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1 Jornalismo Cultural Profª Lilian Crepaldi

Disciplina Jornalismo Cultural-Lilian Crepaldi

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  • *Jornalismo CulturalProf Lilian Crepaldi

  • *Contedo programtico Introduo: definies, veculos e jornalistasConceitos de CulturaHistria do jornalismo cultural no Brasil e no mundoCrtica de arteResenha de exposio de arteCrtica e resenha literriaCrtica e resenha cinematogrficaCrtica e resenha de televisoCrtica e resenha musicalAnlise de publicaes especficasOutras abordagens: moda, turismo, games

  • *

    1 bimestre

    resenha sobre exposio de arte (2,0)

    reportagem sobre tema cultural a ser escolhido pelo aluno (2,0)

    crnica tema cultural (2,0)

    resenha de filme em cartaz nos cinemas (2,0)

    resenha de srie de tv contempornea (2,0)

    Total: 10 pontos

    Importante: no enviar e-mails perguntando sobre exposies e livros deve ser discutido em sala de aula

    Avaliao

  • * 2 bimestre

    a) resenha sobre obra literria ficcional (1,5)

    b) reportagem sobre tema cultural a ser escolhido pelo aluno (1,5)

    c) resenha sobre lbum musical contemporneo (1,0)

    d) prova escrita: 6,0 pontos

    Total: 10 pontos

    Avaliao

  • *

    Bibliografia Bsica

    AZZOLINO, Adriana Pessate. Sete propostas para o jornalismo cultural. So Paulo: Miro, 2009.LINDOSO, Felipe. Rumos do jornalismo cultural. So Paulo: Summus, 2007.PIZA, Daniel. Jornalismo cultural. So Paulo: Contexto, 2004.

    Bibliografia Complementar

    ERBOLATO, Mrio. Jornalismo especializado. So Paulo: Atlas, 1981.GADINI, Sergio Luiz. Interesses cruzados: a produo da cultura no jornalismo brasileiro. So Paulo: Paulus, 2009. (070.44/G12ic) (1ex)GONALVES, Marcos Augusto. Ps-Tudo: 50 anos de cultura na ilustrada. So Paulo: Publifolha, 2008.KELLNER, Douglas. A cultura da mdia. Bauru: EDUSC, 2001.SANTOS, Jos Luis. O que Cultural? So Paulo: Brasiliense, 1994.Bibliografia

  • *

    Desaparecido para sempre Harlan Coben

    Inferno - Dan Brown

    Os Homens que No Amavam as Mulheres - Stieg Larsson

    Uma Crena Silenciosa em Anjos - R.J. Ellory A Cicatriz de David - Susan Abulhawa

    A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak

    Caim e Abel - Jeffrey Archer

    A distncia entre ns - Thrity UmrigarResenha para 2 bimestre literatura (fico)

  • *

    A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafn

    O silncio das montanhas - Khaled Hosseini

    A Senhora do Jogo - Sidney Sheldon

    Eu mato Giorgio Faletti

    O cdigo dos justos Sam Bourne

    O leitor Bernardo Schlink

    O ltimo judeu Noah Gordon

  • *A batalha do apocalipse - Eduardo Sphor

    O cemitrio de Praga Umberto Eco

    Um dia David Nicholls

    A escolha Nicholas Sparks

    Serena Ian McEwan

    Morte Sbita J.K.Rowling

    O caso Rembrandt Daniel Silva

    O torreo Jennifer Egan

    Corrente sangunea Tess Geritsen

  • *A sombra da Lua John Sandford

    Toda a verdade David Baldacci

    A menina que no sabia ler John Harding

    Se eu fechar os olhos agora Edney Silvestre

    O anel do magnfico Agustn Bernaldo Palatchi

    O chamado do Cuco Robert Galbraith

    Queda de gigantes Ken Follett

    O hipnotista Lars Kepler

    Liberdade Jonathan Franzen

  • *Introduodefinies, veculos e jornalistas

  • *Introduo: definies, veculos e jornalistas atividade jornalstica centrada na cobertura e debate de temas ligados cultura sete artes: literatura, teatro, pintura, escultura, msica, arquitetura, cinema outros temas: dana, folclore, televiso, moda, turismo, gastronomia, celebridades, design, games editoria bastante lida no Brasil, mas ainda relegada a segundo plano nas redaes enfoque crtico muitas vezes no considerado jornalismo

  • * referncias contemporneas no Brasil: Daniel Piza (arte), Nelson Motta (Globo-msica), Ana Maria Bahiana (UOL-cinema), Srgio Rizzo (cinema), Jotab Medeiros (msica), Andr Barcinski (Folha-cinema e msica),Rubens Ewald Filho (R7 e Pepper-cinema), Incio Arajo (Folha-cinema), Ferreira Gullar (artes visuais), Cssio Starling Carlos (tv), Ricardo Feltrin (tv), Flvio Ricco (tv), Brbara Heliodora (O Globo-teatro), Joslia Aguiar (literatura), Thais Bilensky (Folha-arte), Edney Silvestre (literatura)

  • *

    Editorias em jornais e revistas: Estado (Caderno 2, Guia), Folha (Ilustrada, Guia da Folha), O Globo (Segundo Caderno), JB, O Dia, Zero Hora, Correio Braziliense, Veja, poca, Isto , Carta

    Televiso: editorias e comentaristas em telejornais das principais emissoras, TV Cultura, Multishow, Globo News (Almanaque, Starte, Sarau)

    Assessorias/lobby

    Introduo: definies, veculos e jornalistas

  • *

    Sites e blogs

    editorias nos grandes portais (UOL,Terra, G1, R7)

    Digestivo Cultural

    Revista Bula

    Revista Trpico

    Revista Monet

    Brasil Cultura

    Revista Artigo

    Bravo! (online) parou de circular em 08/2013

    Cult (online) Domnio Pblico

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  • *Revistas

    Bravo (Abril) - extinta

    Cult

    Monet

    Concerto

    Rolling Stones

    Billboard

    Set - extinta

    Preview

    Sci Fi News

    Introduo: definies, veculos e jornalistas

    Revista de cinema

    Entrelivros - extinta

    Almanaque Brasil

    Dasartes

    Photo Magazine

    Raiz

    Caros Amigos

    Piau

    especficas de Histria, Geografia, Filosofia, Lngua Portuguesa etc.

  • *

  • *Julho 2013

  • *Agosto 2013ltima edio

  • *Antonio Antenore redator-chefe sobre o fim da Bravo

    A Abril Mdia divulgou hoje, oficialmente, o fim da revista BRAVO! em todas as plataformas. A publicao uma das nicas no pas dedicada exclusivamente s artes, onde trabalhei entre agosto de 2005 e julho de 2013, como editor-snior e redator-chefe nasceu em outubro de 1997. Estava, portanto, beira de completar 16 anos. Foi criada numa pequena editora de So Paulo, a Dvila, j extinta, e migrou para o grupo Abril em janeiro de 2004. Quando chegou seara dos Civita, desfrutava de prestgio, mas padecia de m sade financeira. No sei dizer quanto dava de prejuzo poca. S sei que, na Abril, o quadro no se alterou substancialmente, mesmo quando o ttulo adotou uma linha editorial um pouco mais pop, um pouco menos cabea que a de origem.

    Com todos os defeitos que pudesse ter e que realmente tinha, semelhana de qualquer publicao , BRAVO! no perdeu o respeito do meio cultural. Havia divergncias de vrios artistas e intelectuais em relao revista. Os prprios jornalistas que passaram pela redao nem sempre concordavam 100% com a filosofia do ttulo, ditada obviamente pelos donos. Uns o acusavam de conservador, outros de elitista, superficial ou condescendente demais. Mas havia tambm muita gente boa que gostava de nossas edies. O fato que mesmo os opositores jamais recusaram sair nas pginas de BRAVO!.

  • *Quem trabalhava para a publicao raramente ouvia um no quando fazia pedidos de entrevista. At Chico Buarque, famoso por se expor pouqussimo na mdia, topou protagonizar uma capa junto de Caetano Veloso (deixou-se fotografar, mas no abriu a boca, convm lembrar). Todos, de um modo geral, reconheciam que a publicao buscava primar pela seriedade.

    Mesmo assim, em termos comerciais, BRAVO! nunca gerou lucro pelo menos, no na Abril (como disse, desconheo os nmeros da Dvila). A revista, embora contasse com o apoio da Lei Rouanet, operava no vermelho. Em bom portugus, dava prejuzo ora de mihes, ora de milhares de reais. Por qu? Vejamos:

    1) BRAVO! dispunha de poucos leitores? Sim e no. A revista contava com cerca de 20 mil assinantes e 8 mil compradores em bancas e supermercados. Vinte e oito mil pessoas, portanto, adquiriam a publicao mensalmente. Se levarmos em conta os parmetros do mercado publicitrio, cada exemplar tinha, em mdia, quatro leitores. Ou seja: uma edio atingia algo como 112 mil pessoas. No Facebook, a publicao contava com 53.600 seguidores e, no Google +, com 30.900. Eram ndices desprezveis? Depende. Em comparao com revistas de massa, a maioria editada pela prpria Abril, os nmeros de BRAVO! nem chegavam a fazer ccegas. Mas, considerando que o ttulo se voltava para um nicho relativamente restrito, o da alta cultura mais sofisticada, as cifras no parecem to ruins.

  • *Em geral, BRAVO! falava sobre manifestaes artsticas que, mesmo se destacando pela qualidade, no atraam pblico quantitativamente significativo. A revista dedicava quatro, seis, oito pginas para filmes como "Tabu", do portugus Miguel Gomes, exposies como a retrospectiva de Waldemar Cordeiro no Ita Cultural, livros como "O Erotismo", de Georges Bataille, peas como "A Dama do Mar", de Bob Wilson, e espetculos de dana como "Claraboia", de Morena Nascimento. Procure saber quantas pessoas viram tais filmes, mostras e espetculos ou leram tais livros. Cinco mil, 10 mil, 20 mil? Como BRAVO! poderia ter zilhes de leitores se o universo que retratava no tem zilhes de consumidores? A publicao, por sua natureza, enfrentava o mesmo problema que amargam todos os artistas do pas dispostos a correr na contramo dos blockbusters.

    2) BRAVO! perdeu leitores em papel com o avano das mdias digitais? Perdeu, seguindo uma tendncia internacional. A perda, no entanto, no se revelou to expressiva e ocorreu num ritmo menor que o de diversos ttulos.

    3) Era mais caro imprimir a BRAVO! do que outras revistas? Sim, bem mais caro, por causa de seu formato e de seu papel, ambos incomuns no mercado.

    4) BRAVO! tinha poucos anncios? Sim. Raramente, a publicao cumpria as metas da Abril nesse quesito. O motivo? Falhas internas parte, os grandes anunciantes costumam demonstrar pouco interesse por ttulos dedicados alta cultura.

  • *O leitor de revistas do gnero, sendo mais crtico, tende a frear os impulsos consumistas, explicam os publicitrios, nem sempre com essas palavras. Pela mesma razo, tantos cantores, artistas visuais, produtores de teatro e bailarinos encontram srias dificuldades para captar patrocnio.

