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A Importância do Controle Interno na
Administração Pública
Leônidas Monteiro GonçalvesAnalista de Controle Externo – TCE/PA
“A importância do Controle Interno naAdministração Pública”
• Fins do Estado- Satisfação do bem comum (atendimento das- Satisfação do bem comum (atendimento dasnecessidades coletivas): saúde, educação,transporte, etc...
• Consecução dos seus Fins- Os Estados se organizam: Constituição, LeiOrgânica
“A importância do Controle Interno naAdministração Pública”
O Sistema Constitucional vigente
� Fixa as competências dos poderes e órgãos� Fixa as competências dos poderes e órgãos� Estabelece os direitos e garantias individuais
� Fixa os limites do poder estatal e das liberdades individuais
Estabelecidos os limites da atividade estatal- Controle da Administração Pública
• Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,Publicidade e Eficiência (C.F Art. 37)
• motivação e supremacia do interesse público
Controle Interno no ordenamento jurídico brasileiro
• Lei 4.320/64- Consolidou os fundamentos do Controle Interno (art. 76 - 80)
• CF de 1988- Ampliou as áreas de atuação do C.I, atribuindo-lhe novas
finalidades
Finalidades do Controle Interno – CF, art. 74
• Avaliar o cumprimento das metas PPA, a execuçãodos programas de governo e a execução dosorçamentos;
• Comprovar a legalidade e avaliar os resultados dagestão orçamentária, financeira e patrimonial;gestão orçamentária, financeira e patrimonial;
• Comprovar a legalidade da aplicação de recursospúblicos por entidades de direito privado;
• Exercer o controle das operações de crédito, avais egarantias;
• Apoiar o controle externo na sua missãoinstitucional.
Previsão Constitucional do Controle Controle Interno MunicipalInterno Municipal
C.F Art. 31. A fiscalização do Município será
exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo Municipal , na forma da
lei.
Finalidades previstas na Lei Complementar n.º 81/12 – LO TCE -PA
Art. 44. Os Órgãos integrantes do Sistema de Controle Interno, noapoio ao controle externo, deverão exercer dentre outras, asseguintes atividades:
I - organizar e executar programação de auditorias contábil,financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidadesfinanceira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidadesadministrativas sob seu controle...;
II - realizar auditoria nas contas dos responsáveis sob seu controle,emitindo relatório e certificado de auditoria;
III - alertar formalmente a autoridade administrativa competente paraque instaure Tomada de Contas Especial, sempre que tiverconhecimento de qualquer das ocorrências referidas no art. 50;
IV - emitir relatório e parecer conclusivo nas prestações de contasanuais encaminhadas ao Tribunal. (contas de gestão e de governo)
Responsabilidade do Titular do C.I. e Sanção – L.O TCE-PA
Art. 45. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomaremconhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,dela darão ciência, de imediato, ao Tribunal de Contasdo Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 1º Na comunicação ao Tribunal, o dirigente do Órgãocompetente indicará as providências adotadas paracompetente indicará as providências adotadas paraevitar ocorrências semelhantes.
§ 2º Verificada, mediante os instrumentos de fiscalizaçãoou no julgamento das contas, irregularidades ouilegalidade que não tenham sido comunicadastempestivamente ao Tribunal e provada a omissão, otitular do órgão de controle interno, na qualidade deresponsável solidário, ficará sujeito às sanções previstasno art. 83, inciso IV.
Diferença entre Sistema de Controle Interno e Órgão Central de Controle Interno
• Sistema de controle internoConjunto de normas, atividades, procedimentos, métodos,rotinas, bem como de unidades da estrutura organizacional daAdministração Pública estadual ou municipal com atuaçãoAdministração Pública estadual ou municipal com atuaçãoarticulada, visando o controle interno da gestão administrativa.
• Órgão central de controle internoUnidade administrativa integrante do sistema de controleinterno da Administração Pública estadual ou municipal,incumbida da coordenação do sistema, do planejamento, danormatização, da execução e do controle das atividadesrelacionadas ao controle interno, bem como do apoio àsatividades de controle externo exercidas pelo Tribunal deContas.
CONTROLE : CONCEITO
“Controle é a faculdade de vigilância, orientaçãoe correção que um poder, órgão ou autoridadeexerce sobre a conduta funcional de outro”exerce sobre a conduta funcional de outro”(Hely Lopes Meirelles, in Direito AdministrativoBrasileiro, 2004)
CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLEQuanto ao momento de execução
PRÉVIO: Antes da realização de um ato — é um controlepreventivo, porque visa a impedir que seja praticado um atoilegal ou contrário ao interesse público.
