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Anais da Jornada de Estudos Antigos e Medievais ISSN 2177-6687 1 A HISTÓRIA DA FÍSICA E SUAS INFLUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, COM UM ENFOQUE NO ENSINO DO ELETROMAGNETISMO. SILVA, Markos Vinícius (Pibid/PUC-Go) PEREIRA, Márcia Rezende (SEE-Go) Este projeto de pesquisa se encontra em desenvolvimento desde o inicio de 2011. Quando discutíamos as dificuldades encontradas no ensino de física, com um grau ainda maior de dificuldade tratando se do conteúdo visto em geral pelos terceiros anos, ou terceiro e quartos períodos do EJA. Nesta data encontravam se presentes os professores: Markos Vinícius, aluno de Física pela PUC Goiás (PUC GOIÁS - Pontifícia Universidade Católica de Goiás), e bolsista pela CAPES do projeto PIBID, a professora Marcia Rezende Pereira, professora titular de física e matemática da unidade de ensino CEJA, situado no setor universitário à rua 233 sem número, com formação pela UFG ( Universidade Federal de Goiás); e o também professor, aluno PUC do curso de Licenciatura Plena em Física e bolsista PIBID, Marcelo de Lousada Caboclo. Neste mesmo período, deu-se a iniciativa em criar meios para melhorar, ou quiçá, sanar este problema. Este foi o início de todo este trabalho que vem sendo desenvolvido no decorrer destes dois anos. Este artigo busca entre outras, fazer uma analise sobre como seria importante o desenvolvimento de uma metodologia de ensino de física contextualizada a historia, e outras matérias, disciplinas, que pudessem envolver todo o processo histórico cultural, existente, vivenciado para a chegada do tema em estudo, mostrando assim, ou pelo menos com uma expectativa do mesmo, não o conteúdo puramente dito, mas sim como se chegou a este conteúdo em estudo. Metodologia esta que viemos tentando desenvolver ao longo já de 14 (quatorze) meses, em duas escolas da rede estadual de ensino do estado de Goiás.

A HISTÓRIA DA FÍSICA E SUAS INFLUÊNCIAS NO … · método, que com o passar do tempo esse processo vai se refinando e se aprimorando cada vez mais em relação aos seus conceitos

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Anais da Jornada de Estudos Antigos e Medievais ISSN 2177-6687

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A HISTÓRIA DA FÍSICA E SUAS INFLUÊNCIAS NO

DESENVOLVIMENTO SOCIAL, COM UM ENFOQUE NO ENSINO

DO ELETROMAGNETISMO.

SILVA, Markos Vinícius (Pibid/PUC-Go)

PEREIRA, Márcia Rezende (SEE-Go)

Este projeto de pesquisa se encontra em desenvolvimento desde o inicio de

2011. Quando discutíamos as dificuldades encontradas no ensino de física, com um

grau ainda maior de dificuldade tratando se do conteúdo visto em geral pelos terceiros

anos, ou terceiro e quartos períodos do EJA.

Nesta data encontravam se presentes os professores: Markos Vinícius, aluno de

Física pela PUC Goiás (PUC GOIÁS - Pontifícia Universidade Católica de Goiás), e

bolsista pela CAPES do projeto PIBID, a professora Marcia Rezende Pereira, professora

titular de física e matemática da unidade de ensino CEJA, situado no setor universitário

à rua 233 sem número, com formação pela UFG ( Universidade Federal de Goiás); e o

também professor, aluno PUC do curso de Licenciatura Plena em Física e bolsista

PIBID, Marcelo de Lousada Caboclo. Neste mesmo período, deu-se a iniciativa em criar

meios para melhorar, ou quiçá, sanar este problema. Este foi o início de todo este

trabalho que vem sendo desenvolvido no decorrer destes dois anos.