    A soma de tais fatores tornava BRAVO! deficitria. Ao longo dos anos, tentaram-se diversas medidas para estancar o sangramento. O nmero de pginas da revista diminuiu de 114 para 98; as datas em que a publicao rodava na grfica da Abril se alteraram algumas vezes com o intuito de reduzir os custos de impresso ( mais barato imprimir em certos dias do ms que em outros); a redao encolheu; os projetos grfico e editorial sofreram ajustes; criaram-se aes de marketing pontuais na esperana de aumentar a receita publicitria. Cogitou-se, inclusive, mudar o papel e o formato de BRAVO!. O publisher Roberto Civita (1936-2013), porm, sempre vetou a alterao. Acreditava que faz-la descaracterizaria em excesso a revista.

    A Abril poderia ter insistido um pouco mais? Pecou por no descobrir jeitos inovadores de sustentar a publicao? difcil responder em especial, a segunda pergunta. A crise est instalada na imprensa de todo o mundo. Gregos e troianos dizem que a mdia tradicional precisa se reinventar. Eu tambm digo. Mas qual o caminho das pedras? No sei. No mximo, posso arriscar uns palpites. E seguir investigando, e seguir apostando. O mesmo vale para os empresrios da comunicao.

  • *Gostaria que a edio de agosto no fosse a ltima de BRAVO!. Entristeo-me com o fim da publicao porque aprecio muitssimo a arte. Filmes, livros, peas, msicas, instalaes, pinturas, bals e quadrinhos me ensinaram mais sobre viver do que a prpria vivncia. No entanto, no bancarei o vivo rancoroso. No lamentarei a baixa escolaridade do brasileiro, o pragmatismo dos publicitrios e dos patres, o advento da revoluo digital. Tampouco abdicarei de minhas responsabilidades frente aos erros e acertos da revista. Fiz e ainda fao parte do complexo jogo em que a mdia se insere. Procuro encar-lo com amor, senso crtico e serenidade. Nem sempre consigo, mas...

    De resto, queria agradecer tanto Abril quanto a todos os leitores e profissionais (artistas, editores, reprteres, crticos, ensastas, designers, ilustradores, fotgrafos, assessores de imprensa, executivos, vendedores, secretrias, motoristas e motoboys) que tornaram possvel to longa e inesquecvel jornada.

    Abaixo, a capa de nossa ltima edio, que chega s bancas na segunda- feira:

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  • *Conceitos de cultura

  • *Principais conceitos de culturaLivro Diferentes, desiguais e desconectados Canclini

    1 cultura o acmulo de conhecimentos e de aptides intelectuais e estticas; 2 - cultura como tudo aquilo criado pelo homem e por todos os homens a partir do natural que existe no mundo. So os nossos modelos de comportamento, os costumes, as distribuies espaciais e temporais; 3 definio sociossemitica, na qual a cultura abarca o conjunto de processos sociais de produo, circulao e consumo da significao na vida social.

  • *Principais conceitos de cultura a produo/ veiculao e consumo / recepo ou identificao dos modos de ver, pensar, agir e (se) expressar dos indivduos ou grupos humanos

    GADINI, Srgio Luiz. Alm da informao, servio e orientao ao consumo: o jornalismo cultural como um (quase) sinnimo de interpretao e crtica. PautaGeral, n.5, p 211-236, 2003a.

  • *

    Jornalismo Cultural - histrico

  • *The Spectator sc XVIII

    a Spectator portanto o jornalismo cultural, de certo modo nasceu na cidade e com a cidade. [...] A Spectator se dirigia ao homem da cidade, moderno, isto , preocupado com modas, de olho nas novidades para o corpo e a mente, exaltando diante das mudanas no comportamento e na poltica. Sua idia era a de que o conhecimento era divertido, no mais a atividade sisuda e esttica, quase sacerdotal, que os doutos pregavam (PIZA, 2004, p.12)

    Popularizao do Jor Cultural sc XIX - folhetins

    Jornalismo Cultural - histrico

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    The Spectator

    1711

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    2006

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    Ediesespeciais

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  • *Jornalismo Cultural - Brasil

  • *Histria

    Compreende-se por Jornalismo Cultural os mais diversos produtos e discursos miditicos orientados pelas caractersticas tradicionais do jornalismo (atualidade, universalidade, interesse, proximidade,difuso, objetividade, clareza, dinmica, singularidade, etc) que ao pautar assuntos ligados ao campo cultural, instituem, refletem/projetam (outros) modos de pensar e viver dos receptores, efetuando assim uma forma de produo singular do conhecimento humano no meio social onde o mesmo produzido, circulae consumido

    GADINI, Srgio Luiz. Grandes estruturas editoriais dos cadernos culturais: Principais Caractersticas do Jornalismo Cultural nos Dirios Brasileiros.

    Jornalismo Cultural - Brasil

  • *Histria

    Correio Braziliense e a chegada da famlia real

    crescimento efetivo somente nos anos 1930

    Jornalismo Cultural - Brasil

  • *Histria

    mudana do papel da crtica

    No final do sculo XIX, o jornalismo comeou a mudar e, com ele, o estilo da crtica cultural feita em peridicos. [...] As crticas s artes saram do seu circuito de marfim: Shaw [George Bernard Shaw (1856 1950)] as lanou no meio da arena social, exigindo que se comprometessem com questes humanas vivas, mostrando, por exemplo, que uma pera de Mozart era composta de muito maiselementos que as belas melodias e o figurino pomposo. O crtico cultural agora tinha que lidar com idias e realidades,no apenas com formas e fantasias. [At a virada para o sculo] O jornalismo cultural tambm esquentou: descobriu a reportagem e a entrevista, alm de uma crtica da arte mais breve a participante.Das conversaes sofisticadas de Addison e Steele at as resenhas incisivas de Zola, Kraus e Shaw, o jornalismo cultural tomou sua forma moderna. (PIZA, 2004,p.17-19)

    Jornalismo Cultural - Brasil

  • *Correio Braziliense ou Armazn Literrio - 1808 a 1822

    O Patriota - 1813

    Bssola da liberdade - 1831 a 1834

    Niteroy - 1836

    Floreal 1907

    Fon fon 1907 - 1958

    Klaxon 1922-1923

    A Revista 1925 a 1928

    Verde 1927-1929

    Jornalismo Cultural - Brasil

  • *Revista de Antropofagia 1928-1929

    Cruzeiro 1928-1975

    Realidade 1966 a 1976

    Gazeta Mercantil (caderno Fim de Semana) at 2009

    Jornalismo Cultural - Brasil

  • *Correio Braziliense ou Armazn Literrio - 1808 a 1822

  • *Jornal O Patriota -1813

  • *Bssola da Liberdade -1831 a 1834

  • *Niteroy -1836

  • *Floreal - 1907

  • *Fon fon 1907-1958

  • *Klaxon -1922 a 1923

  • *A Revista -1925 a 1928

  • *Verde 1927 a 1929

  • *Revista de Antropofagia 1928-1929

  • *

    Nmero 1-Novembro de 192864 pgs

  • *O Cruzeiro -1966

  • *O Cruzeiro -1967

  • *O Cruzeiro -1968

  • *Realidade - 1970

  • *Realidade - 1973

  • *

    Nmero 1-Abril de 1966140 pgs

  • *

    Jornal de Amenidades - 1971

  • *

    Suplemento Literrio do Estado - 1972

  • *

    Suplemento Literrio do Estado - 1972

  • *Revistas e sites gerais

    The Spectator

    New Yorker

    Esquire

    Rolling Stone

    Entertainment Weekly's 1990 (grupo Time)

    The Economist editoria cultura

    Culture Kiosque

    Jornalismo Cultural veculos internacionais

  • *

  • *

    The New Yorker

  • *

    Esquire

  • *

    Esquire

  • *

    Entertainment Weekly's

  • *

    Rolling Stone - 1978

  • *Rolling Stone

  • *

    Rolling Stone

  • *

    Rolling Stone

  • *

    The economist

  • *

    Culture Kiosque

  • *Msica

    Billboard 1894

    Wire 1982

    Vibe

    Jornalismo Cultural - internacional

  • *

    Billboard

  • *

    Wire

  • *

    Vibe

  • *Artes plsticas

    Absolutearts.com

    Aesthetica - RU

    Archipelago

    Art Magazine

    Art Newspaper

    Art Papers

    Art Times

    Artforum

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *Artes plsticas

    Artnet

    Artnow Online

    Arts & Opinion

    Arts Editor

    Arts Journal

    Atopia

    Bomb

    Culturekiosque

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *Artes plsticas

    culturevulture.net

    Exquisite Corpse

    Frieze

    Identity Theory

    Juxtapoz

    Naked punch review

    Nat Creole

    Nthposition

    Other Voices

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *Artes plsticas

    PopMatters

    Ralph

    Scene 360

    Yareah

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *

    Art and Antiques junho 2010 - EUA

  • *

    Antiques and Fine Art - EUA

  • *

    Aesthetica - RU

  • *Literatura maioria de cunho acadmico

    The New York Review of Books fundada em 1963 tem 140 mil

    3AM Magazine

    Anotherealm

    Apple Valley Review

    Barcelona Review

    Blackbird

    Bloomsbury Magazine

    Born Magazine

    Boston Review

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *Literatura

    Expatriate Literary Circle

    Exquisite Corpse

    failbetter.com

    Geist

    Good Reading

    Granta

    Istanbul Literature Review

    Jacket Magazine

    Literary Review

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *Literatura

    Little Magazine

    Mad Hatters' Review

    Mississippi Review

    Narrative Magazine

    New England Review

    Nuvein Magazine

    Painted Bride Quarterly

    Paris Review

    Per Contra

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *Literatura

    Pif Magazine

    Ploughshares

    Red China

    Richmond Review

    The Writer's Eye Magazine

    Threepenny Review

    Underground Voices

    Words Without Borders

    Zoetrope: All-Story

    Jornalismo Cultural internacional - segmentadas

  • *

    The New York Review of Books

  • *Dificuldades para o jornalista cultural

  • *"Foi em 1998. Fui na casa da Gal Costa, em Trancoso (interior da Bahia), e fomos fazer a entrevista em um restaurante. Na segunda pergunta que fiz, ela comeou a gritar, disse que eu no era jornalista. Todos no restaurante pararam para ver ela gritando. J fui fazer matria em baile funk e com os skynheads. Mas, essa da Gal foi a maior saia justa que tive na minha carreira" Jotab Medeiros

    " a celebridade que acha maior do que , 'as estrelinhas'. O ruim que tem gente que quando precisa aparecer na mdia corre atrs de ns. E quando no precisam destratam" Fabola Reipert

    Eu sou f do Luis Fernando Verssimo, mas ele no um bom entrevistado. Foi a minha entrevista mais difcil, porque ele monossilbico, tmido. No por m vontade, o jeito dele. Eu achei que ia ser uma super entrevista, mas no foi Chico Otvio

  • *A opinio de Jotab Medeiros

  • *Jotab Medeiros

    O jornalismo como um todo vive uma crise, da qual no se pode excluir o jornalismo cultural. Crise de empregos, degene-rescncia dos cursos de comunicao, aviltamento das relaes profissionais no mbito das grandes empresas. A crise do texto, a crise tica, a "foquizao" das redaes (utilizao macia de "focas", para baratear a produo), o foco exagerado na indstria cultural: tudo contribui para que haja uma sensao de que "no passado era melhor (...)

