oferta de programas de promoção e prevenção pode ser um importante atrativo para os beneficiários e um instrumento para a redução dos custos da operadora.

VITAL - Qual o motivo para que a porta-bilidade só possa ser pedida no período entre o mês de aniversário do contrato e o mês seguinte?

Abreu - No aniversário do contrato, o benefi-ciário recebe o reajuste da sua mensalidade. Este é um momento propício para que o be-neficiário avalie se a sua operadora está lhe oferecendo um serviço adequado a um preço justo. Além disso, a distribuição da mobilidade dos beneficiários no período de aniversário dos contratos reduz os custos administrativos das operadoras se comparados com uma eventual possibilidade de grande movimentação de beneficiários no momento imediatamente posterior à publicação da norma. Essa medida também tem como objetivo evitar que ocorra a chamada seleção adversa, onde os benefi-ciários só buscariam a mudança do plano de saúde no momento em que necessitassem de

utilização imediata de uma rede de serviços específica ou de um procedimento médico específico. A portabilidade não deve ser um instrumento para que a escolha do plano de saúde seja orientada apenas por aspectos pre-mentes e imediatos. A norma de portabilidade incentiva que o beneficiário avalie bem as opções de planos de saúde disponíveis e possa tomar uma decisão de médio a longo prazo, pensando na sua assistência à saúde como um todo e não apenas em uma necessidade imediata e específica.

VITAL - Está sendo questionada a legali-dade da medida. As associações de medi-cina de grupo sugerem que a Resolução só poderia ter sido instaurada como um projeto de lei e que a ANS “extrapolou”. Como a ANS defende a medida?

Abreu - A Lei n.º 9.961, de 2000, atribui à ANS competências para disciplinar os diversos as-pectos do contrato de planos de saúde, assim como para a adoção de medidas visando incentivar a concorrência no setor, de modo que a norma de portabilidade de carências se enquadra perfeitamente nas competências estabelecidas pela legislação vigente. É im-

Transfira sua CarênciaEm 15 de janeiro, foi regulamentada em todo Brasil a chamada “portabilidade de carências” pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Isso significa, resumidamente, que quem tem um plano de saúde e já cumpriu sua carência não precisa cumpri-la novamente ao contratar um novo plano em outra operadora. A ANS publicou em seu site informações sobre o assunto e uma lista com as respostas para as questões mais comuns no endereçohttp://www.ans.gov.br/portal/site/perfil_consumidor/portabilidade.asp A medida atinge cerca de 6 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, contra-tados após 1º de janeiro de 1999. A revista VITAL entrevistou Alex Urtado Abreu, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, sobre as consequências das mudanças para os segurados. Abreu é especialista em Regulação de Saúde Suplementar (Gerência-Geral Econômico-Fi-nanceira dos Produtos / Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos), pós-graduado em Regulação de Saúde Suplementar pela FGV-RJ e Hospital Sírio Libanês, de São Paulo.

Page 11: A Grande Marcha Feminina

11

www.redevita.com.br

portante destacar que a Procuradoria da ANS participou intensamente de todo o trabalho de construção da norma de portabilidade de carências, sempre com o objetivo de dar todo o aparato jurídico para as medidas adotadas pela Agência. Além disso, as operadoras que estiverem interessadas em aumentar a sua participação no mercado e em melhorar a qualidade dos seus serviços, não terão inte-resse em questionar a medida; até mesmo porque ela foi amplamente debatida durante o último ano em fóruns realizados com os representantes do setor, tanto de operadoras, como dos beneficiários, em Câmara Técnica e na Câmara de Saúde Suplementar, além de ter sido posta em Consulta Pública.

VITAL - Por que os contratos anteriores a 1999 não foram incluídos na portabi-lidade?

Abreu - Inicialmente, é importante ressaltar que os contratos individuais e familiares anteriores a 1999 que tenham sido adaptados à Lei n.º 9.656, de 1998, fazem jus à portabilidade de carências. Somente os contratos anteriores a 1999 que não tenham sido adaptados não foram incluídos. A Resolução Norma-

tiva n.º186, de 2009, estabelece requisitos para a portabilidade de carências, dentre os quais se inclui a neces-sidade de que o plano de origem esteja em tipo compatível com o de destino. Esta com-patibilidade é avaliada sob os aspectos de cobertura assistencial, abrangência geográfi-ca e faixa de preços. Os contratos anteriores a 1999 não seguem um padrão de cobertura e de abrangência, de modo que seria muito difícil a avaliação da compatibilidade. Em virtude dessa diferen-ça, não seria possível também avaliar as ca-rências já cumpridas pelo beneficiário para efeito de portabilidade. Além disso, a previsão da portabilidade de carências diretamente do plano anterior a 1999, não adaptado, para um plano novo de outra operadora po-deria gerar a chamada seleção adversa, pois o beneficiário poderia

utilizar a regra apenas no momento em que necessitasse de um procedimento não coberto no contrato do plano de origem, gerando o desequilíbrio financeiro da operadora do plano de destino, prejudicando todo o grupo. Essa medida poderia, também, criar um incentivo para que o beneficiário de plano anterior a Lei n.º 9.656, de 1998, postergasse ao máximo a decisão de contratar um plano novo.

VITAL - Segundo o IDEC, os contratos coletivos feitos pela empresa em que o usuário trabalha representam 70% do mercado e também não estarão incluídos na portabilidade. Por quê?

