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A identidade no discurso de menores infratores e na letra de Rap Priscila Leite de Oliveira Orientadora: Edna Cristina Muniz da Silva Brasília, 15 de julho de 2014. Universidade de Brasília Instituto de Letras Departamento de Linguística, Língua Portuguesa e Línguas Clássicas Professora Orientadora: Edna Cristina Muniz da Silva Aluna: Priscila Leite de Oliveira 10/0088848

A identidade no discurso de menores infratores e na letra de rap

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  • A identidade no discurso de menores infratores e na letra de Rap

    Priscila Leite de Oliveira

    Orientadora: Edna Cristina Muniz da Silva

    Braslia, 15 de julho de 2014.

    Universidade de Braslia

    Instituto de Letras

    Departamento de Lingustica, Lngua Portuguesa e Lnguas Clssicas

    Professora Orientadora: Edna Cristina Muniz da Silva

    Aluna: Priscila Leite de Oliveira 10/0088848

  • RESUMO: Este trabalho um olhar da Anlise do Discurso e da Lingustica Sistmico-

    funcional em textos produzidos por adolescentes, em restrio de liberdade, da Unidade de

    Internao de Planaltina, onde o Rap foi utilizado como mediao. Portanto, busca-se

    identificar a identidade na anlise desses textos que tm em seu bojo questes lingusticas e

    sociais especficas, j que a linguagem o principal meio de afirmao e distino dentro do

    ambiente em que se encontram esses adolescentes.

    PALAVRAS-CHAVE: Identidade, adolescentes em conflito com a lei, rap, medidas

    socioeducativas.

  • ABSTRACT: This work is a look of Discourse Analysis and Systemic Functional Linguistics

    in texts produced by teenagers, in restraint of freedom, the Detention Unit of Planaltina,

    where Rap was used as mediation. Therefore, we seek to identify the identity of the analysis

    of these texts have in their midst specific linguistic and social issues, since language is the

    primary means of affirmation and distinction within the environment in which these are

    teenagers.

    KEY WORDS: Identity, adolescents in conflict with the law, rap, social and educational

    measures.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Tipos de participantes nas oraes ..................................................................... 09

  • SUMRIO

    Introduo ............................................................................................................................ 06

    Objetivo ............................................................................................................................... 07

    Justificativa .......................................................................................................................... 07

    Metodologia ......................................................................................................................... 09

    Resultados ............................................................................................................................ 11

    Concluso ............................................................................................................................ 13

    Bibliografia .......................................................................................................................... 14

    Apndice I............................................................................................................................ 15

    Anexos I ............................................................................................................................... 20

  • 6

    INTRODUO

    Esse estudo surgiu a partir de oficinas de portugus, utilizando o rap como mediao,

    na Unidade de Internao de Planaltina UIP. Trabalho voluntrio, para auxiliar e trabalhar

    produo, interpretao de textos e oralidade com os adolescentes internos.

    As polticas sociais e educacionais de incluso nos desafiam a olhar a diversidade

    humana e social a partir da perspectiva do possvel. Nesse sentido, um dos grandes desafios

    dos promotores dessas polticas, seja na sociedade em geral, seja na escola, em particular,

    construir metodologias de ao que permitam, de fato, a incluso, ou seja, a insero de

    pessoas que margeiam os espaos sociais nesses espaos.

    Na Anlise do Discurso e na Lingustica sistmico-funcional, foram encontrados

    diversos conceitos e categorias analticas que tornaram possveis o entendimento de suas

    abordagens a partir dos dados coletados nas letras de msicas.

    A mediao utilizada promoveu diversos dilogos e debates acerca de temas coerentes

    com as vivncias dos internos e provocou o interesse em entender o porqu da linguagem

    prpria, da inveno de palavras, utilizao de grias e palavres no discurso desses meninos.

    A linguagem , sem dvidas, um dos principais instrumentos de posicionamento social nesse

    contexto de privao de liberdade. Todas essas questes observadas e debatidas estavam

    relatadas nas letras de Rap.

    Para compreender melhor essas funes da linguagem, faz-se necessrio o estudo e

    anlise da lingustica sistmico-funcional de Halliday. Esse estudo tambm est inserido na

    anlise do discurso, pois se trata de uma realidade social especfica, onde a prtica discursiva

    influencia e categoriza as classes participantes do ambiente. Dentro da ADC, a anlise da

    conversao (AC) tambm um importante suporte terico para o estudo. De acordo com

    Fairclough 2001:

    Anlise da conversao (AC) uma abordagem da anlise de discurso que

    foi desenvolvida por um grupo de socilogos que se autodenominam

    etnometodologistas. A etnometodologia uma abordagem interpretativa da sociologia que focaliza a vida cotidiana como feito dependente de

    habilidades e os mtodos que as pessoas usam para produzi-la.

