Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
REVISTA INSEPE | Belo Horizonte | Volume 4 - Número 3 | 3º trimestre de 2019 |
http://insepe.org.br/revistainsepe
.......................................................................................................................................................
A IMPLEMENTAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA NO EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – CAPACETE
AUTORES (AS): CARLOS EDUARDO DE CARVALHO, ALESSANDRA CORREIA DE
LOUREZA, ALAN DA SILVA MELO, FERNANDO JOSÉ SANDIM, MARLÚCIO
CÂNDIDO, SALETE DE MATOS, VANDER LÚCIO SANCHES
RESUMO
Resumo: O artigo tem por finalidade analisar a implementação da logística reversa nos
capacetes de proteção que são utilizados em indústrias e construção civil. Com os avanços da
tecnologia percebeu-se uma desordem de crescimento e planejamento, consequentemente uma
rigorosa degradação dos recursos naturais que são limitados, e através deste trabalho
descobriu-se a importância e o impacto positivo da sustentabilidade na logística reversa. Um
desenvolvimento sustentável inteligente de uma logística reversa, que usado como exemplo
chave nesse trabalho, foi a reutilização dos plásticos descartáveis de empresas credenciadas,
para transformação em um dos equipamentos de proteção individual mais importantes na área
de segurança do trabalho, o capacete de proteção. Um dos pontos mais importantes deste
trabalho e a apresentação das principais rotinas no processo de transformação do plástico no
equipamento de proteção individual (EPI), comparação das rotinas aplicadas com as
mudanças propostas e apresentação dos principais benefícios da integração da logística
reversa. O projeto de logística reversa demonstra a importância da consciência das pessoas e
das empresas solucionar problemas beneficiando o meio ambiente com inteligência.
Palavras-chaves: Equipamento de Proteção Individual, Sustentabilidade, Logística Reversa .
169
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, as empresas buscam o lugar de destaque para se diferenciar dos
concorrentes a fim de se destacar no negócio. Certo das possibilidades de crescimento a
conservação dos recursos ambientais está sendo um dos caminhos para atrair outro tipo de
público consumidor. A logística vem evoluindo gradativamente, se tornando um dos
destaques nas estratégias competitivas das empresas. Com o crescimento da tecnologia a vida
dos produtos se torna cada vez menor, a partir dessa perspectiva, muito se fala de
gerenciamento do fluxo tradicional dos materiais, que enviamos para descarte, então, surge a
necessidade do desenvolvimento sustentável juntamente com a logística reversa.
As instituições têm aplicado muitos recursos em inovações, usando como meio para o
aumento financeiro e contribuição para a sociedade. A logística reversa é composta por
muitas ações e processos, a fim de receber e utilizar resíduos que anteriormente estavam
sendo descartados de forma inadequada.
As empresas precisam cumprir com as normas de segurança do trabalho e uma delas é
a entrega do capacete de segurança, porém, após o equipamento ser utilizado para
determinado fim, o capacete não tem mais utilidade, logo, o trabalho em questão tem como
objetivo apresentar a logística reversa aplicado ao equipamento de proteção individual (EPI).
1.1 Considerações Iniciais
Com a dificuldade de elementos antes conhecidos e incalculáveis, nota-se, o
aparecimento da expressão “desenvolvimento sustentável”, especialmente para entidades que
têm melhor visibilidade e credibilidade na mídia de negócio. A logística reversa trabalha nos
elementos que antes seriam descartados dentro de aterros e lixões, gerando como resultado, a
redução no uso excessivo dos recursos naturais.
É de grande importância que os empresários se conscientizem e saibam da relevância
desta prática, pois traz diversos benefícios, tais como:
Ampliação da imagem da empresa, de modo que, está passará a ser
bem vista pelos clientes e fornecedores; abertura de novas
oportunidades de negócio; o material coletado pode ser utilizado
como matéria-prima para fabricação de novas peças;
170
comercialização em outros segmentos; concessão de linhas de
crédito pelo BNDS e BID para implantação de projetos ambientais.