Abreu - Inicialmente, é importante ressaltar que em grande parte desses produtos não há a exigência do cumprimento de carências, especificamente nos planos coletivos empre-sariais com 50 vidas ou mais. Além disso, este é um primeiro momento da implementação da norma de portabilidade de carências. Nada impede que, após a consolidação da norma de portabilidade de carências, a ANS avalie a pos-sibilidade de ampliação do público-alvo para a inclusão, por exemplo, dos beneficiários que possuem planos coletivos e pretendem contra-

Alex Urtado Abreu, da Agência Nacional de Saúde Suplementar

tar planos de saúde individuais ou familiares. Para tanto, é necessário que sejam superados importantes aspectos técnicos que, no presente momento, impossibilitaram a inclusão desses contratos na norma de portabilidade de carên-cias. Os planos de saúde coletivos possuem a avaliação do risco atuarial diversa dos planos de saúde individuais e familiares, o que dificul-ta muito a compatibilização da faixa de preços dos produtos. Além disso, muitos desses planos não encaminham Nota Técnica de Registro de Produto, que é um importante insumo para a avaliação dos aspectos de compatibilidade e de faixa de preços desses planos.

VITAL - Os planos de saúde estão prepa-rados para a mudança, seja do ponto de vista administrativo como financeiro?

Abreu - Sob o ponto de vista administrativo, entendemos que as operadoras deverão estar preparadas para a mudança até a data do início da vigência da norma, em 15 de abril de 2009, já que a norma não prevê medidas de grande complexidade administrativa a serem adotadas pelas empresas. A Resolução Nor-mativa n.º186, de 2009, distribui a mobilidade dos beneficiários no período de aniversário dos contratos, o que reduz os custos admi-nistrativos com uma eventual possibilidade de grande movimentação de beneficiários no momento imediatamente posterior à publica-ção da norma. Além disso, a norma dá um prazo de 20 dias para a análise da proposta de adesão do beneficiário, mais 10 dias para o início da vigência do contrato. Esse período é suficiente para que a operadora tome todas as medidas para a recepção do beneficiário. Além disso, a ANS está disponibilizando o máximo de informações para operadoras e beneficiários em sua página na internet, além da sua Central de Atendimento, que possui profissionais preparados para esclarecer as dúvidas apresentadas. Sob o ponto de vista financeiro, entende-se que a carência não é um mecanismo destinado ao enriquecimento da operadora que recebe o beneficiário sem a prestação de nenhum serviço. Pelo contrário, a carência é um mecanismo destinado a evitar a chamada seleção adversa, ou seja, a evitar que o beneficiário só contrate um plano de saúde no momento em que adoecer, necessitando da utilização imediata dos serviços. Por outro lado, a carência não pode ser utilizada para que a operadora selecione os beneficiários mais jovens para oferecer apenas para eles as promoções e as facilidades na contratação do plano de saúde. Nesta linha de raciocínio, a portabilidade de carências reequilibra as ações, evitando a seleção adversa, sem trazer prejuízos à concorrência, permitindo que to-dos os beneficiários que estejam insatisfeitos com o seu plano de saúde possam trocar de operadora, sem a necessidade de interrupção da cobertura assistencial.

Page 12: A Grande Marcha Feminina

12

www.redevita.com.br

GenteGente

Os funcionários da Rede VITA em Curitiba comemoraram o fim de ano com uma linda festa à fantasia, que aconteceu no dia 19 de dezembro, no Clube Thalia. Todo mundo caprichou e houve premiação para a fantasia mais elegante, a mais criativa e a mais divertida; e também para o grupo mais animado e o mais bonito. A banda Samarina animou a festa tocando vários estilos de música.

Atani Mendes Junior e Luciana Cristina Zanette

Barack Obama, Mônica e o Mario com gângsters e mosqueteiros José Pimenta, Mariângela Godoy,

Lilian Stephano e Ana Tereza Gebran

Marcelo Rea, Melissa Santana, José Octávio, Adriana Kraft, Adriano Carvalho, Neidamar Fugaça, Josiane Fontana e Cristina Ruoso

Neidamar e equipe de enfermagem Batel

Rosana Cruz e Rafael Castro

O Reino da Fantasia em Curitiba

Odaliscas, padres, freiras e até a Chiquinha do Chaves participaramMuita animação no

Clube Thalia

Aline de Neve e os Anões da Manuten-ção do Batel, o grupo mais animado

Page 13: A Grande Marcha Feminina

13

www.redevita.com.br

Crianças que nasceram no dia de aniversário da Maternidade: Júlio Cesar Taranto Azevedo (esq.)

em 2005, Pedro Santos Pereira Braga em 2006, Maria Eduarda Mesquita Campos em 2007 e Bruna Nascimento de Freitas em 2008. Todas ganharam presentes e depois sopram juntas as velinhas do bolo comemorativo

Quem nasceu na semana do ani-versário ganhou uma camisetinha comemorativa

Marluce, supervisora da creche da Maternidade, entrega um kit especial para a mãe de um dos bebês que nasceu no dia do ani-versário

Muita Animação na Festa de Fim de Ano em Volta RedondaOs funcionários do Hospital VITA Volta Redonda comemoraram o fim de ano com um animado churrasco no Clube Laranjal, dia 19 de dezembro. Cerca de 400 pessoas compareceram à festa, que teve sorteio de diversos brindes, inclusive duas bicicletas, aparelhos de DVDs, jogos de toalhas, máquina fotográfica e outros. O ponto alto do evento foi a revelação de talentos, com o quadro “Se VITA nos 30”.

Maternidade faz Quatro AninhosNo dia 14 de fevereiro, a Maternidade VITA Volta Redonda celebrou seu quarto ano de existência. A comemoração foi um evento muito bonito e emocionante, que teve a presença de crianças que nasceram nessa data em 2005, 2006, 2007 e 2008. Todas as crianças que nasceram durante a semana receberam camisetinhas comemorativas, e as três que nasceram no sábado, dia do aniversário, ganharam também um kit especial com colcha, lençóis e fronhas. Houve um almoço especial para os plantonistas e o slogan da comemoração foi : “Assim como nossos bebês estamos apenas começando”. Parabéns!

