A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

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  • 7/22/2019 A IMPORTNCIA DA TICA NA FORMAO DE RECURSOS HUMANOS

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    A IMPORTNCIA DA TICA NA FORMAO DE RECURSOS HUMANOS

    1 INTRODUO

    So freqentes as queixas sobre falta de tica na sociedade, na poltica, na indstria e atmesmo nos meios esportivos, culturais e religiosos.

    A sociedade contempornea valoria comportamentos que praticamente excluem qualquerpossibilidade de cultivo de rela!"es ticas. # f$cil verificar que o dese%o obsessivo naobten!o, possesso e consumo da maior quantidade possvel de bens materiais o valorcentral na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestgio social concedido paraquem consegue esses bens. & sucesso material passou a ser sin'nimo de sucesso social eo (xito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. )revalecem o despreo ao tradicional,o culto * massifica!o e mediocridade que no amea!am e que permitem a manipula!of$cil das pessoas.

    +m dos campos mais carentes, no que di respeito * aplica!o da tica, o do trabalo eexerccio profissional. )or esta rao, executivos e te-ricos em administra!o de empresasvoltaram a se debru!ar sobre quest"es ticas. A l-gica alimentadora desse processo no idealista nem cor de rosa. # l-gica do capital que, para poder sobreviver, tem que sermais tico, evitando cair na barb$rie e autodestrui!o. So os pr-prios pressupostos dadisputa empresarial que for!am a ado!o de um modelo mais tico.

    & individualismo extremo, muitas vees associado * falta de tica pessoal, tem levadoalguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses dasempresas em que trabalam, colocando/as em risco. &s casos de corrup!o einvestimentos duvidosos nas empresas pblicas e privadas so os maiores exemplos doque estamos diendo.

    0sse quadro nos remete diretamente * questo da forma!o de recursos umanos, poisso as pessoas a base de qualquer tentativa de iniciar o resgate da tica nas empresas enas rela!"es de trabalo.

    &s programas de treinamento, educa!o e desenvolvimento de recursos umanos domuita (nfase aos assuntos tcnicos, que so exaustivamente abordados, discutidos econsiderados, esquecendo por completo os aspectos ticos, essenciais para a dinmica dequalquer atividade profissional.

    0sta defici(ncia de forma!o tambm ocorre nos meios acad(micos, onde possvel

    verificar o profundo desconecimento que os estudantes t(m sobre o assunto.

    & currculo adotado em grande nmero de escolas e universidades, exce!"es * parte,parece no dar muita (nfase ao estudo da tica.

    1osso trabalo tra como proposta discutir a importncia da tica na forma!o derecursos umanos, buscando as vantagens que as empresas e a sociedade poderiam obtercom esse estudo. 0 se entendermos a universidade como o local da produ!o doconecimento e amplia!o de oriontes cognitivos, passaremos ento a v(/la como oespa!o natural para o desenvolvimento cientfico do estudo da tica. Seria redundante

    lembrar que administradores e omens de neg-cios quase sempre passam pelos bancosescolares e que teriam sua forma!o enriquecida com a oportunidade de desenvolverconecimentos na $rea da #tica 0mpresarial.

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    +tiliamos ampla pesquisa bibliogr$fica buscando sempre o equilbrio entre a tradi!ofilos-fica os novos paradigmas que esto servindo de inspira!o para a administra!ocontempornea de empresas e exerccio profissional.

    2niciamos nosso trabalo a partir do estudo da tica, numa perspectiva mais te-rica,discutindo sua defini!o, ist-ria e doutrinas. 0sse primeiro captulo visa proporcionar oembasamento conceitual para o restante do trabalo.

    & captulo seguinte estabelece as liga!"es e influ(ncias mtuas que ocorreram entre otrabalo umano e a tica, ao longo da ist-ria.

    0ste captulo tem sua seq(ncia natural nos dois seguintes, quando procuramos traer atica para o ambiente das empresas e organia!"es, estudando as vantagens de suaimplanta!o, para os trabaladores e sociedade.

    +ma ve analisados todos esses aspectos, cegamos ao coroamento de nosso estudo,quando analisamos a questo da educa!o tica, buscando alternativas de aplica!o, emempresas, escolas e universidades.

    2 TICA

    A tica uma caracterstica inerente a toda a!o umana e, por esta rao, umelemento vital na produ!o da realidade social. 3odo omem possui um senso tico, umaespcie de consci(ncia moral, estando constantemente avaliando e %ulgando suas a!"espara saber se so boas ou m$s, certas ou erradas, %ustas ou in%ustas.

    0xistem sempre comportamentos umanos classific$veis sob a -tica do certoe errado, dobeme do mal. 0mbora relacionadas com o agir individual, essas classifica!"es sempre t(mrela!o com as matries culturais que prevalecem em determinadas sociedades econtextos ist-ricos.

    A tica est$ relacionada * op!o, ao dese%o de realiar a vida, mantendo com os outrosrela!"es %ustas e aceit$veis. 4ia de regra est$ fundamentada nas idias de bem e virtude,enquanto valores perseguidos por todo ser umano e cu%o alcance se tradu numaexist(ncia plena e feli.

    & estudo da tica talve tena se iniciado com fil-sofos gregos $ 56 sculos atr$s. 7o%eem dia, seu campo de atua!o ultrapassa os limites da filosofia e inmeros outros

    pesquisadores do conecimento dedicam/se ao seu estudo. Soci-logos, psic-logos,bi-logos e muitos outros profissionais desenvolvem trabalos no campo da tica.

    Ao iniciar um trabalo que envolve a tica como ob%eto de estudo, consideramosimportante, como ponto de partida, estudar o conceito de tica, estabelecendo seu campode aplica!o e faendo uma pequena abordagem das doutrinas ticas que consideramosmais importantes para o nosso trabalo.4oltar ao ndice

    5.8 )9&:;0

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    A tica no algo superposto * conduta umana, pois todas as nossas atividadesenvolvem uma carga moral. 2dias sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o permitido eo proibido definem a nossa realidade.

    0m nossas rela!"es cotidianas estamos sempre diante de problemas do tipo> ?evo sempredier a verdade ou existem ocasi"es em que posso mentir@ Ser$ que correto tomar talatitude@ ?evo a%udar um amigo em perigo, mesmo correndo risco de vida@ 0xiste algumaocasio em que seria correto atravessar um sinal de trnsito vermelo@

    &s soldados que matam numa guerra, podem ser moralmente condenados por seuscrimes ou esto apenas cumprindo ordens@

    0ssas perguntas nos colocam diante de problemas pr$ticos, que aparecem nas rela!"esreais, efetivas entre indivduos. So problemas cu%as solu!"es, via de regra, no envolvemapenas a pessoa que os prop"e, mas tambm a outra ou outras pessoas que poderosofrer as conseq(ncias das decis"es e a!"es, conseq(ncias que podero muitas veesafetar uma comunidade inteira.

    & omem um ser/no/mundo, que s- realia sua exist(ncia no encontro com outrosomens, sendo que, todas as suas a!"es e decis"es afetam as outras pessoas. 1estaconviv(ncia, nesta coexist(ncia, naturalmente t(m que existir regras que coordenem earmoniem esta rela!o. 0stas regras, dentro de um grupo qualquer, indicam os limitesem rela!o aos quais podemos medir as nossas possibilidades e as limita!"es a quedevemos nos submeter. So os c-digos culturais que nos obrigam, mas ao mesmo temponos protegem.

    ?iante dos dilemas da vida, temos a tend(ncia de conduir nossas a!"es de forma quaseque instintiva, autom$tica, faendo uso de alguma f-rmula ou receita presente emnosso meio social, de normas que %ulgamos mais adequadas de serem cumpridas, por

    terem sido aceitas intimamente e reconecidas como v$lidas e obrigat-rias. aemos usode normas, praticamos determinados atos e, muitas vees, nos servimos de determinadosargumentos para tomar decis"es, %ustificar nossas a!"es e nos sentirmos dentro danormalidade.

    As normas de que estamos falando t(m rela!o como o que camamos de valores morais.So os meios pelos quais os valores morais de um grupo social so manifestos e acabamadquirindo um car$ter normativo e obrigat-rio. A palavra moral tem sua origem no latimmosBmores, que significa costumes, no sentido de con%unto de normas ou regrasadquiridas por $bito. 1otar que a expresso bons costumes usada como sendosin'nimo de moral ou moralidade.

    A moral pode ento ser entendida como o con%unto das pr$ticas cristaliadas peloscostumes e conven!"es ist-rico/sociais. =ada sociedade tem sido caracteriada por seuscon%untos de normas, valores e regras. So as prescri!"es e proibi!"es do tipo nomatar$s, no roubar$s, de cumprimento obrigat-rio.

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    A este comportamento pr$tico/moral, que %$ se encontra nasformas mais primitivas de comunidade, sucedeposteriormente / muitos mil(nios depois / a reflexo sobreele. &s omens no s- agem moralmente Eisto enfrentamdeterminados problemas nas suas rela!"es mtuas, tomamdecis"es e realiam certos atos para resolv(/los e, ao mesmotempo, %ulgam ou avaliam de uma ou de outra maneira estasdecis"es e estes atosG, mas tambm refletem sobre essecomportamento pr$tico e o tomam como ob%eto da suareflexo e de seu pensamento. ?$/se assim a passagem doplano da pr$tica moral para o da teoria moralH ou, em outraspalavras, da moral efetiva, vivida, para a moral reflexa.Cuando se verifica esta passagem, que coincide com osincios do pensamento filos-fico, %$ estamos propriamente naesfera dos problemas te-ricos/morais ou ticos.

    &u como bem nos coloca &taviano )09029A E8FF8, p. 5IG>

    & velo se contrapondo ao novo o que podemos esperarcomo conflito saud$vel para o avan!o da moral. &ra, a vidadas pessoas no deve ser como uma geladeira paraconservas. & ideal evitar o congelamento da moral emc-digos impessoais, que vo perdendo sua rao de ser, dadoo car$ter dinmico das pr-prias rela!"es.

    & mesmo autor prossegue>

    A intera!o dialtica entre o que constitudo Ea moralvigenteG e o constituinte Ea moral sendo repensada erecriadaG necess$ria * sobreviv(ncia tanto da pr-pria moralcomo da respira!o dos indivduos frente a ela. A dan!a dosvalores entra nessa inten!o e na ierarquia que elesimplicam. 1a ierarquia dos valores a relatividade dosmesmos que se deve enfatiar, %$ que o sufocamento doindivduo pela absolutia!o do que est$ estabelecido operigo maior que se deve evitar. alar em valores e na sua

    relatividade diante da dinmica que a se estabelece referir/se necessariamente a uma crise em geral permanente,advinda das rela!"es entre o vivido e o erdado. # bomsempre tirarmos proveito disso, faer dessa crise algosaud$vel. Acontece que nossa nsia benfae%a em mudar,recriar o mundo se esbarra no fato moral natural de que,quando criamos regras, normas de conduta ou leis, n-s asimaginamos como um bem permanente JKL. Eibid., p.5IG

    =omo podemos entender ento o conceito de tica@ A tica, tantas vees interpretadacomo sin'nimo de moral, aparece exatamente na ora em que estamos sentindo anecessidade de aprofundar a moral. Meralmente a tica apoia/se em outras $reas do

    conecimento como a antropologia e a ist-ria para analisar o contedo da moral. Seria otratamento te-rico em torno da moral e da moralidade.

