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O ato de brincar é uma das principais características da infância quando a criança alia o lúdico às atividades do cotidiano, mesmo sem perceber, tem em sua rotina de ações – acordar, escovar os dentes, tomar banho, comer e até praticar uma atividade física – o prazer e o aprender. O adulto orienta e direciona as necessidades do dia a dia de forma lúdica ou divertida, a fim de encantar a criança com o mundo real e ensiná-la a ser autônoma futuramente nas mesmas práticas. Tem-se como objetivo principal neste texto apontar a relação do brincar com o aprender, pincipalmente para o público infantil, recorrendo a exemplos cotidianos e seus resultados na aprendizagem das crianças. O problema posto é: existe uma analogia entre o aprender e o ato de brincar? Sugere-se, enquanto hipótese, que dentre as diversas formas de apreensão de conteúdos pelo ser humano, nos primeiros dez anos de vida, é maior a influência de imagens e signos de ação repetitiva, os quais são encontrados nas brincadeiras, tanto coletivas quanto individuais. A interação da criança com o meio, afinal é um ser relacional, aumenta as possibilidades de descobertas e evoluções comportamentais após contato uns com os outros, seja a criança com outra criança, ainda que de idades, classes sociais e grupos étnicos e raciais diferentes; seja a interação de uma criança com um adulto. Segundo Souza, em qualquer uma das situações, as relações sofrem influência do meio em que estão inseridas. Ações essas que, conforme Quixabeira, estão diretamente relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem desde a infância ao mundo adulto. O mesmo pode-se observar no trabalho do profissional da Educação, em que este deve estar aberto à percepção das crianças e ao que trazem de seu cotidiano, assim como acrescentar em sua capacidade intelectual, motora, afetiva e física conhecimentos para sua maturação enquanto ser humano e compreensão do espaço que ocupa na sociedade, comunidade e território. Uma das melhores formas de se conduzir isso é por meio de brincadeiras e atividades lúdicas, pois encantam e estimulam zonas sensoriais de prazer. É importante que o educador da infância conheça bem os conhecimentos específicos da área, tais como: as fases do desenvolvimento infantil, as diferentes linguagens, os conhecimentos escolares específicos de cada faixa etária e acrescente o lúdico nos programas educacionais, a fim de transformar a sua prática pedagógica em momento de prazer e significação. (GUSSO; SCHUARTZ, s/d, p.236). O uso de jogos de memorização, brincadeiras coletivas (cirandas, esportes ou cantigas) e gincanas é identificado como dinâmica relevante para o estímulo do desenvolvimento psicológico, intelectual e motor, pois exige da criança reações espontâneas e rápidas, além de estimular o diálogo e a negociação. Logo, esses jogos são atividades lúdicas, porém envolvem motivações cidadãs, sociais e disciplinares. São “oficinas ludopedagógicas” que, segundo Gusso e Schuartza, funcionam como uma forma de mediar conflitos e estimular a criança a atividades organizacionais como higienização do corpo e disposição espacial. O meio lúdico do brincar é um caminho para um processo de ensino-aprendizagem com mais alegria e diversão, contudo, com disciplina, sistematização e orientação. Pode ser efetuado por educadores, mas também por pais e demais envolvidos no mundo infantil. É importante dominar determinadas técnicas de interação com crianças para entender seus limites intelectuais e físicos, não antecipando ou exigindo mais do que a faixa etária poderá ser estimulada. Bárbara Maria Vieira Bouzas Cana Brasil Graduada em Pedagogia e Administração em ênfase escolar, Pós-graduada em Gestão Educacional e em Alfabetização e Letramento, especialista em Orientação Educacional pela Escola da Vila/SP e em Formação de Professores. (Jogos Internos 2017 do Villa Campus de Educação) Inscreva-se e siga-nos nas redes sociais e fique por dentro de mais assuntos como este. A importância do e sua relação com o A importância do e sua relação com o (Jogos Internos 2017 do Villa Campus de Educação) (Jogos Internos 2017 e Jogos Indígenas 2017 do Villa Campus de Educação)

