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A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO PARA GESTÃO DE RISCOS: UMA ANÁLISE NAS SOCIEDADES DE
GRANDE PORTE DO RAMO INDUSTRIAL DE CUIABÁ-MT
Viviane Lemes Silva1
Clebia Ciupak Ferreira2
RESUMO
Este artigo tem como objetivo demonstrar quais os riscos que uma sociedade de grande porte do ramo industrial pode se expor pela falta de um controle interno eficaz. Para tanto abordou o tema gestão de riscos o qual se tornou um dos principais pilares da administração moderna. Por meio de uma pesquisa de campo, foram distribuídos questionários aos gestores das sociedades de grande porte do ramo industrial. Chegou-se ao resultado que a estratégia empresarial deverá ser fundamentada na metodologia da gestão de risco a qual permite a empresa garantir melhores resultados na tomada de decisão.
Palavras Chaves: Gestão de riscos; Estratégia Empresarial e; Controle interno.
THE CONTROL IMPORTANCE FOR INTERNAL RISK MANAGEMENT: ANALYSIS OF COMPANIES
LARGE OF CUIABÁ-MT
ABSTRACT
The study addressed that risk management has become one of the main pillars of
modern management. Through the methods of literature, case study with
observational descriptive method and qualitative approach through emails with
professional internal control area of society came to the result that the business
strategy should be based on management methodology risk which allows the
company to guard of risk factors, seeking to offer better quality decision-making.
Key Words: Risk management; Business Strategy and; Internal control.
1 Pós-graduanda pela UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso em Auditoria e Controladoria
Empresarial. E-mail: [email protected]. Contato (65) 9972-8897. 2 Docente da UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso. Orientadora de Pesquisa
metodológica no curso de Auditoria e Controladoria Empresarial. E-mail: [email protected].
1
INTRODUÇÃO
Inicia-se este estudo abordando um assunto complexo caracterizado
como “riscos". Observa-se diante das mudanças ocorridas nos últimos anos nas
empresas brasileiras houve a necessidade da prática de auditagem, isso se deu
devido às atividades de empresas multinacionais instaladas no país e a maior
abertura econômica do Brasil com crescimento do mercado externo, que norteou
a evolução capitalista atual.
Risco significa incerteza sobre a ocorrência ou não de uma perda ou
prejuízo, e a forma de se controlar os riscos é através de seu gerenciamento. Ser
capaz de gerenciar o risco significa "tentar evitar perdas, tentar diminuir a
frequência ou severidade de perdas ou pagar as perdas de todos os esforços em
contrário", entendendo-se 'frequência de perdas' como a quantidade de vezes que
a perda ocorre, enquanto a severidade seria o custo do prejuízo decorrente da
perda3
A gestão de riscos tem como objetivos e estratégias, analisar os principais
avanços recentes na regulamentação para a gestão de riscos em empresas
(financeiras ou não financeiras), e seus impactos esperados na rotina das
instituições brasileiras, o alinhamento para perseguir os objetivos corporativos, o
crédito como parte integrante do processo de negócios da empresa e o foco no
retorno para o acionista4.
A gestão de riscos tornou-se um dos principais pilares da administração
moderna, atualmente qualquer empresa, independente do grau de exposição que
está disposta a assumir, deverá analisar e gerir eficientemente seus riscos para
garantir o melhor aproveitamento das oportunidades de negócios, minimizarem
impactos negativos e garantir o crescimento sustentado de suas operações, por
outro lado a cultura de gestão de riscos ainda é incipiente nas empresas como um
todo, desde a definição do que é efetivamente um risco, sua probabilidade de
ocorrência, quem deve ser o responsável por ele e, principalmente, como
3 GROUHY, Michel; MARK, Robert; GALAI, Dan. Gerenciamento de Risco – Abordagem
Conceitual e Prática. São Paulo: QualityMark, 2004, p. 4; 34-36. 4 SAUNDERS, Anthony. Administração de Instituições Financeiras. 6ª. ed. São Paulo: Atlas,
2012.
2
controlar e mitigar tais ameaças, são questões que compõe grande parte dos
desafios apresentados a todos os profissionais ligados à gestão de riscos5.