(SILENO, Marcos, 2011).
1.2 Formulação da Situação Problema
É comum deparar com materiais que demoram muitos anos para se decompor na natureza,
que é o caso dos plásticos usados nos capacetes de proteção individual.
De acordo com o site ecycle.com.br, é difícil compactar o plástico, precisando assim de
grande espaço no meio ambiente, o que acaba dificultando a decomposição de outros
materiais orgânicos. O site ainda afirma após o descarte, o plástico se torna um problema, por
ser extremamente resistente e à prova de fungos e bactérias, sua degradação é lenta, levando
até mais de 100 anos.
É possível através da logística reversa, que esses problemas, causados pelo descarte
incorreto dos plásticos sejam solucionados. Mediante a situação, qual a viabilidade e os
procedimentos que se justapõem para programar a logística reversa dos capacetes de proteção
individual junto às empresas fabricantes?
1.3 Objetivo geral
Analisar a viabilidade da logística reversa no capacete de proteção individual junto aos
fornecedores e consumidores.
Descrever as principais rotinas no processo de transformação do plástico para se produzir
o capacete de proteção individual;
Comparar as rotinas aplicadas anteriormente com as mudanças propostas e apresentar os
principais benefícios com a ajuda da integração da logística reversa.
1.4 Metodologia
Esse trabalho irá demonstrar o impacto da logística reversa na área de segurança do
trabalho. A metodologia aplicada foi à revisão bibliográfica e consulta em normas e
legislações. Os dados levantados foram obtidos através de visitas técnicas, porém em algumas
delas foi necessário montar planilhas para ajudar a resolver certos desafios das empresas,
como reduzir os gastos nas compras de matéria prima, realizar o descarte correto e contribuir
com o meio ambiente. Para se chegar ao resultado desejado foram realizados dois fluxos,
171
comparando o processo de transformação do novo equipamento e o outro realizando a
logística reversa.
Após essa comparação, foi demonstrado a viabilidade da implementação desse processo e
o quanto as empresas poderiam economizar.
2. REVISÃO DA LITERATURA
A logística reversa é o mecanismo elementar da Política Nacional de Resíduos Sólidos
para proporcionar maior efetividade no descarte e na reciclagem dos resíduos. Ao adotar a
logística reversa, tem-se que ponderar todas as informações necessárias do ponto de vista
econômico, ecológico, logístico, segurança, entre outros, para que o retorno do material ao
ciclo produtivo seja de fato proveitoso.
A reciclagem é um trabalho importante para a sustentabilidade visando sempre minimizar
os impactos no ambiente, conscientizar pessoas ao fazê-lo e demostrando ganho econômico.
De acordo com Calderoni (2003) o significado de reciclagem é amplo, não só aplicado ao
lixo, mas também a resíduos, desencadeando o reaproveitamento dos materiais, permitindo
tirar proveito disso e reduzir o impacto ambiental.
Reciclagem, segundo Duston (1993), é um processo através do qual qualquer produto ou
material, que tenha servido para os propósitos a que se destinava e que tenha sido separado do
lixo é reintroduzido no processo produtivo, e transformado em um novo produto, seja igual ou
semelhante ao anterior, seja assumindo características diversas das iniciais. (DUSTON, 1993
apud CALDERONI, 2003).
Ou seja, a reciclagem é o reaproveitamento dos resíduos e materiais que à primeira vista
seriam descartados, sendo reutilizado, poderá reduzir custos de produção. Uma situação
descrita por Calderoni (2003) mostra que a reciclagem chega a estimular um comércio que
movimenta bilhões de dólares nos EUA e em demais países, incluindo o Brasil, através de
interesses econômicos.