DuranteCONCOMITANTE: Durante a realização de um ato — é oque acompanha a atuação administrativa no mesmomomento em que ela acontece.
SUBSEQÜENTE: Após a realização de um ato — tem porobjetivo rever os atos já praticados, para corrigi-los,desfazê-los ou apenas confirmá-los.
ASPECTOS POLÊMICOS DA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE INTERNO (barreiras)
• A vontade da Alta Administração e o entendimento dosbenefícios do controle interno;
• A questão cultural (ninguém gosta de ser controlado);
• A “independência” necessária para o exercício dafunção;
• A ausência de parâmetros para avaliação da eficiênciaadministrativa.
Proposta de Estrutura Administrativado Controle Interno
PREFEITO
CONTROLADORIAGERAL
NORMATIZAÇÃO ACOMPANHAMENTO
Outras secretarias doMunicípio
AUDITORIA
CONTROLE INTERNO x ASSESSORIA JURÍDICA
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União,reunidos em Sessão da 1ª Câmara, em:
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Identificação: Acórdão 1663/2006 - Primeira Câmara
............9.4. determinar ao Tribunal Regional Federal da 5ª Regiãoque:............9.4.7. abstenha-se de solicitar consultoria jurídica aosmembros responsáveis pelo Controle Interno, valendo-se ,para tanto, de sua Assessoria Jurídica *;
* Lei nº 8.666/93, art. 38, parágrafo único.
Um controle interno organizado e atuante
� Garantir ao Prefeito a segurança de estar informadosobre a legalidade dos atos praticados por simesmo, bem como daqueles praticados pelosagentes subordinados.
� Prevenir e detectar vícios de ordem formal oumaterial nos atos dos agentes subordinados quematerial nos atos dos agentes subordinados quepossam acarretar prejuízos à Fazenda Pública e aresponsabilização do próprio Prefeito
� Adotar providências administrativas corretivas ouinstaurar a tomada de contas especial para eximir-sede eventual responsabilidade.
Um controle interno organizado e atuante
� Oferecer ao Prefeito informações sobre a viabilidade ounão do cumprimento das diretrizes e metasestabelecidas nos instrumentos de planejamento,possibilitando a correção de desvios da administração.
� Permite ao Prefeito adotar as medidas necessárias paraevitar déficits que possam comprometer o equilíbrio dascontas, e levar a rejeição da Prestação de Contas pelaCâmara, por recomendação do Tribunal de Contas.– REJEIÇÃO DE CONTAS
Um controle interno organizado e atuante
� Garantir o cumprimento dos limites constitucionais paradespesa em educação e saúde.- REJEIÇÃO DE CONTAS
� Garantir a fidedignidade dos dados contábeis e dasinformações orçamentárias quanto à execução dosinformações orçamentárias quanto à execução dosprogramas/projetos e atividades previstos no PPA e naLOA .– REJEIÇÃO DE CONTAS
� Constitui mecanismos para viabilizar ocumprimento das finalidades do Estado (atendimentodas necessidades básicas da coletividade).
– PROBIDADE DA GESTÃO / Satisfação do cidadão
“A força de uma corrente se mede pelo seu elo mais fraco ” pelo seu elo mais fraco ”
(Ulysses Guimarães)
Legislação Aplicada
Constituição Federal /1988Constituição Estadual /1989Lei n.º 4320, de 17/03/1964Decreto-Lei n.º 200, de 25/02/1967Lei Complementar Est. n.º 81, de 26/04/2012Lei Complementar n.º 101, de 04/05/2000Lei Complementar n.º 131, de 27/05/2009Lei n.º 8666, de 21/06/1993
ReferênciasBRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.BRASIL. Constituição do Estado do Pará de 1989.CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na Administração
Pública, São Paulo : Atlas, 2008.DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 20 ed. São Paulo:
Atlas, 2007.FREITAS, Juarez. O Controle dos Atos Administrativos. 2. ed. São Paulo:
Malheiros, 1999.Malheiros, 1999.GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo, 11 ed. São Paulo: Saraiva,
2006.MEDAUAR, Odete. O Controle da Administração Pública. São Paulo, Editora
Revista dos Tribunais, 1993.MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 29. ed. São Paulo:
Malheiros, 2004.MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 22 ed.
rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2007.SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 24. ed. São
Paulo: Malheiros, 2005.
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LEÔNIDAS MONTEIRO GONÇALVESANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCE/PAE-MAIL : [email protected] : (91) 3210-0846