    Portanto, a importncia de entender melhor a linguagem utilizada nas msicas e na

    linguagem dos adolescentes fundamental para o sistema prisional de que esses fazem parte.

    A relao de poder no discurso deles claramente perceptvel, assim como a necessidade de

    se mostrar forte em um ambiente hostil para se proteger. Foi a partir desta percepo que se

  • 7

    pde traar um paralelo da vivncia dos meninos com as letras que relatam, com muita

    exatido, muitos dos sentimentos e opinies dos menores.

    Focando a anlise na msica, possvel identificar os elementos que se juntam para

    expressar sentimentos e opinies de quem vive e de quem canta tal realidade.

    OBJETIVO

    O objetivo do trabalho identificar e analisar na letra de msica, a identidade dos

    atores sociais existente no discurso. As questes pensadas para o desenvolvimento do trabalho

    foram: Quem so os criminosos, para a sociedade? Quais so suas caractersticas? De onde

    eles vm? Como o rap relata essa viso.

    Os resultados dessa pesquisa podem ajudar a entender um pouco mais sobre essa

    realidade social que faz parte, cada vez mais, do nosso pas. Pode ser um ponto a ser debatido

    em discusses acerca dos motivos que levam alguns jovens a se envolverem com o crime,

    sobre quais so as carncias sociais que eles tm e como a linguagem fundamental para

    trabalhos com medidas socioeducativas, como o rap representa essa realidade e um

    exemplo relevante da aplicao da LSF e da ADC.

    JUSTIFICATIVA

    Alguns pontos so relevantes para chegar ao ponto principal dessa pesquisa. Um deles

    a questo da variao, os termos e grias presentes nas letras. Novos significados so

    atribudos s palavras e novas palavras surgem para expressar as idias que precisam ser

    entendidas por uns e ficar confusa para outros. Isso porque se trata de relato e esse relato,

    muitas vezes, do crime. Dentro dessa situao, o rap imita os protagonistas.

    A oficina de portugus, citada neste artigo, faz parte do Projeto de extenso intitulado

    Psicologia e Educao: Mediaes possveis em tempo de incluso, em que a Faculdade UnB

    Planaltina, juntamente com a Unidade de Internao, trabalham juntas para a oferta de

    medidas socioeducativas para os adolescentes internos.

    As medidas socioeducativas esto previstas no Estatuto da Criana e do Adolescente

    ECA (1990) e so aplicveis aos adolescentes menores de idade que infringem a lei. De

    acordo com o Tribunal de Justia dos Distritos Federias e Territrios TJDFT (2010), apesar

    de as medidas serem respostas prtica de delitos, elas possuem carter educativo e no

    punitivo.

  • 8

    O RAP, na literatura especfica, possui caractersticas da poesia e da literatura de

    cordel, podendo ser recurso didtico para as aulas de portugus, pois possui discurso prprio e

    organizao da linguagem (MACHADO; DIAS; MORAES, 2012).

    A identificao com a msica nitidamente percebida. Eles se sentem compreendidos

    quando quem fala deles, um deles ou vive na mesma realidade. Sobre a viso da sociedade,

    eles se mostraram indiferentes ou com sentimento de revidao. A sociedade que de certa

    forma, os colocou naquele lugar, os exclui por questes financeiras, lingsticas, profissionais

    e eles excluem a sociedade com a linguagem que usam. At mesmo justificam seus crimes,

    dizendo se tratar de uma vingana social.

    Nesse contexto, a Anlise do Discurso foi a fonte de pesquisa, j que estuda questes

    que vo alm do campo de conhecimento lingustico. a anlise social da linguagem, que

    aborda todo o sentido inserido em uma fala, uma notcia, uma representao que seja. uma

    teoria crtica, que se ocupa em identificar e conceituar questes do discurso. Um outro motivo

    de utilizar essa abordagem, o fato de a ADC tambm atuar como investigadora da expresso

    de desigualdades sociais, exercendo assim, papel poltico.