Este artigo busca entre outras, fazer uma analise sobre como seria importante o

desenvolvimento de uma metodologia de ensino de física contextualizada a historia, e

outras matérias, disciplinas, que pudessem envolver todo o processo histórico cultural,

existente, vivenciado para a chegada do tema em estudo, mostrando assim, ou pelo

menos com uma expectativa do mesmo, não o conteúdo puramente dito, mas sim como

se chegou a este conteúdo em estudo. Metodologia esta que viemos tentando

desenvolver ao longo já de 14 (quatorze) meses, em duas escolas da rede estadual de

ensino do estado de Goiás.

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Objetivos

Temos como objetivo principal iniciar uma busca por novos meios de ensino,

principalmente das matérias voltadas às ciências exatas. Sugestionando em certos

momentos, e demonstrando alguns trabalhos que vem sendo desenvolvidos acerca desta

problemática.

Metodologia

Utilizamos dinâmicas envolvendo perguntas e respostas relacionadas as técnicas

de ensino. Esse trabalho, visa traçar um diálogos e trocas de ideias sobre o tema em

questão, e em algumas partes nos atrevemos até mesmo a fazer certas sugestões de

mudanças sobre o tema abordado.

Desenvolvimento

Com o objetivo de fazer uma breve analise sobre todo o processo ao qual se

desenvolveu a teoria Eletromagnética e as formas hoje utilizadas para o ensino do

eletromagnetismo, ou como os conteúdos abordados, os quais sejam, a eletricidade e o

magnetismo são conhecidos. Levantamos alguns questionamentos sobre, o método que

hoje é utilizado para ensinar tais matérias. Mesmo levando em conta toda tecnologia, e

conhecimento acumulado ao longo dos séculos, sabemos das dificuldades de

compreensão dos alunos em relação a este conteúdo. Será que temos um método

adequado para o ensino de matérias como esta? E como podemos contribuir para

melhorar os métodos que utilizamos no ensino e na aprendizagem destas matérias

atualmente?

Ao longo dos tempos observamos o imenso desenvolvimento tecnológico das

ciências da natureza, conhecidas também por ciências exatas, como a física a química, a

matemática, e as engenharias que no geral se desenvolveram de forma reveladora.

Apresentando a utilização de novas teorias e aplicações, surgindo aspectos inovadores a

todo o momento. O desenvolvimento e a aplicação destas novas teorias, tem

proporcionando o avanço tecnológico no campo da eletrônica. Garantindo, assim, o

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desenvolvimento sociocultural, de toda a população, uma vez que esta nova onda

tecnológica proporciona maior conforto e comodidade a todos. Esse salto no avanço

tecnológico tem favorecido a criação e o desenvolvimento de equipamentos capazes de

realizar trabalhos dotados de grande pericia, incapazes de serem produzidos pelo

homem com facilidade e precisão. Pois, se estes trabalhos fossem realizados pela força

humana exigiriam grande esforço braçal. Atualmente, o as máquinas, tem superado esse

esforço, realindo em menor espaço de tempo e em maior quantidade toda a produção.

Esse efeito ocorre por conta da criação e do desenvolvimento da automação industrial,

da mecatrônica e outras que se desenvolveram buscando sanar problemas como estes,

de domino braçal dificilmente realizável pelo homem, que demandam tempo e um custo

alto quando feitos manualmente.

Ao passo de todo este desenvolvimento cientifico, surge uma questão. Como o

ser humano transmite este arcabouço de conhecimento as futuras gerações? A resposta

nos parece obvia, esse processo de ensino e aprendizagem, nos parece acontecer por

meio do processo realizado nas escolas. À priori, as crianças tem contato com o saber,

um saber mais simplificado, ou menos carregado de informações e especificações que

neste momento inicial somente dificultariam a assimilação por parte das crianças. Com

o tempo, este conhecimento passa a ser mais elaborado e concreto, cercado por padrões

e parâmetros, algo que deixa de ser somente empírico e passa a se utilizar de um

método, que com o passar do tempo esse processo vai se refinando e se aprimorando

cada vez mais em relação aos seus conceitos e definições, levando a evolução gradual

por parte do aluno sobre os conteúdos. Ao final o conceito, referente a tudo que é