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    +ma disciplina origin$ria da filosofia, $ muito discutida pelos fil-sofos de todas as pocase que se estende a outros campos do saber como teologia, ci(ncias e direito.4oltar ao ndice5.5 ?0212NO& ?0 #32=A

    A tica seria ento uma espcie de teoria sobre a pr$tica moral, uma reflexo te-rica queanalisa e critica os fundamentos e princpios que regem um determinado sistema moral. &dicion$rio Abbagnado, entre outras considera!"es nos di que a tica em geral, aci(ncia da conduta EA::AM1A1&, sd, p.PQRG e Sance 4ASC+0D E8FF6, p.85G amplia adefini!o afirmando que atica a teoria ou cincia do comportamento moral doshomens em sociedade. &u se%a, ci(ncia de uma forma especfica de comportamentoumano. 0 refor!a esta defini!o com a seguinte explica!o>

    Assim como os problemas te-ricos morais no se identificam com osproblemas pr$ticos, embora este%am estritamente relacionados, tambm

    no se podem confundir a tica e a moral. A tica no cria a moral.=onquanto se%a certo que toda moral sup"e determinados princpios,normas ou regras de comportamento, no a tica que os estabelece numadeterminada comunidade. A tica depara com uma experi(ncia ist-rico/social no terreno da moral, ou se%a, com uma srie de pr$ticas morais %$ emvigor e, partindo delas, procura determinar a ess(ncia da moral, suaorigem, as condi!"es ob%etivas e sub%etivas do ato moral, as fontes daavalia!o moral, a naturea e a fun!o dos %uos morais, os critrios de%ustifica!o destes %uos e o princpio que rege a mudan!a e a sucesso dediferentes sistemas morais. Eibid., p.85G

    &s problemas ticos, ao contr$rio dos pr$tico/morais so caracteriados pela sua

    generalidade. )or exemplo, se um indivduo est$ diante de uma determinada situa!o,dever$ resolv(/la por si mesmo, com a a%uda de uma norma que reconece e aceitaintimamente pois o problema do que faer numa dada situa!o um problema pr$tico/moral e no te-rico/tico.

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    e as necessidades e os interesses sociais, ela nos a%udar$ a situar no devido lugar a moralefetiva, real, do grupo social. )or outro lado, ela nos permite exercitar uma forma dequestionamento, onde nos colocamos diante do dilema entre o que e o que deveriaser, imuniando/nos contra a simpl-ria assimila!o dos valores e normas vigentes nasociedade e abrindo em nossas almas a possibilidade de desconfiarmos de que os valores

    morais vigentes podem estar encobrindo interesses que no correspondem *s pr-priascausas geradoras da moral. A reflexo tica tambm permite a identifica!o de valorespetrificados que %$ no mais satisfaem os interesses da sociedade a que servem. ung

    1a poca da escravido, por exemplo, as pessoas acreditavam que osescravos eram seres inferiores por naturea Ecomo diia Arist-telesG ou pelavontade divina Ecomo diiam muitos na Amrica colonialG. 0las no sesentiam eticamente questionadas diante da in%usti!a cometida contra osescravos. 2sso porque o termo in%usti!a %$ fruto de %uo tico de algum

    que percebe que a realidade no o que deveria ser. A experinciaexistencial de se rebelar diante de uma situa!" desumana "uin#usta $ c%amada de indi&na!" $ticaJo grifo no fa parte dooriginalL.

    Sendo a tica uma ci(ncia, devemos evitar a tenta!o de redui/la ao campoexclusivamente normativo. Seu valor est$ naquilo que explica e no no fato de prescreverou recomendar com vistas * a!o em situa!"es concretas.A tica tambm no tem car$ter exclusivamente descritivo pois visa investigar e explicar ocomportamento moral, tra!o inerente da experi(ncia umana.1o fun!o da tica formular %uos de valor quanto * pr$tica moral de outras

    sociedades, mas explicar a rao de ser destas diferen!as e o porque de os omens teremrecorrido, ao longo da ist-ria, a pr$ticas morais diferentes e at opostas.4oltar ao ndice5.P #32=A 0 72S3U92AA tica aceita a exist(ncia da ist-ria da moral, tomando como ponto de partida adiversidade de morais no tempo, entendendo que cada sociedade tem sido caracteriadapor um con%unto de regras, normas e valores, no se identificando com os princpios enormas de nenuma moral em particular nem adotando atitudes indiferentes ou oeclticas diante delas. A ist-ria da tica um assunto complexo e que exige algunscuidados em seu estudo.

    =umpre advertir, antes de tudo, que a ist-ria da tica como disciplinafilos-fica mais limitada no tempo e no material tratado do que a ist-riadas idias morais da umanidade. 0sta ltima ist-ria compreende o estudode todas as normas que regularam a conduta umana desde os tempos pr/ist-ricos at os nossos dias. 0sse estudo no s- filos-fico ou ist-rico/filos-fico, mas tambm social. )or este motivo, a ist-ria das idias morais/ ou, se prefere eliminar o termo ist-ria, a descri!o dos diversos gruposde idias morais / um tema de que se ocupam disciplinas tais como asociologia e antropologia. &ra, a exist(ncia de idias morais e de atitudesmorais no implica, porm, a presen!a de uma disciplina filos-ficaparticular. Assim, por exemplo, podem estudar/se as atitudes e idias

    morais de diversos povos primitivos, ou dos povos orientais, ou de %udeus,ou dos egpcios, etc., sem que o material resultante deva for!osamenteenquadrar/se na ist-ria da tica. 0m nossa opinio, por conseguinte, s- $

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    ist-ria da tica no mbito da ist-ria da filosofia. Ainda assim, a ist-ria datica adquire, por vees, uma consider$vel amplitude, por quanto fica difcil,com freq(ncia, estabelecer uma separa!o rigorosa entre os sistemasmorais / ob%eto pr-prio da tica / e o con%unto de normas e atitudes decar$ter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada

    fase ist-rica. =om o fim de solucionar este problema, os istoriadores datica limitaram seu estudo *quelas idias de car$ter moral que possuemuma base filos-fica, ou se%a, que, em ve de se darem simplesmente comosupostas, so examinadas em seus fundamentosH por outras palavras sofilosoficamente %ustificadas. 1o importa neste caso, que a %ustifica!o deum sistema de idias morais se%a extramoral Epor exemplo, que se baseienuma metafsica ou numa teologiaGH o decisivo que a%a uma explica!oracional das idias ou das normas adotadas. )or este motivo, osistoriadores da tica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotaras mesmas divis"es propostas pelos istoriadores da filosofia. E

    As doutrinas ticas fundamentais nascem e se desenvolvemem diferentes pocas e sociedades como respostas aosproblemas b$sicos apresentados pelas rela!"es entre osomens e em particular pelo seu comportamento moral

    efetivo. )or isto, existe uma estreita vincula!o entre osconceitos morais e a realidade umana, social, su%eitaistoricamente * mudan!a. )or conseguinte, as doutrinasticas no podem ser consideradas isoladamente, mas dentrode um processo de mudan!a e de sucesso que constituipropriamente a sua ist-ria. #tica e ist-ria, por tanto,relacionam/se duplamente> aG =om a vida social e, dentrodesta, com as morais concretas que so um dos seusaspectosH bG com a sua ist-ria pr-pria, %$ que cada doutrinaest$ em conexo com as anteriores Etomando posi!o contraelas ou integrando alguns problemas e solu!"es precedentesG,ou com as doutrinas posteriores Eprolongando/se ouenriquecendo/se nelasG.

    0m toda moral efetiva se elaboram certos princpios, valoresou normas.

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    profundidade as contribui!"es que )lato, Arist-teles, 0spinosa, Want e outros grandesfil-sofos deram * discusso sobre a moral. rao, vontade Eou nimoG e apetite Eou dese%osG. As virtudes so fun!o desta alma, asquais so determinadas pela naturea da alma e pela diviso de suas partes. 1a verdadeele estava propondo uma tica das virtudes, que seriam fun!o da alma.)ela rao, faculdade superior e caracterstica do omem, a alma se elevaria mediante acontempla!o ao mundo das idias. Seu fim ltimo purificar ou libertar/se da matria

    para contemplar o que realmente e, acima de tudo, a idia do :em.)ara alcan!ar a purifica!o necess$rio praticar as v$rias virtudes que cada parte da almapossui. )ara )lato cada parte da alma possui um ideal ou uma virtude que devem serdesenvolvidos para seu funcionamento perfeito. A rao deve aspirar * sabedoria, avontade deve aspirar * coragem e os dese%os devem ser controlados para atingir atemperan!a.=ada uma das partes da alma, com suas respectivas virtudes, estava relacionada comuma parte do corpo. A rao se manifesta na cabe!a, a vontade no peito e o dese%o baixo/ventre. Somente quando as tr(s partes do omem puderem agir como um todo quetemos o indivduo arm'nico.A armonia entre essas virtudes constitua uma quarta virtude> a %usti!a.)lato de certa forma criou uma pedagogia para o desenvolvimento das virtudes. 1a

    escola as crian!as primeiramente t(m de aprender a controlar seus dese%osdesenvolvendo a temperan!a, depois incrementar a coragem para, por fim, atingir asabedoria.

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    A tica de )lato est$ relacionada intimamente com sua filosofia poltica, porque para ele,a polis Ecidade estadoG o terreno pr-prio para a vida moral. Assim ele buscou um estadoideal, um estado/modelo, ut-pico, que era constitudo exatamente como o ser umano.Assim, como o corpo possui cabe!a, peito e baixo/ventre, tambm o estado deveriapossuir, respectivamente, governantes, sentinelas e trabaladores. & bom estado

    sempre dirigido pela rao.

    =&9)& A;

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    0m rela!o ao meio termo, em alguns casos a falta e emoutros o excesso que est$ mais afastadoH por exemplo, no temeridade, que o excesso, mas a covardia, que a falta,que mais oposta * coragem, e no a insensibilidade, que uma falta, mas a concupisc(ncia, que um excesso, que mais oposta * modera!o. 2sto ocorre por duas ra"esH umadelas tem origem na pr-pria coisa, pois por estar um extremomais pr-ximo ao meio termo e ser mais parecido com eleopomos ao intermedi$rio no o extremo, mas seu contr$rio.)or exemplo, como se considera a temeridade mais parecidacom a coragem, e a covardia mais diferente, opomos estaltima * coragem, pois as coisas mais afastadas do meiotermo so tidas como mais contr$rias a eleH a outra raotem origem em n-s mesmos, pois as coisas para as quais nosinclinamos mais naturalmente parecem mais contr$rias ao

    meio termo. )or exemplo, tendemos mais naturalmente paraos praeres, e por isso somos levados mais facilmente para aconcupisc(ncia do que para a modera!o. =amamosportanto contr$rias ao meio termo as coisas para as quais nossentimos mais inclinadosH logo, a concupisc(ncia, que umexcesso mais contr$ria * modera!o. Eibid, p.IQG

    ?a ser difcil, segundo Arist-teles, ser bom na medida em que o meio termo no facilmente encontrado> )or isso a bondade tanto rara quanto nobre e louv$vel.A #tica de Arist-teles / assim como a de )lato / est$ unida * sua filosofia poltica, %$ quepara ele a comunidade social e poltica o meio necess$rio para o exerccio da moral.Somente nela pode realiar/se o ideal da vida te-rica na qual se baseia a felicidade. &

    omem moral s- pode viver na cidade e portanto um animal poltico, ou se%a social.Apenas deuses e animais selvagens no tem necessidade da comunidade poltica paraviver. & omem deve necessariamente viver em sociedade e no pode levar uma vidamoral como indivduo isolado e sim no seio de uma comunidade.& est"icism"e o epicurism"surgem no processo de decad(ncia e de runa do antigomundo greco/romano.)ara 0picuro EPI8/5TR a.=G o praer um bem e como tal o ob%etivo de uma vida feli.0stava lan!ada ento a idia de %ed"nism"que uma concep!o tica que assume opraer como princpio e fundamento da vida moral.