Page 14: A Grande Marcha Feminina

14

www.redevita.com.br

CapaCapa

A Vitória FemininaHá algumas décadas a mulher vive um período inédito de liberdade e realização na história da humanidade; isso lhe trouxe muito mais satisfação, mas também uma sobrecarga

da educação deles às escolas e viver múltiplas jornadas de atividade. “Além disso, doenças metabólicas, cardiovasculares, síndrome do pânico entre outras enfermidades, que eram típicas dos homens, hoje acometem também as mulheres”, acrescenta.

Mas no fim das contas o resultado parece compensar amplamente: as mulheres podem ter carreiras profissionais, estudos universitá-rios, têm direito de voto e propriedade, além de independência legal, coisas que nos parecem naturais, mas pelas quais as mulheres preci-saram lutar por séculos.

Vida de Executiva

Executiva, mãe, esposa, amiga... Cristiane Pra-do, médica ginecologista e diretora médica da filial Paraná da AMIL, em Curitiba, é um exem-plo típico de mulher que vive diversos papéis ao longo de um dia normal em sua vida. “Para mim, ser mulher é ser super-homem quando o Sol nasce e cinderela quando a noite chega; acho que essa é a melhor definição da vida

da mulher de hoje”, diz Cristiane.

Sua rotina é acordar cedo, levar a filha à escola e começar a trabalhar às 7h30 ou 8h00. O expediente nunca termina antes das 20h e às vezes vai até mais tarde, no caso de um cliente ou a própria AMIL promoverem um evento, por exemplo. E por mais fatigada que

esteja, ao chegar em casa tem de estar de bom humor, para dar atenção e carinho para o marido e a filha.

Elas acordam e são mães: cozinham, orga-nizam, orientam, limpam, preparam, dirigem. Depois se transformam em trabalhadoras: fazem, analisam, realizam, refazem. Depois, são mães novamente, e esposas. Você deve conhecer muitas mulheres assim, talvez até mesmo você seja uma delas.

Essa nova forma de viver, ocupada, ativa, in-cessante, até mesmo estressante, certamente não é ruim, na verdade a maioria das mulheres gosta de toda essa atividade. Mas muitas se queixam da sobrecarga e de não conseguirem dividir as tarefas com os companheiros. Será que a mulher moderna não está exigindo muito de si mesma?

Ganhos e Perdas

Nos últimos duzentos anos, a mulher conquistou uma liberdade inédita na história da humanidade e passou a exercer as mesmas pro-fissões que os homens. “O que a mulher ganhou foi um papel de relevância na sociedade, o reconhe-

cimento pelo desempenho profissional muitas vezes

acima da média”, diz Mônica de Rezende, psicóloga do Hospital

VITA Volta Redonda. Estima-se que atualmente os cursos universitários tenham 25% a mais de mulheres que homens.

Mônica ressalta que os novos papéis forçaram as mulheres a tomarem decisões difíceis, por exemplo: adiar a maternida-de, conviver menos com os filhos e delegar boa parte

Raphaella Ropelato

Page 15: A Grande Marcha Feminina

15

www.redevita.com.br

“Essa agenda não é uma particularidade minha”, diz Cristiane; “acho que a maioria das mulheres de hoje aceitou essa jornada tripla”. Mas apesar do esforço, Cristiane não se sente infeliz ou estressada. Para ela, como para muitas outras mulheres, lidar com uma grande di-versidade de tarefas é muito mais prazeroso do que a inatividade.

Tripla Jornada

Ainda hoje, a brin-cadeira de casinha prepara as meninas para exercerem seus papéis de esposas e mães. Mas agora, além desses papéis, elas também desejam ter uma vida estudan-til e profissional de sucesso. “É como se a sociedade permitisse uma nova liberdade à mulher, contanto que ela continue exercendo todos os papéis que já exercia antes”, diz Ra-phaella Ropelato, psicóloga do Hospital VITA Curitiba. “E eu vejo muito no meu consultório mulheres que se sentem na obrigação de serem perfeccionistas, e não conseguem ser felizes se não dão conta de tudo”.

Com tantas obrigações e cobranças, a vida começa a ficar complicada e muitas mulheres se vêem estressadas, ansiosas, sobrecarrega-das. Para se sentir realizada a mulher busca ser boa mãe, boa profissional, atraente, casar, cuidar da família, ter vida social intensa, e até a sexualidade se torna mais um item de expectativas.

Ao contrário do que possa parecer, as mulhe-res mais ocupadas costumam se sentir mais satisfeitas, como indicam estudos da ISMA - International Stress Management Association (Sociedade Internacional de Gerenciamento de Stress). “Mesmo que a mulher tenha de fazer muitas coisas, ela tem a satisfação de enfrentar e administrar esses desafios”, diz Raphaella. Ela ressalta que cada mulher deve procurar o modo de vida que lhe traz satisfação, seja ser casada ou solteira, dona-de-casa ou executiva, ser mãe ou não ter filhos, buscar o que lhe faz feliz. “Não

existe um jeito certo ou errado de viver”, diz Ra-phaella. “O apoio psicológico serve para ajudar a mulher a sustentar suas decisões”.

“O importante é ser feliz. Todo esse tempo que a gente ocupa com tantas atividades, só vale a pena se a gente é feliz e eu estou muito satisfeita, não consigo ver nada de errado no meu estilo de vida”, diz Cristiane Prado. “O trabalho bem feito lhe realiza e lhe traz felicidade”, acrescenta.

Mais Diálogo

Hoje, a maioria das reclamações da mulher vem do ambiente doméstico, do relaciona-mento com o marido ou companheiro. “Muitas mulheres se queixam de estarem sobrecar-regadas e não terem apoio do homem”, diz a psicóloga Mônica; “e para resolver isso é preciso mais diálogo”. Para ela, frequentemente os casais não conversam com assertividade, e não falam sobre o que lhes incomoda, para evitar conflitos, o que acaba gerando brigas e separações. “Além disso, o homem hoje tem um pouco de medo do sucesso da mulher moderna”, diz Mônica.