    A interdisciplinaridade caracterstica da ADC tem ligao muito prxima com os

    objetivos das atividades desenvolvidas na UIP. Para estudar e entender melhor a lngua

    portuguesa, os debates sobre questes sociais, sobre poltica e sobre rap foram as mediaes

    mais eficazes. Foi necessrio mostrar o porqu da importncia de se estudar e entender a

    lngua portuguesa e o exemplo prtico era o contexto social no qual os adolescentes estavam

    envolvidos.

    A Lingustica Sistmico-funcional complementou o trabalho, para dar conta das

    anlises dos textos produzidos. Segundo WEBSTER 2009:

    Na LSF, a linguagem um recurso para fazer e trocar significados, utilizada

    no meio social de modo que o indivduo possa desempenhar papis sociais.

    a instanciao de um potencial amplo de significados, que pode,

    simultaneamente, construir experincias e estabelecer relaes sociais de

    modo organizado.

    Todos os textos produzidos nas oficinas esto ligados realidade e vivncia dos seus

    autores. Talvez essa ligao tenha sido uma forma de sedimentar e compreender as novas

    informaes. Para HALLIDAY 1998:

    Toda lngua funciona em contextos de situao e pode vincular-se a esses

    contextos. A questo no consiste em saber quais peculiaridades de

  • 9

    vocabulrio, de gramtica ou de pronncia podem considerar-se diretamente

    por referncia situao; a questo que tipos de fator de situao

    determinam quais tipos de seleo do sistema lingustico.

    Por tais razes, a gramtica sistmico-funcional, GSM, o ponto de partida das

    anlises dos textos, para explorar e entender a abordagem sistmico-funcional na construo

    das palavras. O contexto o centro e o ponto principal dessa abordagem.

    METODOLOGIA

    Apoiado nos estudos da linguagem, a anlise do discurso traz um novo foco s

    anlises lingusticas: a questo social, apesar de a linguagem ser o principal uso para que se

    estabeleam relaes sociais. Por isso, o estudo dessa abordagem se denomina Sistmico-

    Funcional (LSF), porque entende a linguagem como uma rede de sistemas lingusticos e

    funcional, pois atende s necessidades de convivncia em sociedade e d significado

    contextual ao texto, de acordo com WEBSTER, 2009.

    Nesse estudo, o texto tem seu significado ampliado para o de uma entidade de

    construo de significados e identidades sociais. O sujeito representa, portanto, um elemento

    distinto do texto e considerado na LSF como ator social.

    Na gramtica sistmico-funcional (GSF), segundo FUZER e CABRAL, 2010, a

    transitividade na GSF a descrio de oraes compostas por processos, participantes e

    eventuais circunstncias. Nesse sentido, a identidade se refere s entidades envolvidas no

    processo no qual participa ou afetado.

    Os processos so representados na figura a seguir:

  • 10

    Figura 1 Tipos de participantes nas oraes (esquematizados por Cabral, 2002, a partir de Halliday, 1994, e

    atualizado por Fuzer, 2010, a partir de Halliday & Matthiessen, 2004.)

    O corpus foi composto por quatro textos, a msica negro drama, do grupo de Rap

    paulistano Racionais Mcs, que narra a histria do vocalista do grupo que se envolve em

    dilemas, sofre preconceito e faz parte da classe mdia baixa e trs textos dos adolescentes da

    UIP, em que cada um escolheu uma imagem de revista para contar um fato vivido que se

    relacionasse com ela. Todos escolheram resumir suas histrias de vida que so centradas nas

    infraes cometidas e no envolvimento com o crime.

    A continuao das oficinas teve de ser modificada por vrias vezes, pois algumas

    questes surgiram. Uma delas, o fato de alguns participantes no terem condies de produzir

    um texto. Portanto, a primeira inteno de escrita teve que ser alterada para atividades de

    alfabetizao. Alguns adolescentes freqentaram muito pouco a escola e outros esto muito

    afetados pelo uso de entorpecentes.

    Todos os textos seguiram sequncias parecidas, inclusive na anlise da transitividade.

    A identidade dos atores foi claramente observada e os paralelos traados entre a msica e os

    relatos afirmaram a influncia da linguagem nas vidas dos meninos e dos rappers, que

    conscientemente usam expresses, neologismos e grias que incluem e excluem pessoas de

    seus meios sociais.

  • 11

    RESULTADOS

    Os resultados mostraram que, realmente, a msica e o relato dos adolescentes fazem

    parte de um mesmo mbito social, em que eles buscam no crime, o poder e o dinheiro que no

    conseguiriam trabalhando, por exemplo.