    Eu, no entanto, discordo um pouco dessa unanimidade. Conheci redaes no passado nas quais o jornalismo cultural era praticado em compadrio, com panelinhas dominando a sua prtica. Havia, claro, notveis praticando o gnero, da mesma forma como hoje, mas isso no era a regra

  • *Crtica de arte

  • *

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  • *Da Vinci La Gioconda, 1503-1507, leo sobre madeira de lamo, 77 53 cm,Museu do Louvre - Renascimento

  • *

  • * Van Gogh - Quarto em Arles, outubro de 1888, leo em tela, 72 90 cm,Museu Van Gogh, Amsterd - Impressionismo

  • *

  • *

  • *Munch O grito, 1893, leo sobre tela, Tmpera e Pastel sobre carto, Galeria Nacional, Oslo - Expressionismo

  • *

  • *Pierre Auguste Renoir - O baile no moulin de la galette, 1876, leo sobre tela131 175 cm, Museu de Orsay Paris - Impressionismo

  • *

  • *Salvador Dal - A persistncia da memria ,1931, leo em tela, 24 cm 33 cm, MOMA - Surrealismo

  • *

  • *Georgia OKeeffe From de Lake 1924 - The Georgia O'Keeffe Museum, Santa Fe, New Mexico

  • *

  • *Jackson Pollock - Lavender Mist n.1 1950 National Gallery of Art - WashingtonJackson Pollock - Lavender Mist n.1 1950

  • *Valores estimados de algumas obras(que no so comercializadas)

  • *TETO DA CAPELA SISTINA

    Autor: MichelangeloValor em reais: 1,39 bilhoOnde se encontra: Vaticano

  • *

  • *A LTIMA CEIA

    Autor: Leonardo da VinciValor em reais: 913 milhesOnde se encontra: Convento Santa Maria delle Grazie (Milo, Itlia)

  • *

  • *A ESCOLA DE ATENAS Autor: Rafael Valor em reais: 859 milhes Onde se encontra: Museu do Vaticano

  • *

  • *A LIBERDADE GUIANDO O POVO Autor: Eugne Delacroix Valor em reais: 791 milhes Onde se encontra: Museu do Louvre

  • *

  • *

  • *Crtica de arte alm das belas artes (arquitetura, pintura, escultura, desenho)

    Revista Musical e de Belas Artes (1879-1880)

    Revista Illustrada (1876-1898)

    crticos brasileiros: Angelo Agostini, Gonzaga Duque, Pardal Mallet, Oscar Guanabarino, Mrio Pedrosa, Srgio Milliet, Lourival Gomes Machado, Lisetta Levi, Geraldo Ferraz, Aracy Amaral, Olvio Tavares de Arajo, Paulo Mendes de Almeida, Clarival do Prado Valladares, Ferreira Gullar, Sheila Leirner, Mrio Schenberg, Ronaldo Brito, Jos Roberto Teixeira Leite, Carlos Roberto Maciel Levy, Lisbeth Rebollo Gonalves, Quirino da Silva, Paolo Maranca, Casimiro Xavier de Mendona

    Associao Brasileira de Crticos de Arte (ABCA). Faz parte da Associao Internacional de Crticos de Arte (AICA)

  • *

  • *Retrato de Adele Bloch-Bauer I (1907), Gustav Klimt, leo e ouro sobre tela, 138 cm 138 cm, Neue Galerie (New York)

    Modernismo

    Vendida por 135 milhes de dlares a Ronald Lauder, que a colocou em sua coleo na Neue Galerie

  • * formado em artes decorativas, trabalhou no incio com vitrais e decorao de teatros

    era filho de um cinzelador de metais preciosos

    encomenda do industrial Ferdinand Bloch-Bauer / trs anos para ficar pronto

    alta dose de sensualidade de seu trabalho

    confiscado pelo regime nazista em 1938. O quadro retornou em 2005 famlia

    influenciada pelos mosaicos bizantinos de Ravena, na Itlia

    fase dourada do pintor

    marcada pela obra de Freud e o conceito de inconsciente

    Crtica de arte - Klimt

  • *Vogue Japo, 2009

  • *Vogue Itlia, 2009

  • *

    O beijo, 1907

  • *

    Mulher sentada de coxas abertas, 1913

  • *

  • *A Noite Estrelada (De sterrennacht), 1889, leo em tela, 73,7 92,1 cmMuseu de Arte Moderna de Nova York

    Ps-impressionismo

  • * sobreposio de elementos reais e imaginrios, provenais e nrdicos

    ciprestes so considerados as tochas da alma do artista

    preocupao com o tratamento das formas, e no somente com os fenmenos da luz

    formas curvas contnuas, serpenteadas e ondulantes e a textura de linhas ntidas, tracejadas e ziguezagues

    perodo final de Van Gogh

    via crtica 1 quadro representa um estado de conturbao mental

    via crtica 2 sintonia com a natureza

    quadro pode significar o desejo do homem querer alcanar as estrelas, captar-lhes o sentido, a grandeza, o mistrio

    Crtica de arte Van Gogh

  • * especulao: foi pintada de memria, enquanto estava num hospcio

    fortes cores primrias

    curvas contnuas ondulantes do cu, opostas s linhas rectilneas da paisagem terrestre

    ligao das tendncias impressionistas com aspiraes modernistas

    diagnsticos (todos sem comprovao): epilepsia agravada pelo uso de absinto, esquizofrenia e transtorno bipolar do humor

    sofria de xantopsia (viso dos objetos em amarelo)

    vendeu uma nica tela enquanto vivo, A Vinha Encarnada, por 400 francos

    1990 - Retrato do Dr. Gachet - US$ 82,5 milhesCrtica de arte Van Gogh

  • *

  • * libertao das emoes poderosas

    tentativa do pintor expressar em imagem a sua saudade do infinito

    aborda o regresso origem, ao refluxo do cosmos

    historiador de arte Albert Boime - h mais realismo e reflexo na famosa obra do que muitos crticos tm apontado

    ele determinou o horrio da pintura - so as quatro da madrugada da noite de 18 para 19 de junho

    Verifica-se que o pintor nunca se baseou unicamente na imaginao, mas partiu sempre da Natureza, pois era da natureza que Van Gogh gostava e era esse apego que queria transmitir

    em carta ao irmo, Van Gogh disse: a emoo, a sinceridade do sentir a natureza que nos conduz a mo

    Crtica de arte Van Gogh

  • *Os ciprestes ocupam-me continuamente. Gostaria de fazer algo semelhante s minhas pinturas de girassis, pois me admira que nunca tivessem sido pintados como eu os vejo. So to bonitos em linha e proporo como um obelisco egpcio

    Em carta a Theo, seu irmo

    Experimento uma terrvel clareza em momentos que a natureza to linda. Perco a conscincia de mim e os quadros vm como em sonho.

    Vincent Van Gogh

    Crtica de arte Van Gogh

  • *Moa com brinco de prola, Johannes Vermeer - ~1665 Trechos do filme

  • *

  • *Roteiro sugerido para crtica de arte

    Ficha tcnica nome, ano, formato, material, local Conhecimento em profundidade do artista (aspectos biogrficos e psicolgicos) Momento histrico e antecessores Obras Estilo predominante Mudanas do estilo ao longo da carreira Interferncias da vida no estilo Quem o influenciou e quem ir influenciar no futuro Saber ler o artista e sua obra

    Crtica de arte (obra) - Roteiro

  • *

    Contedo essencial para textos sobre exposio de arteNome da exposio, local, datas, preo da entrada

    Curadoria

    Artistas

    Antecedentes

    Iniciativa

    Entrevista com artistas, curador e pblico

    Importncia e consequncias da exposio

    Comparao com outras exposies

    Principais valores estticos

  • *

    Contedo essencial para textos sobre exposio de arteObjetivo do texto a promoo de ideias, e no do artista ou do patrocinador

  • *17/03/2010 Mostra na Pinacoteca revela faceta crtica de Andy Warhol

    FABIO CYPRIANOda Folha de S.Paulo - Ilustrada

    O rtulo "artista pop" muito pequeno para definir Andy Warhol, como se pode perceber na mostra "Andy Warhol, Mr. America", que ser aberta no prximo sbado, na Estao Pinacoteca. A reportagem da Folha viu a exposio em sua primeira montagem, em Bogot, na Colmbia, no ano passado.

    Obviamente, esto nas obras, como nas gravuras de Marilyn Monroe e nas das latas de sopa Campbell's, os elementos que marcam a chamada arte pop, ou seja, o uso de elementos do mundo das celebridades e da publicidade --nessas imagens, Warhol sempre se apropriou de fotos de jornal.

    Exemplo - Crtica de arte (exposio)

  • *Mas o que a exposio revela com intensidade , em primeiro lugar, uma faceta crtica, que at ento costuma ser atribuda apenas ao pop ingls, onde o movimento surgiu, com a famosa colagem "O que Exatamente Torna os Lares de Hoje To diferentes, To Atraentes", de Richard Hamilton, de 1956.

    Se Warhol no usava ironias em seus ttulos, elas esto presentes, contudo, em suas prprias construes. Suas celebridades so maquiadas com cores fortes e berrantes, outro elemento que o caracteriza como pop, mas exibidas aps situaes de fraqueza. Na srie sobre Jackie Kennedy, por exemplo, ela surge no quando estava gerando um padro de beleza para o pas, mas no momento de luto.

    como se Warhol apontasse para o poder ambivalente da imagem que se torna impressa, afinal ela no capaz de revelar tudo. Nesse sentido, o custo da fama revela-se perverso e sem glamour. Mesmo assim, ao colorir tais imagens, ele apela para a seduo, uma das razes que o tornou a ser to reconhecido popularmente.

    Exemplo - Crtica de arte (exposio)

  • *Outro carter importante da exposio exibir, junto com os trabalhos mais famosos, sua obra mais experimental, at ento normalmente vista em pequenas mostras ou como trabalhos menores. Warhol produziu filmes alternativos em grande quantidade -h 17 deles na exposio- e trabalhou em vrios suportes, chegando at a criar ambientes imersivos, como "Silver Clouds" (nuvens prateadas), de 1966, ou "Cow Wallpaper" (papel de parede de vaca), de 1972.

    So trabalhos precursores das instalaes contemporneas, que o levam muito alm da mera produo pop.

    Finalmente, o curador Philip Larratt-Smith acerta ainda ao apontar o carter sarcstico de Warhol em relao aos mitos americanos. O artista abordou a violncia contra os negros, em "Confrontos Raciais", a misria, em "Desastres do Atum Enlatado", retratou temas tabus como a homossexualidade, a obsesso pela morte e, como se no fosse suficiente, a sociedade do espetculo.

    Exemplo - Crtica de arte (exposio)

  • *Assim, quem observa apenas as cores fortes e as imagens sedutoras, fica apenas na superfcie da obra de Warhol, mas quem quiser se aprofundar de fato nessas imagens, vai descortinar um mundo no colorido e tampouco atrativo, o que afinal o retrato da Amrica.

    ANDY WARHOL, MR. AMERICAQuando: abertura, sbado, s 11h; de ter. a dom., das 10h s 18hOnde: Estao Pinacoteca (lgo. General Osrio, 66, Centro, SP, tel.0/ XX/11/ 3335-4990); at 23/5Quanto: R$ 3 a R$ 6 (sbado, grtis)Cotao: timo

    Exemplo - Crtica de arte (exposio)

  • *Mas o que arte?

    "Em todas as suas manifestaes, a arte uma expresso do sentir humano transformado em smbolos, no convencionais, que necessariamente no precisaro levar o observador a significados conceituais, pois antes de mais nada, a arte deve ser sentida e no pensada.