De fato, ainda são poucos os homens que aceitam dividir as tarefas domésticas com a

mulher, o que gera muitas queixas. Para a psicóloga Raphaella Ropelato falta comunica-ção entre homens e mulheres; além disso, ela reconhece que as mães poderiam contribuir bastante para a evolução dos relacionamen-tos dando uma educação menos machista aos seus filhos. Ainda hoje, na maioria dos lares, os meninos são poupados das tarefas domésticas.

Testemunha das Conquistas

Quando Bergonsil de Oliveira Magalhães morava em Ubá (MG), as únicas profissões aceitáveis para as mulheres eram ser pro-fessoras ou donas-de-casa. “Meu pai dizia: ‘mulher é do lar’, mas eu queria trabalhar fora, no comércio, no escritório”, conta Bergonsil. Quando a família toda se mudou para Volta Redonda, em 1943, Bergonsil aproveitou a oportunidade: fez um curso de datilografia e conseguiu um emprego na administração da construção da cidade, que era uma espécie de Brasília da época, uma cidade construída a partir do zero para dar suporte à Companhia Siderúrgica Nacional.

Bergonsil conseguiu a transferência para o setor de compras do escritório central da CSN em 1949. “Três anos depois, pela facilidade

Cristiane PradoMonica de Rezende

Page 16: A Grande Marcha Feminina

16

www.redevita.com.br

CapaCapa

que eu tinha naquele trabalho, eu seria de-signada compradora”, conta Bergonsil. “Mas um diretor disse que mulher só poderia ser secretária”. Nessa época, surgiu uma opor-tunidade no Hospital da CSN (hoje Hospital VITA Volta Redonda) como chefe de seção, no setor administrativo. “Eu chefiava um quadro de pessoal formado na maioria por homens”, conta Bergonsil, “e um deles ao saber da mi-nha designação se revoltou e imediatamente pediu transferência, dizendo que não aceitava receber ordens de uma mulher”.

Ela prosseguiu sua carreira na CSN como chefe de seção, depois chefe de divisão e subs-tituta do administrador. E se aposentou com 32 anos de serviço em 1975. Hoje, ela é vice-presidente da Associação dos Aposentados de Volta Redonda, que reúne 45 mil associados e pensionistas. “Nos anos 1950, as mulheres começaram a usar calças compridas”, conta Bergonsil. “Eu própria usava, mas quando eu precisava ir ao escritório central da CSN, tinha que primeiro passar em casa, trocar de roupa, porque havia um administrador que não admitia que mulheres usassem calças compridas”. Para Bergonsil, hoje as mulheres vivem muito melhor, podem estudar, são maioria em profissões onde antes só havia homens, conquistam destaque. “Tive o prazer de conhecer, em 1989, a presidente da CSN na época, Maria Sílvia Bastos Marques”, conta Bergonsil. “Estou feliz de ver todas essas con-quistas da mulher”.

Vaso grego (420-400 AC)

Agripina, mãe de

Nero

Resumidíssima História Ilustrada das Conquistas FemininasI Grécia Antiga

Em Atenas, as mulheres não eram consideradas cidadãs, ou seja, não tinham direitos políticos nem jurídicos. As mu-lheres casadas passavam reclusas a maior parte do tempo e se dedicavam a tarefas domésticas. Raras escapavam à condição de submissão, como Aspásia de Mileto, mulher de Péricles, que era muito influente, promovia reuniões literárias e participava do debate político. Em Esparta, as mulheres tinham um pouco mais de liberdade, podiam praticar exercícios físicos e participar de jogos.

II Roma Antiga

As romanas tinham maior liberdade e mais direitos que as gregas. Por exemplo: tinham acesso ao teatro e aos tribunais, podiam se movimentar livremente e eram consideradas as verdadeiras donas da casa, com poder sobre os escravos. Há notícias de mulheres literatas e com prestígio social e político. Muitas romanas da nobreza ficaram famosas por sua influência no império: Lívia, mulher de Augusto e mãe de Tibério, Messalina, mulher de Cláudio, Agripina, mulher de Cláudio e mãe de Nero e outras.

III Idade MédiaNa Idade Média, a situação das mulheres decaiu bastante, em boa parte devido ao pensamento religioso vigente. As mulheres eram basicamente geradoras e criadoras

de filhos, absolutamente subordinadas aos homens e mantidas em casa. O trabalho era pesado e incluía fazer roupas desde a matéria-prima e também produção de comida. Apesar disso, datam dessa época as mais antigas idéias feministas. Christine de Pizan (1365-1430), autora de tratados de política e filosofia, publica “Cidade das Damas”, onde fala da igualdade entre os sexos

IV RenascimentoComo na Idade Média, as mulheres do renascimento não

tinham direitos políticos e estavam legalmente sujeitadas a seus maridos. As que não se casavam, frequentemente entravam para um convento. Muito raramente, mulheres da nobreza tinham a chance de se distinguir e alcançar a fama, ainda que não a independência. Lucrécia Bórgia, a filha de Rodrigo Borgia, que se tornaria Papa Alexandre VI, foi uma delas. Ela se tornou famosa devido aos vários casamentos arranjados para que a Igreja e a família estendessem seus domínios.

V Revolução Francesa

Desde o início da Revolução Francesa, as parisienses tiveram um papel importante. Elas tinham famílias a

Christine de Pizan

Lucrécia Bórgia

Marcha para Versalhes

Bergonsil de Oliveira Magalhães

Page 17: A Grande Marcha Feminina

17

www.redevita.com.br

alimentar e estavam prontas a lutar por pão. A queda da Bastilha acontecera em 14 de julho; em 5 de outubro de 1789, uma multidão de mulheres começou a se formar no mercado parisiense. No dia seguinte, cerca de 7 mil delas marcharam para Versalhes e forçaram o rei e a família real a virem para Paris. Na Revolução Francesa, as mulheres buscaram obter para si os mesmos direitos que os homens, como voto, propriedade e direitos civis..