    As notcias divulgadas na mdia tambm influenciam muito o comportamento e o auto

    conceito dos jovens. Eles se apropriam do que falado sobre eles, nas manchetes que relatam

    seus crimes.

    Na anlise da msica Negro Drama Racionais Mcs e dos textos dos menores, os

    processos materiais e mentais foram maioria. Os processos materiais indicaram os

    acontecimentos nas histrias contadas e as atitudes dos atores nesse processo.

    Me envolvi No crime.

    Processo material transformativo, intensificador/ movimento meta

    O processo mental foi recorrente nas reflexes e pensamentos que foram paralelos

    entre a msica e os textos dos meninos.

    Para chegar s anlises, o primeiro desafio foi a traduo de alguns termos e

    expresses falados no ambiente da internao e na letra da msica. Como por exemplo a

    palavra bagulho que pode significar uma infinidade de coisas, mas que no contexto se

    referia ao momento vivido por um dos meninos.

    O processo relacional ocorre em vrios trechos da msica, j que segundo FUZER &

    CABRAL 2010, as oraes relacionais geralmente so usadas para representar as identidade e

    caractersticas dos seres no mundo. Esse processo se apia em dois modos: o identificador e o

    atributivo.

    A partir dessa anlise, pde-se chegar questo da identidade no discurso do Rap e da

    linguagem dos menores infratores.

    Na msica, h referncias da escravido, preconceito e desigualdade social, como no

    trecho:

    Negro drama, *(tem) cabelo crespo e a pele escura

    Possuidor Processo relacional identificador/

    possessivo

    possudo

  • 12

    A ferida, a chaga procura da cura.

    possudo Circunstncia causa/ propsito

    Pode-se observar que o negro drama caracterizado fsica e emocionalmente,

    fazendo referncia ao sofrimento dos escravos na colonizao. O compositor se denomina

    negro drama, assim como os adolescentes se denominam pivetes. A identidade descrita

    por eles , na maioria, a identidade postulada pela sociedade.

    Os atores sociais mais recorrentes foram o prprio narrador da histria eu e o crime,

    que tambm se posicionou como meta, em algumas frases.

  • 13

    CONCLUSO

    Este estudo sedimentou as teorias da abordagem da LSF que foca na questo da

    linguagem como objeto de estabelecimento de relaes sociais. Toda realizao da pesquisa

    se deu pelo olhar mais atento s particularidades na oralidade e demais textos produzidos

    pelos adolescentes em restrio de liberdade em face s letras de Rap, que narram histrias

    semelhantes, reafirmando o estilo musical como relato.

    Os adolescentes utilizam grias, palavres e a despreocupao com o padro so

    freqentes e predominam na linguagem oral. A explicao foi solicitada para eles mesmos, at

    por uma questo de exerccio de reflexo. No geral, eles disseram que a forma de falar deles

    particular e exclui a nata, que definida por eles como o restante alheio realidade que

    eles vivem, sempre citando a polcia e as pessoas de maior poder aquisitivo.

    Esse estudo relevante s pesquisas da ADC, pois contribui para as discusses acerca

    da importncia desse campo de anlise e para a formao de professores e demais

    profissionais que lidam com jovens, no necessariamente em conflito com a lei.

    De fato, analisar discursos, pode ser uma ferramenta a mais para quem pretende

    lecionar e se adequar rapidez de informaes as quais todos estamos submetidos.

  • 14

    BIBLIOGRAFIA

    Estatuto da Criana e do Adolescente. Lei Federal n8069 de 13 de julho de 1990. Disponvel

    em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm

    FAIRCLOUGH, Normam. Discurso e Mudana Social. Izabel Magalhes, coordenadora de

    traduo, reviso tcnica e prefcio.- Braslia: Editora Universidade de Braslia, 2001,2008

    (reimpresso).

    FUZER, Cristiane e CABRAL, Sara Regina Scotta (organizadoras). Introduo

    Gramtica Sistmico-Funcional em lngua Portuguesa.- Santa Maria: Universidade

    Federal de Santa Maria, Centro de Artes e Letras, Departamento de Letras Vernculas,

    Ncleo de Estudos em Lngua Portuguesa, 2010.

    SILVA, Kleber Aparecido da; PILATI, Elosa; DIAS, Juliana Freitas. O ensino de gramtica na

    contemporaneidade: delimitando e atravessando as fronteiras na formao inicial de professores

    de lngua portuguesa. Universidade de Braslia - Distrito Federal/Brasil.