    Ftima Seehagen

    "A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas qualquer que seja o adjetivo empregado, temos de cham-la de arte. A arte ruim arte, do mesmo modo como uma emoo ruim uma emoo

    Marcel Duchamp

    Crtica de arte

  • *Mas o que a crtica de arte no jornalismo?

    De acordo com a Enciclopdia de Artes Visuais do Instituto Ita Cultural:

    a noo de crtica de arte diz respeito a anlises e juzos de valor emitidos sobre as obras de arte que, no limite, reconhecem e definem os produtos artsticos como tais. Envolve interpretao, julgamento, avaliao e gosto

    Crtica de arte

  • * crtica de arte como profisso - surge no sculo XVIII

    primeiras tentativas de distinguir crtica de arte e histria da arte: o historiador voltado para a arte do passado e o crtico comprometido com a anlise da produo do seu tempo atualmente, o conceito mais amplo

    sc XVIII - ambiente caracterizado pelos sales literrios e artsticos, acompanhando as exposies peridicas, o surgimento de um pblico e o desenvolvimento da imprensa

    campos da histria e da crtica de arte encontram-se imbricados; afinal o juzo crtico sempre histrico, na medida em que dialoga com o tempo, e a reconstituio histrica, inseparvel dos pontos de vista que impem escolhas e princpios. As meditaes sobre o belo, no domnio da esttica, alimentam as formulaes da crtica e da histria da arte

    Denis Diderot (1713 - 1784) - formulaes terico-filosficas, mas traz a marca do comentrio feito no calor da hora sobre a produo que se apresenta aos olhos do espectador

    Crtica de arte

  • * escritos que se ocupam da arte e dos artistas so includos na categoria crtica de arte

    histria da arte compreende a histria da crtica, dos estudos e tratados que emitem diretrizes tericas, histricas e crticas sobre os produtos artsticos

    primeiros escritos sobre arte remetem Antigidade grega: biografias de artistas (como as escritas por Duride di Samo, sculo IV a.C.), tratados tcnicos sobre escultura e pintura, de Senocrate di Sicione e Antigono di Caristo, sculo III a.C., aos quais se junta, na poca romana, o tratado de arquitetura de Vitrvio, De Architectura, e "guias" artsticos (como o escrito por Pausaniam, sculo II a.C.) esto entre os primeiros textos dedicados arte

    pensamento esttico de Plato e Aristteles levanta problemas fundamentais sobre o fazer artstico: a questo da fantasia (ou imaginao criadora), do prazer esttico, do belo e da imitao da natureza (mimesis)

    Crtica de arte

  • * perodo medieval no oferece uma teoria da arte ou crtica de arte sistemtica: dominam as meditaes de ordem teolgica, as formulaes tcnicas e os repertrios iconogrficos, com a indicao de exemplos a seres copiados

    na Itlia florentina do sculo XIV, as condies econmico-sociais renovadas se exprimem em um ambiente artstico mais rico e em escritos sobre arte originais

    Filippo Villani escreve um livro em homenagem a sua Florena natal, 1381-1382, em que destaca a vida de artistas da Antigidade

    Cenino Cennini (ca.1370 - ca.1440), com descries detalhadas da pintura a tmpera e do afresco, abre possibilidades para anlises do material artstico

    Crtica de arte

  • * poca renascentista traz interpretaes cientficas da natureza, apoiadas na matemtica e na geometria

    Leon Battista Alberti (1404 - 1472) e Leonardo da Vinci (1452 - 1519) so os principais tericos do perodo, notveis pelas tentativas de conferir fundamento terico e base cientfica s obras

    tambm se esboam histrias da arte construdas pelo filo da vida de artista, como Comentrios, de Lorenzo Ghiberti (ca.1381 - 1455), e As Vidas dos mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos, de Giorgio Vasari (1511 - 1574), que se tornam modelares para a produo de Andra Palladio (1508 - 1580)

    Crtica de arte

  • * surgimento das academias de arte coincide com a crise dos ideais renascentistas expressa no maneirismo - teorizado por Giovanni Pietro Bellori (1613 - 1696) e Luigi Lanzi (1732 - 1810) - e marca uma mudana radical no status do artista, personificada por Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564)

    no mais artesos das guildas e corporaes, os artistas so considerados a partir de ento tericos e intelectuais, o que altera o carter dos escritos sobre arte

    novas instituies tm papel fundamental no controle da atividade artstica e na fixao de padres de gosto

    na academia francesa, fundada em 1648, observa-se uma associao mais ntida entre o rgo e uma doutrina particular, com base no classicismo e na obra do pintor francs Nicolas Poussin (1594 - 1665)

    Crtica de arte

  • * controvrsias tm lugar no interior das academias

    nos sculos XVIII, apogeu das academias, e XIX, os tericos do neoclassicismo Anton Raphael Mengs (1728 - 1779) e, sobretudo, Joachim Johann Winckelmann (1717 - 1768) rompem definitivamente com o modelo fornecido pela "vida de artista", apoiando suas interpretaes em testemunhos histricos e no esforo de compreenso da linguagem artstica propriamente dita

    tanto o clssico quanto o romntico so teorizados entre a metade do sculo XVIII e meados do sculo XIX

    o contexto em que as novas idias se enrazam praticamente o mesmo: as contradies ensejadas pela Revoluo Industrial e Revoluo Francesa

    Crtica de arte

  • * o romantismo sistematizado histrica e criticamente pelo grupo reunido com os irmos Schlegel na Alemanha, a partir de 1797, ao qual se ligam Novalis, Tieck, Schelling e outros

    filosofia de Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778) est na base das formulaes romnticas alems e tem forte impacto no pr-romantismo do sturm und drang [tempestade e mpeto]

    sculo XIX assiste expanso das exposies de arte e ampliao do campo de atuao do crtico

    pintores esto envolvidos no debate crtico com suas obras e escritos

    Eugne Delacroix (1798 - 1863) e suas consideraes sobre o romntico

    Crtica de arte

  • * literatos passam a ocupar papel de ponta nas discusses sobre arte em geral - Stendhal (1783 - 1842), os irmos Edmond Goncourt (1822 - 1896) e Jules Goncourt (1830 - 1870) e mile Zola (1840 - 1902), o crtico do impressionismo

    mesmo nos movimentos de vanguarda dos primeiros decnios do sculo XX, escritores e poetas mantm suas posies de crticos de arte atuantes - Apollinaire (1880 - 1918), cujas formulaes so fundamentais para o cubismo, e Andr Breton, escritor e terico do surrealismo

    crtica de Charles Baudelaire (1821 - 1867), em especial seu clebre ensaio O Pintor da Vida Moderna, sobre Constantin Guys (1805 - 1892), mostra-se fundamental para a definio de arte moderna e da prpria ideia de modernidade

    O moderno, declara Baudelaire, no se define pelo tempo presente - nem toda a arte do perodo moderno moderna -, mas por uma nova atitude e conscincia da modernidade

    Crtica de arte

  • * acompanhar a histria da crtica de arte no sculo XX obriga considerao detida de diversas perspectivas terico-metodolgicas, que informam tanto a crtica propriamente dita quanto a histria da arte, assim como o levantamento da crtica mais militante, veiculada pelos jornais e revistas especializadas

    No Brasil, o surgimento da crtica de arte liga-se criao da Academia Imperial das Belas Artes (Aiba) , no Rio de Janeiro, em 1826, que inaugura o ensino artstico formal no pas

    seu primeiro representante o pintor, crtico e historiador de arte Porto Alegre (1806 - 1879), que a dirige entre 1854 a 1857

    Porto Alegre confere importncia destacada pintura de paisagem que deveria, segundo ele, sair da cpia de estampas e dos quadros da pinacoteca e voltar-se para o registro da natureza nacional, no entanto ele defende o estabelecimento de uma tradio de pintura histrica brasileira.

    Crtica de arte

  • *

    Crtica de arteFerreira Gullar (1930-... )

    A arte existe porque a vida no basta

    Arte uma coisa imprevisvel, descoberta, uma inveno da vidahttp://g1.globo.com/pop-arte/flip/noticia/2010/08/arte-existe-porque-vida-nao-basta-diz-ferreira-gullar.html

    http://www.literal.com.br/tag/resmungosTexto de Gullar

  • *Veja bem, a primeira funo social da arte a arte mesma. Porque a arte, em primeiro lugar ela amplia a vida das pessoas, ela d alegria, ela enriquece a vida das pessoas. A sociedade inventada, a vida inventada, ns nos inventamos a ns mesmos, no arbitrariamente, mas, se eu tenho determinadas necessidades eu me invento na direo das minhas necessidades e se eu tiver capacidade eu vou avanar e de uma maneira ou de outra eu me invento escritor, eu me invento jogador de futebol, eu me invento fotgrafo, eu me invento cineasta, jornalista. Ento a vida, ela inventada. A religio uma inveno do ser humano que ele necessita para responder as questes que no tem resposta. O mundo no tem sentido e a religio d sentido ao mundo. Pra quem acredita na religio as coisas esto explicadas de alguma maneira. Por que que existe o mundo? No tem resposta. Por que que existe algo ao invs de nada? No tem resposta. A cincia e os cientistas no tem resposta. Mas, se Deus criou o mundo, acabou-se, t respondido, t certo? (...)

    Crtica de arte

  • *Ento a arte foi uma das coisas que o homem criou pra inventar o seu mundo, porque o ser humano um ser cultural, ele no um ser estritamente natural. Ele nasce da natureza, mas, ele vive no mundo da cultura, quem vive na natureza macaco, ona, jacar o homem vive no mundo da cultura. A cidade inventada pelo homem, uma coisa complexssima, j imaginou quanta coisa existe, quanto equipamento existe pra essa cidade funcionar? uma inveno extraordinria do ser humano, onde ele vive. o mundo dele, que ele criou. Ento a arte parte desse mundo, ela no a verdade, ela no tem por funo dizer a verdade verdadeira que ningum viu, pelo contrrio, o Picasso diz: a arte a mentira mais verdadeira que a verdade. mentira quando o Drummond diz: Como aqueles primitivos que carregam consigo o maxilar inferior dos seus mortos, eu te carrego comigo, tarde de maio, mentira, mas, lindo n! Ento t a a funo da arte, o cara l isso e ele fica feliz, a vida dele mais rica. A arte no tem uma nica funo, mas, basicamente ela faz parte da construo do mundo imaginrio de que o homem necessita pra viver, pra existir, pra construir a sua vida.

    Ferreira Gullar

    Crtica de arte

  • *

    Crtica de arte

  • *FERREIRA GULLAR - FSP - 20/4/2008

    O cachorro como obra de arte

    A arte de vanguarda, que nasceu contra a institucionalizao, refmda instituio

    Ano passado, em 2007, um costarriquenho, que se diz artista e se chama Guillermo Habacuc Vargas, pegou na rua um co vira-lata, amarrou-o numa corda e o prendeu parede de uma galeria de arte, onde o animal ficou definhando at morrer de fome. Tratava-se, segundo ele, de uma "instalao perecvel", uma obra de vanguarda. Pois bem, para oespanto das pessoas que j se tinham revoltado com a crueldade deHabacuc, a Bienal de Arte Centro-Americana de Honduras acaba deconvid-lo para dela participar com a referida "obra" e concorrer a umdos prmios do certame (...)