VI Origens do Dia da MulherHá controvérsias a respeito da escolha do dia 8 de março como Dia Internacio-nal da mulher. A data é frequentemente atri-buída ao incêndio da companhia Triangle Waist Company, que realmente ocorreu e causou a morte de 126 operárias. Mas a tragédia aconteceu no dia 25 de março de 1911 e não no dia 8. A única origem documentada vem da União Soviética: em 1921, a data foi declarada “Dia Internacional da Mulher Trabalhadora”, em homenagem ao primeiro protesto feminino contra o Czar, em São Petersburgo, em 8 de março de 1917, às vésperas da Revolução Russa..

VII As Suffragettes

No final do século XIX, as feministas não estavam conse-guindo alcançar seus objetivos por meios pacíficos, entre eles a conquista do direito de voto, e muitas passaram a defender ações mais enérgicas. Esses grupos se tornaram conhecidos como as suffragettes (da palavra sufrágio, sinônimo de voto) e seu lema era “Atos, não Palavras”. As suffragettes se acorrentaram a trilhos, interromperam assembléias e danificaram equipamentos públicos. Em 1913, Emily Davison morreu ao se jogar sob o cavalo do Rei da Inglaterra.

VIII Voto Feminino no BrasilEm 1927 o Rio Grande do Norte tornou-se o primeiro Estado a permitir o voto feminino. No ano seguinte, Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lages (RN). Ela foi a primeira prefeita brasileira e sua eleição foi notícia em jornais

dos Estados Uni-dos, Argentina e Uruguai. No país todo, as mulhe-res conquistaram o direito ao voto em 1932, mas mulheres casa-das só poderiam votar com autori-zação do marido. Essas restrições foram eliminadas em 1934, mas até 1946 apenas o voto masculino era obrigatório.

IX Novas Conquistas

Conquistado o direito de voto, ainda havia muitas outras batalhas para as mulheres brasileiras. O Estatuto da Mulher Casada, de 1962, estabeleceu o princípio do livre exercício profissional para a mulher casada. Em 1977, introduziu-se a Lei do Divórcio no Brasil. A mulher ganhou o direito de não adotar o sobrenome do marido ao se casar. Nos EUA, Betty Naomi Goldstein Friedan funda, em 1966, a Organização Nacional para Mulheres (NOW), com os objetivos: igualdade de oportunidades de emprego, direitos legais e políticos, mudança da imagem da mulher e outros.

X Desafios do Século XXI

A mulher brasileira ainda se ressente da diferença de salários e oportunidades de trabalho em relação ao homem. Segundo dados divulgados neste ano pela Confederação Internacional dos Sindicatos (ICFTU, em inglês), em média as mulheres brasileiras ganham 34% menos que os homens. A questão da violência contra a mulher também continua sendo muito grave. No dia 8 de março, uma manifestação reuniu centenas de pessoas no Rio de Janeiro, que pediam mais segurança, justiça e respeito à dignidade das mulheres..

Poster Poster soviético comemo-rativo do

Dia da Mulher de

1932

Suffragette inglesa

(cerca de 1910)

Alzira Soriano

Passeata pela libertação feminina em Washington (1970)

Page 18: A Grande Marcha Feminina

18

www.redevita.com.br

Túnel do Tempo

Nascido em 28 de abril de 1865, em Campanha (MG), Vital Brazil custeia os próprios estudos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, trabalhando como escrevente de polícia. Forma-se em 1891 e em seguida se muda para São Paulo. Em 1896, muda-se para Botucatu, cidade do interior de São Paulo, onde tem contato com as péssimas condições de saúde da população rural e testemunha um grande número de acidentes por mordida de cobra, o que o leva a se interessar pelo assunto. Para realizar suas pesquisas, ele começa a comprar cobras dos trabalhadores rurais e criá-las em casa. Na época, utilizava-se como remédio universal para mordidas de cobra o soro desenvolvido pelo cientista francês Calmette, a partir do veneno da cobra asiática naja.

A convite do também médico e pesquisador Adolpho Lutz, Vital Brazil abandona a atividade clínica, em 1898, e passa a trabalhar no Instituto Bacteriológico de São Paulo, atual Instituto Adolpho Lutz. Ao combater uma epidemia de peste bubônica em Santos (SP), em1899, Vital Brazil contrai a doença, mas sobrevive. Ele é então encarregado pelo Governo do Estado da criação de um centro para produção de vacinas contra a peste bubônica. Em 1901, na Fazenda Butantan, distante 9km da capital, é criado o Instituto Serumtherápico, hoje chamado Instituto Butantan, sob o comando de Vital Brazil. Nesse mesmo ano, ele inocula animais com venenos de serpentes brasileiras, como jararaca e cascavel, e tenta tratá-los com o soro de Calmette, mas os animais morrem. Vital Brazil produz então soros específicos para venenos de jararaca e cascavel, e consegue salvar as cobaias. Em 1905, inicia a produção de soro antidiftérico e passa a estudar insetos peçonhentos como o escorpião e as aranhas. Ele publica o resultado de seus estudos no livro “A Defesa Contra o Ofidismo”, em 1911, que é publicado em diversos países.

Vital Brazil: O Cobra da PesquisaO médico mineiro ficou conhecido internacionalmente pela descoberta de que o veneno de cobra deveria ser tratado com soro específico para cada espécie

Instituto Butantan em 1914

Durante uma visita a Nova York, em 1915, Vital Brazil é chamado para socorrer um empregado do Jardim Zoológico do Bronx Park, que havia sido mordido por uma cobra Crotalus atrox, do Texas. Todas as tentativas de salvá-lo já haviam sido feitas, inclusive aplicação do soro de Calmette, sem sucesso. O acidente aconte-cera há 36 horas, e o estado do paciente era desanimador. Vital Brazil havia levado para os eventos científicos algumas amostras de soro da cascavel (Crotalus terrificus), cobra do mesmo gênero da que picara o funcionário do zoo, e recomenda usá-las. Em seis horas, o paciente começa a melhorar e em 12 horas é considerado livre de perigo. Esse epi-sódio foi amplamente divulgado e tornou famosos, internacio-nalmente, Vital Brazil e a descoberta do soro antiofídico es-pecífico.