Calderoni (2003) descreve vários benefícios que a reciclagem acarreta entre eles estão:
172
A diminuição do acúmulo de lixo a ser disposto nos aterros;
Economia de energia;
Economia de recursos naturais;
Economia de espaço, pela utilização das matérias como matéria-prima;
Ganhos financeiros pela comercialização dos recicláveis;
Diminuição da poluição e contaminação, dentre outros.
É importante a adoção de um sistema de produção circular de tal forma, que essas
estratégias sejam previstas desde o momento da concepção do produto. A segregação dos
resíduos também é importante para evitar a contaminação dos mesmos. (Ribeiro, 2002 p.23)
Lacerda (2002) demonstra no quadro abaixo a linha de produção de produtos novos e
ainda destaca o impacto da logística reversa nos materiais reaproveitados:
FIGURA 1- LOGÍSTICA REVERSA: LACERDA (2002, p.9).
De acordo com Dias (2006) a logística reversa é um planejamento que programa um
controle do fluxo dos detritos reutilizando e transformando os detritos e dejetos em matéria
prima com o objetivo de determinar um descarte adequado.
O Ministério do Meio Ambiente entende que a logística reversa não é somente um
instrumento de contenção de gastos ou danos ecológicos, mas também meio de
173
desenvolvimento social. Vê-se isso dentro da lógica dos EPI’s, que pelo fator economia,
faculta os mais trabalhadores a oportunidade do resguardo proveniente dos equipamentos.
Com a separação correta dos EPI’s no final de sua vida útil, quando ele já não atende mais
os requisitos para os quais foi desenvolvido, por motivos de desgaste temporal, fim da
validade ou mesmo de mau uso, ele pode ser coletado pela empresa ou indústria que o
produziu e ser reciclado, recuperado ou voltar ao ciclo produtivo.
2.1 Matéria Prima
De acordo com NBR 8221 o casco deve constituir-se de peça única sem emendas. Ele
deve ser feito de material de combustão lenta, resistente a impacto, penetração e à ação da
água e, para o da classe B, isolante dielétrico. Basicamente, a matéria-prima do capacete é um
polímero (plástico) entre eles, polietileno (PEAD), ABS, policarbonato (PC) e sua qualidade,
associada à forma de armazenamento, métodos e processos de produção da indústria
fabricante do capacete, potencializam a geração de um produto diferenciado.
174
FIGURA 1 - TRANSFOMAÇÃO DO PLASTICO EM CAPACETE: Elaborado pelos autores.
2.1.1 Fundição do Plástico no Molde
O equipamento ao receber o plástico derretido tem um molde que é construído de aço
para fazer a estrutura do casco sem emendas em atendimento à legislação vigente. O
mecanismo químico de formação dos plásticos recebe o nome de polimerização e consiste na
construção de grandes cadeias de carbono, cheias de ramificações, nas moléculas de certas
substâncias orgânicas. A molécula fundamental do polímero, o monômero, se repete muitas
vezes por meio de processos de condensação ou adição aplicados sobre o composto. Os
polímeros de condensação são obtidos mediante a síntese de um conjunto de unidades
moleculares, feita pela eliminação de unidades moleculares, como a água. O mecanismo de
adição forma macromoléculas pela união sucessiva de unidades químicas.
175
FIGURA 3 – MAQUINA INJETORA: https://www.automataweb.com.br/-maquina-injetora-de-plastico
2.1.2. Acabamento
De acordo com Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) todo capacete
deve ser identificado com o nome do fabricante, ou importador, no caso de capacete
importado, a classe, o número do CA (Certificado de Aprovação) do Ministério do Trabalho e
o mês e ano de fabricação. Estas informações devem estar na parte interna do casco, gravadas
de modo indelével e de fácil leitura, mesmo com a suspensão montada.
A identificação do tipo do CA é concedida somente em exemplares obrigados a testes
para resultados de sua primeira publicação. Se houver estampagem de marca ou figura, o
176
desenvolvimento de gravação jamais deve mudar as propriedades originais do casco exigidas
na legislação.