A importância do controle interno pode ser entendida a partir do momento
em que se verifica que é ele que pode garantir à continuidade do fluxo de
operações com as quais convivem as empresas, assim a contabilidade dos
resultados gerados por tal fluxo assume vital importância para os empresários que
se utilizam dela para a tomada e decisões6,
Este estudo se propõe a conhecer, a partir do olhar dos profissionais de
serviços contábeis, quais os riscos que a sociedade de grande porte do ramo
industrial no município de Cuiabá está exposta pela falta de controle interno.
Demonstra-se que o principal escopo da aplicação do controle interno tem
ajudado as empresas na minimização do grau de riscos. Deste modo, ressalta-se
que é fundamental ter um sistema de controle interno eficiente, pois o mesmo
busca no auxílio de tomada de decisão e gestão de risco.
Objetiva neste estudo demonstrar quais os riscos que uma sociedade de
grande porte do ramo industrial pode se expor pela falta de um controle interno
eficaz, e os específicos permitiram: apresentar os tipos de controle interno que
pode ser utilizados pelas empresas; evidenciar os objetivos do controle interno e
suas finalidades dentro da empresa; demonstrar os riscos que as instituições
estão expostas diariamente e por fim, verificar o impacto que a falta de controle
pode ocasionar nas rotinas de trabalho.
Ressalta-se que trabalhar com o tema gestão de riscos surgiu de vivência
acadêmica, pois a autora do estudo quer conhecer do controle interno nas
grandes empresas, que é ferramenta importante para evitar fraudes, erros e
prejuízos substanciais às atividades, tornando-se essencial a implantação em
todas as áreas.
Para buscar resultados fidedignos foi utilizado neste estudo, a pesquisa
bibliográfica com abordagem de pesquisa de campo, método dedutivo, descritivo
e observacional bem como a abordagem qualitativa. As amostras foram colhidas
5 BRITO, Osias Santana de. Controladoria de Risco-Retorno em Instituições Financeiras. 3
ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 6 CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 9ª ed. São Paulo: Atlas,
2013.
3
com colaboradores atuantes no controle interno das instituições em estudo. O
método adotado buscou desenvolver e avaliar a implantação de um sistema de
controle que requer conhecimento teórico prévio para proporcionar às sociedades
um resultado positivo na sua administração. Ressalta-se que mediante o
conhecimento teórico somado aos ensinamentos contidos nos manuais e
regulamentos sobre controle interno, a sua implantação proporcionará à
sociedade grande chance de sucesso em seu empreendimento.
1 CONTROLE INTERNO
1.1 ASPECTOS GERAIS
Controle é a verificação das práticas de gestão em outras palavras, o
controle consiste em verificar se as atividades estão sendo executados de acordo
com as diretrizes estabelecidas pela organização, alguns conceitos oriundos da
pesquisa feita nos ajuda, no sentido de fornecer a comprovação de sua
importância em todos os procedimentos administrativos por representar a base de
toda uma estrutura organizacional.7
1.1.1 PRINCIPIOS DO CONTROLE
Controle é instrumento administrativo que alicerça toda estrutura
organizacional, de modo a permitir um melhor entendimento de seu
funcionamento como também uma avaliação da sua execução alguns princípios
dos quais devem ser observados:
Princípio do Objetivo: O controle deve contribuir para o alcance dos objetivos da empresa por meio da indicação dos erros ou falhas em tempo adequado para permitir a ação corretiva oportuna. Porém, o controle deve proporcionar as devidas correções para que não ocorram desvios em relação aos objetivos fixados; Princípio da Definição dos Padrões: O controle deve basear-se em padrões bem definidos. Geralmente, os padrões são definidos no planejamento, ou seja,
7 SAUNDERS, Anthony. Op. Cit. p. 05.
4
antes da execução dos trabalhos e devem servir de critério para o futuro desempenho; Princípio da Exceção: Este princípio foi formulado por Taylor, que achava que a atenção do administrador não deve fixar-se demais sobre as coisas que andam bem. O administrador precisa estar atento para as coisas que andam mal, ou seja, para as exceções. Diz este princípio que o controle deve concentrar-se sobre as situações excepcionais, isto é, sobre os desvios ou variações mais sérias e não sobre as situações normais que ocorrem dentro dos padrões estabelecidos; Princípio da Ação: O controle somente se justifica quando proporciona ação corretiva adequada sobre as falhas ou desvios apontados. O controle deve acionar alguma coisa sempre que ocorra variação em relação ao padrão. È exatamente para isto que existe o controle: Provocar ação corretiva para restabelecer o desempenho dentro do padrão fixado, sempre que necessário.