transmitido ao aluno, transforma-se, tornando-se novo método científico, acompanhado

por técnicas claras e imparciais, no que se refere aos resultados por eles obtidos. Este

método é aceito como forma de desenvolvimento científico e tecnológico, um

facilitador das transformações ao longo do tempo, que serão estudadas pelos alunos e a

partir desse princípio, a bagagem cultural desenvolvida pela humanidade ao longo dos

tempos terá que ser assimilada num período reduzido de tempo. Tendo que ser aceita e

compreendida por meio do modelo que são aplicadas na sociedade vigente, de forma

clara e concisa, sem preocupações quanto a forma ideal de aplicabilidade, ou da

sequência dos fatos. Esquecendo-se de traçar uma linha do tempo que respalde à

compreensão do processo e entendimento desses acontecimentos. Neste momento

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podemos pensar que; toda esta estrutura se mostra correta, quanto a forma de

transmissão de conhecimento. Uma vez que desde sempre se houve falar que a escola é

o único caminho para o desenvolvimento, o único meio de se chegar a algum lugar.

Precisamos de esclarecer que não descordamos com este fato, mas o que

queremos expor é que muitas vezes este tipo de pensamento, lógica, deixa se de se

buscar um caminho mais coerente, que vise conciliar o ensino e aprendizagem com a

capacidade do individuo. Sobre este ponto o que se pode dizer quanto a forma que este

conhecimento é transmitido nas escolas. Será que a relação aprendizagem se dá de

forma clara e sucinta ao aluno, e que este consegue sempre ao final de cada lição

conciliar o conteúdo estudado com os demais vistos anteriormente? Quando falamos nas

dificuldades de se ensinar, logo somos levados ao pensamento do ensino de matérias

abstratas, como é o caso da física e da matemática. Mas, como devemos então fazer para

amenizar esta problemática? E tornar o ensino destas disciplinas mais fácil e elaborado

para que haja melhor compreensão?

O primeiro passo, para atingirmos tal transformação na forma de transmissão do

saber, é darmos, entre outros, mas com um destaque especial no cenário histórico do

ensino, ou seja, olharmos para “traz”, para sabermos os erros que já foram cometido e

também os acertos para então, a partir dai buscar uma nova técnica, uma nova didática,

pois como já foi dito "Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-

la" (Ernesto Che Guevara). Observa-se atualmente que varias “novas” formas de ensino

e didática, são desenvolvidas e publicadas a todo instante, muitas vezes cercadas de um

estardalhaço da mídia desnecessário, que por razoes diversas se envolvem em meio a

mídia, mas quando olhamos atentamente vemos que são apenas releituras de um sistema

de ensino já existente, quando muito, são copias de modelos fracassados de outrora

reescritos sob uma nova roupagem.

É preciso realmente se criar um novo método, um novo modelo de ensino para

estas disciplinas, ou se não ao menos busca-lo de alguma forma, deixando-se de buscar

alcançar um modelo único de ensino a todas as disciplinas escolares, pois como

podemos ensinar de uma única forma matérias que não se mostram iguais muitas vezes

em nada. Ora como podemos ensinar de uma mesma forma, utilizando de uma mesma

“receita”, a poesia, por exemplo, algo metafisico que busca sua razão nos sentimentos e

a química, uma matéria física, onde sua razão é encontrada no método na forma com

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que se é feita a pratica. Este é o primeiro erro encontrado nas instituições de ensino;

buscar uma forma de ensino que sirva para todas as disciplinas, deixando de se observar

o que as tornam únicas, e distintas entre si. O que revela a beleza existente em cada uma

delas seja ela; história, física, química, ou qualquer outra, são suas peculiaridades, suas

distinções e nuances que as tornam únicas as demais.