Em 1917, ele abre mão da patente de soro antiofídico em benefício da popu-lação brasileira. Vital Brazil foi um dos pioneiros na alfabe-tização de adultos. Ele criou uma escola ao lado do Butantan, onde de dia as crian-ças estudavam, e à noite os adultos fun-cionários do instituto aprendiam a ler e es-crever. Também inventou métodos de captura de cobras e uma caixa para transportá-las que é utilizada até hoje.

Túnel do Tempo

Vital Brazil

Extração de veneno no Instituto Butantan

Capa de “A Defesa Contra o Ofidismo”, de 1911

Fontes: Instituto Vital Brazil, Museu Vital Brazil, Instituto Butantan, Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP, site Tópicos Selecionados de História da Medicina e Linguagem Médica.

Page 19: A Grande Marcha Feminina

19

www.redevita.com.br

Em RedeEm Rede

Francisco Naruke

Pacientes Conectados à WebHospitais da Rede VITA oferecem a pacientes e familiares acesso sem fio à Internet por rede Wi-Fi

Pacientes e visitantes dos hospitais VITA Curitiba, VITA Batel e VITA Volta Redonda já podem des-frutar do acesso à Internet sem fio, em seus próprios computadores portáteis, através de rede Wi-Fi disponibilizada nas três unidades. É uma como-didade que os pacientes e familiares solicitaram, e que lhes permite mais opções para se divertirem, se comunicarem e até trabalharem.

O Hospital VITA Batel oferece acesso à Internet em banda larga por rede Wi-Fi há dois anos. “Os pacientes utilizam bastante”, diz Melissa Pacheco Santana, gerente de logística do hospital, “tanto para trabalhar como para se

divertir”. No VITA Batel, o acesso é disponibilizado gratuitamente em áre-as como apartamentos, lanchonete e recepção, e para usá-lo basta que o paciente ou visitante so-licite um cartão de acesso. “Já vi pacientes até mes-mo fazendo videoconfe-rência”, diz Melissa.

Os apartamentos, áreas de espera e recepção do Hospital VITA Curi-tiba também oferecem

acesso sem fio à Internet, para pacientes e visitantes que solicitam senha. “Os médicos utilizam com frequência”, conta Adriano Car-valho, gerente de logística do VITA Curitiba. Adriano considera o acesso à Internet um grande conforto para o paciente: “Assim, ele

pode manter mais contato com a família e os amigos através da rede, o que favorece seu bem-estar e recuperação”.

O Hospital VITA Volta Redonda acaba de inaugurar sua rede Wi-Fi, que fornece acesso sem fio à Internet nos apartamentos e locais de circulação dos visitantes. Inaugurada no final de fevereiro, a rede pode ser acessada livremente, sem necessidade de senha: “Pela nossa localização, só quem está no hospital vai conseguir acessar, por isso não vimos ne-cessidade de solicitar senha”, explica Luciene Esperança, coordenadora de Tecnologia da Informação do Hospital VITA Volta Redonda. Segundo ela, a rede Wi-Fi foi uma solicitação dos pacientes, principalmente daqueles que ficam internados por períodos mais longos. “Ano passado até improvisamos acesso à Internet cabeado para um paciente jovem que nos solicitou”, conta Luciene, “mas isso agora não será mais necessário”.

Logística na Cadeia de Suprimentos:Uma Perspectiva GerencialAtravés de contratos negociados de forma centralizada, a Rede VITA obtém um gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos

Falhas na cadeia de suprimentos podem ser amplamente danosas para organizações hos-pitalares; entretanto, esses problemas estão se tornando cada vez mais comuns na área da Saúde. É na atual dinâmica de rápidas trans-formações no ambiente de negócios, sobretudo nessa área, que são criadas demandas cada vez maiores em: fornecer produtos e serviços de forma ágil e de modo pontual, com maior valor agregado e níveis mínimos de estoque.

Segundo Francisco Naruke, coordenador de suprimentos e contratos do Grupo VITA, com o gerenciamento da cadeia de suprimentos os hospitais do Grupo entregam seus produtos e serviços ao cliente interno, numa rede interligada, solucionando problemas de planejamento e ge-renciamento, através de sistema informatizado. Tal sistema permite à empresa administrar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência.

Entre os resultados esperados de um geren-ciamento adequado da cadeia de suprimentos estão: redução de custos, aumento da eficiência, ampliação de lucros, melhoria no tempo de ciclos da cadeia de fornecimento, estabelecer parcerias de fornecimento com as empresas abastecedo-ras, manter o menor estoque possível, obter o produto no local e quantidade certos.

Partindo do conceito de parceria entre fornece-dores e clientes, as ferramentas adotadas pelo Grupo VITA são os contratos negociados de forma centralizada, com flexibilidade necessária à satis-fação de ambos, e o portal eletrônico de compras. “Deste modo, garante-se uma resposta rápida e eficaz a qualquer situação que se coloque, seja de estratégia ou operacional”, diz Naruke.

Segundo ele, para o bom funcionamento da Logística da cadeia de suprimentos, é fun-

damental a integração desses conjuntos de soluções, automatizadas através da tecnologia de informação. Pois só assim será possível obter maior vantagem estratégica e competitiva.