8
1.1.2 OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE
Na visão de Chiavenato já referenciado, o controle tem como objetivos a
correção de falhas ou erros e cautela de novas falhas ou erros relacionados no
planejamento tanto na organização como na direção.9 Deste modo, a importância
do controle se verifica a partir do momento que as principais funções
administrativas (planejamento, organização, direção) alcançaram seus objetivos.
Porém os resultados virão sem tantos problemas existentes num processo
Planejamento Organização Direção Controle administrativo e acompanhado de
um crescimento estruturado.10
Segundo Padoveze, o controle necessita ter como características fatores
que possibilitem em momentos precisos introdução de medidas a viabilizar a
realização do que foi planejado, organizado e dirigido, para o alcance dos
objetivos almejados pela organização:
• Maleabilidade: Possibilita a introdução de mudanças
decorrentes de alterações nos planos e nas ordens; • Instantaneidade: Acusa o mais depressa possível as faltas e os erros verificados;
8 CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: Administração de empresas, 5 ed. São Paulo:
Atlas, 1998. p. 71. 9 Idem, 8.
10 Bi-idem 8.
5
• Correção: Permite a reparação das faltas e dos erros, evitando-se a sua repetição
11.
Pode então se dizer, que o controle se constitui de todo uma técnica que
envolve algumas importantes etapas, cada uma com seu objetivo, visando obter
excelência nos resultados, e se classifica conforme:
Quanto à fase de execução Quando do planejamento Quando da execução Quando da apuração dos resultados
Controle quanto ao tempo Controle Antecedente (antes...) Controle Concomitante (durante...) Controle subsequente (depois...)
Controle quanto á duração Controle permanente (execução constante) Controle temporário (execução variável)
Controle quanto ao processo.12
De acordo com Chiavenato já referenciado, assegura-se que o controle
faz parte de um processo que interessa a auditoria externa, pois é a partir desta
avaliação, que o auditor verifica qual o grau de risco, como também todos os
procedimentos referentes à extensão do trabalho realizado, uma vez que os
mesmos estão relacionados com a implantação dos padrões como também as
políticas administrativas.
2 GESTÃO DE RISCOS
Segundo Santos (2009) o tamanho dos riscos que compreendem o
conflito sobre renomes de uma organização, se dá através de atividades
inaceitáveis para a empresa, pois o risco pode expor a mudança especialmente
num evento futuro. Por outro lado, mesmo com esses riscos há pontos positivos
que envolvem a identificação de mudanças potenciais avessas ao conflito
esperado como resultado na organização.13
11
PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica e operacional. São Paulo: Thomson, 2013, p. 29. 12
CHIAVENATO, Idalberto. Op. Cit. p. 09. 13
SANTOS, A.R.P. Contribuição à estruturação de sistemas de informações de
controladoria estratégica: um estudo de caso exploratório em empresas de grande porte.
Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Metodista de Piracicaba, 2009.
6
Conforme o autor já referenciado Santos, essas flutuações repentinas de
fatores de risco podem levar a níveis de obrigações e liquidez do qual influencia e
muito no valor da empresa, expondo assim os gestores a tomar decisões
imediatas e acertadas, pois tais inconstâncias não podem ocorrer, destacando,
assim, a importância da prática do gerenciamento dos riscos, por ser instrumento
que busca elevar ao máximo a utilização das oportunidades, minimizando o grau
de exposição da organização aos fatores de risco.