    Crtica de arte

  • *(...) Ser tudo isso verdade ou apenas uma "pegadinha"? Custa crer que o dono de uma galeria de arte permita que um exibicionista pirado amarre ali um pobre co e o deixe morrer de inanio. Como se deu a coisa? O animal urinava e cagava preso parede, ganindo desesperado? As pessoas iam assistir a esse espetculo de sadismo e ningum se revoltou nem nenhuma sociedade protetora dos animais protestou? A possibilidade de ter o co morrido sem que ningum tenha sabido est fora de questo, uma vez que o objetivo desse tipo de "autor" precisamente chamar a ateno sobre si, j que nenhum outro propsito pode ser considerado. Mais surpresa causa ainda a notcia de que a Bienal de Honduras o tenha convidado a repetir, nela, aquele mesmo espetculo de crueldade e sadismo.

    No obstante, essa informao est em vrios sites, e surgiu at um movimento de protesto -um abaixo-assinado- para impedir que a Bienal mantenha o convite. Se o que Habacuc queria era escandalizar e ganhar notoriedade, conseguiu, ainda que a notoriedade prpria aos torturadores e carrascos (...)

    Crtica de arte

  • *(...) No obstante, apesar da repercusso que o cerca, esse fato no to novo assim. Sem a mesma dose de coc e urina nem a mesma animalidade, outras "obras" e atitudes ocorridas antes so reveladoras do impasse a que chegaram a arte dita de vanguarda e as instituies que a exibem, particularmente as Bienais. Uns poucos anos atrs, um gaiato enviou para a Bienal de So Paulo, como sua obra, a seguinte proposta: abrir uma segunda porta na exposio por onde as pessoas entrariam sem pagar. No podia ser aceita, pois implicaria srio prejuzo ao certame, mas tambm no poderia ser rejeitada, porque, sendo a Bienal "de vanguarda", tal rejeio comprometeria sua imagem.

    Crtica de arte

  • *(...) Em face disso, adotou-se a seguinte soluo: improvisar, nos fundos do prdio, uma portinha meio secreta, garantida por um guarda que a manteria aberta por apenas uma hora e s permitiria a entrada de dez visitantes, no mximo. E assim as coisas se acomodaram, salvando-se a audcia do artista e o carter vanguardista da instituio. Pode ser que me engane, mas a impresso que tenho de uma luta farsesca entre falsos inimigos que necessitam um do outro para existir: sem o espao institucional (galeria, museu, Bienal), no existe a vanguarda e, sem a vanguarda, no existem tais instituies. E a gente se pergunta: masa vanguarda no nasceu contra a arte institucionalizada? Pois ...

    Voltemos ao cachorro. O tal Habacuc pegou o cachorro na rua e o levou para a galeria de arte a fim de fazer dele uma "instalao perecvel", ou seja, uma obra de arte. Se o tivesse levado para um galpo qualquer e o deixasse l morrendo de fome, ele no passaria de um pobre vira-lata vtima de um maluco. Mas, como o Habacuc artista -ou se diz-, levou-o para uma galeria de arte e a o pobre co, de co virou instalao, por obra e graa do espao em que o puseram para morrer (...)

    Crtica de arte

  • *

    Esse um dado que os crticos de arte (tambm de vanguarda) teimam em ignorar, ou seja, que, nessa concepo esttica, o espao institucional que faz a obra: por exemplo, um urinol igualzinho ao de Duchamp, se estiver no Pompidou, arte; se estiver no banheiro de um boteco, urinol mesmo, pode-se mijar nele vontade (...)

    , portanto, diferente da Mona Lisa, que depois de roubada do Louvre, em 1911, e levada para um quarto de hotel na Itlia, continuou a obra-prima que sempre foi. que a chamada arte conceitual dispensa o fazer artstico e afirma que ser arte tudo o que se disser que arte, mas desde que o ponham numa galeria ou numa Bienal.

    Ou seja, a essncia da arte de vanguarda, que nasceu contra a institucionalizao da arte, contraditoriamente, a instituio; no est nas obras e, sim, no espao institucionalizado em que ela posta. Talvez por isso, a prxima Bienal de So Paulo no ter obras de arte: exibir apenas o espao institucional vazio, que as dispensa.

    Crtica de arte

  • *

    23/04/08 - 11h42 G1

    Artista no revela se deixou co morrer de fome em instalao

    Intitulado "Exposicin n 1", o projeto foi exposto em uma galeria da Nicargua em agosto do ano passado, acompanhado de uma crescente polmica. A obra foi inspirada na morte de um imigrante nicaragense, Natividad Canda Mayrena, de 24 anos, devorado h dois anos por dois ces rottweilers de uma oficina de Cartago, cidade da Costa Rica. Esse ocorrido foi filmado por cmeras de TV, e policiais que estavam no local disseram que no poderiam intervir atirando contra os ces porque a vtima seria atingida.

    Crtica de arte

  • *

    Ana Mae Barbosa, pensa que "Exposicin n 1" "extrapola os limites da tica no sentido de que mantm um ser vivo propositadamente preso, beira da inanio. O objetivo extremamente poltico. No tenho nada contra a relao da arte com a poltica nem contra usar a arte para protestar politicamente, mas, na minha opinio, o artista incorreu em um erro" "Mesmo se tudo isso for uma farsa, pode ser extremamente perigoso. Uma farsa vai induzir a uma interpretao [da obra] farsante. um tipo de provocao que passa dos limites da educao humanstica", completa Ana Mae

    Diana Domingues, especializada em arte contempornea, tambm concorda. "Em qualquer campo da atividade humana deve haver respeito tica. A prpria arte cobra esse respeito", dizCrtica de arte

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    Nelson Motta Jornal da Globo Frida - 28 de agosto de 2010http://g1.globo.com/platb/nelsonmotta/2010/08/28/o-talento-e-os-dramas-da-pintora-mexicana-frida-khalo/

    Programa Almanaque Globo News- sobre Arte Contemporneahttp://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1396573-17665-302,00.html

    Nelson Motta Especial Globo News Universo pop brasileirohttp://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1599888-17665-390,00.html

    Startehttp://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1617570-17665-321,00.html

    Vitrine TV Culturahttp://www.tvcultura.com.br/vitrine/programas/30025/50935

    Crtica de arte

  • * Metrpolishttp://www.tvcultura.com.br/metropolis/programas/51120Crtica de arte

  • *Resenha e crtica literria

  • * Dom Quixote - Miguel de Cervantes

    Moby Dick - Herman Melville

    Crime e Castigo - Fidor Dostoievsky

    Em Busca do Tempo Perdido - Marcel Proust

    A Metamorfose - Franz Kafka

    Ulisses - James Joyce

    1984 - George Orwell

    O Apanhador no Campo de Centeios - J. D. Salinger

    O Senhor dos Anis - J. R. R. Tolkien

    Cem Anos de Solido - Gabriel Garcia MrquezOs 10 melhores de todos os tempos compilao de vrias listas ordem cronolgica

  • * SINOPSE - Dom Quixote, de Miguel de Cervantes Com Dom Quixote nasceu o romance moderno. A saga do idealista, insano e devotado cavaleiro errante Dom Quixote de La Mancha, publicada na Renascena como uma stira aos valores medievais das novelas de cavalaria (histrias de cavaleiros puros em aventuras inverossmeis na defesa dos mais fracos), se revelou um pico sobre as paixes, fraquezas e grandezas do ser humano. Na obra, Cervantes coloca lado a lado seu humor ferino e um olhar condescendente sobre a triste figura do luntico cavaleiro que vive num mundo de sonhos, construdo a partir de suas incansveis leituras das histrias fantsticas contidas nas novelas de cavalaria. O clssico escrito por Miguel de Cervantes trouxe o embrio da forma esttica do romance literrio moderno. Em 2001, o livro, que foi publicado em duas partes em 1605 e 1615, foi escolhido como a obra de fico mais importante de todos os tempos, por cem dos principais escritores do mundo, em eleio promovida pela The Nobel Foundation. Sinopses

  • *

  • * Dom Quixote Cervantes

    Rompi, cortei, amolguei, fiz e refizMais que no orbe cavaleiro andante;Fui destro, valente, arrogante;Mil agravos vinguei, cem mil desfiz.

    Faanhas dei a Fama que eternize;Comedido e regalado amante;Foi ano para mim todo giganteE ao duelo em qualquer ponto satisfiz.

    Tive a meus ps prostrada a Fortuna,E trouxe do copete* minha cordura* calva Ocasio ao estricote

    Mas, ainda sobre os cornos da luaSempre se viu no cume minha ventura,Tuas proezas invejo, Dom Quixote!

  • * Dom Quixote Cervantes

    Penitncia de que pecado? pergunta Sancho Pana.

    De pecado nenhum responde Dom Quixote. Qualquer pessoa pode expiar os pecados que cometeu. A arte est em expiar os pecados que no foram cometidos.

  • * SINOPSE - Moby Dick, de Herman Melville

    Assim como a figura de Dom Quixote j pertence ao imaginrio popular, a histria da gigantesca baleia branca que aterroriza os mares tambm. O texto de Herman Melville foi publicado em 1851 e se tornou uma das mais importantes obras literrias da lngua inglesa. A aventura pica narrada por Ismael, um marinheiro a bordo de um navio baleeiro. A embarcao comandada pelo insano capito Ahab, que far de tudo, at sacrificar a prpria vida e a da tripulao, na sua busca obsessiva por uma baleia branca que arrancou uma de suas pernas. Moby Dick esconde sob a aventura narrada vrias metforas, simbolismos e questes filosficas. A obra vista como um marco no gnero, um clssico que influenciou o nascimento de outros grandes livros de aventuras, como os escritos por Joseph Conrad e Jlio Verne, entre outros.

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  • * Moby Dick, de Herman Melville

    Trate-me por Ishmael. H alguns anos no importa quantos ao certo, tendo pouco ou nenhum dinheiro no bolso, e nada em especial que me interessasse em terra firme, pensei em navegar um pouco e visitar o mundo das guas. o meu jeito de afastar a melancolia e regular a circulao. Sempre que comeo a ficar rabugento; sempre que h um novembro mido e chuvoso em minha alma; sempre que, sem querer, me vejo parado diante de agncias funerrias, ou acompanhando todos os funerais que encontro; e, em especial, quando minha tristeza to profunda que se faz necessrio um princpio moral muito forte que me impea de sair rua e rigorosamente arrancar os chapus de todas as pessoas ento percebo que hora de ir o mais rpido possvel para o mar. Esse o meu substituto para a arma e para as balas. Com garbo filosfico, Cato corre sua espada; eu embarco discreto num navio. No h nada de surpreendente nisso. Sem saber, quase todos os homens nutrem, cada um a seu modo, uma vez ou outra, praticamente o mesmo sentimento que tenho pelo oceano

  • * SINOPSE - Crime e Castigo, de Fidor Dostoievsky

    Raskolnikov um estudante que vive em precrias condies em So Petesburgo (Rssia). Sem dinheiro sequer para pagar o aluguel e se alimentar decentemente, ele planeja o assassinato de Alena, uma velha senhora agiota. Sua inteno no apenas ficar com a fortuna dela para resolver seus problemas materiais, mas principalmente ter uma atitude altrusta ao livrar a sociedade de uma figura to mesquinha e desprezvel. Mas, ao colocar seu plano em ao, ele acaba tendo que matar, alm de Alena, a meia-irm dela que chega cena do crime na hora errada. Ao invs de um romance policial, o que lemos em Crime e Castigo uma profunda investigao psicolgica dos personagens que vivem sob situaes angustiantes de presso moral e material. O romance foi lanado em 1866, numa poca em que seu autor, o escritor russo Fidor Dostoievsky, lidava com as perdas recentes de seu irmo e de sua primeira esposa e enfrentava srias dificuldades para sobreviver. O sentimento de culpa e de autopunio de Raskolnikov at alcanar sua redeno est no mago desse que um dos melhores romances da riqussima literatura russa.