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O ato de brincar é uma das principais características da infância quando a criança alia o lúdico às atividades do cotidiano, mesmo sem perceber, tem em sua rotina de ações – acordar, escovar os dentes, tomar banho, comer e até praticar uma atividade física – o prazer e o aprender. O adulto orienta e direciona as necessidades do dia a dia de forma lúdica ou divertida, a fim de encantar a criança com o mundo real e ensiná-la a ser autônoma futuramente nas mesmas práticas.Tem-se como objetivo principal neste texto apontar a relação do brincar com o aprender, pincipalmente para o público infantil, recorrendo a exemplos cotidianos e seus resultados na aprendizagem das crianças. O problema posto é: existe uma analogia entre o aprender e o ato de brincar? Sugere-se, enquanto hipótese, que dentre as diversas formas de apreensão de conteúdos pelo ser humano, nos primeiros dez anos de vida, é maior a influência de imagens e signos de ação repetitiva, os quais são encontrados nas brincadeiras, tanto coletivas quanto individuais.

A interação da criança com o meio, afinal é um ser relacional, aumenta as possibilidades de descobertas e evoluções comportamentais após contato uns com os outros, seja a criança com outra criança, ainda que de idades, classes sociais e grupos étnicos e raciais diferentes; seja a interação de uma criança com um adulto. Segundo Souza, em qualquer uma das situações, as relações sofrem influência do meio em que estão inseridas. Ações essas que, conforme Quixabeira, estão diretamente relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem desde a infância ao mundo adulto. O mesmo pode-se observar no trabalho do profissional da Educação, em que este deve estar aberto à percepção das crianças e ao que trazem de seu cotidiano, assim como acrescentar em sua capacidade intelectual, motora, afetiva e física conhecimentos para sua maturação enquanto ser humano e compreensão do espaço que ocupa na sociedade, comunidade e território. Uma das melhores formas de se conduzir isso é por meio de brincadeiras e atividades lúdicas, pois encantam e estimulam zonas sensoriais de prazer.

É importante que o educador da infância conheça bem os conhecimentos específicos da área, tais como: as fases do desenvolvimento infantil, as diferentes linguagens, os conhecimentos escolares específicos de cada faixa etária e acrescente o lúdico nos programas educacionais, a fim de transformar a sua prática pedagógica em momento de prazer e significação. (GUSSO; SCHUARTZ, s/d, p.236).

O uso de jogos de memorização, brincadeiras coletivas (cirandas, esportes ou cantigas) e gincanas é identificado como dinâmica relevante para o estímulo do desenvolvimento psicológico, intelectual e motor, pois exige da criança reações espontâneas e rápidas, além de estimular o diálogo e a negociação. Logo, esses jogos são atividades lúdicas, porém envolvem motivações cidadãs, sociais e disciplinares. São “oficinas ludopedagógicas” que, segundo Gusso e Schuartza, funcionam como uma forma de mediar conflitos e estimular a criança a atividades organizacionais como higienização do corpo e disposição espacial. O meio lúdico do brincar é um caminho para um processo de ensino-aprendizagem com mais alegria e diversão, contudo, com disciplina, sistematização e orientação. Pode ser efetuado por educadores, mas também por pais e demais envolvidos no mundo infantil. É importante dominar determinadas técnicas de interação com crianças para entender seus limites intelectuais e físicos, não antecipando ou exigindo mais do que a faixa etária poderá ser estimulada.

Bárbara MariaVieira Bouzas Cana Brasil

Graduada em Pedagogia e Administração em ênfase escolar, Pós-graduada em Gestão Educacional e em Alfabetização e Letramento, especialista em Orientação Educacional pela Escola da Vila/SP e em Formação de Professores.

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