Sá (2009) esclarece que os riscos de gestão podem ser classificados
como ocorrências futuras, dos quais poderão impactar os resultados econômicos
da empresa tanto para mais como para menos, e isso certamente decorre de
decisões administrativas ou riscos administrativos.14
Todavia, os tipos de riscos seja ele de planejamento tributário, de gestão
contábil; financeira, recursos humanos, ou gestão de tecnologia de
desenvolvimento de produtos e de tecnologia de informação, decorrem da
execução das transações e das operações das empresas, podendo ser
ocasionados por colaboradores incapazes na realização de suas atividades.
Acrescente-se, ainda, a possibilidade de riscos em função de: falhas humanas,
sistemas, decisões sobre os eventos econômicos, atuação desidiosa de
funcionários, dentre outros. Não devem ainda ser menosprezados os riscos
estratégicos, que mesmo com menor ocorrência, podem resultar em grandes
choques nos resultados econômicos da empresa.15
Sá (2009) já referenciado atenta-nos na questão da gestão de riscos do
qual tem apresentado grande importância no contexto empresarial, e isso se dá
pela interdependência dos mercados, pois as empresas tornam-se mais
vulneráveis aos diversos fatores de risco.16 Pois a exposição ao risco é um dos
maiores reptos à sobrevivência das organizações, assim as adoções de
estratégias corretas é a que define o futuro de uma organização, pois gerenciar
adequadamente minimiza os riscos ao qual se expõe e isso significa grandes
possibilidades no seu futuro.
Observa-se que o foco da gestão do risco é manter um processo
sustentável de criação de valor para os acionistas, devido ao fato de qualquer
14
SÁ, G.T. Administração de investimentos: teoria de carteiras e gerenciamento do risco. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009. p. 51. 15
Idem, 14 16
Bi-idem 15.
7
negócio estar sempre exposto a um conjunto de riscos. ”17 Conclui-se, então, que
a gestão do risco significa instalar técnicas administrativas para reduzir a
probabilidade de eventos negativos sem incorrer em custos excessivos nem
paralisar a organização.
3 SOCIEDADE DE GRANDE PORTE
Segundo Santos (2009) nas últimas décadas houve um aumento
significativo na política, na economia e na área tecnológicas no mundo. E, com
esse resultado houve rupturas, e muitas incertezas em relação ao futuro das
organizações, seja qual for à área na qual atuam. Assim, ponderada uma das
atividades essenciais de controladoria estratégica, o desenvolvimento e
acompanhamento dos cenários têm como objetivo examinar a tendência das
previsões de organizações especializadas em descrever sucintamente os
cenários em que estão inseridos.18
Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a
sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício
social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta
milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos
milhões de reais). Pode se dizer que há duas possibilidades para a sociedade ou
conjunto de sociedade ser classificada como grande porte: a) ativo total superior a
R$ 240.000.000,00; e b) receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00. Estas
especificidades não são cumulativas basta enquadrar-se em uma delas para a
sociedade ou conjunto de sociedades seja classificada como "sociedade de
grande porte. A análise dos valores será feita sempre com base no exercício
social anterior.19
Deste modo, faz-se importante esclarecer que qualquer tipo de sociedade
poderá enquadrar-se no conceito de "sociedade de grande porte", até mesmo as
sociedades limitadas, pois esta não é uma característica exclusiva das
17
PADOVEZE, C; BERTOLUCCI, R. G. Gerenciamento de Risco Corporativo em
Controladoria. 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 18
SANTOS, A.R.P. Op. Cit. p.05 19
Idem 15.
8
sociedades por ações, seu objetivo, inclusive é apenas de aplicar as regras
atinentes a estas sociedades às demais sociedades.
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS.
Para o presente estudo foi utilizada a pesquisa bibliográfica, a pesquisa
de campo com método descritivo observacional bem como a abordagem
qualitativa através de e-mails com profissionais da área de controle interno da
sociedade. As amostras foram colhidas via e-mail com colaboradores das
sociedades de grande porte do ramo industrial na cidade de Cuiabá, capital do
Estado de Mato Grosso.