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  • * Crime e Castigo - Dostoievsky

    "Oh, sim, quando preciso, afogamos at nosso senso moral, a liberdade, a tranquilidade, at a conscincia, tudo, tudo, vendemos tudo por qualquer preo! Contanto que nossos entes queridos sejam felizes."

    "H muito tempo que j se enraizara e crescera nele toda a tristeza que sentia agora; nos ltimos tempos ela se acumulara e se reconcentrara, assumindo a forma de uma horrvel, brbara e fantstica interrogao que torturava o seu corao e a sua alma, reclamando uma resposta urgente."

    "Compreende, meu senhor, o senhor compreende o que quer dizer isso de no ter para onde ir? Porque todo homem precisa ter um lugar para onde ir."

    "Mas no fim das contas tudo isso so disparates! Cuspo em todos eles, cuspo tambm na minha humilhao e na minha comdia! No nada disso que est em causa! Nada disso!"

  • * Crime e Castigo - Dostoievsky

    "Oh! Que desmancha-prazeres! Os princpios! Tu te moves por princpios, como se fossem molas, no te atreves a atuar livremente; para mim o fundamental que o homem seja bom. E, francamente, reparando bem, em todas as classes no h muitas pessoas boas."

  • * SINOPSE - Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust

    A conscincia humana nunca foi to poeticamente explorada como nos sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido, escritos pelo francs Marcel Proust. Lanada entre 1913 e 1927, a obra composta por O Caminho de Swann, Sombra das Raparigas em Flor, O Caminho de Guermantes, Sodoma e Gomorra, A Prisioneira, A Fugitiva e O Tempo Redescoberto. A sociedade francesa na transio dos sculos 19 para o 20 o pano de fundo desse trabalho que foi um dos expoentes do Modernismo europeu. O papel da memria e sua relao com o tempo, as reflexes sobre a arte e a ambiguidade sexual de alguns personagens centrais compem o ncleo principal dos temas explorados por Proust. Segundo Marion Schmid, da Universidade de Edimburgo, o escritor desafiou as concepes tradicionais de tempo e espao e questionou as noes recebidas de classe social, gnero e raa.

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  • *Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust

    "Dentre os que apreciavam objetos de arte, que amavam os versos, contabilizavam os clculos vis, sonhavam com a honra e o amor, ela formava um minoria superior ao restante da humanidade. No era preciso que tivessem de fato aqueles gostos, desde que os afirmassem; de um homem que lhe confessara, no jantar, que gostava de andar toa, de sujar os dedos nas velhas lojas, que nunca seria apreciado por este sculo mercantil, pois no se preocupava com os interesses desta poca e portanto, pertencia a outro tempo (...)."

  • * SINOPSE - A Metamorfose, de Franz Kafka

    Em A Metamorfose, publicado em 1915, a histria de um homem que acorda transformado em um gigantesco inseto j foi interpretada como uma obra de realismo fantstico ou como uma alegoria. Gregor Samsa um caixeiro-viajante que considera seu trabalho um martrio, mas que com ele sustenta seus pais e irm. A transformao fsica e psquica de Gregor ao longo do livro mostra um personagem que no consegue lutar contra foras que h tempos vm lhe tirando sua dignidade e sua condio humana, at por que ele prprio parece no ser consciente delas. Escrita por Franz Kafka num momento em que o mundo vivia o fim da Blle poque e estava s vsperas da carnificina que foi a Primeira Guerra Mundial, a obra mostra uma viso pessimista, desesperanada e sombria do ser humano. Mas, estranhamente justamente desse pice de um processo de degradao, anulao e morte de Gregor que nasce a possibilidade daqueles que dele dependiam se emanciparem.

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  • *A Metamorfose, de Franz Kafka

    Numa manh, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, to duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabea, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posio e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos

  • * SINOPSE - Ulisses, de James Joyce

    Para os crticos e estudiosos, Ulisses a mais importante obra literria do sculo 20. Lanada em 1922, o livro do irlands James Joyce narra um dia na vida de Leopold Bloom em Dublin (Irlanda). Usando o pico Odissia, de Homero, como base, Joyce procurou mostrar na obra, que levou sete anos para escrever, uma smula de todas as experincias do homem moderno. O resultado foi uma revoluo. Se trs sculos antes Miguel de Cervantes inventou o romance moderno com Dom Quixote, Joyce o revolucionou ao romper com as convenes estticas que at ento definiam essa forma literria. Sua complexidade lingustica, suas inmeras citaes eruditas, a criao de palavras, a ruptura de sintaxe e o uso intenso do monlogo interior o fazem um livro de difcil leitura, mas de uma capacidade mpar de traar um panorama da Modernidade.

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  • * Ulisses, de James Joyce

    Majestoso, o gorducho Buck Mulligan apareceu no topo da escada, trazendo na mo uma tigela com espuma sobre a qual repousavam, cruzados, um espelho e uma navalha de barba. Um penhoar amarelo, desamarrado, flutuando suavemente atrs dele no ar fresco da manh. Ele ergueu a tigela e entoou: - Introibo ad altare Dei.Parado, ele perscrutou a escada sombria de caracol e gritou asperamente: - Suba, Kinch! Suba, seu temvel jesuta!Solenemente ele avanou para a plataforma de tiro. Olhou volta e seriamente abenoou trs vezes a torre, o terreno volta e as montanhas que despertavam. Em seguida, avistando Stephen Dedalus, ele se inclinou em direo a ele e fez cruzes rpidas no ar, gorgolejando na garganta e sacudindo a cabea. Contrariado e sonolento, Stephen Dedalus apoiou os braos no ltimo degrau da escada e olhou friamente para o rosto sacolejante e gorgolejante que o abenoava, para a cabea eqina e os cabelos claros sem tonsura, tingidos e matizados como carvalho descorado.

  • * SINOPSE - 1984, de George Orwell

    O Grande Irmo (Big Brother) tudo ouve e tudo v. Numa sociedade socialista e totalitria, ele vigia a todos para que ningum exera seu individualismo ou tenha pensamentos perigosos contra o regime. Nesse mundo, Winston Smith um funcionrio do Ministrio da Verdade dedicado a manipular as estatsticas governamentais, que se envolve com Julia, uma funcionria do oficial Departamento de Fico, que entre outras atividades produz pornografia para as massas. Os dois se apaixonam e se rebelam. 1984 foi publicado em 1949 com uma viso sombria de um futuro dominado por um regime ditatorial, vigilante e opressor. O livro surgiu num momento em que as duas superpotncias Estados Unidos e Unio Sovitica dividiam o mundo em suas reas de influncia. Orwell j havia explorado o tema do totalitarismo na obra A Revoluo dos Bichos (1945), mas com um tom mais satrico na pardia que fez da revoluo sovitica e da era Stalin. Em 1984, no entanto, ele nos mostra sua viso amarga de um mundo dominado pelo terrorismo oficial.

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  • *1984, de George Orwell

    "A liberdade a liberdade de dizer que dois e dois so quatro. Quando se concorda nisto o resto vem por si.

    "Se a liberdade significa alguma coisa, ser sobretudo o direito de dizer s outras pessoas o que elas no querem ouvir.

    Todos os animais so iguais, mas alguns so mais iguais do que outros."

  • * SINOPSE - O Apanhador no Campo de Centeios, de J. D. Salinger

    A obra-prima do enigmtico escritor norte-americano Jerome David Salinger tambm uma das preferidas pelos leitores. A histria de um adolescente rebelde tem inspirado geraes desde 1951 quando foi publicada. Holden Caulfield um jovem sem rumo, que foi expulso pela terceira vez da escola. Em vez de seguir para casa e contar a m notcia, ele decide se hospedar em um hotel barato de Nova York. Entediado e deprimido, ele perambula pela grande cidade e inevitavelmente se envolve em encrencas. Salinger traa em O Apanhador no Campo de Centeio um brilhante retrato das angstias da adolescncia tendo como pano de fundo a crise existencial da classe mdia norte-americana nos dourados anos 50. Nenhum escritor entendeu to bem o esprito adolescente como fez Salinger. A descoberta por Caulfield de que o mundo e as pessoas no so na verdade como lhe prometeram mostrada de forma sensvel, inquietante e com humor negro pelo escritor.

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  • * O apanhador no campo de centeio - Salinger

    Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vo querer saber onde nasci, como passei a porcaria da minha infncia, o que os meus pais faziam antes que eu nascesse, e toda essa lenga-lenga tipo David Copperfield, mas, para dizer a verdade, no estou com vontade de falar sobre isso. Em primeiro lugar, esse negcio me chateia e, alm disso, meus pais teriam um troo se contasse qualquer coisa ntima sobre eles. So um bocado sensveis a esse tipo de coisa, principalmente meu pai. No que eles sejam ruins - no isso que estou dizendo - mas so sensveis pra burro. E, afinal de contas, no vou contar toda a droga da minha autobiografia sem nada (...)

  • * O apanhador no campo de centeio - Salinger

    "-Voc sabe o que eu quero ser? - perguntei a ela. Sabe o que que eu queria ser? Se pudesse fazer a merda da escolha?" Seja l como for, fico imaginando uma poro de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo... E eu fico na beirada de um precipicio maluco. Sabe o que eu tenho de fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles comear a correr sem olhar onde estindo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. S isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser o apanhador no campo de centeio."

  • * SINOPSE - O Senhor dos Anis, de J. R. R. Tolkien

    O Senhor dos Anis, o pico criado pelo escritor ingls John Ronald Reuel Tolkien, outra obra literria que predomina nas listas dos livros preferidos dos leitores. No para menos. O impressionante mundo mitolgico criado pelo ento professor de Oxford povoado por hobbits, elfos, anes, magos, humanos, orcs, seres malignos e elementos mgicos. Eles vivenciam uma das mais impressionantes sagas j criadas na histria da literatura. Publicado entre 1955 e 1956 em trs volumes A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei , O Senhor dos Anis mostra a jornada do hobbit Frodo, que herdou o direito de tomar conta de um anel mgico que precisa ser destrudo. O livro j foi interpretado como a metfora das grandes guerras mundiais do sculo 20 e da ameaa de uma catstrofe nuclear parte dele foi escrita por Tolkien durante a Segunda Guerra Mundial e tambm como uma pura fantasia otimista, recheada de referncias crists.

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  • *O Senhor dos Anis, de J. R. R. Tolkien

    Quando o Sr. Bilbo Bolseiro de Bolso anunciou que em breve celebraria seu onzentsimo primeiro aniversrio com uma festa de especial grandeza, houve muito comentrio e agitao na Vila dos Hobbits.