Mas como individualizar, singularizar o método de ensino de uma matéria como

o eletromagnetismo por exemplo? Um começo interessante séria fazer uma “viagem”,

com o aluno sobre como se deu o desenvolvimento deste ramo do saber, qual o caminho

percorrido pelos homens que desenvolveram este conhecimento? A partir dai pode se

passar ao aluno uma maior noção de qual foi o processo para se chegar até o ponto atual

em que estamos, pois conhecendo o processo histórico relativo ao desenvolvimento da

eletricidade e magnetismo, o aluno será capaz de compreender com maior facilidade o

processo de funcionamento de um semicondutor, ou de um microchip, pois em sua

mente estará melhor organizado uma linha de raciocínio, referente ao desenvolvimento

de toda uma tecnologia, facilitando assim sua assimilação do conteúdo.

Outro passo importante a ser tomado é o abandono do uso exclusivo do quadro e

giz para o ensino, pois de nada custa ao professor, em uma aula onde se explica o que

são capacitores, por exemplo, trazer a classe alguns modelos de capacitores,

encontrados em qualquer lugar a baixíssimo custo, sendo que um conjunto com cerca de

vinte capacitores simples, deva custar cerca de R$ 6,00 (seis reais e zero centavos), e

proporcionara ao professor atenção e interesse total por parte dos alunos, além é claro

de tornar sua aula mais dinâmica e interativa. Ou seja, depende em muito do professor,

ou melhor do educador, buscar e se interessar em buscar novas formas de atenção do

aluno ao conteúdo.

Todo este conjunto de ações que muito pouco custa ao professor, senão uma

certa quantidade de esforço, interesse, e espirito de procura, que poderão levar a

educação, a uma real transformação, ou senão ao inicio de uma transformação

duradoura e positiva a todos

Como exemplo de professores que tentam fazer alguma mudança, podemos citar

os professores e autores do livro texto “Coleção Física em Contextos”, do professor

Mauricio Pietrocola; Alexander Pogibin; Renata de Andrade, e Talita Raquel Romero,

que com a publicação desta obra buscam trazer uma compreensão de todo o contexto

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envolvido a disciplina, deixando de apresentar em seu livro apenas um conjunto de

teorias sem uma maior explicação ou expressão de interesse ao aluno, apresentando

apenas conjuntos de formulas e equações abstratas, sem uma maior relação com a

realidade, sem citar exemplos de suas aplicações de algo próximo ao cotidiano do

estudante para que este se envolva e queira saber por exemplo como ou por que foram

criadas determinadas situações problemas. Mas, trazendo em sua obra uma

interdisciplinaridade com outras matérias que ajudam o aluno a relacionar o fato ali

exposto a fatos contidos em sua vida, trazendo um motivo a mais para que este aluno

busque o estudo, uma vez que esta matéria passa a fazer parte do seu dia a dia. Vale

lembrar que a linha do tempo presente no inicio deste texto foi extraída do livro acima

citado, o que nos mostra, exemplifica, com é possível trazer ao aluno uma visão ate

mesmo divertida sobre os caminhos da física ao longo do tempo, o que nos induz a uma

aprendizagem um pouco menos dotada de formalismos, mas sim sendo descontraída e

dispersiva de curiosidades tais como saber quais as relações existentes entre os grandes

filósofos e a física, estabelecendo assim uma relação forte entre os temas tratados na

filosofia, historia e sociologia referentes aos grandes filósofos da antiguidade, pintores e

autores da idade contemporânea, entre outras figuras a ciência física.

Podemos fazer uma analise longa e demorada, a qual demandaria grande

desgaste ao leitor, por se tratar de um tema, assunto, que quando muito prolongado

torna-se maçante, enfadonho. Por isso buscamos neste trabalho não ficarmos fazendo

longas e cansativas analises sobre toda a problemática acerca todo este tema, mas sim

buscar uma nova abordagem para o ensino do eletromagnetismo, para que sobre esta

nova abordagem possamos fazer uma analise sobre o quão viável sua utilização, mesmo

a nível experimental.