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    0videntemente a tica fica su%eita a este contedo religioso.&s fil-sofos cristos tiveram uma dupla atitude diante da tica. Absorveram o tico noreligioso, edificando um tipo de tica que o%e camamos de te+n"ma, que fundamentaem ?eus os princpios da moral. ?eus, criador do mundo e do omem, concebido comoum ser pessoal, bom, onisciente e todo poderoso. & omem, como criatura de ?eus, tem

    seu fim ltimo 1ele, que o seu bem mais alto e valor supremo. ?eus exige a suaobedi(ncia e a su%ei!o a seus mandamentos, que neste mundo t(m o car$ter deimperativos supremos.1um outro sentido tambm aproveitaram muitas das idias da tica grega /principalmente plat'nicas e est-icas / de tal modo que partes dessa tica, como a doutrinadas virtudes e sua classifica!o inseriram/se quase na sua totalidade na tica crist.0videntemente, enquanto certas normas ticas eram assimiladas, outras, por suaincompatibilidade com os ensinamentos cristos eram re%eitados. A %ustificativa dosuicdio, por exemplo, foi amplamente re%eitada pelos fil-sofos cristos.A tica crist uma tica subordinada * religio num contexto em que a filosofia servada teologia. 3emos ento um tica limitada por parmetros religiosos e dogm$ticos.# uma tica que tende a regular o comportamento dos omens com vistas a um outro

    mundo Eo reino de ?eusG, colocando o seu fim ou valor supremo fora do omem, nadivindade.# curioso notar que ao pretender elevar o omem de uma ordem natural para outratranscendental e sobrenatural, onde possa viver um vida plena e feli, livre dasdesigualdades e in%usti!as do mundo terreno, ela introdu uma idia verdadeiramenteinovadora, ou se%a, todos seriam iguais diante de ?eus e so camados a alcan!ar aperfei!o e a %usti!a num mundo sobrenatural, o reino dos =us.0m sua g(nese essa tica tambm absorve muito do que )lato e Arist-telesdesenvolveram. )ode/se at dier que seus dois maiores fil-sofos, 'ant" A&"stin%"EP6I/IPRG e '!" T"m,s de A-uin"E855Q/85TIG refletem, respectivamente, idias de)lato e Arist-teles.A purifica!o da alma, em )lato, e sua ascenso libertadora at elevar/se ao mundo dasidiastem correspond(ncia na eleva!o asctica at ?eus exposta por Santo Agostino.A tica de 3om$s de Aquino tem muitos pontos de coincid(ncia com Arist-teles e comoaquela busca atravs de contempla!o e de conecimento alcan!ar o fim ltimo, que paraele era ?eus.A ist-ria da tica complica/se a partir do 9enascimento 0uropeu e podemos camar detica moderna *s diversas tend(ncias que prevaleceram desde o sculo Y42 at o incio dosculo Y2Y.1o f$cil sistematiar as diversas doutrinas ticas que surgiram neste perodo, tamanasua diversidade, mas podemos encontrar, talve como rea!o * tica crist desc(ntrica eteol-gica uma tend(ncia antropoc(ntrica.0videntemente essa mudan!a de ponto de vista no aconteceu ao acaso. e/senecess$rio um entendimento sobre as mudan!as que o mundo sofreu, nas esferasecon'mica, poltica e cientfica para entendermos todo o processo.

    A forma de organia!o social que sucedeu * feudal, tra em sua estrutura mudan!as emtodas as ordens.A economia, por exemplo, viu crescer de forma muito intensa o relacionamento de suasfor!as produtivas com o desenvolvimento cientfico que come!ara a fundamentar a ci(nciamoderna / so dessa poca os trabalos de Malileu e 1eZton / e desse relacionamento sedesenvolvem as rela!"es capitalistas de produ!o.0ssa nova forma de produ!o fortalece uma nova classe social / a burguesia / que lutapara se impor poltica e economicamente. # uma poca de grandes revolu!"es polticasE7olanda, ran!a e 2nglaterraG e no plano estatal assistimos o desaparecimento dafragmentada sociedade feudal e o fortalecimento dos grandes 0stados

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    crist, que imp"e os valores espirituais como superiores aos polticos, quando defendeu aado!o de uma moral pr-pria em rela!o ao 0stado. & que importa so os resultados eno a a!o poltica em si, sendo legtimos os usos da viol(ncia contra os que se op"e aosinteresses estatais.

    0xaminando as outras qualidades atr$s enumeradas, direi quetodo o prncipe deve dese%ar ser tido como piedoso, e nocomo cruelH no obstante, deve cuidar de no usar mal apiedade. =esar :orgia era tido como cruelH entretanto, essasua crueldade avia posto ordem na 9omana, promovido asua unio e a sua pacifica!o e inspirando confian!a, o que,bem considerado, mostra ter sido ele muito mais piedoso doque os florentinos, os quais, para esquivarem da reputa!o decruis deixaram que )ist-ia fosse destruda. ?eve umprncipe, portanto, no se importar com a reputa!o de cruel,a fim de poder manter os seus sditos em pa e confiantes,

    pois que, com pouqussimas repress"es, ser$ mais piedoso doque aqueles que, por muito clementes, permitem asdesordens das quais resultem assassnios e rapinagens. 0stasatingem a comunidade inteira, enquanto que os castigosimpostos pelo prncipe atingem poucos. E

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    seno se prever como pr-ximo o seu fim, faem contar amorte entre os bens.E?e om., Y2 , QG

    )ara 7obbes, indivduos que decidem viver em sociedade no so melores ou menosegostas do que os selvagens> so apenas mais clarividentes, percebendo que, secooperarem, podem ser mais ricos e mais felies. Seu bom comportamento deriva do seuegosmo. 0m outras palavras, o que leva dois omens pr/ist-ricos a se unirem numaca!ada a um tigre dente/de/sabre, o fato de que, %untos, t(m mais cances de mat$/losem se ferirem.0aruc% de spin"saE8QP5/8QTTG afirmava que os omens tendem naturalmente apensar apenas em si mesmos, que em seus dese%os e opini"es as pessoas so sempreconduidas por suas paix"es, as quais nunca levam em conta o futuro ou as outraspessoas. 0ssa tend(ncia a conserva!o, * consecu!o de tudo que til muitas veescolocada na obra de 0spinosa como sendo a pr-pria a!o necessitante da Substncia?ivina.

    +ma ve que a 9ao no pede nada que se%a contra a1aturea, ela pede, por conseguinte, que cada um se ame asi mesmo, procure o que le til, mas o que le til deverdadeH dese%e tudo o que condu, de fato, o omem a umamaior perfei!oH e, de uma maneira geral, que cada um seesforce por conservar o seu ser, tanto quanto le possvel.2sto to necessariamente verdadeiro como o todo ser maiorque a sua parte. E0S)21&SA, 8FTP, p.5IIG.

    "n% 3"c4eE8QP5/8TRIG atrela a tend(ncia * conserva!o e satisfa!o * uma concep!ode felicidade pblica. ?iia ;oc[e>

    =omo ?eus estabeleceu um liame indissolvel entre a virtudee a felicidade pblica, e tornou a pr$tica da virtude necess$ria* conserva!o da sociedade umana e visivelmente vanta%osapara todos os que precisam tratar com as pessoas de bem,ningum se deve maravilar se cada um no s- aprovar essasregras, mas igualmente recomend$/las aos outros, estandopersuadido de que, se as observarem, le adviro vantagens

    a ele pr-prio. E0nsaio, 2, 5, QG

    Da*id /umeE8T88/8TTQG seguindo essa lina nos coloca que o fundamento da moral autilidade, ou se%a, boa a!o aquela que proporciona felicidade e satisfa!o *sociedade. A utilidade agrada porque responde a uma necessidade ou tend(ncia naturalque inclina o omem a promover a felicidade dos seus semelantes.Ao invs de limitar os dese%os umanos *queles determinados apenas pelo interessepessoal Ecomida, dineiro, gl-ria, etcG, 7ume percebeu que muitas das nossas paix"esesto baseadas no que ele camava de simpatia / a capacidade de sentir em si mesmo ossofrimentos e at mesmo as alegrias de outrem.

    0ssa viso do ser umano como criatura simp$tica tornava impossvel tra!ar, * maneirade 7obbes, uma ntida lina divis-ria entre o interesse pessoal e o interesse aleio, umave que agora possvel encarar o interesse aleio como se ele fosse um interesse

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    pessoal. 7ume estava propondo uma espcie de rao emocional para o comportamentoaltrusta.)ara ean a-ues R"usseauE8T85/8TTXG o omem bom por naturea e seu espritopode sofrer um aprimoramento quase ilimitado.3alve a expresso maior da tica moderna tena sido o fil-sofo alemo Immannuel