    Bilbo era muito rico e muito peculiar, e tinha sido a atrao do Condado por sessenta anos, desde seu notvel desaparecimento e inesperado retorno. As riquezas trazidas de suas viagens tinham agora se transformado numa lenda local, e popularmente se acreditava que a Colina em Bolso estava cheia de tneis recheados com tesouros

  • * SINOPSE - Cem Anos de Solido, de Gabriel Garcia Mrquez

    O realismo mgico do escritor colombiano Gabriel Garcia Mrquez atingiu seu apogeu com Cem Anos de Solido, publicado em 1967. O livro conta, sem seguir uma linha temporal, a histria de sete geraes da famlia Buendia na cidade mtica de Macondo. A obra faz uma alegoria da situao da Amrica Latina ao mesclar revolues, fantasmas, corrupo, incesto e loucura. Homens que atraem cortejos de borboletas amarelas, a perda de memria por toda a populao e crianas que nascem com rabos de porcos, por serem fruto de relacionamentos incestuosos so acontecimentos que caracterizam o realismo mgico da obra. Muito da fantasia de Cem Anos de Solido foi inspirado na infncia de Gabriel Garcia Marquez, quando ele viveu com seus avs em Aracataca (Colmbia), um perodo cheio de histrias sobre fantasmas, parentes que previam a morte e conversas em cdigo.

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  • * Cem Anos de Solido - Gabriel Garca Mrquez

    Muitos anos depois, diante do peloto de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buenda havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Macondo era ento uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construdas margem de um rio de guas difanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pr-histricos. O mundo era to recente que muitas coisas careciam de nome e para mencion-las se precisava apontar com o dedo. Todos os anos, pelo ms de maro, uma famlia de ciganos esfarrapados plantava a sua tenda perto da aldeia e, com um grande alvoroo de apitos e tambores, dava a conhecer os novos inventos.

  • *1. Guerra e paz, Leon Tolstoi2. 1984, George Orwell3. Ulisses, James Joyce4. Lolita, Vladimir Nabokov5. O som e a fria, William Faulkner6. O homem invisvel, Ralph Ellison7. Al faro, Virginia Woolf8. A ilada e a odissia, Homero9. Orgulho e preconceito, Jane Austen10. Divina Comdia, DanteOs 10 melhores de todos os tempos revista Newsweek

  • * Anna Karenina, TolstiMadame Bovary, Gustave FlaubertGuerra e Paz, TolstiLolita, Vladimir NabokovAs aventuras de Huckleberry Finn, Mark TwainHamlet, William ShakespeareO grande Gatsby, F. Scott FitzgeraldEm busca do tempo perdido, Marcel ProustAs histrias de Anton Chekhov, Anton ChekhovMiddlemarch by George Eliot

    http://www.time.com/time/arts/article/0,8599,1578073,00.html#ixzz2MggGfo00Os 10 melhores de todos os tempos revista Time

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  • *Guerra e Paz, Tolsti

    "O homem no tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem no tem medo da morte possui tudo."

  • * 1 Ulisses (1922) James Joyce 2 Em Busca do Tempo Perdido (1913-27) - Marcel Proust 3 O Processo Franz Kafka (1883-1924)4 Doutor Fausto (1947) Thomas Mann5 Grande Serto: Veredas (1956)- Guimares Rosa 6 O Castelo (1926) Franz Kafka7 A Montanha Mgica (1924) Thomas Mann8 O Som e a Fria (1929) William Faulkner 9 O Homem sem Qualidades (1930-1943) Robert Musil 10 Finnegans Wake Finnegans Wake (1939) James Joyce. 11 A Morte de Virglio (1945) Hermann Broch 12 Corao das Trevas (1902) Joseph Conrad 13 O Estrangeiro (1942) Albert Camus 14 O Inominvel (1953) Samuel Beckett 15 Cem Anos de Solido (1967) Gabriel Garca Mrquez 16 Admirvel Mundo Novo (1932) Aldous Huxley 17 Mrs. Dalloway (1925) Virginia Woolf (1882-1941)18 Ao Farol (1927) Virginia Woolf19 Os Embaixadores (1903) Henry James 20 A Conscincia de Zeno (1923) Italo Svevo Os 100 melhores segundo a FSP (20 primeiros)

  • * 1. Ilada, Homero2. Odissia, Homero3. Hamlet, William Shakespeare4. Dom Quixote, Miguel de Cervantes5. A Divina Comdia, Dante Alighieri6. Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust7. Ulysses, James Joyce8. Guerra e Paz, Leon Tolstoi9. Crime e Castigo, Dostoivski10. Ensaios, Michel de Montaigne11. dipo Rei, Sfocles12. Otelo, William Shakespeare13. Madame Bovary, Gustave Flaubert14. Fausto, Goethe15. O Processo, Franz Kafka16. Doutor Fausto, Thomas Mann17. As Flores do Mal, Charles Baldelaire18. Som e a Fria, William Faulkner19. A Terra Desolada, T.S. Eliot20. Teogonia, HesodoOs 100 melhores para ler antes de morrer

  • * 21. As Metamorfoses, Ovdio22. O Vermelho e o Negro, Stendhal23. O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald24. Uma Estao No Inferno,Arthur Rimbaud25. Os Miserveis, Victor Hugo26. O Estrangeiro, Albert Camus27. Media, Eurpedes28. A Eneida, Virgilio29. Noite de Reis, William Shakespeare30. Adeus s Armas, Ernest Hemingway31. Corao das Trevas, Joseph Conrad32. Admirvel Mundo Novo, Aldous Huxley33. Mrs. Dalloway, Virgnia Woolf34. Moby Dick, Herman Melville35. Histrias Extraordinrias, Edgar Allan Poe36. A Comdia Humana, Balzac37. Grandes Esperanas, Charles Dickens38. O Homem sem Qualidades, Robert Musil39. As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift40. Finnegans Wake, James JoyceOs 100 melhores

  • * 41. Os Lusadas, Lus de Cames42. Os Trs Mosqueteiros, Alexandre Dumas43. Retrato de uma Senhora, Henry James44. Decameron, Boccaccio45. Esperando Godot, Samuel Beckett46. 1984, George Orwell47. Galileu Galilei, Bertold Brecht48. Os Cantos de Maldoror, Lautramont49. A Tarde de um Fauno, Mallarm50. Lolita, Vladimir Nabokov51. Tartufo, Molire52. As Trs Irms, Anton Tchekov53. O Livro das Mil e uma Noites54. Don Juan, Tirso de Molina55. Mensagem, Fernando Pessoa56. Paraso Perdido, John Milton57. Robinson Cruso, Daniel Defoe58. Os Moedeiros Falsos, Andr Gide59. Memrias Pstumas de Brs Cubas, Machado de Assis60. Retrato de Dorian Gray, Oscar WildeOs 100 melhores

  • * 61. Seis Personagens em Busca de um Autor, Luigi Pirandello62. Alice no Pas das Maravilhas, Lewis Caroll63. A Nusea, Jean-Paul Sartre64. A Conscincia de Zeno, Italo Svevo65. A Longa Jornada Adentro, Eugene ONeill66. A Condio Humana, Andr Malraux67. Os Cantos, Ezra Pound68. Canes da Inocncia/ Canes do Exlio, William Blake69. Um Bonde Chamado Desejo, Teneessee Williams70. Fices, Jorge Luis Borges71. O Rinoceronte, Eugne Ionesco72. A Morte de Virgilio, Herman Broch73. As Folhas da Relva, Walt Whitman74. Deserto dos Trtaros, Dino Buzzati75. Cem Anos de Solido, Gabriel Garca Mrquez76. Viagem ao Fim da Noite, Louis-Ferdinand Cline77. A Ilustre Casa de Ramires, Ea de Queirs78. Jogo da Amarelinha, Julio Cortazar79. As Vinhas da Ira, John Steinbeck80. Memrias de Adriano, Marguerite YourcenarOs 100 melhores

  • * 81. O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger82. Huckleberry Finn, Mark Twain83. Contos de Hans Christian Andersen84. O Leopardo, Tomaso di Lampedusa85. Vida e Opinies do Cavaleiro Tristram Shandy, Laurence Sterne86. Passagem para a ndia, E.M. Forster87. Orgulho e Preconceito, Jane Austen88. Trpico de Cncer, Henry Miller89. Pais e Filhos, Ivan Turgueniev90. O Nufrago, Thomas Bernhard91. A Epopia de Gilgamesh92. O Mahabharata93. As Cidades Invisveis, Italo Calvino94. On the Road, Jack Kerouac95. O Lobo da Estepe, Hermann Hesse96. Complexo de Portnoy, Philip Roth97. Reparao, Ian MacEwan98. Desonra, J.M. Coetzee99. As Irms Makioka, Junichiro Tanizaki100 Pedro Pramo, Juan Rulfo Os 100 melhores

  • * Fausto Goethe

    Ai, plcida manso, de espritos morada!revive na saudade, h tanto descorada!

    Comea em vagos sons meu estro a palpitar,qual de uma harpa elia o triste delirar...J sinto estremees; o pranto segue ao pranto,e o duro corao se abranda por encanto.

    O que foi, torna a ser. O que , perde existncia.O palpvel nada. O nada assume essncia.

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  • * Doutor Fausto Thomas Mann

    . "O passado seria tolervel to-somente para quem se sentisse superior a ele, ao invs de ter de admir-lo estupidamente, sob a noo da importncia atual."

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  • Para inspirao

  • Anna Karinina (Liev Tolsti)Todas as famlias felizes se parecem, cada famlia infeliz infeliz sua maneira. Tudo era confuso na casa dos Oblnski. A esposa ficara sabendo que o marido mantinha um caso com a ex-governanta francesa e lhe comunicara que no podia viver com ele sob o mesmo teto. Essa situao j durava trs dias e era um tormento para os cnjuges, para todos os familiares e para os criados. Todos, familiares e criados, achavam que no fazia sentido morarem os dois juntos e que pessoas reunidas por acaso em qualquer hospedaria estariam mais ligadas entre si do que eles.Notas do Subsolo (Dostoivski) Sou um homem doente Sou mau. No tenho atrativos. Acho que sofro do fgado. Alis, no entendo bulhufas da minha doena e no sei com certeza o que que me di. No me trato, nunca me tratei, embora respeite os mdicos e a medicina. Alm de tudo, sou supersticioso ao extremo; bem, o bastante para respeitar a medicina. (Tenho instruo suficiente para no ser supersticioso, mas sou.) No, senhores, se no quero me tratar de raiva. Isso os senhores provavelmente no compreendem.

  • O Complexo de Portnoy (Philip Roth) Ela estava to profundamente entranhada em minha conscincia que, no primeiro ano na escola, eu tinha a impresso de que todas as professoras eram minha me disfarada. Assim que tocava o sinal ao fim das aulas, eu voltava correndo para casa, na esperana de chegar ao apartamento em que morvamos antes que ela tivesse tempo de se transformar. Invariavelmente ela j estava na cozinha quando eu chegava, preparando leite com biscoitos para mim. No entanto, em vez de me livrar dessas iluses, essa proeza s fazia crescer minha admirao pelos poderes dela.Dom Casmurro (Machado de Assis) Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheo de vista e de chapu. Cumprimentou-me, sentou-se ao p de mim, falou da Lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que no fossem inteiramente maus. Sucedeu, porm, que, como eu estava cansado, fechei os olhos trs ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

  • Memrias Pstumas de Brs Cubas, Machado de Assis (Globo)Algum tempo hesitei se devia abrir estas memrias pelo princpio ou pelo fim, isto , se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja comear pelo nascimento, duas consideraes me levaram a adotar diferente mtodo: a primeira que eu no sou propriamente um autor defunto, mais um defunto autor, para quem a campa foi outro bero; a segunda que o escrito ficaria assimmais galante e mais novo.