O método adotado buscou avaliar a importância da implantação de um
sistema de controle para proporcionar às sociedades um resultado positivo na sua
administração. A pesquisadora empregou o método qualitativo, diante da
complexidade em que sua prática se insere, essa proposta de produção de
conhecimento científico permite que sejam realizados levantamentos de dados,
além de interpretações de resultados que se acrescentam e muito a esta área.20
Os e-mails contendo um questionário com 13 questões, foram enviados
para 63 (sessenta e três) empresas, porém apenas 11 (onze) retornaram com as
questões respondidas, havendo então 52 (cinquenta e duas) empresas que não
responderam. A Coleta de dados foi realizada no dia 25 de agosto até o dia 08 de
setembro de 2015 por 14 dias. As técnicas utilizadas para colher os dados
bibliográficos foram através de livros, revistas e pesquisa em web sites e artigos
científicos.
A pesquisa foi realizada com o objetivo de adquirir um conhecimento
maior acerca da gestão de riscos. Os dados foram coletados através do
instrumento de coleta de dados “questionários semiestruturado”, destaque-se que
a pesquisa por seus dados verdadeiros, valida a importância dispensada à gestão
de riscos pelas empresas pesquisadas.
20 LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: 9
ed. Atlas, 2012. p. 91.
9
O estudo abordado em forma de perguntas e deu-se para avaliação do
cotidiano de profissionais atuantes na área de gestão de riscos. Aplicou-se um
questionário elaborado para as empresas enviado via e-mail acerca dos
procedimentos e rotinas do controle interno, pois sua atividade é: estudar e avaliar
operações e procedimentos, a auditoria permeia pelos dados que já foram
escriturados, demonstrados e analisados, conferindo-lhes credibilidade.21
Figura 1 – Perfil do Colaborador Fonte: (SILVA, 2015).
Como mostra a figura 01, participaram da pesquisa onze (11) pessoas,
sendo sete (7) do sexo masculino, representando 64% do total e quatro (4) do
sexo feminino, representando 36%.
Figura 2 – Escolaridade do Colaborador Fonte: (SILVA, 2015).
21
LOPES DE SÁ, A.. Curso de Auditoria. 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.
64%
36%
1 Perfil do colaborador
Masculino
Feminino
9% 9%
55%
9%
18%
0% 0%
2 Escolaridade do colaborador
2º grau completo
Superior incompleto
Superior completo
Pós- Graduação incompleto
Pós-graduação completo
Mestrado
Doutorado
10
A figura 02 demonstra que a escolaridade dos entrevistados é: ensino
médio apenas 1 (um); 1 (um) superior incompleto; 6 (seis) com superior completo;
e 1 (um) com pós-graduação incompleto, 2 (dois) com pós-graduação completo
nenhum dos entrevistados possui mestrado ou doutorado, sendo a sua maioria
apenas com ensino superior.
Figura 3 – Tempo de Serviço na área Fonte: (SILVA, 2015).
Conforme a figura 03 aborda o tempo que os profissionais atuam na área,
assim demonstra no gráfico: que a experiência que predomina é de 5 (cinco)
profissionais com até 5 (cinco) anos representando um percentual de 46%; mais 2
(dois) profissionais com 11 (onze) a 15 (quinze) anos com um percentual de 18%;
e com mais de 16 (dezesseis) anos de atuação na área mais 4 (quatro)
profissionais com um percentual de 36%.
Figura 4 – Possui Controle Fonte: (SILVA, 2015).
Nesta figura está demostrada que a grande maioria das empresas
entrevistadas, 9 (nove), possui controle interno sistematizado o que representa
82% das empresas que responderam o questionário, também temos que apenas
46%
0%
18%
36%
3 Tempo de Serviço na empresa nessa área
Até 05 anos
De 06 a 10 anos
De 11 a 15 anos
Acima de 16 anos
82%
9% 9%
4 A empresa possui controle interno sistematizado
Sim
Não
Não tem resposta a respeito
11
uma empresa afirmou que não possui controle interno sistematizado, enquanto
que outra não tem resposta a respeito.
Figura 5 – Melhoria da Sistematização da Empresa Fonte: (SILVA, 2015).