    5antE8T5I/8XRIG.A preocupa!o maior da tica de Want era estabelecer a regra da conduta na substnciaracional do omem. 0le fe do conceito de dever ponto central da moralidade. 7o%e em diacamamos a tica centrada no dever de de"nt"l"&ia.Want diia que a nica coisa que se pode afirmar que se%a boa em si mesma a boavontade ou boa inten!o, aquilo que se p"e livremente de acordo com o dever. &conecimento do dever seria conseq(ncia da percep!o, pelo omem, de que um serracional e como tal est$ obrigado a obedecer o que Want camava de imperativocateg-rico, que a necessidade de respeitar todos os seres racionais na qualidade defins em si mesmo. # o reconecimento da exist(ncia de outros omens Eseres racionaisGe a exig(ncia de comportar/se diante deles a partir desse reconecimento.?eve/se ento tratar a umanidade na pr-pria pessoa como na do pr-ximo sempre como

    um fim e nunca s- como um meio.A tica [antiana busca, sempre na rao, formas de procedimentos pr$ticos que possamser universali$veis, isto , um ato moralmente bom aquele que pode seruniversali$vel, de tal modo que os princpios que eu sigo possam valer para todos.Age apenas segundo uma m$xima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela setorne lei universal. EWA13, 8FXI, p.85FGAnalisando a questo da tortura, por exemplo, me questiono se tal procedimento deveriaser universaliado ou no. Se no posso querer a universalia!o da tortura, tambm noposso aceit$/la no aqui e agora.6riedric% /e&elE8TTR/8XP8G pode ser considerado como sendo o mais importantefil-sofo do idealismo alemo p-s/[antiano.)ara ele, a vida tica ou moral dos indivduos, enquanto seres ist-ricos e culturais, determinada pelas rela!"es sociais que mediatiam as rela!"es pessoais intersub%etivas.7egel dessa forma transforma a tica em uma filosofia do direito. 0le a divide em ticasub%etiva Eou pessoalG e em tica ob%etiva Eou socialG. A primeira uma consci(ncia dedever e a segunda formada pelos costumes, pelas leis e normas de uma sociedade. &0stado, para 7egel, rene esses dois aspectos numa totalidade tica.Assim, a vontade individual sub%etiva tambm determinada por uma vontade ob%etiva,impessoal, coletiva, social e pblica que cria as diversas institui!"es sociais. Alm disso,essa vontade regula e normatia as condutas individuais atravs de um con%unto devalores e costumes vigentes em uma determinada sociedade em uma determinada poca.& ideal tico estava numa vida livre dentro de um 0stado livre, um 0stado de ?ireito quepreservasse os direitos dos omens e les cobrasse seus deveres, onde a consci(nciamoral e as leis do direito no estivessem nem separadas e nem em contradi!o.?essa maneira, a vida tica consiste na interioria!o dos valores, normas e leis de uma

    sociedade, condensadas na vontade ob%etiva cultural, por um su%eito moral que as aceitalivre e espontaneamente atravs de sua vontade sub%etiva individual. A vontade pessoalresulta da aceita!o armoniosa da vontade coletiva de uma cultura.& alemo 5arl .arxE8X8X/8XXPG tambm via a moral como uma espcie desuperestrutura ideol-gica, cumprindo uma fun!o social que, via de regra, servia parasacramentar as rela!"es e condi!"es de exist(ncia de acordo com os interesses da classedominante. 1uma sociedade dividida por classes antag'nicas a moral sempre ter$ umcar$ter de classe.At o%e existem diferentes morais de classe e inclusive numa mesma sociedade podemcoexistir v$rias morais, %$ que cada classe assume uma moral particular. Assim, enquantono se verificarem as condi!"es reais para uma moral universal, v$lida para toda asociedade, no pode existir um sistema moral v$lido para todos os tempos e todas as

    sociedades.)ara

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    Se entendermos a moral prolet$ria como sendo a moral de uma classe que est$ destinadaistoricamente a abolir a si mesma como classe para ceder lugar a uma sociedadeverdadeiramente umana, serve como passagem a uma moral universalmente umana.&s omens necessitam da moral como necessitam da produ!o e cada moral cumpre suafun!o social de acordo com a estrutura social vigente.

    3orna/se necess$ria ento uma nova moral que no se%a o reflexo de rela!"es sociaisalienadas, para regular as rela!"es entre os indivduos, tanto em vista das transforma!"esda vela sociedade como para garantir a armonia da emergente sociedade socialista.3udo isso, a transforma!o da antiga moral e a constru!o da nova, exigem a participa!oconsciente dos omens. A nova moral, com suas novas virtudes transforma/se numanecessidade. & omem portanto, deve interferir sempre na transforma!o da sociedade.+ma outra viso nos apresentada no pensamento de Niet7sc%eE8XII/8FRRG, que umcrtico veemente e morda a toda moral existente, se%a ela a moral socr$tica, a %udaico/cristo ou a moral burguesa.

    1ecessitamos uma crtica dos valores morais, e antes de tudo

    deve discutir/se o valor desses valores, e por isso de toda anecessidade conecer as condi!"es e os meios ambientes emque nasceram, em que se desenvolveram e deformaram Eamoral como conseq(ncia, m$scara, ipocrisia, enfermidadeou equvoco, e tambm a moral como causa, remdio,estimulante, freio ou venenoG conecimento tal que nuncateve outro semelante nem possvel que o tena. 0ra umverdadeiro postulado o valor desses valores> atribui/se aobem um valor superior ao valor do mal, ao valor doprogresso, da utilidade, do desenvolvimento umano. 0 porque@ 1o poderia aver no omem bom um sintoma deretrocesso, um perigo, uma sedu!o, um veneno, um

    sacrifcio do presente a expensas do futuro@ +ma vida maisagrad$vel, mais inofensiva, mas tambm mais mesquina,mais baixa@... ?e tal modo que fosse culpa da moral o no tercegado o tipo omem ao mais alto grau do poder e doesplendor@ 0 de modo que entre todos os perigos fosse amoral o perigo por excel(ncia@... E1203DS=70, 8FXP, p.8P/8IG

    )ara este fil-sofo, a vida vontade de poder, princpio ltimo de todos os valoresH o bem tudo que favorece a for!a vital do omem, tudo o que intensifica e exalta no omem o

    sentimento de poder, a vontade de poder e o pr-prio poder. & mal tudo que vem dafraquea. 1ietsce anunciou o super/omem, capa de quebrar a t$bua dos valorestransmutando/os a todos.+ma outra corrente dentro da tica o utilitarismo, segundo o qual o ob%etivo da moral o de proporcionar o m$ximo de felicidade ao maior nmero de pessoas.)ara "%n 'tuart .illE8XRQ/8XTPG, representante da tica utilitarista, a felicidade residena busca do m$ximo praer e do mnimo de dor. & :em consiste na maior felicidade e avirtude um meio de se atingir essa felicidade, fundamento de toda filosofia moral.

    & credo que aceita a +tilidade ou )rincpio da

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    praer e a isen!o de dor so as nicas coisas dese%$veis J...Lcomo finsH e J...L todas as coisas dese%$veis J...L o so pelopraer inerente a elas mesmas ou como meios para apromo!o do praer e a preserva!o da dor. E

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    ur&em /abermas, fil-sofo alemo nascido em 8F5I, professor da +niversidade deran[furt.Sua obra pretende ser uma reviso e uma atualia!o do marxismo, capa de dar contadas caractersticas do capitalismo avan!ado da sociedade industrial contempornea. auma critica * racionalidade dessa sociedade, caracteriando/a em termos de uma rao

    instrumental, que visa apenas estabelecer os meios para se alcan!ar um fimdeterminado. Segundo sua an$lise, o desenvolvimento tcnico e a ci(ncia voltada apenaspara a aplica!o tcnica acarretam na perda do pr-prio bem, que estaria submetido *sregras de domina!o tcnica do mundo natural.# necess$rio ento a recupera!o da dimenso umana, de uma racionalidade no/instrumental, baseada no agir comunicativo entre su%eitos livres, de car$teremancipador em rela!o * domina!o tcnica.7abermas percebeu a distor!o dessa possibilidade de a!o comunicativa, que produiurela!"es assimtricas e impediu uma intera!o plena entre as pessoas.A proposta de 7abermas formula/se em termos de uma teoria da a!o comunicativa,recorrendo inclusive * filosofia analtica da linguagem para tematiar essas condi!"es douso da linguagem livre de distor!o como fundando uma nova racionalidade.

    7abermas busca uma teoria geral da verdade, segundo a qual o critrio da verdade oconsenso dos que argumentam e defende a idia de que argumentar uma tarefaeminentemente comunicativa. )or isso, o discurso intersub%etivo o lugar pr-prio para aargumenta!o.Somente se poderia aceitar como critrio de verdade aquele consenso que se estabelecesob condi!"es ideais, que 7abermas cama de situa!o ideal de fala. &u se%a, a rao definida pragmaticamente de tal modo que um consenso racional quando estabelecidonuma condi!o ideal de fala. )ara que isso se%a possvel, definiu uma srie de regrasb$sicas, cu%a observa!o condi!o para que se possa falar de um discurso verdadeiro.0ssas regras so, em primeiro lugar, que todos os participantes tenam as mesmascances de participar do di$logo, em segundo, que devem ter cances iguais para acrtica. So formas de, quando uma argumenta!o tem lugar entre v$rias pessoas, aelimina!o dos fatores de poder que poderiam perturbar a argumenta!o.+ma terceira condi!o seria que todos os falantes deveriam ter cances iguais paraexpressar suas atitudes, sentimentos e inten!"es.A quarta e decisiva condi!o afirma que sero apenas admitidos ao discurso falantes quetenam as mesmas cances enquanto agentes para dar ordens e se opor, permitir eproibir, etc.+m di$logo sobre quest"es morais entre senores e escravos, patr"es e empregados, paie filo, violaria, portanto as condi!"es da situa!o ideal da fala.;embramos que o discurso aut(ntico aquele que ocorre com pessoas em situa!oigual, sob condi!"es igualit$rias do ponto de vista de participa!o no discurso.7abermas ainda defende o pro%eto iniciado pelo 2luminismo como algo ainda a serdesenvolvido e significativo para nossa poca, desde que a rao se%a entendidacriticamente, no sentido do agir comunicativo.

    "%n Ra9ls, em sua 3eoria da usti!a E8FT8G afirma que a %usti!a no um resultadode interesses, por pblicos que se%am. 0le fala de uma %usti!a distributiva partindo de umestado inicial por meio do qual se pode assegurar que os acordos b$sicos a que se ceganum contrato social se%am %ustos e eqitativos.A %usti!a entendida como eqidade por ser eqitativa em rela!o a uma posi!o originalque est$ baseada em dois princpios> aG cumpre assegurar para cada pessoa numasociedade, direitos iguais numa liberdade compatvel com a liberdade dos outrosH bG deveaver uma distribui!o de bens econ'micos e sociais de modo que toda desigualdaderesulte vanta%osa para cada um, podendo alm disso ter cada um acesso, sem obst$culos,a qualquer posi!o ou cargo.A concep!o geral de sua teoria afirma que, todos os bens sociais prim$rios / liberdade eoportunidade, rendimentos e riqueas, e as bases de respeito a si mesmo devem ser

    igualmente distribudas, a menos que uma distribui!o desigual desses bens se%avanta%osa para os menos favorecidos.4oltar ao ndice

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    ; TICA TRA0A3/O&s animais vivem em armonia com sua pr-pria naturea. 2sso significa que todo animalage de acordo com as caractersticas de sua espcie quando, por exemplo, se acasala,protege a cria, ca!a e se defende. &s instintos animais so regidos por leis biol-gicas, de

    modo que podemos prever as rea!"es tpicas de cada espcie. &s animais v(m ao mundocom impulsos altamente especialiados e firmemente dirigidos, e por isso vivem quaseque completamente determinados pelos seus instintos e cada espcie vive no seuambiente particular Emundo dos cavalos, dos gatos, dos elefantes, etc.G. A etologia aci(ncia que se ocupa do estudo comparado do comportamento dos animais, indicando aregularidade desse comportamento.# evidente que existem grandes diferen!as entre os animais conforme seu lugar na escalaool-gica> enquanto um inseto como a abela constr-i a colmia e prepara o mel seguindoos padr"es rgidos das a!"es instintivas, animais superiores, como alguns mamferos,agem por instinto mas tambm desenvolvem outros comportamentos mais flexveis eportanto menos previsveis.0ssas abilidades, porm, no levam os animais superiores a ultrapassar o mundo

    natural, camino esse exclusivo da aventura umana.& ser umano, ao contr$rio, imperfeitamente programado pela sua constitui!obiol-gica. Sua estrutura de instintos no nascimento insuficientemente especialiada eno dirigida a um ambiente que le se%a especfico. Sugar e corar so das poucascoisas que sabemos quando nascemos. & mundo umano um mundo aberto, isto , ummundo que deve ser construdo pela pr-pria atividade umana.=omo os outros mamferos, estamos num mundo que anterior ao nosso aparecimento.