Para evitarmos delongas vamos então expor nova técnica de abordagem

metodológica, ao ensino de física. Nesta nova abordagem, nos propomos analisar esse

processo, retomando ao início da revolução industrial. Notando que neste período era

necessário a aceleração da formação de engenheiros, para a grande demanda de mão de

obra qualificada á produção de equipamentos, já era utilizada, aplicada, nas academias

existentes tal técnica, mas sem o uso de um tratado pedagógico mais rigoroso, onde se

buscasse associar conteúdos diversos das áreas do saber para assim transmitir melhor

este conhecimento.

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Esta “nova” abordagem tem como principal objetivo aliar pratica á teoria, ou

seja, trabalhar em sala de aula utilizando duas linhas distintas; uma primeira teórica

referente ao conteúdo encontrado em textos acadêmicos, os pesados livros que são

largamente utilizados pelas universidades de todo o mundo, onde normalmente se

esquece de associar abstrações do conteúdo tratado, expondo o conteúdo de uma forma

fria e desprovida maiores encantos, atrativos ao estudo. E uma segunda abordagem

referente á prática, exposição propriamente dita, do conteúdo trabalhado, associado a

uma interdisciplinaridade com matérias como historia, geografia e sociologia, com um

maior enfoque na historia, dando destaque ao momento histórico cultural vivido no

período em que se desenvolveu o tema em analise. Tudo isto com o intuito, de que, se o

aluno conseguir associar em sua mente um ponto na historia vinculado ao assunto

estudado dificultara com que o mesmo se esqueça do que foi estudado, e ao mesmo

tempo, expandindo seus horizontes, impedindo com que este se torne futuramente um

grande doutor incapaz de fazer uma mínima analise sobre qualquer tema que não seja

aquele alvo de seus estudos acadêmicos, como exemplo citamos um médico que tanto

se especializa em determinada área que tornasse incapaz de diagnosticar com certeza e

precisão uma simples gripe, por não estar relacionado ao seu tema de trabalho.

Com base nesta problemática e no intuito de se obter resultados favoráveis na

aplicação desta nova abordagem de ensino, iniciamos em meados de 2011 um trabalho

no CEJA, Centro de Ensino para Jovens e Adultos, a principio contávamos com o apoio

do Pibid (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - Pibid) para darmos

desenvolvimento ao projeto, este como sendo um subprojeto do Pibid-Física. Nosso

intuito era provar a eficácia deste método em questão, iniciamos então da seguinte

forma:

Ao menos uma vez ao mês tínhamos de realizarmos experimentos de

fácil demonstração e execução aos alunos, para que os mesmos pudessem ver, constatar,

de que forma se dava as aplicações do conteúdo que até então era apenas visto na teoria.

Outra ação desenvolvida foi a presença sempre de pelo menos dois

professores em sala de aula, para que assim se pudesse ter uma analise mais detalhada, e

sob variados pontos de vista sobre o desenvolvimento dos alunos.

Aulas de reforço foram oferecidas e também foram trabalhados textos

interdisciplinares ao conteúdo da forma mais variada possível, tratando-se estes testos

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desde a relação da produção de tintas a eletricidade, ao envolvimento do processo de

eletrização a impressão de fotos.

Os tópicos acima citados foram definidos como sendo obrigatórios a realização,

para que desta forma se pudesse ter um mínimo de controle possível quanto aos fatos a

serem analisados para avaliação do sucesso ou falha do projeto.

Embora não possamos expressar ainda de forma clara os resultados obtidos,

podemos dizer que os mesmos tentem a um resultado positivo e quiçá acima das

expectativas definidas. Mas que por hora devemos aguardar a formação de mais dados.

Com o intuito de se comparar, o grupo acima citado a um grupo externo, de

controle, para que desta forma se evita-se o levantamento de duvidas sobre a idoneidade

do projeto e também quanto a ideia de como teria sido o desenvolvimento desta

pesquisa em um grupo de alunos regulares do ensino fundamental e médio, e também

devido a escassez de unidades de ensino EJA que funcione no período matutino ou

vespertino, intervalo de tempo este em que se executa nosso projeto, em funcionamento

integral, optou-se pela criação de um segundo grupo de controle e analise, dotados com

cerca de 30 alunos que foram divididos em dois agrupamentos, A01 e A02, sendo que

estes agrupamentos continham respectivamente alunos do ensino Fundamental II, e dos

8ª, 9ª e um primeiro ano do ensino médio.