FIGURA 4: ACABAMENTO - https://www.youtube.com/watch?v=qGFNXUlyWJw
2.1.3. Armazenagem e transporte ao consumidor final
De acordo Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) capacete de segurança
ou o casco deve ser embalado individualmente, acompanhado de instruções de utilização, de
montagem, quando for o caso, e de orientações sobre limitações de uso, conservação,
higienização e manutenção periódica. Nesse texto deve também haver uma indicação de que o
capacete atende a esta Norma. O fornecimento de componentes de reposição ou de
equipamentos complementares deve ser acompanhado de instruções de montagem. Os
produtos devem vir acondicionados de maneira a ficarem protegidos de impactos e das
intempéries no transporte.
177
FIGURA 5: LOGÍSTICA - https://www.youtube.com/watch?v=qGFNXUlyWJw
2.2.1 Sistema de Abastecimento
O atual processo de abastecimento é realizado de maneira não padronizada entre os
produtores e tão pouco entre os três diferentes turnos de produção. Os cascos é a parte externa
desenvolvido em polímero, que envolve a cabeça. Ele tem que ser rígido leve e resistente a
impactos, perfurações e respingos de produtos químicos. Seu formato deve ser
ergonomicamente projetado para ser ao mesmo tempo seguro e confortável para o uso diário.
A suspensão dos capacetes é projetada para alcançar dois objetivos:
1 - Acomodar o casco devidamente sobre a cabeça;
2 - Ter a função de amortecedor e, em conjunto com o casco, absorver a energia do impacto
se algo atingir o capacete.
Como o avanço da tecnologia, chegou-se à conclusão que pode-se utilizar outros
materiais para a produção desses mesmos capacetes, com um foco principal nas garrafas pets
e derivados, como, recipientes de materiais de limpezas e refrigerantes. Usando esses
materiais em abundância e muitos deles descartados aos montes diariamente, tem-se um ótimo
custo benefício e ao mesmo tempo dando o devido caminho para esses recipientes, que por
sua vez são a causa de diversos problemas ambientais ligados à poluição.
178
2.2.2 Produção e Sustentabilidade
O plástico é o material utilizado, principalmente, na fabricação de garrafas plásticas
para bebidas não alcoólicas como refrigerantes e sucos, entre outros alimentos. De acordo
com pesquisas realizadas, as garrafas PET demoram cerca de 100 anos para se decompor no
meio ambiente. A Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) estima que, só em
2016, foram produzidas 378 mil toneladas de embalagens a base de PET, no Brasil.
(ANVISA, 2016).
Os capacetes de proteção são produzidos com polietileno de alta densidade para
resistir a intempéries que são expostos e podendo se misturar com outros produtos químicos,
podendo ser moldados, resultando em produto de qualidade e com resistência. O polietileno
quando é manipulado em ambientes controlados não são prejudicais a saúde, podendo ainda
ser utilizados no ramo alimentícios.
Com a implementação da logística reversa no capacete de proteção será preciso
envolvimento mecanizado como o transporte das embalagens descartadas, higienização,
separação dos insumos por cores, trituração das matérias, adição de composto químico e
realização de testes para garantir a qualidade do produto. Deve-se ter atenção no grau de
temperatura e na resistência do material a ser utilizado no casco para garantir a qualidade do
produto. Com esse processo de transformação do plástico se garante uma destinação correta e
uma economia na compra de matérias primas.
As relações produtivas na atividade industrial atualmente
geram novos recortes territoriais, cujo domínio e poder fogem
da esfera nacional. “Consiste em uma reconstrução do espaço e
de uma nova noção de tempo, que procura atender as demandas
da própria sociedade. (CORTEZ, 2009, p.66).
2.2.3 Fluxo de logística reversa
Para implantação da logística reversa na fabricação dos capacetes de segurança será
preciso desenvolver empresas para cumprir alguns requisitos como coletar os materiais,
realização da higienização, separação dos materiais e a entrega do produto já triturado.