Denota-se que 77% das empresas fariam melhorias na sistematização,
sendo que do total que responderam ao questionário 39% fariam na área
operacional, 38% na área financeira e nenhuma faria na área comercial; por outro
lado 23% das empresas que responderam o questionário não responderam a este
quesito.
Figura 6 – Riscos que a empresa está exposta Fonte: (SILVA, 2015).
Na figura acima se apurou que as empresas estão expostas aos riscos de
mercado, operacional e relacionados a fatores humanos em 19% das respostas;
39%
38%
0% 23%
5 Frente à resposta anterior, você mudaria algo para melhoria da sistematização da
Empresa, quais áreas neste sentido …
Operacional
Financeira
Comercial
Não tem resposta a respeito
19% 6%
12%
19% 12%
19%
13%
6 Na percepção do entrevistado quais os maiores riscos a empresa está exposta
Risco de Mercado
Risco de Liquidez
Risco de Crédito
Risco de Operacional
Risco Legal
Risco de fator humano
Não tem resposta a respeito
12
com 12% aparece o risco de crédito e o risco Legal; com 6% o risco de liquidez e
em 13% dos entrevistados não tiveram respostas.
Figura 7 – Controle relacionado aos Riscos Fonte: (SILVA, 2015).
A maioria dos entrevistados declarou que existe em suas empresas o
controle relacionado aos riscos, representando 64%; enquanto que apenas 18%
afirmaram que não possuem citados controles, sendo que o restante, 18%,
declararam não ter resposta a respeito.
Figura 8 – Benefício do Controle Interno Fonte: (SILVA, 2015).
Na figura 08 aborda-se que o benefício do controle interno para a gestão
de riscos está com um percentual de 15% da fidedignidade às normas; com 39%
das transparências nas rotinas; com 38% com menor grau de exposição aos
riscos e 8% declararam não ter resposta a respeito.
64% 18%
18%
7 Há controles relacionados com os riscos
Sim
Não
Não tem resposta a respeito
15%
39% 38%
8%
8 Qual o benefício do controle interno para gestão de riscos
Fidedignidade às normas
Transparência nas rotinas
Menor grau de exposição aos riscos
Não tem resposta a respeito
13
Figura 9 – Metas da empresa Fonte: (SILVA, 2015).
Na figura 09 está demonstrado que a grande maioria dos entrevistados
declarou, com 64% que os objetivos e metas da empresa encontram-se
formalizadas, apenas 18% declararam que não são formalizados e os últimos
18% afirmaram que não tem resposta a respeito.
Figura 10 – Auditoria Interna Fonte: (SILVA, 2015).
Conforme a figura 10 a pesquisa demonstrou que 64% das empresas que
responderam o questionário possuem auditoria, 27% não possui e 9% não
responderam a este quesito.
Gráfico 11 – Periodicidade das Auditorias
Fonte: (SILVA, 2015).
64% 18%
18%
9 Os objetivos e metas da empresa se encontram formalizados?
Sim
Não
Não tem resposta a respeito
64%
27%
9%
10 A empresa possui auditoria
Sim
Não
Não tem resposta a respeito
37%
0%
36%
27%
11 Com qual periodicidade a mesma é realizada
Mensal
Semestral
Anual
Outro
14
Os entrevistados declararam que 37% fazem auditoria mensal; 36% a
realizam anualmente; nenhuma a faz semestralmente; e 27% responderam que
fazem em período diverso dos constantes do quesito.
Figura 12 – Histórico de Fraudes internas Fonte: (SILVA, 2015).
A figura 12 demonstra com 37% dos entrevistados que existe um histórico
de perdas/fraudes internas na empresa, o resultado fica balanceado com 36% da
não ocorrência do histórico e 27% dos entrevistados declararam não ter resposta
relacionada ao histórico.
Figura 13 – Riscos Operacionais e Administrativos Fonte: (SILVA, 2015).
Na figura 13 demonstra que nas empresas entrevistada há sim ocorrência
e/ou impactos dos riscos nas áreas operacionais e administrativas, esse dado
aparece com um percentual de 64%; porém há empresas sem esse histórico e
isso se dá com um percentual de 18%, por outro lado 18% afirmaram não ter
resposta a respeito.