    WEBSTER, J. Introduction. In: HALLYDAY, M.A.K.; WEBSTER J. Continuum

    Companion to Systemic Functional Linguistics. New York: Continuum International

    Publishing Group, 2009.

  • 15

    APNDICE I

    Sistema de Transitividade LSF

    Msica: Negro Drama Racionais Mcs

    Negro drama, *(est) entre o sucesso e a lama

    Portador Processo relacional atributivo Circunstncia modo/qualidade

    Dinheiro, problemas, invejas, luxo, fama

    Circunstncia modo/qualidade

    Negro drama, *(tem) cabelo crespo e a pele

    escura

    Possuidor Processo relacional identificador/

    possessivo

    possudo

    A ferida, a chaga procura da cura

    possudo Circunstncia causa/ propsito

    Negro drama, tenta ver e no v nada,

    Experenciador Processo mental perceptivo processo mental

    perceptivo e fenmeno

    A no ser uma estrela longe, meio ofuscada

    Fenmeno

    Sente o drama, o preo e a cobrana

    Processo mental emotivo Fenmeno

    No amor, no dio A insana vingana

    Circunstncia modo/ meio fenmeno

  • 16

    Tinha Um pretinho Seu caderno era um fuzil

    Processo existencial existente circusntncia

    Me solteira De um promissor vagabundo

    Relacional/atributiva

    Participante

    Relacional/identificadora

    Participante

    Textos produzidos pelos adolescentes:

    Texto 1:

    A minha vida Nunca foi fcil,

    Portador Circunstncia extenso/

    frequncia

    Processo relacional

    atributivo

    atributo

    Sempre uma luta.

    Circ. Extenso/ frequncia Circ. modo

    Convivendo com muitas mortes desde pequeno

    Processo material Meta Circunstncia extenso/durao

    Cresci na Estrutural,

    Processo material

    transformativo

    Circunstncia

    localizao: lugar

    Me envolvi No crime.

    Processo material transformativo, intensificador/ movimento Escopo

    Vi Altos moleques morrerem Na maior covardia, por vingana.

    Processo mental

    perceptivo

    Fenmeno: ato

    (macrofenmeno)

    Circunstncia causa/razo

  • 17

    Nunca Deixei O crime,

    Circunstncia

    extenso frequncia

    Processo material transformativo, intensificador

    de movimento

    meta

    Fiz minha me chorar muitas vezes.

    Processo material criativo

    geral

    Meta Circunstncia

    extenso/frequncia

    E at hoje to A andando contra o

    vento

    Circunstncia - extenso/

    frequncia

    Processo relacional

    atributivo

    atributo

    Texto 2:

    Eu Era um pivete de boa.

    Portador Processo relacional atributivo atributo

    Estudava para ajudar minha coroa

    Processo mental cognitivo Fenmeno

    Quando Eu conheci a vida do

    crime,

    Circunstncia de

    localizao tempo

    Experenciador Processo mental

    cognitivo

    fenmeno

    Eu comecei a andar com ms influncias

    Ator Processo material transformativo modo

    movimento

    Ator/meta

  • 18

    Eu Comecei a roubar, Matar, traficar

    ator Processo material

    transformativo-

    extenso/possesso

    Processo material

    transformativo

    composio/acabamento

    Processo material

    transformativo-

    extenso/possesso

    O bagulho (situao) Ficou louco

    portador Processo relacional

    atributivo

    atributo

    Eu Comecei a pegar Em muito dinheiro e muito

    luxo

    ator Processo material transformativo-

    extenso/possesso

    Meta

    Texto 3:

    Eu Nasci Em 97

    Ator Processo material criativo geral Circunstncia - localizao/tempo

    Cresci humilde, minha famlia humilde

    Processo

    material

    criativo geral

    Atributo Portador Processo

    relacional

    atributivo

    atributo

    Eu comecei a roubar aos 14 anos

    Ator Processo material transformativo-

    extenso/possesso

    Circunstncia - localizao/tempo

    Comecei a fumar maconha

    Processo material transformativo elaborao/estado meta

  • 19

    Cheirar escama (cocana)

    Processo mental cognitivo fenmeno

    Rodei (fui preso) Com 15 anos Na tentativa de

    latrocnio.

    Processo material

    transformativo

    intensificao/modo/movimento

    Circunstncia

    localizao/tempo

    Circunstncia:

    localizao/tempo

  • 20

    ANEXO I

    Textos produzidos pelos adolescentes da UIP

  • 21

  • 22