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    3ais dimens"es esto entrela!adas e carregam uma forte componente tica.4oltar ao ndiceP.8 04&;+NO& ?& 39A:A;7&

    A origem da palavra trabalo deriva do latim vulgar tripalium, que era o nome de uminstrumento formado por tr(s paus agu!ados, com o qual os agricultores batiam o trigo,as espigas de milo, o lino, para rasg$/los, esfiap$/los. A maioria dos dicion$rios,contudo, registra tripaliumcomo um instrumento de tortura, o que teria sido no incio ouse tornado depois. & fato que este termo est$ ligado * idia de tortura e sofrimento,sentido esse que se perpetua at o%e, principalmente nos povos de lngua latina.?e uma forma muito simplificada, podemos entender o trabalo como sendo a aplica!oda energia umana Efsica e mentalG em uma atividade determinada e til. )elo trabalo,como %$ dissemos, o omem se torna capa de modificar a pr-pria naturea, colocando/aa seu servi!o.& trabalo exercido de forma qualificada, mediante um preparo tcnico/cientfico,especfico para determinada atividade comumente camado de profisso. A profisso

    sup"e continuidade e no uma atividade ocasional e tambm status social. A atividade deum engeneiro, por exemplo, uma profisso, pois exigiu a capacita!o de algum paraexerc(/la.1a linguagem bblica, a idia de trabalo tambm est$ ligada a do sofrimento e depuni!o> Manar$s o seu po com o suor de seu rosto Elivro do M(neseG. Assim, porum esfor!o doloroso que o omem sobrevive na naturea. &s gregos consideravam otrabalo como a expresso da misria do omem, os latinos opunam o otium Elaer,atividade intelectualG ao vil negotium Etrabalo, neg-cioG.

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    vivia, consumindo quase tudo que produia, e produindo por suas pr-prias mos quasetudo de que necessitava. A 2gre%a =at-lica, pregando a adora!o a ?eus defendia odesapego *s riqueas terrenas. )reocupada em organiar e manter seu poder temporal,ela condenava o trabalo como forma de enriquecimento. & trabalo era visto apenascomo meio de subsist(ncia, de disciplina do corpo e purifica!o da mente. Assim servia

    como instrumento de domina!o social e de condena!o a qualquer rebeldia contra aordem estabelecida.A ociosidade entre as classes senoriais, assim como ocorrera na Mrcia antiga, no erasin'nimo de pregui!a, mas de absten!o *s atividades manuais para se dedicarem afun!"es mais nobres como a poltica, a guerra, a ca!a, o sacerd-cio e o exerccio dopoder.A partir do sculo Y2 a sociedade medieval europia sofreu profundas transforma!"es. &renascimento do comrcio e das cidades afetou e foi afetado pelas transforma!"es dotrabalo e das rela!"es de produ!o. ?a at os sculos Y42 e Y422 a economia ampliou/sesucessivamente do restrito mbito local ao regional, deste ao nacional Ecom a forma!odos camados estados nacionais modernosG e ao internacional> do quase nenummercado e escassa circula!o monet$ria da 2dade asociedade capitalista.& crescimento do mercado no s- ir$ conviver por algum tempo com antigas formas deservido, como far$ renascer a escravido> o trabalo compuls-rio de africanos nascol'nias da Amrica. ele livrepara usar a for!a de seu corpo como uma m$quina natural e para escoler de formasoberana o que dese%a para si mesmo. Se ao escravo na Amrica no era dada aoportunidade da escola, ao trabalador europeu era concedido o direito soberano daliberdade.)orm a busca da produ!o de excedentes para a troca no mercado mediante aintrodu!o de novas tcnicas de produ!o e de organia!o do trabalo faia desaparecera propalada livre escola. Afinal, como seria possvel o trabalador sobreviver numaeconomia de mercado, seno submetendo/se *s imposi!"es de quem detina os recursosque o sistema exigia@ Aquele arteso, que na manufatura medieval detina asferramentas e uma autonomia no uso de seu tempo, desaparece, submetendo/se aocapital.&corre, portanto, a separa!o entre o trabalador e a propriedade dos meios de produ!oEcapital, ferramentas, m$quinas, matrias/primas, terrasG. ?esse modo, podemos afirmar

    que a ess(ncia do sistema capitalista encontra/se na separa!o entre o capital e otrabalo.0ssa separa!o criou dois tipos de omens livres> o trabalador livre assalariado, que viveexclusivamente de seu trabalo, ou se%a, da venda de sua for!a de trabalo, e o burgu(s,ou capitalista, propriet$rio dos meios de produ!o. A novidade em rela!o aos modelosanteriores de sociedade que, ao conceder a liberdade para todos os indivduos, asociedade estabeleceu uma espcie de contrato social, em que ficavam definidos osdireitos e deveres de cada parte.4oltar ao ndiceP.5 A #32=A =A)23A;2S3A ?& 39A:A;7&

    Se o trabalo como fator de enriquecimento pessoal era proibido na 2dade

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    ?eus. 3rata/se de uma vontade que se confunde com os interesses do mercado e dolucro, e que valoria o trabalo enquanto for!a passvel de gerar riquea. 0le deixa deexistir apenas para atender *s necessidades umanas b$sicas. Sua finalidade principal produir riquea acumulada.

    ?e fato, o summum bonum desta tica, a obten!o de maise mais dineiro, combinado com o estrito afastamento detodo goo espontneo da vida , acima de tudo,completamente destitudo de qualquer car$ter eudemonistaou mesmo edonista, pois pensado to puramente comouma finalidade em si, que cega a parecer algo de superior *

    felicidade ou utilidade do indivduo, de qualquer formaalgo de totalmente transcendental e simplesmente irracional.& omem dominado pela produ!o do dineiro, pelaaquisi!o encarada como finalidade ltima de sua vida. Aaquisi!o econ'mica no mais est$ subordinada ao omemcomo meio de satisfaer as suas necessidades materiais. 0stainverso do que poderamos camar de rela!o natural, toirracional de um ponto de vista ing(nuo, evidentemente umprincpio orientador do capitalismo, to seguramente quantoela estrana a todos os povos fora da influ(ncia capitalista. )or que se deveria faer dineiro do gano dosomens@ o pr-prio :en%amim ran[lin, embora fosse umdesta pouco entusiasta, responderia em sua autobiografiacom uma cita!o da :blia, com que seu pai, intransigentecalvinista, sempre o assediou em sua %uventude> Se vires umomem diligente em seu trabalo, ele estar$ acima dos reis.E]0:09, 8FTI, p.8XTG

    A ociosidade, mesmo entre as classes abastadas, passou a ser sin'nimo de nega!o de?eus. S- se mostrava a verdadeira f pelo trabalo incessante e produtivo. & trabalo eraa ora!o moral burguesa e capitalista. Cuem se resignasse * pobrea no merecia asalva!o divina.3e-ricos do novo sistema descobriram no trabalo a fonte de toda riquea individual ecoletiva. 0m 8TTQ, Adam Smit E8T5P/8TFRG, afirmava que a riquea de uma na!odependia essencialmente da produtividade baseada na diviso do trabalo. )or essadiviso, as opera!"es de produ!o de um bem, que antes eram executadas por um nicoomem EartesoG, so agora decompostas e executadas por diversos trabaladores, quese especialiam em tarefas especficas e complementares.=om a produ!o mecaniada, o trabalo glorificado como a ess(ncia da sociedade dotrabalo. 1o se concebe mais a possibilidade de existir ordem social fora da moral dotrabalo produtivo.Segundo Adam Smit, uma das caractersticas do ser umano, capa de diferenci$/lo dosoutros animais uma certa propenso para trocar coisas. 0ssa propenso tornanecess$ria a diviso do trabalo.

    &utra diferen!a apontada por Adam Smit que o omem, contrariamente a maioria dosanimais, que ao se tornarem adultos ficam auto/suficientes, muito dependente de seussemelantes.

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    0xistindo a necessidade de coopera!o, mas tendo de conviver com seus impulsosegostas, as sociedades elaboraram regras e leis morais para regular as a!"es umanas.As bases para a constru!o dessas regras so criadas a partir de uma espcie de %ogo deinteresses. &u se%a, se necessitamos da a%uda das grandes multid"es para vivermos e impossvel faer amiade com todos eles para obter sua benevol(ncia, podemos ento

    mostrar ao outro que le vanta%oso nos dar o que precisamos, num sistema de trocas.A tica capitalista defende a idia de que o bem estar da coletividade melor obtido seapelarmos no ao altrusmo das pessoas, mas * defesa de seus interesses em rela!"es demercado. ?esta forma o egosmo Edefesa do interesse pr-prioG apresentado como amelor forma de solucionar os problemas de um grupo social.A efic$cia econ'mica do sistema de mercado passou a ser o critrio supremo para todosos %uos morais. A efic$cia Ecritrio tcnicoG passou a ser o critrio tico fundamental. Atica capitalista uma tica reduida a uma questo puramente tcnica.3ambm fica claro, que a revolu!o tecnol-gica dos sculos Y4222 e Y2Y, mais do que umprogresso, significou a generalia!o de um pro%eto de controle social. As teses dasclasses dominantes revelam que o dese%o de expanso de mercado e de aumento de suasriqueas passava pela necessidade da universalia!o dessa nova ordem social.

    & que estava em %ogo era o fim da autonomia do trabalo artesanal e a reunio edomestica!o dos trabaladores na f$brica. A diviso do trabalo defendida por AdamSmit teria a fun!o de destruir o saber/faer do arteso, subordinando/o * novatecnologia da maquinofatura.)ara que essa sociedade voltada para o trabalo se viabiliasse, ouve necessidade deconstruir um corpo disciplinar que envolvesse todos os indivduos dentro e fora da f$brica.A ordem burguesa da produtividade tornava/se a regra que deveria gerir todas asinstncias do social. )ara isso, instituiu/se um discurso moraliante que visava cristaliarno con%unto da sociedade a tica do tempo til.& tempo til do trabalo produtivo deveria funcionar como um rel-gio moral que cadaindivduo levaria dentro de si.& uso do tempo que no de forma til e produtiva, conforme o ritmo imposto pela f$brica,passou a ser sin'nimo de pregui!a e degenera!o. S- o trabalo produtivo, fundado nam$xima utilia!o do tempo dignificava o omem.