179
FIGURA 6: LOGÍSTICA REVERSA - LINHA DE PRODUÇÃO DO CAPACETE: Elaborado pelos autores.
O fluxo demonstrado acima atinge dois níveis, sendo o primeiro as pessoas que
realizam a coleta de materiais nas ruas e o segundo as empresas que já fazem a separação dos
materiais, e com este fluxo terão novas oportunidades no mercado, vendendo os materiais
recicláveis com valor agregado.
2.3.1 Desenvolvimento de Empresas Credenciadas
É necessário desenvolver empresas capacitadas para realizar todo este processo, porém
antes de iniciar as atividades é preciso cumprir alguns requisitos, tais como sem fins
lucrativos, formada exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda, reconhecidas como
catadores de materiais recicláveis, cuja o faturamento deve ser dívida entre seus associados ou
cooperados; deverá ter experiência na atividade e possuir infraestrutura mínima para realizar a
180
coleta, triagem e tratamentos dos resíduos recicláveis, visando a sua comercialização; o
registro das empresas e dos trabalhadores e recolhimento de impostos.
A empresa credenciada será valorizada e ainda estará contribuindo com os itens
recicláveis, demonstrando que é possível promover a sustentabilidade garantindo a eficiência
do sistema. Para a operação ser bem-sucedida e a eficiência de um sistema de logística reversa
não dependem apenas das empresas coletoras, mas também das estruturas das indústrias para
receber estes materiais. A utilização de materiais recicláveis que compõem a construção do
capacete de segurança garante benefícios ao meio ambiente e um baixo custo para sua
produção.
2.3.2 Baixo Custo de Produção
Com a utilização de matérias recicláveis na produção, serão economizados recursos
naturais e através da logística reversa será possível fabricar o capacete de segurança com
qualidade, contribuir com o baixo custo de fabricação e será possível realizar a venda do
produto com o preço considerável.
De acordo com (Silva, 2017).
Para a seleção do capacete de segurança ideal é necessário
levar alguns critérios em consideração. Antes de tudo verifique
o fator mais importante, se o capacete possui o Certificado de
aprovação (CA), comprovando se ele atende a NBR 8221;
2003.
Através da troca proposta sobre os plásticos recicláveis para fabricação do
equipamento de segurança, poderá surgir novas tecnologias de melhoramento no processo
produtivo, que contribuirão com o meio ambiente. A integração da logística reversa poderá
tornar uma tendência de crescimento escalável.
2.3.3 Realização de Teste de Qualidade no Capacete Reciclável
De acordo com Norma Regulamentadora NR. 6 (Equipamento de proteção individual)
todos os fabricantes de EPI devem submeter aos testes de qualidade que são regidos pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a NBR 8221.
De acordo com a NBR 8221(2003):
181
A execução dos ensaios de tipo deve ser feita com exemplares selecionados
da seguinte forma. Primeiramente, devem ser removidos todos os acessórios
dos capacetes, exceto a jugular, se houver. Em seguida, pelo menos um
capacete deve ser selecionado para os exames dimensional e visual. Este (s)
mesmo (s) capacete (s) deve (m) ser então submetido (s) ao ensaio de vão
livre vertical. Em seguida, caso se esteja realizando ensaios para classe B, o
(s) casco (s) deste (s) mesmo (s) capacete (s) deve (m) ser submetido (s) ao
ensaio de tensão aplicada e de rigidez dielétrica. Pelo menos outros seis
capacetes devem ser submetidos ao ensaio de resistência a impacto, dos
quais no mínimo três pré-condicionados a quente e três pré-condicionados a
frio. Pelo menos outro capacete, ainda não submetido a nenhum ensaio, deve
ser submetido ao ensaio de resistência a penetração e, em seguida, ao ensaio
de inflamabilidade. (p.6)
FIGURA 7: MODELO DE CAPACETE: Soluções Integradas - Revisão 00/2012 - Impressão 10/2012
Os capacetes são classificados pela norma ABNT NBR 8221, de acordo com o seu
formato e capacidade de resistência a choques elétricos. O equipamento de proteção
individual não pode ser apresentado no comércio para distribuição, primeiramente deve se
realizar os ensaios para se afirmar a eficácia do equipamento e de realizar a proteção do
funcionário em suas práticas de uso.