Page 20: A Grande Marcha Feminina

20

www.redevita.com.br

Em RedeEm Rede

O Centro Cirúrgico do Hospital VITA Volta Re-donda acaba de passar por uma importante reforma, que além de modernizar o sistema de climatização, objetivo principal da obra, também permitiu ampliar o número de salas cirúrgicas de seis para oito. A obra foi realizada no prazo recorde de dois meses, de 1º de de-zembro a 31 de janeiro últimos, sem que fosse necessário suspender ou adiar procedimentos. Com a reforma, o Centro Cirúrgico também passa a atender plenamente a norma RDC 50, do Ministério da Saúde.

Segundo Deumy Rabelo, superintendente do Hospital VITA Volta Redonda, além dos bene-fícios de conforto e segurança proporcionados pela reforma, as duas novas salas cirúrgicas permitirão uma maior flexibilidade de horários para os cirurgiões, e prepararam o hospital para uma maior demanda. “O maior desafio enfrentado durante as obras foi garantir que nenhuma cirurgia fosse cancelada ou deixasse de ser agendada”, diz Rabelo. Ele ressalta o apoio dos médicos, que contribuíram para que as cirurgias prosseguissem normalmente, apesar das restrições durante a reforma.

Diversas melhorias foram implementadas, para dar mais conforto e segurança a médicos, funcionários e pacientes. Foi instalado piso

Está Pronto o NovoCentro Cirúrgico de VREm dois meses o Centro Cirúrgico do Hospital VITA Volta Redonda recebeu melhorias que vão do piso ao teto e ganhou duas novas salas de cirurgia

Fluxo laminar sobre a mesa de operações

vinílico nas áreas comuns e piso vinílico condutivo nas salas cirúrgicas; o teto recebeu forro con-tínuo em todo o bloco, que oculta o sistema de refrigeração e outros dutos; toda a unidade foi pintada com tinta lavável, específica para ambientes hospitalares, conforme a norma RDC 50.

Todas as janelas de vidro comum e esquadrias de alumínio foram substitu-ídas por janelas de vidro blindex temperado e laminado. Elas têm persianas entre as lâminas de vidro, o que, além de evitar o acúmulo de poeira, serve como isolante acústico. A ilumi-nação natural proporcionada pelas janelas traz conforto e humaniza o ambiente.

Climatização

Os novos equipamentos de climatização substituem os antigos aparelhos de ar-condi-cionado presos às paredes. Eles dispõem de filtragem absoluta, com alta capacidade de troca de ar, graças à ventilação e exaustão me-

Teto rebaixado e tubulações de gases medicinais

cânicas. Conta, também, com um fluxo laminar de ar em torno da mesa de operações.

Os trocadores de calor, condensadores e filtros do novo sistema de climatização estão instala-dos fora do centro cirúrgico, em uma plataforma construída no teto do hospital, especialmente para esse fim. Para garantir a qualidade do ar e evitar impurezas, os filtros do sistema estão sob manutenção constante.

Grandes melhorias também foram feitas nos aspectos de instalações elétricas e iluminação. A rede elétrica, com novos painéis de distribuição e tomadas, está acima das necessidades atuais, já prevendo a demanda futura. A iluminação de todo o bloco agora está embutida no forro e é feita com luminárias antiqueda, anti-explo-são e anti-reflexo, o que aumenta o conforto visual de todos, principalmente de pacientes e funcionários.

A rede de gases medicinais passou por uma readequação, feita após consulta a médicos anestesistas e enfermeiros, que ajudaram a garantir a funcionalidade do sistema. O sistema de monta-carga, elevador que liga o centro cirúrgico ao setor de esterilização, também foi revitalizado. A telefonia foi renovada e a comunicação de dados foi preparada para, futuramente, permitir a exibição de imagens digitalizadas de tomografias, ressonâncias e radiografias, além de outras informações mé-dicas, nas próprias salas de cirurgia.Novas luminárias evitam

ofuscamento

Janelas têm persianas embutidas

Page 21: A Grande Marcha Feminina

21

www.redevita.com.br

Em RedeEm Rede

Os hospitais da Rede VITA cole-

tam variados tipos de dados diariamente, a partir dos quais é possível avaliar a qualidade assistencial que está sendo prestada. Com o objetivo de reunir essas informações e visualizar tendências, en-trou em funcionamento desde o ano passado o Núcleo de Gerenciamento de Segurança Assistencial (NGSA). Em Curitiba, o NGSA é coordenado pela médica Marta Fragoso, e atende os hospitais VITA Batel e VITA Curitiba. Em Volta Redonda, a responsável é a enfer-meira Fernanda Felippe.

Em ambas as cidades, o NGSA é composto pelo Núcleo de Controle de Infecção Hos-pitalar, Núcleo de Epidemiologia Hospitalar, Controle de Processos e Protocolos Assisten-ciais (CPPA) e Serviço de Estatística e Arquivo Médico (SAME). Desses quatro elementos, o único novo é o CPPA; os demais já existiam an-teriormente. “O CPPA tem o objetivo de criar e garantir a adesão aos protocolos assistenciais,

ou seja, aos métodos padronizados que adota-mos no encaminhamento dos pacientes pelas várias ‘rotas’ de atendimento, dependendo de suas necessidades”, explica Fernanda.

Esse mar de siglas pode parecer incompre-ensível, mas significa, basicamente, que os hospitais estão observando atentamente o que acontece dentro deles e procurando saber o que pode ser melhorado. “A partir da implantação do NGSA, as ocorrências passam a ser registradas e avaliadas”, explica a epide-miologista e infectologista Marta Fragoso. Por exemplo, se um tipo de cirurgia prevê alta em cinco dias, mas os pacientes só estão tendo alta em uma semana, o NGSA irá identificar isso, e investigar a causa destes dois dias a mais, que pode estar nos medicamentos, alimentação, fisioterapia, etc.