    A empresa dos dias atuais um imenso cosmos, no qual oindivduo nasce, e que se apresenta a ele, pelo menos comoindivduo, como uma ordem de coisas inalter$vel, na qual eledeve viver. &briga o indivduo, na medida em que ele envolvido no sistema de rela!"es de mercado, a se conformar*s regras de a!o capitalistas. & fabricante quepermanentemente se opuser a estas normas ser$economicamente eliminado, to inevitavelmente quanto o

    trabalador que no puder ou no quiser adaptar/se a elasser$ lan!ado * rua sem trabalo. E]0:09, 8FTI, p.8XXG

    )ara tornar vitoriosa a nova ordem, procurou/se eliminar qualquer forma de resist(ncia.2mp's/se um modelo de sociedade em que s- o trabalo produtivo fabril imperava. Cuemse encontrasse fora desse modelo era expurgado da sociedade. A grande massa deeuropeus que imigraram para Amrica no sculo Y2Y pode ser tomada como exemplodesse expurgo.4oltar ao ndiceP.P A #32=A ?& =&1S+

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    dedicar/se * eleva!o do esprito. )ortanto, apesar de aver sentenciado a realia!omaterial, o fil-sofo grego indicava a impossibilidade da satisfa!o absoluta do omem.1o come!o do sculo YY, os economistas mostravam/se preocupados com a possibilidadede cegar o dia em que as famlias seriam propriet$rias de todos os bens disponveis nomercado, pois assim o sistema entraria em colapso. Mra!as * impossibilidade da satisfa!o

    umana, a economia de mercado encontra/se o%e a pleno vapor.)arece que, de algum modo, a idia da realia!o sempre esteve ligada * satisfa!omaterial. 1as economias de mercado, ela em geral se redu ao consumo de bensmateriais, ou para proporcionar mais laer, ou para ostentar a apar(ncia de poder.# comum ouvirmos que realia!o significa vencer na vida. 0 esse vencer basicamente acumular bens materiais e ostentar poder.# vencedor aquele su%eito que possui carro do ano, veste/se com as melores griffes e,de prefer(ncia, freqenta os locais badalados.0ssa nova forma de encarar o mundo passou a ser egem'nica em nossa sociedade e %$est$ interioriada em cada um de n-s, dentro de nosso processo de socialia!o. &s meiosde comunica!o de massa ainda refor!am esta dinmica social como sendo a realidade econsiderando absurdos e irracionais toda e qualquer proposta alternativa.

    A obsesso pelo vencer / que a mesma pelo poder / uma das principais caractersticasdas sociedades modernas. A partir dela, torna/se muito difcil qualquer tica deconviv(ncia solid$ria. A vontade individual de vencer predomina, no importando os meiospara reali$/la. Smbolo da civilia!o moderna, o consumismo egoc(ntrico produ abarb$rie, em que as rela!"es sociais se transformam em uma arena / vence o mais forteou o mais esperto. # a tica da ;ei de Merson, onde quero tudo para mim, como omnimo de esfor!o e no menor espa!o de tempo possvel.1este mundo de individualismo, a tica pode muito facilmente se transformar em o queno pre%udica ningum est$ &W, ou, o que os outros conseguem faer impunementedeve estar certo, ou mesmo se ningum souber, est$ tudo bem. & que $ de errado,por exemplo, se alguns atletas usam drogas EanaboliantesG para aumentar suaperformance se no esto pre%udicando ningum, alm deles mesmos@ & que $ deerrado em receber seguro desemprego e trabalar ao mesmo tempo@ Afinal, o governopode pagar por isso... & que $ de errado em contratar um engeneiro s- para assinarum pro%eto@ 3odo mundo fa isso e sai to mais barato... esse paraso dos vencedores no destinadoa todos, mas apenas a uma minoria. =om certea aos cinco ou dois por cento mais ricosda popula!o.?e qualquer modo, ser$ que esses vencedores encontram efetivamente uma realia!ono consumismo, ou apenas se submetem a uma angstia@ 1o seria por acaso essa a

    causa dos desa%ustes sociais nos pases ricos@& universo empresarial o que mais reflete este modelo e muitas organia!"es, acreditamque devem ter como ob%etivo o lucro a qualquer custo, principalmente se puderem serconseguidos em detrimento da concorr(ncia e at mesmo dos clientes. 0 num ambienteem que vale tudo, como no competitivo mundo empresarial, as considera!"es ticas soas primeiras a perder o valor.As administra!"es das empresas preocupam/se em verificar a preciso da contabilidade etomar provid(ncias cada ve mais enrgicas para que a%a qualidade em seus produtos eservi!os, mas na maioria das vees no procede a nenuma reviso sistem$tica de suatica onde essa reviso muito mais necess$ria.1a maioria das empresas, o simples levantar/se de uma considera!o tica numadiscusso, exige coragem, %$ que a questo costuma ser considerada pela administra!o

    mais como fonte de problemas que de oportunidades, pois existe a cren!a de que aconduta tica pode no ser a melor para os neg-cios.4oltar ao ndice

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    P.I se vai comprar um carro, um sabonete, uma vasila de refrigerante ou umservi!o financeiro quer saber se aquela empresa recole seus impostos, remunera dentrodo padro de mercado seus empregados, polui o meio ambiente, trata a concorr(ncia com

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    lealdade, atende os eventuais reclamos da sua clientela e participa de forma positiva desua comunidade. A TICA .)R'ARIA31uma viso mais ampla, da mesma forma que um empregado no mantm seu empregocom a fal(ncia de sua empresa, tambm uma empresa ter$ muitas dificuldades com afal(ncia econ'mica, social e ambiental do pas em que estiver operando.0sto come!ando a reconecer que o dese%o de acumula!o infinita e de consumo semlimites exige uma desenfreada explora!o de recursos naturais, que so escassos. &saltos custos ecol-gicos, pela amea!a que representam * popula!o e ao planeta, estocolocando as empresas devastadoras numa posi!o muito delicada. Afinal, os interessesdeste tipo de empresa entra em conflito frontal com os interesses da coletividade e uma

    das quest"es ticas mais quentes dos dias de o%e o controle social sobre a agressoao meio ambiente e as empresas que esto sensveis * esta realidade t(m suasobreviv(ncia refor!ada, pois existir$ uma procura crescente por aquelas no apenasvoltadas para a produ!o e lucro, mas que tambm este%am preocupadas com a solu!ode problemas mais amplos como preserva!o do meio ambiente e bem estar social.)ercebemos que, mesmo no campo dos neg-cios e empresas, aparentemente o menospropcio para aplica!"es ticas, tem surgido uma necessidade cada ve mais urgente deseu estudo.Seguindo esta l-gica, onde o pr-prio capitalismo necessita redescobrir suas regras, terpadr"es ticos significa ter bons neg-cios e parceiros a longo prao, pois o consumidorest$ cada ve mais atento ao comportamento das empresas pois existe um intensometabolismo no relacionamento entre as empresas e as sociedades em que estoinseridas. =-digos de conduta, regulamentos, responsabilidade social, polticas, contratose lideran!a, so exemplos de como as empresas podem desenvolver sua tica no contatocom a sociedade.7$ quem afirme que as organia!"es de sucesso devem se afastar de uma poca marcadapor contratos e litgios e entrar na era do aperto de mo. As empresas devemestabelecer altssimos padr"es de integridade e depois aplic$/los sem incerteas.1ossa primeira preocupa!o ao pesquisarmos sobre a importncia da tica na forma!ode recursos umanos verificarmos o interesse e a contemporaneidade do tema. oipossvel, atravs da rica literatura existente, levantar muitos pontos interessantes eampliarmos os oriontes deste trabalo de pesquisa.;ogo de incio, constatamos que os te-ricos em administra!o de empresas, na tentativade ampliar as cances de sobreviv(ncia do atual modelo econ'mico, esto revendo

    posturas e adotando pr$ticas mais ticas na condu!o de seus neg-cios e na gesto dasempresas. 1o estamos falando de idealismos ou de nobrea de atitudes. # a pr-prianecessidade de sobreviv(ncia que leva o atual modelo empresarial a ser mais tico.ung

    &s pr-prios ardorosos defensores da cultura capitalistaperceberam que no se pode levar muito a srio a tese deque a defesa do interesse individual gera o bem/estar dacoletividade. =om a difuso e aceita!o generaliada destatese na sociedade, os indivduos que trabalam nas empresas

    come!aram tambm a defender os seus interessesparticulares sem levar em considera!o o interesse dacoletividade em questo, a empresa. =om isso, os executivos

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    passaram a defender mais os seus interesses particulares doque o dos acionistas, gerando srios problemas de corrup!oe investimentos duvidosos de dineiro das empresasprivadas.

    Alm disso, quando o esprito da defesa do interesse pr-prio o mais forte numa empresa, impossvel criar o esprito deequipe, um item fundamental para aumentar a produtividadeda empresa, to necess$ria num mercado competitivo.

    :asicamente estes dois problemas levaram os executivos e oste-ricos da administra!o a se debru!ar sobre quest"esticas. )erceberam que a aus(ncia de tica e a simples defesado interesse pr-prio p"em em perigo a sobreviv(ncia dasempresas e, portanto, dos seus pr-prios empregos. # oinstinto de sobreviv(ncia falando mais alto que teoriasaprendidas na escola.

    on Wennet MA;:9A237 E8FFQ, p. FRG um dos papas do pensamento econ'micocontemporneo, aborda esta questo de forma ainda mais clara quando di> & sistemaecon'mico s- funciona eficamente dentro de regras de conduta firmes. A primeira aonestidade comum / a verdade deve ser transmitida como informa!o essencial aosinvestidores, ao pblico em geral e aos consumidores.# como se a necessidade de sobreviv(ncia estivesse impondo *s empresas uma urgenteretomada de atitudes e valores ticos. Afinal, que empresa teria condi!"es de sobreviver eprosperar num clima de fal(ncia econ'mica, social e ambiental@Cuem nos responde ainda on Wennet MA;:9A237 Eibid., p. FPG.

    A sociedade %usta tem tr(s exig(ncias econ'micasestreitamente relacionadas, cada qual com for!aindependente> a necessidade de suprir os bens de consumo eservi!os requeridosH a necessidade de assegurar que essaprodu!o e seu uso e consumo no exer!am um efeitoadverso sobre o atual bem/estar do pblico em geralH e anecessidade de assegurar que no afetem adversamente asvidas e o bem/estar das gera!"es futuras. As duas ltimasexig(ncias esto em freqente conflito com a primeira,conflito esse fortemente manifesto na economia e na polticadi$rias. A refer(ncia comum o efeito sobre o meio ambiente.

    As empresas no podem continuar gerando altos custos ecol-gicos em suas opera!"es,pois seus interesses estariam colidindo com os da sociedade, uma popula!o cada vemais preocupada e exigente em rela!o * preserva!o do meio ambiente.Cuando a empresa se preocupa com as quest"es ambientais e bem estar social,preocupa!"es evidentemente ticas, aumenta suas cances de sobreviv(ncia, pois asociedade desenvolve uma imagem positiva em rela!o a este tipo de organia!o.Cuando as empresas passam a atuar de forma menos predat-ria e selvagem, todos saemganando, embora muitas vees as inten!"es que esto por tr$s desta atitude nopossam ser consideradas altrustas. # como se as empresas, ao aplicarem uma espcie detica do egosmo conseguissem, como efeito colateral, atingir de forma benfica ocon%unto da sociedade. 0sse movimento poderia ser camado de responsabilidade social

    de empresas e organia!"es.4oltar ao ndice

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    I.8 90S)&1SA:2;2?A?0 S&=2A; ?AS 0

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    9obert :ringer, o vice/presidente de engenaria ambiental ede controle da polui!o da P

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    essenciais, se%a para a empresa, se%a para a comunidade.