37%
36%
27%
12 Existem histórico de Perdas/Fraudes internas?
Sim
Não
Não tem resposta
64% 18%
18%
13 Impactos dos riscos nas áreas operacionais e administrativas
Sim
Não
Não tem resposta
15
Assim, frente ao que foi analisado, esclarece que apesar de sabermos de
sua importância, a avaliação de riscos ainda consiste na identificação e na análise
dos fatos e condições relevantes que podem interferir no alcance dos objetivos.
Ao adotar uma avaliação de riscos correta à empresa minimizaria os impactos de
possíveis prejuízos e riscos para a gestão. Portanto, uma avaliação de riscos
eficiente traz segurança à empresa, visto que pode alertar quando os objetivos
correm perigo de não serem alcançados, permitindo tomadas de decisão que
permitam correções preventivas.22 “Além disso, o mesmo visa também enfatizar
de como deve ser a gestão de riscos, de que maneira é feito o controle preventivo
para minimização de riscos de liquidez, de riscos de créditos, de riscos de
mercados, e de risco legal, dentre outros. ”23
Verificou-se através de dados bibliográficos a importância de se implantar
o controle interno nas organizações, isto como ferramenta de gestão de riscos,
pois frente às grandes mudanças nos sistemas tecnológicos e às alterações de
leis e regulamentos a empresa precisa investir em controles que possam propiciar
à administração as tomadas de decisão com segurança. Assim, as sociedades
por contar com número elevado de trabalhadores onde são necessários
treinamentos e formação continuada resultando em grandes investimentos em
pessoal, se torna imperiosa a implantação de controles internos para que esses
investimentos possam trazer o retorno almejado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo permitiu demonstrar que a empresa deve estar atenta e
preparada para os elementos que possam impactar de forma negativa ou até
mesmo positiva, frente ao alcance de melhores resultados nas apurações de
lucros empresariais.
Como resultado bibliográfico, verificou-se que a temática ainda é pouco
abordada, porém os autores utilizados no estudo afirmaram que é suma
importância desenvolver um modelo de gestão de risco envolvendo estratégias,
custos e metas. Deste modo, para que a empresa tenha parâmetros para rápida
22
CREPALDI, Silvio Aparecido. Op. Cit. p. 06. 23
BRITO, Osias Santana de. Op. Cit. p. 05.
16
verificação e acompanhamento do planejamento adotado, precisa-se de uma
espécie de sistema de informação que constantemente do qual avalia os
resultados obtidos com o objetivo almejado.
Por fim, esclarece que a estratégia empresarial deverá ser fundamentada
na metodologia da gestão de risco do qual permite a empresa precaver-se de
fatores de riscos, embora não os eliminando e sim buscando oferecer melhor
qualidade na tomada de decisão.
REFERÊNCIAS
BRITO, Osias Santana de. Controladoria de Risco-Retorno em Instituições
Financeiras. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
BERTOLUCCI, R. G. Estudo sobre gerenciamento do risco corporativo:
proposta de um modelo. Dissertação de mestrado. (Universidade Metodista de
Piracicaba). Piracicaba, 2010.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 9ª ed. São
Paulo: Atlas, 2013.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: Administração de empresas, 5
ed. São Paulo: Atlas, 1998.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica.
São Paulo: 9 ed. Atlas, 2012.
LOPES DE SÁ, A. Curso de Auditoria. 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.
PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica e operacional. São Paulo:
Thomson, 2013.
PADOVEZE, C; BERTOLUCCI, R. G. Gerenciamento de Risco Corporativo em
Controladoria. 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
17
SANTOS, A.R.P. Contribuição à estruturação de sistemas de informações de
controladoria estratégica: um estudo de caso exploratório em empresas de
grande porte. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade
Metodista de Piracicaba, 2009.
SAUNDERS, Anthony. Administração de Instituições Financeiras. 6ª. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
SÁ, G.T. Administração de investimentos: teoria de carteiras e
gerenciamento do risco. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009.