Com a ideia de se criar um grupo paralelo ao já definido, para desta forma

podermos comparar as suas realidades, e seu desenvolvimento, embora se difiram em

muito uma realidade da outra. Desta forma deu se iniciou a uma nova etapa neste

trabalho de pesquisa, sobre como se daria o desenvolvimento de certos grupos de alunos

das séries de 8ª, 9ª e 1ª anos do Colégio Estadual José Lopes Rodrigues, situado em

Aparecida de Goiânia, no setor Garavelo, em relação ao ensino de Eletricidade e

magnetismo, por meio de aulas dinâmicas envolvendo características já citadas

anteriormente, com a utilização de experimentos e apetrechos para a exemplificação do

conteúdo, apresentação de textos e trabalhos que envolvem a interdisciplinaridade com

matérias das disciplinas de Matemática e História, que citem, ou expliquem sobre o

eletromagnetismo, e uma relação entre a física e a eletrônica básica, como meio de

relacionar os temas estudados com aplicações praticas. Tudo isto com o intuito de se

comparar os resultados obtidos da aprendizagem dos alunos expostos a estas aulas com

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alunos pertencentes ao CEJA, que como dito, já foram e ainda estão sendo expostos ao

programa.

Os resultados parciais obtidos, deste segundo grupo, uma vez que o projeto se

encontra em desenvolvimento inicial nesta nova fase, mostram-se além do esperado,

sendo que os alunos expostos as aulas reestruturadas demonstram resultados com cerca

de quarenta por cento superiores ao esperado. Vale a ressalva de que todo o trabalho

realizado vem sendo documentado por meio de fotos, planos de aula, e avaliações

realizadas pelos alunos, de ambas as unidades escolares, mas que afim de se preservar a

imagem dos alunos envolvidos na pesquisa, não serão apresentados aqui nenhuma foto

ou similar.

Com a integração deste novo grupo de analise situado no Colégio José Lopes,

achou se mais condizente iniciar um novo ciclo, uma nova etapa, seguindo as mesmas

diretrizes outrora definidas, mas entre outras coisas iniciando do ponto zero as

atividades com os dois grupos, do CEJA e do Jose Lopes. Como parte da primeira etapa

desta nova etapa do projeto foi criada uma turma, como dito anteriormente, com cerca

de 15 alunos, do oitavo e nono ano do fundamental II, que foram expostos a aulas

semanais de três horas cada, geralmente realizadas nas quartas feiras, no horário de sete

horas e trinta minutos ás dez horas e trinta minutos, com um período de intervalo de

quinze minutos, realizado as nove horas e zero minutos. Após três meses de

desenvolvimento deste trabalho, será feita uma analise comparando se os resultados

obtidos com alunos do terceiro período do ensino de jovens e adultos, da unidade de

ensino CEJA.

Para então, posteriormente, uma vez que esteja em mãos uma analise

comparativa feita acerca estes dois grupos possamos tirar conclusões, esperamos que

estas se mostrem positivas quanto as vantagem de se utilizar esta nova abordagem do

ensino da Física. E se caso contrario, esta analise se mostre negativa, possamos ter uma

base dos acertos e erros para novamente buscarmos caminhos para solucionar esta

problemática já exposta anteriormente.