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    A lideran!a e o envolvimento de organia!"es dependem de suas disponibilidades emrecursos umanos e financeiros. =ontudo pequenas organia!"es podem aumentar seuenvolvimento participando de atividades em coopera!o com outras.As organia!"es necessitam investir continuamente no desenvolvimento de seus

    funcion$rios por meio da educa!o.A maior parte das organia!"es independentemente do porte, pode desenvolvermecanismos para contribuir para a satisfa!o dos funcion$rios. 0sses mecanismos podemser servi!os, instala!"es, atividades e oportunidades, como por exemplo> aconselamentopessoal e de carreiraH desenvolvimento de carreira e da ocupacionalidade Eprepara!opara o mercado de trabaloGH atividades culturais ou recreativasH educa!o norelacionada com o trabaloH creceH ambulat-rioH licen!a especial para tratar deresponsabilidades familiares eBou servi!os * comunidadeH planos especiais deaposentadoriaH seguran!a fora do trabaloH or$rios flexveisH realoca!o e recoloca!oHbenefcios de aposentadoria, incluindo plano de sadeH programas de conscientia!o anti/tabagismo e da preven!o da A2?SH programas de recupera!o de drogas e alcoolismoHtransporte e refei!"es subsidiados e preven!o de doen!as profissionais. 0sses servi!os

    podem tambm incluir atividades para desenvolvimento de carreira, como testesvocacionais Eavalia!o de abilidadesGH a%uda no desenvolvimento de ob%etivos e planos deaprendiado e avalia!o da ocupacionalidade Egrau de prepara!o para o mercado detrabaloG.4oltar ao ndice

    I.5 #32=A =&

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    1a maioria das vees o cliente desapontado passar$ a consumir os produtos daconcorr(ncia assim que aparecer uma oportunidade. =egar$ o dia em que um fornecedorexplorado estar$ por cima. 0 os funcion$rios explorados sabero retribuir ao mautratamento de v$rias maneiras> roubando no almoxarifado ou no patrim'nio, faendolongas liga!"es interurbanas, apresentando licen!as mdicas sem estar doente, etc.

    alas ticas nos levam a perder clientes e fornecedores importantes, dificultando oestabelecimento de parcerias. A pr$tica de parcerias cada ve mais comum o%e em dia.1a ora de dar as mos, alm de levantar as afinidades culturais e comerciais, asempresas tambm verificam se $ compatibilidade tica. Ser$ que unir nossos neg-ciosno vai acabar envergonando mina empresa@9ecuperar o nome de uma empresa muito difcil. Cuando uma compania agecorretamente, o tempo de vida do fato na mem-ria do pblico de cinco minutos. Alembran!a de uma transgresso * tica pode durar cinqenta anos. A percep!o dopblico pode ter um impacto direto sobre os lucros da empresa. As a!"es da +nio=arbide caram vertiginosamente em fun!o do desempeno de sua administra!o diantedo desastre de :opal na `ndia.A reputa!o de uma empresa um fator prim$rio nas rela!"es comerciais, formais ou

    informais, quer estas digam respeito * publicidade, ao desenvolvimento de produtos ou aquest"es ligadas aos recursos umanos. 1as atuais economias nacionais e globais, aspr$ticas empresariais dos administradores afetam a imagem da empresa para qualtrabalam. Assim, se a empresa quiser competir com sucesso nos mercados nacional emundial, ser$ importante manter uma s-lida reputa!o de comportamento tico.3emos tambm a confian!a de clientes e fornecedores. # um benefcio a curto prao, poiseles divulgam a empresa recomendando/a a terceiros.+ma empresa no tica tambm no pode esperar comportamento tico de seuscolaboradores. &s padr"es ticos da compania so a base do comportamento de seufuncion$rios.4oltar ao ndice

    I.P 0

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    renegociasse o pedido a pre!o mais rao$vel. A explica!o oficial foi a de que a empresano tina interesse em tirar vantagem de seus fornecedores, muito menos quando estoem situa!o difcil. 1unca se sabe quando as posi!"es vo se inverter e num belo dia aempresa pode ver/se * merc( de um fornecedor.4oltar ao ndice

    .I.I 2

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    ; )ess"al $tic"A empresa deve criar um processo para sele!o de indivduos com fortes princpiosmorais, principalmente na escola de gerentes na busca de uma lideran!a moral. ?evetambm evitar relacionamento comercial com profissionais pouco ticos Efornecedores,associados, consultores e clientesG. A educa!o entra nesse item no que di respeito ao

    apoio para os empregados que esto desorientados quanto * problemas ticos.= Treinament" em $tica?eve existir um processo de treinamento, educa!o e desenvolvimento de empregadosErecursos umanosG que busque a dissemina!o da conduta tica por toda a empresa,incluindo cursos, palestras inspiradoras, estudos de caso, etc. Aprofundaremos estasquest"es no =aptulo Q de nosso trabalo. C(di&" de c"ndutaA fim de manter uma conduta tica impec$vel, a empresa precisa faer da tica umaquesto mais concreta e passvel de discusso, uma questo a ser implementadadiariamente. )ara simplificar a compreenso dessa necessidade tero de implementar um

    c-digo de conduta, que dever$ estar escrito. # absolutamente recomend$vel que todas asempresas elaborem um c-digo de conduta tica. ?o contr$rio, certas op!"es que osempregados tivessem de enfrentar seriam decididas de modos diversos Ee, muitopossivelmente, incompatveis entre siG, %$ que os valores individuais podem variarenormemente de pessoa a pessoa.# preciso que se divulgue e se coloque em vig(ncia na empresa um c-digo ou polticaextremamente explcitos. 0m muitas empresas a tica e os valores so abordados comtoda clarea em muitos de seus programas de treinamento.A partir da no!o das v$rias filosofias ligadas * tica, preciso convert(/las em pr$ticas.0las podem ser materialiadas em> estrutura corporativa, credos, c-digos de tica,programas de treinamento quanto * tica, comiss"es de tica, ombudsman, linas diretasde auditorias de tica ou sociais.+m credo corporativo provavelmente a abordagem mais comum da questo daadministra!o tica. 0sse credo descreve a responsabilidade tica da empresa em rela!oa todas as pessoas que t(m interesses investidos nela, apresentando um con%unto deprincpios e cren!as que podem servir para orientar e dirigir os empregados.2nternamente, serve como padro para %ulgar os programas existentes e como %ustificativapara novas atividades. =itaremos alguns exemplos>

    C(di&" de $tica da >ale d" Ri" D"ce

    9ecebemos uma empresa forte e temos que pass$/la maisforte ainda *s pr-ximas gera!"es. =ompetitividade,confiabilidade e qualidade so a garantia da nossasobreviv(ncia.

    & cliente merece o melor. A ele t(m de ser assegurados>qualidade dos produtos e servi!os, o menor custo e o meloratendimento.

    3udo que se fa deve ser bem feito e cada ve melor.

    Somos uma equipe buscando um nico resultado. #

    necess$rio agir de forma participativa e compartilada.

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    &s empregados devem sentir/se livres para dar sugest"es efaer reclama!"es. ?eve aver igualdade de oportunidadepara o emprego, desenvolvimento e promo!o dosqualificados. ?evemos oferecer uma administra!ocompetente, e suas a!"es devem ser %ustas e ticas.

    Somos respons$veis pelas comunidades onde vivemos etrabalamos, e pela comunidade mundial tambm. ?evemosser bons cidados / dar apoio aos bons trabalos e obrasassistenciais e pagar nossa cota %usta de impostos. ?evemosencora%ar o aperfei!oamento cvico e uma sade e educa!omelores. ?evemos manter em boa ordem a propriedade quetemos o privilgio de utiliar, protegendo o meio ambiente eos recursos naturais.

    1ossa responsabilidade final para com nossos acionistas. &sneg-cios devem ter um lucro s-lido. ?evemos tentar novas

    idias. A pesquisa deve ser contnua, programas inovadoresdevem ser desenvolvidos e os erros devem ser assumidos.0quipamentos novos devem ser comparados, novasinstala!"es devem ser oferecidas e novos produtos devem serlan!ados.

    ?evem ser criadas reservas para pocas adversas. Aooperarmos segundo esses princpios, os acionistas devem terum retorno %usto.

    # bom que os funcion$rios que interagem maisfreqentemente com pessoas de fora da compania e que

    mais provavelmente tomaro as decis"es, deveriam assinardeclara!"es de que leram e cumpriro as polticas de tica daempresa. E1AS7, 8FFP, p.PFG

    >"ltar a" Endice

    TICA )RO6I''IONA3

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    Sendo a tica inerente * vida umana, sua importncia bastante evidenciada na vidaprofissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais eresponsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que dela se beneficiam.A tica ainda indispens$vel ao profissional, porque na a!o umana o faer e o agiresto interligados. & faer di respeito * compet(ncia, * efici(ncia que todo profissional

    deve possuir para exercer bem a sua profisso. & agir se refere * conduta do profissional,ao con%unto de atitudes que deve assumir no desempeno de sua profisso.

    A #tica baseia/se em uma filosofia de valores compatveis com a naturea eo fim de todo ser umano, por isso, o agir da pessoa umana est$condicionado a duas premissas consideradas b$sicas pela #tica> o que oomem e para que vive, logo toda capacita!o cientfica ou tcnica precisaestar em conexo com os princpios essenciais da #tica. E

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    clientela e oportunidades do colega, reduindo a concorr(ncia. 2gualmente, para maioreslucros, pode estar o indivduo tentado a pr$ticas viciosas, mas rent$veis.0m nome dessas ambi!"es, podem ser praticadas quebras de sigilo, amea!as de revela!ode segredos dos neg-cios, simula!o de pagamentos de impostos no recolidos, etc.)ara dar espa!o a ambi!"es de poder, podem ser armadas tramas contra institui!"es de

    classe, com denncias falsas pela imprensa para ganar elei!"es, ataque a nomes delderes impolutos para ganar prestgio, etc.&s traidores e ambiciosos, quando deixados livres completamente livres, podem cometermuitos desatinos, pois muitas so as vari$veis que existem no camino do pre%uo aterceiros.A tutela do trabalo, pois, processa/se pelo camino da exig(ncia de uma tica, impostaatravs dos conselos profissionais e de agremia!"es classistas. As normas devem sercondientes com as diversas formas de prestar o servi!o de organiar o profissional paraesse fim.?entro de uma mesma classe, os indivduos podem exercer suas atividades comoempres$rios, aut'nomos e associados. )odem tambm dedicar/se a partes menos ou maisrefinadas do conecimento.