Segundo Fernanda, o NGSA, além de contri-buir para uniformizar as ações nos hospitais, também ajuda a alinhar essas atividades às melhores práticas em uso nos hospitais

modernos. “É bastante trabalhoso, mas gra-tificante”, garante. As informações reunidas pelo NGSA em Curitiba já deram origem até a trabalhos científicos, apresentados no 11º Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, em novembro, no Rio de Janeiro; e no 18º Congresso Mundial de Epidemiologia e 7º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em setembro, em Porto Alegre.

Um Núcleo Atento a TudoO NGSA reúne informações de diversas fontes, identifica tendências e sugere melhorias assistenciais

O Dono da VozEle adora cantar e caminhar em Curitiba; conheça o perfil do talentoso Adriano Carvalho

Adriano Carvalho, gerente de logística do Hospital VITA Curitiba, precisa estar em toda parte ao mesmo tempo: na sua função, ele é responsável por administrar os muitos detalhes de projetos em andamento e serviços que estão sendo estruturados. “É uma área com-plexa e dinâmica, que aprecio muito”, comenta Adriano. Isso faz com que ele seja uma das pessoas mais conhecidas da Rede VITA em Curitiba, onde trabalha desde 1996. Apesar disso, ele chega a ser mais conhecido por outra característica marcante: sua bela voz.

“Eu canto há muito tempo”, conta Adriano. “A música é uma coisa que me completa e me faz bem”. Seja num karaokê com os amigos, seja em casa, seja num evento social, Adriano não perde oportunidade de mostrar a voz. “Tentei aprender violão e piano, mas sem sucesso”, confessa Adriano. Decidiu então dedicar-se totalmente à voz: fez aulas de técnica vocal e canto, que ajudaram a se aperfeiçoar. Ele

participa do trio vocal Can-teia, de música brasileira, que canta clássicos da MPB em eventos; mas ele não se considera um cantor profis-sional: “É mais um hobby, eu simplesmente gosto de can-tar”, diz Adriano. Em eventos do hospital, como a SIPAT, a Semana de Enfermagem e outros, ele sempre é convidado para se apresentar.

Conhecido entre os colegas pela gentileza e edu-cação, Adriano busca tratar bem a todos, o que faz com que seja muito estimado e respeitado. Adriano é formado em Economia pela Univer-sidade Federal do Paraná, com pós-graduação em gestão de negócios. Quando entrou na Rede VITA, estava no primeiro ano da faculdade, que conciliou com o trabalho durante todo o curso. Para não perder o impulso de estudar, fez logo em seguida sua pós-graduação. Ele confessa gostar muito de estar na Rede VITA e ter um

verdadeiro amor pelo seu trabalho: “Não é a toa que estou aqui há doze anos”, brinca.

Para manter a forma, Adriano vai à academia três vezes por semana, além de caminhar pelas ruas de Curitiba sempre que tem oportunidade: “Adoro a cidade, ela nos dá uma qualidade de vida incomparável”. Ele fala inglês e espanhol, e está estudando francês. Seus dotes só não alcançam a cozinha: “Sou incapaz de fazer um ovo frito”, admite.

Adriano CarvalhoSigno: aquárioPrato preferido: cozinha italianaHobbies: música, caminhadasQualidade: bom humorDefeito: teimosia

Perfil

Page 22: A Grande Marcha Feminina

22

www.redevita.com.br

Presença PediátricaAconteceu de 19 a 21 de março a 9ª Jornada Paranaense de Terapia Intensiva e Emergência Pediátrica, na Sociedade Paranaense de Pediatria. O Hospital VITA Curitiba participou do evento com um estande, onde foram apresentados os serviços do complexo pediátrico do hospital.

Rônel é vovôRônel Mascarenhas, diretor médico do Hospital VITA Batel, está todo pro-sa com o nascimento do seu netinho Guilherme, essa coisinha sorridente na foto. A mãe é a Myrna, filha do Rônel, e o pai é o Marco Antônio Maxio Jones. Os avós são: Mônica Salles de Masca-renhas e Silva e Rônel Mascarenhas e Silva, Maria Augusta Maximo de Souza e Walter de Paula Jones.

A VoltaA enfermei-

ra Adriana Kraft acaba de retornar à Gerência

de Enfer-magem do Hospital VITA Curitiba. Por

dois anos ela atuou como

gerente de logística, e

agora volta a ficar próxima da assistência ao paciente, coordenando todo o corpo

de enfermagem.

Alegria em Dose DuplaNo dia 14 de fe-vereiro, o Hospi-tal VITA Curitiba comemorou o dia do Enfermo (11 fevereiro) com duas visi-tas muito legais: as Doutoras do Riso e os cachorros da

ONG Amigo Bicho. Os pacientes que quiseram puderam dar boas risadas com as comediantes e também brincar com os bichi-nhos. O Thunder até usou crachá!

Nova Escalação no BatelFoi uma substituição no tempo

regulamentar da partida: a Djeyse (esq.), que estava no Serviço

de Atenção ao Médico (SAM), foi transferida para a chefia de Governadoria, e a Ana Cláudia

assumiu o seu lugar no SAM.

Rodolpho CriativoO Grupo VITA agora conta com o apoio criativo, em São Paulo, do designer gráfico Rodolpho Dantas. Ele está traba-lhando na comu-nicação visual e

nas campanhas do Grupo. Rodolpho adora o que faz e não para de aprender. Depois de estudar Design, ele agora está no segundo ano do curso de publicidade e propaganda.

Parabéns Pra VocêsMarço é mês de aniversários. No dia 1º o Hospital VITA Volta Redonda completou 9 anos e no dia 22 foi a vez do Hospital VITA Curitiba completar

13 anos. Suas histórias estão repletas de conquistas, como a Acre-ditação em nível de Excelência em ambos os hospitais. Parabéns a todos que participaram dessas trajetórias.

Page 23: A Grande Marcha Feminina

23

www.redevita.com.br

Page 24: A Grande Marcha Feminina

24

www.redevita.com.br