Com o intuito de clarearmos a ideia de como será feita esta abordagem em sala

de aula em vias de fato, vamos expor aqui alguns exemplos para clarearmos mais esta

ideia de dupla abordagem ao mesmo tema em sala de aula. Em uma aula de Analise

vetorial, primeiro tema estudado em um curso de eletromagnetismo, ou eletrônica

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básica, um tema bastante difícil por ser extremamente abstrato e escasso de exemplos

práticos. Mesmo neste caso poderíamos analisá-lo e expolo ló aos alunos com exemplos

referentes aos campos magnéticos formados por um imã nas proximidades de limalha,

lembrando que limalha trata-se do pó de ferro, este mesmo pó que ao entrar em contato

com um imã expõe os campos magnéticos ali existentes, uma vez que a limalha se

alinha ao campo magnético formado pelo imã.

Outro exemplo que podemos aqui expor, trata-se sobre uma aula de condutores,

dielétricos e capacitância, aula que trata sobre o que é a corrente elétrica, e como a

mesma se transmite em diversos materiais, como metais puros, ligas de densidades

diferentes, etc. As propriedades dos condutores também são analisados nesta matéria.

Aqui podemos fazer uma critica aos tantos professores deste tema, que ao tentarem de

alguma forma expor o conteúdo relacionado o a seu momento histórico, uma vez que

quando se deu o desenvolvimento destes estudos e teorias sobre eletricidade, época de

grandes descobertas e criações, como as Equações de Maxwell, possibilitou a criação de

toda tecnologia hoje existente, sendo por isso comumente exposto, ou feita uma

tentativa de se expor este momento histórico, pois em poucos momentos de toda historia

registrada da humanidade houve tamanho salto tecnológico em tão curto espaço de

tempo. Mas enfim, nas raras vezes em que se tenta fazer uma alusão ao momento

histórico relacionado ao tema, entramos uma grande falha, pois na maioria das vezes, os

professores transmitem os fatos, supondo que os alunos já tenham seu domínio total e

desta forma por praticidade ou sabe-se lá qual a razão, acabam por confundir o aluno ao

citar o momento histórico e se esquecer de relaciona-lo com a teoria, com o como se

deu o processo de criação deste tema, de mostrar ao aluno que estas teorias não

surgiram em surtos mirabolantes de um grande gênio da ciência, mas que se

desenvolveram ao longo de um curso de eventos, muitas vezes proporcionados pela

sorte de sequencias aleatórias de fatos ocorrerem de forma a favorecer as descobertas, e

é claro em conjunto a um colegiado de entusiastas e aventureiros que dedicaram suas

vidas a duras custas por tais descobertas.

Resumidamente podemos dizer que não basta apenas citar o que se ocorria no

momento de criação, desenvolvimento, do tema estudado, mas sim deve-se fazer uma

analise completa sobre o que este fato vivenciou, como se deu todo o processo, como

isto veio a influenciar o meio e como o meio veio a influenciar o processo criador. Pois

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de modo contrario pode apenas gerar confusão nos alunos com uma impressão de

trabalho bem desenvolvido, bem realizado, por parte dos professores, o que se mostra

totalmente equivocado.

REFERÊNCIAS

ARAGÃO, Maria José. História da Física. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006.

FERRARO, Nicolau Gilberto. Eletricidade Historia e Aplicações. São Paulo: Editora

Moderna, 2002.

FILHO, Benigno Barreto, SILVA, Claudio Xavier. Coleção Física Aula por Aula. São

Paulo: Editora FTD, 2011.vol. 3.

GASPAR, Alberto. História da Eletricidade. Série Investigando. São Paulo: Editora

Ática, 2008.

HAYT JR, William H. Eletromagnetismo. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1967.

PAUL, Clayton R. Eletromagnetismo para engenheiros com aplicações. Rio de Janeiro:

LTC, 2006.

PIETROCOLO, Mauricio. Coleção Física em Contextos. São Paulo: Editora FTD,

2010. vol. 3.

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Em uma forma de agradecimento, dedico este pequeno esboço aqueles que tanto fizeram para me ajudar no desenvolvimento do mesmo, seja apoiando o conteúdo pesquisado que tratando deste assunto se mostrou uma tarefa difícil a obtenção do material de pesquisa. Ou aqueles que por varias vezes fizeram a leitura do mesmo ajudando-me a encontrar suas falhas e a corrigi-las.