182
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho desenvolvido demonstrou seu objetivo principal que é mostrar o impacto
do reaproveitamento do equipamento de proteção individual entre fabricantes e consumidores.
Diante dos vários problemas encontrados com o descarte de plásticos, entre eles o
capacete de proteção, este projeto vem conscientizar as pessoas e as empresas da importância
de solucionar este problema. Assim os capacetes que antes seriam descartados poderão ser
reutilizados voltando como matéria prima ao mesmo processo produtivo.
Os fluxos criados servem como propostas de melhoria e apresentando a possibilidade
de movimentar um sistema que ainda não foi discutido entre os fabricantes de EPI, através
dos conceitos de logística reversa.
Mostrou-se também como uma empresa e o consumidor final poderão se beneficiar,
explicando através dos fluxos o processo de reutilização detalhadamente.
Este projeto procurou demonstrar que os capacetes velhos são uma ótima oportunidade
para a transformação do mesmo produto; demonstrou que reciclando e reutilizando o produto
é possível contribuir com a redução da poluição, aumentar o lucro para os fabricantes e
repassar aos consumidores com menor custo.
REFERÊNCIAS
ABIPET. Associação brasileira de produtos plásticos, Reciclagem de PET disponível em
http://www.abipet.org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=7 acesso em 16 de abr.
de 2018.
ANVISA. Anvisa libera uso de embalagens PET reciclada em alimentos. Disponível em
http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2008/190308_2.htm. Acesso em 07 de abr. de
2018.
BARBIERI, J. C.; DIAS, M. Logística reversa como instrumento de programas de
produção e consumo sustentáveis. Tecnologista. São Paulo, n. 77, p. 58-69, 2002.
183
CALDERONI, Sabetai. Os bilhões perdidos no lixo. 4ª ed. São Paulo: ed. Humanas, 2003.
CORTEZ, Reestruturações produtivas e organizacionais na atividade. São Paulo: UNESP
4ª ed. São Paulo, p.66, 2009.
ECYCLE; Prós e contras do plástico para o meio ambiente; disponível em
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/686-pros-e-contras-do-plastico-para-
o-meio-ambiente.html Acesso em 21 de abr. de 2018.
GONÇALVES, Marcus Eduardo; MARINS, Fernando Augusto Silva. Logística Reversa
numa Empresa de Laminação de Vidros: um Estudo de Caso. Gestão & Produção disponível em http://www.scielo.br/pdf/gp/v13n3/03.pdf acesso em 15 de mar. de 2018
LACERDA, Leonardo; Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais
disponível em http://ecodesenvolvimento.org/biblioteca/artigos/logistica-reversa-uma visao-
sobre-os-conceitos acessado em 15 de mar. de 2018.
MARCOS, Sileno. A importância da logística reversa para o meio ambiente. 25 de jun de
2011. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-importancia-da-
logisticareversa-para-o-meio-ambiente/56135 Acesso em 10 de abr. de 2018.
MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE; Cidades Sustentáveis – Resídua Logística Reversa
disponível em http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos perigosos/logística
reversa acessada em 16 de mar. de 2018.
RIBEIRO, Flávio de Miranda; SILVA, G. A. Enfoque sobre produto: uma necessária
mudança de paradigma para busca do desenvolvimento sustentável. In: Global
Conference: Building a Sustainable World, São Paulo. Global Conference: Building a
Sustainable World, 2002.
SILVA, Proteção para a cabeça; Blog Gaveteiro (2017) disponível em
http://blog.gaveteiro.com.br/2017/04/13/episodio-06-serie-especial-epi-protecaopara-cabeca/
acesso em 20 de abr. de 2018.