    A conduta profissional, muitas vees, pode tornar/se agressiva e inconveniente e esta uma das fortes ra"es pelas quais os c-digos de tica quase sempre buscam maiorabrang(ncia.3o poderosos podem ser os escrit-rio, ospitais, firmas de engenaria, etc, que aganncia dos mesmos pode cegar ao domnio das entidades de classe e at ao =ongressoe ao 0xecutivo das na!"es.A for!a do favoritismo, acionada nos instrumentos do poder atravs de agentesintermedi$rios, de corrup!o, de artimanas polticas, pode assumir propor!"esasfixiantes para os profissionais menores, que so a maioria.3ais grupos podem, como vimos, inclusive, ser profissionais, pois, nestes encontramostambm o poder econ'mico acumulado, to como conluios com outras poderosasorgania!"es empresariais.)ortanto, quando nos referimos * classe, ao social, no nos reportamos apenas asitua!"es isoladas, a modelos particulares, mas a situa!"es gerais.& egosmo desenfreado de poucos pode atingir um nmero expressivo de pessoas e at,atravs delas, influenciar o destino de na!"es, partindo da aus(ncia de conduta virtuosade minorias poderosas, preocupadas apenas com seus lucros.Sabemos que a conduta do ser umano pode tender ao egosmo, mas, para os interessesde uma classe, de toda uma sociedade, preciso que se acomode *s normas, porqueestas devem estar apoiadas em princpios de virtude.=omo as atitudes virtuosas podem garantir o bem comum, a #tica tem sido o camino%usto, adequado, para o benefcio geral.4oltar ao ndice6.5 4&=ANO& )A9A & =&;0324&

    0gresso de uma vida inculta, desorganiada, baseada apenas em instintos, o omem,sobre a 3erra, foi/se organiando, na busca de maior estabilidade vital. oi cedendoparcelas do referido individualismo para se beneficiar da unio, da diviso do trabalo, daprote!o da vida em comum.A organia!o social foi um progresso, como continua a ser a evolu!o da mesma, nadefini!o, cada ve maior, das fun!"es dos cidados e tal defini!o acentua,gradativamente, o limite de a!o das classes.Sabemos que entre a sociedade de o%e e aquela primitiva no existem mais nveis decompara!o, quanto * complexidadeH devemos reconecer, porm, que, nos ncleosmenores, o sentido de solidariedade era bem mais acentuado, assim como os rigoresticos e poucas cidades de maior dimenso possuem, na atualidade, o espritocomunit$rioH tambm, com dificuldades, enfrentam as quest"es classistas.A voca!o para

    o coletivo %$ no se encontra, nos dias atuais, com a mesma pu%an!a nos grandes centros.

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    )arece/me pouco entendido, por um nmero expressivo de pessoas, que existe um bemcomum a defender e do qual elas dependem para o bem/estar pr-prio e o de seussemelantes, avendo uma inequvoca intera!o que nem sempre compreendida pelosque possuem esprito egosta.Cuem lidera entidades de classe bem sabe a dificuldade para reunir colegas, para delegar

    tarefas de utilidade geral.3al posicionamento termina, quase sempre, em uma oligarquia dos que se sacrificam, e opoder das entidades tende sempre a permanecer em mos desses grupos, por longotempo.& egosmo parece ainda vigorar e sua reverso no nos parece f$cil, diante damassifica!o que se tem promovido, propositadamente, para a conserva!o dos gruposdominantes no poder.=omo o progresso do individualismo gera sempre o risco da transgresso tica, imperativase fa a necessidade de uma tutela sobre o trabalo, atravs de normas ticas.# sabido que uma disciplina de conduta protege todos, evitando o caos que pode imperarquando se outorga ao indivduo o direito de tudo faer, ainda que pre%udicando terceiros.# preciso que cada um ceda alguma coisa para receber muitas outras e esse um

    princpio que sustenta e %ustifica a pr$tica virtuosa perante a comunidade.& omem no deve construir seu bem a custa de destruir o de outros, nem admitir que s-existe a sua vida em todo o universo.0m geral, o egosta um ser de curta viso, pragm$tico quase sempre, isoladao em suapersegui!o de um bem que imagina ser s- seu.4oltar ao ndice6.P =;ASS0S )9&2SS2&1A2S+ma classe profissional caracteria/se pela omogeneidade do trabalo executado, pelanaturea do conecimento exigido preferencialmente para tal execu!o e pela identidadede abilita!o para o exerccio da mesma. A classe profissional , pois, um grupo dentroda sociedade, especfico, definido por sua especialidade de desempeno de tarefa.A questo, pois, dos grupamentos especficos, sem dvida, decorre de umaespecialia!o, motivada por sele!o natural ou abilidade pr-pria, e o%e constitui/se eminequvoca for!a dentro das sociedades.A forma!o das classes profissionais decorreu de forma natural, $ mil(nios, e sedividiram cada ve mais.7istoricamente, atribui/se * 2dade

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    & senso de resp"nsabilidade o elemento fundamental daempregabilidade. Sem responsabilidade a pessoa no podedemonstrar lealdade, nem esprito de iniciativa J...L. +mapessoa que se sinta respons$vel pelos resultados da equipeter$ maior probabilidade de agir de maneira mais favor$vel

    aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora daorgania!o J...L. A consci(ncia de que se possui umainflu(ncia real constitui uma experi(ncia pessoal muitoimportante.

    # algo que fortalece a auto/estima de cada pessoa. S-pessoas que tenam auto/estima e um sentimento de poderpr-prio so capaes de assumir responsabilidade. 0las sentemum sentido na vida, alcan!ando metas sobre as quaisconcordam previamente e pelas quais assumiramresponsabilidade real, de maneira consciente.

    As pessoas que optam por no assumir responsabilidadespodem ter dificuldades em encontrar significado em suasvidas. Seu comportamento regido pelas recompensas esan!"es de outras pessoas / cefes e pares J...L. )essoasdesse tipo %amais sero boas integrantes de equipes.

    )rossegue citando a virtude da lealdade>

    A lealdade o segundo dos tr(s principais elementos quecomp"e a empregabilidade. +m funcion$rio leal se alegraquando a organia!o ou seu departamento bem sucedido,

    defende a organia!o, tomando medidas concretas quandoela amea!ada, tem orgulo de faer parte da organia!o,fala positivamente sobre ela e a defende contra crticas.

    ;ealdade no quer dier necess$riamente faer o que apessoa ou organia!o * qual voc( quer ser fiel quer que voc(fa!a. ;ealdade no sin'nimo de obedi(ncia cega. ;ealdadesignifica faer crticas construtivas, mas as manter dentro dombito da organia!o. Significa agir com a convic!o de queseu comportamento vai promover os legtimos interesses daorgania!o. Assim, ser leal *s vees pode significar a recusaem faer algo que voc( aca que poder$ pre%udicar a

    organia!o, a equipe de funcion$rios.

    1o 9eino +nido, por exemplo, essa idia expressa pelotermo &posi!o ;eal a Sua

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    3omar a iniciati*ade faer algo no interesse da organia!osignifica ao mesmo tempo, demonstrar lealdade pelaorgania!o. 0m um contexto de empregabilidade, tomariniciativas no quer dier apenas iniciar um pro%eto nointeresse da organia!o ou da equipe, mas tambm assumir

    responsabilidade por sua complementa!o e implementa!o.

    Mostaramos ainda, de acrescentar outras qualidades que consideramos importantes noexerccio de uma profisso. So elas>/"nestidadeA onestidade est$ relacionada com a confian!a que nos depositada, com aresponsabilidade perante o bem de terceiros e a manuten!o de seus direitos.# muito f$cil encontrar a falta de onestidade quanto existe a fascina!o pelos lucros,privilgios e benefcios f$ceis, pelo enriquecimento ilcito em cargos que outorgam

    autoridade e que t(m a confian!a coletiva de uma coletividade. $ A92S3U30;0S E8FF5,p.T6G em sua #tica a 1ic'manos analisava a questo da onestidade.

    &utras pessoas se excedem no sentido de obter qualquercoisa e de qualquer fonte / por exemplo os que faemneg-cios s-rdidos, os proxenetas e demais pessoas dessetipo, bem como os usur$rios, que emprestam pequenasimportncias a %uros altos. 3odas as pessoas deste tipo obt(mmais do que merecem e de fontes erradas. & que $ decomum entre elas obviamente uma ganncia s-rdida, etodas carregam um aviltante por causa do gano / de um

    pequeno gano, ali$s. =om efeito, aquelas pessoas queganam muito em fontes erradas, e cu%os ganos no so%ustos / por exemplo, os tiranos quando saqueiam cidades eroubam templos, no so camados de avarentos, mas demaus, mpios e in%ustos.

    So inmeros os exemplos de falta de onestidade no exerccio de uma profisso. +mpsicanalista, abusando de sua profisso ao induir um paciente a cometer adultrio, est$sendo desonesto. +m contabilista que, para conseguir aumentos de onor$rios, retm oslivros de um comerciante, est$ sendo desonesto.

    A onestidade a primeira virtude no campo profissional. # um princpio que no admiterelatividade, tolerncia ou interpreta!"es circunstanciais.'i&il"& respeito aos segredos das pessoas, dos neg-cios, das empresas, deve ser desenvolvidona forma!o de futuros profissionais, pois trata/se de algo muito importante. +mainforma!o sigilosa algo que nos confiado e cu%a preserva!o de sil(ncio obrigat-ria.9evelar detales ou mesmo frvolas ocorr(ncias dos locais de trabalo, em geral, nadainteressa a terceiros e ainda existe o agravante de que planos e pro%etos de uma empresaainda no colocados em pr$tica possam ser copiados e colocados no mercado pelaconcorr(ncia antes que a empresa que os concebeu tena tido oportunidade de lan!$/los.?ocumentos, registros cont$beis, planos de mar[eting, pesquisas cientficas, $bitos

    pessoais, dentre outros, devem ser mantidos em sigilo e sua revela!o pode representarsrios problemas para a empresa ou para os clientes do profissional.

  • 7/22/2019 A IMPORTNCIA DA TICA NA FORMAO DE RECURSOS HUMANOS

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    C"mpetncia=ompet(ncia, sob o ponto de vista funcional, o exerccio do conecimento de formaadequada e persistente a um trabalo ou profisso. ?evemos busc$/la sempre. A fun!ode um citarista tocar ctara, e a de um bom citarista toc$/la bem. EA92S3U30;0S,p.5IG.

    # de extrema importncia a busca da compet(ncia profissional em qualquer $rea deatua!o. 9ecursos umanos devem ser incentivados a buscar sua compet(ncia e maestriaatravs do aprimoramento contnuo de suas abilidades e conecimentos.& conecimento da ci(ncia, da tecnologia, das tcnicas e pr$ticas porfissionais pr/requisito para a presta!o de servi!os de boa qualidade.1em sempre possvel acumular todo conecimento exigido por determinada tarefa, mas necess$rio que se tena a postura tica de recusar servi!os quando no se tem a devidacapacita!o para execut$/lo.)acientes que morrem ou ficam alei%ados por incompet(ncia mdica, causas que soperdidas pela incompet(ncia de advogados, prdios que desabam por erros de c$lculo emengenaria, so apenas alguns exemplos de quanto se deve investir na busca dacompet(ncia.

    )rudncia3odo trabalo, para ser executado, exige muita seguran!a.A prud(ncia, faendo com que o profissional analise situa!"es complexas e difceis commais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior seguran!a,principalmente das decis"es a serem tomadas. a prud(ncia indispens$vel nos casos dedecis"es srias e graves, pois evita os %ulgamentos apressados e as lutas ou discuss"esinteis.C"ra&em3odo profissional precisa ter coragem, pois o omem que evita e teme a tudo, noenfrenta coisa alguma, torna/se um covarde EA92S3U30;0S, p.PTG. A coragem nos a%udaa reagir *s crticas, quando in%ustas, e a nos defender dignamente quando estamosc'nscios de nosso dever. 1os a%uda a no ter medo de defender a verdade e a %usti!a,principalmente quando estas forem de real interesse para ou