    Lolita(Vladimir Nabokov) Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da lngua descendo em trs saltos pelo cu da boca para tropear de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manh ela era L, no mais que L, com seu metro e quarenta e sete de altura e calando uma nica meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braos sempre foi Lolita. Ser que teve uma precursora? Sim, de fato teve. Na verdade, talvez jamais teria existido uma Lolita se, em certo vero, eu no houvesse amado uma menina primordial.

  • Dom Quixote (Miguel de Cervantes) Desocupado leitor: sem juramento meu embora, poders acreditar que eu gostaria que este livro, como filho da razo, fosse o mais formoso, o mais primoroso e o mais judicioso e agudo que se pudesse imaginar. Mas no pude eu contravir a ordem da natureza, que nela cada coisa engendra seu semelhante. E, assim, o que poder engendrar o estril e mal cultivado engenho meu, seno a histria de um filho seco, murcho, antojadio e cheio de pensamentos dspares e nunca imaginados por ningum mais, exatamente como quem foi engendrado num crcere, onde toda a incomodidade tem assento e onde todo o triste barulho faz sua habitao?O Som e a Fria, William FaulknerDo outro lado da cerca, pelos espaos entre as flores curvas, eles estavam tacando. Eles foram para o lugar onde estava a bandeira e eu fui seguindo junto cerca. Luster estava procurando na grama perto da rvore florida. Eles tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. Ento puseram a bandeira de novo e foram at a mesa, e ele tacou e o outro tacou. Ento eles andaram, e eu fui seguindo junto cerca. Luster veio da rvore florida e ns seguimos junto cerca e eles pararam e ns paramos e eu fiquei olhando atravs da cerca enquanto Luster procurava na grama.

  • A Morte e a Morte de Quincas Berro Dgua (Jorge Amado)At hoje permanece certa confuso em torno da morte de Quincas Berro Dgua. Dvidas por explicar, detalhes absurdos, contradies no depoimento das testemunhas, lacunas diversas. No h clareza sobre hora, local e frase derradeira. A famlia, apoiada por vizinhos e conhecidos, mantm-se intransigente na verso da tranquila morte matinal, sem testemunhas, sem aparato, sem frase, acontecida quase vinte horas antes daquela outra propalada e comentada morte na agonia da noite, quando a Lua se desfez sobre o mar e aconteceram mistrios na orla do cais da Bahia.

  • Nada de Novo no Front (Erich Maria Remarque) Estou muito tranquilo. Que venham os meses e os anos, no conseguiro tirar nada de mim, no podem tirar-me mais nada. Estou to s e sem esperana que posso enfrent-los sem medo. A vida, que me arrastou por todos estes anos, eu ainda a tenho nas mos e nos olhos. Se a venci, no sei. Mas enquanto existir dentro de mim queira ou no esta fora que em mim reside e que se chama Eu ela procurar seu prprio caminho Tombou morto em outubro de 1918, num dia to tranquilo em toda a linha de frente, que o comunicado se limitou a uma frase: Nada de novo no front. Caiu de bruos, e ficou estendido, como se estivesse dormindo. Quando algum o virou, viu-se que ele no devia ter sofrido muito. Tinha no rosto uma expresso to serena, que quase parecia estar satisfeito de ter terminado assim.

  • A Espera dos Brbaros (J. M. Coetzee) No centro da praa, algumas crianas esto construindo um boneco de neve. Acerco-me, temendo assust-las, mas tomado de uma inexplicvel alegria. No se assustam, esto ocupadas demais para sequer me notar. Terminaram o grande corpo redondo e, agora, esto fazendo uma bola para a cabea! Algum tem de ir buscar as coisas para a boca, o nariz e os olhos diz o menino que os lidera. Ocorre-me que o boneco de neve precisar de braos tambm, mas no interfiro. Colocaram a cabea sobre os ombros e, com seixos, fazem os olhos, as orelhas, o nariz e a boca. Um deles o cobre com o bon. No est mal o boneco. No se trata da cena com que costumo sonhar. Como tantas outras vezes atualmente, deixo-os, sentindo-me tolo, como um homem que h muito se extraviou, mas que ainda insiste em seguir pela estrada que no o levar a parte alguma.

  • Notas do Subsolo (Fidor Dostoivski) Deixem-nos ss, sem livros, e imediatamente ficaremos confusos, perdidos no saberemos a quem nos unir, o que devemos apoiar; o que amar e o que odiar; o que respeitar e o que desprezar. At mesmo nos difcil ser gente gente com seu prprio e verdadeiro corpo e sangue; sentimos vergonha disso, achamos que um demrito e nos esforamos para ser uma espcie inexistente de homens em geral. Somos natimortos, e h muito tempo nascemos no de pais vivos, e isso nos agrada cada vez mais. Estamos tomando gosto. Em breve vamos querer nascer da ideia, de algum modo. Mas basta, no quero mais escrever do subsolo Entretanto, aqui no terminam as notas desse paradoxista. O autor no resistiu e prosseguiu com elas. Mas ns tambm pensamos que possvel terminar por aqui.

  • O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald) E, quando l me achava a meditar sobre o velho, desconhecido mundo, lembrei-me da surpresa de Gatsby, ao divisar pela primeira vez, a luz verde e existente na extremidade do ancoradouro de Daisy. Ele viera de longe, at aquele relvado azul, e seu sonho de ter-lhe parecido to prximo, que dificilmente poderia deixar de alcana-lo. No sabia que seu sonho j havia ficado para trs, perdido em algum lugar, na vasta obscuridade que se estendia para alm da cidade, onde as escuras campinas da repblica se estendiam sob a noite. Gatsby acreditou na luz verde, no orgistico futuro, que ano aps ano, se afastava de ns. Esse futuro nos iludira, mas no importava: amanh correremos mais depressa, estenderemos mais os braos E, uma bela manh E assim prosseguimos, botes contra a corrente, impelidos incessantemente para o passado.

  • * NO BRASIL - JORNAIS

    O Estado de S.Paulo: Suplemento Literrio do Estado que circulou de 1956 a 1974 / Caderno 2 / Sabtico Um tempo para leitura (lanado em maro de 2010)

    No cardpio do Sabtico esto sees como Babel, de notas sobre o mundo editorial, Resenhas, Estante, com os principais lanamentos da semana, e Ofcio, que tratar sempre de perfilar escritores em seu ambiente de trabalho. Ao longo das pginas, pequenas notas, ilustraes e frases recortadas do universo cultural

    Folha de S.Paulo: 1958 - Folha Ilustrada comea a circular nas 3 Folhas ( Folha da Noite, Folha da Tarde e Folha da Manh)

    criado com a idia de que o primeiro caderno ficaria com o marido e, o segundo, a Ilustrada com a mulher

    O Globo: Prosa & Verso

    NO BRASIL REVISTAS - Cult / BravoCrtica e resenha literria - atual

  • *NO MUNDO JORNAIS

    Wall Street Journal (WSJ) passa a publicar um suplemento literrio semanal a partir da segunda semana de setembro de 2010 para competir com outros ttulos, como o The New York Times (NYT) e o San Francisco Chronicle

    deciso de publicar um novo suplemento vai contra decises tomadas por outras publicaes, como o The Washington Post e o The Los Angeles Times, que optaram por excluir cadernos literrios.

    REVISTA

    The New York Review of Books The New YorkerCrtica literria

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  • * resenha complemento do livro / pense em lanamentos ou novas edies, tradues, complementos

    crtica literria uma rea da atividade intelectual onde se cruzam vrias disciplinas e que deve ser pensada a partir da interao de vrios pontos de vista voltados para o fenmeno literrio

    Resenha literria x Crtica literria

  • * resenha literria - recensere, em latim, quer dizer examinar cuidadosamente

    gnero resenha literria se desenvolveu sobretudo com as revistas (literrias ou no) e jornais desde o sculo XVIII

    caracterizada por doses de apresentao e de apreciao valorativa da obra

    resenha no deve se resumir a uma apreciao valorativa - como acontece muitas vezes - ela tambm deve esclarecer para os leitores o que a obra em questo

    Resenha literria

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    bom resenhista costuma escrever sobre obras e autores nos quais ele de algum modo "aposta

    resenha serve para desdobrar as potencialidades da obra resenhada: e a resenha crtica se torna assim a obra elevada ao quadrado e o resenhista, por sua vez, uma espcie de continuador do autor

    muitas vezes o resenhista profissional no tem escolha e deve escrever sobre as obras que a redao lhe imps

    em pases como o Brasil, onde a publicao de tradues constitui uma boa parte do universo editorial, o resenhista deve levar em conta ainda a recepo da obra - s vezes trata-se da traduo de um clssico ou de um autor consagrado - e a traduo em si, como uma modalidade central na construo da obra e da cultura de um modo geral Resenha literria

  • *Sugesto de roteiro breve para resenha literria

    Ttulo Subttulo Ficha tcnica da obra - nome, autor. Editora xxxx, qtas pginas. R$ (segundo a editora) Introduo ao tema/ apresentao do contexto Explicao do tema dentro da obra Entrettulo O autor e a obra Concluso

    Resenha literria

  • *Resenha publicada no caderno Prosa & Verso, do jornal O Globo 25 de dezembro de 2004 de Cora Rnai

    Ttulo - Retrato de poca Subttulo - As emoes de um Brasil ingnuo na apaixonante saga do Circo Nerino Ficha tcnica da obra - Circo Nerino, de Roger Avanzi e Vernica Tamaoki. Editora Cdex, 354 pginas. R$ 80

    Comentrios: importante citar sempre o nmero de pginas e o preo do livro, para que o leitor saiba se est dentro de suas possibilidades adquiri-lo e se o preo condiz com o tamanho e o contedo do livro.

    Resenha literria

  • *Introduo ao tema/ apresentao do contexto

    Houve um tempo, acreditem, em que no havia televiso; houve tempo, at, em que no havia sequer rdio ou cinema. As pessoas se distraam lendo, contando histrias, fazendo a sua prpria msica. Iam ao teatro, quando havia teatro, e s apresentaes das bandas nos coretos. Praticamente no havia cidade digna do nome sem uma banda e um coreto.

    Mas a grande diverso, a festa que transformava a paisagem e alegrava os coraes, era o circo. difcil imaginar, no nosso mundo de entretenimento instantneo e ininterrupto, o que representava a chegada do circo, sobretudo nas pequenas cidades do interior. A verdade que j no h espetculo, por grandioso que seja, capaz de superar, em impacto, a presena alegre da lona, que atraa igualmente a todos. O circo era a quebra da rotina, o grande assunto, a mgica que superava a imaginao. No era toa que o palhao era ladro de mulher, e que tanta gente fugia com o circo. (...)

    Comentrios da introduo: resenhista introduz o leitor no tema

    Resenha literria

  • *Explicao do tema dentro da obra

    Durante 52 anos, entre 1913 e 1964, utilizando todos os meios de transporte imaginveis, o Circo Nerino, o mais querido do Brasil, viajou pelo pas, armando a lona onde fosse possvel, de largos e praas a terrenos baldios, passando at, em Joo Pessoa, por uma lagoa seca, abandonada