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7 de Dezembro de 2011

A ilha debaixo do Mar, de Isabel Allende

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Escola Artística António Arroio - 2011-2012 Elaborado por Daniela Martins, 10.º ano, n.º8, turma F.- apoio à apresentação oral em Língua Portuguesa - Prof.ª Eli

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7 de Dezembro de 2011

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Isabel Allende é uma jornalista e escritora chilena. Este livro, publicado em 2009 no Chile,

é marcado pela ditadura que ali se viveu.

Na contracapa, encontramos o resumo do livro. Na aba direita, lemos uma curta biografia da autora e, na aba

esquerda, a indicação das obras publicadas.

Na capa do livro, além do título, do nome da escritora e da editora,

podemos observar uma imagem de Zarité.

Está com um olhar triste, tem uma flor no cabelo e

uma borboleta que, provavel-mente, simboliza a liberdade.

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De entre as várias obras, reconhecidas mundialmente, merecem-me especial destaque

A casa dos espíritos (1982) e De amor e de sombra (1984).

A casa dos espíritos foi adaptado ao cinema, em 1994 e é baseada nas memórias de Allende sobre a

revolta política no seu país: narra os conflitos pessoais e políticos nas vidas de várias gerações da

sua família.

O romance De amor e de sombra (1984), também adaptado ao cinema, relata uma história de amor que aconteceu durante a ditadura militar de Pinochet , no

Chile. É a história de Irene e Francisco, um casal de jornalistas que, partindo da amizade no trabalho, se

enamoram.

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Também merece uma referência especial, Paula (1995), escrito para a sua filha Paula,

que esteve em coma durante um ano, devido a uma doença.

Como Isabel não sabia se a memória da filha voltaria, depois do estado de coma,

resolveu escrever a sua história, para ajudar a filha a lembrar-se dos factos. Porém, Paula morreu sem voltar a acordar.

“Se difícil é escrever sobre a morte, ainda mais doloroso é escrever sobre a morte de um filho.

Mas Allende viu nesse processo uma hipótese de salvação, tentando não cair em sentimentalismos, que tanto horror provocavam em Paula.” In http://static.publico.pt/docs/cmf/autores/isabelAllende/contarHistoria.htm

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Foi premiada em 16 países e várias das suas obras foram adaptadas ao cinema, ao teatro, à ópera, ao ballet, etc.

Isabel Allende escreveu 18 livros, traduzidos em 35 idiomas. Já vendeu mais de 57 milhões de exemplares.

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Esta narrativa passa-se numa colónia francesa, Saint-Domingue, no tempo da escravatura.

Trata-se de uma ilha que inclui a República Dominicana e o Haiti e está próxima de Cuba e das Bahamas.

A Ilha debaixo do mar é uma obra literária, com uma linguagem acessível, cujo género é o romance e o modo literário é narrativo.

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Saint-Domingue era a colónia francesa mais rica do Novo Mundo por causa

dos grandes lucros do café, do açúcar e da indústria do índigo .

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Foi aqui que nasceu Zarité (a personagem principal), conhecida como Tété, filha de mãe africana, que nunca conheceu, e de um marinheiro branco que a trouxe para a escravidão.

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Esta obra é um romance histórico.

Zarité foi vendida com nove anos a Toulouse Valmorain, um fazendeiro rico, mas não conheceu nem o esgo tamento das plantações da cana, nem a asfixia e o sofrimento nos moinhos; foi sempre uma escrava doméstica.

Apesar de ter muita fantasia, descreve muito bem o dia a dia de uma família nos séculos XVIII e XIX e o trabalho dos escravos.

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O seu “dono,” Toulouse Valmorain, chegara à ilha em 1770, com apenas 20 anos, trazendo na bagagem sonhos de grande sucesso financeiro. Mas gerir a plantação de seu pai não foi nada fácil.

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Zarité estava liberta do trabalho árduo da lavoura, porém, na sua condição de escrava, foi-lhe imposto um outro tipo de subjugação…

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Era obrigada a deitar-se com o seu senhor quando este queria e lhe apetecia.

Teve uma filha, Rosette, de que ninguém conhecia a existência pois Valmorain, servindo-se da

ingenuidade de Zarité, exigiu sigilo.

Apesar da sua vida, Tété encontrava consolo nos ritmos dos tambores tradicionais africanos.

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Oito anos depois, Toulouse traz para casa uma noiva espanhola com quem casa e tem um filho, Maurice. Mas o seu casamento

também não foi fácil. Pouco depois, a esposa morre, ficando Tété a tomar conta das 2 crianças: Rosette e Maurice.

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Alguns anos mais tarde, após gerações de maus tratos nas plantações de cana-de-açúcar,

dá-se a revolta dos escravos e Tété acaba por conseguir concretizar o seu maior sonho: SER LIVRE!

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Quando Zarité consegue a sua liberdade e a da sua filha, foge para Cuba. Durante anos não são vistas, mas a sua vida evoluiu e melhorou.

Até que acontece uma guerra em Saint-Domingue, e elas voltam

para ver se os seus amigos se encontram em segurança.

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É nesta altura que Rosette e Maurice, já adultos, se reencontram. Como foram ambos criados por Tété cresceram sem sentir as

diferenças sociais.

Posteriormente, apaixonam-se e, às escondidas, casam-se.

Quando Rosette dá à luz, antes do tempo, tem hemorragias e morre.

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Este livro fala dos sentimentos, das emoções, das fraquezas humanas e da bondade de algumas pessoas especiais, no meio de tanta crueldade. Aqui encontramos um pouco de tudo: bastardos, tragédias e, no meio do caos, muito amor que consegue vencer tudo, mesmo aquilo que achamos ser impossível de ultrapassar:

A MORTE DE UMA FILHA.

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Eu penso que a escritora deve ter feito um grande trabalho de investigação, para

descrever, com tanto pormenor, a vida de escravatura na antiga colónia francesa.

Apreciei os diversos pontos de vista que a escritora, através das personagens,de diferentes níveis sociais, nos apresenta.

Este romance, que mistura a realidade histórica com ficção, envolveu-me de tal maneira que quase conseguia imaginar

estar lá, a assistir ao desenrolar dos acontecimentos.

A estratificação social tinha como base, fundamentalmente, a cor da pele, apesar

do dinheiro também ter alguma influência.

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A Ilha debaixo do mar, apesar de ter um final muito triste, prova que apesar do Bem não ganhar sempre, devemos ter esperança, e acreditar que, por mais negra que seja a

noite, no dia seguinte, o sol voltará a nascer!

Dá a impressão que, no coração de Zarité, havia sempre uma reserva de força e de energia que ela ia buscar à música dos

tambores africanos. A prová-lo está uma passagem que podemos ler na página 11:

Assim que consegui segurar-me nas duas pernas, convidava-me a perder-me na música, como num sonho.

“Dança, dança Zarité, porque escravo que dança é livre...enquanto dança”, dizia-me. E eu dancei sempre.

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AS IMAGENS SÃO TODAS DA Internet.

http://isabelallende.com/

http://static.publico.pt/docs/cmf/autores/